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Brazilian Journal of Development 15085

ISSN: 2525-8761

Relação peso-comprimento de peixes de interesse ornamental da


Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé – Manaus,
Amazonas - Brasil

Length-weight relationship of ornamental fish interest in the


Tupé Sustainable Development Reserve - Manaus, Amazonas – Brazil
DOI:10.34117/bjdv7n2-230

Recebimento dos originais: 10/01/2021


Aceitação para publicação: 11/02/2021

Murilo Rotta
Graduando em Engenharia de Pesca - UFAM Instituição: Universidade Federal
do Amazonas - UFAM
Endereço: Av. General Rodrigo Octavio Jordão Ramos, 1200 - Coroado I,
Manaus - AM, CEP: 69067-005, Manaus – AM
E-mail: murilo.rotta@gmail.com

Kedma Cristine Yamamoto


Doutorado em Ciências Pesqueiras nos Trópicos - UFAM Instituição:
Universidade Federal do Amazonas - UFAM
Endereço: Av. General Rodrigo Octavio Jordão Ramos, 1200 - Coroado I,
Manaus - AM, CEP: 69067-005, Manaus – AM
E-mail: kcyamamoto@gmail.com

RESUMO
O presente estudo investigou a relação peso-comprimento de cinco espécies de peixes de
interesse ornamental da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé, em Manaus,
Amazonas, avaliando também a influência dos períodos hidrológicos sobre a mesma. Os
peixes foram coletados em 2 períodos hidrológicos no ano de 2017, utilizando-se rapichés
e redes de cerco, nas margens do lago Tupé. Os parâmetros da relação peso comprimento
foram estimados utilizando o coeficiente angular ou alométrico (b), que variou de 2,0477
à 3,5743 no período da enchente e 2,3141 à 3,7053 no período da vazante. As espécies
estudadas Acarichtys heckelii, Hyphessobrycon copelandi, Mesonauta festivus,
Nannostomus eques e Nannostomus unifasciatus apresentaram variação sazonal na
alometria. Os resultados deste trabalho fornecem dados de peso-comprimento que
poderão servir de referência para futuros estudos com as espécies.

Palavras-chaves: rio Negro, peixes amazônicos, parâmetros populacionais.

ABSTRACT
The present study investigated the length- weight relationship of five species of
ornamental fish of the Tupé Sustainable Development Reserve, in Manaus, Amazonas,
also evaluating the influence of hydrological periods on it. The fish were collected in 2
hydrological periods in the year 2017, using rapichés and seines, on the banks of Lake
Tupé. The parameters of the length- weight relationship were estimated using the angular
or allometric coefficient (b), which ranged from 2.0477 to 3.5743 in the flooding period
and 2.3141 to 3.7053 in the ebb period. The studied species Acarichtys heckelii,
Hyphessobrycon copelandi, Mesonauta festivus, Nannostomus eques and Nannostomus

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unifasciatus presented seasonal variation in allometry. The results of this study provide
length- weight data that can serve as a reference for future studies with the species.

Keywords: Negro river, amazon fishes, population parameters.

1 INTRODUÇÃO
A relação peso-comprimento (LWR, length-weight relationship) tem como
origem a lei do quadrado-cubo, proposta por Galileu Galilei (FROESE, 2006). Esta lei
propõe que um objeto ao ser submetido à um aumento proporcional de tamanho, seu
volume é proporcional ao cubo do multiplicador em questão, enquanto sua área é
correspondente à apenas o quadrado deste mesmo multiplicador. Spencer (1864) em seu
livro, “Princípios da Biologia”, reafirmou a proposição de Galileu. Dessa forma, um peixe
que dobra de tamanho tem sua massa aumentada em 8 vezes. Fulton (1904), por sua vez,
notou que os peixes aumentam mais em peso do que em comprimento, sujeitos a variação
do ciclo hidrológico e do pulso de inundação, que modulam sua reprodução, e, por fim,
como a relação pode variar grandemente entre peixes de diferentes espécies. Essa
afirmação foi feita após a aplicação da LWR em 19 espécies de peixes e 5675 indivíduos
provenientes do mar do norte escocês (FULTON, 1904).
Para obter-se a LWR, usa-se a fórmula P=aCb. Onde: P é o peso em gramas, C é
o comprimento total, em centímetros, a é a intercessão da regressão e b o coeficiente
alométrico. Este coeficiente varia de 2,5 à 3,5 e é considerado isométrico quando é igual
à 3. Ou seja, com um resultado de b=3 tem-se a lei do quadrado-cubo. Um resultado
alométrico, onde b ≠ 3, considera que o desenvolvimento do indivíduo não é igual para
todas as partes do corpo, o que torna os cálculos mais realistas, tendo em vista que o corpo
precisa compensar de alguma forma o aumento de peso gerado pelo crescimento
(GAYON, 2000; SOUSA ET AL., 2020).
É importante destacar que a LWR é de grande utilidade e suma importância, pois
permite a estimativa de biomassa através da observação do comprimento dos peixes, é
útil para comparações de mesmas espécies entre diferentes regiões e estoques, fornece
meios de se estimar a condição de saúde do animal, fornecendo o coeficiente alométrico
para o fator de condição, e permite a conversão de equações de crescimento-comprimento
para crescimento-peso, utilizadas em modelos de avaliação de estoques pesqueiros
(WOOTTON, 1990; PAULY 1993; PETRAKIS & STERGIOU, 1995; GONÇALVES et
al. 1996; BINOHLAN & PAULY, 1998). Segundo Camara et al., (2011), a relação peso-

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comprimento é a ferramenta mais útil para se estimar indiretamente a condição do peixe,


seu crescimento e para entender seu ciclo de vida.
Assim, torna-se uma ferramenta muito importante nos estudos de ecologia de
diferentes espécies e de biologia pesqueira, sendo usada para determinar peso e biomassa,
indicando as condições dos indivíduos, através do cálculo do fator de condição. (LE
CREN, 1951; SANTOS, 1978; GIOMIERO & BRAGA, 2003; LEMOS et al., 2006). A
relação peso-comprimento pode ser também utilizada para obter-se dados de peso em
campo, se os valores da relação forem conhecidos, de uma maneira mais rápida e simples,
já que mensurar o comprimento dos indivíduos é, geralmente, mais fácil que pesá-los
(JOBLING, 2002; TAVARES-DIAS et al., 2006).
Estudos sobre a relação peso-comprimento em ambientes da Amazônia são bem
reportados, principalmente nas áreas de várzeas dos rios de águas brancas como o
Solimões (Dieb-Magalhães et al., 2015; Tribuzy-Neto et al., 2015; Sampaio et al., 2019.,
Matos et al., 2019; Zuchi et al., 2020) rio Inhamundá (Freitas et al., 2017) rio Amazonas
(Oliveira et al., 2020), e rio Madeira (Cella-Ribeiro et al., 2015). Entretanto, informações
sobre LWR em sistemas do rio Negro ainda são escassas (Quara de Carvalho Santos et
al., 2012; Lemos et al., 2015; Barros et al., 2018; Lubich et al., 2020; Mereles et al., 2020)
sendo este rio, considerado o de maior diversidade íctica da bacia amazônica, com
estimativas atuais de 1,165 espécies (BELTRÃO ET AL., 2019).
Dentre as unidades de conservação presentes na bacia do rio Negro, destaca-se a
Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé, uma unidade de conservação
municipal, localizada a cerca de 25km em linha reta da capital do Amazonas, Manaus,
que tem como objetivo a preservação da natureza, melhoria da qualidade de vida das
populações tradicionais (SEMMAS, 2017). A diversidade de peixes da RDS ainda foi
pouco estudada, com destaque para estudos sobre composição e diversidade (SOARES
& YAMAMOTO, 2005; BELTRÃO e SOARES, 2018; OLENTINO et al., 2020) e
composição sazonal da dieta (HAWLISTSCHEK et al., 2013; AMARAL et al.., 2020;
CAMPOS et al., 2021).
Tendo em vista a potencialidade de uso da LWR como ferramenta de avaliação
das condições dos peixes, e considerando a importância da RDS do Tupé na conservação
de espécies de peixes faz-se necessário um estudo sobre a relação peso-comprimento das
espécies de interesse ornamental.

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2 MATERIAL E MÉTODOS
2.1 ÁREA DE ESTUDO
O lago Tupé, está localizado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé
(RDS Tupé) (60º19’08’’W – 03º04’22’’S e 60º13’46’’W – 02º57’50’’S), distante
aproximadamente à 25 km em linha reta da Cidade de Manaus, na margem esquerda do
rio Negro (SCUDELLER et al., 2005). É um lago de águas pretas e margens íngremes,
com área inundável, ou seja, sua área total varia durante a cheia e a seca, com cerca de 60
hectares de área e até 3 km de comprimento, alimentado por, ao menos, cinco igarapés.
Sofre influência direta do rio Negro, apresentando características semelhantes à
dos lagos de área inundável da bacia do rio Negro, como pH ácido e baixa visibilidade,
principalmente na época da cheia, pode alcançar um volume de cerca de 2,6 milhões de
metros cúbicos e profundidade que varia de 10 à 15 metros. Durante a seca, as
características são determinadas, principalmente, pelos igarapés e pelo regime de chuvas.
Com volume de cerca de 1,4 milhões de metros cúbicos e profundidade que pode variar
até 4,5m quando comparada à profundidade na época de cheia. (APRILE & DARWICH,
2005).

2.2 CARACTERIZAÇÃO DAS ESPÉCIES


Cinco espécies foram selecionadas para o presente estudo, sendo elas: Acarichtys
heckelii, Hyphessobrycon copelandi, Mesonauta festivus, Nannostomus eques e
Nannostomus unifasciatus (figura 1).
A espécie A. heckelii é conhecida popularmente como acará amarelo, encontrada
em lagos e igarapés. É um peixe de reprodução complexa, com poligamia e formação de
haréns, e formação de ninhos com cuidado parental envolvendo a defesa do ninho e do
território (LOISELLE, 1994; HERCOS; QUEIROZ; ALMEIDA, 2009).

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Figura 1: Espécies selecionadas para análise. A) Nannostomus eques. B) Nannostomus unifasciatus. C)


Mesonauta festivus. D) Acarichthys heckelii. E) Hyphessobrycon copelandi.

Fonte: A à D: Laboratório de Ictiologia – LABIC/UFAM. E: fishbase.com

Os indivíduos da espécie H. copelandi são encontrados, geralmente, em águas de


pouca correnteza ou em zonas de contracorrente de riachos pequenos, com fundo arenoso,
geralmente na porção à montante de cachoeiras e nas bacias dos rios Alto Solimões, no
Brasil, e nos rios Mana e Approuague, na Guiana Francesa. Seu comprimento (padrão)
máximo é relatado sendo de 5 centímetros. (BOUJARD 1992; PLANQUETTE ET AL.,
1996).
M. festivus é uma espécie de ciclídeo abundante e comum entre bancos de
macrófitas, alcançando uma distribuição bastante ampla, nas bacias dos rios Amazonas e
Paraná-Paraguai. Ainda que seja geralmente capturado em lagos e ao longo das margens
de grandes rios, é encontrado também em riachos de terra-firme, tanto represados
naturalmente ou artificialmente. Essas características sugerem uma grande adaptabilidade
(KULLANDER, 1991; PIRES et al. 2015).
A espécie Nannostomus eques foi descrita pela primeira vez em 1876 por Franz
Steindachner, tornando-se um dos primeiros peixes membros do gênero a ser descrito.
Típico da América do Sul,, principalmente na Guiana, Colômbia, Peru e Brasil. Habita
afluentes lentos, pequenos rios e zonas pantanosas, especialmente em áreas onde a
vegetação aquática cresce densamente ou com estruturas lenhosas submersas e folhiço. É
frequentemente encontrado em áreas de floresta inundada e lagos de várzea em regiões
de águas negras. Em um pequeno riacho do baixo rio Atabapo, Colômbia, foi registrado

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em um habitat típico de águas negras com águas claras, ácidas e cor de chá em águas
rasas, entre a vegetação terrestre submersa (ORTEGA; VARI, 1986).
N. unifasciatus habita geralmente afluentes lentos, áreas pantanosas e pequenos
rios, com galhos submersos, vegetações aquáticas densas, sendo encontrados também sob
ilhas flutuantes. É geralmente encontrado associado à outra espécie do gênero
Nannostomus, o N. eques. É uma das maiores espécies do gênero, alcançando 7
centímetros de comprimento. Com hábitos onívoros, alimenta-se de insetos e crustáceos
pequenos, principalmente. É comum, também, o consumo de algas e perifiton
(WEINTZMAN; COBB, 1975).

2.3 AMOSTRAGENS
As coletas foram realizadas nas margens do lago Tupé em dois períodos do ciclo
hidrológico (enchente e vazante) em 2017, com auxílio de rapichés e rede de cerco. As
coletas foram realizadas no período da manhã 08h-10h e pela tarde 16h-18h, com esforço
padronizado de três coletores. Após as coletas os peixes foram pesados (g) e medidos
(cm) e fixados em formalina à 10 %, sendo transportados ao laboratório de ictiologia da
Universidade Federal do Amazonas (UFAM) onde foram identificados com o uso de
chaves taxonômicas e a ajuda de especialistas.

2.4 ANÁLISE DOS DADOS


A relação peso-comprimento foi calculada através da equação Pt=aCb, onde, “Pt”
é o peso total em gramas e “C” o comprimento padrão em centímetros dos exemplares de
peixes. Foram determinados também o intercepto (a) e o coeficiente de regressão (b). O
nível de significância de “r” foi calculado. Estes cálculos foram efetuados utilizando o
pacote smatr 3, criado por Warton et al (2012) para o programa R (R DEVELOPEMENT
TEAM, 2020), onde existem opções para forçar linhas através da origem, corrigir o erro
de medição, se a variância do erro de medição for conhecida, e usar estimativa robusta
para garantir que as inferências são válidas na presença de outliers. Os valores de valor-
p (p-value) foram obtidos tanto para cada período (enchente e vazante), para verificação
da significância da relação peso-comprimento, quanto para os períodos, visando verificar
se houve influência dos períodos hidrológicos sobre a relação peso-comprimento.

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3 RESULTADOS
Os valores de comprimento variaram 2,4 centímetros na enchente e 1 centímetro
na vazante para a espécie Acarichthys heckelii, com 84 indivíduos. A variação de peso
foi de 3,48 gramas na enchente e 0,25 gramas na vazante. O resultado de b, para
Acarichthys heckelii, foi pouco acima do limite ideal sugerido por Froese (2006), que
varia de 2,5 à 3,5. Considera-se, então, que a espécie possui alometria positiva, indicando
que os indivíduos estavam mais arredondados do que o esperado durante a enchente. Na
vazante, com o valor de 2,3, seguindo o mesmo padrão de 2,5 à 3,5, observa-se que os
indivíduos possuíam alometria negativa, estando um pouco mais alongados do que o
esperado.
Já a espécie Hyphessobrycon copelandi, com 50 indivíduos, os valores de
comprimento variando 1,3 centímetros na enchente e 1,4 centímetros na vazante. Os
indivíduos mostraram-se mais pesados na enchente, com valores que variaram de 0,28
gramas à 0,83 gramas, enquanto que na vazante, os valores foram de 0,18 à 0,58 gramas.
Segundo os valores de referência de Froese (2006), os indivíduos demonstraram alometria
negativa em ambos os períodos, com 1,94 e 1,64, na cheia e vazante, respectivamente.
Logo, também estavam consideravelmente mais “alongados” do que o esperado.
Diferentemente de Acarichthys heckelii, a espécie não teve relação significativa entre
peso e comprimento, ou seja, o comprimento não explicava o peso.
A espécie Mesonauta festivus contou com 23 indivíduos, tendo uma variação de
1,5 centímetros no comprimento destes durante a enchente e vazante. Já o peso dos
indivíduos variou, na enchente, 4,69 gramas, a maior variação dentre todas as espécies e
períodos e, na vazante, obteve variação de 0,77 gramas. Os valores de b para Mesonauta
festivus foi 2,0 para a enchente e 3,7 na vazante. Novamente os valores excedem os limites
estabelecidos por Froese (2006), demonstrando que a espécie estava alongada durante a
enchente e arredondada durante a vazante, porém bem mais próximas dos valores
aceitáveis do que a espécie Hyphessobrycon copelandi. Os valores de p-value foram
abaixo de 0,05, confirmando que a relação peso-comprimento é verificada, ou seja,
estatisticamente o peso é relacionado ao comprimento, entretanto, apesar de próxima, a
influência dos dois períodos hidrológicos na relação peso-comprimento, ainda que muito
próxima do mínimo, não foi verificada.

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Tabela 1: N = número de indivíduos, Comp (min-max) = comprimento mínimo e máximo dos indivíduos, Peso (min-max) = peso mínimo e máximo dos
indivíduos, a = intercepto, b = coeficiente de regressão, Valor-P(PxC) = significância da relação peso-comprimento (<0,05), Valor-P entre períodos =
Significância do período hidrológico sobre a relação peso-comprimento (<0,05).
Comp Peso (min- a b Valor-P Valor-P
Espécie Período N (min-max) max) r² (PxC) entre
periodos
Enchente 3,0 - 5,4 0,42 - 3,90 2,019345 3,573432 0,767 2,22E-16
Acarichthys heckelii 84 0,0011
Vazante 1,5 - 2,5 0,11 - 0,36 1,358573 2,314127 0,901 0,0072
Enchente 2,2 - 3,5 0,28 - 0,83 11,579183 1,937335 0,074 0,0846
Hyphessobrycon copelandi 50 0,6570
Vazante 1,3 - 2,7 0,18 - 0,58 10,145970 1,637595 0,219 0,2034
Enchente 3,8 - 5,3 1,22 - 5,91 0,779403 2,047749 0,549 0,0010
Mesonauta festivus 23 0,0619
Vazante 2,5 - 4,0 0,26 - 1,03 2,195648 3,705318 0,752 0,0114
Enchente 2,1 - 3,2 0,14 - 0,83 1,584481 4,257278 0,006 0,4024
Nannostomus eques 199 8,70E-12
Vazante 1,0 - 4,2 0,07 - 0,81 11,056680 1,585435 0,197 0,9010
Enchente 2,9 - 3,2 0,14 - 0,83 9,125857 1,812270 0,004 0,6924
Nannostomus unifasciatus 59 6,50E-8
Vazante 1,0 - 2,5 0,04 - 0,80 0,223386 2,877978 0,122 0,1851

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A espécie Nannostomus eques somou 199 indivíduos, variando 1,1 centímetros de


comprimento na enchente e 3,2 centímetros na vazante. Já o peso variou 0,69 gramas na
enchente e 0,74 gramas na vazante. Os valores de b para a espécie foram bem mais altos
que os valores estipulados por Froese (2006), com 4,25 na enchente e 1,58 na vazante,
mostrando que os animais estavam muito arredondados e alongados, respectivamente. Os
valores de p-value foram muito acima do mínimo de 0,05, demonstrando que não houve
relação entre peso e comprimento. á a espécie Nannostomus unifasciatus teve 59
indivíduos coletados, com o comprimento variando apenas 0,3 centímetros na enchente e
1,5 centímetros na vazante. Os valores de peso variaram 0,69 na enchente e 0,76 gramas
na vazante. A espécie demonstrou-se bastante alongada ou fusiforme na enchente, com o
valor de b = 1,8. Já durante a vazante, foi a espécie que mais se aproximou do valor ideal
de 3, com b = 2,88.

4 DISCUSSÃO
A espécie A. heckelii apresentou diferentes valores de b nas diferentes épocas,
possivelmente, pelas variações na alimentação e distribuição da espécie pelas áreas
alagadas. O fato de não se encontrarem no intervalo definidos por Froese (2006), estando
muito mais alongados na vazante e muito mais arredondados na enchente, implica em
menor quantidade de alimento na área quando o período de enchente iniciou, pois com a
seca é comum a concentração de grande quantidade de animais num menor volume de
água e a competição torna-se maior. Logo, o fato de estarem mais alongados na vazante
implica, também, que há uma grande variação de peso e uso da energia acumulada durante
a enchente para a sobrevivência. Pode estar relacionado, também à qualidade nutricional
dos alimentos disponíveis. Segundo Ricker (1975), valores de b acima de 3,5 ou abaixo
de 2,5 para a espécie geralmente são considerados incorretos. No entanto, é importante
denotar o quanto os valores variam em relação ao período hidrológico. Logo as mudanças
hidrológicas na região podem vir a justificar os valores fora do padrão.
Os valores de b obtidos neste trabalho diferem dos obtidos por Matos et al (2019)
para a espécie A. heckelii, com b = 2.67 (2.48–2.86), porém o trabalho em questão engloba
todos os períodos hidrológicos de 10 lagos de várzea do Rio Solimões, Amazonas. Os
valores de b deste trabalho também divergiram dos obtidos por Lubich et al (2020), que
obtiveram 2,9671 para b, em dois tributários do Rio Negro. Vale ressaltar que nossos
resultados ocorrem advindos de ambientes de igarapés, cuja dinâmica ecológica é
completamente diferente dos biótopos supracitados.

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O tamanho máximo da espécie Acaricthys heckelii, segundo Kullander (2003)


considera como máximo, o comprimento padrão de 13,4 centímetros, segundo dados do
FishBase. Nota-se, então, que os indivíduos, provavelmente eram juvenis, tendo
alcançado 5,4 e 2,5 centímetros de comprimento total na enchente e vazante,
respectivamente, o que também pode implicar na diferença de valores de b para a espécie.
Vale salientar que o valor de p entre os períodos demonstrou que, estatisticamente, há
uma grande influência dos períodos hidrológicos nos valores de peso e comprimento da
espécie. O valor-p expressou grande significância, demonstrando que o peso realmente
é explicado e, consequentemente, relacionado ao comprimento, pois ficou muito abaixo
do mínimo de 0,05. O valor de 0,0072 obtido para vazante também mostram que neste
período o peso dos indivíduos também foi explicado pelo comprimento. Por último, os
valores de “valor-p entre períodos” mostram que as estações ou períodos hidrológicos
diferentes influenciaram na relação peso-comprimento da espécie.
Os valores de b para a espécie Hyphessobrycon copelandi não foram
significativos, pois a análise estatística utilizada não demonstrou relação entre o peso e o
comprimento dos indivíduos capturados, com “valor p” de 0,08 e 0,2, sendo muito acima
do mínimo de 0,05. Sem essa justificativa estatística, os valores obtidos não podem ser
explicados realmente como b e não podem ser considerados. O mesmo pode ser
observado nas espécies Nannostomus eques e Nannostomus unifasciatus, que tiveram
“valor de p” muito acima do mínimo, comprometendo a validade dos dados e não
permitindo o cálculo da relação peso-comprimento.
A espécie Mesonauta festivus também teve uma grande variação nos valores de b
entre períodos, variação esta não vista no trabalho de Cella-Ribeiro et al (2015) que
avaliou a LWR de espécies de peixes do Rio Madeira antes da construção de
hidroelétricas, obtendo o valor de 3.255 (3.184±3.325) para b. Destaca-se que as coletas
foram realizadas em 23 ocasiões, incluindo seca e cheia e não estão separados por período
hidrológico. O baixo valor de b na enchente deste trabalho, comparado aos parâmetros de
Froese (2006), pode ser explicado pela competição e diminuição da oferta de alimento,
onde o peixe tende a gastar suas reservas energéticas e ficar mais alongado, o que causa
o resultado de alometria negativa obtido neste trabalho e, o oposto também pode ser
verificado, pois, na vazante, os animais tendem a acumular energia, quando consideramos
que as áreas alagadas fornecem novos locais para alimentação e a consequente dispersão
dos indivíduos.

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A variação de b pode estar associada, também, à período de reprodução, pois


segundo o trabalho de Campos (2012), que calculou o comprimento médio da primeira
maturação, as fêmeas de Mesonauta festivus alcançam maturidade sexual com cerca de
4,1 centímetros, os machos com 4,4 e, na enchente, o tamanho mínimo registado neste
trabalho foi de 3,8 e o máximo de 5,3 centímetros. O trabalho de Silva, (2018), que trata
da reprodução da espécie Mesonauta insignis, muito próxima da espécie Mesonauta
festivus, obteve valor de b isométrico (2,94), também diferenciando-se deste trabalho. No
entanto, estes valores correspondem à média de todas as coletas, que foram efetuadas
mensalmente, sem diferenciação de período hidrológico.
Bittencourt et al (2006) obtiveram valor de b para a espécie Mesonauta insignis
capturados próximos a macróficas, de 2,9. Valor próximo da isometria, porém,
estatisticamente indicando alometria negativa, ou seja, os peixes estavam um pouco mais
alongados do que o esperado. Chuctaya et al. (2018) obtiveram valor de b = 3,071,
denotando crescimento isométrico da espécie Mesonauta mirificus, na parte andina da
Amazônia, no Peru. Já no trabalho de Oliveira et al. (2018), os autores obtiveram b =
2,649 (2,344–2,953), para a espécie Mesonauta acora, considerando a variação,
houveram indivíduos com crescimento alométrico negativo à isométrico, com a média
um pouco superior ao valor tido como limite, advindos da Bacia do Igarapé Fortaleza,
tributário do Rio Amazonas, no estado do Amapá. Cabe chamar a atenção, também, para
o fato de a espécie Mesonauta festivus ser a de maior distribuição geográfica, dentre o
gênero em questão. A sua distribuição se dá desde as regiões dos rios Araguaia, baixo
Tocantins, alto Xingu, baixo Xingu até regiões como alto Orinoco e Paraná (DAGOSTA
& DE PINNA, 2019).

5 CONCLUSÃO
As espécies Acarichthys heckelii e Mesonauta festivus apresentaram variações
consideráveis nas suas relações peso-comprimento, quando relacionados os períodos de
enchente e vazante, onde A. heckelii estava mais arredondado na enchente e mais
alongados na vazante. A espécie M. festivus teve o comportamento inverso, estando mais
alongados na enchente e mais arredondados na vazante. As espécies Hyphessobrycon
copelandi, Nannostomus eques e Nannostomus unifasciatus não demonstraram,
estatisticamente, seus respectivos pesos justificados por seus comprimentos.
Os resultados deste trabalho fornecem dados de peso-comprimento que poderão
servir de referência para futuros estudos com as espécies, é necessário, ainda, estudo mais

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amplo, com coletas mais frequentes, para avaliar a relação peso-comprimento nos 4
períodos hidrológicos, para então poder avaliar se a média dos 4 períodos se encaixa nos
limites tidos como ideais, tendo em vista o interesse ornamental das espécies estudadas.

AGRADECIMENTOS
Universidade Federal do Amazonas – UFAM

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