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Resumo
A mobilidade urbana pode impactar significativamente a qualidade de vida
das pessoas, influenciando aspectos como o tempo de deslocamento, o acesso a ser-
viços e oportunidades de trabalho, a poluição e a segurança no trânsito. Além disso,
a mobilidade urbana também está diretamente relacionada à sustentabilidade das ci-
dades, já que o uso excessivo de veículos motorizados pode contribuir para a emissão
de gases de efeito estufa e outros problemas ambientais.
Portanto, a busca por soluções que possam melhorar a mobilidade urbana e
torná-la mais eficiente e sustentável é fundamental para a construção de cidades mais
justas, seguras e sustentáveis. Neste sentido, este trabalho se propõe a analisar o
transporte público sobre pneus e identificar fatores que interferem na mobili-
dade/qualidade dos transportes no Rio de Janeiro e envolve um conjunto de medidas
que visam otimizar a eficiência e a sustentabilidade do sistema de transporte da ci-
dade.
Palavras-chave: Vans; Ônibus; Racionalização; Sistema Viário; Rede de Trans-
porte
Abstract
Urban mobility can significantly impact people's life quality, influencing as-
pects such as commuting time, access to services and job opportunities, pollution
rates and traffic safety. In addition, urban mobility is also directly related to sustai-
nability of cities, as the excessive use of motor vehicles can contribute to the emis-
sion of greenhouse gases and other environmental issues.
Therefore, the search for solutions that can improve urban mobility and make
it more efficient and sustainable is fundamental for the construction of a fairer, safer
and more sustainable city. In this regard, this work aims to analyze public transport
on tires and identify factors that interfere with the mobility/quality of transport in
Rio de Janeiro and involves a set of measures aimed at optimizing the efficiency and
sustainability of the city's transport system.
Keywords: vans; Bus; Rationalization; Road System; Transport Network
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investir em soluções que promovam uma mobili- operadas por motoristas sem habilitação adequada e
dade urbana mais eficiente, sustentável e inclusiva. sem a devida regulamentação, o que aumenta os ris-
cos de acidentes e prejudica a segurança.
No Brasil, conforme a NTU (2016), o trans-
porte coletivo segue carente de políticas públicas Em face do papel fundamental do transporte
que gere um desenvolvimento independente do au- coletivo, em especial o por pneus. Foco deste es-
tomóvel e seguem alimentando o uso irracional dos tudo, se justifica pelo processo de declínio do setor
veículos particulares em detrimento ao transporte na segunda metade da década de 1990 apontado
público. Segundo o Rio Ônibus (2021), no municí- pelo IPEA (2013). Ainda conforme Gomide (2004),
pio do Rio de Janeiro são transportados 1,2 milhões intensificadas pelo aumento do uso de veículos par-
de passageiros por dia apenas nos ônibus munici- ticulares, o qual o transporte complementar, visto
pais, o que representa 63% dos usuários do trans- que segundo o Rio Ônibus (2021), tem 80% da sua
porte público no município e conforme a NTU frota não regulamentada, faz parte, gerando assim,
(2021), a demanda segue 20% abaixo do período um círculo vicioso, onde a redução de passageiros
pré-pandemia. Apesar do transporte público por no transporte regular eleva os custos de operação,
ônibus ser o principal meio de deslocamento, a ci- aumenta os congestionamentos, gera mais poluição
dade ainda enfrenta grandes desafios no setor. Mui- e incrementa os tempos de viagens, causando mais
tas vezes os serviços são criticados por questões de insatisfações com o transporte público. Por fim, for-
segurança, conforto, confiabilidade, além de proble- talecendo ainda mais o transporte irregular por vans
mas com superlotação, atrasos e falta de integração e kombis. Conhecidas popularmente nas comunida-
entre os modos de transporte. des como “cabritinhos”, essas vans passaram a ope-
rar inclusive em bairros de classe média (Mamani,
Rocha (2002) define geoprocessamento 2004), muitas vezes em rotas semelhantes às dos
como uma tecnologia transdisciplinar, que através ônibus, gerando uma concorrência desleal
do processamento de dados geográficos, congrega (Maia,2009).
várias disciplinas e utiliza como principal subsídio
o Sistema de Informação Geográficas (SIG). Para Em 2015, a SMTR da cidade do Rio de Ja-
Câmara et al. (2011), é a disciplina que utiliza téc- neiro iniciou um programa de racionalização das li-
nicas matemáticas e computacionais para o trata- nhas de transporte público (Rodrigues e Bastos,
mento da informação geográfica. Neste contexto, o 2015), visando tornar o sistema da cidade mais efi-
geoprocessamento e os sistemas de informação ge- ciente. O estudo apontou que 54% das linhas possu-
ográfica vêm sendo aplicados com sucesso em di- íam mais de 50% de seus percursos idênticos, reve-
versas cidades. Segundo a ANTP (2012) tem se ob- lando um modelo de operação ineficiente. Contudo,
servado sua aplicação em problemas comuns no devido ao elevado número de reclamações
transporte coletivo, como falta de informação para (G1,2016) foi suspenso em janeiro de 2017(Prefei-
os usuários, planejamento, congestionamentos e tura da cidade do Rio de Janeiro, 2017). Ainda se-
contingências. gundo a SMTR, o transporte operado pelas vans tem
como finalidade complementar o serviço convenci-
Apesar dos ônibus serem o principal meio onal, devendo atender, prioritariamente, as ligações
de deslocamento no Rio de Janeiro, eles precisam intrabairros e interbairros. Mas na prática não é o
lidar com outro problema, que parte de um plano de que ocorre. Embora seja função dela fiscalizar e coi-
mobilidade ineficiente e da falta de fiscalização: as bir o transporte clandestino, segundo (Brasil e Mo-
Vans. Elas competem diretamente com os ônibus e rais,2021), o que se tem visto é o esvaziamento da
operam em rotas semelhantes, atraindo uma parcela fiscalização do transporte complementar, fato que
significativa de passageiros. Isso reduz a demanda tem sido apontado como a causa para a ampliação
pelos ônibus e prejudica a sua viabilidade econô- do número de vans que operam ilegalmente e para a
mica, já que sua remuneração tem como base os pas- queda na qualidade e segurança do serviço. Este
sageiros transportados. Além disso, muitas são
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trabalho tem como mote analisar a rede de transpor- demanda gera engarrafamentos, causando prejuízos
tes rodoviário na cidade (ônibus e vans) com obje- para a mobilidade e no outro extremo, superlotação
tivo de avaliar a eficiência do transporte comple- dos transportes, prejudicando especialmente as pes-
mentar e propor reflexões em benefício da mobili- soas com maior dificuldade de locomoção
dade urbana no Rio de Janeiro. (ANTP,2007). Para Vasconcellos (2001), este é um
caso comum em praticamente todas as cidades bra-
Esta pesquisa está estruturada em cinco se- sileiras, onde os veículos disputam o espaço público
ções. Além dessa introdução, a seção 2, o referen-
sem um planejamento de transportes e mobilidade
cial teórico, apresenta o cenário do transporte no
Brasil, bem como conceitos e definições sobre geo- adequado. As cidades brasileiras passaram por um
processamento, métodos quantitativos e de análise amplo crescimento econômico nos últimos anos, o
espacial. A seção 3 apresenta a metodologia da pes- que resultou em um aumento significativo no nú-
quisa, incluindo a representação cartográfica da área mero de veículos particulares disputando o espaço
de estudo e destacando as ferramentas, softwares e público com o transporte coletivo (ITDP, 2019). No
procedimentos utilizados na pesquisa. Os resultados Brasil, de acordo com a Confederação Nacional dos
são apresentados na seção 4, sendo a conclusão
Transportes [CNT (2002)], enquanto o transporte
apresentada na seção 5.
particular ocupa 60% das vias e transporta 20% dos
passageiros, os ônibus são responsáveis por trans-
portar 70% dos passageiros, ocupando 25% do es-
2. O cenário do transporte no Brasil paço viário.
das cidades. Segundo Ferreira e Sanches (2001), os 2.2. Modelagem e banco de dados geográfico
problemas gerados pelos transportes são agravantes
da baixa qualidade de vida nas cidades brasileiras. O uso de banco de dados em geoprocessa-
Para Cardoso (2008), as melhores condições ocor- mento é uma prática essencial para armazenar, ge-
renciar e analisar dados geográficos. Esses dados
rem quando o passageiro dispõe de pontos de parada
podem incluir informações sobre o terreno, edifica-
próximo de sua origem e destino e com frequência ções, redes de transporte e outras características que
adequada. Na mesma compreensão, para Ferraz e afetam ou são afetadas por fatores geográficos. Se-
Torres (2004), a acessibilidade está diretamente li- gundo Watson(2006), os bancos de dados sempre
gada à facilidade de chegar ao local de embarque e existiram, embora seu formato nem sempre tenha
sair do local de desembarque. sido reconhecido. Neste sentido, para Borges et al
(2005), a modelagem de dados geográficos busca
Melhorias na qualidade do transporte pú- sistematizar o entendimento a respeito de objetos e
fenômenos que serão representados em um sistema
blico podem ajudar a estimular o desenvolvimento
de forma conveniente para as aplicações de banco
econômico e social das cidades (UITP,2009). Isso de dados, que possuem atributos ou características
inclui investimentos em infraestrutura, como expan- que descrevem suas propriedades. No campo do ge-
são de rotas, melhoria da frequência, monitora- oprocessamento o QGis é uma ferramenta que se
mento e confiabilidade dos serviços, e introdução de destaca por possibilitar a visualização, edição, aná-
novas tecnologias. Weigang et al.(2001) também lise e compartilhamento de dados espaciais, permi-
destaca a evidente necessidade de criar sistemas de tindo a geração de diversos produtos. Outra ferra-
menta de grande destaque é o PostGIS, que é uma
informações. Além disso, é importante considerar a
extensão espacial para o bando de dados Pos-
sustentabilidade ambiental e a inclusão social ao tgreSQL, permitindo armazenar, gerenciar e anali-
planejar melhorias. sar dados espaciais, fornecendo uma série de fun-
ções e operações para trabalhar com dados geográ-
No transporte público, o geoprocessamento ficos. Juntos, essas ferramentas geram uma pode-
pode ser usado na elaboração de mapas temáticos, rosa combinação para o geoprocessamento, sendo
na análise da acessibilidade, identificando pontos de possível importar dados do PostGIS para o QGIS e
paradas e facilidade de deslocamento, garantindo trabalhar no ambiente de mapa interativo do QGIS.
por exemplo que haja pontos de parada suficientes,
Os bancos de dados geográficos têm sido
mas não em excesso, prejudicando o tempo de via- usados em diversas áreas como planejamento ur-
gem (Nozaki et al., 2009; Oliveira, 2008). Isso é es- bano, gestão ambiental, agricultura, geologia, entre
pecialmente importante no planejamento dos trans- outras e são fundamentais para a gestão de informa-
portes, onde a acessibilidade é primordial para ga- ções em larga escala, permitindo o armazenamento,
rantir a mobilidade. Ainda neste contexto, os siste- a recuperação e a análise de grandes quantidades de
dados de forma eficiente e segura. Os bancos de da-
mas de informação geográficas devem ser capazes
dos geográficos podem ser estruturados de diferen-
de auxiliar a infraestrutura de transportes e disponi- tes maneiras, mas em geral incluem informações so-
bilizar dados sobre os serviços operados (Ferraz e bre a localização, forma e características dos objetos
Torres,2004). São ferramentas extremamente úteis geográficos. Para Cosme (2012), assume-se que
para análise de informações espaciais, como a ges- existe um SIG sempre que um conjunto de compo-
tão de frota, monitoramento da localização dos veí- nentes gere dados e informações espaciais possíveis
culos em tempo real, melhoraria da eficiência de de serem analisadas, interpretadas e monitoradas de
maneira a permitir a apresentação geográfica e uma
operação e redução de custos (Fetranspor, 2016).
tomada de decisão mais eficiente e precisa em di-
versas áreas. Já para Câmara e Medeiros (1998), os
Em resumo, o geoprocessamento é uma fer- SIG são sistemas cujas principais características são
ramenta essencial para a gestão e planejamento de integrar, numa única base de dados, informações es-
transportes, permitindo que informações georrefe- paciais. Ainda segundo Cowen (1988), são sistemas
renciadas sejam coletadas, analisadas e visualizadas de apoio a decisão que integra dados espaciais para
de forma integrada e eficiente. a resolução de problemas.
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No transporte público os bancos de dados cidade do Rio de Janeiro, RJ. Para isto, foram utili-
geográficos têm sido utilizados para armazenar di- zados os softwares PostgreSQL, PostGis e QGis,
versos tipos de dados, como localização de paradas sendo o desenvolvimento da pesquisa divido nas
de ônibus, estações de trem, rotas de transporte, in- etapas 1.) Modelagem de Dados e 2.) Banco de Da-
formações sobre o tráfico, entre outros. Dados que dos Espaciais.
são utilizados como insumos para os Sistemas de In-
formação Geográfica (SIG), visando a análise e vi- 3.1. Área de estudo
sualização de dados espaciais relacionados ao setor.
O uso destas ferramentas no transporte público pode O mapa da área de estudo apresentado é ela-
proporcionar uma série de benefícios, como melhor borado utilizando técnicas da semiologia gráfica
planejamento de rotas e horários de transporte, oti- apresentadas por Bertin (1967) que objetivam a me-
mização da gestão de frotas, redução do tempo de lhor visualização e comunicação. A tarefa essencial
viagem e maior eficiência e segurança no transporte. da semiologia gráfica visa uma utilização racional
Além disso, eles também têm sido usados para a da linguagem cartográfica obedecendo às três rela-
análise dos dados de mobilidade, como tráfego, con- ções fundamentais da informação: Diversidade (≠),
gestionamento, uso do transporte público e prefe- Ordem (O), Proporcionalidade (Q).
rências de viagem, o que pode ser útil para a tomada
de decisões no planejamento urbano e no transporte. Dessa maneira, as informações da área de
Neste trabalho, serão usados os dados públicos da estudo, basicamente, com a variação visual de
prefeitura do Rio de Janeiro para geração de um forma, tamanho, orientação, cor, valor e granulação
banco de dados geográfico visando uma análise permitem localizar, ordenar e organizar a área geo-
comparativa da rede de transporte público por ôni- gráfica estudada.
bus em relação a rede de transporte complementar
definida pela SMTR do Rio de Janeiro. Para isto, princípios cartográficos relacio-
nados à semiologia gráfica, projeção cartográfica,
3. Metodologia sistema de coordenadas e escalas, destacados por
Rosette e Menezes (2011) foram seguidos. Assim,
Este trabalho apresenta um estudo de caso, neste trabalho, o ambiente geográfico é o município
onde um banco de dados geográfico é desenvolvido do Rio de Janeiro, RJ, conforme mapa da figura 1.
utilizando modelos de dados geográficos para a
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tabela: logradouro
atributo tipo tamanho chave
fid número 4 pk
nome texto 100
tabela: rua
atributo tipo tamanho chave
fid número 4 pk
Figura 4: Desenho DER
logradouro_fid número 4 fk
Trecho_rua geometria - O diagrama de entidade e relacionamento
da base de dados foi estruturado em uma relação de
um para um nas tabelas que possuem os serviços de
Abaixo, a figura 3 apresenta a identificação de asso- ônibus e STPL, desta forma, cada linha de ônibus e
ciações entre as tabelas. de stpl só possuem uma geometria com o desenho
do itinerário. Nas tabelas que possuem a base viária
optou-se por um relacionamento de um para muitos,
visto que cada logradouro pode possuir N segmen-
tos de trechos viários(feições). Destaca-se ainda que
a relação entre os itinerários foi concebida neste es-
tudo como uma relação espacial, entretanto é possí-
vel realizar a associação do itinerário com as vias
por uma relação de um para muitos de itinerário
para via.
ALTER TABLE IF EXISTS public.itinerarios --O carregamento dos dados iniciais foi realizado pela fer-
OWNER to postgres; ramenta PostGIS Bundle 3 for PostgreSQL
-- Index: fki_fk_onibus --foram carregados as camadas:
--a)gis_osm_roads_free_1.shp (original OSM)
-- DROP INDEX IF EXISTS public.fki_fk_onibus; --b)stpl_rio.shp (pré-processada externamente para trata-
mento dos dados)
CREATE INDEX IF NOT EXISTS fki_fk_onibus --c)onibus_rio.shp (pré-processada externamente para tra-
ON public.itinerarios USING btree tamento dos dados)
(fid ASC NULLS LAST)
TABLESPACE pg_default; --Após a carga inicial as seguintes operaçoes foram feitas
-- Index: fki_fk_onibus_stpl para obtençao da base final
---criado uma view para montar a tabela de nome dos lo-
-- DROP INDEX IF EXISTS public.fki_fk_onibus_stpl; gradouros
create or replace view logradouros_name as
CREATE INDEX IF NOT EXISTS fki_fk_onibus_stpl select distinct name from gis_osm_roads_free_1 order by
ON public.itinerarios USING btree name
(fid ASC NULLS LAST)
TABLESPACE pg_default; --com dados tratados foi inserido na tabela de logradouro
CREATE TABLE IF NOT EXISTS public.logradouro insert into logradouro (
( select row_number() OVER () as rnum, name from logra-
fid numeric, douros_name order by name);
nome character varying(100) COLLATE pg_catalog."default"
) --Com base na tabela de logradouro foi feita a busca da
chave em logradrouro para inserir na tabela de geometrias das vias
TABLESPACE pg_default; update gis_osm_roads_free_1 set fid_rua = (select fid from
logradouro where gis_osm_roads_free_1.name=logradouro.nome);
ALTER TABLE IF EXISTS public.logradouro
OWNER to postgres; --Inseriu um registro na tabela de ruas para criar a chave
-- Index: idx_nome_logradouro dos registros sem nome de rua
insert into logradouro VALUES (20000,'RUA SEM NO-
-- DROP INDEX IF EXISTS public.idx_nome_logradouro; ME');
CREATE INDEX IF NOT EXISTS idx_nome_logradouro --Atualiza as geometrias que estão sem nome para O regis-
ON public.logradouro USING btree tro sem nome
(nome COLLATE pg_catalog."default" ASC NULLS LAST) update gis_osm_roads_free_1 set fid_rua = 20000 where
TABLESPACE pg_default; fid_rua is null;
-- Table: public.rua
--Com os registros da tabela de ruas do OSM ajustados foi
-- DROP TABLE IF EXISTS public.rua; inserido na tabela final de ruas
insert into rua (select gid, fid_rua, geom from gis_osm_ro-
CREATE TABLE IF NOT EXISTS public.rua ads_free_1);
( --Remove as camadas usadas no pré-processamento da base
fid integer NOT NULL, DROP TABLE IF EXISTS public.x_temp_onibus_2;
fid_rua numeric, DROP TABLE IF EXISTS public.x_temp_stpl_2;
geom geometry(MultiLineString),
CONSTRAINT pkey_fid PRIMARY KEY (fid) Para a análise dos dados foi utilizado a fer-
)
ramenta QGis, onde foi gerado um buffer para as
TABLESPACE pg_default; entidades “stpl” e “ônibus”. Com base no buffer foi
ALTER TABLE IF EXISTS public.rua
gerado uma seleção na camada viária contendo to-
OWNER to postgres; das as feições da entidade “rua” para ambas as ca-
CREATE OR REPLACE VIEW public.logradouros_name madas (“stpl” e “ônibus”). Desta forma, foi possível
AS
SELECT DISTINCT x_temp_gis_osm_roads_free_1.name
mapear todos os trechos das vias para ambas as ca-
FROM x_temp_gis_osm_roads_free_1 madas sem que ocorresse divergências espaciais.
ORDER BY x_temp_gis_osm_roads_free_1.name; Com base nestas seleções foi extraída a diferença
ALTER TABLE public.logradouros_name entre as camadas “stpl” e “ônibus, permitindo assim
OWNER TO postgres; aferir o percentual de sobreposição dos itinerários.
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Este trabalho não tem por objetivo analisar BRASIL, S. A.; MORAIS, R. P. S. D. Regulação de
todos os aspectos relacionados ao transporte público Transportes Urbanos Rodoviários: o Embate
por pneus no município, muito menos ir contra o
Entre Ônibus e Vans no Rio de Janeiro. Brasília:
transporte complementar, visto que o próprio trans-
porte por ônibus enfrenta um grande percentual de Universidade Católica de Brasília, 2021.
sobreposição. Mas a pergunta que nos motiva é: as
vans realmente são um transporte complementar no CÂMARA, G. et al. Introdução à Ciência da
Rio de Janeiro? Ainda neste contexto, centenas de Geoinformação: Cartografia para
outras variáveis podem ser acrescentadas neste mo- Geoprocessamento. São José dos Campos: INPE,
delo, visando assim, um detalhamento muito mais 2011.
preciso da realidade que norteiam esses dois meios
de transportes tão criticados pelos seus usuários. CAMARA, G.; MEDEIROS, J. S. D.
Como trabalhos futuros, pretende-se a inclusão de
novos elementos para análise e que possam colabo- Geoprocessamento para Projetos Ambientais.
rar para uma mobilidade mais eficiente, sustentável São José dos Campos: INPE, 1998. Disponivel em:
e inclusiva para a população que depende diaria- <http://www.dpi.inpe.br/gilberto/tutoriais/gis_a
mente do transporte público na cidade. mbiente/>. Acesso em: 01 Mar 2023.