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Tese de Doutorado:
Estudante:
Graziâni Candiotto
Orientado por:
Dr. Luis Guilherme de Carvalho Rego
Co-orientado por:
Dr. Kahio Tibério Mazon
Florianópolis, SC
2017
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor,
através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.
Candiotto, Graziâni
Modelo dinâmico para transferência de carga e
energia em sistemas moleculares e nanoestruturas
artificias / Graziâni Candiotto ; orientador, Luis
Guilherme de Carvalho Rego, coorientador, Kahio
Tibério Mazon, 2017.
164 p.
Inclui referências.
v
vi AGRADECIMENTOS
Lista de Figuras
vii
viii LISTA DE FIGURAS
xv
xvi LISTA DE TABELAS
Siglas e Sı́mbolos
A Centro Aceitador
CR Centro de Reação
D Centro Doador
D-A Doador-Aceitador
L Esquerda (Left)
SC Separação de Carga
R Direita (Right)
PQ Ponto Quântico
E Energia
xvii
xviii NOMENCLATURA
H Hamiltoniano
Je Corrente eletrônica
Jh Corrente de buraco
e/h
Jmax Corrente máxima eletrônica/buraco
S Matriz superposição
e elétron
h buraco
h Constante de Planck
~ Constante de Planck
m Massa do elétron
n Número quântico
ξ Energia de ligação
κ Constante de Wolfsberg-Helmholtz
ρ Matriz densidade
e/h
ρcol carga eletrônica/buraco coletada
ω Frequência
∆ Gap de óptico
xxi
xxii RESUMO
Abstract
This thesis presents the development of a coarse-grained molecu-
lar envelope function (MEF) method to study the process of electronic
energy transfer and charge separation in large scale molecular agglo-
merates, taking into account the quantum nature of the system. The
method represents the localized states of the molecules present in the
natural/artificial organic systems by MEFs. The MEF uses the aniso-
tropic harmonic oscillator eigenfunctions as an approximation for the
molecular wave-functions associated with individual molecules, such as
monomers or oligomers. In order to couple the charge centers that will
be used in the description of quantum dynamics we use the extended
Hückel method. This method incorporates in the model effects related
to the molecular orientation and morphology of the system. Quantum
dynamics is described through the Liouville von-Neumann formalism to
the density matrix. The dissipative and localization effects are included
in the model through the open quantum systems formalism.
Through this model, we have studied the dynamics of photoin-
duced charge generation in organic donor-acceptor (D-A) interfaces, fo-
cusing on the interplay of quantum dynamics, decoherence effects and
recombination. The model is developed to allow the investigation of D-
A heterojunctions on a large scale, taking into account the morphology
and molecular orientation as well as the quantum nature of the system.
We have verified that quantum decoherence decrease the rates of
geminate recombination and improvement the dissociation of the electron-
hole pairs into free charges. Although the diffusive charge and energy
migration is slower, it is more stable because it protects the excitation
by suppressing the geminate recombination during the first 100 ps af-
ter photoexcitation. We conclude, therefore, that quantum decoherence
can be beneficial to organic/polymeric photovoltaic devices performance.
xxiii
xxiv ABSTRACT
Conteúdo
Agradecimentos v
Nomenclatura xvii
Resumo xxi
Abstract xxiii
1 Introdução 1
2 Modelo de FEM 13
2.1 Modelo Teórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.1.1 Autofunções em coordenadas cartesianas . . . . . . 18
2.1.2 Determinação do tamanho das FEMs harmônicas . 21
2.2 Acoplamento entre FEMs . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2.1 Superposição de orbitais das FEM . . . . . . . . . 23
2.3 Descrição dos aglomerados moleculares . . . . . . . . . . . 27
2.3.1 Representação de polı́meros por FEMs harmônicas 27
3 Dinâmica quântica 31
3.1 Formalismo de von-Neumann
para a matriz densidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.2 Evolução temporal dos estados quânticos . . . . . . . . . 33
3.2.1 Sistemas quânticos fechados . . . . . . . . . . . . . 34
3.2.2 Sistemas quânticos abertos . . . . . . . . . . . . . 36
xxv
xxvi CONTEÚDO
5 Resultados 65
5.1 Dinâmica de Recombinação . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
5.2 Difusão de carga e extração . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
5.2.1 Circuito aberto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
5.2.2 Corrente de curto circuito . . . . . . . . . . . . . . 78
5.3 Dinâmica de el-hl heteroestrutura . . . . . . . . . . . . . . 79
5.4 Interface polı́mero/fulereno . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
5.5 Comparação entre heterojunções . . . . . . . . . . . . . . 90
6 Conclusões 93
6.1 Perspectivas futuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
7 Perspectivas Futuras 97
Bibliografia 131
Capı́tulo 1
Introdução
A luz solar é a mais abundante fonte de energia que o planeta
Terra tem à disposição [1, 2]. Por conta da existência dessa fonte ines-
gotável de energia limpa, pesquisadores vêm estudando maneiras para
aproveitá-la de forma eficaz [3]. É esperado que essa fonte de energia su-
pra uma parcela significativa das necessidades energéticas do planeta no
próximo século, mas para que isso se torne possı́vel, é necessário aumen-
tar a eficiência dos dispositivos fotovoltaicos e das células fotoquı́micas
de combustı́vel, especialmente no que diz respeito aos processos relaci-
onados com à separação de carga (SC) e à transferência eletrônica de
energia (TEE) [4].
A transferência eletrônica de energia (TEE) designa o transporte
de excitações eletrônicas de um determinado centro doador (D), cons-
tituı́do por uma molécula ou agregado molecular, para um centro aceita-
dor (A). O mesmo processo é também denominado de transferência res-
sonante de energia (TRE). Esse é o principal mecanismo de transporte
de energia em sistemas não cristalinos, tais como polı́meros, sistemas
orgânicos e matrizes de pontos quânticos (PQs) [5]. A TEE desempenha
um papel importante numa série de processos fı́sicos como:
1
2 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
(a)
(b)
2 recombinação
geminada é a definição que se dá à aniquilação de pares elétron-
buraco correlacionados, formados no mesmo evento de fotoabsorção ou estados de
carga separada na interface que não se dissociaram completamente
9
1 Em 2013 o prêmio Nobel de Quı́mica foi concedido a Michael Levitt, Ariel Warshel
e Martin Karplus, pelo desenvolvimento dos primeiros modelos granulares para o
estudo de proteı́nas.
13
14 CAPÍTULO 2. MODELO DE FEM
cromoléculas são compostos por uma estrutura molecular central especı́fica, os ramos
são compostos por monômeros que crescem de maneira radial em torno da estrutura
central.
16 CAPÍTULO 2. MODELO DE FEM
p2 p2 p2y m
H= + V (x, y) = x + + (ωx2 x2 + ωy2 y 2 ) , (2.1)
2m 2m 2m 2
e
mω 14 −mωα2
r
1 mω
ψnα (α) = √ exp Hnα α , (2.6)
2 nα n α ! π 2~ ~
e
h m i
Ψnx ,ny (x, y) = Anx ,ny exp − (ωx x2 + ωy y 2 ) ×
2~
r r
mωx mωy
× Hnx x Hny y ,
~ ~
(2.8)
20 CAPÍTULO 2. MODELO DE FEM
Ψ200 = s
Ψ210 = px Ψ201 = py
D E
n ,n (2)
Sn0xx,n0yy = Ψ(1)
nx ,ny Ψ 0 0
nx ,ny
Z ∞Z ∞h i∗ (2.14)
(2)
= Ψ(1)
nx ,ny (x, y) Ψn0x ,n0y (x, y) dxdy ,
−∞ −∞
0 0 nx ,ny
nx , ny nx , ny S 0 0
nx ,ny
md2
ν̄x12 cos2 θ + ν̄y12 sin2 θ
0, 0 0, 0 2νx12 νy12 exp −
2~
√
r
mωy1
0, 0 0, 1 −2 2 νx12 νy312 d sin θ×
~
md2
ν̄x12 cos2 θ + ν̄y12 sin2 θ
× exp −
2~
√
r
mωx1 3
0, 0 1, 0 −2 2 νx12 νy12 d cos θ×
~
md2
ν̄x12 cos2 θ + ν̄y12 sin2 θ
× exp −
2~
√
r
mωy2
0, 1 0, 0 2 2 νx12 νy312 d sin θ×
~
md2
ν̄x12 cos2 θ + ν̄y12 sin2 θ
× exp −
2~
4 h mωy2 2 i
0, 1 0, 1 νx12 νy312 ωy2 + ωy1 1 − d sin θ ×
ωy1 + ωy2 ~
26 CAPÍTULO 2. MODELO DE FEM
md2
ν̄x12 cos2 θ + ν̄y12 sin2 θ
× exp −
2~
m√
0, 1 1, 0 −2 ωx1 ωy2 νx312 νy312 d2 sin 2θ×
~
md2
ν̄x12 cos2 θ + ν̄y12 sin2 θ
× exp −
2~
√
r
mωx2 3
1, 0 0, 0 2 2 νx12 νy12 d cos θ×
~
md2
ν̄x12 cos2 θ + ν̄y12 sin2 θ
× exp −
2~
m√
1, 0 0, 1 −2 ωx2 ωy1 νx312 νy312 d2 sin 2θ×
~
md2
ν̄x12 cos2 θ + ν̄y12 sin2 θ
× exp −
2~
4 h mωx2 2 i
1, 0 1, 0 ν 3 νy ωx 2 + ωx 1 1 − d cos2 θ ×
ωx1 + ωx2 x12 12 ~
md2
ν̄x12 cos2 θ + ν̄y12 sin2 θ
× exp −
2~
As constantes
√ que aparecem√na Tabela 2.1 possuem a seguinte dependência:
ωx1 ωx2 ωy1 ωy2 ωx1 ωx2 ωy1 ωy2
νx12 = , νy12 = , ν̄x12 = e ν̄y12 =
ωx1 + ωx2 ωy1 + ωy2 ωx1 + ωx2 ωy1 + ωy2
2.3. DESCRIÇÃO DOS AGLOMERADOS MOLECULARES 27
onde o ı́ndice i ≡ nix , niy e φi = φnix ,niy (r − Ri ) representam a base das
FEMs localizada no sı́tio Ri .
Os resultados mostrados nas Figuras 2.7, 2.8 e 2.9 foram obtidos utili-
zando FEMs com diâmetro 5 nm e uma constante Wolfsberg-Helmholtz,
κ = 0.5, para acoplamento entre as FEMs.
30 CAPÍTULO 2. MODELO DE FEM
Capı́tulo 3
Dinâmica quântica
Neste capı́tulo apresentamos uma breve introdução do ope-
rador matriz densidade, e mostramos suas propriedades numa repre-
sentação em base não-ortogonal. Introduzimos o conceito de sistema
quântico abertos e fechado que irão nos fornecer as equações de movi-
mento para a dinâmica quântica. Na seção de sistemas quânticos fe-
chados obtemos a equação para uma dinâmica coerente (sem a ação do
ambiente), na seção de sistemas quânticos abertos obtemos a equação
de dinâmica quântica levando em consideração o acoplamento entre o
sistema e o ambiente, onde efeitos de decoerência e recombinação são
adicionados.
31
32 CAPÍTULO 3. DINÂMICA QUÂNTICA
ρ̂ = |ψihψ| ,
X
= c∗j ci |iihj| ,
i,j (3.1)
X
= ρij |iihj| ,
i,j
i ) O operador ρ̂ é Hermitiano:
†
X
ρ̂† = (|iiρij hj|) ,
ij
X (3.5)
= |jiρ∗ji hi| = ρ̂ .
ij
ii ) Normalização Tr [ρS] = 1
X
hψ|ψi = c∗i Sij cj ,
i,j
X
= ρij Sji ,
i,j
(3.6)
X X
= ρij Sji ,
i j
X
= [ρS]i = Tr [ρS] = 1 .
i
ρ̂2 = ρ̂.ρ̂ ,
= |ψi hψ|.|ψihψ| = ρ̂ . (3.7)
| {z }
1
dρ̂ d
= (|ψihψ|) ,
dt dt
(3.10)
d|ψi dhψ|
= hψ| + |ψi .
dt dt
d 1 1
(|ψihψ|) = Ĥ|ψihψ| − |ψihψ|Ĥ ,
dt i~ i~ (3.11)
dρ̂ 1 h i
= Ĥ, ρ̂ .
dt i~
3.2. EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS ESTADOS QUÂNTICOS 35
(3.12)
1 1 X −1
X X
Ĥ|ψihψ| = |iiSi,j hj|Ĥ ck |ki c∗l hl| ,
i~ i~ i,j
k l
Hj,k
k,l ρ
1 XX
z }| { z}|{
−1
= |iiSi,j hj|Ĥ|ki ck c∗l hl| ,
i~ i,j (3.13)
k,l
1 XX −1
= |iiSi,j Hj,k ρk,l hl| ,
i~ i,j
k,l
1
= S −1 Hρ .
i~
36 CAPÍTULO 3. DINÂMICA QUÂNTICA
e
1 1 X X X
−1
|ψihψ|Ĥ = cl |li c∗k hk| Ĥ|jiSj,i hi| ,
i~ i~ j,i
l k
l,k ρ Hk,j
1 X X z}|{
z }| {
−1
= |li cl c∗k hk|Ĥ|ji Sj,i hi| ,
i~ j,i (3.14)
l,k
1 XX −1
= |liρl,k Hk,j Sj,i hi| ,
i~ j,il,k
1
= ρHS −1 .
i~
i
S −1 Hρ − ρHS −1 ,
ρ̇ = −
~ (3.15)
i
= − S −1 Hρ − ρHS −1 ab .
ρ̇ab
~
liberdade do reservatório
X X
TrR [ρ̂(t)] = hφR |ρ̂S ⊗ρ̂R |φR i = ρ̂S hφR |ρ̂R |φR i = ρ̂S TrR [ρR ] = ρ̂S .
R R
(3.17)
Na solução desse problema vamos considerar o regime de acoplamento
fraco. Realizando uma transformação unitária na representação de in-
teração para a matriz densidade do sistema S + R, temos:
onde
i i
U (t) = exp − ĤS + ĤR t , U † (t) = exp ĤS + ĤR t .
~ ~
(3.19)
dρ̂(t) ih i
= − Ĥ, ρ̂(t) ,
dt ~ (3.20)
ih i
= − V̂S−R (t), ρ̂(t) ,
~
dρ̂(t) ih i
= − V̂S−R (t), ρ̂(t) ,
dt ~
i h i iZ t h h ii
0 0 0
=− V̂S−R (t), ρ(0) − dt V̂S−R (t), V̂S−R (t ), ρ̂(t ) .
~ ~ 0
(3.22)
ih i X 1
ρ̂˙ = − Ĥ, ρ̂S (t) + γk Lk ρ̂S (t)L†k − ρ̂S (t)Lk L†k + Lk L†k ρ̂S (t) ,
~ 2
k=1
(3.25)
A equação acima é a forma mais geral da equação mestra quântica no
formalismo de Lindblad [65, 66]. O primeiro termo à direita da igual-
dade descreve a evolução temporal unitária do operador densidade [67],
enquanto o segundo termo descreve a evolução temporal não unitária
do operador densidade. Se os termos γk forem zero, então a Eq.(3.25)
fornece a equação de Liouville von-Neumann para um sistema fechado.
Os coeficientes γk correspondem às taxas de relaxação dos processos es-
tocásticos e do decaimento incoerente no sistema. Os operadores Lk e
L†k são os operadores de Lindblad. Esse tipo de operador relaxação é
3.2. EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS ESTADOS QUÂNTICOS 41
e,h
X
|Ψi = |Ψσ i , (4.1)
σ
43
44 CAPÍTULO 4. DINÂMICA QUÂNTICA ELETRÔNICA
onde o ı́ndice i ≡ nix , niy e φi = φnix ,niy (r − Ri ) representam a base
das FEMs localizada no sı́tio Ri . No formalismo de spinor a matriz
densidade para o sistema de elétron e buraco é escrita
ρ̂ = |ΨihΨ| ,
XX 0
= cσi cσj |i, σihj, σ 0 | ,
σσ 0 i,j (4.3)
XX 0
0
= ρσσ
ij |i, σihj, σ | ,
σσ 0 i,j
0
0 ∗
onde ρσσ σ σ
ij = ci cj representam os elementos da matriz densidade de
elétron (σ = e) e buraco (σ = h) no formalismo de spinor. Podemos
visualizar o operador densidade para os estados de elétron e buraco na
representação de matricial através da figura abaixo Neste formalismo as
dρ̂ i 1 1
= − [H, ρ̂] + Ldec (ρ̂) + {Hgem , ρ̂} + {Hcol , ρ̂} . (4.4)
dt ~ ~ ~
com i ≡ nix , niy e j ≡ njx , njy representam cada sı́tio do sistema
molecular e σz é a matriz de Pauli. As energia dos sı́tios moleculares são
dadas por
Ei = Ei + Vi + ξi , (4.6)
46 CAPÍTULO 4. DINÂMICA QUÂNTICA ELETRÔNICA
1
Vi,j = Sij [(κEi + Vi ) + (κEj + Vj )] . (4.7)
2
X 1n † o
Ldec (ρ̂) = L̂k ρ̂L̂†k − L̂k L̂k , ρ̂ , (4.8)
2
k
tal que,
" #" #
Xq Xq
L̂†k L̂k = k |liS −1 hk|
γdec lk
k |kiS
γdec −1
km hm| ,
l m
1
X
k −1
z }| {
−1 (4.10)
= γdec |liSlk hk|ki Skm hm| ,
lm
X
k −1 −1
= γdec |liSlk Skm hm| .
lm
" # " #
L̂k ρ̂L̂†k = γdec
X X X
k −1 −1
|kiSkm hm| |iiρi,j hj| |liSlk hk| ,
m ij l
X
k −1 −1
= γdec |kiSkm hm|iiρi,j hj|liSlk hk| ,
ml
ij
δki δjk
X z }| { z }| {
k −1 −1 k
= γdec |ki Skm Smi ρi,j Sjl Slk hk| = γdec |kiρk,k hk| ,
ij
(4.11)
" #
L̂†k L̂k ρ̂
X X
k −1 −1
= γdec |liSlk Skm hm| |iiρij hj| ,
lm ij
X
k −1 −1
= γdec |liSlk Skm hm|iiρij hj| ,
lm (4.12)
ij
δki
X z }| { X
k −1 −1 k −1
= γdec |liSlk Skm Smi ρij hj| = γdec |liSlk ρkj hj| ,
lm lj
ij
1
{Hgem , ρ̂} . (4.15)
i~
d σ
|Ψ i = Hgem |Ψσ i ,
dt rec (4.16)
0 0
= i~|Ψσ ihΨσ |Γ̂rec |Ψσ ihΨσ | |Ψσ i ,
d σ
|Ψ i = i~Γrec Trσ [ρS]%̂|Ψσ i , (4.18)
dt rec
1 ∞
Z
ρgem = Tr [{Hgem ρ̂ + ρ̂Hgem }] dt ,
i~ 0
Z ∞
2
= Tr [Hgem ρ] dt , (4.19)
i~ 0
Z ∞ XX
= 2Trσ [ρS]Γrec %in Snk ρkl Sli dt .
0 in kl
• Jmim
h
= ρ̇hL − ρ̇eL corrente de buraco mı́nima que chega ao lado
esquerdo da heterojunção considerando recombinação bimolecular;
• Jmim
e
= ρ̇eR − ρ̇hR corrente eletrônica mı́nima que chega ao lado
direito da heterojunção considerando recombinação bimolecular;
• Jmax
h
= ρ̇hL corrente de buraco máxima que chega a borda esquerda
da heterojunção sem considerar a recombinação bimolecular;
• Jmax
e
= ρ̇eR corrente eletrônica máxima que chega a borda direita
da heterojunção sem considerar a recombinação bimolecular.
54 CAPÍTULO 4. DINÂMICA QUÂNTICA ELETRÔNICA
1
{Hcol , ρ̂} , (4.20)
i~
√ P−1
Âk = Γcol|kiSkl
l hj|, e Γcol é a taxa de coleta dos portadores de
carga nas extremidades.
Calculando os termos do anti-comutador, {Hcol , ρ̂}, temos
• Termo Hcol ρ̂
" #
X X X
−1 −1
Hcol ρ̂ = i~Γcol |miSmk Skl hl| |iiρij hj| ,
k∈L,R ml ij
X X
−1 −1
= i~Γcol |miSmk Skl hl|iiρij hj| ,
k∈L,R ml
ij
δki
(4.22)
X X z }| {
−1 −1
= i~Γcol |miSmk Skl Sli ρij hj| ,
k∈L,R mi
ij
X X
−1
= i~Γcol |miSmk ρkj hj| ,
k∈L,R mj
• Termo ρ̂Hcol
" #
X X X
−1 −1
ρ̂Hcol = i~Γcol |iiρi,j hj| |miSmk Skl hl| ,
k∈L,R ij ml
X X
−1 −1
= i~Γcol |iiρij hj|miSmk Skl hl| ,
k∈L,R ij
ml
δjk
(4.23)
X X z }| {
−1 −1
= i~Γcol |iiρij Sjm Smk Skl hl| ,
k∈L,R ij
ml
X X
−1
= i~Γcol |jiρjk Skm hm| .
k∈L,R jm
1 X Xh
−1 −1
i
{Hcol , ρ̂} = Γcol Smk ρkj + ρmk Skj |mihj| . (4.24)
i~
k∈L,R ml
56 CAPÍTULO 4. DINÂMICA QUÂNTICA ELETRÔNICA
1 ∞
Z
ρcol = Tr [{Hcol ρ̂ + ρ̂Hcol }] dt ,
i~ 0
Z ∞
2
= Tr [Hcol ρ] dt , (4.25)
i~ 0
Z ∞X
−1
= 2Γcol Sik ρkl Sli dt .
0 ikl
A seguir nas Figuras 4.8 e 4.9, mostramos os efeitos causados pela ação
da decoerência e recombinação na dinâmica quântica eletrônica. Nestes
exemplos mostramos o comportamento da dinâmica eletrônica utilizando
diferentes valores para as taxas de decoerência γdec e recombinação Γrec .
Nas Figuras 4.8-a e 4.9-a, observamos oscilações coerentes de Rabi para
a densidade eletrônica entre os sı́tios do dı́mero. Neste caso a energia e
58 CAPÍTULO 4. DINÂMICA QUÂNTICA ELETRÔNICA
1
a) b) Sítio esquerda (L)
0,8 Sítio direita (R)
0,6
ρ(t)
0,4
0,2
0
1
c) d)
0,8
0,6
ρ(t)
0,4
0,2
0
0 2 4 6 8 100 2 4 6 8 10
tempo (ps) tempo (ps)
1
a) b) Sítio esquerda (L)
0,8 Sítio direita (R)
0,6
ρ(t)
0,4
0,2
0
1
c) d)
0,8
0,6
ρ(t)
0,4
0,2
0
0 2 4 6 8 100 2 4 6 8 10
tempo (ps) tempo (ps)
1
|Ψe i = √ (|Li + |Ri) e |Ψh i = |Ri; (4.28)
2
1 1
|Ψe i = √ (|Li + |Ri) e |Ψh i = √ (|Li + |Ri) ; (4.29)
2 2
0,8 Situação A
Situação B
Situação C
0,6 Situação D
ρ (t)
0,4
0,2
0
0 2 4 6 8 10
tempo (ps)
Figura 4.11: Densidade de carga (elétron e buraco) durante a dinâmica
quântica para diferentes condições iniciais de fotoexcitação. Na dinâmica
quântica são considerados efeitos de recombinação e decoerência.
64 CAPÍTULO 4. DINÂMICA QUÂNTICA ELETRÔNICA
Capı́tulo 5
Resultados
Por fim aplicaremos o método das FEMs, regido pela equação
mestra quântica, Eq.(4.4), para estudar a dinâmica do processo de foto-
geração de carga em heterojunções orgânicas do tipo doador-aceitador.
As simulações abrangem os seguinte efeitos: fotoabsorção, relaxação e di-
fusão excitônica, dissociação e extração de carga. Na primeira análise va-
mos considerar a estrutura molecular retratada na Figura 5.1, que repre-
senta uma heterojunção orgânica formada por pequenas moléculas doa-
doras (cı́rculos pequenos de 2.5 nm de diâmetro) e aceitadoras (cı́rculos
grandes 5 nm de diâmetro). Esta estrutura possui dimensões aproxi-
madas de 100 nm de comprimento por 50 nm de largura, e contém 422
sı́tios moleculares. As simulações abrangem o perı́odo de 100 ps, desde a
fotoexcitação instantânea em que o fóton é absorvido por uma molécula
doadora de carga. Analisamos duas condições iniciais, para comparação:
(situação A) o éxciton é gerado na posição d = 25 nm, próximo à inter-
face D-A; (situação B) o éxciton é gerado na posição d = 47 nm, mais
distante da interface. As duas posições estão indicadas na Figura 5.1.
O segundo sistema simulado consiste em uma heterojunção polı́-
mero/fulereno (ver Figura 5.2), com dimensões aproximadas de 60 nm
de comprimento por 60 nm de largura. Os cı́rculos grandes (diâmetro
4.6 nm) representam o fulereno (material aceitador), enquanto a com-
binação de cı́rculos menores (diâmetro 1.9 nm) representa uma cadeia
polimérica (material doador). A fotoexcitação é gerada na região do
polı́mero doador, a uma distância de d = 25 nm da interface, como é
indicado na Figura 5.2. Em ambos os casos investigaremos com espe-
65
66 CAPÍTULO 5. RESULTADOS
onde é Ωn`
ij é a matriz transformação de base. Os cálculos detalhados do
processo de transformação de base são mostrados no Apêndice C.
67
0,5
0,4
0,3
ρgem (t)
d = 25 nm, s/ decoerência
d = 47 nm, s/ decoerência
0,2
d = 47 nm, c/ decoerência
d = 25 nm, c/ decoerência
0,1
0
0 10 20 30 40 50
tempo (ps)
a)
din. coerente
din. decoerente
0,4 ajuste din. coerente
ajuste din. decoerente
τ1 = 653 fs
0,3 τ2 = 6.96 ps
ρgem(t)
0,2
τ1 = 119 fs
0,1 τ2 = 125 ps
b) 0
0 0,5 1 1,5 2
tempo (ps)
2 5
a) DOADOR b) d = 25 nm, c/ dec.
1,5 4 d = 47 nm, c/ dec.
corrente
1 d = 25 nm, s/ dec.
3 d = 47 nm, s/ dec.
0,5
2
0 ACEITADOR
1
-0,5
0
0,4 0,4
c) DOADOR d)
pop. drenada
0,3 0,3
0,2 0,2
0,1 0,1
ACEITADOR
0 0
0 15 30 45 60 75 0 15 30 45 60 75
tempo (ps) tempo (ps)
20 5
a) DOADOR b) d = 25 nm, c/ dec.
15 4 d = 47 nm, c/ dec.
corrente d = 25 nm, s/ dec.
3 d = 47 nm, s/ dec.
10
2
5 ACEITADOR
1
0 0
0,8
c) 0,5 d)
pop. drenada
0,6
0,4
0,4 0,3
0,2
0,2
0,1 ACEITADOR
DOADOR
0 0
0 15 30 45 60 75 0 15 30 45 60 75
tempo (ps) tempo (ps)
0,25
0,2
ρgem (t)
0,05
0
0 5 10 15 20 25
tempo (ps)
3 2
a) DOADOR b) d = 25 nm, s/ dec.
2 1,5 d = 25 nm, c/ dec.
corrente
1 1
0 0,5 ACEITADOR
-1 0
0,08 0,1
c) DOADOR d)
pop. drenada
0,06 0,08
0,06
0,04
0,04
0,02 0,02
ACEITADOR
0 0
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 25
tempo (ps) tempo (ps)
60 2
a) DOADOR b) d = 25 nm, s/ dec.
50 d = 25 nm, c/ dec.
1,5
corrente
40
30 1
20
0,5 ACEITADOR
10
0 0
0,2
0,8 c) d)
pop. drenada
0,15
0,6
0,4 0,1
0,2 0,05
DOADOR ACEITADOR
0 0
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 25
tempo (ps) tempo (ps)
0,15 1
0,8
0,1 0,6
0,4 d = 25 nm
0,05
Polímero
0,2 Polímero
0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 0 10 20 30 40 50 60 70
tempo (ps) tempo (ps)
Conclusões
Nesta tese desenvolvemos um modelo granular baseado na função
envelope molecular para estudar o processo de transferência de energia
eletrônica e separação de carga em estruturas moleculares de larga es-
cala, tais como sistemas poliméricos e heteroestruturas moleculares. A
escolha de estudar o processo de transferência de carga e energia através
de métodos de dinâmica quântica deve-se a recentes resultados reporta-
dos na literatura que mostram a persistência da coerência quântica em
estruturas fotossintéticas naturais [13, 51, 52].
A ideia do método tight-binding ora desenvolvido é aproximar os
orbitais moleculares por funções envelope harmônicas, o que possibilita o
cálculo analı́tico da matriz de superposição S. A inclusão da matriz S nas
equações de dinâmica traz informação sobre a morfologia e a orientação
molecular do filme orgânico. As propriedades e a eficiência de dispositi-
vos fotovoltaicos e de diodos emissores de luz dependem sensivelmente da
morfologia do filme orgânico e da heterojunção D-A, em particular. Esse
modelo granular permitiu incluir tais efeitos nas simulações. Analisando
os resultados referentes à parte estática do modelo, observamos que as
funções envelope molecular se mostraram adequadas para a descrição de
moléculas, polı́meros e aglomerados moleculares de diferentes tamanhos
e formas.
A dinâmica quântica é descrita no formalismo de matriz densidade
e a equação mestra quântica na aproximação de Lindblad. Esta equação
leva em consideração os principais efeitos que influenciam o processo de
transferência de energia eletrônica e separação de carga, tais como de-
93
94 CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES
97
98 CAPÍTULO 7. PERSPECTIVAS FUTURAS
Apêndice A
Termos da matriz de superposição
Neste trabalho são utilizadas FEMs harmônicos (levando em con-
sideração ωx = ωy na Eq.(2.8)) de diferentes tamanhos para representar
os estados localizados nas moléculas. A superposição entre os estados das
FEMs harmônicos de diferentes tamanhos é obtido através da Eq.(2.15),
os resultados desse cálculo são mostrados para algumas combinações de
estados na tabela a seguir:
0 0
nx , ny nx , ny Sn 0 0
x ,ny ;nx ,ny
2 ω2 h mω
r i
2 2
0, 0 0, 0 exp − d
a ω1 2~a
√ r
2 2 mω1 h mω
2 2
i
0, 0 0, 1 − exp − d d sin(θ)
ab ~ 2~a
√
2ω1 ω2 h mω
2 2
i
0, 0 0, 2 exp − d ×
a2 (ω1 + ω2 ) 2~a
ω22
mω2 2 2 (θ)
× − 1 − 2 d sin
ω12 ~
√ r
2 2 mω1 h mω
2 2
i
0, 0 1, 0 − exp − d d cos(θ)
ab ~ 2~a
2 m√ h mω
2 2
i
0, 0 1, 1 ω1 ω2 exp − d d2 sin(2θ)
a2 b ω 2~a
r
2 mω1 h mω
2 2
i
0, 0 1, 2 − exp − d ×
a3 b ~ 2~a
99
100 APÊNDICE A. TERMOS DA MATRIZ DE SUPERPOSIÇÃO
ω22
mω2 2
× 2
− 1−2 d sin2 (θ) d cos(θ)
ω1 ~
√
2ω1 ω2 h mω
2 2
i
0, 0 2, 0 exp − d ×
a2 (ω1 + ω2 ) 2~a
ω22
mω2 2 2 (θ)
× − 1 − 2 d cos
ω12 ~
r
2 mω1 h mω
2 2
i
0, 0 2, 1 − exp − d ×
a3 b ~ 2~a
ω22
mω2 2 2 (θ)
× − 1 − 2 d cos d sin(θ)
ω12 ~
√
ω1 ω2 h mω
2 2
i
0, 0 2, 2 exp − d ×
a4 (ω1 + ω2 ) 2~a
ω22
mω2 2 2 (θ)
× − 1 − 2 d cos ×
ω12 ~
ω22
mω2 2
× 2
− 1−2 d sin2 (θ)
ω1 ~
4 h mω
2 2
i
0, 1 0, 1 exp − d ×
a2 b 2~a
ω2 mω2 2
× + 1− d sin2 (θ)
ω1 ~
r
2 mω2 h mω
2 2
i
0, 1 0, 2 exp − d ×
a3 b ~ 2~a
ω22
ω2 mω
2 2 2 (θ) − 5
× − 4 + 2 d sin d sin(θ)
ω12 ω1 ~
2 mω2 h mω
2 2
i
0, 1 1, 0 − exp − d d2 sin(2θ)
a2 b ~ 2~a
√ r
4 2 mω2 h mω
2 2
i
0, 1 1, 1 − 3 exp − d ×
a b ~ 2~a
ω2 mω2 2
× + 1− d sin2 (θ) d cos(θ)
ω1 ~
√
2 mω1 h mω
2 2
i
0, 1 1, 2 − 3 2 exp − d ×
a b ~ 2~a
101
ω22
ω2 mω
2 2
× 2
−4 + 2 d sin2 (θ) − 5 d2 sin(2θ)
ω1 ω1 ~
r
2 mω2 h mω
2 2
i
0, 1 2, 0 exp − d ×
a3 b ~ 2~a
ω22
mω2 2 2 (θ)
× − 1 − 2 d cos d sin(θ)
ω12 ~
√
2 2 h mω
2 2
i
0, 1 2, 1 exp − d ×
a4 b 2~a
ω22
ω
mω2 2 2 (θ) 2
mω2 2 2 (θ)
× − 1 − 2 d cos + 1 − d sin
ω12 ~ ω1 ~
√ r
2 mω2 h mω2 2 i
0, 1 2, 2 exp − d ×
a5 b ~ 2~a
ω22
mω2 2 2 (θ)
× − 1 − 2 d cos ×
ω12 ~
ω22
ω2 mω
2 2
× 2
−4 + 2 d sin2 (θ) − 5 d sin(θ)
ω1 ω1 ~
√
ω1 ω2 h mω
2 2
i
0, 2 0, 2 exp − d ×
a4 (ω1 + ω2 ) 2~a
3 ω4
ω mω2 2
× 2 23 4 + d sin2 (θ) − 24 −
ω1 ~ ω1
mω2 2 ω2 mω2 2
− 1−2 d sin2 (θ) + 18 22 1 − d sin2 (θ)
~ ω1 ~
ω2 mω2 2 mω2 2
+2 1−2 d sin2 (θ) 4 − d sin2 (θ)
ω1 ~ ~
2
r
mω1 h mω i mω1 2 ω2
2 2
0, 2 1, 0 exp − d 1−2 d cos2 (θ) − 12
b3 a ~ 2~a ~ ω2
√ √
2 m ω1 ω2 h mω
2 2
i
0, 2 1, 1 2 3
exp − d ×
a b ~ 2~a
ω12
ω1 mω2 2
× 2
−5+2 d sin2 θ − 2
ω2 ω2 ~
√ r
2 mω1 h mω
2 2
i
0, 2 1, 2 5
exp − d ×
a b (ω1 + ω2 ) ~ 2~a
102 APÊNDICE A. TERMOS DA MATRIZ DE SUPERPOSIÇÃO
ω24
mω2 2
× 4
+ 1−2 d sin2 (θ) −
ω1 ~
ω22 mω2 2
−18 1− d sin2 (θ) −
ω12 ~
ω2 mω2 2 mω2 2
−2 1−2 d sin2 (θ) 4 − d sin2 (θ)
ω2 ~ ~
mω23 mω2 2
−2 3
4+ d sin2 (θ)
ω1 ~
√
ω1 ω2 h mω
2 2
i
0, 2 2, 0 exp − d ×
a2 b2 (ω1 + ω2 ) 2~a
ω12 ω 2
mω1 2 2
mω2 2
× 2
− 1−2 d sin2 (θ) 2
− 1−2 d cos2 (θ)
ω2 ~ ω1 ~
√ r
2 mω1 h mω
2 2
i
0, 2 2, 1 exp − d ×
a3 b3 ~ 2~a
ω2
ω1 mω1 2
× 4 − 12 + 5 − 2 d sin2 (θ) ×
ω2 ω2 ~
ω22
mω2 2 2 (θ)
× − 1 − 2 d cos d sin(θ)
ω12 ~
√
ω1 ω2 h mω
2 2
i
0, 2 2, 2 √ exp − d ×
2 (ω1 + ω2 ) a4 b2 2~a
ω2 mω2 2 mω2 2
× 2 1−2 d cos2 (θ) 4 − d cos2 (θ) −
ω1 ~ ~
ω23 mω2 2 ω 2
2
mω2 2
+2 3
4− d cos2 (θ) 2
− 1−2 d sin2 (θ)
ω1 ~ ω1 ~
4 h mω iω mω2 2
2 2 2 2 (θ)
1, 0 1, 0 exp − d + 1 − d cos
a2 b 2~a ω1 ~
√ r
4 2 mω2 h mω
2 2
i
1, 0 1, 1 − 3 exp − d ×
a b ~ 2~a
103
ω2 mω2 2
× + 1− d cos2 (θ) d sin(θ)
ω1 ~
√
2 2 h mω
2 2
i
1, 0 1, 2 exp − d ×
a4 b 2~a
ω2 mω2 2 ω 2 mω2 2 2
2 2 (θ)
× + 1− d cos(θ) − 1 − 2 d d sin
ω1 ~ ω12 ~
r
2 mω2 h mω
2 2
i
1, 0 2, 0 exp − d ×
a3 b ~ 2~a
ω22
ω2 mω
2 2 2 (θ) − 5
× − 4 + 2 d cos d cos(θ)
ω12 ω1 ~
√
2 mω1 h mω
2 2
i
1, 0 2, 1 − 3 2 exp − d ×
a b ~ 2~a
ω22
ω2 mω
2 2
2 (θ) − 5 d2 sin(2θ)
× − 4 + 2 d cos
ω12 ω1 ~
√ r
2 mω2 h mω
2 2
i
1, 0 2, 2 5
exp − d ×
a b ~ 2~a
ω22
ω2 mω
2 2 2 (θ) − 5
× − 4 + 2 d cos ×
ω12 ω1 ~
ω22
mω2 2
× 2
− 1−2 d sin2 (θ) d cos(θ)
ω1 ~
√
8 ω1 ω2 h mω
2 2
i
1, 1 1, 1 exp − d ×
a3 b (ω1 + ω2 ) 2~a
ω
ω2 mω2 2 2
mω2 2
× + 1− d cos2 (θ) + 1− d sin2 (θ)
ω1 ~ ω1 ~
r
4 mω1 h mω
2 2
i
1, 1 1, 2 exp − d ×
a4 b2 ~ 2~a
ω2 mω2 2
× + 1− d cos2 (θ) ×
ω1 ~
ω22
ω2 mω
2 2
× 2
−4 + 2 d sin2 (θ) − 5 d sin(θ)
ω1 ω1 ~
√ √
2 m ω1 ω2 h mω
2 2
i
1, 1 2, 0 3 2
exp − d ×
a b ~ 2~a
104 APÊNDICE A. TERMOS DA MATRIZ DE SUPERPOSIÇÃO
ω22
ω2 mω
2 2
× 2
−4 + 2 d cos2 (θ) − 5 d2 sin(2θ)
ω1 ω1 ~
r
4 mω1 h mω
2 2
i
1, 1 2, 1 exp − d ×
a4 b2 ~ 2~a
ω22
ω2 mω
2 2 2 (θ) − 5
× − 4 + 2 d cos ×
ω12 ω1 ~
ω2 mω2 2
× + 1− d sin2 (θ) d cos(θ)
ω1 ~
√
m ω1 ω2 h mω
2 2
i
1, 1 2, 2 5 2
exp − d ×
~ a b 2~a
ω22
ω2 mω
2 2
× 2
−4 + 2 d cos2 (θ) − 5 ×
ω1 ω1 ~
ω22
ω2 mω
2 2 2 (θ) − 5
× − 4 + 2 d sin
ω12 ω1 ~
2 h mω
2 2
i
1, 2 1, 2 6
exp − d ×
a b 2~a
ω2 ω4
mω2 2 mω2 2
× 18 22 1 − d sin2 (θ) − 24 − 1 − 2 d sin2 (θ)
ω1 ~ ω1 ~
ω2 mω2 2 mω2 2
+2 1−2 d sin2 (θ) 4 − d sin2 (θ)
ω1 ~ ~
ω23 mω2 2 ω
2
mω2 2
+2 3
4+ d sin2 (θ) + 1− d cos2 (θ)
ω1 ~ ω1 ~
√ r
2 mω2 h mω
2 2
i
1, 2 2, 0 3 3
exp − d ×
a b ~ 2~a
ω12
mω1 2
× 2
− 1−2 d sin2 (θ) ×
ω2 ~
ω22
ω2 mω
2 2 2 (θ) − 5
× − 4 + 2 d cos d cos(θ)
ω12 ω1 ~
1 mω2 h mω
2 2
i
1, 2 2, 1 exp − d ×
a4 b3 ~ 2~a
ω2
ω1 mω1 2
× 4 − 12 + 5 − 2 d sin2 (θ) ×
ω2 ω2 ~
105
ω22
ω2 mω
2 2
× 2
−4 + 2 d cos2 (θ) − 5 d2 sin(2θ)
ω1 ω1 ~
r
1 mω2 h mω
2 2
i
1, 2 2, 2 exp − d ×
a7 b ~ 2~a
ω22
ω2 mω
2 2 2 (θ)
× − 4 + 2 d cos ×
ω12 ω1 ~
ω2 ω4
mω2 2 mω2 2
× 18 22 1 − d sin2 (θ) − 24 − 1 − 2 d sin2 (θ)
ω1 ~ ω1 ~
ω23 mω2 2 ω4
+2 4+ d cos2 (θ) − 24
ω13 ~ ω1
ω2 mω2 2 mω2 2
+2 1−2 d cos2 (θ) 4 − d cos2 (θ)
ω1 ~ ~
√ r
2 mω1 h mω
2 2
i
2, 0 2, 1 5
exp − d ×
a b ~ 2~a
ω24 ω2
mω2 2 mω2 2
× 4
+ 1−2 d cos2 (θ) − 18 22 1 − d cos2 (θ)
ω1 ~ ω1 ~
ω2 mω2 2 mω2 2
−2 1−2 d cos2 (θ) 4 − d cos2 (θ)
ω1 ~ ~
ω2 mω2 2
× 2 1−2 d cos2 (θ) ×
ω1 ~
mω2 2 ω3 mω2 2
× (4 − d cos2 (θ) + 2 23 4 + d cos2 (θ)
~ ω1 ~
ω22 mω2 2 4
2 (θ) − 1 − 2 mω2 d2 cos2 (θ) − ω2 ×
+18 1 − d cos
ω12 ~ ~ ω14
ω22
mω2 2
× 2
− 1−2 d sin2 (θ)
ω1 ~
2 h mω
2 2
i
2, 1 2, 1 − 5
exp − d ×
a b 2~a
ω24
ω2 mω2 2 mω2 2
× 4
−2 1−2 d cos2 (θ) 4 − d cos2 (θ)
ω1 ω1 ~ ~
1 h mω
2 2
i
2, 1 2, 2 exp − d ×
a7 b 2~a
ω2 mω2 2 mω2 2
× 2 1−2 d cos2 (θ) 4 − d cos2 (θ)
ω1 ~ ~
ω22
ω2 mω
2 2
× 2
−4 + 2 d sin2 (θ) − 5 d sin(θ)
ω1 ω1 ~
√
ω1 ω2 h mω
2 2
i
2, 2 2, 2 exp − d ×
2 (ω1 + ω2 ) 2~a
ω2 mω2 2 mω2 2
× 2 1−2 d sin2 (θ) 4 − d sin2 (θ)
ω1 ~ ~
mω2 2 ω4
− 1−2 d sin2 (θ) − 24 ×
~ ω1
ω2 mω2 2 mω2 2
× +2 1−2 d cos2 (θ) 4 − d cos2 (θ)
ω1 ~ ~
ω23 mω2 2
+2 3
4+ d cos2 (θ)
ω1 ~
109
110 APÊNDICE B. SISTEMAS QUÂNTICOS ABERTOS
onde
i i
U (t) = exp − ĤS + ĤR t , U † (t) = exp ĤS + ĤR t . (B.3)
~ ~
dρ̂ † i h i
U (t) U (t) = − V̂S−R U (t)ρ̂U † (t) − U (t)ρ̂U † (t)V̂S−R ,
dt ~
dρ̂(t) i h i
=− V̂S−R (t)ρ̂(t) − ρ̂(t)V̂S−R (t) , (B.4)
dt ~
dρ̂(t) i h i
=− V̂S−R (t), ρ̂(t) ,
dt ~
onde a dependência temporal V̂R−S vem da representação de interação.
Contudo o operador densidade do reservatório, ρR , não será afetado sig-
nificativamente pela interação VS−R , uma vez que o reservatório possui
infinitos graus de liberdade e a pertubação gerada é rapidamente ate-
nuada. Assim, é necessário encontrarmos apenas uma equação de mo-
111
e
h i X
i HS , A†α (ω) = i ε0 − ε |ψε ihψε |A†α |ψε0 ihψε0 | = i~ωA†α ,
(B.13)
ε0 −ε
com
interação
i i
exp HS t Aα (ω) exp − HS t = exp (−iωt) Aα (ω) , (B.16)
~ ~
e
i i
exp HS t A†α (ω) exp − HS t = exp (iωt) A†α (ω) . (B.17)
~ ~
Além disso, note que
X X
Aα (ω) = |ψε ihψε |Aα |ψε0 ihψε0 | = Aα , (B.18)
ω ε,ε0
e similarmente X
A†α (ω) = Aα . (B.19)
ω
0 † 0 † 0 0 0
XX
− exp(iω t)Aα (ω )Bα (t)ρ̂(t ) exp[−iω(t − t )]Aβ (ω)Bβ (t − t )
α,β ω,ω 0
0 0 0 0 † 0 †
XX
− exp[−iω(t − t )]Aβ (ω)Bβ (t − t )ρ̂(t ) exp(iω t)Aα (ω )Bα (t)
α,β ω,ω 0
0 0 0 0 † 0 †
XX
+ ρ̂(t ) exp[−iω(t − t )]Aβ (ω)Bβ (t − t ) exp(iω t)Aα (ω )Bα (t) ,
α,β ω,ω 0
(B.22)
115
dρ̂S 1
Z ∞
0
XX
= 2 dt TrR (
dt ~ 0 α,β ω,ω 0
0 0 0 † 0 †
exp[i(ω − ω)t] exp[iωt ] Aβ (ω)Bβ (t − t )ρ̂S ⊗ ρ̂R Aα (ω )Bα (t)
† 0 † 0
−Aα (ω )Bα (t)Aβ (ω)Bβ (t − t )ρ̂S ⊗ ρ̂R
0 0 0 0 † † 0
exp[i(ω − ω )t] exp[−iω t ] Aβ (ω )Bα (t)ρ̂S ⊗ ρ̂R Aα (ω)Bβ (t − t )
† 0 0 †
−ρ̂S ⊗ ρ̂R Aα (ω)Bβ (t − t )Aβ (ω )Bα (t)
) ,
(B.23)
) ,
(B.24)
XXh
† †
Γα,β (ω) Aβ (ω)ρ̂S Aα (ω) − Aα (ω)Aβ (ω)ρ̂S +
ω α,β
i
∗ † †
+Γα,β (ω) Aβ (ω)ρ̂S Aα (ω) − ρ̂S Aα (ω)Aβ =
X X γα,β
† †
= (ω) + iSα,β (ω) Aβ (ω)ρ̂S Aα (ω) − Aα (ω)Aβ (ω)ρ̂S +
ω α,β
2
γα,β † †
+ (ω) − iSα,β (ω) Aβ (ω)ρ̂S Aα (ω) − ρ̂S Aα (ω)Aβ (ω) ,
2
X X γα,β
† †
= (ω) Aβ (ω)ρ̂S Aα (ω) − Aα (ω)Aβ (ω)ρ̂S +
ω α,β
2
† †
+Aβ (ω)ρ̂S Aα (ω) − ρ̂S Aα (ω)Aβ (ω) +
† †
+iSα,β (ω) Aβ (ω)ρ̂S Aα (ω) − Aα (ω)Aβ (ω)ρ̂S
i
† †
−Aβ (ω)ρ̂S Aα (ω) + ρ̂S Aα (ω)Aβ (ω) ,
X X γα,β
†
n
† †
o
= (ω) 2Aβ (ω)ρ̂S Aα (ω) − Aα (ω)Aβ (ω)ρ̂S + ρ̂S Aα (ω)Aβ (ω) −
ω α,β
2
i
† †
−iSα,β (ω)Aα (ω)Aβ (ω)ρ̂S + ρ̂S iSα,β (ω)Aα (ω)Aβ (ω) ,
(B.33)
121
122 APÊNDICE C. MOMENTO ANGULAR
∂ mω
Lz Ψ0,0 (r, θ) = −i~ A0,0 exp − r2 = 0. (C.2)
∂θ 2~
e
Lz Ψ0,1 (r, θ) = i~Ψ1,0 (r, θ), (C.4)
Nestes dois casos Ψnx ,ny não é autofunção do operador momento angular
Lz , portanto esses autoestados não tem momento angular bem definido.
Considerando agora uma combinação linear Ψ1,0 (r, θ)±iΨ0,1 (r, θ) e apli-
cando o operador Lz , obtemos
Lz [Ψ1,0 (r, θ) ± iΨ0,1 (r, θ)] = ±~ [Ψ1,0 (r, θ) ± iΨ0,1 (r, θ)] , (C.5)
isto é, o estado na Eq. (C.5) tem momento angular bem definido. Por-
123
p2 ~2 2 mω 2 2
H= + V (r) = − ∇ + r , (C.6)
2m 2m 2
e o laplaciano por
1 ∂2
2 1 ∂ ∂
∇ = r + 2 2, (C.7)
r ∂r ∂r r ∂θ
1 ∂2 m2 ω 2 4
r ∂ ∂R 2mE 2
− r − 2
Θ + 2
r = r , (C.10)
R ∂r ∂r Θ ∂θ ~ ~2
124 APÊNDICE C. MOMENTO ANGULAR
ou seja,
m2 ω 2 4 2mE 2 1 ∂2
r ∂ ∂R
− r + 2
r − 2 r = Θ. (C.11)
R ∂r ∂r ~ ~ Θ ∂θ2
m2 ω 2 4 2mE 2 1 d2
r d dR
− r + r − r = Θ = −`2 , (C.12)
R dr dr ~2 ~2 Θ dθ2
d2
Θ + `2 Θ = 0, (C.13)
dθ2
m2 ω 2 4 2mE 2
r d dR
− r + r − 2 r = −`2 . (C.15)
R dr dr ~2 ~
d2 R 1 dR `2 m2 ω 2 2 2mE
− 2 − + + r − 2 R = 0. (C.16)
dr r dr r2 ~2 ~
geratriz
x−` ex dn
L`n (x) = e−x xn+` .
n
(C.18)
n! dx
Portanto, a solução completa para o oscilador harmônico bidimensional
em coordenadas polares Eq. (C.8) fica na forma
mω mω
Φn,` (r, θ) = Bn,` ei`θ r|`| exp − r2 Ln|`| r2 , (C.19)
2~ ~
As energias são dadas por En,` = ~ω (2n + |`| + 1). Note que, contraria-
mente ao caso dos autoestados ”retangulares”, os autoestados Φn,` tem
momento angular bem definido. Note também que as autoenergias conti-
nuam degeneradas, posto que Enr = ~ω (nr + 1) onde nr = 2n + |`|. Na
Tabela C.2 apresentamos o estado fundamental e os primeiros estados
excitados para o oscilador harmônico bidimensional na representação de
coordenadas polares. A energia e degenerescência dos estados de mais
baixa energia estão listados na Tabela C.3
126 APÊNDICE C. MOMENTO ANGULAR
n l Φn,l (r, θ)
r
mω mω
0 0 exp − r2
π~ 2~
1 mω mω
0 −1 √ exp − r2 exp (−iθ) r
π ~ 2~
1 mω mω
0 1 √ exp − r2 exp (iθ) r
r π ~ 2~
mω mω mω 2
1 0 exp − r2 1 − r
π~ 2~ ~
1 mω mω 2 mω 2
1 1 √ exp − r exp (iθ) r 2 − r
2π ~ 2~ ~
Φ(0,0) ~ω 1
X
|Φn,` i = Ψnx ,ny Φn,` Ψnx ,ny , (C.22)
nx ,ny
∞ X
X ∞
Φn,` (r, θ) = cn`
i,j Ψi,j (r, θ), (C.23)
i=0 j=0
onde
Z 2π Z ∞ Z 2π Z ∞
Ωn`
i,j = Φn,` (r, θ)Ψ∗i,j (r, θ)rdrdθ = Φn,` (r, θ)Ψi,j (r, θ)rdrdθ,
0 0 0 0
(C.24)
substituindo: Φn,l (r, θ) e Ψi,j (r, θ),
Z 2π Z ∞
α2 2
h i
Ωn`
i,j = Bn,` ei`θ r|`| e− 2 r L|`|
n α r
2 2
×
0 0
α2 2
h i
× Ai,j e− 2 r Hi (αr cos θ) Hj (αr sin θ) rdrdθ,
(C.25)
n,`
p
onde α = mω/~. Fazendo Ci,j = Ai,j Bn,` e algumas simplificações,
obtém-se:
Z 2π Z ∞
n,` 2 2
Ωn` ei`θ e−α r
L|`| 2 2
i,j = Ci,j n α r Hi (αr cos θ) ×
0 0
P∞ P∞
Φn,l (r, θ) Φn,` (r, θ) = i=0 j=0 ci,j Ψi,j (r, θ)
1
Φ1,−2 (r, θ) {[Ψ0,4 (r, θ) − Ψ4,0 (r, θ)] +
2
+i [Ψ3,1 (r, θ) + Ψ1,3 (r, θ)]}
1
Φ1,2 (r, θ) {[Ψ0,4 (r, θ) − Ψ4,0 (r, θ)] −
2
−i [Ψ3,1 (r, θ) + Ψ1,3 (r, θ)]}
( r )
1 3
Φ2,0 (r, θ) Ψ2,2 (r, θ) + [Ψ4,0 (r, θ) + Ψ0,4 (r, θ)]
2 2
131
132 BIBLIOGRAFIA