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A IMPORTANCIA DA ENGENHARIA DE TRAFEGO E UM

PLANEJAMENTO URBANO PARA UM TRÂNSITO MELHOR

Matheus da Silva Tavares1, Yann Pimenta dos Santos1, Daniele Gomes


Carvalho2

RESUMO

Palavras-chave:

ABSTRACT

Keywords:

1. INTRODUÇÃO vinculado a uma dificuldade do ser humano em


transitar nas ruas e avenidas nas quais ele utiliza,
A organização ocupacional das cidades aumentando os conflitos e acidentes entre
brasileiras e do sistema de transporte saturado, pedestres e veículos automotores (RAIA JUNIOR
tem provocado uma distribuição desigual da E ALVES, 2009).
acessibilidade e mobilidade urbana, O trabalho da engenharia de tráfego, de
congestionando o trânsito e dificultando a acordo com Fonseca (2018), é a realização para obter
mobilidade. Investigando o contexto que envolve planejamentos de um sistema de trânsito que
o crescimento das cidades, indica que haverá possibilite ter qualidade e segurança, sempre
uma majoração dos grandes desafios evidenciando o cuidado com o deslocamento de
encontrados no que diz respeito ao transporte, veículos e pedestres na cidade.
pois evidencia que tal processo remete a um bom Os acidentes de trânsito crescem mais a
ou mal desempenho no deslocamento das cada ano, pois a frota de veículos aumenta e
pessoas. A necessidade de locomoção das também o número de condutores. Cada vez mais
pessoas faz com que questões, como por se torna essencial à segurança viária dos usuários,
exemplo, o congestionamento, venha ser cada essa que se dá pela informação e principalmente
vez mais frequente, afetando a qualidade de pela sinalização, sendo ela horizontal, vertical e
vida das pessoas, dificultando o deslocamento semafórica. Essas sinalizações só ajudam quando
de um certo ponto, indo em contradição o bem localizadas e legíveis.
direito de ir e vir dos cidadãos (KNEIB, 2016). Segundo a OMS - Organização Mundial da
O volume de tráfego no trânsito tem Saúde (2019), atualmente o Brasil possui uma alta
aumentado excessivamente, com isso, exige taxa de mortalidade e está em quinto lugar no
modificações e reparações do sistema viário, ranking mundial em mortes causadas por acidentes
pois o fluxo caótico dos centros urbanos está de trânsito, ficando atrás apenas da Índia, China,
1
Acadêmico de Engenharia Civil; Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC; Av. Filadélfia, 568;
Setor Oeste; CEP: 77.816-540; Araguaína - TO. Email: Matheus_445@hotmail.com, yannpimenta64@gmail.com.
2
Doutora em Engenharia de Materiais, Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC; Av.
Filadélfia, 568; Setor Oeste; CEP: 77.816-540; Araguaína - TO. Email: gomescarvalhodaniele@gmail.com
EUA e Rússia. Observa-se que diante esse 1.1.1 Objetivo específico
problema, as vias necessitam de um bom
planejamento onde apresentem uma direção
adequada à segurança dos usuários que ali  Elaborar um projeto de melhoria de
trafegam, para isso o Conselho Nacional de fluxo viário;
Trânsito (CONTRAN), órgão máximo normativo,
é responsável por desenvolver diretrizes para que  Possibilitar e garantir maior
os demais órgãos nacionais administrem e
fiscalizem o trânsito no país, proporcionando segurança dos usuários da via;
condições seguras para a mobilização nas vias.  Proporcionar total sinalização
O município de Araguaína-TO é um dos
principais eixos comerciais da região do norte do vertical, horizontal e semafórica no
estado, dispondo da segunda maior taxa respectivo trecho da via.
populacional do estado (IBGE, 2018), sendo um
centro econômico forte e estratégico, que por sua
vez faz ligações com os estados do Pará e 1.2. Justificativa
Maranhão. Os acessos rodoviários e ferroviários
próximos tornam a cidade um importante centro
Os problemas relacionados a mobilidade urbana
regional, que se destaca nos quesitos comercial, apresentados na atualidade pelas cidades e grandes
educacional, de saúde e de serviços. centros de fluxo urbano, tê m origens e naturezas
Mesmo com vias bem urbanizadas, diversas. Entre as questõ es que mais afetam a
Araguaína-TO vem sofrendo com deficiência no qualidade de vida dos centros urbanos, certamente
trânsito em alguns pontos da cidade, pela os aspectos relacionados à mobilidade urbana têm
ausência de sinalização em vias de grande fluxo impacto significativo, especialmente a que se refere
em regiões mais afastadas. Por essa razão, foi ao aumento significativo dos custos e tempos de
escolhido para estudo o trecho da Av. Filadélfia viagem, ruídos urbanos, poluiçã o atmosférica,
que dar acesso das regiões periféricas a vias que acidentes de trâ nsito, fragmentaçã o e aumento
dão mobilidade ao centro da cidade. O local exagerado do espaço urbano, entre outros.
possui um cruzamento que por anos presenciou Atualmente, a população dos grandes
muitos acidentes, pela falta de sinalização e por centros urbanos das cidades brasileiras sofre muito
conta d o a l t o f l u x o d e v e í c u l o s e m com a questã o da mobilidade urbana, seja por
s u a s proximidades de forma desordenada. desperdício de tempo em grandes
Diante essa situação, esse artigo tem como congestionamentos, por problemas relacionados a
principal objetivo, realizar uma proposta de acidentes de trânsito, bem como pela saú de,
melhoria onde o enfoque é a adequação do acesso advinda dos problemas causados pelo desconforto
da Av. Filadélfia com o cruzamento da Ruas e por poluentes do meio ambiente. Afinal,
fdfhhdfhdfhdfhdfhd, área de estudo analisada, quem nunca se estressou no trânsito da
mediante às análises de campo e verificação dos cidade? Principalmente em momentos de “pico”,
problemas existentes, visando uma solução viável naquele engarrafamento imenso, ou mesmo a pé, e
baseado nas diretrizes e normas do CONTRAN - teve dificuldades pra se locomover nas calçadas,
Conselho Nacional de Trânsito. seja portador de alguma deficiência física, um idoso
ou uma mã e com carrinho de bebê, ou até mesmo
1.1. Objetivo um ciclista encontra dificuldades para completar
seu trajeto.
O objetivo desse artigo é analisar o Tal insatisfação viária é fruto da ausência de
perfil dos usuários da via, elencar os principais subsídios para a formulação de políticas pú blicas de
problemas de fluxo encontrados na Avenida mobilidade mais eficientes e mais pró ximas do
Filadelfia no trecho onde está localizado o referencial de sustentabilidade desejados, o
Detran, em Araguaína Tocantins e verificar a presente projeto permitirá identificar as situaçõ es
presença de sinalização do local. onde há limitaçõ es de fluxo e ordem na Avenida
Filadelfia em Araguaína Tocantins.
2.2 Análise de perfil ocupacional da via
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Analisando mais detalhadamente a dinâmica da
2.1 Parâmetros da Engenharia de Tráfego circulaçã o, de acrdo com Vasconcelos, 2012 uma

Essencialmente, na ordenação da mesma via apresenta uma série de conflitos que

circulação de bens e pessoas, a lhe são inerentes. De forma simplificada,

engenharia de trá fego lida com vá rios poderiam ser visualizadas por alguns exemplos

parâmetros. Os mais abordados, e que bá sicos, conforme relatado a seguir:

permeiam todos os projetos e estratégias  Proprietário de Estabelecimento;


são:
 Motorista;
• Fluidez: a facilidade com que é
 Passageiro de Ônibus;
realizada a circulação, medida
normalmente em termos develocidade  Morador Local.
(valores médios e variações);
Enquanto o primeiro deseja o máximo de
• Acessibilidade: a facilidade com que acessibilidade para o seu estabelecimento (o
os equipamentos e construções urbanas que significa, principalmente, facilidade de
são atingidas pelas pessoas e estacionamento com, às vezes, prejuízo ou até
mercadorias; eliminaçã o dos ô nibus), o segundo deseja o
má ximo de fluidez em seus deslocamentos (o
• Segurança: a garantia de uma
que significa eliminaçã o dos atritos, dentre os
circulação isenta de perigos para os
quais os veículos estacionados). Este conflito
usuários, medida normalmente pelos
pode ser visualizado, por exemplo, por uma via
índices de acidentes;
convencional que, por necessidade do sistema
• Qualidade de vida: conceito mais de circulaçã o, é também via de passagem.
subjetivo, que reflete uma série de
Ressalta-se que o Có digo de Trânsito
condições sobre a qualidade de vida
Brasileiro estabelece que o trânsito, em
urbana; graus de poluição, respeito ao
condiçõ es seguras, é um direito de todos e
uso do solo e à hierarquia funcional das
dever dos ó rgãos e entidades componentes do
vias, etc. É fortemente influenciado pelos
Sistema Nacional de Trâ nsito. O Có digo também
valores culturais da comunidade
estabelece tal condiçã o em relaçã o à educaçã o
atingida.
de trânsito, determinando sua aplicação desde
a pré-escola (FREIRE, 2011). Todas as regras e
sinalizaçõ es sã o criadas para determinar um O momento de maior consumo
fluxo viá rio organizado e eficiente, o nã o energético para o deslocamento de veículos
cumprimento de tal leva a advertência ou é a aceleraçã o a partir do zero, ou seja, o
puniçã o ao condutor. maior consumo de combustível ocorre no
momento de vencer a inércia e começar o
Todas as regras e sinalizaçõ es sã o
deslocamento. Esta mesma premissa é
criadas para determinar um fluxo viá rio
adotada por VARHELYI (2012) para
organizado e eficiente, o nã o cumprimento de
defender a substituição de cruzamentos por
tal leva a advertência ou puniçã o ao condutor
rotató rias, considerando que as rotató rias,
(GONÇALVES, 2011). Destaca-se, que a
na maioria dos casos, garantem maior
sinalização aproveita melhor o espaço viá rio,
fluidez ao trâ nsito reduzindo a necessidade
aumenta a segurança em situaçõ es de
de paradas e aceleraçõ es.
neblina, chuva e noite, reduz acidentes e
De modo geral, a primeira resposta do
passa mensagens tanto para os condutores
poder pú bico para melhorar as condiçõ es de
como para os pedestres.
trâ nsito nas cidades é aumentar a capacidade
2.6 Planejamento viário viá ria, ou seja, aumentar o tamanho das ruas,
construir viadutos e tú neis, abrir novas
Segundo a ANTP (Associaçã o
avenidas e implementar outras medidas que
Nacional de Transportes Pú blicos), o
garantam mais espaço para os veículos
desenho do sistema viá rio de uma cidade
motorizados.
é um fator determinante para a
mobilidade urbana. Percebe-se que a
maioria das cidades possui sistemas 2.6 Mobilidade Urbana

viá rios desenhados para o automó vel, Segundo Pontes (2010, apud MOTTA;
baseados em grandes avenidas, viadutos, SILVA; BRASIL, 2012), a mobilidade tem
tú neis e outras estruturas pouco relaçã o com a necessidade do indivíduo de se
amigá veis ao uso de meios nã o locomover livremente e com as possibilidades de
motorizados de transporte. acesso a tais locais.
A substituiçã o de cruzamentos por
Para o Ministério das Cidades (BRASIL,
rotató rias é uma medida relativamente
2005), a mobilidade urbana se refere à
simples, proposta por alguns autores para
facilidade de deslocamento das pessoas e dos
melhorar a fluidez do trâ nsito, diminuir o
bens no meio urbano. Tais deslocamentos
consumo de combustível e, assim, reduzir
podem ser feitos através de veículos, sob vias e
as emissõ es de gases poluentes.
podem uilizar toda infraestrutura da cidade, área urbana, visando às questõ es sociais,
possibilitando e viabilizando o direito de ir econô micas e ambientas do meio urbano.
e vir de toda população. O deslocamento é A mobilidade urbana sustentá vel tinha muito a
muito mais que trâ nsito e meios de ver com a questão ambiental, a poluição, o
transportes, refere-se também ao modo em desmatamento, a emissão de gases etc. No
que se organizam os usos e as ocupaçõ es das entanto, com o passar do tempo, a temática
cidades e espaços urbanos, no qual garantem foi tendo mais atenção e sendo mais estudada.
o acesso das pessoas a locais de empregos, Hoje, a questã o da mobilidade sustentá vel já
hospitais, escolas, praças, á reas de lazer etc. abrange nã o só a questã o ambiental, mas também

Os principais problemas nas a questã o social, econô mica e o bem-estar da

cidades relacionados à mobilidade população.

urbana, segundo ALVES e JUNIOR (2007),


Sinalização Viária
são: os grandes congestionamentos; a
disputa entre os modais de transportes; a 1.1.1 Sinalização vertical

segurança dos pedestres; a diminuição ou


Segundo o Conselho Nacional de Trâ nsito
a eliminaçã o de á reas verdes, visando à (CONTRAN, 2007), esse tipo de sinalizaçã o tem
como finalidade transmitir informaçõ es
criação de espaços para estacionamentos relacionadas ao trâ nsito, através de placas
e circulaçã o de veículos; o aumento de fixadas verticalmente ao lado ou suspensas sobre
a pista, que sã o postas em pontos estratégicos,
acidentes de trâ nsito e das taxas de onde os usuá rios possam ser alertados a transitar
poluiçã o sonora e do ar. Esses impactos com segurança nas vias. Elas podem ser fixadas
permanentemente ou temporariamente, indicadas
comprometem de alguma forma a por símbolos, legendas de simples entendimento
qualidade de vida da população, assim e visualizaçã o para o condutor.
As placas verticais sã o divididas em 3
como a sustentabilidade urbana, a grupos de acordo com sua funçã o, sendo de
mobilidade, a acessibilidade e o conforto Regulamentaçã o, Advertência e de indicaçã o. Em
geral, sã o mais de 100 placas padrõ es, com
espacial e ambiental do meio urbano. exceçã o das especiais que sã o fabricadas de
acordo com a necessidade da via. Os sinais devem
Uma vertente da mobilidade urbana ser fixados em suportes dimensionados para
resistirem o carregamento das placas sob açõ es
que está sendo muito estudada e colocada
do vento, sem que haja seu deslocamento,
em pauta para resolver esses problemas garantindo a posiçã o correta da placa. Esses
suportes sã o fabricados em aço ou madeira,
do sistema viá rio é a mobilidade urbana impedindo a soltura dos elementos fixados
sustentá vel. Ela destaca as melhores (CONTRAN, 2007).

á reas a serem trabalhadas para a 2.2.1.1 Sinalização Vertical de Regulamentação


implantação e/ou o melhoramento da
Todas as especificaçõ es e atribuiçõ es a
respeito da Sinalizaçã o de Regulamentaçã o, de suas condiçõ es. Para a aplicaçã o dos sinais de
estã o descritas no Manual Brasileiro de advertência, precisa-se fazer um breve estudo
Sinalizaçã o de Trâ nsito – Vol. I. As placas de levando em consideraçã o aspectos físicos,
regulamentaçã o têm por finalidade comunicar operacionais, ambientas, geométricos e dados
os usuá rios sobre condiçõ es, proibiçõ es, estatísticos do uso e ocupaçã o do solo das vias
obrigaçõ es e restriçõ es que o condutor deve pavimentadas. Apó s o levantamento de informaçõ es
ter em vias urbanas e rurais. O do local, serã o apuradas condiçõ es para a execuçã o
descumprimento aos sinais de regulamentaçã o, e locaçã o das devidas sinalizaçõ es que garantem um
geram infraçõ es previstas no capítulo XV da lei trá fego seguro aos condutores, tanto nas vias
N° urbanas como nas rurais (CONTRAN, 2007).
9.503 de 23 de setembro de 1997 do Có digo de No manual de sinalizaçã o no CONTRAN
Trâ nsito Brasileiro – CTB. (2007) diz que, as placas de advertência possuem
Os sinais de regulamentaçã o possuem

uma forma quadrá tica na maior parte das vezes,


formato circular com as cores vermelha, preta e devendo estar em posiçã o inclinada uma de suas
branca, como mostrado na figura 4. diagonais na posiçã o vertical. As cores que
representam esses sinais sã o amarela e preta como
Figura 4: Características dos Sinais de mostra a figura 6, com exceçã o das placas A-14 –
Regulamentação. Fonte: Manual Brasileiro de
Semá foro à frente e A-24 – Obras.
Sinalização de Trânsito – Vol. I, 2007.
Figura 6: Características dos sinais de
advertência. Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de
As placas R-1 – Parada Obrigató ria e R-2 – Dê a
Trânsito – Vol. Il, 2007.
Preferência possuem diferença quanto ao seu
formato, como é mostrado na figura 5. Na figura 7 mostra que os sinais A-26a –
Sentido ú nico, A-26b – Sentido duplo e A-41 –
Cruz de Santo André, possuem formas diferentes
das placas padrõ es, tendo suas características
pró prias que a caracterizam de acordo com sua
finalidade.

Figura 5: Características dos Sinais R-1 e R-2.


Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de
Trânsito – Vol. I, 2007.

2.2.1.2 Sinalização Vertical de Advertências Figura 7: Características dos Sinais A-26a / A-


26b e A-41. Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de
As sinalizaçõ es de advertência têm como Trânsito – Vol. Il., 2007.
funçã o alertar os condutores sobre perigos e
obstá culos existentes na via, podendo ser de Vale ressaltar que as sinalizaçõ es verticais
fixaçã o permanente ou temporá ria dependendo de advertência possuem placas especiais, que sã o
utilizadas em situaçõ es distintas das usuais, utilizadas é a de orientaçã o de destino. Essa
como por exemplo placas que indicam pistas sinalizaçã o tem como a finalidade indicar ao
condutor a localidade do seu destino pretendido,
orientando seu percurso. Elas estã o presentes tanto
em rodovias como vias que cruzam o município,
pois sã o rotas com maiores ocorrências de turistas,
que precisam de informaçõ es para conduzirem a
localidade desejada. A figura 9 a seguir é um
exemplo claro de sinalizaçã o de orientaçã o de
destino.
exclusivas para circulaçã o e trá fego de ô nibus Figura 9: Placas de pré-sinalização
(CONTRAN, 2007).
Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de
Trânsito – Vol. III, 2014.
2.2.1.3 Sinalização Vertical de Indicação

O manual de sinalizaçã o vertical de 1.1.2 Sinalização Horizontal


indicaçã o do CONTRAN (2014), diz que essa
sinalizaçã o tem como finalidade indicar e A sinalizaçã o horizontal define-se pelas
comunicar os usuá rios por meio de um legendas, símbolos e marcas postas sobre as vias de
conjunto de placas, indicando locais de rolamento, fornecendo informaçõ es que permitem o
interesse, acessos, percursos, serviços e até condutor e os pedestres, o fá cil entendimento das
mesmo pontos turísticos, podendo ser também mensagens, de modo que aumente a segurança e
de uso educativo para o condutor. fluidez do trâ nsito (CONTRAN, 2007). Esses sinais
As placas de indicaçã o para ser de marcaçã o possibilitam a rá pida percepçã o, sem
instaladas devem ter as suas distâ ncias de que haja o desvio de atençã o dos usuá rios.
impantaçã o calculadas através da velocidade Tem como finalidade orientar sobre as
regulamentada da via, sendo compostas de condiçõ es de utilizaçã o das pistas, aplicando
setas, tarjas, símbolos, orlas, pictogramas e proibiçõ es, restriçõ es e informaçõ es que adotam o
diagramas, representadas na figura 8. No uso uso adequado. Além de permitir um
de películas na sinalizaçã o, deve- se consultar a aproveitamento do espaço viá rio e aumentar a
norma ABNT NBR 14644 para o entendimento segurança dos usuá rios, esse tipo de sinalizaçã o
dos requisitos mínimos normativos, possui limitaçõ es como a baixa durabilidade por
necessá rios para a execuçã o de retrorefletivos. conta do trá fego intenso nas vias (CONTRAN,
2007).
O CONTRAN (2007) classifica a
sinalizaçã o horizontal em cinco grupos, que sã o:

 Marcas Transversais: Ordenam o


deslocamento frontal dos condutores,
harmonizando os descolamentos de
outros veículos e dos pedestres,
informando a redução de velocidade, a
travessia de pedestres em faixas e
Figura 8: Detalhamento da Placas de posições de parada. A figura 10
Indicação. Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização representa um exemplo bem claro desse
de Trânsito – Vol. III, 2014. tipo sinalização, pois representa o ponto
de parado do veículo onde o pedestre
Entre as diversas placas de indicaçã o poderá fazer a travessia na faixa com
existentes, uma das mais comuns a serem segurança.
Figura 10: Linha de retenção (LRE).
Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de
Trânsito – Vol. IV, 2014.

 Marcas Longitudinais: Essas


marcações tem como finalidade
ordenar os fluxos nas vias, mostrar o
sentido de circulação dos veículos em
faixas do mesmo sentido ou dividindo
em fluxos opostos, indicando faixas
exclusivas e preferências. A figura 11
mostra a demarcação de faixas
continuas em um trecho da via, na
qual não é permitido a ultrapassagem
em nenhum dos dois sentidos.
Figura 11: Distância de Visibilidade de
Ultrapassagem Vertical.
Figura 13: Marcação de áreas de pavimento não
Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de
utilizáveis (MAN).
Trânsito – Vol. IV, 2014.
Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de
Trânsito – Vol. IV, 2014.
 Marcas de Delimitação e Controle de
Parada e/ou Estacionamento: Delimitam
uma área para o controle de parada e  Inscrições no Pavimento: Além de
estacionamento de veículos, indicando melhorar a percepção dos condutores,
proibição e regulamentação. O Código de complementam o restante das sinalizações,
Trânsito Brasileiro (CTB), diz que que essas advertindo o condutor sobre as condições
marcações tem como característica de operação da via. Podem ser indicadas
principal regulamentar. A marcação em como setas direcionais, símbolos e
cor amarela na figura 12, indica a proibição legendas, como mostra a figura 14.
de estacionamento ou parada.

Figura 12: Linha de proibição de Figura 14: Setas indicativas de movimentos na


estacionamento e/ou parada (LPP). pista (PEM).
Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de
Trânsito – Vol. IV, 2014. Trânsito – Vol. IV, 2014.

 Marcas de canalização: São constituídas 2.2.2.1Marcação de ciclovia


por faixas Zebradas de preenchimento na
área no pavimento e tem como finalidade De acordo com CONTRAN (2014), os
regulamentar o fluxo dos veículos em uma conceitos de espaços destinados a circulaçã o de
via. A figura 13 mostra um exemplo de cliclistas, é uma pista pró pria para separaçã o do
linhas zebradas, que são classificadas como trá fego comum, demarcada na cor vermelha. Sua
Marcação de áreas de pavimento não definiçã o é suficiente e clara quanto a destinaçã o
utilizáveis - (MAN), especificado de acordo exclusiva para passeio de bicicletas.
com o manual de trânsito do (CONTRAN, Segundo CONTRAN (2014), quando a
2007). superfície da via nã o for totalmente vermelha
utiliza-se a MCI (Marcaçã o da ciclofaixa) e a linha
de bordo e utilizado para marcaçã o da ciclovia, interna é constituído por uma linha vermelha contínua
devem ser demarcados com uma linha contínua de largura (L2) de 0,10m para proporcionar contraste
branca de largura (L1) de 0,20m a 0,30m, na parte entre as marcaçõ es viá rias do pavimento e da ciclofaixa
(figura 15). 2.4 Expansão histórica de Araguaína – TO

Araguaína está localizado no extremo norte


do estado do Tocantins e possui uma á rea de
3.920,01 km², com clima tropical ú mido. Forma um
eixo de ligaçã o entre vá rios estados o município está
inserido na Amazô nia Legal, teve seu início em 1876
com a chegada de Joã o Batista da Silva e sua família
na regiã o, vindo do estado do Piauí, se estabeleceram
nas margens direita do rio Lontra. Logo depois o
pequeno povoado começou a se chamar “Livra-nos
Deus”. Com a chegada de outras famílias o povoado
começou a crescer e passou a ser chamado de Lontra,
(IBGE, 2018).
Segundo a Prefeitura Municipal de Araguaína
(2013), com o rá pido desenvolvimento do povoado, o
mesmo foi patenteado como Distrito com o nome de
Araguaína, por meio da lei Municipal n° 86, 30 de
setembro de 1953. Porém com rá pido crescimento e
o processo de criaçã o do município de Araguaína, por
intermédio da Lei Municipal n°52, 20 de julho de
Figura 15: Marcação de ciclofaixa ao longo da 1958, neste mesmo ano foi autorizado o
via, MCI. desmembramento do município. E foi no dia 14 de
novembro de 1958, a Lei estadual n° 2.125 decretou
Fonte: CONTRAN, 2014. a criaçã o do município de Araguaína.
Aponta-se Araú jo (2000), o município
 Marcação de cruzamento rodocicloviário começou a se desenvolver economicamente social, a
(MCC): A MCC indica ao conduto que partir de 1960, com a construçã o da BR-153, a Belém
tráfega na via que existe um cruzamento, Brasília. Foi aos poucos que economia foi crescendo,
entre pista de rolamento e uma ciclovia. A começou-se com a mã o de obra da construçã o da
marcação MCC é composta de duas linhas rodovia que abriu portas para investidores. O ramo
paralelas que segue no cruzamento de um que mais se destacou foi a pecuá ria, e por esse
bordo ao outro, como mostra a figura 16. motivo ficou conhecida como a “Capital do Boi
Gordo”, sendo a regiã o com bastante exportaçã o na
pecuá ria.

Figura 16: Marcação no cruzamento


rodocicloviário
Fonte: CONTRAN, 2014.
2.5

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