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18/04/12 Um Químico Caboclo: Porque não utilizar a vela de andiroba no combate a dengue

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Um Químico Caboclo
Um químico voltado para as questões da floresta. Empenhado em valorizar produtos florestais não
madeireiros como froma de manter a floresta sustentavel. Considerado por estudiosos como o salvador
das andirobeiras da Amazônia em função da valorização do óleo e da fase sólida utilizada no combate a
dengue e febre amarela.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010 Atalho do Facebook


Porque não utilizar a vela de andiroba no Luiz Morais
combate a dengue

Produção de óleo de
andiroba artesanal. Vê-se
nas bacias de aluminio os
chamados "sapos" utilizados
na queima para espantar os
insetos na floresta. Criar seu atalho
Os pés que aparecem na
foto são do Dr. Castro da Seguidores
Universidade Federal do
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do Roque, Municipio de Carauari - AM, Rio juruá. Friend
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Na floresta amazônica nesta época é época de chuva, umidade


relativa do ar de até 98%, (Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC -
Florianópolis, SC - Julho/2006), é neste período que, especificamente
na ilha do Marajó os rios e lagos enchem os campos ficam verdes, os
frutos amadurecem, e vem uma enxurrada de mosquitos. São
maruins (Culicoides paraensis), carapanãs (Aedes aegypti, Anopheles
(Nyssorhynchus) darlingi Root, 1926, Anopheles (Nyssorhynchus)
albitarsis LynchArribalzaga, 1878, Anopheles (Nyssorhynchus)
aquasalis Curry, 1932, Anopheles (Kerteszia) cruzi Dyar & Kanab,
1908, Anopheles (Kerteszia) bellator Dyar & Knab, 1908), entre
outros insetos, em algumas localidades mesmo durante o dia temos
que ficar em baixo de mosqueteiros, (tipo de cobertura de filó que
Arquivo do blog
colocamos nas redes paras se proteger dos insetos), para evitar as ► 2011 (8)
picadas dos mesmos. Para diminuir o ataque destes insetos os ▼ 2010 (5)
ribeirinhos queimam quase tudo, de esterco de búfalo a serragem,
► Setembro (2)
porem o que mais diminui esta incidência de insetos e a queima do
chamado “sapo” de andiroba, que embora produza uma fumaça de ▼ Fevereiro (1)
odor desagradável e forte, devido a grande quantidade de óleo com Porque não utilizar a vela de
ranço que este material tem, além de grande quantidade de dejetos andiroba no combate ...
de microorganismos, é a melhor solução que o homem da floresta
► Janeiro (2)
tem ao alcance da mão, isso por que esta época também é época de
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coletar frutos das andirobeiras e preparar para extrair o óleo de ► 2008 (1)
andiroba, este óleo extraído de forma artesanal gera o resíduo que é
queimado com a finalidade de espantar os insetos. Quem sou eu
A indústria de óleos da Amazônia, Brasmazon, criada por mim e mais Luiz Roberto
alguns sócios a partir de 1995 ao produzir óleo de andiroba em Barbosa Morais
escala industrial gerou um produto que passou a ser aproveitado na
fabricação de vela de andiroba, processo que foi patenteado por mim Um apaixonado pela
PI 9706610, estas velas chegaram a ser produzido em larga escala floresta, pela seu
pelo LAFEP, com as bênçãos do então Ministro da Saúde José Serra aproveitamento com sustentabilidade.
para ser distribuído com a finalidade de auxiliar no combate da Que luta por respeito pelos povos da
dengue, projeto este abandonado não se sabe ao certo por qual floresta, seus costumes e culturas.
motivo. Apaixonado pelo seus filhos e mulher,
Vejam a noticia da Revista Isto É de 30/01/2002. “A luta contra a que gosta de amigos fieis, piadas,
dengue também é travada na Fiocruz. Far-Manguinhos desenvolveu cerveja e chuva.
uma vela feita com o bagaço da andiroba, planta amazônica que Visualizar meu perfil completo
reduz entre 70% e 100% o apetite da fêmea do mosquito Aedes
aegypti, responsável pela picada que transmite a doença. Far-
Manguinhos licenciou dez laboratórios brasileiros para fabricar a vela,
vendida entre R$ 2 e R$ 8. Mais um ponto para essa ilha de
excelência.”
O Dr. Lauro Barata um dos maiores conhecedores de ativos da
floresta professor da Unicamp, em 2002 publicou um trabalho que
isolava os ativos deste produto da andiroba, (ESTUDO DO RESÍDUO
INDÚSTRIAL DA EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE ANDIROBA Adriano Martinez
Basso (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Lauro Euclides Soares Barata
(Orientador), Instituto de Química - IQ, UNICAMP), referendando
desta forma que o conhecimento popular transferido de geração em
geração para caboclos como eu e muitos outros mais. Eu pergunto
como caboclo e como químico por que uma solução barata e de fácil
acesso não esta sendo utilizada na prevenção da doença neste verão
e nos verões passados?
Falta de informação? Só pode ser.
Hoje o quilo do pó de andiroba para a vela custa R$ 4,00 o quilo,
para o consumidor final, podendo fazer até 5 quilos de velas que
pode ser feita em casa mesmo, basta derreter a parafina misturar ao
pó de andiroba, 20%, mexer por 15 minutos, e filtrar em saco de
coar café, e colocar na forma de sua preferência ou em tubos de PVC
com um pavio grosso que pode ser feito até mesmo de barbante, ou
pavios para velas “7 dias 7 noites” vendidas em casas de produtos
artesanais. Tome cuidado com cortinas e materiais inflamavés
quando esta acabando de queimar esta vela forma uma chama
grande. O que sobra no saco de coar café pode ser acumulado para
queimar fora de casa em fogareiros ou até mesmo churrasqueiras,
antes ou depois da festa para afastar insetos, forma uma grande
quantidade de fumaça.
Alem do mais ao utilizar um produto deste você esta ajudando a
preservar as andirobeiras da Amazônia, uma arvore produz de 50 a
200 quilos de sementes por anos, se as sementes não são
compradas ao preço de R$ 250,00 a tonelada estas arvores correm o
risco de serem sacrificadas pelos ribeirinhos pela sua legitima
necessidade de subsistência, a compra de velas aumentaria a
demanda de sementes.
A vela feita como óleo não tem uma fagorepelencia tão boa quanto
da vela feita com fase sólida.
Atualmente o pó de andiroba é vendido para a empresas de produtos

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orgânicos, utilizadas nas lavouras contra formigas e fungos , tendo


uma aceitação atual muito boa, porem fica novamente a pergunta
por que não evitar despesas, sofrimento e até mesmo morte com
auxilio de um produto como esse?
Um abraço amazônico a todos.
Luiz Roberto Barbosa Morais-Curupira da Amazônia

Postado por Luiz Roberto Barbosa Morais às 09:29


Marcadores: amazônia, andiroba, chuvas, dengue, mosquitos

2 COMENT ÁRIOS :

Luli disse...
É uma verdadeira generosidade trazer ao público a proporção
e modo de fazer a vela de andiroba. Há alguns anos
encontrei à venda velas a preços relativamente baixos - pois
há velas em casas especiais com preço alto. A falta de
informação é grande, somado ao interesse das indústrias
químicas em coibir qualquer promoção de produtos simples,
naturais, baratos, eficazes e inofensivos à saúde.

13 de fevereiro de 2011 10:22

walupima disse...
dr. temos interesse em saber como adquirir o oleo de
andiroba em quantidade grande. favor informar como
podemos entrar em contato com os srs.Queremos fazer uma
campanha contra o dengue. obrigado. dr. washington
machado
e-mail. walupima@gmail.com

21 de fevereiro de 2011 13:05

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