Collaborative Information System to Find Efficient Routes Using
Public Transport
Diego H. B. Zanchett, Jurair R. P. Junior, André F. Monteiro, Diego B. Haddad, Laura S. Assis
diego.zanchett@aluno.cefet-rj.br
{jurair.junior,andre.monteiro,diego.haddad,laura.assis}@cefet-rj.br
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – Rio de Janeiro – Brasil
ABSTRACT
In recent years, the search to make cities smart often has been a
strategy designed to mitigate problems generated by urban pop-
ulation growth. To improve the population’s quality of life and
optimize the use of resources and infrastructure, applications in
various fields have been developed. Public bus services are widely
deployed in cities around the world because they provide cost-
effective public transportation. Most of the time the citizens are
not provided information about the buses in real-time (location,
route, etc). This paper address this lack of information on public bus
services and presents ShareBus, an information system to improve
urban mobility. The system architecture and its main functionalities
are described. A preliminary implementation of the system is also
presented which is evaluated through real tests. The system uses
the idea of collaboration to obtain and maintain data, either from
users or companies, keeping it as much as possible updated.
CCS CONCEPTS
• Information systems → Collaborative and social computing
systems and tools.
KEYWORDS
Collaborative web systems. Mobile computing. Smart Cities.
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, a maioria da população mundial é urbana [1–3]. Em
breve, a atual infraestrutura e quantidade de recursos disponíveis
podem não atender à toda demanda de seus respectivos usuários.
Com esse cenário é crescente a preocupação com o fornecimento
suficiente de recursos essenciais como água potável, energia limpa,
transporte seguro e eficiente [12, 19, 20]. As cidades precisam au-
mentar substancialmente a eficiência com que operam e empregam
seus recursos [1]. Com o crescente avanço tecnológico, unido ao
desejo de facilitar e agilizar atividades presentes no cotidiano, as
pessoas têm utilizado cada vez mais smartphones, os quais permi-
tem o uso da internet para obter informações, realizar pesquisas,
se localizar, encontrar serviços, dentre outros [8, 9]. Observa-se
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WebMedia ’19, October 29-November 1, 2019, Rio de Janeiro , Brazil
© 2019 Association for Computing Machinery.
ACM ISBN 978-1-4503-6763-9/19/10. . . $15.00
https://doi.org/10.1145/3323503.3361717
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um elevado desperdício no emprego de recursos por parte das cida-
des. Tal desperdício ocorre em diversas áreas, sendo um exemplo
clássico o transporte [11].
Uma das funcionalidades disponíveis em diversos dispositivos
móveis reside na utilização do GPS para obtenção de rotas a pé,
carro ou transporte público, a qual é de suma importância quando
o usuário não sabe chegar ao destino desejado [5]. Quando essas
informações são combinadas automaticamente a relevância da ferra-
menta para o usuário aumenta. Assim, se existe atividade incomum
(como um acidente ou a ocorrência de obras) causadora de trânsito
na rota desejada, essa informação pode ser incorporada ao resul-
tado, de sorte a minimizar o tempo necessário para se efetuar o
percurso pretendido.
Este trabalho apresenta um sistema de informação colaborativo,
composto por um App e um sistema web, que é capaz de traçar
rotas otimizadas para o transporte público. Tal sistema permite
uma melhoria na qualidade de vida dos moradores, provendo um
acesso eficiente a tais informações, quanto de turistas que neces-
sitam se locomover em uma cidade desconhecida. Além disso, o
sistema proposto também é capaz de exibir informações estáticas
sobre o transporte público de uma cidade, bem como suas principais
atrações turísticas. Estas informações estáticas consistem de dados
previamente coletados, os quais são relacionados aos itinerários
e horários dos ônibus, bem como à localização dos pontos de em-
barque e desembarque. Além de armazenar e processar os dados, o
sistema web permite que autoridades e usuários o alimentem com
informações pertinentes, criando assim um ambiente colaborativo
que tem se mostrado extremamente efetivo em diversas aplicações.
Como este projeto de pesquisa encontra-se em desenvolvimento,
apresentamos nesta etapa do trabalho a versão inicial do modelo
proposto, com foco em sua arquitetura e funcionalidades. Além
disso, a solução proposta foi implementada e avaliada por meio
de testes em ambiente real. Nas próximas etapas serão analisadas
heurísticas associadas a algoritmos de roteamento, com o objetivo
de melhorar a eficiência e acurácia do referido processo.
2 TRABALHOS RELACIONADOS
Nos últimos anos, têm sido realizadas diversas iniciativas para o
desenvolvimento de sistemas para cidades inteligentes nas mais
diferentes áreas de aplicação. O estudo sobre aplicações que abor-
dam o tráfego e sensoriamento na cidade vem angariando grande
atenção [17]. Uma revisão da literatura sobre diversas tecnologias
usadas nas diferentes fases envolvidas em sistemas de gerencia-
mento de tráfego é apresentada em [4], onde os autores discutem
também a possibilidade de uso de carros inteligentes e mídias soci-
ais para permitir a detecção de congestionamentos de tráfego de
WebMedia ’19, October 29-November 1, 2019, Rio de Janeiro , Brazil D. Zanchett et al.

forma mais rápida e precisa. Esse artigo fornece também um estudo

sobre ameaças de segurança no trânsito.
Um sistema para assistência inteligente no transporte público
através de ônibus envolvendo segurança, detecção de acidentes,
monitoramento em tempo real e número de assentos disponíveis
é proposto em [16]. Um sistema de navegação implementado para
ônibus urbano, que atua como um assistente de navegação para
usuários de transporte público ajudando em decisões de micro-
navegação, inspirado na ideia de sistema de navegação para carros,
é proposto em [7].
Diversos trabalhos presentes na literatura estudam e propõem
soluções para análise do trânsito e transporte público, fornecendo
informações em tempo real sobre os ônibus, localização, tempo de
atraso, horários de chegada e partida. Algumas abordagens propos- Figura 1: Arquitetura do sistema proposto.
tas que buscam facilitar a utilização do transporte público pelos
cidadãos podem ser encontradas em [6, 10, 13, 18].
apresenta um design desenvolvido para telas pequenas, composto de:
Embora existam diversos trabalhos sobre sistema de roteamento
uma tela inicial dinâmica, que se ajusta de acordo com a intensidade
abordando transporte público, este trabalho contribui por apre-
de sinal de internet e GPS, um menu de opções, telas de pesquisa e
sentar um sistema de informação colaborativo com uma interface
exibição de dados (Figs. 3 e 4).
simples e intuitiva, fornecendo informações sobre o transporte pú-
blico e turismo. Este é composto por um App, um sistema web e
uma base de dados, que pode ser alimentada tanto por autoridades
responsáveis pelo transporte quanto com dados sugeridos pelos
usuários comuns. Esse ambiente colaborativo, somado a uma even-
tual generalização da ideia, faz com que tal sistema seja aplicável
em diversas cidades que ainda não dispõem desse tipo de serviço
para a população local.

3 SISTEMA PROPOSTO
Nesse trabalho é proposto um sistema de informação colaborativo
com foco no transporte público o qual tem como principal função
traçar rotas de forma precisa, maximizando o conforto e minimi-
zando o tempo do trajeto. Além da função principal, também será Figura 2: Cadastro de Pontos de Ônibus e Terminais.
permitido fazer consultas às informações estáticas como itinerários,
horários e localização de pontos de ônibus. A Figura 1 apresenta
a arquitetura da aplicação, na qual um servidor é usado para dis-
ponibilizar a aplicação web e armazenar dados como: itinerários,
horários, nomes e números de linhas de ônibus, coordenadas ge-
ográficas e endereços de pontos de paradas e terminais. Além da
aplicação web, este sistema de informação também contém um apli-
cativo mobile denominado ShareBus. A aplicação web e o aplicativo
mobile disponibilizarão as informações para os usuários de maneira
simples, funcional e amigável.
A aplicação web e o aplicativo mobile foram projetados de forma a
atender alguns requisitos básicos, tais como simplicidade, eficiência
e usabilidade. A aplicação web apresenta um design bem simples
[15], composto de uma tela inicial responsiva (Fig. 2), que possui
um menu lateral, um mapa provido pela API do Google Maps e os
botões login e cadastrar. O menu lateral apresenta as principais
funções da aplicação, que consistem em pesquisar rotas e pesquisar Figura 3: App mobile, tela Inicial: com conexão é exibida a
informações (estáticas), tais como horários e itinerários dos ônibus, tela à esquerda, caso contrário é exibida a tela à direita.
assim como a localização dos pontos de ônibus e terminais. Caso
o usuário esteja logado, também é exibida a opção de “cadastrar Uma dificuldade encontrada no desenvolvimento e teste ocorreu
informações”, a qual permite que o usuário sugira que determinados no primeiro levantamento de dados1 relativo ao transporte público.
dados sejam adicionados/atualizados no sistema através de um 1 O sistema está sempre sendo alimentando com novos dados. Estes foram os primeiros
formulário (coleta de dados colaborativos). Já a aplicação mobile dados adicionados para viabilizar a implementação e teste.

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Figura 4: App mobile: Tela que exibe as rotas com conexão à
esquerda, e tela de localização dos pontos de parada à direita.
Para realizar testes no ambiente real utilizou-se dados da cidade de
Petrópolis-RJ. Para obter os dados, foi feita uma parceria com a Com-
panhia de Trânsito e Transportes local. Após a obtenção dos dados
necessários, foram desenvolvidos alguns scripts que normalizaram e
cruzaram parte das informações. Contudo, não foi possível utilizar
todos os dados obtidos, devido às limitações impostas pelo formato.
Os resultados dos testes inicias demonstraram que o sistema traçou
rotas eficientes e coerentes com a realidade.
Embora as rotas de transporte público sejam processadas utili-
zando-se o software ShareBus, os trechos que possuem trajetos a
pé são obtidos através da API Google Places, a qual permite traçar
rotas a pé na maior parte do mundo.
4 ESTUDOS DE CASO
A partir da coleta e normalização dos dados levantados, iniciou-se
a pesquisar por algoritmos para traçar rotas. É importante ressaltar
que o objetivo não é encontrar o menor trajeto, já que para tal
bastaria aplicar um algoritmo de caminhos mínimos (como por
exemplo o algoritmo de Dijkstra). Neste trabalho busca-se por rotas
otimizadas, a qual é definida com base nos critérios a seguir:
• Reduzir a baldeação durante a viagem;
• Reduzir a distância percorrida no trajeto a pé, que o usuário
deve realizar para chegar ao ponto de embarque;
• Reduzir o tempo estimado de viagem.
Após pesquisa e realização de alguns testes, desenvolveu-se um
algoritmo que fornece o trajeto ótimo através de dois tipos de
rotas: (i) rota sem conexão e (ii) rota com conexão2 . Sempre que
for possível traçar uma rota sem conexão o algoritmo a prioriza,
pois esse tipo de trajeto fornece maior conforto ao usuário em sua
viagem. Como a disponibilidade dos ônibus muda durante o dia, o
algoritmo considera o horário dos ônibus para gerar o trajeto. O
pseudo-código dessa rotina é mostrado através do Algoritmo 1.
No Algoritmo 1 são obtidas as variáveis latLngOrigem (Latitude
e Longitude da origem), latLngDestino (Latitude e Longitude do
destino), hora (de partida), e dia (de partida). Em seguida busca-se
2 As rotas sem conexão são trajetos em que o passageiro não precisa fazer uma mudança
de ônibus ao longo da viagem. Elas são obtidas através de consultas ao banco de dados.
Nas rotas com conexão é necessário trocar de ônibus para chegar ao destino. Estas são
processadas através de uma rotina baseada no algoritmo de Dijkstra [14].
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pelo ponto de parada mais próximo da origem e do destino. Note
que como não sabemos ainda qual sentido da rua vai ser utilizado
no trajeto, buscamos um ponto de parada em cada sentido da rua.
Após a obtenção dos pontos, são realizadas duas tentativas de se
obter uma rota sem conexão. Caso tenha sucesso, a rota encontrada
é retornada pelo algoritmo e exibida na aplicação, caso contrário o
Algoritmo 2 é executado para encontrar uma rota com conexão.
O Algoritmo 2 recebe como entrada os pontos de origem e des-
tino, hora (de partida) e dia (de partida). Em seguida, é realizada
uma busca pelo terminal rodoviário mais próximo do ponto de par-
tida, e pelo terminal rodoviário mais próximo do ponto de destino.
Como é necessário encontrar rotas sem conexão dos pontos de
origem/destino para estes terminais, o algoritmo recebe um grafo
onde os vértices representam os terminais rodoviários, e as ares-
tas representam as linhas de ônibus que conectam estes terminais.
Então é executada uma rotina semelhante ao algoritmo de Dijkstra
para encontrar o menor caminho entre o terminal mais próximo da
origem e o terminal mais próximo do destino. Por fim é retornada
a rota sem conexão do ponto de partida até o terminal rodoviário
mais próximo à origem concatenado com a rota entre o terminal
rodoviário mais próximo ao ponto de partida e o terminal rodoviá-
rio mais próximo ao ponto de destino, concatenado à rota entre o
terminal rodoviário mais próximo ao ponto de destino e o ponto de
destino.
Algoritmo 1 - Rotina para traçar rotas
Requer: LatLngOrgiem, LatLngDestino, hora, dia.
1: origemTB ← pesquisaPontoMaisProximoSentidoTB(LatLngOrigem); {TB = Termi-
nal para bairro.}
2: origemBT ← pesquisaPontoMaisProximoSentidoBT(LatLngOrigem); {BT = bairro
para terminal.}
3: destinoTB ← pesquisaPontoMaisProximoSentidoTB(LatLngDestino);
4: destinoBT ← pesquisaPontoMaisProximoSentidoBT(LatLngDestino);
5: rotasSemConexaoTB ← rotaSemConexao(origemTB, destinoTB, hora, dia);
6: rotasSemConexaoBT ← rotasSemConexaoBT(origemBT, destinoBT, hora, dia);
7: se rotasSemConexaoTB , NULL então
8: retorna rotasSemConexaoTB;
9: senão se rotasSemConexaoBT , NULL então
10: retorna rotasSemConexaoBT;
11: senão
12: rotasComConexao ← rotaComConexao(origemBT, destinoTB, hora, dia);
{Como a conexão sempre é feita em terminais, não precisamos pesquisar nos
dois sentidos. Esse algoritmo considera pontos finais nos quais seja possível
mudar de ônibus, como terminais.}
13: se rotasComConexao = NULL então
14: retorna NULL;
15: senão
16: retorna rotasComConexao;
17: fim se
18: fim se
As Tabelas 1-3 mostram exemplos dos dados armazenados neste
sistema de informação. A Tabela 1 contém as informações que per-
mitem identificar cada ônibus registrado, armazenando seu número
e nome. Cada linha da Tabela 2 relaciona um ônibus a um ponto
de seu respectivo itinerário. A Tabela 3 apresenta informações re-
lacionadas aos pontos de embarque e desembarque nos ônibus,
guardando um id, a latitude e longitude do ponto, o sentido do
ponto de ônibus, ou seja, se é um ponto bairro (B), terminal (T),
bairro para terminal (BT) ou terminal para bairro (TB), e o endereço
do ponto. A coluna que armazena o sentido é necessária para o
algoritmo identificar a direção na qual os ônibus passam por aquele
ponto.
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Tabela 2: Itinerários. aumentando a eficiência do serviço prestado à população. Também

Tabela 1: Ônibus. Num. ônibus Id Ponto serão analisadas em trabalhos futuros heurísticas para aprimorar a
300 0 eficiência e acurácia dos algoritmos de definição da melhor rota.
Número Nome
300 1
300 Terminal Corrêas
300 2 6 AGRADECIMENTOS
611 Bonfim - Pinheral
611 2
611 3 O presente trabalho foi realizado com apoio do CNPq, Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Brasil.
Tabela 3: Pontos de paradas de ônibus.
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fornecendo retorno para futuras melhorias como a alteração de ro-
tas, ou criação de novos pontos. Além disso, a utilização do sistema
pela população poderá auxiliar os agentes públicos a mensurar a de-
manda da população por transporte público em diferentes regiões,

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