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Fevereiro, 2012.
CHARLENE REGINA SANTOS MATOS
Fevereiro, 2012
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CDU 546
____________________________________________________________________ Resumo|i
three techniques agreed very well for CdTe via reflux. However for hydrothermal
synthesis it was not possible to determine the diameter of the particles by TEM due to
morphology of nanostructured aggregates. The crystal structures as obtained by XRD
indicating the incorporation of sulfur atoms in the CdTe structure, in agreement to the
literature for this type of synthesis. Infrared spectroscopy confirmed the presence of
organic stabilizers on the surface of CdTe. The morfology of samples identified by
TEM/HRTEM was different depending on the method of syntesis – aggregates for the
hydrothermal samples and isolated particles for reflux samples– so the mechanisms of
nucleation and growth were proposed oriented attachment (OA) and Ostwald ripening
(OR) for synthesis CdTe-hydrothermal and reflux, respectively.
LISTA DE FIGURAS
Figura 12- Representação das estruturas dos tióis e polímero estudados neste
trabalho. (a) MPA, (b) CYS, (c)GLU e (d)ALG.............................
28
___________________________________________________________Lista de figuras |vii
36
37
37
38
Figura 18- (a) Espectro de absorção e (b) Espectro de emissão das NPs preparadas
por meio de síntese hidrotermal (t=90 min). (c)NPs de CdTe-
MPA/GLU (d) NPs de CdTe-MPA (e) NPs de CdTe-MPA/CYS (f)
NPs de CdTe-MPA/ALG (a) luz natural e excitada sob luz UV 365nm,
respectivamente).......................................................................................
42
43
49
51
52
54
55
57
62
___________________________________________________________Lista de figuras |x
63
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Fórmula química, energia band gap do bulk e estrutura cristalina dos
materiais semicondutores mais comuns......................................
6
Tabela 10- Diâmetro das NPs de CdTe preparadas via síntese hidrotermal (1h30) e
refluxo (3h)........................................................................
64
___________________________________________________________________Sumário|xi
SUMÁRIO
Resumo........................................................................................................ i
Abstract....................................................................................................... iii
Lista de Figuras........................................................................................... iv
Listas de Tabelas......................................................................................... x
Sumário....................................................................................................... xi
CAPÍTULO 1
1. Introdução..................................................................................................... 01
CAPÍTULO 2
2. Objetivos............................................................................................................ 27
___________________________________________________________________Sumário|xii
CAPÍTULO 3
3.1. Reagentes................................................................................................. 28
3.2.1.1.CdTe-MPA..................................................................................... 30
3.2.1.2.CdTe-MPA/GLU ou MPA/CYS.................................................... 31
3.2.1.3.CdTe-MPA/ALG............................................................................ 31
CAPÍTULO 4
4. Resultados e Discussões........................................................................................ 34
CAPÍTULO 5
5. Considerações Finais............................................................................................. 72
CAPÍTULO 6
6. Trabalhos em Andamento....................................................................................... 74
CAPÍTULO 7
7. Perspectivas futuras................................................................................................. 75
CAPÍTULO 8
8. Referências Bibliográficas...................................................................................... 76
1- Introdução
Introdução|1
Capítulo 1: Introdução
Por fim, quando não há confinamento, denomina-se de material bulk (3-D) (figura 2a, b,
c e d, respectivamente).
(a) (b)
(c) (d)
Nos quantum dots os níveis de energia são discretos, conferindo aos mesmos
uma densidade de estados muito maior e espaçamento menor que para os níveis
correspondentes de um átomo ou uma agregado atômico pequeno. Por esse motivo, o
conceito de bandas de energia e band gap (ver definição no próximo parágrafo) ainda
pode ser utilizado da mesma forma que para o bulk.
Os semicondutores bulk são caracterizados por uma energia de band gap (Eg)
dependente da composição. O chamado band gap é a energia mínima requerida para
excitar um elétron de um estado da banda de energia de valência para um estado da
banda de energia de condução (figura 2).
(a) (b)
)
Equação 1
Introdução|5
Sob excitação com energias no mínimo igual ao valor de band gap e, após ter
ocorrido a promoção de um elétron para a banda de condução, o elétron pode
recombinar com o buraco que se encontra na banda de valência originando a emissão de
um fóton (figura 3a, b). O processo de recombinação direta de elétrons e buracos da
banda de condução para a banda de valência é referido como processo de recombinação
“band edge” (figura 4 processo 1). Quando há defeitos na estrutura cristalina, ou na
superfície dos cristais, os elétrons e buracos podem recombinar nas chamadas
armadilhas (traps) formadas nesses defeitos, e a emissão pode ser deslocada para
comprimentos de onda menores comparáveis a energia do band gap do semicondutor ou
a, depender da magnitude de energia, esta pode ser relaxada não radiativamente para a
rede cristalina ou de forma térmica.
Equação. 2
Tabela 1. Fórmula química, energia band gap do bulk e estrutura cristalina dos materiais
semicondutores mais comuns. Adaptada da referência [2].
1 3
CdS 2,53ª Cúbica PbSe 0,26ª Cúbica
2 2 3
CdSe Hexagonal Hexagonal PbTe 0,29ª Cúbica
1 1
CdTe 1,50ª Cúbica HgS 0,50ª Cúbica
2 b 1
ZnS 3,8ª Hexagonal HgSe 0,30 Cúbica
1 b 1
ZnSe 2,58ª Cúbica HgTe 0,14 Cúbica
1 1
ZnTe 2,28ª Cúbica GaAs 1,43ª Cúbica
4 b 2
PbS 0,37ª Hexagonal ZnO 3,35 Hexagonal
a
Dados obtidos da referência [11]
b
Dados obtidos da referência [12]
1
tipo blenda de zinco, 2 tipo Wurtzita, 3 tipo Cloreto de sódio, 4tipo Cloreto de zinco.
determinar a concentração da partícula em solução, bem como para estudos que dizem
respeito aos mecanismos de nucleação e crescimento de nanocristais coloidais [14-17].
Figura 5. (a) Variação das cores de emissão de dispersões coloidais de pontos quânticos de
CdTe com a variação do tamanho. (b) corresponde ao espectro de absorção ótica Uv-Vis (c) e
de fotoluminescência. (figura extraída da referência [18])
(a) (b)
Introdução|10
(c)
Figura 6 (a) Band Gaps associados a diferentes morfologias de nanocristais de CdSe são
representados sobre o comprimento de dimensão de confinamento. (b) ilustração das ligações
terminais erráticas. (c) mostra os efeitos de armadilhas nos buracos da superfície na
fluorescência de nanocristais de 2,1 nm. (Figura extraída da referência [7])
com ligantes orgânicos. Desse modo, as ligações erráticas expostas nas faces são
passivadas por ligações com átomos ou moléculas (figura 6a), minimizando o gap
intrabanda de estados de superfície e reduzindo a reconstrução superficial atômica
(figura 6b). Sendo assim, quando a superfície sofre alteração, a emissão fluorescente
pode ser modulada de maneira significativa. Com isso, podem-se prever dois casos de
alterações da superfície. No primeiro, quando a superfície é rica em ânions, o
nanocristal estará com a sua superfície “desprotegida” (pequena quantidade de agentes
passivadores) e esses nanocristais apresentarão uma armadilha para capturar o elétron,
apresentando como resultado pouca ou nenhuma emissão fluorescente. Entretanto, no
segundo caso, quando a superfície é rica em cátions, estes podem se ligar fortemente aos
agentes passivadores e agirem eletrostaticamente como um escudo para os buracos das
armadilhas da superfície (figura 6c). [7]
Propriedade Valor
Estrutura Cúbica
me 0,096mo
mh 0,35mo
μe 500-1000 cm3/V.s
μh 50-80 cm2/V.s
comprometida quando se utilizam tais técnicas. Além disto, considera-se que o maior
problema com a abordagem top-down é a imperfeição da estrutura da superfície. Essas
imperfeições teriam um impacto significativo sobre as propriedades físicas e químicas
dos nanomateriais, uma vez que a razão volume sobre a superfície nestes materiais é
muito larga. Mas, independentemente das imperfeições da superfície e outros defeitos
que as abordagens top-down podem introduzir, eles continuarão a desempenhar um
papel importante na síntese e fabricação de nanoestruturas e nanomateriais. Em
contrapartida, por meio da química coloidal, é possível sintetizar materiais, em que não
haveria diferença nas propriedades físicas, independentemente das rotas de síntese,
desde que a composição química, cristalinidade, e a microestrutura do material em
questão fossem idênticas. É claro que a síntese, processamento e abordagens diferentes,
muitas vezes resultam em diferenças significativas na composição química,
cristalinidade e microestrutura do material devido a razões de cinética de nucleação e
crescimento. Conseqüentemente, o material apresenta propriedades físicas diferentes.
Embora a abordagem bottom-up não seja novidade, ela desempenha um papel
importante na fabricação e processamento de nanoestruturas e nanomateriais. Há várias
razões para isso uma delas é a obtenção de nanoestruturas com menos defeitos,
composição química mais homogênea e melhor ordenação a curto e longo alcance. Isto
ocorre porque a abordagem bottom-up é impulsionada principalmente pela redução da
energia livre de Gibbs [25] na etapa de crescimento, de modo que tais nanoestruturas e
nanomateriais produzidos não são estáveis termodinâmicamente com relação ao bulk.
Esta instabilidade pode ser expressa termodinamicamente pela variação na energia de
Gibbs, dG, quando a área superficial da amostra varia, dζ, em temperatura e pressão
constante. Neste caso, dG = γ dζ, onde γ é a tensão interfacial da superfície. Analisando
a fórmula pode-se prever que como γ ˃ 0, a ocorrência de diminuição na área
superficial, dζ ˂ 0, em consequencia da agregação das NPs, faz com que dG ˂ 0, logo
a agregação é espontânea. Assim a passivação com tióis é essencial para interromper o
crescimento (ver item 1.3), fornecendo estabilidade cinética.
Diversos métodos têm sido propostos para a síntese aquosa, baseados na injeção
do precursor calcogeneto em uma solução aquosa, contendo o precursor metálico,
seguida por um período de refluxo na temperatura de ebulição da água. Nesse sistema,
grupos polifosfatos, tióis ou aminas de cadeias curtas são utilizados como ligantes, além
de polímeros biocompatíveis, estes últimos em estágio recentes de pesquisa. Todos os
precursores citados têm grupos funcionais que servem para diminuir os defeitos de
superfície dos nanocristais, para a estabilização das nanopartículas e obtenção de pontos
quânticos com superfície já ativa e para ancorar proteínas e outros grupos funcionais
para marcação específica [29]. O primeiro sistema de nanocristais de CdTe sintetizado
em meio aquoso foi relatado na literatura em 1996, cuja síntese foram utilizados agentes
estabilizantes tióis, tais como, mercaptoetanol e tioglicerol. A partir de então um grande
progresso tem sido observado na obtenção de QDs solúveis em água com excelentes
propriedades luminescentes. Na literatura são relatados trabalhos em que QDs de CdTe
são sintetizados com tióis como o ácido tioglicólico (TGA), nas quais é avaliada
dependência das propriedades espectroscópicas com o pH de síntese [30], com o uso de
diferentes tipos de estabilizantes tipo mercapto [31,32].
Além dos estudos que estão relacionados com a influência de diferentes agentes
estabilizantes, o tempo de reação também é de fundamental importância para obtenção
de QDs que absorvem e emitem em diferentes comprimentos de onda [38-42]. Todavia,
outros tipos de agentes estabilizantes como os polímeros biocompatíveis estão sendo
estudados, com o intuito de produzir novos sistemas com uma toxicidade reduzida,
grande aumento de estabilidade e biocompatibilidade. Adicionalmente, esses materiais
minimizam o perigo para a saúde e para o ambiente, que usualmente ocorre durante a
síntese e a aplicação desses materiais. Na literatura foi relatado que a mistura de
gelatina com o TGA, no qual a gelatina atua como uma agente estabilizante secundário
na síntese de QDs de CdTe, a mesma pode controlar o processo de nucleação já que
possui uma variedade de grupos funcionais disponíveis para interagir com os QDs,
reduzir a toxidade e formar um sistema promissor para ser aplicado em bioimagens [43].
Também foram publicados alguns artigos que realizam a síntese de QDs de CdSe
[44,45], CdS [46] utilizando o amido, que é um carboidrato, como agente estabilizante.
O amido, considerando o principal componente da biomassa, tem como características
ser um polímero renovável e que pode ser facilmente modificado e transformado em
outros produtos. Nestes artigos foram obtidos materiais em que a síntese é relativamente
simples, de baixo custo, reprodutível e que pode ser aplicado na preparação em larga
escala [18].
Introdução|16
(OR) e oriented attachment (OA). Para analisar estes mecanismos considera-se como
sistemas modelo os nanocristais esféricos [62].
Equação 3
Se não houver supersaturação (isto é, ζ = 0), ΔGv =0, a nucleação não ocorre.
Quando C ˃ C0, ΔGv é negativo e a nucleação vai ocorrer espontaneamente. Quando se
assume um núcleo esférico com um raio de r, a variação da energia livre de Gibbs ou
energia de volume, Δμv, pode ser descrita por:
Introdução|19
Equação 4
Equação 5
Onde γ é a tensão superficial por unidade de área. A variação total do potencial químico
para a formação do núcleo, ΔG, é dada por:
+ + Equação 6
Onde essa variação de energia livre global, ΔG, é a soma da energia livre devido à
formação do volume de uma nova fase e a energia devido à nova superfície criada, para
partículas esféricas. A figura 7 representa como a variação de energia livre de volume,
Δμv, e a anergia livre de superfície, Δμs, a energia total livre, ΔG, como função do raio
de um núcleo.
Figura 7. Ilustração esquemática da variação da energia livre de volume, Δμv, energia livre de
superfície, Δμs, e a energia total livre, ΔG, como função do raio do núcleo. Adaptado da ref.
[64].
Introdução|20
Equação. 7
O tamanho do núcleo crítico, r*, pode ser definido por dΔG/dr = 0. Para um
dado valor de ζ, todas as partículas com r > r* vão crescer e quando todas as partículas
com r < r* vão dissolver.
A força dirigente para o mecanismo de formação OR (figura 9a) é a redução da energia livre
total de superfície. De acordo com a equação de Gibbs-Thomson [69, 70] a concentração de soluto
no equilíbrio das partículas maiores é menor do que em partículas menores (maior solubilidade) e
os gradientes de concentração resultantes fazem com que os íons do soluto fluam das partículas
pequenas para as maiores, isto é, que as grandes vão crescer à custa das menores (pois a rigor o
aumenta a solubilidade da nanopartícula). Como este mecanismo é controlado por difusão, ocorre
que o crescimento vai ocorrer por diferença de solubilidade, sendo assim como a solubilidade da
partícula (S) é relacionada ao seu tamanho faz com que as partículas menores de maior
solubilidade difundam para as maiores de menor solubilidade e pode ser descrito pela equação
Introdução|22
Ostwald-Freundlich.
Eq. 8
O mecanismo OA (figura 9b) tem como base a auto-organização espontânea das partículas
adjacentes e, do ponto de vista termodinâmico, a combinação em uma orientação cristalográfica
coerente vai eliminar as interfaces dos nanocristais. Dessa forma, a redução da energia da
superfície é o principal caminho para a força dirigente ocorrendo assim, o crescimento do NC
[70,65,72,82].
A diferença de energia em cada face leva à coalescência das partículas primárias que se
auto-organizam em uma orientação cristalográfica comum. Além disso, durante o crescimento OA,
as unidades primárias podem manter total ou parcialmente a configuração e a estrutura original, o
que ajudaria a entender a cinética de crescimento. O entendimento deste mecanismo não é trivial,
pois, frequentemente, vem acompanhado do mecanismo OR [83], formando sistemas de
Introdução|23
Figura 9. Esquema do crescimento de NC controlado por: (a) mecanismo Ostwald ripening (OR);
(b) mecanismo de Oriented attachment (OA). Figura extraída da ref. [70]. Notar que em (a) tem-
se um aumento no grau de dispersão de tamanho dos nanocristais.
Figura 10. Representação esquemática dos dois tipos de crescimento de NC controlado por
OA [84].
Podem ser definidos três diferentes estados coloidais: o estado disperso e os estados
floculados fortes e fracos. No primeiro estado, a energia potencial dominante entre as partículas
é a interação repulsiva. Já nos estados floculados fortes e fracos, a interação atrativa domina a
energia potencial, e a diferença entre esses estados é a fração volumétrica dessa fase dispersa.
Figura 11. Representação esquemática de colisões efetivas e não efetivas entre partículas (fig.
obtida da referência [84].
Em um estado coloidal floculado fraco, o processo OA não é controlado por colisão entre
partículas, mas é dominado por interações de partículas de médio e curto alcance. Neste caso,
as forças atrativas e estruturais são maiores que as forças repulsivas (principalmente as forças
eletrostáticas e estéricas). Neste estado, as partículas necessitam de liberdade rotacional para
que alcancem o alinhamento cristalográfico e com isso, partículas primárias (interação 0D e 0D)
resultam em estruturas 1D ou 2D. No segundo estágio, estruturas 1D e 2D podem interagir
formando estruturas 3D. Neste estado coloidal o mecanismo OA segue um processo hierárquico
e podem apresentar mesocristais como um estado intermediário, isto é, um cristal formado por
NC de aglomerados orientados [88, 84].
Dois trabalhos de dissertação relacionados à QDs já foram apresentados pelo nosso grupo.
Introdução|26
No primeiro trabalho foram feitos estudos de atividade fotocatalítica de quantum dots (QDs) de
sulfeto de cádmio (CdS) ancorados em (Mercaptopropil) sílica (MPS), a partir da degradação dos
corantes Azul de metileno Rodamina 6G. Os nanocristais de sulfeto de cádmio ancorados em
MPS foram sintetizados por um método simples de uma etapa. Pelo espectro eletrônico foi
possível notar um deslocamento para o azul com o aumento da quantidade de MPS e band gaps
mais largos do que o bulk de CdS. Neste trabalho também foram sintetizados nanocristais de
CdS e CdS ancorados com íons Cu2+ e a dopagem de nanocompositos propiciou mudanças na
recombinação buraco-elétron das partículas de CdS observados pelos espectros de absorção
UV-Vis e de emissão (PL) [89].
Capítulo 2: Objetivos
3-Materiais e Procedimento
Experimental
_______________________________________Materiais e Procedimento Experimental|27
Neste capítulo, serão descritos os métodos que foram utilizados nas sínteses dos
semicondutores de CdTe, utilizando nestas sínteses a mistura de tióis e a mistura de tiol-
polímero como agentes estabilizantes. Deste modo, só foi utilizado isoladamente um
tipo de tiol, o Ácido 3-mercaptopropiônico, que serviu com um modelo comparativo,
seguido da mistura deste mesmo com outros estabilizantes tióis, escolhidos por
apresentarem em sua estrutura, além do grupo sulfídrico e do grupo carboxílico, o grupo
amina. A amina proporciona mais uma possibilidade de ligação/interação obtendo
assim, mais dois tipos de nanopartículas de CdTe. Outra proposta realizada neste
trabalho foi a da utilização do Ácido 3-mercaptopropionico e o biopolímero alginato de
sódio, que tem grupos carboxílicos para fazer interação tanto com MPA como com o
Cádmio, porém não tem grupo –SH. Nas sínteses realizadas foi utilizada uma relação
estequiométrica fixa do Cd2+ e estabilizante. Cabe, aqui, salientar que as rotas de síntese
para obtenção das nanopartículas semicondutoras desenvolvidos neste trabalho foram
baseadas em trabalhos anteriores, descritos na literatura, mas com modificações para
simplificá-las e adaptá-las às montagens possíveis no nosso laboratório não obstante
levando a propriedades satisfatórias.
3.1. Reagentes
As rotas utilizadas para a produção dos nanocristais têm como ponto principal,
para a obtenção de CdTe, a redução do calcogeneto (Te), ou seja, transformá-lo de Te
metálico para HTe-. Para tanto utilizamos NaHTe produzido in situ através da adição do
calcogênio metálico e de borohidreto de sódio (NaBH4). Todas as sínteses utilizadas em
nosso trabalho foram em meio aquoso.
Foram utilizados três tipos de agentes estabilizantes tióis nesse trabalho: o ácido
3- mercaptopropionico (MPA), glutationa (GLU), L-cisteína (CYS) e alginato de sódio
(ALG) (figura 12). Essas moléculas são facilmente adsorvidas nas superfícies dos
pontos quânticos, devido à afinidade dos átomos de enxofre pelo cádmio, ajudando na
eliminação dos defeitos da superfície do nanocristal. Ademais, a cadeia carbônica
presente nessas moléculas serve para estabilizar a reação de crescimento das
nanopartículas por impedimento estérico.
(d)
Figura 12. Representação das estruturas dos tióis e polímero estudados neste trabalho.
(a) MPA, (b) CYS, (c) GLU e (d)ALG.
A preparação dos QDs de CdTe foi realizada em duas etapas experimentais, que
podem ser representadas pelas Equações 9 e 10:
Em uma segunda etapa foi utilizado um tubo schlenk, no qual foi adicionado
telúrio (Te) em pó (0,127 g, 5 mL H2O) e a suspensão resultante foi agitada sob
atmosfera de N2, em temperatura ambiente durante 15 minutos. Em seguida, foi
adicionada uma solução de borohidreto de sódio (NaBH4, 2,50 g/5mL de água destilada
– massa em excesso em relação a massa de telúrio) e a mistura das soluções foi agitada
sob atmosfera de N2, em temperatura de 40 ºC durante aproximadamente 20 minutos
(quando a solução mudou de cor violeta para incolor). Quando a solução resultante de
NaHTe (0,1 mol L-1 em relação a quantidade de matéria do Te e o volume de 10mL) foi
transferida no balão de 3 bocas que contém o complexo MPA/Cd2+ a cor da mistura
mudou imediatamente de incolor para laranja, confirmando a formação das NPs com
uma relação de Cd2+/HTe-/MPA 1:0,2:1,2 sem emissão fluorescente (fluxograma 1).
Para a realização da síntese hidrotermal a solução foi colocada em um tubo de teflon de
100 mL e este tubo foi colocado dentro de um autoclave de inox por no máximo 90
minutos em uma temperatura de 100ºC, está síntese foi repetida mais 2 vezes, porém
_______________________________________Materiais e Procedimento Experimental|30
com tempos diferentes como 45 minutos e 60 minutos para verificar posteriormente, por
meio de caracterizações, a formação de NPs de tamanhos diferentes.
Esta síntese foi preparada como a descrita no item 3.2.1.1. porém, com
modificações, uma vez que neste caso temos a mistura de agentes estabilizantes. Para
esta síntese a mistura de estabilizantes ocorreu na primeira etapa, sendo que a mistura
final não ultrapassou a relação de tiol/Cd = 1,2. Nesta etapa da síntese a concentração e
volume da solução de CdCl2 foi a mesma utilizada para a reação com MPA. Contudo,
neste caso o volume da solução de MPA foi reduzido pela metade, mantendo a
concentração. Adicionalmente, utilizou-se também 25 mL de uma solução do outro tiol
em igual concentração. Isto garante que a razão Cd2+/tiol é mantida em todas as sínteses.
As etapas posteriores da síntese ocorreram de maneira semelhante.
_______________________________________Materiais e Procedimento Experimental|31
Esta síntese foi preparada como nos itens anteriores a diferença neste caso, é que
a mistura de estabilizantes é de tiol e biopolímero. A concentração e o volume final do
MPA (0,03mol L-1) estão de acordo, como o item anterior, sendo que para esta etapa foi
utilizada uma quantidade de alginato de sódio (0,10g/25mL de água) em % foi de 1.
Para obter as NPs se fez necessário seguir os itens anteriores.
das NPs por meio de uma função empírica. Tais resultados foram comparados com
aqueles obtidos pela técnica de difração de raios X (XRD), através da qual também se
estima o diâmetro da partícula, a partir da equação de Bragg. Estes resultados em geral
devem ser confirmados posteriormente por análise das amostras por microscopia
eletrônica de transmissão convencional (TEM) e de alta resolução (HRTEM). A técnica
de UV-Vis permitiu também determinar o coeficiente de extinção molar (ε) e, com este,
a concentração dos nanocristais (em termos no número de moles de partículas por
unidade de volume) através da Lei de Lambert-Beer [13,94]. Através da técnica de
fluorescência foram obtidos os comprimentos de onda máximos de emissão e,
futuramente, será realizada uma estimativa do rendimento quântico (Φ), por
comparação com reagentes padrões, tais como, a rodamina 6G, pois tal avaliação ainda
não foi finalizada. Além disso, será possível a realização de estudos de termo e
fotoestabilidade.
Adicionalmente, as fases cristalinas presentes nas nanopartículas de CdTe foram
determinadas por meio da técnica de XRD. Como as NPs foram preparadas com agentes
estabilizantes orgânicos a fim de melhorar a superfície, com relação à presença de
defeitos, bem como controlar o crescimento de forma homogênea, em termos da
distribuição de diâmetros, também se fez necessário a realização de medidas de
______________________________________________________Resultados e Discussão|34
A síntese de NPs de CdTe foi realizada, no presente trabalho, por meio de duas
etapas prévias: a primeira etapa está relacionada à obtenção do precursor Cd2+:agente
estabilizante tiol em pH 11,5 e a segunda etapa à obtenção do precursor NaHTe. As
duas soluções obtidas são incolores e, quando estas são misturadas, observa-se uma
mudança de cor imediata para diversas variações do laranja (variando de mais escura e
intensa a mais clara. A partir dessa cor pode-se ter uma evidência indireta da obtenção
das nanopartículas de CdTe). Entretanto, as NPs inicialmente preparadas não têm
fotoluminescência à temperatura ambiente, como observado visualmente sob
iluminação UV, devido à superfície desordenada, dado os defeitos serem supressores.
Neste contexto, para que ocorra o ordenamento e a reconstrução da superfície são
necessários estágios de crescimento térmico (≥100ºC) feitos via hidrotermal ou refluxo
que resultam em NPs de CdTe luminescentes.
ocorre a evolução da morfologia são de crucial interesse para uma síntese eficiente e
para o controle de qualidade (tanto morfológica quanto luminescente) de nanocristais
inorgânicos. Tal comportamento é compatível com o mecanismo clássico de nucleação
e crescimento abordado na Introdução, porém os processos subseqüentes a tais etapas
tais como oriented attachment não podem ser detectados pelas técnicas
espectroscópicas, a menos que levem a um grau de agregação que implique a perda dos
efeitos de confinamento quântico. Em suma, as observações feitas podem ser associadas
à presença de nanopartículas em todos os casos, as quais apresentam crescimento com o
tempo de síntese estudado.
0,8
CdTe-MPA-H45min
CdTe-MPA-H60min
(a) CdTe-MPA-H90min
0,6
Absorbancia (u.a.)
(b)
0,4
0,2
0,0
(c)
400 500 600 700
Comprimento de onda (nm)
Figura 14. (a) Espectros de absorção de alíquotas retiradas a diferentes intervalos de tempo da
síntese hidrotermal de NPS de CdTe-MPA (45, 60, 90 min respectivamente). (b) NPs de CdTe-
MPA a luz natural. (c) NPs de CdTe-MPA excitada sob luz UV-365nm.
1,0
CdTeMPA/CYS-H-45min
(a) CdTeMPA/CYS-H-60min
CdTe-MPA/CYS-H-90min
0,8
Absorbancia (u.a.)
0,6
(b)
0,4
0,2
0,0
400 500 600 700
Comprimento de onda (nm)
(c)
Figura 15. (a) Espectros de absorção de alíquotas retiradas a diferentes intervalos de tempo da
síntese hidrotermal de NPS de CdTe-MPA (45, 60, 90 min respectivamente). (b) NPs de
CdTe-MPA/CYS a luz natural. (c) NPs de CdTe-MPA/CYS excitada sob luz UV-365nm.
______________________________________________________Resultados e Discussão|38
CdTe-MPA/GLU-H60min
0,8 CdTe-MPA/GLU-H90min
(a)
0,6
Absorbância (u.a.)
(b)
0,4
0,2
0,0
400 500 600 700
Comprimento de onda (nm)
(c)
Figura 16. (a) Espectros de absorção de alíquotas retiradas a diferentes intervalos de tempo da
síntese hidrotermal de NPS de CdTe-MPA/GLU (60, 90 min respectivamente). (b)NPs de
CdTe-MPA/GLU a luz natural. (c)NPs de CdTe-MPA/GLU excitada sob luz UV-365nm.
1,0
CdTe-MPA/ALG-H60min
(a) CdTe-MPA/ALG-H90min
0,8
Absorbancia (u.a.)
0,6
(b)
0,4
0,2
0,0
400 500 600 700
Comprimento de onda (nm) (c)
______________________________________________________Resultados e Discussão|39
Figura 17. (a) Espectros de absorção de alíquotas retiradas a diferentes intervalos de tempo da
síntese hidrotermal de NPS de CdTe-MPA/ALG (60, 90 min respectivamente). (b) NPs de
CdTe-MPA/ALG a luz natural. (c)NPs de CdTe-MPA/ALG excitada sob luz UV-365nm.
Equação
11
ε = 10043(D)2.12 Equação 12
______________________________________________________Resultados e Discussão|40
A = ε . c. l Equação 13
No presente trabalho foi desenvolvida a preparação das NPs de CdTe via rota
aquosa utilizando como agente estabilizante o tiol MPA e a mistura do mesmo com
outros como a cisteína, aminoácido contendo grupo tiol, e a glutationa, tripeptídio linear
______________________________________________________Resultados e Discussão|42
conhecido por ser um tiol não protéico, além da mistura MPA e o biopolímero alginato
de sódio para verificar e prever melhoria das propriedades.
0,8
CdTe-MPA/GLU-H-1h30 CdTe-MPA/GLU-H
(a) CdTe-MPA-H-1h30 CdTe-MPA-H
0,4
0,2
0,0
400 450 500 550 600 650 700 550 600 650 700
Comprimento de Onda (nm)
Comprimento de onda (nm)
Figura 18. (a) Espectro de absorção e (b) Espectro de emissão das NPs preparadas por meio de
síntese hidrotermal (t=90 min). (c)NPs de CdTe-MPA/GLU (d) NPs de CdTe-MPA (e) NPs de
CdTe-MPA/CYS (f) NPs de CdTe-MPA/ALG (a luz natural e excitada sob luz UV-A-365nm,
respectivamente).
O espectro de absorção (figura 18a) indica que ambas NPs de CdTe-MPA como
a da mistura CdTe-MPA/CYS, CdTe-MPA/GLU, CdTe-MPA/ALG apresentam
diferentes posições de máximo e diferentes larguras de banda, como resultado do
processo de nucleação e crescimento que ocorre de maneira diferenciada, uma vez que
as misturas diferentes ou o próprio MPA livre vão ter diferentes interações com a
______________________________________________________Resultados e Discussão|43
(a) (b)
(c)
(d)
Figura 19. Representação esquemática das NPs de CdTe obtidas em 100ºC, 90minutos de
síntese. (a)CdTe-MPA, (b)CdTe-MPA/CYS, (c)CdTe-MPA/GLU, (d)CdTe-MPA/ALG. figura
adaptada da ref. [105].
passivada a superfície é mais complexa pois, estamos tratando de um polímero que tem
estrutura macromolecular. Então, de acordo com estes casos podemos inferir que um
estabilizante grande pode proteger menos a superfície por causa do impedimento
estérico entre as cadeias carbônicas. De outro lado, se essas grandes estruturas forem
mais flexíveis elas poderiam se ajustar a superfície. Para as superfícies de NPs ligadas
às cadeias curtas pode se esperar uma melhor e maior a passivação.
Foi descrito no parágrafo anterior que ocorreu uma discreta diferença nos
espectros de absorção e de emissão para as diferentes misturas de MPA-tiol e MPA-
polímero. Uma racionalização proposta na literatura, a respeito de etapas mecanísticas
específicas do processo de formação dos nanocristais seria pela formação de compostos
complexos Cd-SR+ e Cd(SR)2 (Equação12). A razão molar tiol/Cd2+ determina o tipo de
complexo predominante. Dados da literatura apontam que quando a razão utilizada for
______________________________________________________Resultados e Discussão|45
Uma terceira suposição estaria baseada em trabalhos [111, 112] que já foram
descritos na literatura quando se considera, na superfície das NPs, a existência de sítios
com Te oxidado que também são suscetíveis para obter uma supressão de
luminescência, já que telúrio com ligações erráticas na superfície podem dar origem a
vias de combinação não – radiativa que também levariam a sítios de defeitos nas NPs. A
própria existência de íons Cd2+ torna menor a exposição ao ambiente externo dos
átomos de Te, e por fim, obtém-se melhores propriedades fotoluminescentes.
O deslocamento observado nas bandas de absorção e de emissão se deve ao
modo como ocorre a passivação da superfície das NPs por agentes estabilizantes
orgânicos e ao tipo de cadeia dos agentes estabilizantes utilizados. A propriedade de
passivação das superfícies nos NCs com ligantes orgânicos ou cascas de compostos
inorgânicos (“shell”) podem proporcionar NCs de alta qualidade, no que diz respeito às
______________________________________________________Resultados e Discussão|46
Assim, para que ocorra a formação das NPs de CdTe-MPA e de CdTe mistura
de estabilizantes consideramos que a etapa limitante da velocidade não foi a difusão dos
monômeros mas, sim a decomposição dos complexos de Cd-SR. Devido à reação
complexa existente, a concentração de íons Cd2+ deve ser controlada por meio do
equilíbrio da complexo em solução e assim, os íons Cd2+ poderiam ser liberados
continuamente, devido a decomposição de tais complexos.
tratamentos das amostras pós - síntese não se fizeram necessários como, por exemplo, o
procedimento de precipitação seletiva do tamanho, que diminui a largura de linha de
emissão[114].
Nas figuras 20, 21 e 22 verificamos que o maior tempo de reação para a síntese
hidrotermal foi de 90 minutos e para a síntese em refluxo foi de 180 minutos, isto é, a
síntese em refluxo necessita do dobro de tempo para apresentar espectros de absorção e
emissão com deslocamento para a região do vermelho, indicando um grau comparável
de crescimento.
(a)
(b) (c)
1,0
CdTe-MPA-H-100-C1-1h30 CdTe-MPA-H
CdTe-MPA-R-100-C1-3h CdTe-MPA-R
Intensidade fluorescente (u.a.)
0,8
Absorbância (u.a.)
0,6
0,4
0,2
0,0
400 500 600 700 550 600 650 700
Comprimento de onda (nm) Comprimento de onda (nm)
O espectro de absorção das NPs de CdTe MPA/CYS (figura 21) obtidas pelo método
hidrotermal apresentou uma banda larga e com discreta definição, contrastando com a
ausência de definição da banda característica para o NP realizada por refluxo. Os espectros
de emissão apareceram simétricos e com valores de comprimento de onda máximo
próximos. A diferença nos espectros de emissão refere-se ao valor de FWHM, que foi mais
estreito para a amostra hidrotermal.
______________________________________________________Resultados e Discussão|50
(a)
(b) (c)
1,0
CdTe-MPA-CYS-H-1h30
CdTe-MPA/CYS-H
CdTe-MPA-CYS-R-3h
CdTe-MPA/CYS-R
0,6
0,4
0,2
0,0
400 500 600 700 550 600 650 700
Comprimento de onda (nm) Comprimento de onda (nm)
Tabela 7. Propriedades ópticas das NPs de CdTe com diferentes agentes estabilizantes e
dois tipos distintos de síntese: hidrotermal-1h30 (H) e refluxo-3h (R).
(a)
(b) (c)
CdTe-MPA/GLU-H-100-C1-1h30
CdTe-MPA/GLU-R-100-C1-3h CdTe-MPA/GLU-H
0,8 0,8
CdTe-MPA/GLU-R
Intensidade Fluorescente (u.a.)
0,6 0,6
Absorbância (u.a.)
0,4 0,4
0,2 0,2
0,0 0,0
400 500 600 700 550 600 650 700
Comprimento de Onda (nm) Comprimento de Onda (nm)
(a)
1560
1696
2560
Intensidade (u.a.) (b) 14261404
1654
1560
1400
3380
1654
(c) 1400
1560
Figura 23. Espectros de FTIR (a) estabilizante ácido mercaptopropionico, (b) NPs de CdTe-
MPA preparados por síntese em refluxo e (c) NPs de CdTe-MPA preparados por síntese em
Hidrotermal.
sugere a interação do MPA via o grupo sulfídrico –S- com o Cd2+ do CdTe. De uma
forma geral, os espectros referentes às duas amostras de CdTe/MPA, obtidas pelos
diferentes métodos, apresentam as mesmas alterações, que sugere que a funcionalização
ocorre em ambos os casos. Diferenças observadas nos perfis são provavelmente devidas
ao preparo das amostras para a realização das medidas.
(a)
1560
1696
2560
1426 1404
(b)
Intensidade (u.a.)
2824 2526
3354 1714
(c) 3254 3040
1534
3132 1660 1558
1596
(d)
3444 1310 1064
3200 1188 862
1620 1404
1580
3276 1400
3420
1638
1580
4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
-1
Comprimento de onda/ cm
1560
2560 1696
(b) 1426
1404
3424
2080
3176
2550
2968
1396
1600 15881542
(c)
1558 1540
3060 1400
3352
(d)
1560
3060
15401400
3354
Figura 25. Espectros de FTIR (a) estabilizante ácido mercaptopropionico, (b) estabilizante L-
cisteína, (c)NPs de CdTe-MPA/CYS preparados por síntese em refluxo e (c)NPs de CdTe-
MPA/CYS preparados por síntese Hidrotermal.
Pode ser verificado que a cisteína livre apresenta uma banda pouco intensa em
3424 cm-1 devido ao estiramento de ligações NH2. Outras bandas aparecem entre 3200-
2600 cm-1, correspondentes ao modo de estiramento de grupos NH3+ (forma
zwitteriônica), provavelmente sobreposta à banda de estiramento OH [122, 123]. Uma
______________________________________________________Resultados e Discussão|57
(a)
1560
1696
2560
14261404
(b)
Intensidade (u.a.)
2932
1174
1420
1090
1618 1034
3444
(c) 1040
1654
1406
2928 1564
3426
Figura 26. Espectros de FTIR (a) estabilizante ácido mercaptopropionico, (b) Alginato de sódio
e (c)NPs de CdTe-MPA/ALG preparados por síntese Hidrotermal.
O espectro do alginato de sódio puro apresenta em 3444 cm-1 uma banda larga e
intensa, além de um ombro de baixa intensidade em 3282 cm-1, ambas relacionadas ao
estiramento O-H. Em 2932 cm-1, observa-se uma banda fraca, associada ao estiramento
C-H e, em 1618 e 1420 cm-1, apareceram bandas estreitas de intensidade forte e média,
respectivamente, relacionadas ao estiramento assimétrico e simétrico do grupo COO-.
Em números de onda mais baixos também aparecem bandas características aos
estiramentos C-C, C-O-C e C-O, nos comprimentos de onda, respectivamente de 1174,
1090, 1034 cm-1[124]. O espectro das NPs preparadas com a mistura de tiol-polímero
mostra-se muito semelhante ao do sistema CdTe/MPA, com bandas que podem ser
atribuídas de modo absolutamente análogo ao que foi discutido para a referida amostra.
Portanto, através deste espectro não é possível evidenciar que de fato houve ligação ao
alginato de sódio, tampouco excluir completamente. Porém, chama atenção o fato de
que o alginato de sódio possui bandas intensas na região próxima a 1000-1100 cm-1
(estiramento C-O em ligação simples) devido à longa cadeia polimérica. Tal banda
desaparece, o que não é esperado caso estivesse ligado. Medidas adicionais tais como
______________________________________________________Resultados e Discussão|59
RMN de 1H e 13C devem ser realizadas para uma conclusão inequívoca. Pois, levando –
se em conta as análises espectroscópicas apresentadas anteriormente, estas evidenciaram
que existe algum tipo de interação da mistura MPA/ALG com o CdTe. tOutra forma de
analisar é por meio das fotos em que as cores características de emissão de CdTe-MPA
são diferentes das amostras de CdTe-MPA/ALG, nos tempos de síntese estudados.
Figura 27. Padrões de difração de raios X obtidos para as amostras CdTe-MPA/GLU, CdTe-
MPA/ALG, CdTe-MPA/CYS e CdTe-MPA, obtidas via síntese hidrotermal.
CdTe-MPA/CYS utilizando a síntese aquosa por refluxo (figura 28) apresentam perfis
semelhantes entre si e, quando comparados ao anteriormente descrito, apresentam
poucas diferenças.
______________________________________________________Resultados e Discussão|62
CdTe-MPA/GLU-R3h
Intensidade (u.a.)
CdTe-MPA/CYS-R3h
(110)
(200)
CdTe-MPA-R3h
(220)
(311)
10 20 30 40 50 60
2
Figura 28. Padrões de difração de raios-X obtidos para as amostras CdTe-MPA/GLU, CdTe-
MPA/ALG, CdTe-MPA/CYS e CdTe-MPA, obtidas via síntese em refluxo.
Planos Cristalográficos
Tabela 10. Diâmetro das NPs de CdTe preparadas via síntese hidrotermal (1h30) e refluxo (3h).
a)
b)
c)
d)
a)
b)
c)
Foi possível verificar, por meio do espectro eletrônico de absorção de todos os tipos
de NPs, que o efeito do tempo de reação, e a mistura de agentes estabilizantes
afetam o mecanismo de crescimento, pois os gráficos obtidos das nanopartículas de
CdTe preparadas foram deslocados para o vermelho (maiores comprimentos de
onda) provavelmente por causa do aumento em tamanho dos mesmos. A partir de
funções empíricas do CdTe obtidas da literatura foi possível confirmar que o
aumento do tempo de reação ocasiona realmente um aumento no diâmetro dos
nanocristais.
Os resultados de DRX evidenciaram que foram obtidas nanopartículas, uma vez que
foi observado um alargamento dos picos, típico para este tipo de material. Foram
estabelecidas a estrutura cristalina das diferentes NPs de CdTe em que os resultados
estiveram entre a estrutura cúbica de blenda de zinco e a estrutura hexagonal do CdS
evidenciando uma provável incorporação de enxofre na estrutura e a formação de
CdTexSx-1.
Os dois tipos de síntese são viáveis sendo que as NPs via síntese hidrotermal tem o
mecanismo de nucleação e crescimento mais rápido (50% a menos) comparado ao
de refluxo, o que é uma vantagem já que economiza tempo e energia sem perda de
qualidade óptica. Outra diferença é o mecanismo que rege o crescimento, no caso da
síntese hidrotermal é o OA e para a de refluxo é o OR, o que viabiliza, a preparação
de morfologias adequadas a sua aplicação.
6- Trabalhos em Andamento
_______________________________________________Trabalhos em Andamento|73
7- Perspectivas Futuras
___________________________________________________Perspectivas Futuras|74
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