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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS


ENGENHARIA MECÂNICA

EM21 – METROLOGIA E CONTROLE DE QUALIDADE

Prof. Leonardo Resende


leonardo.resende@ufr.edu.br

Rondonópolis, 15 de fevereiro de 2024.


RUGOSIDADE SUPERFICIAL

As superfícies de peças apresentam irregularidades quando


observadas em detalhes. Estas irregularidades são provocadas por
sulcos ou marcas deixadas pela ferramenta que atuou sobre a
superfície da peça.
A importância do estudo do acabamento superficial aumenta
na medida em que cresce a precisão de ajuste entre as peças a serem
acopladas, onde somente a precisão dimensional, de forma e de
posição não é suficiente para garantir a funcionalidade do par
acoplado.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

O acabamento superficial é fundamental onde houver


desgaste, atrito, corrosão, aparência, resistência à fadiga,
transmissão de calor, propriedades óticas, escoamento de fluidos e
superfícies de medição (blocos-padrão, micrômetros, paquímetros,
etc.).
O acabamento superficial é medido através da
RUGOSIDADE SUPERFICIAL, a qual é expressa em
micrômetros (µm).
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

Rugosidade é conjunto de irregularidades, isto é, pequenas


saliências e reentrâncias que caracterizam uma superfície. Essas
irregularidades podem ser avaliadas com aparelhos eletrônicos,
como exemplo o rugosímetro.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

A rugosidade superficial é função do tipo de acabamento, da


máquina-ferramenta ou do processo de fabricação utilizado. Na
análise dos desvios da superfície real em relação à superfície
geométrica (ideal, de projeto), pode-se distinguir os seguintes erros:
➢ Erros macro geométricos ou erros de forma: Podem ser medidos
com instrumentos de medição convencionais;
➢ Erros micro geométricos: Podem ser medidos somente com
instrumentos especiais tais como rugosímetros, perfilógrafos.
Estes instrumentos podem ser óticos, a laser ou eletromecânicos.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

Para estudar e criar sistemas de avaliação do estado da


superfície, é necessário definir previamente diversos termos e
conceitos que possam criar uma linguagem apropriada. Com essa
finalidade, utilizaremos as seguintes definições de termos para a
especificação da rugosidade:
➢ Superfícies;
➢ Perfis.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❑ Superfície Geométrica:
Superfície ideal prescrita no projeto, na qual não existem erros de
forma e acabamento. Por exemplo: superfície plana, cilíndrica, etc.,
que sejam, por definição, perfeitas. Na realidade, isso não existe;
trata-se apenas de uma referência.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❑ Superfície Real:
Superfície que limita o corpo e o separa do meio que o envolve. É a
superfície que resulta do método empregado na sua produção.
Por exemplo: torneamento, retífica, ataque químico, etc. Aquela
superfície que podemos ver e tocar.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❑ Superfície Efetiva:
Superfície avaliada pela técnica de medição, com forma aproximada
da superfície real de uma peça. É a superfície apresentada e
analisada pelo aparelho de medição. É importante esclarecer que
existem diferentes sistemas e condições de medição que apresentam
diferentes superfícies efetivas.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❑ Perfil Geométrico:
Interseção da superfície geométrica com um plano perpendicular.
Por exemplo: uma superfície plana perfeita, cortada por um plano
perpendicular, originará um perfil geométrico que será uma linha
reta.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❑ Perfil Real:
Interseção da superfície real com um plano perpendicular. Neste
caso, o plano perpendicular (imaginário) cortará a superfície que
resultou do método de usinagem e originará uma linha irregular.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❑ Perfil Efetivo:
Imagem aproximada do perfil real, obtido por um meio de avaliação
ou medição.
Por exemplo: o perfil apresentado por um registro gráfico, sem
qualquer filtragem e com as limitações atuais da eletrônica.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❑ Perfil de Rugosidade:
Obtido a partir do perfil efetivo, por um instrumento de avaliação,
após filtragem. É o perfil apresentado por um registro gráfico,
depois de uma filtragem para eliminar a ondulação à qual se
sobrepõe geralmente a rugosidade.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❑ Composição da Superfície:
Obtido a partir do perfil efetivo, por um instrumento de avaliação,
após filtragem.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❑ Composição da Superfície:
A. Rugosidade ou textura primária é o conjunto das irregularidades
causada pelo processo de produção, que são as impressões
deixadas pela ferramenta (fresa, pastilha, rolo, laminador, etc. ).
Lembrete: a rugosidade é também chamada de erro micro
geométrico.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❑ Composição da Superfície:
B. Ondulação ou textura secundária é o conjunto das
irregularidades causadas por vibrações ou deflexões do sistema
de produção ou do tratamento térmico.
C. Orientação das irregularidades é a direção geral dos
componentes da textura, e são classificados como:
• Orientação ou perfil periódico: quando os sulcos têm direções
definidas;
• Orientação ou perfil aperiódico: quando os sulcos não têm
direções definidas.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❑ Composição da Superfície:
D. Passo das irregularidades é a média das distâncias entre as
saliências.
• D1: passo das irregularidades da textura primária;
• D2: passo das irregularidades da textura secundária.
O passo pode ser designado pela frequência das irregularidades.
E. Altura das irregularidades ou amplitude das irregularidades.
Examinamos somente as irregularidades da textura primária.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Critérios para Avaliação da Rugosidade:


Para a medição da rugosidade, esta deve ser separada da ondulação
e dos desvios macro-geométricos.
Esta separação é realizada através da filtragem.
Um filtro de rugosidade separa o perfil de rugosidade dos demais
desvios de forma.
O comprimento de onda do filtro, chamado de "cut-off", determina o
que deve passar e o que não deve passar.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Critérios para Avaliação da Rugosidade:


O sinal da rugosidade apresenta altas frequências (pequenos
comprimentos de onda);
As ondulações e demais erros de forma apresentam sinais com
baixas frequências (altos comprimentos de ondas).
Os rugosímetros utilizam assim, filtros que deixam passar os sinais
de altas frequências e eliminam os sinais de baixas frequências.
Estes filtros são denominados Filtro Passa-alta:
Somente frequências maiores que um valor pré-determinado são analisadas. Esta
frequência pré-determinada é chamada de “cut-off”. Sinais com frequências
inferiores à frequência de “cut-off” são eliminados.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Critérios para Avaliação da Rugosidade:

❖ Comprimento de Amostragem Cut-off


Toma-se o perfil de uma superfície num comprimento (lm),
comprimento total de avaliação. Chama-se o comprimento (le) de
comprimento de amostragem.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Comprimento de Amostragem Cut-off


O comprimento de amostragem nos aparelhos eletrônicos, chamado
de cut-off (le), não deve ser confundido com a distância total (lt)
percorrida pelo apalpador sobre a superfície. É recomendado pela
norma ISO que os rugosímetros devam medir 5 comprimentos de
amostragem e devem indicar o valor médio.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Comprimento de Amostragem Cut-off


A distância percorrida pelo apalpador deverá ser igual a 5 le mais a
distância para atingir a velocidade de medição (lv) e para a parada
do apalpador (ln).
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Comprimento de Amostragem Cut-off

Determinação do Comprimento de amostragem ("Cut-Off"):


Para perfis que resultam periódicos (torneamento, aplainamento,
etc.), recomenda-se a utilização da seguinte tabela para a escolha do
comprimento de amostragem e demais parâmetros. A distância entre
sulcos é aproximadamente igual ao avanço.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Comprimento de Amostragem Cut-off

Determinação do Comprimento de amostragem ("Cut-Off"):


RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Comprimento de Amostragem Cut-off

Determinação do Comprimento de amostragem ("Cut-Off"):


Para perfis onde não se consegue ver a periodicidade da ondulação
(superfícies obtidas por retificação, conformação plástica, etc.)
sugere-se a utilização desta outra tabela.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Comprimento de Amostragem Cut-off

Determinação do Comprimento de amostragem ("Cut-Off"):


RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Parâmetros de Avaliação da Rugosidade:


A superfície de peças apresenta perfis bastante diferentes entre si.
As saliências e reentrâncias (rugosidade) são irregulares.
Para dar acabamento adequado às superfícies é necessário, portanto,
determinar o nível em que elas devem ser usinadas, ou seja, deve-se
adotar um parâmetro que possibilite avaliar a rugosidade.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Média (Ra)


É a média aritmética dos valores absolutos das ordenadas de
afastamento (yi), dos pontos do perfil de rugosidade em relação à
linha média, dentro do percurso de medição (lm). Essa grandeza
pode corresponder à altura de um retângulo, cuja área é igual à soma
absoluta das áreas delimitadas pelo perfil de rugosidade e pela linha
média, tendo por comprimento o percurso de medição (lm).
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Média (Ra)

Ra é também chamado de AA e CLA


Ra (roughness average) significa rugosidade média;
CLA (center line average) significa centro da linha média, e é adotado
pela norma inglesa. A medida é expressa em micro polegadas (min =
microinch).
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Média (Ra)

✓ Aplicações:
O parâmetro Ra pode ser usado nos seguintes casos:
• Quando for necessário o controle contínuo da rugosidade nas
linhas de produção;
• Em superfícies em que o acabamento apresenta sulcos de
usinagem bem orientados (torneamento, fresamento, etc.);
• Em superfícies de pouca responsabilidade, como no caso de
acabamentos com fins apenas estéticos.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Média (Ra)

✓ Vantagens:
• É o parâmetro de medição mais utilizado em todo o mundo.
• É aplicável à maioria dos processos de fabricação.
• Devido a sua grande utilização, quase todos os equipamentos
apresentam esse parâmetro (de forma analógica ou digital eletrônica).
• Os riscos superficiais inerentes ao processo não alteram muito seu
valor. Para a maioria das superfícies, o valor da rugosidade nesse
parâmetro está de acordo com a curva de Gauss, que caracteriza a
distribuição de amplitude.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Média (Ra)

✓ Desvantagens:
• O valor de Ra em um comprimento de amostragem indica a média da
rugosidade. Por isso, se um pico ou vale não típico aparecer na
superfície, o valor da média não sofrerá grande alteração, ocultando o
defeito.
• O valor de Ra não define a forma das irregularidades do perfil. Dessa
forma, poderemos ter um valor de Ra para superfícies originadas de
processos diferentes de usinagem.
• Nenhuma distinção é feita entre picos e vales.
• Para alguns processos de fabricação, com frequência muito alta de
vales ou picos, como é o caso dos sinterizados, o parâmetro não é
adequado, já que a distorção provocada pelo filtro eleva o erro a altos
níveis.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Média (Ra)

✓ Indicação da rugosidade Ra pelos números de classe:

A norma NBR 8404/1984 de


indicação do Estado de
Superfícies em Desenhos
Técnicos esclarece que a
característica principal da
rugosidade Ra pode ser indicada
pelos números da classe de
rugosidade correspondente.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Média (Ra)

✓ Medição da Rugosidade Ra:

Na medição da rugosidade, são recomendados valores para o comprimento


da amostragem.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Média (Ra)

✓ Simbologia, equivalência e processos de usinagem:

A tabela que se segue, classifica os acabamentos superficiais - geralmente


encontrados na indústria mecânica - em 12 grupos, e as organiza de acordo
com o grau de rugosidade e o processo de usinagem que pode ser usado
em sua obtenção. Permite, também, visualizar uma relação aproximada
entre a simbologia de triângulos, as classes e os valores de Ra (µm).
A qualidade do acabamento
depende do tipo de
máquina/ferramenta, ou
seja, dependendo da
máquina utilizada é
impossível alcançar
maiores qualidades de
acabamento.
E quanto melhor o
acabamento, maior é o
custo do processo.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Máxima (Ry)


Está definido como o maior valor das rugosidades parciais (Zi) que
se apresenta no percurso de medição (lm). Por exemplo: na figura
abaixo, o maior valor parcial é o Z3, que está localizado no 3º cut
off, e que corresponde à rugosidade Ry.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Máxima (Ry)

✓ Aplicações:
O parâmetro Ry pode ser usado nos seguintes casos:
• Assentos de anéis de vedação;
• Superfícies de vedação;
• Superfícies dinamicamente carregadas;
• Tampões em geral;
• Parafusos altamente carregados;
• Superfícies de deslizamento em que o perfil efetivo é periódico.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Máxima (Ry)

✓ Vantagens:
• Informa sobre a máxima deterioração da superfície vertical da peça;
• É de fácil obtenção quando o equipamento de medição fornece o
gráfico da superfície;
• Tem grande aplicação na maioria dos países;
• Fornece informações complementares ao parâmetro Ra (que dilui o
valor dos picos e vales).
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Máxima (Ry)


✓ Desvantagens:
• Nem todos os equipamentos fornecem o parâmetro. E, para avaliá-lo
por meio de um gráfico, é preciso ter certeza de que o perfil registrado
é um perfil de rugosidade. Caso seja o perfil efetivo (sem filtragem),
deve ser feita uma filtragem gráfica.
• Pode dar uma imagem errada da superfície, pois avalia erros que muitas
vezes não representam a superfície como um todo. Por exemplo: um
risco causado após a usinagem e que não caracteriza o processo.
• Individualmente, não apresenta informação suficiente a respeito da
superfície, isto é, não informa o formato da superfície. Então diversas
formas de rugosidade podem ter o mesmo valor em Ry.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Total (Rt)


Corresponde à distância vertical entre o pico mais alto e o vale mais
profundo no comprimento de avaliação (lm), independentemente
dos valores de rugosidade parcial (Zi). Na Rugosidade Total (Rt)
pode-se observar que o pico mais alto está no retângulo Z1, e que o
vale mais fundo encontra-se no retângulo Z3. Ambos configuram a
profundidade total da rugosidade Rt.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Total (Rt)

✓ Vantagens:
• Considera todo o comprimento de avaliação e não apenas o
comprimento de amostragem (1 valor de cut off ).
• O parâmetro Rt tem o mesmo emprego do Ry, mas com maior rigidez,
pois considera o comprimento de amostra igual ao comprimento de
avaliação.
• É mais fácil para obter o gráfico de superfície do que com o parâmetro
Ry .
• Tem todas as vantagens indicadas para o Ry.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade Total (Rt)

✓ Desvantagens:
• Em alguns casos, a rigidez de avaliação leva a resultados enganosos.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade de Profundidade Média (Rz)

Rzi: rugosidade de profundidade é a distância vertical entre o pico mais


alto e o mais profundo vale dentro de uma amostragem de comprimento.
Rz: Rugosidade de profundidade média é a média aritmética dos Rzi em
amostragem consecutivas, ou seja, é a soma dos valores absolutos das
ordenadas dos pontos de maior afastamento, acima e abaixo da linha
média, existentes no cut off (comprimento de amostragem). Na
representação gráfica do perfil, esse valor corresponde à altura entre os
pontos máximo e mínimo do perfil, no comprimento de amostragem (le).
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade de Profundidade Média (Rz)


RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade de Profundidade Média (Rz)

✓ Aplicações:
O parâmetro Rz pode ser usado nos seguintes casos:
• Pontos isolados que não influenciam na função da peça a ser
controlada. Por exemplo: superfícies de apoio e de deslizamento,
ajustes prensados etc.;
• Em superfícies onde o perfil é periódico e conhecido.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

❖ Rugosidade de Profundidade Média (Rz)

✓ Vantagens:
• Informa a distribuição média da superfície vertical.
• É de fácil obtenção em equipamentos que fornecem gráficos.
• Em perfis periódicos, define muito bem a superfície.
• Riscos isolados serão considerados apenas parcialmente, de acordo com
o número de pontos isolados.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Norma ABNT NBR 8404:


RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Simbologia e Indicação em Desenhos Técnicos:


• A característica principal da rugosidade média Ra pode ser indicada
pelos números de classe de rugosidade correspondente.
• Para indicação da rugosidade superficial nos desenhos, deve-se
indicar o símbolo apresentado anteriormente. A indicação da
rugosidade, sempre expressa em μm, deve ser colocada no interior
do símbolo. De acordo com a ABNT, a medida de rugosidade será
sempre indicada pelo valor de Ra, a menos que haja indicação em
contrário.
• Para indicações complementares, deve-se acrescentar uma linha
horizontal ao traço maior do símbolo. Sobre esta linha será indicado
o tipo de usinagem ou acabamento (tornear, retificar, limpar com jato
de areia, polir, etc.). Abaixo da linha horizontal, pode-se indicar a
orientação preferencial dos sulcos de usinagem.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Simbologia e Indicação em Desenhos Técnicos:


RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Simbologia e Indicação em Desenhos Técnicos:


RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Simbologia e Indicação em Desenhos Técnicos:


RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Simbologia e Indicação em Desenhos Técnicos:


RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Simbologia e Indicação em Desenhos Técnicos:


RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Simbologia e Indicação em Desenhos Técnicos:

A indicação de acabamento superficial em desenhos sob a forma


de triângulos está ultrapassada e não deve ser utilizada. Às vezes,
porém, devido às dificuldades em se medir os parâmetros de
rugosidade, a aplicação desta simbologia é adotada como indicação
meramente qualitativa. Recomenda-se todavia a medição da rugosidade
e respectiva indicação por um parâmetro específico. A tabela seguinte
mostra uma relação aproximada entre a simbologia antiga de triângulos
e os parâmetros de rugosidade superficial.
➢ Simbologia
e
Indicação
em
Desenhos
Técnicos:
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Aplicações típicas de rugosidade superficial:

✓ Blocos-padrão, guias de instrumentos de medição de alta precisão


⇒Ra ≈ 0,01μm;
✓ Superfícies de medidas de micrômetros ⇒ Ra ≈ 0,02μm;
✓ Calibradores, elementos de válvulas de alta pressão hidráulica ⇒
Ra ≈ 0,03μm;
✓ Agulhas de rolamento, superacabamento de camisa de bloco de
motor ⇒ Ra ≈ 0,04μm;
✓ Pistas de rolamentos ⇒ Ra ≈ 0,05μm;
✓ Camisa de bloco de motores ⇒ Ra ≈ 0,06μm;
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Aplicações típicas de rugosidade superficial:


✓ Eixos montados em mancais de teflon, bronze com velocidade
média ⇒ Ra ≈ 0,1μm;
✓ Flancos de engrenagens, guias de mesas de máquinas-ferramentas
⇒ Ra ≈ 0,3μm;
✓ Tambores de freios, válvulas de esfera ⇒ Ra ≈ 0,6μm;
✓ Superfícies usinadas em geral, alojamento de rolamentos ⇒ Ra ≈
2 a 3μm;
✓ Superfícies desbastadas por usinagem ⇒ Ra ≈ 4μm;
✓ Superfícies fundidas, estampadas ⇒ Ra ≈ 5 a 15μm;
✓ Peças fundidas, forjadas e laminadas ⇒ Ra ≥ 15μm.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Exemplo de desenho com especificação de acabamento


superficial:

✓ A superfície deve ser retificada;


✓ A rugosidade Ra deve estar compreendida entre 1,5 e 3,0μm;
✓ Os sulcos devem ter orientação paralela à superfície mostrada;
✓ O comprimento de controle é de 100mm.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Rugosímetro:
Determinação do perfil de rugosidade, com contato. Agulha com
ponta de diamante, movimento em um eixo.

Semelhante ao que temos no


nosso laboratório.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Fontes de erros na medição:


• Diâmetro da ponta da agulha;
• Carga aplicada pela ponta da agulha;
• Velocidade da agulha;
• Deslocamento lateral devido às irregularidades;
• Danos causados pela sapata ou calço;
• Elasticidade da superfície.
RUGOSIDADE SUPERFICIAL

➢ Outros Métodos de Medição:


Perfilômetros óticos:
• por interferometria;
• por detecção do erro focal.
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➢ Outros Métodos de Medição:


Sondas de Varredura Microscópica:
• Microscópio de força atômica (AFM);
• Microscópio de tunelamento (STM).

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