Você está na página 1de 30

1

Secretariado CITES

Compreender os pareceres
de extracção não prejudial
Convention on International Trade in Endangered
Species of Wild Fauna and Flora
2

Visão geral
• Conceitos e terminologia relacionados com os
Pareceres de Extracção Não Prejudicial

• Os Pareceres de Extracção Não Prejudicial


como decisão

• Papel e responsabilidades das Autoridades


CITES

• Diferentes'formas' de Pareceres de Extracção


não Prejudicial

• Como fazer um Parecer de Extracção não


Prejudicial

• Lista de Referência dos Pareceres de


Extracção Não Prejudicial
3

Conceitos e terminologia
• Existem diversos termos e conceitos relacionados com
os impactos do comércio de espécies no texto da
Convenção
– Sobre-exploração (Preâmbulo)
– Ameaçadas de Extinção (Art. II)
– Exploração incompatível com sua sobrevivência (Art. II)
– [Exportação/introdução] ...não prejudicial à sobrevivência das
espécies (Art. III, IV)
– Finalidade... não prejudicial à sobrevivência das espécies (Art.
III)
– Exportação de espécimes… limitada à manutenção dessa
espécie, em toda a sua área de distribuição, num nível que
esteja de acordo com o seu papel nos ecossistemas onde está
presente (Art. IV)
– Ser ameaçada pelo comércio(Art. XIII)
4

Parecer de Extracção Não Prejudicial


• Exigir o parecer de uma autoridade científica de que
uma acção proposta não será prejudicial à
sobrevivência de uma espécie é um conceito que se
encontra nos artigos III e IV da CITES

• Este parecer é efectivamente a decisão que deverá


ser dada pela Autoridade Cientifica
5

Parecer de Extracção Não Prejudicial


• Artigo III (Anexo I)
– Uma licença de exportação só deve ser concedida
quando…a Autoridade Cientifica do Estado de exportação
se tenha assegurado que tal exportação não é prejudicial à
sobrevivência da espécie

– Uma licença de importação só deverá ser concedida


quando… a Autoridade Cientifica do Estado de importação
se tenha assegurado que os fins a que se destina a
importação não são prejudiciais à sobrevivência da espécie
envolvida

– Um certificado [introdução procedente do mar] só deverá ser


concedido quando… a Autoridade Cientifica do Estado de
introdução se assegurar que a introdução não será
prejudicial à sobrevivência das espécies envolvidas
6

Parecer de Extracção Não Prejudicial


• Artigo IV (Anexo II)
– Uma licença de exportação só deve ser concedida
quando…a Autoridade Cientifica do Estado de exportação
se tenha assegurado que tal exportação não é prejudicial à
sobrevivência da espécie

– Um certificado [introdução procedente do mar] só deverá ser


concedido quando… a Autoridade Cientifica do Estado de
introdução se assegurar que a introdução não será
prejudicial à sobrevivência das espécies envolvidas
7

Parecer de Extracção Não Prejudicial


• Artigo V (Anexo III)
– Não existem requisitos de Parecer de Extracção Não
Prejudicial para espécies listadas no Anexo III

(Isto é importante lembrar ao propor espécies para inclusão


no Anexo III)
8

Parecer de Extracção Não Prejudicial


• Um Parecer de Extracção Não Prejudicial pode
tomar várias formas

– Um parecer escrito da Autoridade Cientifica

– Um parecer verbal da Autoridade Cientifica

– Uma quota acordada pela Autoridade Cientifica


para um período especifico de tempo
9

Conf. 9.10 (Rev. CoP15) Destino dos espécimes


comercializados ilegalmente, apreendidos e armazenados
• Existe apenas uma situação em que o Parecer de
Extracção Não Prejudicial pode ser dado pela
Autoridade Administrativa e diz respeito ao destino
dos espécimes comercializados ilegalmente,
apreendidos e armazenados
– “…A Autoridade Administrativa está convencida de que a venda
dos espécies do Anexo II apreendidos não é prejudicial à
sobrevivência da espécie, os espécimes são considerados como
tendo sido obtidos de acordo com as disposições da Convenção e
com as leis do Estado para a protecção da fauna e da flora para
fins de emissão de licenças de exportação ou certificados de
reexportação
10

Conselhos da CoP sobre Parecer de


Extracção Não Prejudicial
• A aceitação de um Parecer de Extracção Não
Prejudicial pode ser “acordado” pela Conferência das
Partes, baseado nas quotas adoptadas pela CoP
– Recomendação de que as quotas para espécies do Anexo I
estabelecidas pela CoP podem ser interpretadas como
preenchendo os requisitos não prejudiciais pelos países de
exportação e importação (Conf. 9.21 (Rev. CoP13)
– Recomendação para aceitar Parecer de Extracção Não
Prejudicial dos países de exportação para trofeus de caça em
geral, sem fins comerciais, (Conf. 2.11 (Rev.), leopardo,
markhor e rinoceronte negro com quotas limite especificas
(Conf. 10.14 (Rev. CoP14), 10.15, (Rev. CoP14) 13.5 (Rev.
CoP14)
11

Conselhos da CoP sobre Parecer de


Extracção Não Prejudicial
• Propostas de estabelecimento ou alteração à quotas
necessitam de ser acompanhadas por informação de
suporte, incluindo detalhes de base cientifica para a
quota proposta

• Não são fornecidas orientações precisas sobre a base


científica para a proposta de quota, mas recentes
propostas bem sucedidas incluíram informações sobre.:
– distribuição das espécies – utilização e comércio

– situação da populacional – impacto actual ou potencial do comércio

– tendências da população – monitorização da população

– ameaças – medidas de gestão e controlo


12

Conselhos da CoP sobre Parecer de


Extracção Não Prejudicial
• Res. Conf. 14.7 (Rev. CoP15) sobre a gestão de
quotas estabelecidas a nível nacional reconhece que
tais quotas:
– são uma ferramenta de gestão, utilizada para garantir que
as exportações de espécimes de uma determinada espécie
são mantidas em um nível que não tem efeitos prejudiciais
sobre a sua população

– Parecer da Autoridade Cientifica de que cumpre os


requisitos de elaboração de um NDF para espécies do
Anexo I ou II e, para espécies do Anexo II, os requisitos
necessários à manutenção dessa espécie, em toda a sua
área de distribuição, num nível que esteja de acordo com o
seu papel nos ecossistemas onde está presente
13

Conselhos da CoP sobre Parecer de


Extracção Não Prejudicial
…mas..
– As quotas de exportação devem ser estabelecidas
ou com base num NDF, elaborado por uma
Autoridade Cientifica e;

– Devem ser revistas anualmente


14

Como elaborar um Parecer de


Extracção Não Prejudicial
15

Extracção Não Prejudicial


• Resolução Conf. 10.3 recomenda que a extracção e
o parecer da Autoridade Cientifica do país de
exportaçção seja baseado em:
– Situação da população

– Distribuição

– Tendências populacionais

– Colheita / captura / abate

– Outros factores biológicos e ecológicos

– Informação sobre o comércio


16

Extracção Não Prejudicial


• De um modo geral, a mais útil "unidade de
medida" para determinar se as exportações
não serão prejudiciais para a sobrevivência
das espécies é a população nacional do país
envolvido
17

Extracção Não Prejudicial


• O Parecer de Extracção Não Prejudicial é,
essencialmente uma avaliação de risco
elaborada com bases científicas

• Assim, a abordagem e metodologia utilizada


para elaborar uma avaliação de risco é a
mesma para elaborar um Parecer de
Extracção Não Prejudicial
18

Metodologia de avaliação de risco


1. Analise de risco
– Analise do impacto, efeitos
– Estimativa de probabilidades, risco, impacto
– Gestão do risco, considerar medidas de
mitigação
2. Determinar a exposição
– Exposição = Risco + Impacto
3. Tomada de decisão
4. Monitorizar os resultados
19

Metodologia de avaliação de risco


• Princípios
– Os requisitos de dados devem ser proporcionais
aos riscos potenciais

– A avaliação deve ser baseada na melhor


informação disponível

– Se necessitar de informação extra e a puder


arranjar, faça-o

– A experiência ajuda
20

NDF = Avaliação de risco baseada na


ciência
Risco Risco
Volume no comércio

moderado elevado

Baixo Risco
risco moderado

Vulnerabilidade das espécies


21

NDF = Avaliação de risco baseada na


ciência
Risco Risco
Volume no comércio

moderado elevado

Baixo Risco
risco moderado

Vulnerabilidade das espécies


22

NDF = Avaliação de risco baseada na


ciência
Comércio não
Volume no comércio

aconselhavel

Vulnerabilidade das espécies


23

Analise de Risco
“A aplicação prática de análise de risco é dificultada
pela falta de um enquadramento adequado da
abordagem do problema
Sem uma abordagem sistemática é dificil fornecer
informação de risco útil ao decisor”
Governo dos EUA

• CITES possui o enquadramento, ou


abordagem sistemática com a qual podem
ser elaborados Pareceres de Extracção Não
Prejudiciais = Lista de Referência de NDF
24

Lista de Referência para Pareceres Não


Prejudiciais
• Foi desenvolvido para a CITES o enquadramento e uma
abordagem sistemática, na forma de uma Lista de
Referência desenvolvida para ajudar a capacitar a
Autoridade Cientifica a aconselhar se as exportações dos
taxa listados no Anexo II não são prejudiciais à
sobrevivência das espécies

• A Lista de Referência original circulou pelas Partes como


Documento Inf. 11.3 na CoP11 (Gigiri, 2000), e também
foi publicada pela IUCN em 2002 (SSC Occasional Paper
No. 27)

• A Lista de Referência compreende duas tabelas que


devem ser seguidas para cada espécie do Anexo II
sujeitas a exportação como resultado da remoção dos
espécimes do meio selvagem
25

Lista de Refência para Pareceres Não


Prejudiciais
• As tabelas resumem os regimes de colheita/captura
e os factores que ameaçam a gestão dos regimes de
colheita
– Tabela 1 analisa os efeitos prováveis ​de colheita/captura das
espécies-alvo
26

Lista de Referência para Pareceres Não


Prejudiciais
• As tabelas resumem os regimes de colheita/captura
e os factores que ameaçam a gestão dos regimes de
colheita/captura
– Tabela 2 revisão de dados biológicos e de gestão mais
gerais,
27

Lista de Referência para Pareceres Não


Prejudiciais

• Os resultados da Tabela 2 podem ser


visualizados num gráfico circular, para ajudar
a avaliar se a informação biológica e de
gestão é forte ou fraca e a ajudar os
decisores a chegarem a conclusões

• O tamanho da mancha vermelha que emana


do centro indica onde ocorrem as lacunas de
conhecimento ou onde o risco pode ser
maior (anel externo= maior risco)
28

Processos Similares nos Acordos


Ambientais Multilaterais (AAMs)
• Podem-se aprender Lições através do estudo e
ligação com outros processos (especialmente AAMs)
a braços com os mesmos problemas
– Diretrizes voluntárias da CBD sobre a biodiversidade,
inclusive, a avaliação de impacto ambiental

– Diretrizes da Ramsar para incorporar questões relacionadas


com a biodiversidade na legislação, avaliação de impacto
ambiental e / ou processos e na avaliação ambiental
estratégica

– CMS Avaliação de impacto e as espécies migradoras

– AEWA Orientações sobre a recolha sustentável de aves


aquáticas migradoras
29

Resumo
• Conceitos e linguagem relacionada com os Pareceres de
Extracção Não Prejudicial podem ser encontrados nos
documentos CITES
• O NDF é uma decisão
• As Autoridades CITES desempenham papeis e
responsbilidades especificas relacionadas com os NDFs
• NDFs podem aparecer de diversas formas e também
podem ser acordados pela CoP
• O NDF é uma avaliação de risco com bases cientificas
• A Lista de Referência do NDF Checklist oferece o
enquadramento e uma abordagem sistemática para a
elaboração de NDFs
30

Secretariado CITES
Genebra

Você também pode gostar