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A busca incansável por uma alimentação saudável tem se tornado uma

característica marcante na sociedade contemporânea, suscitando indagações sobre


a possível relação entre essa obsessão e a evitação da inevitabilidade da
mortalidade do corpo. Nesse contexto, é válido ponderar se o foco excessivo na
dieta equilibrada representa uma estratégia inconsciente para contornar a difícil
aceitação da finitude humana.

No início do século XXI, observa-se uma crescente conscientização sobre a


importância dos hábitos alimentares para a promoção da saúde. Contudo, a linha
que separa a busca por um estilo de vida saudável da obsessão pode ser tênue. O
desenvolvimento do assunto revela que, em muitos casos, a meticulosidade
excessiva na escolha dos alimentos está vinculada a um receio profundo de
confrontar a mortalidade do corpo. A contemporaneidade, com sua incessante
exposição de padrões estéticos inatingíveis, contribui para a alimentação tornar-se
um refúgio, uma tentativa de adiar o inevitável.

Entretanto, é preciso ressaltar que a relação entre alimentação saudável e a


aceitação da mortalidade não é intrinsecamente negativa. No entanto, quando essa
busca se transforma em uma obsessão que impacta negativamente a qualidade de
vida e o equilíbrio psicológico, torna-se essencial refletir sobre os reais objetivos
desse comportamento.

A conclusão, portanto, reforça a importância de cultivar um equilíbrio saudável


entre a atenção à alimentação e a aceitação serena da finitude, promovendo uma
relação positiva e consciente com o corpo e a vida.

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