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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA

Amanda Correia Ronchi

Século do Fogo: perseguição às práticas mágicas na Islândia do século XVII

Biguaçu
2022
Amanda Correia Ronchi

Século do Fogo: perseguição às práticas mágicas na Islândia do século XVII

Trabalho Conclusão do Curso de Graduação em


História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da
Universidade Federal de Santa Catarina como requisito
para a obtenção do título de Bacharel e Licenciado em
História

Orientador: Prof.ª Drª Aline Dias da Silveira

Biguaçu
2022
Este trabalho é dedicado à minha mãe, Leila Maria, que sempre
apoiou minha dedicação à docência.
AGRADECIMENTOS

Inserir os agradecimentos aos colaboradores à execução do trabalho.


Texto da Epígrafe. Citação relativa ao tema do trabalho. É opcional. A epígrafe pode

também aparecer na abertura de cada seção ou capítulo. Deve ser elaborada de acordo com a
NBR 10520. (SOBRENOME do autor da epígrafe, ano)
RESUMO
No resumo são ressaltados o objetivo da pesquisa, o método utilizado, as discussões e os
resultados com destaque apenas para os pontos principais. O resumo deve ser significativo,
composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas, e não de uma enumeração de
tópicos. Não deve conter citações. Deve usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do
singular. O texto do resumo deve ser digitado, em um único bloco, sem espaço de parágrafo.
O espaçamento entre linhas é simples e o tamanho da fonte é 12. Abaixo do resumo, informar
as palavras-chave (palavras ou expressões significativas retiradas do texto) ou, termos
retirados de thesaurus da área. Deve conter de 150 a 500 palavras. O resumo é elaborado de
acordo com a NBR 6028.

Palavras-chave: Palavra-chave 1. Palavra-chave 2. Palavra-chave 3.


ABSTRACT

Resumo traduzido para outros idiomas, neste caso, inglês. Segue o formato do resumo feito na
língua vernácula. As palavras-chave traduzidas, versão em língua estrangeira, são colocadas
abaixo do texto precedidas pela expressão “Keywords”, separadas por ponto.

Keywords: Keyword 1. Keyword 2. Keyword 3.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XX
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XX
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Lista de Executados XX


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 15
2 TÍTULO NÃO DEFINIDO 17
2.1 ISLÂNDIA, QUESTÕES POLÍTICO-RELIGIOSAS 17

2.2 O CASO DOS FIORDES OCIDENTAIS 17

3 TÍTULO NÃO DEFINIDO 21


4 CONCLUSÃO 22
REFERÊNCIAS 23

APÊNDICE A – Lista de Executados 24

INTRODUÇÃO
Islândia, 1550.
Após a morte do padre Jón Arrasson, último representante da resistência contra a Reforma
Prostestante, foi dado início a uma nova fase religiosa no país. Anos mais tarde, a Islândia
recebeu um decreto assinado pelo rei dinamarquês Christian IV estabelecendo medidas para
eliminar aquilo que ele considerava abominação e provocação a deus. No entendimento do
rei fazer o sinal da cruz, praticar exorcismos e a utilização de runas e sigilos mágicos eram
artes secretas, e, mesmo que trouxessem saúde e proteção, deveriam ser proibidas e os
eruditos em tais artes, punidos.
Algumas dessas práticas mágicas eram chamadas de galdrastafir, e para entender o
significado dessa palavra é preciso separá-la em duas partes: galdra ou galder, usualmente
traduzido como magia para português, e a outra parte stafir ou stav, que pode ser traduzido
para o inglês como stave ou stick, vareta ou pau em português. Essa tradução para vareta
carrega o valor simbólico do formato que essas staves possuem: geralmente são compostas
por traços e círculos formando um conjunto de varetas, os materiais utilizados para criar essas
staves se alteram dependendo da necessidade do encantamento.1
Em enciclopédias de magia e alquimia é possível encontrar sinônimos para a palavra stave,
dentre os sinônimos encontrados está a palavra sigil, conceitualmente traduzida como
“símbolos que expressam forças ocultas”. O termo sigil vem do latim sigillum, que significa
selo.2 Nesse sentido podemos observar que esses objetos, os sigilos mágicos, se aproximam
muito da ideia de talismãs, que por definição são objetos com poderes mágicos criados a
partir da intenção dos seus criadores, geralmente desempenhando uma única função para seus
donos, como por exemplo, protegê-los contra malefícios ou manter a saúde.3
Esses conhecimentos mágicos eram escritos em livros que registravam instruções para fazer
rituais, encantamentos, feitiços para controlar demons (espíritos que são invocados para
realizar tarefas) entre outros saberes que podem ser encontrados em grimórios, pergaminhos e
papiros mágicos.4 Para essa pesquisa iremos analisar um grimório de magia intitulado
Galdrabók. Nele, é possível encontrar diversos círculos mágicos, encantamentos para evitar
insônia e dores de cabeça, maneiras de encontrar ladrões, e também saber qual dia do ano será
o menos auspicioso. Essa tradição mágica é muito particular do período conhecido como later
medieval and early modern Iceland5, que se refere à transição da influência do Catolicismo
para o Protestantismo, o qual também se refere ao período de produção desse manuscrito.
Por esta fonte ser produzida durante a Reforma Protestante, conseguimos encontrar
uma série de elementos que unem diversas temporalidades: mesmo com o processo de
cristianização e a chegada do protestantismo na Islândia, a religiosidade nórdica pré-cristã
ainda se manteve presente na mentalidade social islandesa do século XVII. 6 A invocação de
divindades nórdicas se une a orações para Virgem Maria e outras referências, como à cultura
1
Para ver exemplos de staves veja o anexo X.
2
GUILEY, Rosemary Ellen. The Encyclopedia of Magic and Alchemy. New York: Facts On File, Inc. 2006. p. 293 -
294.
3
GUILEY, Rosemary Ellen. The Encyclopedia of Magic and Alchemy. New York: Facts On File, Inc. 2006. p. 303 -
304.
4
GUILEY, Rosemary Ellen. The Encyclopedia of Magic and Alchemy. New York: Facts On File, Inc. 2006. p. 121 -
122.
5
O termo later medieval and early modern Iceland pode ser traduzido para a Islândia Tardia.
Tradução livre da autora.
6
Mentalidade social é o termo utilizado por Carlo Ginzburg para se referir de forma diferente ao
conceito de cultura popular.
greco-egípcia, presentes em alguns dos 47 feitiços que foram compilados ao longo do século
em questão. O texto como conhecemos hoje foi concebido por quatro escribas diferentes,
também em períodos diferentes. A relação transcontinental apresentada na fonte permite a
análise do processo de conexão desses conhecimentos através da perspectiva de
entrelaçamentos transculturais.

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