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Pesquisa de oligoelementos biológicos

https://doi.org/10.1007/s12011-020-02514-z

Concentrações de Hg, As, Cr, Sn, Ni e Se no músculo do atum

(Euthynnus alletteratus) do estoque ocidental da Argélia
Mohammed Amine Ansel1

Recebido: 1º de setembro de 2020 /Aceito: 24 de novembro de 2020

# Springer Science+Business Media, LLC, parte da Springer Nature 2020

Resumo

Os níveis de metais musculares (As, Se, Hg, Sn, Cr, Ni) foram medidos em pequenos atuns (Euthynnus alletteratus) do estoque ocidental da Argélia. As
relações entre os níveis de metal nos tecidos musculares e o comprimento do garfo do peixe e o peso total foram examinadas. O acúmulo de metais nos
tecidos musculares variou na seguinte ordem crescente: Ni, Cr, Sn, Hg, Se e As. A faixa de concentrações de metal (mg kg-1 /peso úmido) foi 1,2561–
3,8562 (As), 0,6897–3,4123 (Se), 0,3852–1,4235 (Hg), 0,1569–0,6512 (Sn), 0,1254–0,4002 (Cr), e 0,0719–0,3122 (Ni). Variações significativas (t > 1,96,
p < 0,05) entre as concentrações dos metais foram observadas nos tecidos musculares de E. alletteratus. As concentrações de todos os metais
investigados aumentam à medida que os peixes aumentam em tamanho e peso total. Além disso, os resultados das regressões exponenciais mostraram
relações positivas significativas (p <0,05) entre os níveis de metais e o tamanho e peso dos peixes. Os níveis médios de metais pesados nos tecidos
musculares de E. alletteratus foram inferiores aos limites permitidos para consumo de peixe prescritos pela FAO/OMS, CE, ASTDR e USFDA.

Palavras-chave Euthynnus alletteratus. Metais pesados . Tamanho . Peso . Estoque da Argélia Ocidental

Introdução posição trófica que aumenta o acúmulo de metais pesados. Peixes

O crescimento da produção/processamento de gás e petróleo em geral
na região ocidental da Argélia aumenta a necessidade de uma previsão
precisa da contaminação por metais pesados e do seu impacto no
equilíbrio dos ecossistemas marinhos. Além disso, os sectores da
indústria pesada, bem como a agricultura extensiva, estão a considerar
outras fontes de exposição a metais pesados, o que promove a
acumulação e/ou transferência de metais entre espécies marinhas em
diferentes níveis tróficos. A região oeste da Argélia é a fonte de peixe
como alimento nas áreas oeste e sudoeste.
Assim, a poluição por metais pesados fornece dados sobre o estado de contaminação
das espécies marinhas e das águas mediterrânicas argelinas.
O atum pequeno (Euthynnus alletteratus) é uma espécie de atum
comercialmente importante e um dos peixes mais importantes e mais
consumidos na região ocidental da Argélia. Esta espécie é considerada
um predador de nível trófico de topo, dominando as diferentes cadeias
alimentares marinhas, com menos competidores, um
* Mohammed Amine Ansel
anselmohammed@gmail.com
1
Departamento de Ciências Marinhas e Aquicultura, Faculdade de Ciências Naturais
Ciências e Vida, Universidade Abdelhamid Ibn Badis, PO Box 300,
27000 Mostaganem, Argélia
predadores ativos e de vida longa, como o pequeno atum, tendem a
abrigar maiores teores de metais pesados devido à sua alta atividade
trófica nas cadeias alimentares marinhas [1].
Além disso, o atum ou espécies semelhantes são boas sentinelas para a
monitorização a longo prazo da poluição por metais no ecossistema
marinho. Geralmente, é bem conhecido que dados biológicos, como
tamanho e peso dos peixes, podem aumentar o acúmulo de metais nos
tecidos e órgãos dos peixes pelágicos. Os aumentos dos níveis de metais
nos tecidos dos peixes pelágicos estão provavelmente relacionados ao
aumento do tamanho e do peso total [2]. No entanto, vários estudos
recentes sobre metais concentraram-se nos efeitos do tamanho/peso dos
peixes no acúmulo de metais em diferentes tecidos e órgãos dos peixes (por exemplo, [3–
Para a maioria dos peixes, o músculo é considerado um tecido com baixo
acúmulo de metais em comparação com outros órgãos, como fígado,
guelras, baço e rim, bem como a porção comestível mais apreciada pelos
humanos. No entanto, esses dados ao nível dos metais são essenciais, a
fim de proteger a saúde do consumidor e manter os metais pesados a
taxas que não causem problemas de saúde. Além disso, os níveis
máximos de metais pesados devem ser tão baixos quanto razoáveis e
dentro da faixa dos limites aceitáveis de acordo com as legislações
internacionais certificadas.
Metais biológicos essenciais como selênio (Se), cromo (Cr) e níquel
(Ni) são essenciais para as atividades metabólicas/bioquímicas e funções
fisiológicas. Por outro lado, metais essenciais não biológicos como o
estanho (Sn),
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o mercúrio (Hg) e o arsênico (As) não têm funções fisiológicas, biológicas
e bioquímicas conhecidas nos organismos marinhos vivos e podem causar
efeitos deletérios à saúde dos peixes [6]. No entanto, níveis elevados de
metais essenciais (Se, Cr, Ni) e não essenciais (Sn, Hg, As) ou uma
deficiência de metais essenciais têm sido implicados em um grande
número de doenças com função biológica limitada ou problemas de saúde
tanto para peixes como para seres humanos. [6].
Há informações limitadas sobre a taxa e extensão da acumulação de
metais pesados em pequenos tecidos e órgãos de atum em todo o mundo,
e especificamente na costa da Argélia. Além disso, os dados sobre metais
em pequenos atuns permanecem escassos (por exemplo, [3, 7–10]), e
mais precisamente na área de estudo (por exemplo, [1]). Devido à falta de
dados sobre os níveis de metais pesados, é necessário aumentar o
monitoramento dos níveis de Sn, Cr, Ni, Se, Hg e As nesta espécie.
O objetivo da análise de metais deste trabalho é usar o pequeno atum
como sentinela para monitorar metais pesados na região oeste da Argélia
e descrever as relações entre os níveis de metais e o tamanho e peso
total dos peixes. Porém, neste estudo, os tecidos musculares do atum
pequeno são alvo de avaliação dos níveis de metais pesados. Hg, Cr, As,
Sn, Ni e Se foram escolhidos neste estudo como metais prioritários devido
à sua extrema toxicidade em altos níveis, persistência e bioacumulação
em organismos marinhos.
Além disso, com base nas amostras musculares analisadas, os níveis de
metais observados foram comparados com os regulamentos estabelecidos
que apoiam a segurança do peixe para consumo humano pelas
organizações alimentares internacionais.
Materiais e métodos
Um total de 89 atuninhos variando de 234 a 13.211 g de peso total (WT =
5.007,4 ± 507,6 g) e de 25,3 a 102,2 cm de comprimento de garfo (FL =
60,57 ± 3,04 cm) foram utilizados neste estudo. Todos os espécimes
foram adquiridos entre meados de Fevereiro de 2015 e finais de Janeiro
de 2017 em mercados comerciais de peixe e mercados retalhistas das
três áreas de pesca (Oran, Mostaganem e Chlef) (Fig.
Fig. 1 Áreas de pesca de atum
pequeno no estoque ocidental da Argélia
Ansel
1), e os músculos dos peixes foram escolhidos como tecidos alvo para
avaliação dos níveis de metal. Amostras musculares (tecidos musculares
brancos dorsais) foram armazenadas em sacos de polietileno esterilizados
com fecho zip-lock a -20 °C, até digestão ácida. A investigação de
oligoelementos foi feita pela digestão ácida de 1 ± 0,01 g de tecido
muscular branco dorsal de peixe em 1 ml de ácido nítrico HNO3 (Suprapur-
Merck, Darmstadt, Alemanha) a 95 °C por 1 h usando o programa
programável. Digestor Buchi Kjeldahl K438 seguindo o método de Amiard
et al. [11]. As digestões resultantes foram resfriadas à temperatura
ambiente durante 15 min e depois ajustadas com água bidestilada (ddH2O)
até o volume final de 4 ml. Todas as ferramentas utilizadas no experimento
foram lavadas em solução aquosa de detergente e autoclavadas a 100 °C
por 20 minutos antes do uso.
A vidraria do digestor foi limpa separadamente com ácido nítrico HNO3
uma vez, enxaguada três vezes com água destilada (dH2O) e depois seca
durante 15 min a 105 °C em estufa de secagem entre cada operação de
digestão ácida.
Os níveis totais de metais pesados foram medidos por um
espectrômetro de absorção atômica com forno de grafite multielemento
automatizado (Perkin Elmer AAnalyst 600). Os dados para os níveis de
metal obtidos foram expressos em miligramas por quilograma de peso
úmido (ww) e estimados estatisticamente como concentração média (ww)
± SE (ÿ = 5%). O teste t de Student foi utilizado para avaliar a significância
entre os valores certificados e medidos do material de referência, bem
como entre os níveis de metais nos tecidos musculares; se o valor t > 1,96
e valor p < 0,05 (ÿ = 5%), então a diferença é considerada estatisticamente
significativa.
Curvas de tendência exponencial foram realizadas com base em variáveis
transformadas em logaritmo (níveis de metal, tamanho e peso) para
descrever as relações entre os níveis de metal e o tamanho/peso dos peixes.
Todas as amostras de tecido muscular foram analisadas em lotes, com
amostras em branco e material de referência IAEA-436 (homogenato de
carne de atum) da IAEA, para investigar a aplicação e validação de
métodos analíticos. Além disso, os limites de detecção e quantificação
foram estimados como 3 e 10 vezes, respectivamente, os desvios padrão
de 10 réplicas de amostras em branco. Os limites de detecção (LOD)
calculados para As, Cr, Hg, Sn, Ni e Se foram 0,0022, 0,0007, 0,0013,
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Concentrações de Hg, As, Cr, Sn, Ni e Se no músculo do atum pequeno (Euthynnus alletteratus) do...
0,0004, 0,0003 e 0,0005 mg kg-1 , respectivamente. No
por outro lado, os limites de quantificação (LOQ) estimados foram
encontrado como 0,0066, 0,0021, 0,004, 0,0012, 0,0009 e
0,0015 mg kg-1 para As, Cr, Hg, Sn, Ni e Se, respectivamente.
Os percentuais de recuperação foram estimados para o
material, fornecendo dados aceitáveis variando de 82,19 a
99,82% (Tabela 1).
Resultados e discussão
Os dados mostram que entre os metais pesados selecionados sob
neste estudo (Tabela 2), o acúmulo de metal no músculo
tecidos de E. alletteratus segue a sequência: As > Se > Hg
> Sn > Cr > Ni. O intervalo de As foi 1,2561–3,8562, Se foi
0,6897–3,4123, Hg foi 0,3852–1,4235, Sn foi 0,1569–
0,6512, Cr foi 0,1254–0,4002 e Ni foi 0,0719–
0,3122 mg kg-1 ww. Os níveis médios de As, Se e Hg atingem um
valor de 2,0908 ± 0,1, 1,6860 ± 0,13 e 0,7378 ± 0,04 mg
kgÿ1 , respectivamente, visivelmente maior que a taxa de Sn
(0,3398 ± 0,03), Cr (0,2117 ± 0,01) e Ni (0,1730 ±
0,01 mg kg-1 ww) (Tabela 2). Os resultados mostram alta variabilidade
em níveis metálicos; além disso, diferenças significativas (t > 1,96, p < 0,05)
foram observados entre As – Cr, Hg – As, Ni – As, Sn – As, Se – As,
Cr – Hg, Ni – Cr, Sn – Cr, Se – Cr, Ni – Hg, Sn – Hg, Se – Hg, Sn – Ni,
Se–Ni e Sn–Se. Portanto, com base na análise do metal, o
região ocidental da Argélia parece estar altamente poluída com
As, Hg e Se em comparação com outros metais. Diferenças em
acúmulo de As, Se, Hg, Sn, Cr e Ni nos tecidos musculares
de E. alletteratus pode estar relacionado à variação na fisiologia
e morfologia sob competição intraespecífica, abundância,
e recrutamento desta espécie, bem como aspectos reprodutivos e
estratégias migratórias tróficas. No entanto, tal taxa de diferença
A acumulação de metais também pode ser atribuída a processos
ecológicos e fatores abióticos, como oxigenação, temperatura, salinidade
e pH do ecossistema receptor, bem como
fatores bióticos (tamanho, idade, sexo, etc.). Além disso, a indústria
áreas de descarga e infraestrutura petrolífera costeira no oeste
A região da Argélia pode promover explicações adicionais sobre a
variação do acúmulo de metal nos tecidos musculares de E. alletteratus.
Não existem dados sobre os níveis de As, Se, Hg, Sn, Cr e Ni em
Tabela 1 Certificado/medido
valores de concentrações de metais Metal Valor de referência (mg kgÿ1 )
(mg kgÿ1 /peso seco) no
material de referência (IAEA-436) Como 1,98±0,07n
Cr 0,194±0,0026n
Hg 4,19±0,15n
Sn 0,03±0,018n
Não 0,069±0,04n
Se 1,63±0,27n
n
Nenhuma diferença significativa (t ÿ 1,96, p > 0,05) entre os valores de referência e medidos
os diferentes tecidos de E. alletteratus da costa argelina.
O atum pequeno é conhecido por ser um peixe migratório altamente ativo
que viajam regularmente entre os oceanos e mares [12],
e consideradas espécies não-alvo com captura acidental em
Argélia.
Os níveis de metais encontrados neste estudo foram superiores às
concentrações relatadas nos tecidos musculares de E. alletteratus de
no Golfo do México, variando entre 2–3 mg kg–1 , 1–2 mg
kgÿ1 , 0,8–0,9 mg kgÿ1 , 0,4–0,5 mg kgÿ1 , 0,2–0,3 mg kgÿ1 , 0,1– e
0,2 mg kgÿ1 para As, Se, Hg, Sn, Cr e Ni, respectivamente
[8]. Não foram observados níveis semelhantes de quantidades de metal neste
espécies em outros estudos de metais. Conteúdo de Hg observado em
desta investigação foram inferiores aos encontrados em tecidos
musculares de pequenos atuns de águas offshore do Atlântico da Flórida
Coast, variando de 0,11 a 3,4 mg kgÿ1 [7]; no norte
Golfo do México, o nível de Hg varia de 1,08 a 10,52 mg
kgÿ1 [3] e no Golfo do México, varia de 1,57 a
3,66 mg.kg -1 [9]. Por outro lado, o Hg muscular medido
níveis foram superiores aos relatados por Moura Reis
Manhães et al. [10] no sudoeste do Oceano Atlântico, variando de 0,02
a 0,38 mg kg-1 . Pode-se notar também que significa
As concentrações de Hg e Se no músculo do atum pequeno não foram
equivalentes ao excesso de Se em relação ao Hg (nível de Se/Hg
proporção = 2,3). O selênio (Se) é um metal essencial envolvido na
numerosos efeitos benéficos à saúde e na desintoxicação do mercúrio e
desempenham um papel fundamental na diminuição do mercúrio
e acúmulo de arsênico [13–15]. A aparente relação
entre os níveis de Se e Hg nos tecidos dos peixes foi relatada
anteriormente por Kehrig et al. [16] e Yamashita et al. [17].
Níveis elevados de Se podem ter efeitos negativos na reprodução dos
peixes, na taxa de crescimento e nas deformidades morfológicas, bem como
no equilíbrio das teias tróficas marinhas [18–20]. O significativo
Os níveis de Se encontrados neste estudo foram superiores aos relatados em
1,25 a 0,99 mg kg-1 nos tecidos musculares de espécies de atum
(albacora, gaiado, patudo e albacora) do centro
Oceano Pacífico Norte perto do Havaí [21] e no músculo de
atum rabilho (2,61 mg kg-1 ) do Mar Mediterrâneo [22].
No entanto, os níveis médios de Se em E. alletteratus foram inferiores aos
níveis médios relatados no músculo de Thunnus thynnus e
Thunnus tonggol do Mar da Arábia, 2,88 e 2,51 mg
kgÿ1 , respectivamente [23].
Valor medido (mg kgÿ1 ) n Recuperação (%)
1,9628±0,02n 7 99,13
0,1936 ± 0,001n 5 99,82
4,1804±0,04n 6 99,76
0,0261±0,003n 8 87,14
n
0,0567±0,012 7 82,19
1,5757±0,1n 7 96,97
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Ansel

Tabela 2 Níveis de metais (mg kgÿ1 /

peso úmido) no tecido muscular de E. Nível de metal (mg kgÿ1 ) Comprimento do garfo (cm) Peso total (g)
alletterato
n Mínimo Máximo Média ± SE Média ± SE Média ± SE

Como 89 1,2561 3,8562 2,0908* ± 0,1 60,57±3,04 5007,4±507,6

Cr 89 0,1254 0,4002 0,2117* ± 0,01

Hg 89 0,3852 1,4235 0,7378*±0,04

Não 89 0,0719 0,3122 0,1730*±0,01

Sn 89 0,1569 0,6512 0,3398*±0,03

Se 89 0,6897 3.4123 1,6860*±0,13

SE, erro padrão

*Diferença significativa (t > 1,96, p < 0,05) nos níveis de metal entre amostras

Mercúrio (Hg), especialmente na sua forma orgânica persistente
como o metilmercúrio (MeHg), tem alta tendência a se acumular nos
tecidos musculares dos peixes, transmite-se através da cadeia alimentar
marinha para níveis tróficos mais elevados e tem efeitos adversos à saúde.
efeitos em peixes e humanos [24]. O nível médio de Hg medido no
músculo de E. alletteratus foi superior ao relatado
nos tecidos musculares de algumas espécies de atum na faixa média de
0,18–0,66 mg kg-1 para Thunnus atlanticus e Thunnus
albacares do norte do Golfo do México [3]; 0,34–
0,50 mg kg-1 para albacora, patudo, gaiado e albacora
do Pacífico Norte central, perto do Havaí [21]; 0,51–0,65mg
kgÿ1 para tecidos musculares de Thunnus albacares e
Katsuwonus pelamis do Oceano Índico Ocidental [25];
0,36–0,39 mg kg-1 para Thunnus atlanticus e Thunnus
albacares do Golfo do México [9]; 2,45–4,21 mg.kg -1
para Thunnus thynnus capturado no estreito de Messina (Sicília,
Itália) [26]; 0,12–0,28 mg kg-1 para Katsuwonus pelamis,
Thunnus albacares e Thunnus atlanticus do sudoeste do Oceano Atlântico
[10]; e 0,13–0,35 mg kgÿ1 para
Thunnus thynnus do Mar Mediterrâneo [22].
No entanto, a concentração média de Hg encontrada por Adams [7]
em Thunnus atlanticus de águas offshore da Flórida
Costa Atlântica foi superior ao observado neste estudo.
Resultados semelhantes de concentrações médias de Hg foram observados em
o músculo de Thunnus albacares do Atlântico Sul ao largo
na costa da África do Sul [27] e em Thunnus atlanticus de
no norte do Golfo do México [3].
Nos ecossistemas marinhos, a reprodução de peixes, imunidade
função e taxa de crescimento são afetadas pela exposição de longo prazo
para um alto nível de As [28]. No entanto, as formas orgânicas de As são
conhecido por ser menos tóxico que as espécies inorgânicas [29]. Significar
Como os níveis desta investigação foram superiores aos níveis médios
observado no músculo de Thunnus alalunga e Thunnus
albacares do Oceano Atlântico, variando de 0,050 a
2,64 mg.kg -1 [30]; em Thunnus obesus do Atlântico
Oceano e Oceano Índico, variando de 0,01 a 1,98 mg
kgÿ1 [31]; e em Thunnus thynnus comprado de um coreano
mercado (Daejeon, Coreia), variando de 0,74 a 2,13 mg kg-1
[32]. Além disso, os níveis de As nos tecidos musculares de E. alletteratus
foram menores em comparação com as concentrações observadas de As no
músculo de Thunnus obesus do Oceano Atlântico, variando
de 1,02 a 4,03 mg kgÿ1 [30]; em Thunnus albacares e
Thunnus obesus de um mercado coreano (Daejeon, Coreia),
variando de 3,44 a 6,42 mg kgÿ1 [32]; e em Thunnus
thynnus do Mar Mediterrâneo, variando de 1,62 a
5,01 mg.kg -1 [22].
Cr e Ni são metais essenciais, conhecidos principalmente por sua
efeitos periféricos no metabolismo, crescimento e alterações morfológicas
dos peixes, embora possa causar efeitos adversos à saúde
em taxas altas [6, 33]. Metais não essenciais como Sn e
compostos inorgânicos de Sn em níveis elevados podem ter um efeito negativo
impacto no comportamento dos peixes [34]. Concentrações de Cr, Ni e Sn
medidos no presente estudo foram inferiores em comparação aos resultados
relatado na literatura para espécies de atum em todo o mundo, excluindo
o atum pequeno (por exemplo, [8, 35–37]). Por outro lado, obtido
os níveis de Cr, Ni e Sn nos tecidos musculares de E. alletteratus foram
consideravelmente mais elevados do que os níveis observados no tecido muscular
de Thunnus albacares do Mar Arábico [35]; em Thunnus
alalunga do oeste do Oceano Índico e do sudeste do Oceano
Atlântico [36]; em Sarda sarda do Golfo de
México [8]; e no músculo do australiano cultivado
Sul Thunnus maccoyii [38].
As concentrações de As, Se, Hg, Sn, Cr e Ni no músculo
amostras correlacionadas com comprimento do garfo e peso total de pouco
atum são mostrados nas Figs. 2 e 3. Em geral, houve uma tendência
de níveis crescentes dos seis metais nos tecidos musculares de E.
alletteratus com aumento gradual do tamanho e peso dos peixes.
Relações exponenciais positivas significativas entre As, Se,
Níveis de Hg, Sn, Cr e Ni no tecido muscular de E. alletteratus
e FL e WT foram observados. A regressão exponencial
equações dos níveis músculo-metal e FL foram as seguintes: Como
0,84 0,98
= 0,065 FL (r = 0,95, p < 0,05), Cr = 0,0036 FL (r =
1.04
0,90, p < 0,05), Hg = 0,01 FL (r = 0,97, p < 0,05), Sn =
1,37 1,32
0,0012 FL (r = 0,92, p < 0,05), Ni = 0,0007 FL (r =
1,46
0,96, p < 0,05) e Se = 0,004 FL (r = 0,96, p < 0,05) (fig.
2). Análise de regressão para relações metal-peso em E.
alletteratus mostra relações exponenciais positivas, e as equações de
regressão foram as seguintes: Como
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Concentrações de Hg, As, Cr, Sn, Ni e Se no músculo do atum pequeno (Euthynnus alletteratus) do...

Fig. 2 Relações entre as concentrações totais de As, Cr, Hg, Sn, Ni e Se (mg kg-1 ) e comprimento do garfo (FL/cm) de E. alletteratus

0,25 0,28 0,41 0,41

= 0,25 peso (r = 0,87, p < 0,05), Cr = 0,02 WT (r = 0,80, p Peso (r = 0,83, p < 0,05), Ni = 0,0054 WT (r = 0,90, p <
0,32 0,45
< 0,05), Hg = 0,048 WT (r = 0,92, p < 0,05), Sn = 0,01 0,05) e Se = 0,037 WT (r = 0,90, p < 0,05) (fig. 3).

Fig. 3 Relações entre as concentrações totais de As, Cr, Hg, Sn, Ni e Se (mg kg-1 ) e peso total (WT/g) de E. alletteratus
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Embora o número total de atuns utilizados neste trabalho tenha sido
considerável, é notável que faltam indivíduos pequenos (< 25,3 cm FL,
< 234 g WT). Essas descobertas também foram consistentes com
investigações anteriores para E. alletteratus e algumas espécies de atum
que relataram ter relações positivas entre as concentrações de metais
nos músculos, o comprimento corporal e o peso total [1–3, 7, 39]. O
aumento nos níveis de metal muscular de E. alletteratus com o aumento
do tamanho e peso pode ser o resultado de variações nas estratégias
tróficas entre coortes. Além disso, o efeito do tamanho e peso dos peixes
na taxa de consumo de presas sugere que os níveis de metal nos
tecidos e órgãos dos peixes aumentam com o aumento do tamanho e
peso [40].
Os níveis médios de As, Se, Hg, Sn, Cr e Ni neste estudo são
significativamente inferiores aos limites máximos toleráveis recomendados
para consumo de peixe pela Organização para a Alimentação e
Agricultura das Nações Unidas/Organização Mundial da Saúde (FAO/
OMS), Organização Europeia Regulamento da Comissão (CE), Agência
de Registro de Substâncias Tóxicas e Doenças (ASTDR) e Administração
de Alimentos e Medicamentos dos EUA (USFDA) (2 mg kg-1 para Se, 2
mg kg-1 para As, 1 mg kg-1 para Hg , 250 mg kg–1 para Sn, 12–13 mg
kg–1 para Cr e 70–80 mg kg–1 para Ni) [41–46].
Conclusão
O estudo fornece dados adicionais sobre as concentrações totais de As,
Se, Hg, Sn, Cr e Ni nos tecidos musculares do pequeno atum do estoque
ocidental da Argélia. A acumulação de metais pesados no músculo E.
alletteratus poderia fornecer dados sobre o nível de poluição das águas
do Mediterrâneo. No entanto, os resultados gerais desta investigação de
metais revelam que o padrão de acumulação dos metais medidos em
amostras musculares segue a seguinte ordem: As > Se > Hg > Sn > Cr
> Ni.
Diferenças significativas (t > 1,96, p < 0,05) foram observadas entre os
níveis de metais nos tecidos musculares. A análise dos dados mostrou
que os níveis de metais aumentam à medida que os peixes aumentam
em tamanho e peso total. Correlações positivas (p < 0,05) foram
encontradas entre concentrações de metais e tamanho/peso dos peixes.
Além disso, as quantidades de metal estavam dentro dos níveis aceitáveis
estabelecidos pela FAO/OMS, USFDA, ASTDR e CE para consumo de
peixe. O pequeno atum poderia servir como um excelente sentinela da
poluição metálica e como um bom material biológico para a avaliação da
acumulação de metais a longo prazo. No entanto, os peixes pelágicos,
bem como o atum ou espécies semelhantes, devem ser utilizados em
programas de monitorização regular para fornecer os dados contínuos
sobre metais necessários para garantir a segurança do abastecimento
de peixe e minimizar a exposição da população a metais tóxicos. Estas
descobertas também são valiosas numa perspectiva de gestão das
pescas, através da determinação da taxa de captura que pode ser medida
com segurança e para a análise de dados de metais para permitir uma
estimativa fiável da seletividade com base no tamanho e peso do peixe utilizado no stock
avaliações.
Ansel
Conformidade com padrões éticos
Conflito de interesses O autor declara não haver conflito de interesses.
Aprovação ética O peixe foi adquirido em mercados comerciais de peixe e mercados
retalhistas no oeste da Argélia (Mostaganem, Chlef, Oran).
Referências
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