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REVISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, NÚMERO 1, OUTUBRO 2011 28

Cidades Inteligentes e Comunicações


José Ewerton P. de Farias, Senior Member, OSA, Marcelo S. Alencar, Senior Member, IEEE, Ísis A.
Lima, Student Member, IEEE e Raphael T. Alencar
Instituto de Estudos Avançados em Comunicações (Iecom)
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Campina Grande, Brasil
desenvolvimento de uma teoria preditiva e quantitativa para a
organização urbana e para o desenvolvimento sustentável, (ii)
preocupação com as mudanças climáticas e (iii) viabilização
Abstract—Este artigo apresenta o conceito de cidade de fontes de energia em longo prazo. Ao tempo em que as
inteligente, descreve uma arquitetura e mostra o papel das redes cidades crescem, novas e importantes TICs (Tecnologias de
de acesso híbridas, parte óptica, parte sem fio, na infraestrutura Informação e Comunicação) são desenvolvidas ou adaptadas.
de comunicação de cidades inteligentes.
Com a crescente implantação de sensores, o uso
Index Terms— Cidade inteligente, cidade ubíqua, cidade disseminado de dispositivos de comunicações móveis, e a
digital, rede de acesso híbrida. introdução de redes de acesso de faixa larga, novas maneiras
para a utilização racional dos recursos urbanos são
viabilizadas. Por exemplo, há algum tempo, serviços
I. IHTRODUÇÃO governamentais usando a Internet tornaram-se realidade em
muitos países. Com estruturas técnicas de apoio adequadas,
E M 2011, a humanidade ultrapassou um marco
importante na sua história: mais de metade da
população mundial vive em cidades [1]. Mais cinco milhões
comunidades podem resolver ou mitigar cooperativamente, de
forma descentralizada, problemas envolvendo: uso de energia,
congestionamentos de tráfego veicular, saúde, educação,
de pessoas passam a viver em cidades a cada mês nos países
transportes urbanos, etc. Grandes quantidades de informação
do chamado mundo em desenvolvimento. Na América Latina,
sobre as cidades e sobre os seus habitantes, podem ser
onde a urbanização veio mais cedo que em outras regiões em
utilizadas em favor da construção de cidades inteligentes.
desenvolvimento, vários países e cidades ignoraram ou, sem
Nesse sentido, em [5] algumas importantes interseções entre
sucesso, tentaram retardar o crescimento urbano. Isso
urbanização e digitalização são apresentadas, enquanto
contribuiu para os atuais níveis de favelização, de
que[6], [7] e [8] tratam sobre algumas tecnologias e
insegurança e de violência em muitas regiões metropolitanas
experiências no contexto de cidades inteligentes.
do continente. Na Terra, cerca de 1 bilhão de pessoas vivem
hoje em favelas, 90% delas nos chamados países em
desenvolvimento. Na África subsaariana, mais que sete em 10 II.UMA ARQUITETURA PARA CIDADE INTELIGENTE
habitantes urbanos moram em uma favela. A população A construção de uma cidade inteligente tem como base a
urbana dessa região já é aproximadamente igual à população existência de uma infraestrutura tecnológica inteligente, isto
urbana de toda a América do Norte. é, a disseminação pelo espaço urbano de instrumentos
Fontes de crimes, poluição, doenças, entre outros males, as eletrônicos (optoeletrônicos ou de outra natureza física) para
cidades, há muito tempo, vêm sendo também os engenhos da aquisição, tratamento e transmissão de dados. E tem como
inovação e de prosperidade econômica para centenas de ápice a disponibilização de serviços inteligentes para os
milhões de pessoas [2],[3]. Estudos recentes demonstram que, usuários dos serviços urbanos (pessoas, empresas,
em média, à medida que crescem, as grandes cidades geram administrações públicas).
mais prosperidade econômica e inovação per capita do que Em se tratando de equipamentos urbanos construídos, o
cidades menores [4]. momento mais apropriado para a instalação de certos
A ideia básica para a realização do conceito de cidade sensores físicos (hardware) com respectivo software é durante
inteligente é a criação de espaços urbanos ambientalmente a criação ou concepção do equipamento urbano em questão.
balanceados, onde as pessoas possam trabalhar e ter suas Essa, infelizmente, não é a situação encontrada para a
necessidades e desejos razoavelmente satisfeitos no tocante maioria dos projetos de cidades inteligentes. Algumas fontes
aos serviços oferecidos pela infraestrutura urbana. O de dados de interesse em um ambiente urbano têm suas
ambiente-alvo deverá ser dotado de uma capacidade funcional especificidades. Exemplos: sensores de poluição do ar,
sustentável, à prova de futuro. Uma cidade inteligente utiliza sensores de poluição de cursos de água, nível de rios
tecnologia para transformar a sua infraestrutura básica e (períodos de cheias). Tecnologias hoje largamente utilizadas
otimizar o uso de energia e de outros recursos. como o GPS (Sistema de Posicionamento Global), as redes de
A tendência irreversível no sentido da urbanização no comunicações móveis celulares e RFID (Identificação de
mundo vem associada com diversos desafios, entre eles (i) o objetos usando Rádio Frequência) são aliados naturais para a
composição de infraestruturas para cidades inteligentes.
 A evolução até o conceito de ambientes urbanos
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inteligentes necessita de redes metropolitanas de faixa larga inteligente,pontos de acesso público à cidade inteligente em
e de sistemas de informação complexos. Embora algumas prédios públicos selecionados, etc.
práticas comuns tenham sido desenvolvidas nas diversas Camada da informação – Refere-se aos dados gerados e
iniciativas já implantadas mundo afora, arquiteturas e armazenados na camada da infraestrutura e demais
prioridades diferem caso a caso. Um plano detalhado que uma repositórios de informações.
cidade inteligente deve seguir a fim de concretizar sua plena
implementação e sua sustentabilidade é descrito em [9]. Para III. INFRAESTRUTURA DE COMUNICAÇÕES
efeito ilustrativo, a arquitetura de cidade digital incluída em Uma infraestrutura de rede de acesso capaz de prover
[9] e em [10] é utilizada neste artigo. Tal arquitetura, com comunicação capilarizada e a altas taxas é um componente
pequenas adaptações, mostrada na Figura 1, é detalhada a importante para vários dos serviços previstos em ambientes
seguir. de cidades inteligentes. A utilização das tecnologias de redes
A arquitetura lógica possui as seguintes camadas, de acesso baseadas em redes ópticas passivas (PONs) é hoje
resumidas na Tabela I: uma realidade em dezenas de países. Em dezembro de 2010,
mais de 50 milhões de assinantes FTTH (fiber to the home)
Tabela I. Arquitetura lógica de uma cidade inteligente usando PONs estavam conectados: 3,9 milhões na Europa, 45
Camadas de fornecedores e usuários de serviços milhões na região Pacífico e Ásia (Japão, Coréia do Sul,
(Externas, superior e inferior na Figura 1) China, Singapura, Malásia e Austrália) e 8,8 milhões na
Usuários finais, grupos de usuários finais, funcionários. América do Norte. Para 2012, somente na região Pacífico e
Camada de serviços Ásia, o número de assinantes FTTx, atingirá os 100 milhões,
Portais Web, engenhos de busca, serviços via Web, sendo 25% FTTH (fibra até a residência) e 75% FTTB (fibra
serviços geoespaciais, serviços baseados em localização. até o condomínio) [11].
Camada de gerência da cidade inteligente O sucesso da introdução de FTTx nessa região está ligado a
Arquitetura, políticas, regras operacionais. alguns fatores, entre os quais: (a) políticas e investimentos
Camada da infraestrutura governamentais em TICs (tecnologias da informação e
Rede óptica metropolitana (núcleo), rede óptica passiva de comunicação); (b) regulamentação do setor: ações confiáveis
acesso (PON), rede Wi-MAX, redes Wi-Fi, sistemas de e consistentes, regras claras para a competição; (c) condições
informação, call centers, redes locais para acesso geográficas e demográficas que atraem os investimentos; (d)
comunitário. infraestrutura de rede fixa pré-existente cuja reutilização
diminui custos para o lançamento dos cabos ópticos para
Camada de informação
FTTx; (d) utilização de novos serviços (vídeo, IPTV, etc)
Dados públicos e privados criados e armazenados, centros
como estimuladores para os investimentos.
de armazenagem, armazenagens móveis, repositórios de
Apesar do sucesso da introdução das PONs em várias
redes sociais.
regiões, uma arquitetura híbrida (parte óptica, parte sem-fio)
para uma rede de acesso pode ser uma melhor opção, para
Camadas de fornecedores e usuários de serviços – Contêm diminuir custos, ampliar a penetração das redes ópticas
os potenciais grupos de usuários dos serviços da cidade passivas (PONs) e agregar flexibilidade, atributos importantes
inteligente: usuários finais (cidadãos, lojas, estudantes), de uma infra-estrutura para cidades inteligentes [12]. A ideia
grupos de usuários finais (associações, grupos com interesses da criação de uma rede que possibilite as altas taxas de
comuns), servidores que oferecem serviços públicos ou transferência e confiabilidade das redes ópticas e a
comerciais por meio da cidade digital (funcionários civis, praticidade da mobilidade oferecida pelas redes sem fio deu
repartições públicas, empresas privadas). origem ao conceito das redes de acesso híbridas.
Camadas de serviços – Contém aplicações em software que A proposta dessas redes é criar um back end de suporte
entregam serviços e informações para cidadãos e empresas composto por uma rede óptica, que termina em um ponto
(Governo digital, portais de comércio eletrônico, serviços de relativamente próximo ao usuário, de onde se inicia um front
monitoramento remoto, serviços geoespaciais, etc.). A end com uma rede sem fio. No sentido de satisfazer as
camada interage com aquela imediatamente acima (Figura 1) exigências crescentes em termos de largura de faixa de vários
por meio de uma interface-padrão que coleta todos os serviços serviços via Internet, três tendências podem ser identificadas:
disponibilizados pela cidade inteligente e evita replicação de (i) Convergência de serviços: voz, dados, vídeos e multimídia
interativa em uma mesma rede; (ii) Convergência de redes
informação.
metropolitanas DWDM com redes WAN (longas distâncias) e
Camada da gerência – Define as políticas, as regras (iii) Convergência de redes sem fio com redes ópticas, no
operacionais e a arquitetura da cidade inteligente. âmbito das redes de acesso. A Figura 2 ilustra cinco
Camada da infraestrutura – Inclui as redes de faixa larga alternativas para redes de acesso.
disponíveis (rede óptica metropolitana, rede óptica passiva de De cima para baixo, a primeira, chamada de FTTC (fibra
acesso, rede Wi-MAX, redes Wi-Fi), um sistema de até o meio-fio), liga os usuários por meio de cabo metálico a
transportes inteligente,locais de acesso público à cidade uma URA (unidade de rede de acesso) da PON localizada a
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Figura 1. Arquitetura física de uma cidade inteligente.

algumas dezenas ou centenas de metros das suas por diversos usuários. Isso sugere a existência de um terminal
dependências. Na segunda alternativa a URA (ONU em óptico a partir do qual o sinal seja multiplexado e
inglês) é instalada dentro das dependências do(s) usuário(s). encaminhado, o que pode ser feito por meio da alternativa
As demais alternativas ilustradas são exemplos de redes de apresentada e avaliada em [13]. Assim, um trecho de
acesso híbridas, descritas na próxima seção. comunicação entre o terminal óptico e o usuário final deve ser
feito por meio de outra tecnologia (como par trançado, cabo
coaxial ou sem fio), reduzindo a quantidade de fibra
IV. REDES DE ACESSO HÍBRIDAS necessária.
A consolidação dos padrões para redes de acesso passivas
baseadas em TDM (TDM-PON), com topologia ponto-a- Mesmo diante das vantagens inquestionáveis oferecidas
multiponto, e os recentes avanços no campo dos pela utilização de WDM, é um consenso que as redes TDM
lançamentos comerciais, conforme mencionado na seção são o presente, já que muito se investiu em pesquisa e
anterior, constitui o que se convencionou chamar de primeira desenvolvimento para essa tecnologia que foi consolidada e
geração de redes ópticas de acesso. Prevê-se que essas redes padronizada há pouco tempo. Todavia, tendo em vista a
venham, no futuro, a ser substituídas por redes ponto-a- crescente demanda de largura de banda por parte dos
ponto, por meio do uso da tecnologia WDM, possibilitando usuários, a necessidade de migração das arquiteturas PON
maior largura de faixa dedicada por usuário e suporte de existentes [Ethernet PON (EPON), Broadband PON (BPON),
diferentes tipos de serviços em uma mesma rede [12]. Será a Gigabit
chamada segunda geração de redes ópticas de acesso. PON (GPON), Generic Framing Procedure PON (GFP-
Entre a primeira e a segunda gerações, uma alternativa PON)] para WDM PON é essencial. Por outro lado, as
intermediária (TDM-WDM PON) poderá ser adotada [13]. características de eliminação dos custos
Como a largura de banda de uma única fibra é muito grande de cabeamento, facilidade de implantação da infraestrutura e
para usuários de redes de acesso, a utilização de redes ópticas comodidade disponibilizada ao usuário, oferecidas pelas
ponto-a-ponto é viável se uma única fibra for compartilhada
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Figura 2. Alternativas para redes de acesso.

redes sem fio (wireless) tornaram a tecnologia bastante A proposta das redes de acesso híbridas é a implantação de
popular. um cenário que permita ao usuário o acesso à rede por
Existem três técnicas que se destacam nas redes de acesso intermédio de interface wireless com suporte em uma rede
wireless: Wi-Fi, Wi-MAX e redes móveis celulares. A PON (que apresenta robustez, confiabilidade e elevadas
tecnologia Wi-Fi (padrões IEEE 802.11a,b,g) é utilizada taxas).
especialmente em WLANs (redes locais), enquanto WiMAX A Figura 3 ilustra uma arquitetura proposta para uma
é bastante atrativa em WMANs (redes metropolitanas), já que WOBAN. Diversos segmentos PON são suportados na CO
apresenta taxa de bist/segundo alta e maior raio de cobertura. (Central Office, ponto de presença de uma operadora de
Já a tecnologia celular é usada especialmente para transporte telecomunicações), partindo cada um de uma OLT (Terminal
de voz, imagens, e outras aplicações com taxas relativamente de Linha Óptica) e terminando na ONU (Optical Network
modestas. User, ou URA em português) correspondente. Cada ONU
A tecnologia de ROF (Radio Over Fiber), que permite o (Unidade de Rede de Acesso) é conectada a uma BS (Estação
transporte de sinais de rádio por enlaces de fibra óptica já Base), que serve como uma porta de saída da rede óptica
existentes, criou o conceito de HRF (Hybrid Fiber Radio), (gateway router, mostrados em vermelho na Figura 3), para
enquanto a tecnologia WOBAN (Wireless-Optical dar início à parte wireless da rede. Além de gateway routers
Broadband-Access Networks) emprega uma arquitetura de (BSs ligadas diretamente às ONUs), o front end possui outros
rede de híbrida [12], descrita resumidamente a seguir. roteadores/BSs para gerenciamento eficaz da rede.

Figura 3. Arquitetura para uma WOBAN utilizando PON.


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O back end óptico pode utilizar a infraestrutura TDM-PON [6] T. Ishida e K. Isbister (Eds.),Digital Cities: Technologies, Experiences,
atualmente disponível em diversos cenários, para facilitar o and Future Perspectives, Springer-Verlag, 2000.
emprego das WOBANs em curto prazo. No entanto, a [7] Diane Cook e Das Sajal, Smart Environments: Technologies, Protocols,
and Applications, Wiley-Interscience, 2005.
esperada implantação da tecnologia WDM-PON promete [8] Carlo Ratti e Anthony Townsend, The Social Nexus, in Scientific
aumentar a capacidade e reduzir os custos para as WOBANs. American, Vol. 305, No. 3, September 2011, pp. 30-35.
O front-end da WOBAN pode empregar tecnologias padrão [9] L. Anthopoulos e P. Fitsilis, “From Digital to Ubiquitous Cities: Defining
a Common Architecture for Urban Development”, Proceedings of the Sixth
como Wi-Fi e Wi-MAX, sendo que a tecnologia Wi-MAX é International Conference on Intelligent Environments, Kuala Lumpur,
especialmente indicada por se aplicar melhor a redes Malásia,Julho 2010, pp. 301-306.
metropolitanas (reduzindo a quantidade de BSs necessárias). [10] L. Anthopoulos e I. A. Tsoukalas, “The implementation model of a Digital
City. Tha case study of the first Digital City in Greece: e-Trikala”, in
Tipicamente, os usuários estão espalhados Journal of e-Government (Haworth Press, Inc., University of Southern
geograficamente, sendo muitas vezes móveis. A mobilidade California, Center for Digital Government), Vol. 2, Issue 2, 2005.
dos usuários finais pode ser solucionada na camada IP por
uma das três abordagens dominantes desenvolvidas no [11] S. Hanatani (Presider). Sessão Especial OSA/IEEE OFC/NFOEC 2011:
FTTH around the World: Today and Tomorrow, 09/03/2011, Los
Internet Engineering Task Force (IETF): mobile IP, migrate Angeles, CA.
e protocolo host-identify.
Assim, as características consideradas críticas dessas redes [12] S. Sarkar, et al. “Hybrid Wireless-Optical Broadband-Access Network
são a escolha dos algoritmos de posicionamento das ONUs (WOBAN): A Review of Relevant Challenges”, IEEE/OSA Journal of
Lightwave Technology, Vol. 25, No. 11, pp. 3329-3340, Novembro 2007.
(ou URAs, unidades de redes de acesso) e de roteamento dos [13] J. E. P. de Farias et al. “Rede óptica passiva usando TDM e WDM”, Anais
dados na rede wireless. Algoritmos de posicionamento e do XXVII SBrT, Blumenau, 2009.
roteamento são apresentados em [12] e mais detalhadamente [14] S. Sarkar, H. Yen, S. Dixit e B. Mukherjee et al. “Hybrid Wireless-Optical
em [14], juntamente aos resultados comparativos de sua Broadband-Access Network (WOBAN): Network Planning and Setup”,
IEEE/OSA Journal on Selected Areas in Communications, Vol. 26, No. 6,
aplicação em uma rede WOBAN experimental real. pp. 12-21, Agosto de 2008.

V.CONCLUSÕES
A implantação de cidades inteligentes exige inovação em
planejamento, gerência e nas operações dos equipamentos
urbanos com a finalidade principal de melhorar a qualidade
de vida dos cidadãos urbanos. Utilizando infraestruturas de
TIC (tecnologias da informação e comunicação) avançadas,
cidades inteligentes (ou ubíquas, ou digitais) disponibilizam
hoje serviços em áreas metropolitanas de dezenas de países.
Neste artigo é apresentado o conceito de cidades inteligentes.
Uma possível arquitetura de cidade inteligente voltada para
serviços inteligentes é descrita. Aspectos da infraestrutura
física de comunicações são também abordados, com ênfase
nas redes de acesso híbridas, parte óptica, parte sem fio.

AGRADECIMENTO
Os autores agradecem o apoio da RNP (Rede Nacional de
Pesquisa e Educação), através do Projeto (CIA)² Construindo
Cidades Inteligentes: da Instrumentação dos Ambientes ao
desenvolvimento de Aplicações, Contrato RNP-Iecom-
PaqTc/PB, 2011-2013., e o apoio do Iecom, da UFCG e do
CNPq.

REFERÊNCIAS
[1] Luís M. A. Bettencourt,José Lobo,Dirk Helbing,Christian Kühnert, and
Geoffrey B. West, “Growth, innovation, scaling, and the pace of life in
cities”, in Proceedings of the National Academy of Sciences USA, Vol.
104, No. 17, April 24,2007, pp. 7301–7306.
[2] M. Naphade, et. al., “Smarter Cities and Their Innovation Challenges”,
IEEE Computer Magazine, Vol. 44, No. 6, pp. 32-39, Junho, 2011.
[3] Edward Glaeser, “Engines of Innovation”, in Scientific American, Vol.
305, No. 3, September 2011, pp. 36-41.
[4] Luís M. A. Bettencourt e Geoffrey B. West, “Bigger Cities Do More with
Less”, in Scientific American, Vol. 305, No. 3, September 2011, pp. 38-
39.
[5] Anthony Townsend, The Future of Cities, Information, and
Inclusion,Institute for the Future, 2010.

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