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DEFESA FITOSSANITÁRIA

“É mais econômico utilizar instrumentos


para evitar a entrada de pragas, do que
utilizar métodos de controle após a
introdução e o estabelecimento das mesmas
em uma região.”
Neegard (1977)

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O que fazer para evitar a entrada de uma praga?

Caso a entrada aconteça, o que fazer para que a praga


não se estabeleça?

Se a praga se estabelecer, como evitar que ela se


dissemine para outras partes do país?

Se a praga se disseminar, o que fazer para conviver com o


problema, de forma a manter os sistemas de produção
competitivos e sustentáveis?

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TRÂNSITO DE PRAGAS

TRÂNSITO DE PESSOAS COMÉRCIO DE PRODUTOS


AGRÍCOLAS

• ENTRE UNIDADES DA FEDERAÇÃO


• ENTRE PAÍSES
• ENTRE BLOCOS

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EXIGÊNCIAS FITOSSANITÁRIAS

• Cada país estabelece regras para garantir a qualidade e segurança


dos produtos comercializados.

• Entre os critérios mais comuns estão controle de pragas,


resíduos e contaminantes e requisitos, como boas práticas
agrícolas, boas práticas de fabricação e padrões de higiene
operacionais.

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BARREIRAS FITOSSANITÁRIAS

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1ª Barreira: documentação
CF - Certificação Fitossanitária

CF - A Certificação Fitossanitária é emitida para evitar que


pragas existentes no Brasil sejam transportadas para regiões
livres e também para auxiliar o processo de exportação.

O documento permite a rastreabilidade e atesta a condição


fitossanitária dos lotes, partes de plantas ou de produtos
vegetais, na origem, de acordo com as normas internacionais
de defesa sanitária vegetal.

Unidade de Vigilância Agropecuária (UVAGRO), ou Unidade Técnica Regional de Agricultura,.Pecuária e Abastecimento (UTRA)
1ª Barreira: documentação
CF - Certificação Fitossanitária
CFO – CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM – Na unidade produtiva
(propriedade rural)

CFOC – CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM CONSOLIDADO – Na unidade


de consolidação (beneficiadora, processadora ou embaladora)
1ª Barreira: documentação
ARP - Análise de Risco de Pragas
Exigida no comércio externo

É uma avaliação técnica, científica e econômica que determina


se um organismo deve ser classificado como praga
quarentenária , em casos positivos, como ela deve ser
manejada

Avaliação de risco das pragas potencialmente associadas ao


material vegetal objeto da ARP

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Unidade de Vigilância Agropecuária (UVAGRO), ou Unidade Técnica Regional de Agricultura,.Pecuária e Abastecimento (UTRA)
2ª Barreira – Prevenção
(fiscalização dos pontos de ingresso)

S E RV I Ç O D E D E F E S A S A N I T Á R I A V E G E TA L

• Inspeção de portos, aeroportos e fronteiras, procurando tratar, destruir ou


impedir a entrada de vegetais e animais atacados por pragas quarentenárias

• Atua nas importações e exportações (certificação fitossanitária), impedindo a


disseminação de pragas

• Caso seja necessário o material é encaminhado para o serviço de quarentena


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EXEMPLOS DE INSETOS PRAGAS QUE ENTRARAM NO BRASIL

Bractocera carambolae - Suriname 1995

Cydia pomonella – Região Paleártica - 1926

Helicoverpa armigera– ?- 2013

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3ª Barreira –Monitoramento
(Quarentena e controles internos)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento cadastra e credencia estações
quarentenárias pós-entrada, bem como
laboratórios de diagnóstico fitossanitários para
exames de acarologia, bacteriologia, entomologia,
micologia, nematologia e virologia nos produtos
importados, conforme legislação específica.

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SERVIÇO QUARENTENÁRIO

• Previne a entrada de pragas exóticas e impede a


disseminação das nativas

• Refere-se a um período de tempo, durante o


qual as plantas permanecem em observação
fitossanitária em um “quarentenário”- sinônimo
para “Estação Quarentenária” (EQ), que pode
variar segundo o ciclo do planta e/ou da praga
quarentenária. A liberação das plantas ocorre
apenas posteriormente à comprovação de
isenção das citadas pragas.
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PRAGA DO PONTO DE VISTA
QUARENTENÁRIO:

• Qualquer espécie, raça ou biótipo de


vegetais, animais ou agentes patogênicos,
nocivos aos vegetais ou seus produtos
(inseto, ácaro, fungo, bactéria, vírus,
nematoide, planta invasora, rato, caramujo,
etc.).

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Fonte: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/servlet/VisualizarAnexo?id=14532
SERVIÇO QUARENTENÁRIO

¢ Identificação de pragas quarentenárias


— Baseia-se em critérios estabelecidos pela FAO (Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura):

¢ Os países tem normas próprias para legislar sobre as ações relacionadas às pragas
quarentenárias
— Presença ou ausência de uma praga em uma área de risco
— Distribuição
— Importância econômica
— Existência de controle oficial
¢ Os países podem estabelecer barreiras alfandegárias
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Praga do ponto de vista quarentenário:

Quarentenárias ausentes (PQA): não presentes no país, porém, se


introduzidas, com características de serem potenciais causadores de
importantes danos econômicos. O objetivo é impedir a entrada destes
organismos.

Quarentenárias presentes (PQP): presentes no País, porém com


distribuição restrita em alguns estados. O objetivo é impedir a
disseminação da praga dentro do país.

Não quarentenárias regulamentada (PNQR): presentes no País e


sujeitas a medidas fitossanitárias, pois sua presença resulta em impacto
economicamente inaceitável
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BRASIL

ü 1 ácaro
ü 3 insetos
ü 3 fungos
ü 5 procariontes

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ALGUNS EXEMPLOS DE PRAGAS
QUARENTENÁRIAS PRESENTES

Bactrocera carambolae Anthonomus tomentosus Sternochetus mangiferae

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Pragas quarentenárias presentes

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4ª Barreira – Emergência
(Planos de contingência e erradicação)

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AGROTÓXICO EM EMERGÊNCIA FITOSSANITÁRIA

É uma situação declarada quando existe o risco iminente de surto de praga


já existente no país ou de entrada de praga quarentenária ausente.

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Primeiro produto
autorizado (2013):
benzoato de
emamectina, com
autorização de uso por até
três anos até a
regularização desta ou
outras ferramentas no
Brasil.

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MEDIDAS OBRIGATÓRIAS

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• Medidas legais que obrigam o controle de determinadas pragas.
• Por exemplo, Lei n° 2869 (RS) de 25/06/56, que obriga a coleta e queima de galhos
de acácia negra para diminuir a infestação de do serrador Oncideres impluviata

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MEDIDAS OBRIGATÓRIAS

• Outro exemplo...

• Decreto Estadual (SP) n. 19.594 A de 27/07/50, que obriga a destruir os restos da


cultura até 15 de julho de cada ano na cultura do algodão para controle da
lagarta-rosada (Pectinophora gossypiella)

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