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<title>RESUMO/title>
Este artigo descreve como implantação da tecnologia da Internet das Coisas (IoT) na
infraestrutura de Iluminação Pública pode contribuir para gestão urbana integrada para
Cidades Inteligentes. Para isso, este trabalho contextualiza o desenvolvimento da IoT e sua
implantação nas cidades especificamente na Infraestrutura de Iluminação Pública, discute
como essa tecnologia pode contribuir para a formação de cidades inteligentes e aponta os
principais implicações da adoção da IoT nessa infraestrutura considerando seus impactos
positivos e negativos. Utilizou-se a metodologia qualitativa de caráter exploratório e descritivo
do estado da arte e observação das melhores práticas do setor, além de normas técnicas e
legislação relativas à Cidades Inteligentes e Internet das Coisas. O objetivo deste trabalho é
a elaboração de uma Matriz de Implicações para auxílio à tomada de decisão dos gestores
urbanos para incorporação de tecnologias IoT na infraestrutura de Iluminação Pública para
Gestão Urbana Integrada. Este artigo é resultado da pesquisa da dissertação de mestrado da
autora principal.
Palavras-chave: Iluminação Pública, Internet das Coisas, Cidades Inteligentes, Gestão Urbana
Integrada.
<ABSTRACT
This article describes how the deploying of the Internet of Things (IoT) technology in Public Street
Lighting infrastructure can contribute to integrated urban management for Smart Cities. This
work contextualizes the development of IoT and its implementation in cities specifically in the
Public Street Lighting Infrastructure, discusses how this technology can contribute to the
formation of smart cities and points out the main implications of adopting IoT in this
infrastructure considering its positive and negative impacts. The qualitative methodology was
used based on exploratory and descriptive of the state of the art and observation of the best
1
PAREDES MUSE, Larissa; SOUZA, Ana Carolina; FONSECA, Wellington da Silva. Gestão Urbana Integrada para
Cidades Inteligentes através da Infraestrutura de Iluminação Pública com a implantação da Internet das Coisas
(IoT). In: II SIMPÓSIO NACIONAL DE GESTÃO E ENGENHARIA URBANA: SINGEURB, 2019, São Paulo. Anais... Porto
Alegre: ANTAC, 2019.
practices of the sector, as well as technical norms and legislation related to Smart Cities and
Internet of Things. The aim of this work is the elaboration of a Matrix of Implications to aid the
decision making of the urban managers for incorporation of IoT technologies in the
Infrastructure of Public Street Lighting for Integrated Urban Management. This paper is the result
of the master’s dissertation research of the main author.
Keywords: Public Street Lighting, Internet of Things, Smart Cities, Integrated Urban
Management.
1 INTRODUÇÃO
A complexidade dos problemas decorrentes do crescimento urbano acelerado e
desordenado exige novas alternativas para gerir o território urbano. Nesse contexto, os
gestores buscam por soluções para as diversas demandas da sociedade na tecnologia. O
desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) como o aumento
exponencial da capacidade de processamento e armazenamento de dados nos
microcomputadores em dimensões cada vez menores (miniaturização dos componentes dos
microchips de circuitos integrados) e a evolução da internet – aumento da infraestrutura de
telecomunicações, difusão da telefonia celular e consequente aumento da velocidade e
disponibilidade, e diminuição do seu custo – conformaram o arcabouço tecnológico para o
desenvolvimento da Internet das Coisas (IoT – sigla em inglês).
Nesse contexto, este artigo busca descrever o ambiente da IoT e suas aplicação nas cidades,
especificamente na Infraestrutura de Iluminação Pública e discute seus principais benefícios
e oportunidades, riscos e ameaças.
A Norma 37122:2019 foi criada para nortear e fornecer uma abordagem uniforme para definir
com precisão o que é uma cidade inteligente, suas características, definindo os indicadores
e metodologia para identificá-las com o objetivo de “ajudar as cidades a orientar e avaliar a
gestão do desempenho dos serviços urbanos, bem como a qualidade de vida” (ISO, 2019, p.
2).
De acordo com Antunes (2017), a Iluminação Pública é uma infraestrutura de serviço público
que está presente em todo o território urbano e possui fonte de energia constante e
posicionamento privilegiado dos postes (no que tange à altura de montagem dos
equipamentos). Com a tendência recente de gerir os parques de Iluminação Pública com
equipamento de telegestão, essa infraestrutura poderá dispor de uma infraestrutura
secundária de transmissão de dados seja via cabeamento seja por transmissão de dados via
wireless (sem fio). Com isso, torna-se atrativa para implantação de dispositivos IoT para
monitorar a dinâmica da cidade.
Esses dispositivos IoT podem ser desde câmeras para monitoramento do tráfego e segurança
nas ruas, sensores que detectam poluição ambiental, até sensores que podem detectar
eventos específicos, como deslizamentos, acidentes e até disparos de armas de fogo. Os
dispositivos coletam dados em tempo real que são transmitidos para os para uma plataforma
central (nuvem, data center) onde são processados e analisados. Esses sistemas também
permitem maior interatividade com os habitantes e habilitam maior participação da
população através do sensoriamento participativo (VERMESAN e FRIESS, 2013) por meio de
seus aparelhos celulares e aparelhos GPS em seus veículos. Esse conjunto de dispositivos e seu
processamento e análise nos Centros de Controle e Monitoramento completam essa
infraestrutura de Gestão Urbana Integrada. A Figura 4 ilustra um Sistema de Gestão Urbana
Integrada incorporado à Infraestrutura de Iluminação Pública.
A partir da análise dos dados coletados pelos dispositivos acoplado aos postes é possível
captar indicadores urbanos dentro de suas variáveis temporais e espaciais, já que a cidade
é um organismo dinâmico. Com esses dados, é possível a tomada de decisões mais efetivas
por parte do poder público. Para isso, é necessário que esses dados sejam interoperáveis. A
tendência das cidades em se afastar de soluções pontuais e dedicarem-se à busca de
soluções para gestão integrada ocasiona a aquisição de plataformas de monitoramento,
gestão e planejamento das cidades de forma centralizada. A interoperabilidade dessa
informações permitem que sejam utilizadas para gestão de outros serviços e utilidades
públicas municipais que envolvam equipamentos situados nas vias públicas e que possam ser
melhoradas ou utilizadas a partir da gestão remota em tempo real (ANTUNES, 2017). A Figura
5 ilustra a interoperabilidade nas aplicações da IoT nos diversos elementos urbanos.
Se por um lado, o uso da IoT para Gestão Urbana Integrada traz diversos benefícios e
oportunidades, essa tecnologia pode dar espaço para ações que podem acarretar em riscos
e ameaças para a sociedade e para o poder público: seja na mudança na demanda e perfil
e qualificação de mão de obra, seja questões relacionada ao orçamento público, entre
outros, mas sobretudo na possibilidade da ocorrência de Cyberattacks – que podem causar
a interrupção dos serviços, entre outros riscos. Os ataques cibernéticos podem ter como alvo
desde a aquisição de dados pessoais e institucionais que demandam confidencialidade.
3 RESULTADOS
A pesquisa resultou no desenvolvimento de uma matriz de implicações contendo os principais
impactos da incorporação da IoT na Infraestrutura de Iluminação Pública para Gestão
Urbana Integrada. O Quadro 1 reúne essas implicações.
4 CONCLUSÕES
Este artigo conclui que a implantação da IoT no meio urbano oferece desafios e
potencialidades para a governança urbana, já que interfere em aspectos técnicos, sociais,
econômicos e regulatórios. É fundamental considerar todos esses aspectos para que essa
tecnologia seja incorporada da melhor forma possível, visando colaborar para uma gestão
urbana mais eficaz. A aplicação da IoT na infraestrutura de Iluminação Pública é uma das
mais viáveis formas de realizar projetos de Cidades Inteligentes, pois já estão instaladas por
todo território das cidades. As Normas ISO utilizadas para análise dos aspectos mais relevantes
da IoT e das Cidades Inteligentes devem ser prioritários para qualquer desenvolvimento de
políticas urbanas alinhadas ao tema. Deve-se priorizar a segurança e privacidade cidadã na
escolha das tecnologias aplicáveis ao meio urbano.
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
ANTUNES, V. A. Parcerias Público-Privadas para Smart Cities. 2. ed. reimp. Rio de Janeiro :
Lumen Juris, 2017. 260 p.
CURTIN UNIVERSITY. Portal edX Courses. Estrutura básica da IoT, 2018. Disponível em:
<https://prod-edxapp.edx-
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v1:CurtinX+IOT2x+3T2018+type@asset+block/1_1.png>. Acesso em: 28 abril 2018.
GREEN IDEAS TECHNOLOGY CO., LTD. Green Ideas Technology Introduces Blind-spot-free
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<https://www.cens.com/cens/html/en/news/news_inner_48111.html>. Acesso em: 11
novembro 2018.
MAGRANI, E. A Internet das Coisas. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018. 192 p.
VERMESAN, O.; FRIESS, P. Internet of Things: Converging Technologies for Smart Environments
and Integrated Ecosystems, Aalborg: River Publishers, 2013. 363 p.