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ANGLO

A L F A 2 5
REVISAO
F L E X

1
ANGLO
A L F A 2 5
REVISAO
F L E X

1
SUMÁRIO

REVISÃO GABARITO

QUÍMICA QUÍMICA
.......................................................................................................... 03 .......................................................................................................... 30

MATEMÁTICA MATEMÁTICA
...........................................................................................................07 ........................................................................................................... 31

LÍNGUA INGLESA LÍNGUA INGLESA


.......................................................................................................... 09 ..........................................................................................................34

LÍNGUA PORTUGUESA LÍNGUA PORTUGUESA


............................................................................................................10 ...........................................................................................................34

BIOLOGIA BIOLOGIA
............................................................................................................18 ...........................................................................................................36

HISTÓRIA HISTÓRIA
............................................................................................................ 21 ...........................................................................................................36

FÍSICA FÍSICA
...........................................................................................................24 ........................................................................................................... 37

GEOGRAFIA GEOGRAFIA
...........................................................................................................26 ...........................................................................................................39

2
EXERCÍCIOS

QUÍMICA

1 (Acafe-SC) Uma imagem microscópica da rainha Eliza- 2 A figura representada a seguir corresponde ao modelo
beth 2ª foi criada por cientistas da Universidade de Not- de Bohr para o átomo de hidrogênio.
tingham, na Grã-Bretanha, para marcar o Jubileu de Dia-
mante, que marca os 60 anos do reinado da monarca. A
gravura da rainha, que mede 46 por 32 mícrons, medida
que equivale a um milésimo de um milímetro, foi criada
pelos cientistas Martyn Poliakoff, Michael Fay e Christo-
pher Parmenter, dos centros de Nanotecnologia e Nano-
ciência da universidade. Para gravar a efígie no diamante,
foi utilizado um feixe de íons trivalentes de gálio aplicado
no carbono do diamante.

Sabe-se que o nível de energia (E), em elétron-volt eV,


associado a uma camada eletrônica para esse átomo é
dado pela seguinte expressão, onde n é a camada eletrô-
nica em que se encontra o elétron.
O processo faz parte de uma série de vídeos realizados
pela universidade para promover o estudo de química,
intitulada de A Tabela Periódica de Vídeos, que fala sobre
os elementos e a sua organização na tabela. (consulte a
tabela periódica) Com base nesse modelo, pode-se associar que a energia
Sobre a temática, é correto afirmar, EXCETO: necessária para promover a transição da segunda para a
terceira camada, e a energia de ionização desse átomo,
a) Em seu estado fundamental, os átomos de gálio apre-
em eV, são, respectivamente.
sentam seus elétrons distribuídos em 4 níveis de ener-
gia, apresentando 3 elétrons na camada de valência. a) –13,6 e –10,2.
b) Na forma em que foi utilizado para gravar a efígie no b) –10,2 e –13,6.
diamante, o elemento utilizado apresenta distribuição c) +10,2 e +13,6.
eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p1. d) +13,6 e +13,6.
c) O carbono diamante, citado no enunciado, é uma das e) +1,89 e +13,6.
formas alotrópicas do carbono, assim como o grafite
e o fulereno. 3 Em um jogo proposto por um aluno que estava estudan-
d) Os átomos de gálio, utilizados no processo de criação, do em grupo com seus amigos, um estudante recortou
pertencem ao grupo 13 (3A) da tabela periódica e apre- figuras que mostravam a variação de algumas proprieda-
REVISÃO FLEX

sentam menor energia de ionização do que os átomos des periódicas dos elementos químicos, porém ele omitiu
de carbono presentes no diamante. qual a propriedade que a figura retratava. A seguir, ele

3
distribuiu as quatro figuras apresentadas a seguir para o grupo e perguntou qual propriedade perió-
dica que elas mostravam.

Considerando que a seta representa grandeza crescente no sentido da seta e que a coluna destacada
não apresenta tal propriedade, o estudante que acertou corretamente as propriedades das quatro
figuras falou que
a) I = raio atômico, II = eletropositividade, III = energia de ionização, IV = caráter metálico.
b) I = raio atômico, II = eletropositividade, III = eletroafinidade, IV = energia de ionização.
c) I = energia de ionização, II = eletroafinidade, III = raio atômico, IV = eletropositividade.
d) I = eletroafinidade, II = energia de ionização, III = eletropositividade, IV = raio atômico.
e) I = raio atômico, II = eletropositividade, III = energia de ionização, IV= eletroafinidade.

4 (FCMSCSP) O cloreto de nitrila (ClNO2) é um composto formado em ambiente marinho. Em pressão


ambiente ele apresenta temperatura de fusão –30 °C e de ebulição 5 °C. A figura representa uma
curva de aquecimento desse composto a 1 atm.

Na curva de aquecimento do cloreto de nitrila, a região correspondente à temperatura de 298 K está


indicada pelo número
a) 2.
b) 3.
c) 1.
d) 5.
e) 4.

4
5 (Acafe–SC) O Autoteste Covid Ag, desenvolvido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, foi
criado para a detecção de antígenos virais do COVID-19 (SARS-CoV-2). Após a coleta feita por swab,
é preciso inseri-lo no frasco de solução tampão reagente e agitar, retirando-o após a agitação, deve-se
então aguardar 1 minuto e adicionar 3 gotas da solução no poço da amostra. O resultado pode ser lido
de 15 a 30 minutos depois da realização do processo. O esquema simplificado do procedimento pode
ser visto abaixo:

Durante a realização do autoteste, diferentes processos químicos estão acontecendo, dentre eles po-
de-se destacar ____________ que ocorre na primeira imagem quando a haste (swab) é colocada na
solução tampão, seguido de um processo fundamentado em uma técnica utilizada na identificação e
separação de misturas, chamada ____________, em que a amostra migra pela membrana reagindo
com os anticorpos da linha teste (anti-SARS-CoV2) e da linha controle.
Assinale a alternativa que contém as palavras que completam CORRETA e sequencialmente os
espaços.
a) liofilização - cromatografia
b) ionização - filtração
c) dissolução - filtração
d) dissolução - cromatografia

6 (Famerp-SP) Os componentes de uma amostra de pólvora negra foram isolados a partir do procedi-
mento esquematizado a seguir.

REVISÃO FLEX

O quadro apresenta a solubilidade dos componentes da pólvora negra em água e em dissulfeto de


carbono (CS2).

5
vimentar livremente ao longo do material condutor. Isso
ocorre nos sistemas condutores a seguir indicados:
Solubilidade em água Solubilidade em CS2 Sistema A: mercúrio no estado líquido
C Insolúvel Insolúvel Sistema B: vinagre
KNO3 Solúvel Insolúvel Sistema C: soro fisiológico

S Insolúvel Solúvel A alternativa que contém a explicação química correta


para justificar a condutividade elétrica desses sistemas é
No processo de separação apresentado, os sólidos D, F a) O sistema A conduz corrente elétrica devido a uma
e H são, respectivamente: reação de ionização que ocorre ao fundir o mercúrio.
a) C, KNO3 e S Com isso há cátions e ânions no sistema que são os
b) KNO3, C e S responsáveis pela condutividade.
c) KNO3, S e C b) O sistema B conduz corrente elétrica devido a uma
d) C, S e KNO3 reação de dissociação iônica que ocorre ao adicionar o
ácido acético em água. Com isso há cátions e ânions no
e) S, C e KNO3
sistema que são os responsáveis pela condutividade.
7 A tabela mostrada a seguir indica as porcentagens em c) O sistema C conduz corrente elétrica devido a uma
massa dos principais elementos encontrados no corpo reação de ionização que ocorre ao adicionar o sal de
humano cozinha em água. Com isso há cátions e ânions no
sistema que são os responsáveis pela condutividade.
Elemento Número Massa Porcentagem em d) Tanto o sistema A como B são condutores devido res-
(símbolo) atômico atômica massa no corpo pectivamente, à presença de elétrons livres e íons li-
O 8 16 64,6 vres no sistema , porém no caso do sistema B, ocorre
uma reação química entre o soluto e o solvente, en-
C 6 12 18
quanto no caso do C, há apenas um processo físico de
H 1 1 10 dissociação.
N 7 14 3,1 e) Tanto o sistema A como B são condutores devido à
Ca 20 40 1,9 presença de íons livres no sistema aquoso, porém no
caso do sistema A ocorre um processo físico de disso-
Cl 17 35,5 1,1
ciação enquanto no caso do B há uma reação química
K 19 39 0,4 entre o soluto e o solvente.

9 Embora estejamos acostumados que os sabores são di-


Com base nessa tabela pode-se afirmar que vididos em 4 grandes grupos, o doce, o salgado, o azedo
I– Embora a massa de oxigênio seja a maior, há maior e o amargo, é consensual modernamente a existência de
quantidade de átomos de hidrogênio no corpo hu- um quinto sabor, o umami. Esse sabor pode ser encon-
mano. trado em alimentos como queijos, cogumelos e carnes
II – Dentre os metais listados na tabela, há entre quatro dentre outros.
e cinco vezes mais do metal alcalino terroso no cor- Há no mercado, diversos produtos alimentícios e tempe-
po humano do que do metal alcalino, tanto em mas- ros, os chamados “realçadores de sabor”, que são ricos
sa quanto em quantidade de átomos. em uma substância química que confere o sabor umami
III – O elemento não metálico presente em menor quan- – o glutamado de sódio, que é sal de sódio derivado de
tidade de átomos é o cloro. um aminoácido natural, o ácido glutâmico, composto cuja
São corretas as afirmações estrutura é apresentada a seguir.

a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) I e II
Considerando a estrutura química desse ácido, é de se
e) I, II e III
esperar que o sal que confere o sabor umami aos alimen-
8 Materiais condutores de corrente elétrica sempre contém tos contenha em sua fórmula.
partículas dotadas de cargas elétricas que podem se mo- a) Um íon sódio para cada íon glutamato.

6
b) Dois íons sódio para cada íon glutamato. 11 (Famerp–SP) A carga comum dos íons mononucleares
c) Três íons sódio para cada íon glutamat.o de elementos representativos é uma propriedade perió-
dica e está relacionada com a distribuição eletrônica de
d) Dois íons sódio para cada três íons glutamato.
cada elemento. As fórmulas de alguns ânions polinuclea-
e) Um íon sódio para cada dois íons glutamato.
res estão representadas na tabela.
10 Reações entre ácidos e bases produzem sais que, a depen-
der da proporção da mistura, podem ser classificados como Ânions Sulfato Hidroxila Carbonato
sais normais, por exemplo o CaCO3, hidroxissais, como o Fórmulas SO42– OH– CO32–
Ca(OH)Cl ou ainda hidrogenossais como o NaHCO3.
Para se preparar um hidrogenossal a partir da reação
entre o ácido sulfúrico e o hidróxido de bário, os menores A partir da Classificação Periódica e das informações
coeficientes estequiométricos inteiros X, Y, Z e W da equa- fornecidas, as fórmulas dos compostos iônicos sulfato de
ção genérica a seguir devem ser, respectivamente alumínio, hidróxido de alumínio, carbonato de lítio e fluo-
X ácido + Y base → Z sal + W água reto de cálcio são, respectivamente,

a) 1, 2 , 1 e 2 a) AlSO4, AlOH, LiCO3, CaF

b) 1, 1, 1 e 2 b) Al2(SO4)3, Al(OH)3, Li2CO3, CaF2


c) 2, 1, 1, 2 c) Al3SO4, Al(OH)2, Li3CO3, CaF2
d) 2, 2, 1 e 2 d) Al(SO4)3, Al(OH)3, Li(CO3)2, Ca2F
e) 1, 1, 1 e 2 e) Al2(SO4)3, Al(OH)2, Li2CO3, Ca2F

MATEMÁTICA

12 (Insper–SP) Os números inteiros positivos n, p e q, e são 14 (FMJ–SP) Uma máquina funcionou por 4 horas e 12 mi-
tais que nutos produzindo um lote de determinada peça, de ma-
neira que cada peça foi produzida em 1,2 minuto. Para a
produção de um novo lote 80% maior, a máquina foi ajus-
tada para fabricar cada peça em 10% a menos de tempo.
A soma dos algarismos do produto n · p · q é igual a O tempo para a produção desse novo lote será de,
a) 6. d) 9. aproximadamente,

b) 7. e) 10. a) 7 horas e 20 minutos.

c) 8. b) 6 horas e 50 minutos.
c) 7 horas e 40 minutos.
13 (Insper–SP) O valor exato da expressão , com 5
d) 8 horas.

casas decimais, é 2,41421. Considere os seguintes métodos e) 6 horas.


para se fazer essa conta sem o auxílio da calculadora:
15 (ENEM) Em um jogo on-line, cada jogador procura subir
Método A: usa-se um valor aproximado para e de nível e aumentar sua experiência, que são dois parâ-
faz-se a divisão; metros importantes no jogo, dos quais dependem as for-
Método B: racionaliza-se o denominador e usa-se um ças de defesa e de ataque do participante. A força de
valor aproximado para . defesa de cada jogador é diretamente proporcional ao
Ao se fazer uma aproximação, comete-se um erro, que é seu nível e ao quadrado de sua experiência, enquanto sua
definido como a diferença, em módulo, entre o valor apro- força de ataque é diretamente proporcional à sua expe-
ximado e o valor exato. riência e ao quadrado do seu nível. Nenhum jogador sabe
o nível ou a experiência dos demais. Os jogadores iniciam
Usando a melhor aproximação para com uma única casa
o jogo no nível 1 com experiência 1 e possuem força de
decimal, a razão entre os erros (em relação ao valor exato)
ataque 2 e de defesa 1. Nesse jogo, cada participante se
obtidos nos métodos A e B, respectivamente, é de cerca de
movimenta em uma cidade em busca de tesouros para
a) 10 d) 4 aumentar sua experiência. Quando dois deles se encon-
REVISÃO FLEX

b) 8 e) 2 tram, um deles pode desafiar o outro para um confronto,


c) 6 sendo o desafiante considerado o atacante. Compara-se

7
então a força de ataque do desafiante com a força de 17 (FAMERP–SP) A figura indica cinco retas, dois pares de
defesa do desafiado e vence o confronto aquele cuja ângulos congruentes, dois pontos nas intersecções de
força for maior. O vencedor do desafio aumenta seu nível três retas e um ponto na intersecção de duas retas.
em uma unidade. Caso haja empate no confronto, ambos
os jogadores aumentam seus níveis em uma unidade.
Durante um jogo, o jogador J1, de nível 4 e experiência 5, irá
atacar o jogador J2, de nível 2 e experiência 6. O jogador
J1 venceu esse confronto porque a diferença entre sua força
de ataque e a força de defesa de seu oponente era
a) 112 d 28
b) 88 e) 24
c) 60

16. (FGV–SP) As avenidas de certa cidade são raios de uma Nas condições da figura, as retas e serão paralelas se, e
circunferência que se encontram na praça central -C da somente se,
cidade.
a) a for igual a b.
b) teu forem perpendiculares em C.
c) a medida de for igual à de .
d) a ou b for igual à de .
e) o triângulo ABC for equilátero.

18 (FGV-SP) Considere um triângulo ABC e o ponto D, médio


do lado AC. Sabendo que os segmentos BD e DC têm
comprimentos iguais e que o ângulo BCD mede 65O, a
diferença entre as medidas dos ângulos CBD e DAB, em
graus, é
a) 20
b) 25
c) 30
d) 35
e) 40

19 (Insper–SP) A imagem indica o projeto de uma peça que


será impressa em uma impressora 3D.

As ruas são transversais às avenidas e são circunferências


com centro na praça central C. Um motorista de aplicativo
está posicionado no ponto A, cruzamento de uma rua
com uma avenida, situado a 1 km da praça central. Ele
recebe uma chamada para ir até o ponto B, cruzamento
da mesma rua com outra avenida. O motorista pode ir
até B diretamente pela rua onde ele está, percorrendo um
arco de círculo, ou pode ir primeiro até a praça central C
e depois seguir pela outra avenida até o ponto B . Ele
consulta o aplicativo para saber qual desses percursos é
o mais curto e o aplicativo informa que a distância em A figura a seguir indica um corte na peça por um plano
ambos os percursos é a mesma. transversal. A respeito desse corte, sabe-se que é
O ângulo ACB, em radianos, é um triângulo isósceles, com , inscrito em um cír-
a) 1,9 d) 2,0 culo l. Por e passam duas retas tangentes a que
se intersectam no ponto B . As medidas dos ângulos
b) 1,3 e) 2,1
e , indicadas na figura por e b, estão
c) 1,5 em radianos.

8
22 (Unesp–SP) Examine os dados comparativos simplifica-
dos entre Júpiter, Terra e Sol, considerando-se modelos
esféricos e movimentos circulares dos planetas em torno
do Sol.

Sabendo-se que a soma dos ângulos da base do


triângulo é igual a 4b , então é igual a:

a) d)

b) e)

c)
Se as medidas do raio da Terra e de são, respectivamente,
20 (FGV–SP) Sendo x um número real, o operador (x) é igual iguais a x e y quilômetros, a menor distância, em quilôme-
tros, entre os centros de Júpiter e da Terra será igual a
a . Esse operador também admite composições
a) 12x + 4,2y d) 9x + 6,2y
como, por exemplo,((-1)) =5. De acordo com a definição
b) 12x + 6,2y e) 10x + 4,2y
do operador, o valor de é igual a c) 12x + 5,2y

a) 661 c) 61 e) 23 23 (FGV–SP) Julia e Lucas estão em frente ao seu quarto de


hotel, que é o quarto número em um longo corredor cujos
b) 590 d) 58
números dos quartos seguem a ordem dos números in-
21 (Famema–SP) Um cinema vende ingressos a preço único. teiros positivos. Julia começou a correr pelo corredor
Com o preço atual dos ingressos, o cinema tem conse- seguida de Lucas, de maneira que a cada quartos pelos
guido vender apenas metade da lotação máxima da sala, quais ela passava, Lucas passava por quartos. Quando
com arrecadação total de R$ 1.408,00. Diante dessa si- Julia chegou ao último quarto do corredor, imediatamen-
tuação, o gerente decidiu abaixar o preço do ingresso em te deu meia volta e voltou pelo corredor com a mesma
R$ 5,00 e, com o novo valor, o cinema passou a preencher velocidade. Em dado momento Lucas, que também sem-
sua lotação máxima, com arrecadação total de pre manteve a mesma velocidade, encontrou-se com Ju-
R$ 2.176,00. O percentual de desconto dado pelo geren- lia em frente ao quarto de número . O número total de
te no preço do ingresso em relação ao que era anterior- quartos desse corredor, sabendo que é um número ter-
mente cobrado foi de, aproximadamente, minado em ou , é

a) 22.7% d) 23,1% a) 216 d) 286

b) 23,7% e) 23,3% b) 261 e) 291

c) 26,7% c) 281

LÍNGUA INGLESA

24 (Unifunec–SP) Examine a tirinha Hagar The Horrible. O efeito de humor da tirinha é obtido, sobretudo, por
meio da
a) semelhança de reações das personagens.
b) utilização irônica do termo “finally”.
c) contradição presente na expressão “this time”.
d) falta de sentido no diálogo entre as personagens.
REVISÃO FLEX

e) ambiguidade presente na frase “I missed you!”

(www.hagardunor.net)

9
Texto para as questões 25 a 30 26 A palavra que substitui correta e adequadamente a lacu-
Our planet has been warming rapidly since the dawn na em “...because of ____ abundance in the atmosphere”
of the Industrial Revolution. The average temperature at the (2º parágrafo) deve ser:
Earth’s surface has risen about 1.1°C since 1850. Furthermore, a) your d) their
each of the last four decades has been warmer than any that b) it e) his
preceded it since the middle of the 19th Century. c) its
Greenhouse gases – which trap the Sun’s heat – are the
crucial link between temperature rise and human activi- 27 In the 2nd paragraph “Both activities exploded after the
19th century...”, the word both refers to:
ties. The most important is carbon dioxide (CO2), because
of ____ abundance in the atmosphere. We can also tell it’s a) trapping the Sun’s heat and satellites.
CO2 trapping the Sun’s energy. Satellites show less heat b) greenhouse gases and carbon dioxide abundance.
from the Earth escaping into space at precisely the wave- c) temperature rise and computer simulations.
lengths at which CO2 absorbs radiated energy. Burning d) burning fossil fuels and chopping down trees.
fossil fuels and chopping down trees lead to the release e) CO2 and radiated energy.
of this greenhouse gas. Both activities exploded after the
19th Century, so it’s unsurprising that atmospheric CO2 in- 28 (Unifunec–SP) The text aims to answer the following question:
creased over the same period. a) Are human activities causing climate change?
Computer simulations, known as climate models, b) Is the rise in CO2 emissions affecting human’s health?
have been used to show what would have happened to c) What are the myths concerning the climate crisis?
temperatures without the massive amounts of greenhouse
d) What natural factors contribute to global warming?
gases released by humans. They reveal there would have
e) Are there any solutions to prevent rising temperatures?
been little global warming – and possibly some cooling –
over the 20th and 21st Centuries, if only natural factors had 29 In the 2nd paragraph “…so it’s unsurprising that atmos-
been influencing the climate. Only when human factors pheric CO2 increased…”, the word so could be replaced,
are introduced can the models explain increases in tem- without change in meaning, by:
perature. a) however d) despite
(www.bbc.com, 25.10.2021. Adaptado.) b) therefore e) instead
c) than
25 No 1º parágrafo “Furthermore, each of the last four decades
has been warmer...”, a palavra furthermore dá ideia de: 30 In the 3rd paragraph “They reveal there would have been
little global warming – ...”, the opposite of little in the
a) consequência
context would be:
b) causa
a) a few d) a large number of
c) adição
b) many e) a great deal of
d) ressalva
c) few
e) substituição

LÍNGUA PORTUGUESA

31 (UEL–PR) Leia o fragmento retirado da obra Eles não você até que teve peito. Furou a greve e disse pra todo
usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri. mundo, não fez segredo. Não fez como o Jesuíno que fu-
TIÃO – Papai... rou a greve sabendo que tava errado. Ele acha, o seu pai,
OTÁVIO – Me desculpe, mas seu pai ainda não chegou. que você é ainda mais filho da mãe! Que você é um traidô
Ele deixou um recado comigo, mandou dizê pra você que dos seus companheiro e da sua classe, mas um traidô que
ficou muito admirado, que se enganou. E pediu pra você pensa que tá certo! Não um traidô por covardia, um traidô
tomá outro rumo, porque essa não é casa de fura-greve! por convicção! TIÃO – Eu queria que o senhor desse um
TIÃO – Eu vinha me despedir e dizer só uma coisa: não recado a meu pai...
foi por covardia! OTÁVIO – Vá dizendo.
OTÁVIO – Seu pai me falou sobre isso. Ele também TIÃO – Que o filho dele não é um “filho da mãe”. Que
procura acreditá que num foi por covardia. Ele acha que o filho dele gosta de sua gente, mas que o filho dele tinha

10
um problema e quis resolvê esse problema de maneira 33 (Faculdade Albert Einstein – Medicina) Para responder
mais segura. Que o filho dele é um homem que quer bem! à questão, leia um trecho do prefácio “Um gênero tipica-
Adaptado de: GUARNIERI, Gianfrancesco. Eles não usam black-tie. 36ª ed. mente brasileiro”, do escritor Humberto Werneck, publi-
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019. p. 101-102.
cado na antologia Boa companhia: crônicas. Atenção: A
questão considera apenas a crônica “O estranho ofício
Acerca dos recursos linguístico-semânticos utilizados no
de escrever”, de Fernando Sabino, transcrita nesse trecho
texto, considere as afirmativas a seguir.
do prefácio.
I. A língua escrita é a mais “correta”, enquanto a língua
Fernando Sabino e Rubem Braga, por longos anos
oral é repleta de “erros”, “falhas”, “inculta”, o que
obrigados a desovar crônicas diárias, não se limitavam,
pode ser comprovado pelos exemplos: “Me descul-
nas horas de aperto, a requentar seus requintados escri-
pe”, “dizê”, “tomá”, “traidô”.
tos — chegaram a permutar, na moita, velhos recortes, na
II. Há no texto uma influência da oralidade. Na língua,
suposição de que os textos, de tão antigos, já se houves-
as expressões distinguem-se geográfica, social e
historicamente. A fala espontânea varia da mesma sem apagado da memória do leitor de jornal, recuperando
forma: não há as mesmas atitudes linguísticas na assim a virgindade tipográfica. O troca-troca, contado por
burguesia e na classe operária, na conversação de Fernando Sabino na crônica “O estranho ofício de escre-
adultos e na de adolescentes. ver”, merece ser aqui reproduzido:
III. Os termos “dizê”, “acreditá”, “traidô”, “tava” e “re- Éramos três condenados à crônica diária: Rubem no
solvê” são exemplos da variedade linguística do Diário de Notícias, Paulo no Diário Carioca e eu no O Jornal.
grupo social retratado no texto teatral. Não raro um caso ou uma ideia, surgidos na mesa do bar,
IV. O texto teatral dialoga com seu público-alvo. Em servia de tema para mais de um de nós. Às vezes para os
muitos textos escritos, encontram-se “pegadas” da três. Quando caiu um edifício no bairro Peixoto, por exem-
fala a fim de persuadir o leitor e torná-lo participan- plo, três crônicas foram por coincidência publicadas no
te ativo da mensagem em seu papel de interlocutor. dia seguinte, intituladas respectivamente: “Mas não cai?”,
Assinale a alternativa correta. “Vai cair” e “Caiu”.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. Até que um dia, numa hora de aperto, Rubem perdeu
a cerimônia:
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
—Será que você teria aí uma crônica pequenininha
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
para me emprestar?
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
Procurei nos meus guardados e encontrei uma que tal-
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. vez servisse: sobre um menino que me pediu um cruzeiro
para tomar uma sopa, foi seguido por mim até uma mise-
32 (Fuvest–SP)
rável casa de pasto da Lapa: a sopa existia mesmo, e por
aquele preço. Chamava-se “O preço da sopa”. Rubem deu
uma melhorada na história, trocou “casa de pasto” por “res-
taurante”, elevou o preço para cinco cruzeiros, pôs o título
mais simples de “A sopa”.
Tempos mais tarde chegou a minha vez — nada como
se valer de um amigo nas horas difíceis:
— Uma crônica usada, de que você não precisa mais,
qualquer uma serve.
— Vou ver o que posso fazer — prometeu ele.
Acabou me dando de volta a da sopa.
Os verbos “detonar” e “avariar”, no texto, são exemplos de
— Logo esta? — protestei.
a) usos linguísticos próprios de gêneros da área jurídica.
— As outras estão muito gastas.
b) termos cujos sentidos se contradizem na composição Sou pobre mas não sou soberbo. Ajeitei a crônica
da tira. como pude, toquei-lhe uns remendos, atualizei o preço
c) vocábulos empregados informalmente. para dez cruzeiros e liquidei de vez com ela, sob o título:
d) recursos linguísticos inadequados à situação de comu- “Esta sopa vai acabar”.
Eternamente deleitável ou imediatamente deletável
REVISÃO FLEX

nicação.
e) escolhas vocabulares associadas ao contexto de cada — depende menos do tema do que das artes do autor —,
personagem. a crônica pode não ser um “gênero de primeira necessi-

11
dade, a não ser talvez para os escritores que a praticam”, esporão agudo, olho de fogo e bico afiado. Ambos agita-
como sustentava Luís Martins — um dos recordistas brasi- vam as cristas em sangue; o peito de um e de outro estava
leiros nesse ramo de escreveção. Um subgênero, há quem desplumado e rubro; invadia-os o cansaço. Mas lutavam
desdenhe. “Literatura em mangas de camisa”, diz-se em ainda assim, olhos fitos nos olhos, bico abaixo, bico acima,
Portugal. Mas, para o crítico Wilson Martins, trata-se de golpe deste, golpe daquele, vibrantes e raivosos. O Damas-
uma “espécie literária” que de jornalístico “só tem o fato ceno não sabia mais nada; o espetáculo eliminou para ele
todo circunstancial de aparecer em periódicos.” todo o universo. Em vão lhe disse que era tempo de descer:
(Humberto Werneck (org.). Boa companhia: crônicas, 2005. Adaptado.) ele não respondia, não ouvia, concentrara-se no duelo. A
briga de galos era uma de suas paixões.
Para evitar sua repetição, omite-se um substantivo que pode
Foi nessa ocasião que Nhã-loló me puxou brandamen-
ser facilmente identificado pelo contexto linguístico em:
te pelo braço, dizendo que nós fôssemos embora. Aceitei o
a) “Sou pobre mas não sou soberbo.” (12º parágrafo)
conselho e vim com ela por ali abaixo. Já disse que o mor-
b) “Um subgênero, há quem desdenhe.” (13º parágrafo)
ro era então desabitado; disse-lhes também que vínhamos
c) “‘Literatura em mangas de camisa’, diz-se em Portugal.” da missa, e não lhes tendo dito que chovia, era claro que
(13º parágrafo)
fazia bom tempo, um sol delicioso. E forte. Tão forte que
d) “Acabou me dando de volta a da sopa.” (9º parágrafo) abri logo o guarda-sol, segurei-o pelo centro do cabo, e
e) “Não raro um caso ou uma ideia, surgidos na mesa do inclinei-o por modo que ajuntei uma página à filosofia do
bar, servia de tema para mais de um de nós.” (2º pará- Quincas Borba: Humanitas osculou Humanitas... Foi assim
grafo) que os anos me vieram caindo pelo morro abaixo.

34 (FGV–SP) Ao sopé detivemo-nos alguns minutos, à espera de Da-


masceno; ele veio daí a pouco rodeado dos apostadores, a
CAPÍTULO CXXI comentar com eles a briga. Um destes, tesoureiro das apos-
Morro abaixo tas, distribuía um velho maço de notas de dez tostões, que
os vencedores recebiam duplamente alegres. Quanto aos
(...) Não falo dos anos. Não os sentia; acrescentarei até
galos vinham sobraçados pelo respectivo dono. Um deles
que os deitara fora, certo domingo, em que fui à missa na
trazia a crista tão comida e ensanguentada, que vi logo nele
capela do Livramento. Como o Damasceno morava nos Ca-
o vencido; mas era engano — o vencido era o outro, que não
jueiros, eu acompanhava-os muitas vezes à missa. O morro
trazia crista nenhuma. Ambos tinham o bico aberto, respi-
estava ainda nu de habitações, salvo o velho palacete do
rando a custo, esfalfados. Os apostadores, ao contrário, vi-
alto, onde era a capela. Pois um domingo, ao descer com
nham alegres, sem embargo das fortes comoções da luta;
Nhã-loló pelo braço, não sei que fenômeno se deu que fui
biografavam os contendores, relembravam as proezas de
deixando aqui dois anos, ali quatro, logo adiante cinco, de
ambos. Eu fui andando, vexado; Nhã-loló vexadíssima.
maneira que, quando cheguei abaixo, estava com vinte
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.
anos apenas, tão lépidos como tinham sido.
Agora, se querem saber em que circunstâncias se deu Os eventos que fazem a trama do breve episódio narrado
o fenômeno, basta-lhes ler este capítulo até o fim. Ví nha- no excerto revelam que
mos da missa, ela, o pai e eu. No meio do morro achamos a) as aspirações de elegância e distinção das camadas
um grupo de homens. Damasceno, que vinha ao pé de nós, sociais médias e das elites cariocas oitocentistas mal
percebeu o que era e adiantou-se alvoroçado; nós fomos se sustentavam, tendo em vista os laços indisfarçáveis
atrás dele. E vimos isto; homens de todas as idades, tama- que as ligavam ao atraso local.
nhos e cores, uns em mangas de camisa, outros de jaqueta, b) a implantação geográfica do município da Corte for-
outros metidos em sobrecasacas esfrangalhadas; atitudes çava o convívio constante dos extratos sociais alto e
diversas, uns de cócoras, outros com as mãos apoiadas nos baixo, produzindo insegurança e animosidade genera-
joelhos, estes sentados em pedras, aqueles encostados ao lizadas.
muro, e todos com os olhos fixos no centro, e as almas de- c) a intensa miscigenação social e étnica da sociedade
bruçadas das pupilas. brasileira da época propiciava um convívio ameno e
— Que é? perguntou-me Nhã-loló. democrático das classes sociais que, posteriormente,
Fiz-lhe sinal que se calasse; abri sutilmente caminho, e o progresso eliminou.
todos me foram cedendo espaço, sem que positivamente d) os costumes herdados da Colônia ainda não eram ob-
ninguém me visse. O centro tinha-lhes atado os olhos. Era jeto de proibição e repressão, como veio a acontecer
uma briga de galos. Vi os dois contendores, dois galos de apenas na fase republicana.

12
e) a elite escravista, educada na cultura romântica, aprecia- e) “E amanhã não seremos o que fomos, nem o que so-
va os sítios e cenas pitorescos, especialmente quando mos.” (Ovídio, 43 a.C.-18 d.C.)
apresentavam características popularescas e vulgares.
(Leia o soneto “Alma minha gentil, que te partiste”, do
35 (Unesp–SP) Leia o trecho de um ensaio de Michel de poeta português Luís de Camões (1525?-1580), para res-
Montaigne (1533-1592). ponder à questão 36.
Há alguma razão em fazer o julgamento de um homem Alma minha gentil, que te partiste
pelos aspectos mais comuns de sua vida; mas, tendo em vista tão cedo desta vida descontente,
a natural instabilidade de nossos costumes e opiniões, muitas repousa lá no Céu eternamente,
vezes me pareceu que mesmo os bons autores estão errados e viva eu cá na terra sempre triste.
em se obstinarem em formar de nós uma ideia constante e
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
sólida. Escolhem um caráter universal e, seguindo essa ima-
gem, vão arrumando e interpretando todas as ações de um memória desta vida se consente,
personagem, e, se não conseguem torcê-las o suficiente, atri- não te esqueças daquele amor ardente
buem-nas à dissimulação. Creio mais dificilmente na cons- que já nos olhos meus tão puro viste.
tância dos homens do que em qualquer outra coisa, e em
E se vires que pode merecer-te
nada mais facilmente do que na inconstância. Quem os jul-
alguma coisa a dor que me ficou
gasse nos pormenores e separadamente, peça por peça, teria
da mágoa, sem remédio, de perder-te,
mais ocasiões de dizer a verdade.
Em toda a Antiguidade é difícil escolher uma dúzia roga a Deus, que teus anos encurtou,
de homens que tenham ordenado sua vida num proje- que tão cedo de cá me leve a ver-te,
to definido e seguro, que é o principal objetivo da sabe- quão cedo de meus olhos te levou.
doria. Pois para resumi-la por inteiro numa só palavra e (Sonetos, 2001.)

abranger em uma só todas as regras de nossa vida, “a sa-


bedoria”, diz um antigo, “é sempre querer a mesma coisa, 36 (Unesp) Embora predomine no soneto uma visão espiri-
é sempre não querer a mesma coisa”, “eu não me digna- tualizada da mulher (em conformidade com o chamado
ria”, diz ele, “a acrescentar ‘contanto que a tua vontade es- platonismo), verifica-se certa sugestão erótica no seguin-
teja certa’, pois se não está certa, é impossível que sempre te verso:
seja uma só e a mesma.” Na verdade, aprendi outrora que a) “da mágoa, sem remédio, de perder-te,” (3ª estrofe)
o vício é apenas o desregramento e a falta de moderação; b) “e viva eu cá na terra sempre triste.” (1ª estrofe)
e, por conseguinte, é impossível o imaginarmos constan- c) “que tão cedo de cá me leve a ver-te,” (4ª estrofe)
te. É uma frase de Demóstenes, dizem, que “o começo de d) “memória desta vida se consente,” (2ª estrofe)
toda virtude são a reflexão e a deliberação, e seu fim e sua
e) “não te esqueças daquele amor ardente” (2ª estrofe).
perfeição, a constância”. Se, guiados pela reflexão, pegás-
semos certa via, pegaríamos a mais bela, mas ninguém 37 (Unesp) A veia satírica do poeta português Manuel Maria
pensa antes de agir: “O que ele pediu, desdenha; exige de Barbosa du Bocage (1765-1805) está bem exemplifi-
o que acaba de abandonar; agita-se e sua vida não se cada nos seguintes versos:

dobra a nenhuma ordem.” a) Assim como as flores vivem,


(Michel de Montaigne. Os ensaios: uma seleção, 2010. Adaptado.) A minha Lília viveu;
Assim como as flores morrem,
Do ponto de vista temático, o texto de Montaigne dialoga
A minha Lília morreu.
especialmente com a seguinte citação:
Assomando o negro dia,
a) “Sou um homem; não considero alheio a mim nada do
que é humano.” (Terêncio, 185-159 a.C.) Ave sinistra gemeu;
Cumpriu-se o funesto agouro:
b) “Não se deve indagar sobre tudo: é melhor que muitas
coisas permaneçam ocultas.” (Sófocles, 486-406 a.C.) A minha Lília morreu.

c) “Nunca acontece algo que, por natureza, não sejamos b) Refalsado animal, das trevas sócio,
capazes de suportar.” (Marco Aurélio, 121-180 d.C.) Depõe, não vistas de cordeiro a pele.
REVISÃO FLEX

d) “O hábito é o melhor mestre em todas as coisas.” (Plí- Da razão, da moral o tom que arrogas,
nio, 23-79 d.C.) Jamais purificou teus lábios torpes,

13
Torpes do lodaçal, donde zunindo c) transitoriedade da vida, que se articula com as trans-
(Nuvens de insetos vis) te sobem trovas formações econômicas e sociais ocorridas em Portugal
após as Grandes Navegações.
A mente erma de ideias, nua de arte.
d) brevidade da vida do ser humano, que traduz a angús-
c) Senhor que estás no céu, que vês na terra
tia diante das perdas após as Guerras Napoleônicas.
Meu frágil coração desfeito em pranto,
e) renovação da vida, que expressa um pensamento pro-
Pelas ânsias mortais, o ardor, o encanto gressista, adquirido enquanto Camões serviu à coroa
Com que lhe move Amor terrível guerra. portuguesa lutando nas Cruzadas.
d) Cândida pomba mimosa,
39 (Fameca–SP) Os versos, do poeta barroco Gregório de
Ave dos níveos Amores, Matos, que apresentam temática semelhante à do soneto
Cingida por mãos das Graças de Camões estão presentes em:
Dum lindo colar de flores: a) Que falta nesta cidade? – Verdade.
Vênus, macia a meus versos, Que mais por sua desonra? – Honra.
Grata aos cultos que lhe dou, Falta mais que se lhe ponha? – Vergonha.
Já desde o ninho amoroso b) A cada canto um grande conselheiro,
Para mim te destinou. Que nos quer governar cabana, e vinha,
e) Meu ser evaporei na lida insana Não sabem governar sua cozinha,
Do tropel de paixões, que me arrastava; E podem governar o mundo inteiro.

Ah!, cego eu cria, ah!, mísero eu sonhava c) Senhora Dona Bahia,

Em mim quase imortal a essência humana. nobre e opulenta cidade,


madrasta dos Naturais,
Leia o soneto de Camões para responder às questões de
e dos Estrangeiros madre.
números 38 e 39.
Dizei-me por vida vossa,
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
em que fundais o ditame
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança, de exaltar os que aí vêm,

Tomando sempre novas qualidades. e abater os que ali nascem?


d) Goza, goza da flor da mocidade,
Continuamente vemos novidades,
Que o tempo trota a toda ligeireza,
Diferentes em tudo da esperança;
E imprime em toda a flor sua pisada.
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve...) as saudades. e) Rubi, concha de perlas peregrina,
Animado cristal, viva escarlata,
E o tempo cobre o chão de verde manto,
Duas safiras sobre lisa prata,
Que já coberto foi de neve fria,
Ouro encrespado sobre prata fina.
E em mi[m] converte em choro o doce canto.
Para responder às questões 40 e 41, leia o excerto do
E, afora este mudar-se cada dia,
“Sermão da primeira dominga do Advento” de Antônio
Outra mudança faz de mor espanto:
Vieira (1608- 1697), pregado na Capela Real em Lisboa
Que não se muda já como soía. no ano de 1650.
(Obra completa, 2005.)
Sabei cristãos, sabei príncipes, sabei ministros, que se vos
há de pedir estreita conta do que fizestes; mas muito mais
38 (Fameca–SP) O soneto aborda um tema que perpassa a estreita do que deixastes de fazer. Pelo que fizeram, se hão
obra de Camões. É correto afirmar que esse tema diz de condenar muitos, pelo que não fizeram, todos. [...]
respeito à Desçamos a exemplos mais públicos. Por uma omissão
a) solidão, que reflete o estado de espírito do poeta quan- perde-se uma maré, por uma maré perde-se uma viagem,
do é obrigado a partir para as Índias a fim de servir o por uma viagem perde-se uma armada,
Império. por uma armada perde-se um Estado: dai conta a Deus de
b) instabilidade do amor diante da luta entre bem e mal, uma Índia, dai conta a Deus de um Brasil, por uma omissão.
durante a Primeira Grande Guerra. Por uma omissão perde-se um aviso, por um aviso perde-

14
se uma ocasião, por uma ocasião perde-se um negócio, por b) “os piores perdem-se pelo que deixam de fazer, que
um negócio perde-se um reino: dai conta a Deus de tantas estes são os piores” (3º parágrafo)
casas, dai conta a Deus de tantas vidas, dai conta a Deus de c) “Desçamos a exemplos mais públicos.” (2º parágrafo)
tantas fazendas1, dai conta a Deus de tantas honras, por uma
d) “Oh que arriscado ofício é o dos príncipes e o dos
omissão. Oh que arriscada salvação! Oh que arriscado ofício ministros!” (2 º parágrafo)
é o dos príncipes e o dos ministros! Está o príncipe, está o
e) “A omissão é um pecado que se faz não fazendo.” (2 º
ministro divertido, sem fazer má obra, sem dizer má palavra,
parágrafo).
sem ter mau nem bom pensamento: e talvez naquela mesma
hora, por culpa de uma omissão, está cometendo maiores
Leia o texto abaixo para responder à questão que se segue:
danos, maiores estragos, maiores destruições, que todos
os malfeitores do mundo em muitos anos. O salteador na Ambiente de startups parece mágico,
charneca com um tiro mata um homem; o príncipe e o ministro mas burnout em mentores é alerta à
com uma omissão matam de um golpe uma monarquia. comunidade
A omissão é o pecado que com mais facilidade se comete
A pandemia acelerou a digitalização dos negócios,
e com mais dificuldade se conhece; e o que facilmente se
alterou o comportamento do consumidor e abriu ainda
comete e dificultosamente se conhece, raramente se emenda.
mais espaço para as novas tecnologias — não à toa tivemos
A omissão é um pecado que se faz não fazendo. [...]
recordes de investimentos nas startups brasileiras.
Mas por que se perdem tantos? Os menos maus perdem-
Acredito que este ano não será diferente. O mercado
se pelo que fazem, que estes são os menos maus; os piores
está bastante aquecido e é possível que muitos novos
perdem-se pelo que deixam de fazer, que estes são os
unicórnios, como chamamos as empresas com valor de
piores: por omissões, por negligências, por descuidos, por
mercado de 1 bilhão, surjam ainda neste primeiro semestre.
desatenções, por divertimentos, por vagares, por dilações,
O ambiente de startups parece mágico, mas a verdade
por eternidades. Eis aqui um pecado de que não fazem
escrúpulo os ministros, e um pecado por que se perdem é que, há tempos, tenho visto CEOs no fundo do poço.
muitos. Mas percam-se eles embora, já que assim o querem: São pessoas talentosas, criativas e com paixão. Que dão
o mal é que se perdem a si e perdem a todos; mas de todos o melhor de si, mas que se esquecem da ferramenta mais
hão de dar conta a Deus. Uma das cousas de que se devem importante que possuem: o hardware da própria mente.
acusar e fazer grande escrúpulo os ministros, é dos pecados As conexões sociais são um dos pilares mais
do tempo. Porque fizeram o mês que vem o que se havia de importantes e poderosos para proteger a nossa mente.
fazer o passado; porque fizeram amanhã o que se havia de Várias pesquisas apontam o aumento de transtornos
fazer hoje; porque fizeram depois o que se havia de fazer mentais durante a crise da Covid-19 em todo o mundo. Um
agora; porque fizeram logo o que se havia de fazer já. Tão deles é a síndrome de burnout, que apresenta sintomas
delicadas como isto hão de ser as consciências dos que similares aos da ansiedade e da depressão. A diferença
governam, em matérias de momentos. O ministro que não é que o fator determinante para essa síndrome é única e
faz grande escrúpulo de momentos não anda em bom exclusivamente o trabalho.
estado: a 1fazenda pode-se restituir; a fama, ainda que mal, Numa tradução livre, burnout significa “totalmente
também se restitui; o tempo não tem restituição alguma. queimado”. O corpo queima os fusíveis e desliga para evitar
(Essencial, 2013. Adaptado.) uma sobrecarga fatal do sistema. É um nível de estresse
1
fazenda: conjunto de bens, de haveres. extremo que leva o profissional à exaustão física e mental.
Com o isolamento social, é muito mais fácil as pessoas
40 (Unesp) O alvo principal da crítica contida no excerto é mergulharem profundamente e sem qualquer restrição
a) a falta de religiosidade dos governantes. no home office. O trabalho antes “full time” foi substituído
b) a falta de escrúpulos dos religiosos. pelo “full life” — muitos já não conseguem separar vida
c) a preguiça da população. profissional e pessoal. Você vai se desconectando do
próprio corpo, despersonalizando-se, e não ouve os
d) a negligência dos governantes.
primeiros sinais de exaustão, como dores de cabeça e
e) a luxúria dos religiosos.
insônia recorrente.
41 (Unesp) No sermão, o autor recorre a uma construção Trabalhamos com tecnologia, mas não somos robôs.
Temos emoções e às vezes elas gritam dentro da gente
REVISÃO FLEX

que contém um aparente paradoxo em:


a) “o mal é que se perdem a si e perdem a todos” (3º pedindo socorro e, se não ouvimos, o corpo dá um jeito de se
parágrafo) fazer escutar. É notável a diferença entre a estrutura de negócio

15
de uma startup e a de empresas tradicionais. As startups pública do que crenças pessoais – é um sintoma extremo
crescem de maneira exponencial e nós, de carne e osso, dessa crise. Muita gente não enxerga que a ciência, assim
podemos não acompanhar esse ritmo frenético. O ambiente como a política, existe para beneficiar a sociedade.
de inovação é muito competitivo e existe uma baita pressão. E esse desencanto produz um terreno fértil para
Quem está à frente dos negócios muitas vezes nem movimentos anticiência e teorias da conspiração (além
consegue cogitar a possibilidade de fazer um intervalo de fomentar extremismos). A pós-verdade, assim, não
ou se dar um pequeno descanso por causa do sentimento designa apenas o uso oportunista da mentira (embora
de culpa. Ter estresse é normal e até nos ajuda a tomar ele seja frequente). O termo sinaliza, acima de tudo,
decisões no trabalho e na vida pessoal. Em excesso, um ceticismo quanto aos benefícios das verdades que
porém, pode gerar doenças psicossomáticas. Ao insistir, costumavam compor um repertório comum, o que
chegamos em nosso limite, que é o burnout. explica certo desprezo por evidências factuais usadas
É preciso entender de uma vez por todas que respeitar na argumentação científica. Diante disso, contradizer
o próprio corpo e mente também é cuidar da sua startup e argumentos falsos exibindo fatos reais pode ter pouca
dos seus colaboradores. Respire, medite, dance e reconheça relevância em uma discussão. Evidências e consensos
momentos que te façam sentir mais leve com a vida. científicos têm sido facilmente contestados com base em
Beatriz Bevilaqua, https://www1.folha.uol.com.br 6/3/2021. Adaptado. convicções pessoais ou experiências vividas – como se
percebe todos os dias nas redes sociais.
Tatiana Roque, Piauí, No. 161, fevereiro, 2020. Adaptado.
42 (FGV–SP) A afirmação que reproduz corretamente uma
ideia contida no texto é:
43 Segundo a autora do texto,
a) No mundo do empreendedorismo, o termo “unicórnio”
é usado pejorativamente para designar as startups. a) convicções pessoais deveriam impedir e não estimular
a disseminação dos negacionismos nos meios cientí-
b) Apesar de seu ambiente parecer mágico, as startups
fico e político.
podem gerar mais ansiedade e exaustão do que as
empresas tradicionais. b) a pós-verdade nada mais é do que uma versão moder-
na das teorias da conspiração.
c) Para funcionar como uma “ferramenta” ou um “hard-
ware”, a mente humana precisa superar o excesso de c) os movimentos anticientíficos fomentam os extremis-
competição. mos e enfraquecem os governos.

d) Antes do chamado home office, a “síndrome de bur- d) a negação da ciência é mais prejudicial para a socie-
nout” costumava ocorrer mais no ambiente das em- dade do que a rejeição da política.
presas tradicionais do que no das startups. e) a argumentação baseada em experiências vividas é
e) Ao cuidarem do corpo e da mente, os que estão à fren- usada por muitas pessoas para contestar a comprova-
te dos negócios conseguem eliminar o sentimento de ção científica.
culpa por não se preocuparem com os colaboradores. 44 (Insper–SP) Leia o texto abaixo:
Leia o texto abaixo para responder o que se pede: Lisboa: aventuras
O negacionismo no poder tomei um expresso

Como fazer frente ao ceticismo que atinge a ciência cheguei de foguete

e a política. subi num bonde


desci de um elétrico
Até pouco tempo atrás, quando queríamos sustentar
pedi cafezinho
uma afirmação sem argumentar demais, bastava dizer:
serviram-me uma bica
“É comprovado cientificamente.” Mas essa tática já não
quis comprar meias
tem mais a mesma eficácia, pois a confiança na ciência
só vendiam peúgas
está diminuindo. Vivemos hoje um clima de ceticismo
fui dar à descarga
generalizado, uma descrença nas instituições que favorece
disparei um autoclisma
a disseminação de negacionismos, encampados por
gritei “ó cara!”
governos com políticas escancaradamente anticientíficas.
responderam-me “ó pá!”
Algumas pesquisas confirmam a crise de confiança que
positivamente
atinge, ao mesmo tempo, a ciência e a política. O fenômeno
as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá
da pós – verdade – esse momento que atravessamos no
José Paulo Paes, A poesia está morta mas juro que não fui eu. São Paulo:
qual fatos objetivos têm menos influência na opinião Duas Cidades, 1998)

16
A respeito da referência intertextual presente no poema, c) da deposição de João Goulart.
é correto afirmar que d) do Movimento Diretas Já.
a) os advérbios “aqui” e “lá”, diferentemente do que ocor- e) do Movimento Grevista dos Metalúrgicos do ABC.
re nos versos originais de Gonçalves Dias, apon - tam
para um espaço geográfico idealizado. 46 (Enem)
b) José Paulo Paes ironiza a tese da unificação da língua
portuguesa arduamente defendida por Gonçalves Dias,
no final do século XIX.
c) ao transcrever os versos da “Canção do Exílio” em seu
poema, José Paulo Paes reproduz, com fidelidade, o
sentimento de patriotismo expresso por Gonçalves Dias.
d) a disposição gráfica dos versos simula um debate en-
tre os poetas José Paulo Paes e Gonçalves Dias, no
qual o escritor romântico tem a palavra final.
e) na releitura proposta por José Paulo Paes, as aves po-
dem simbolizar os falantes do português, e os gorjeios,
as variantes regionais.

45 (UNESP) Leia o texto abaixo:


Ouça um bom conselho Operários, 1933, óleo sobre tela, 150x205 cm, (P122). Acervo Artístico-Cultural dos
Palácios do Governo do Estado de São Paulo.
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa Desiguais na fisionomia, na cor e na raça, o que lhes as-
Espere sentado segura identidade peculiar, são iguais enquanto frente de
Ou você se cansa trabalho. Num dos cantos, as chaminés das indústrias se
Está provado: alçam verticalmente. No mais, em todo o quadro, rostos
colados, um ao lado do outro, em pirâmide que tende a
Quem espera nunca alcança
se prolongar infinitamente, como mercadoria que se acu-
Venha, meu amigo mula, pelo quadro afora.
Deixe esse regaço (Nádia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista.)

Brinque com meu fogo


O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema
Venha se queimar
que também se encontra nos versos transcritos em:
Faça como eu digo
a) “Pensem nas meninas/ Cegas inexatas/ Pensem nas
Faça como eu faço
mulheres/ Rotas alteradas.” (Vinícius de Moraes)
Aja duas vezes antes de pensar
b) “Somos muitos severinos/ iguais em tudo e na sina:/ a
Corro atrás do tempo de abrandar estas pedras/ suando-se muito em cima.”
Vim de não sei onde (João Cabral de Melo Neto)
Devagar é que não se vai longe c) “O funcionário público não cabe no poema/ com seu
Eu semeio vento na minha cidade salário de fome/ sua vida fechada em arquivos.” (Fer-
Vou pra rua e bebo a tempestade reira Gullar)
(www.chicobuarque.com.br) d) “Não sou nada./ Nunca serei nada./ Não posso querer
ser nada./À parte isso, tenho em mim todos os sonhos
Considerando-se o contexto histórico-social em que a do mundo.” (Fernando Pessoa)
canção foi composta, o verso “Vou pra rua e bebo a tem-
e) “Os inocentes do Leblon/ Não viram o navio entrar (...)/
pestade” (3ª estrofe) sugere a ideia de manifestações
Os inocentes, definitivamente inocentes/ tudo ignora-
populares que ocorreram no Brasil por ocasião
vam,/ mas a areia é quente, e há um óleo suave que
a) do Regime Civil-Militar. eles passam pelas costas, e aquecem.” (Carlos Drum-
b) do fim do Estado Novo. mond de Andrade)
REVISÃO FLEX

17
BIOLOGIA

47 (Unifipa–SP) Analise a teia alimentar. a) produtores.


b) consumidores primários.
c) consumidores secundários.
d) consumidores terciários.
e) consumidores quaternários.

49 (FGV–SP)
O fungo Fusarium verticillioides causa a podridão
vermelha, uma das principais doenças da cana-de-açú-
car. O fungo é transmitido à planta por uma mariposa,
a Diatraea saccharalis, popularmente conhecida como
“broca-da-cana”. Pesquisadores descobriram que plantas
Considerando a teia alimentar, observa-se que infectadas pelo fungo produzem compostos voláteis que
a) a energia química é transferida dos produtores aos atraem fêmeas grávidas de mariposa que põem seus ovos
consumidores, e as onças-pintadas recebem quanti- nas plantas. As lagartas, recém-eclodidas, penetram e se
dade de energia menor do que os insetos. alimentam nos colmos. As lagartas viram pupas e, mais
b) a quantidade de energia acumulada nos níveis tróficos tarde, adultos portadores do fungo. As mariposas adultas,
ocupados pelas sucuris e onças-pintadas é maior do agora infectadas, são capazes de transmitir o fungo à gera-
que a acumulada no nível trófico das capivaras e vea-
ção seguinte, por meio de seus ovos.
dos-campeiros. (www.agencia.fapesp.br. Adaptado.)
c) a quantidade de energia química obtida pelos veados-
--campeiros e insetos é maior do que a obtida pelas As relações ecológicas abordadas no texto são:
capivaras e sapos. a) parasitismo, herbivoria e protocooperação.
d) a biomassa e a quantidade de energia química acumu- b) inquilinismo, predatismo e comensalismo.
ladas nos vegetais são menores do que a biomassa e
c) herbivoria, inquilinismo e mutualismo.
a energia acumuladas nos últimos consumidores.
d) amensalismo, herbivoria e mutualismo.
e) a biomassa e a energia química são transferidas de
forma bidirecional entre os seres vivos, sendo que as e) parasitismo, comensalismo e protocooperação.
sucuris ocupam o nível trófico com menor biomassa.
50 (Facisb–SP) Na representação da teia alimentar a seguir,
48 (FGV–SP) O estudo de uma cadeia alimentar em ambiente a ave se alimenta da lagarta, da aranha e do inseto. No
natural e equilibrado forneceu dados para a montagem da início da temporada de emergência das lagartas, esses
pirâmide ecológica 1. Tempo depois, uma das espécies des- invertebrados são muito pequenos, sendo presas fáceis
sa cadeia alimentar sofreu interferência antrópica direta, para as aves e as aranhas. Na temporada posterior à da
resultando em desequilíbrio ecológico. Novos dados obtidos emergência das lagartas, as lagartas sobreviventes já es-
permitiram a construção da pirâmide ecológica 2. Essa di- tão maiores e as aranhas não conseguem mais predá-las.
nâmica ecológica está representada nas imagens.

A espécie que sofreu interferência antrópica direta nessa


cadeia alimentar compõe o nível trófico correspondente aos (https://academic.oup.com. Adaptado.)

18
A mudança temporal nessas relações tróficas tem como Os dois tipos de interagentes que poderiam causar os
consequência efeitos representados nos gráficos para as populações A
a) a redução do fluxo de energia para as lagartas. e B, respectivamente, são
a) um competidor e um herbívoro.
b) o aumento da biomassa dos produtores.
b) um parasita e um comensal.
c) a redução da densidade populacional das aranhas.
c) um competidor e um parasita.
d) o aumento do fluxo de energia para os insetos.
d) um mutualista e um herbívoro.
e) o aumento da densidade populacional das aves.
e) um comensal e um mutualista.
51 (FMABC–SP) Os gráficos 1 e 2 ilustram os números dos
53 (UFPR)
indivíduos de duas populações, X e Y, de espécies dife-
rentes, quando estão separadas (gráfico 1) e quando es- O uso em larga escala de agrotóxicos no cultivo de
tão unidas (gráfico 2) no mesmo ambiente. alimentos tem consequências negativas para o ambiente
e para a saúde dos consumidores. O Brasil é um dos países
com maior consumo de agrotóxicos e a exposição aos
agrotóxicos pode causar uma série de doenças.
(INCA - Instituto Nacional do Câncer, Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.
inca.gov.br/exposicao-no-trabalho-e-no-ambiente/agrotoxicos. Adaptado.)

A respeito de alternativas disponíveis ao uso de agrotó-


xicos, é correto afirmar:
a) O controle biológico de pragas propõe conter a proli-
Considerando que os parâmetros ambientais oferecidos feração de pragas utilizando seus inimigos naturais,
às duas populações são idênticos nas duas situações pro- como predadores e parasitas.
postas, a interação ecológica estabelecida entre os indi-
b) As agroflorestas são constituídas por monoculturas
víduos das populações X e Y é selecionadas e utilizam apenas de agrotóxicos libera-
a) a competição, caracterizada como relação intraespe- dos pela legislação nacional.
cífica e desarmônica. c) O controle biológico de pragas prevê a utilização apenas
b) o mutualismo, caracterizado como relação interespe- de agrotóxicos que não apresentam risco à saúde humana.
cífica e obrigatória. d) Nas agroflorestas, são utilizados agrotóxicos apenas
c) o comensalismo, caracterizado como relação interes- para pragas resistentes, em quantidades mínimas e
pecífica e desarmônica. apenas uma vez ao ano.
d) o predatismo, caracterizado como relação intraespe- e) No controle biológico de pragas, são utilizadas sementes
cífica e desarmônica. geneticamente modificadas resistentes a herbicidas.
e) a cooperação, caracterizada como relação interespe-
54 (PUC–PR) Leia o texto a seguir.
cífica e não obrigatória.
Como se monitora o desmatamento
52 (Fuvest–SP) Os gráficos mostram a variação da biomas-
sa de duas populações (A e B) de uma planta herbácea
da Amazônia?
ao longo da sucessão primária. Em ambos os casos, em O INPE desenvolveu quatro sistemas de monitora-
um dado momento indicado no gráfico, ocorre a chega- mento da Amazônia, cada um deles com uma função di-
da de indivíduos de uma outra espécie que interagem ferente. Um deles o PRODES - Monitoramento da Floresta
com essa planta na comunidade. Amazônica Brasileira por Satélite. Utiliza imagens do sa-
télite americano Landsat. Produz, desde 1988, estimativas
anuais das taxas de desflorestamento da Amazônia Legal,
divididas por Estado (Acre, Amapá, Amazonas, Goiás, Mato
Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). Até agora,
cerca de 729 mil km² já foram desmatados no bioma Ama-
zônia, o que corresponde a 17% do referido bioma. Desse
total, 300.000 Km2 foram desmatados nos últimos 20 anos!
REVISÃO FLEX

Disponível em:< Soros e vacinas do Butantan Disponívelem: http://www.inpe.br/faq/


index.php?pai=6#:~:text=At%C3%A9%20agora%2C%20cerca%20de%20729,de%20
Desmatamento%20em%20Tempo%20Real. Acesso 25 de jul. 2022. (Adaptado).

19
O desmatamento gera uma degradação do capital natural. b) os gafanhotos e os pássaros transferem para a teia
Isso pode ser observado no(a) parte da energia obtida dos produtores.
a) aumento da fertilidade do solo causado pela erosão. c) a maior quantidade de energia química transferida
b) extinção prematura de espécies com nichos especia- estará disponível nas aranhas.
lizados. d) toda biomassa obtida dos pássaros pelas cobras será
c) redução dos assoreamentos dos rios. transferida para as aranhas.

d) perda de habitats das espécies, o que conduz a um e) a energia flui de maneira cíclica e se mantém sem per-
aumento da biodiversidade. das entre as cobras e as aranhas.

e) redução das inundações pela diminuição da cobertura 56 (FCMSCSP)


vegetal. Neste exato momento, ao menos 41 espécies inva-
55 (Unesp) soras de peixes estão usando todos os recursos que a
evolução lhes concedeu para invadir os rios da Amazô-

Julia Statler
nia. Detalhes sobre a situação, uma “ameaça silenciosa”,
como a qualificam os cientistas, acabam de ser publi-
cados no periódico especializado Frontiers in Ecology
and Evolution. Entre as más notícias, além do número
de espécies invasoras em si e do fato de que o Brasil é
o segundo país mais afetado (estamos atrás apenas da
Colômbia), está a velocidade aparentemente crescente
do processo. Dos 1 314 registros de peixes “alienígenas”,
75% vêm dos últimos 20 anos.
(Reinaldo José Lopes. “Peixes-piratas da Amazônia”.
Uma viúva-negra ataca uma cobra no Parque Nacional de New River Folha de S.Paulo, 27.06.2021. Adaptado.)

Gorge, na Virgínia Ocidental.


Com relação à situação descrita, a introdução de espécies
Uma aranha consegue matar e comer uma cobra? invasoras prejudica a biodiversidade local porque
Esta pergunta é o tema de um novo estudo publicado na elas podem
Journal of Arachnology. A resposta é um grande “sim”.
a) atuar como presas ou predadores em potencial de
“As aranhas que comem cobras podem ser encontradas várias espécies nativas e passarem a ocupar o primei-
em todos os continentes (exceto no Antártico). Para ro nível trófico.
compreender completamente o papel importante das
b) transportar micro-organismos, que poderiam parasitar
aranhas no equilíbrio da natureza, é crucial compreender as espécies nativas, as quais seriam afetadas por não
todo o espectro dos seus hábitos alimentares”, diz Martin terem defesas naturais.
Nyffeler, líder do estudo e especialista em aranhas da
c) reduzir ou eliminar espécies nativas por exterminarem
Universidade de Basileia, na Suíça. todos os produtores das teias alimentares.
(www.natgeo. Adaptado.)
d) ocupar o mesmo nível trófico das espécies nativas, redu-
A reportagem apresenta uma situação peculiar em uma zindo a reciclagem de energia nas cadeias alimentares.
teia alimentar, na qual as aranhas comem cobras, que por e) encontrar condições abióticas ideais para sobrevivência
sua vez comem aranhas. Contudo, outros organismos e aumentar os nichos ecológicos das espécies nativas.
integram essa teia alimentar, como exemplificado no es-
quema a seguir. 57 (Enem)
Atividades humanas como a construção de estradas
e ferrovias e a expansão de áreas urbanas e agrícolas
contribuem de forma determinante para a redução das
áreas de vegetação original, em um processo conhecido
como fragmentação do hábitat. Particularmente marcan-
te em áreas de floresta, os impactos sofridos pela biota
Considerando as informações do texto e a teia alimentar não estão restritos à redução do hábitat, mas também à
do esquema, modificação das suas características internas, como a di-
a) a biomassa obtida das plantas se mantém de maneira minuição da umidade do ar e o aumento nos níveis de
cíclica na teia alimentar. luminosidade, temperatura e vento. Esse conjunto de al-

20
terações no fragmento é conhecido como “efeito de bor- a) exóticas.
da”, podendo se estender por vários metros em direção b) polinizadas pelo vento.
ao seu interior. c) com baixo potencial de dispersão.

As espécies vegetais diretamente prejudicadas por esse d) pertencentes à comunidade clímax.


efeito são as e) que apresentam grande área de vida.

HISTÓRIA

58 (Unesp–SP) b) a filosofia grega derivou principalmente da tradição do


No pensamento grego, tudo o que é “musical” se relacio- pensamento metafísico desenvolvido no Império Romano.
na intimamente com o ritual, sobretudo com as festas, nas c) o teatro dramático desenvolveu-se sobretudo no Im-
quais, evidentemente, o ritual possui sua função específica. pério Romano, uma vez que na Grécia estimulava-se
Talvez não haja uma descrição mais lúcida das relações entre prioritariamente a comédia.
o ritual, a dança, a música e o jogo do que a das Leis de Pla- d) os direitos de cidadania no Império Romano eram exer-
tão. Os deuses, diz ele, cheios de piedade pela raça humana, cidos pelo conjunto da população, por meio de ações
condenada ao sofrimento, ordenaram que se realizassem as políticas diretas.
festas de ação de graças como descanso para suas preocupa- e) o expansionismo imperialista romano foi diretamente
ções, e deram-lhes Apolo, as Musas e Dionísio como compa- determinado pelo exemplo da militarização do cotidia-
nheiros dessas festas, a fim de que essa divina comunidade no imposta nas cidades gregas.
festiva restabelecesse a ordem das coisas entre os homens.
(Johan Huizinga. Homo ludens, 2007.)
60 (Unesp–SP)
A conquista da Gália por Júlio César foi comparada,
O excerto, que aborda história e pensamento na Grécia com razão, a um genocídio, e criticada pelos próprios
Antiga, caracteriza romanos da época, nesses mesmos termos. Mas Roma
a) a dimensão material dos sentimentos e das ações po- se expandiu por um mundo de violência endêmica, de
líticas dos homens, sustentada pela filosofia clássica. focos rivais de poder apoiados por forças militares [...] e
b) a centralidade do mito na sociedade antiga grega e o de mini-impérios.
vínculo desse mito com manifestações de caráter público. (Mary Beard. SPQR: uma história da Roma Antiga, 2017.)

c) a fragilidade do politeísmo perante a lógica e a inca-


pacidade desse politeísmo de mobilizar politicamente Segundo o excerto,
a sociedade. a) a brutalidade das ações militares era incentivada pelos
d) as origens filosóficas da piedade e do sentimento de senadores romanos.
culpa posteriormente apropriados pelo cristianismo. b) o conceito de imperialismo foi criado a partir do ex-
e) as matrizes religiosas da democracia grega e o reco- pansionismo romano.
nhecimento por essa democracia da igualdade entre c) os romanos celebraram acriticamente a conquista de
os homens livres. outros territórios.
d) a violência cotidiana era estimulada nos territórios ocu-
59 (Unesp–SP)
pados pelos romanos.
Roma não era apenas o parente mais violento da Gré-
e) os povos dos territórios ocupados pelos romanos eram
cia Clássica, não estava apenas comprometida com enge-
militarizados.
nharia, eficiência militar e absolutismo, enquanto os gre-
gos haviam preferido a especulação intelectual, o teatro e 61 (Unesp)
a democracia. Atualmente, muitos estudiosos acreditam que é pos-
(Mary Beard. SPQR: uma história da Roma antiga. São Paulo, 2017. Adaptado.)
sível identificar processos de globalização em sociedades
O excerto critica os estereótipos de Roma e Grécia anti- pré-modernas, em vista de fenômenos como o encurta-
gas. Essa crítica justifica-se, pois mento relativo das distâncias (através de meios de trans-
a) a experiência democrática ateniense foi uma exceção, porte e comunicação mais eficazes), maior conectividade
entre regiões previamente isoladas [...].
REVISÃO FLEX

uma vez que a maioria das cidades-Estado gregas des-


conhecia a democracia. (Rafael Scopacasa. Revista de História, nº 177, 2018.)

21
A expansão romana pelo mar Mediterrâneo pode ser con- Ao caracterizar um dos rituais principais do feudalismo
siderada um exemplo de “globalização em sociedades na Europa do Ocidente medieval, o excerto destaca
pré-modernas”, pois envolveu a) a submissão dos reis e dos senhores ao poder papal.b)
a) eliminação da influência helenista e homogeneização o mecanismo de relacionamento entre senhores e tra-
dos hábitos alimentares na zona mediterrânica. balhadores.

b) imposição do monoteísmo romano e unidade mone- c) a completa descentralização política existente no feu-
tária em todas as províncias controladas. dalismo.

c) descaracterização cultural dos povos dominados e d) o vínculo entre compromissos pessoais e compromis-
interrupção da circulação marítima na região. sos religiosos.

d) uniformização linguística no entorno do mar e inter- e) o declínio das atividades urbanas durante o período
feudal.
câmbios culturais entre os povos da região.
e) mobilidade intensa de bens e interdependência entre 64 (Uneso) Os povos que viviam nas terras conquistadas
regiões e povos distantes. pelos portugueses na América
a) eram destituídos de interesses e práticas religiosas.
62 (FGV–SP)
b) concentravam-se nas áreas litorâneas do território.
Da parte dos bárbaros, tudo parece indicar que a forte
estrutura hierárquica favoreceu a conversão das popula- c) eram coletores ou praticavam agricultura rudimentar.
ções, em particular das tribos, uma vez que essa era a for- d) alimentavam-se prioritariamente de carne humana.
ma de estrutura social mais comum. Aqui e ali aparecem e) eram pacíficos ou dedicados a alianças e acordos en-
resistências de chefes, mas no conjunto a conversão dos tre grupos.
chefes leva à conversão da população.
Leia os textos para responder à questão 65
(Jacques Le Goff. O Deus da Idade Média, 2017.)

Texto 1
O processo de cristianização dos povos que ocuparam a
Nenhum documento permite afirmar que Pedro Álva-
Europa Ocidental com o fim do Império Romano do Oci-
res Cabral partira de Lisboa com o propósito de descobrir
dente implicou
novas terras. A intencionalidade da descoberta não encon-
a) a imbricação dos poderes seculares e eclesiásticos nas tra fundamento em nenhuma das testemunhas, seja Pero
sociedades europeias.
Vaz de Caminha, Mestre João ou o piloto anônimo. A arma-
b) a divisão de terras da Igreja com as nações recente- da partiu com destino à Índia, e foi só isso.
mente instaladas na Europa. (Joaquim Romero de Magalhães. “Quem descobriu o Brasil?”.
In: Luciano Figueiredo. História do Brasil para ocupados, 2013.)
c) a constituição de um poder político centralizado sobre
o conjunto da Europa.
Texto 2
d) a elitização progressiva do culto monoteísta em meio
Quando Pedro Álvares Cabral e seus homens chega-
às populações europeias.
ram à costa da atual Bahia em 1500, não havia, obviamente,
e) a oposição do clero reformista à absorção de crenças nem Brasil nem brasileiros. Pode ser, como querem mui-
pagãs pela Igreja europeia.
tos historiadores, que outros tenham andado por ali antes,
63 (Unesp) mas disso não ficou registro consistente, e foram Pero Vaz

O cristianismo aparece em quase todas as fases do de Caminha e Mestre João os autores das primeiras narra-
tivas sobre a nova terra e seu céu.
ritual feudo-vassálico. Primeiro, a cerimônia (mesmo que
(Laura de Mello e Souza. “O nome Brasil”. In: Luciano Figueiredo.
nenhum dos intervenientes, nem senhor nem vassalo, História do Brasil para ocupados, 2013.)
sejam clérigos) pode realizar-se numa igreja, lugar privi-
legiado para a entrada em vassalagem. E até muitas vezes 65 (Unesp) Os dois textos referem-se à expedição de Cabral,
se sublinha que a cerimônia se processa na parte mais sa- que aportou no litoral do futuro território do Brasil em
grada da igreja, o altar-mor. 1500. A documentação citada nos textos é, de acordo
O juramento que constitui um elemento essencial da com os autores,

fidelidade é, quase sempre, prestado sobre um objeto reli- a) capaz de revelar a capacidade técnica que permitiu a
gioso, e até particularmente sagrado — a Bíblia ou relíquias. navegação oceânica e a superação de barreiras físicas
e mentais no processo de conquista e colonização da
(Jacques Le Goff. Para um novo conceito de Idade Média: tempo,
trabalho e cultura no Ocidente, 1980. Adaptado.) América e do litoral africano.

22
b) insuficiente para a compreensão dos objetivos exatos O excerto apresenta o avanço da produção de cana-de-
da empreitada e impede afirmações categóricas sobre -açúcar no Brasil colonial como
a intencionalidade e o pioneirismo na conquista das a) a adoção de uma sociedade de modelo feudal, que de-
novas terras. terminou a forte dependência da economia brasileira em
c) insuficiente para o entendimento dos interesses políticos relação as grandes potências europeias do período.
e comerciais da expansão marítima portuguesa, mas ex- b) a definição de um perfil para a ação portuguesa na
plicita o desinteresse das testemunhas e dos narradores América, que incluiu a produção voltada ao mercado
em revelar a verdade histórica acerca da empreitada. externo e a consolidação da ocupação territorial.
d) insuficiente para o conhecimento do que de fato ocor- c) o estabelecimento de mecanismos reguladores da re-
reu durante a viagem, mas confirma o pioneirismo dos lação colônia-metrópole, que passava a funcionar a
ingleses na navegação atlântica e a correlação direta partir do princípio da liberdade comercial.
entre os propósitos e os resultados da empreitada. d) a conformação de uma economia diversificada, que asse-
e) capaz de expor a dinâmica completa da conquista gurava a expansão territorial e uma distribuição equilibra-
portuguesa do Oceano Atlântico e da abertura e ex- da dos recursos metropolitanos nas áreas de colonização.
ploração de rotas comerciais regulares da Europa para e) o deslocamento do eixo econômico da colônia, que avan-
a África, a América e as Índias. çou para o centro do território e passou a privilegiar a
agricultura extensiva baseada em mão de obra indígena.
66 (Famerp–SP)
A difusão do uso desses machados [de ferro] em subs- 68 (FGV– SP)
tituição aos de pedra aumentou imensamente a produ- O que queremos destacar com isso é que o tráfico
atlântico tendia a reforçar a natureza mercantil da socieda-
tividade do trabalho, reduzindo em mais de dez vezes o
de colonial: apesar das intenções aristocráticas da nobreza
tempo para a derrubada dos troncos [de pau-brasil]. Não
da terra, as fortunas senhoriais podiam ser feitas e desfei-
é pois de admirar que no século XVI mais de dois milhões
tas facilmente. Ao mesmo tempo, observa-se a ascensão
de árvores tenham sido derrubadas e reduzidas a toras.
dos grandes negociantes coloniais, fornecedores de cré-
Mas é também certo que os nativos souberam aproveitar a ditos e escravos à agricultura de exportação e às demais
tecnologia dos instrumentos europeus para benefício pró- atividades econômicas. Na Bahia, desde o final do século
prio, incluindo machados e facas de metal quer nas suas XVII, e no Rio de Janeiro, desde pelo menos o início do sé-
guerras, quer nas atividades de subsistência. culo XVIII, o tráfico atlântico de escravos passou a ser con-
(Ronaldo Vainfas (org.). Dicionário do Brasil colonial (1500-1808), 2000.) trolado pelas comunidades mercantis locais (...).
João Fragoso et alii. A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX), 1998.
O excerto caracteriza
O texto permite inferir que
a) a preocupação com o replantio das árvores pelos na-
tivos e portugueses, no primeiro século da colonização. a) o tráfico atlântico de escravos prejudicou a economia
colonial brasileira porque uma enorme quantidade de
b) a assimilação de novas técnicas pelos indígenas, a par-
capitais, oriunda da produção agroindustrial, era re-
tir do contato com os portugueses no primeiro século
metida para a África e para Portugal.
da colonização.
b) as transações comerciais envolvendo a África e a Amé-
c) a sofisticação técnica do plantio e da exploração de
rica portuguesa deveriam, necessariamente, passar
pau-brasil, desde o início da colonização portuguesa
pelas instâncias governamentais da Metrópole, condi-
da América. ção típica do sistema colonial.
d) a otimização da produção agrícola desenvolvida pelos c) a monopolização do tráfico negreiro nas mãos de co-
portugueses durante a colonização brasileira. merciantes encareceu essa mão de obra e atrasou o
e) a submissão da mão de obra nativa à escravidão na desenvolvimento das atividades manufatureiras nas
atividade econômica da extração de madeira tintorial. regiões mais ricas da América portuguesa.
d) as rivalidades econômicas e políticas entre fidalgos e
67 (Falbe–SP)
burgueses, no espaço colonial, impediram o crescimen-
Nos dois primeiros séculos de colonização, a empre- to mais acelerado da produção de outras mercadorias
sa colonial giraria em torno da cana: a formação de vilas e além do açúcar e do tabaco.
cidades, a defesa de territórios, a divisão de propriedades, e) nem todos os fluxos econômicos, durante o processo de
as relações com diferentes grupos sociais e até a escolha
REVISÃO FLEX

colonização portuguesa na América, eram controlados


da capital. pela Coroa portuguesa, revelando uma certa autonomia
(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia, 2018. Adaptado.) das elites coloniais em relação à burguesia metropolitana.

23
FÍSICA

69 (Famerp–SP) Existem várias versões do Caminho de 73 (Unesp) Juliana pratica corridas e consegue correr 5,0 km
Santiago, que são trajetos percorridos anualmente por em meia hora. Seu próximo desafio é participar da corri-
milhares de peregrinos que se dirigem à cidade de San- da de São Silvestre, cujo percurso é de 15 km. Como é
tiago de Compostela, na Espanha, com a finalidade de uma distância maior do que a que está acostumada a
venerar o apóstolo Santiago Maior. Considere que uma correr, seu instrutor orientou que diminuísse sua veloci-
pessoa percorreu um desses caminhos em 32 dias, an- dade média habitual em 40% durante a nova prova. Se
dando a distância total de 800 km e caminhando com seguir a orientação de seu instrutor, Juliana completará
velocidade média de 3,0 km/h. O tempo que essa pessoa a corrida de São Silvestre em
caminhou por dia, em média, foi de a) 2h 40min. d) 2h 30min.
a) 7 horas e 20 minutos. d) 8 horas e 40 minutos. b) 3h 00min. e) 1h 52min.
b) 8 horas e 20 minutos. e) 9 horas e 40 minutos. c) 2h 15 min.
c) 7 horas e 40 minutos.
74 (Unesp) No período de estiagem, uma pequena pedra
70 (Famema–SP) De dentro do ônibus, que ainda fazia ma- foi abandonada, a partir do repouso, do alto de uma pon-
nobras para estacionar no ponto de parada, o rapaz, atra- te sobre uma represa e verificou-se que demorou 2,0 s
sado para o encontro com a namorada, a vê indo embora para atingir a superfície da água. Após um período de
pela calçada. Quando finalmente o ônibus para e o rapaz chuvas, outra pedra idêntica foi abandonada do mesmo
desce, a distância que o separa da namorada é de 180 m. local, também a partir do repouso e, desta vez, a pedra
demorou 1,6 s para atingir a superfície da água.
Sabendo que a namorada do rapaz se movimenta com
velocidade constante de 0,5 m/s e que o rapaz pode
correr com velocidade constante de 5 m/s, o tempo mí-
nimo para que ele consiga alcançá-la é de
a) 10 s. d) 50 s.
b) 45 s. e) 40 s.
c) 25 s.

71 (Famerp–SP) Ao se aproximar de um aeroporto, um avião


se deslocava horizontalmente com velocidade de 115 m/s.
Considerando a aceleração gravitacional igual a 10 m/s2
Ao tocar a pista, cinco minutos depois da aproximação,
e desprezando a existência de correntes de ar e a sua
sua velocidade horizontal era 70 m/s. O módulo da ace-
resistência, é correto afirmar que, entre as duas medidas,
leração escalar média horizontal a que o avião ficou su-
o nível da água da represa elevou-se
jeito nesse trecho foi
a) 5,4 m. d) 0,8 m.
a) 0,23 m/s2. d) 0,46 m/s2.
b) 7,2 m. e) 4,6 m.
b) 0,15 m/s2. e) 0,75 m/s2.
c) 1,2 m.
c) 0,35 m/s2.
75 (FMJ–SP) Um menino observou que os raios da luz solar
72 (Famema–SP) Uma formiga cortadeira, movendo-se a 8
atingiam seus olhos paralelamente ao solo, plano e hori-
cm/s, deixa a entrada do formigueiro em direção a uma
zontal, após refletirem no vidro plano de um automóvel.
folha que está 8 m distante do ponto em que se encon-
trava. Para cortar essa folha, a formiga necessita de 40 s.
Ao retornar à entrada do formigueiro pelo mesmo cami-
nho, a formiga desenvolve uma velocidade de 4 cm/s, por
causa do peso da folha e de uma brisa constante contra
o seu movimento.
O tempo total gasto pela formiga ao realizar a sequência
de ações descritas foi
a) 340 s. d) 240 s.
b) 420 s. e) 200 s.
c) 260 s.

24
Sabendo que o raio incidente e o raio refletido estavam 78 (Unesp) Ao meio-dia, a areia de um deserto recebe gran-
em um mesmo plano vertical e que a inclinação do vidro de quantidade de energia vinda do Sol. Aquecida, essa
do automóvel em relação à horizontal era de 50°, o me- areia faz com que as camadas de ar mais próximas fiquem
nino conclui que a inclinação ϴ dos raios incidentes no mais quentes do que as camadas de ar mais altas. Essa
vidro em relação à vertical era de variação de temperatura altera o índice de refração do ar
a) 15° d) 25° e contribui para a ocorrência de miragens no deserto,
b) 30° e) 10° como esquematizado na figura 1.

c) 20°

76 (Famema–SP) Ao entrar no banheiro de um shopping,


uma pessoa se depara com uma parede onde se encontra
afixado um grande espelho plano. Enquanto caminha com
velocidade de 1 m/s em uma direção perpendicular a esse
espelho e no sentido de aproximar-se dele, essa pessoa
observa que, relativamente a seu corpo, sua imagem
a) se afasta com velocidade 1 m/s.
b) se aproxima com velocidade 2 m/s.
c) se aproxima com velocidade 4 m/s.
d) se aproxima com velocidade 1 m/s.
e) se afasta com velocidade 2 m/s.
Para explicar esse fenômeno, um professor apresenta a
77 (Famerp–SP) No dia 20 de junho de 1969, o ser humano seus alunos o esquema da figura 2, que mostra um raio
caminhou pela primeira vez na superfície lunar. Em uma de luz monocromático partindo do topo de uma palmeira,
das fotos registradas nesse dia pode-se ver uma imagem dirigindo-se para a areia e sofrendo refração rasante na
direita e menor formada pela superfície convexa do visor interface entre as camadas de ar B e C.
do capacete do astronauta Edwin Aldrin, que funciona
como um espelho.

Sabendo que nesse esquema as linhas que delimitam as


camadas de ar são paralelas entre si, que nA, nB e nC são
os índices de refração das camadas A, B e C, e sendo α
o ângulo de incidência do raio na camada B, o valor de
sen α é

nC nB
Essa imagem é a) d)
nB nC
a) real e o objeto se encontra além do centro de curva- nA nC
tura do espelho. b) e)
nB nA
b) virtual e independe da localização do objeto.
nB
c) virtual e o objeto se encontra entre o espelho e seu c)
nA
foco principal.
79 (Famema–SP) Um raio de luz monocromático propaga-se
d) real e o objeto se encontra entre o espelho e seu foco
REVISÃO FLEX

por um meio A, que apresenta índice de refração abso-


principal.
luto nA = 1, e passa para outro meio B, de índice de refra-
e) real e independe da localização do objeto. ção nB =6 2 , conforme figura.

25
Considere que o raio incidente forma com a normal à
superfície o ângulo de 45°. Nessas condições, o ângulo
de desvio (d), indicado na figura, é igual a
a) 60°.
b) 30°.
c) 45°.
d) 15°.
e) 90°.

GEOGRAFIA

80 (Fuvest–SP) A escala cartográfica expressa as dimensões c) e)


presentes em um mapa e a sua correspondência no ter-
reno, ou seja, é uma abstração adotada que permite trans-
por a realidade terrestre para o mapa mantendo as pro-
porções. Considerando a distância de 6 cm entre dois
municípios em um mapa com escala numérica de
1:1.000.000, qual é a distância, em linha reta, entre eles?
d)
a) 0,6 km
b) 6 km
c) 6,6 km
d) 60 km
e) 600 km 82 (FCMSCSP)
A construção de um sistema de projeção será escolhi-
81 (Famerp –SP) Analise o mapa.
da de maneira que a carta venha a possuir propriedades
que satisfaçam as finalidades impostas pela sua utiliza-
ção. O ideal seria construir uma carta que reunisse todas
as propriedades, representando uma superfície rigorosa-
mente semelhante à superfície da Terra. Essa carta deve-
ria possuir as seguintes propriedades: 1. Manutenção da
verdadeira forma das áreas a serem representadas; 2. Inal-
terabilidades das áreas; 3. Constância das relações entre as
distâncias dos pontos representados e as distâncias dos
seus correspondentes.
(Antônio Carlos Campos. “Projeções cartográficas:
classificação e características”. https://cesad.ufs.br. Adaptado.)

A condição necessária para a construção de uma projeção


cartográfica que represente rigorosamente a superfície
terrestre, contemplando as três propriedades menciona-
O processo de elaboração da projeção cartográfica desse das nesse excerto, é
mapa é ilustrado em: a) inviável, na medida em que os mapas são dotados de
a) b) um modelo matemático simplificado e mostram par-
celas selecionadas segmentadas do planeta.
b) pouco provável, devido à esfericidade do planeta, que
impede o estabelecimento das coordenadas de UTM
(Unidade Transversa de Mercator).

26
c) impossível, em razão do formato geoide que o plane- A situação apresentada no excerto, a respeito do sistema de
ta possui. fusos horários adotado pela Samoa, expressa uma decisão
d) possível, em virtude da elaboração segmentada de a) diplomática, pois a Linha Internacional de Data (LID)
diferentes projeções que, quando integradas, geram resulta no afastamento em horas da cidade de Ápia
um mapa síntese sem deformidades. em relação a Sydney em GMT + 22h.
e) viável, na medida em que se utiliza da projeção afilática, b) política, pois a Linha Internacional de Data (LID) cor-
elaborada por Robinson, para a cartografar o planisfério. responde ao antimeridano de Greenwich que marca o
início e o término do dia civil na Terra.
83 (FMJ–SP) Examine a planta baixa de uma moradia loca-
c) comercial, em razão da integração econômica com
lizada no Hemisfério Norte.
Austrália e Nova Zelândia, uma vez que a mudança da
Linha Internacional de Data (LID) possibilitou aos paí-
ses estarem na mesma hora legal em relação ao GMT.
d) jurídica, em razão da impossibilidade da movimentação
da Linha Internacional de Data (LID), desrespeitando
o padrão da divisão das horas que foi estabelecida pela
Convenção Internacional do Meridiano, em 1884.
e) publicitária, uma vez que pelo movimento de rotação
da Terra no sentido Leste-Oeste a variação em horas
antes da mudança da posição de Ápia em relação a
Sydney resultou na diferença de +1h.

85 (Unesp) Examine o esquema.

Avaliar a melhor posição solar antes de comprar um imóvel


é tão importante quanto escolher o bairro em que se irá
As relações apresentadas no esquema fazem referência à
morar. Devido ao movimento aparente do sol, a orientação
solar muda de acordo com a posição do imóvel. Dessa a) escala cartográfica.
forma, na planta apresentada, os quartos são mais ilumi- b) simbolização cartográfica.
nados e aquecidos, pois estão posicionados para a face c) precisão gráfica do mapa.
a) oeste. d) noroeste. d) orientação do mapa.
b) leste. e) sul.
e) projeção cartográfica.
c) norte.
86 (FGV–SP) . De acordo com o processo de formação do
84 (FMJ–SP) território brasileiro, a ocupação dos sertões nos séculos
Em 2011, Samoa, país que antigamente era conheci- XVII e XVIII realizou-se com:
do como Samoa Ocidental, arrancou um dia inteiro de seu a) a revogação do Tratado de Tordesilhas entre Portugal
calendário. O país saltou de 29 de dezembro para 31 de e Espanha.
dezembro. Ele era um dos últimos lugares onde o dia co- b) o estabelecimento de feitorias para abastecer popula-
meçava (quando eram 8h em Ápia, a capital samoana, já ções tradicionais.
eram 6h do dia seguinte em Sydney). Ao pular o dia 30,
c) a opção colonial pelo povoamento da América do Sul.
Samoa migrou para o lado de lá da Linha Internacio-
d) o desenvolvimento das atividades pecuária e minera-
nal de Data (LID). Desde aquele 31 de dezembro de 2011,
dora.
REVISÃO FLEX

quando são 8h em Ápia, são 5h em Sydney. Do mesmo dia.


e) a abertura de novas fazendas cafeeiras pelos colonos
(Felipe van Deursen. “Kiribati, o país que driblou o fuso horário para ser o primeiro a
celebrar”. https://terraavista.blogosfera.uol.com.br, 29.12.2018. Adaptado.) italianos.

27
87 (UFPR)
A divisão oficial do Brasil em cinco Grandes Regiões
foi instituída em 1967 para atender às atividades de plane-
jamento estatal. Os critérios de regionalização considera-
ram características econômicas e sociais e também as divi-
sões político-administrativas das Unidades da Federação,
no sentido de que nenhum estado ou o Distrito Federal po-
deria ter parte de seu território classificado numa Grande
Região e parte em outra.

Sobre o tema, é correto afirmar:

a) O Nordeste se define por ser uma região de perdas


econômicas e crise social, posto que a participação
percentual da região no PIB brasileiro vem declinando
ao longo das últimas décadas, e os indicadores sociais
nordestinos permaneceram estacionados. A partir do exame da figura, é correto afirmar que as letras
b) Os critérios de regionalização utilizados criam algumas X, Y e Z correspondem, respectivamente, a
distorções, como se vê no caso de Minas Gerais, dado a) metamórficas, sedimentares e ígneas.
que os municípios do Triângulo Mineiro e Região Metro- b) metamórficas, ígneas e sedimentares.
politana de Belo Horizonte apresentam indicadores c) sedimentares, metamórficas e ígneas.
dentro da média dos municípios do Sudeste, e os mu- d) sedimentares, ígneas e metamórficas.
nicípios do Norte mineiro apresentam indicadores den- e) ígneas, sedimentares e metamórficas.
tro da média dos municípios do interior do Nordeste.
89 (FCMSCSP) Analise o esquema que apresenta o conjun-
c) A divisão de um país continental como o Brasil em
to de processos que promovem modificações na crosta
cinco regiões com milhares de municípios cada uma
terrestre.
reflete a centralização do planejamento público sob
regimes autoritários, posto que regimes democráticos
utilizam divisões regionais baseadas em unidades ho-
mogêneas com dezenas de municípios.

d) Antes de 1967, o Sudeste e o Sul faziam parte da Região


Centro-Sul, a qual foi dividida nessas duas Grandes Re-
giões para que o planejamento estatal pudesse atender
às especificidades de municípios que se definem pela
industrialização ou pelo dinamismo agropecuário.

e) Com a extinção da Sudam e da Sudene, essa regiona-


lização perdeu sua funcionalidade para o planejamen-
to, mas continua sendo utilizada por órgãos de pes-
quisa para a organização de dados estatísticos.

88 (Unesp–SP)
As rochas, que podem ser divididas em três grandes gru-
pos, estão em constante transformação, passando de um tipo
a outro, em virtude das dinâmicas interna e externa da Terra. Os números 1, 2 e 3 observados nesse esquema corres-
O chamado “Ciclo das Rochas” ilustra as diversas possibilida- pondem, respectivamente, a:
des de transformação de um tipo de rocha em outro. a) processos endógenos, abalos sísmicos e eustasia.
(Wilson Teixeira et al. (orgs.). Decifrando a Terra, 2009. Adaptado.) b) processos exógenos, intemperismo e soerguimeto.

28
c) processos endógenos, magmatismo e falhamento.
d) processos exógenos, vulcanismo e pedogenia.
e) processos endógenos, vulcanismo e orogenia.

90 (Unesp–SP) Analise os diagramas.

Esses diagramas demonstram o processo de


a) desintegração mecânica acompanhada pela decomposição química das rochas na exposição aos
agentes atmosféricos.
b) formação de novos aquíferos pela concentração de fluxos de água em terrenos arenosos.
c) metamorfismo sofrido por rochas magmáticas quando sujeitas ao calor e à pressão.
d) diastrofismo da crosta terrestre pelo falhamento da superfície ao longo das eras geológicas.
e) afloramento de rochas ricas em matéria orgânica na formação de novos escudos cristalinos.

REVISÃO FLEX

29
GABARITO

QUÍMICA

1 B
Consultando a tabela periódica, o elemento gálio possui
número atômico 31, ou seja, 31 prótons e consequente,
seu átomo 31 elétrons. A distribuição eletrônica do átomo
de gálio é a fornecida na alternativa b, porém, de acordo
com o enunciado, foram usados cátions trivalentes cuja
distribuição eletrônica é: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10.
Observação: Note que os gases nobres não entram na clas-
2 E sificação sobre eletronegatividade e eletropositividade.

Energias associadas a segunda e a terceira camada são 4 D


dadas por: A temperatura de 298 K corresponde a 25°C, ou seja,
acima da temperatura de ebulição do cloreto de nitrila.
Dessa forma, pelo diagrama fornecido, essa temperatura
está na região 5.

5 D

A transição de n = 2 para n = 3 envolve a diferença entre Ao se mergulhar a haste na solução, ocorre uma dissolução
as energias do terceiro nível e do segundo, ou seja, dos fluidos coletados no nariz na solução fase aquosa. Em
seguida, essa solução é gotejada no poço do detector do
∆E = (-1,51) – (-3,4) = 1,89 eV
kit e, por cromatografia, ocorrerá a separação dos compo-
A energia de ionização corresponde a energia necessária
nentes do sistema visto que diferentes componentes, de-
para retirar o elétron do átomo, ou seja, sair do primeiro vido às diferentes interações, apresentam diferentes velo-
nível que possui energia igual a – 13,6 eV e levar ao infinito cidades de difusão na membrana que compõe o kit.
(que possui energia igual a zero, pois estará muito afas-
6 B
tado do núcleo).
Como o KNO3 é solúvel em água, a adição desse solvente
Observação: Note que na expressão , se n
permite que ele se dissolva no líquido A, cuja evaporação
tender ao infinito (elétron muito afastado do núcleo), a
permite recuperá-lo puro (sólido D). Por ser insolúvel no
energia E será igual a zero.
CS2, o carbono já é recuperado na filtração, após a adição
Dessa forma, para levar de n = 1 ao infinito teremos o desse solvente (sólido F).Já o S se dissolve, fazendo parte
mesmo raciocínio adotado entre os níveis 1 e 2, veja: do líquido E cuja evaporação permite sua obtenção puro
Diferença entre infinito e n = 1 (sólido H).

∆E = (0) – (-13,6) = 13,6 eV. 7 E


I– Verdadeira.
3 C Em mol, temos:
As propriedades representadas pela figura são dadas n O = m / M = 64,6/16 ≈ 4 mol
a seguir: n H = m / M = 10/1 ≈ 10 mol

30
Ou seja, há maior quantidade de mol e consequentemente MATEMÁTICA
de átomos do elemento hidrogênio do que do elemento
oxigênio.
12 C
II – Verdadeira. Como as massas molares do cálcio e
do potássio são aproximadamente iguais, a relação Multiplicando todas as equações: n2p2 q2 = 65 · 155 · 403 
 (npq)2 = 13 · 5 · 31 · 5 · 13 · 31 = 52 · 312 · 132  npq = 5 ·
entre as massas será praticamente igual a razão
· 31 · 13 = 2015. Portanto, a soma dos algarismos de npq
entre as quantidades de mol. Razão entre as massas
é 2 + 1 +5 = 8.
≈ razão de mol = 1,9/0,4 = 4,7
III – Verdadeira. Dentre os não metais, aquele que apresen- 13 C
ta menor razão m/M (quantidade de mol) é o cloro. A melhor aproximação para com uma casa decimal
é .
8 D
• Sistema A: conduz devido a presença de elétrons livres Método A: Erro de 0,08579
no metal mercúrio.
• Sistema B: conduz devido a uma reação de ionização Método B:
entre o ácido acético do vinagre e a água. Os respon-
sáveis pela condutividade são os íons H+ e CH3COO–. Erro de 0,01421
• Sistema C: conduz devido a um processo físico de Portanto, a razão entre os erros será: .
dissociação iônica do sal ao ser colocado em contato
com a água. Os responsáveis pela condutividade são 14 B
os íons Na+ e Cl–. Se uma máquina funcionou por 4 horas e 12 minutos
produzindo um lote n de determinada peça, de maneira
9 B que cada peça foi produzida em 1,2 minuto, temos:
O composto glutamato de sódio, como qualquer sal, deve
ser eletricamente neutro.
O íon glutamato é formato quando o ácido glutâmico
perde os dois hidrogênios ionizáveis que possui, ou seja, Para a produção de um novo lote 80% maior, a máquina
foi ajustada para fabricar cada peça em 10% a menos de
terá carga -2. Dessa forma, são necessários dois íons Na+
tempo. Assim, o tempo t para a produção desse novo lote
para obter o sal eletricamente neutro.
será dado por:

15 B
10 C
Sendo
Para se produzir o hidrogenossulfado de bário devemos A: força de ataque
ter a seguinte equação balanceada
D: força de defesa
2 H2SO4 + 1 Ba(OH)2  1 Ba(HSO4)2 + 2 H2O
N: nível
11 Resposta B E: experiência
A partir das cargas dos ânions fornecidos na tabela e dos tem-se:
cátions alumínio (+3), lítio (+1), cálcio (+2) e fluoreto (–1) A = K · E · N2 e D = C · E2 · N, com K e C constantes
temos:
Como no início do jogo A = 2; D = 1; N = 1 e E = 1,
Al2(SO4)3 tem-se:
Al(OH)3 A = K · E · N2 ∴ 2 = K · 1 · 12 ∴ K − 2
Li2CO3 D = C · E2 · N ∴ 1 = C · 12 · 1 ∴ C = 1
REVISÃO FLEX

CaF2 No confronto, o jogador J1 irá atacar o jogador J2.


GABARITO

31
Desse modo, tem-se: 18 E
força de ataque do jogador J1:
A1 = 2 · 5 · 42 = 160
força de defesa do jogador J2:
D2 = 1 · 62 · 2 = 72
Como A1 > D2, o jogador J1 vence o jogador J2 porque a
diferença entre sua força de ataque e a de defesa do seu
oponente é 160 − 72 = 88.

16 D
Admitindo que o segundo caminho descrito no enunciado
envolve percorrer os segmentos AC e , CB temos a se- Como o triângulo BCD é isósceles, x = 65o e o ângulo D do
guinte figura, em que α denota a medida do ângulo AĈB:
triângulo BDA é externo ao triângulo BCD, teremos: 65o +
65o = 130o.

Segue, portanto, que a medida do ângulo é:

17 B
Como ABD também é isósceles, pois D é ponto médio de
Se r e s são paralelas, então:
AC, temos 2y + 130o = 180o  y = 25o:

Calculando a diferença entre as medidas dos ângulos CBD


e DAB: x – y = 65o – 25o = 40o

19 D

No ponto A, temos que: 2β + 2α = 180  β + α = 90o (I)


No triângulo ∆ACG , temos: α +β +γ = 180o (II)
Substituindo a expressão (I) em (II), temos:
90o + λ = 180o  λ = 90o
Sabemos que e
Logo, as retas t e u devem ser perpendiculares no ponto C.
Como todos os passos são reversíveis, seguindo os passos = 180 = π radianos, então α = (π – 4β) radianos.
o

na ordem inversa concluímos que, se as retas t e u forem O ângulo T1 A T2 é inscrito e enxerga o arco , de
perpendiculares no ponto C, então r e s são paralelas.
medida 2α = 2π – 8 β.
Portanto, t e u serem perpendiculares em C é uma
condição necessária e suficiente para que r e s sejam Como T1B e T1B são tangentes à circunferência, temos a
paralelas. seguinte figura:

32
Substituindo na primeira equação:

Logo, o percentual de desconto dado pelo gerente no


preço do ingresso em relação ao que era anteriormente
O ângulo é central e, portanto, tem medida igual cobrado é:

à do arco . Logo, .
Somando os ângulos do quadrilátero :

22 E
Portanto:
Como a circunferência de Júpiter é 11 vezes a da Terra,
então .
Observe a figura a seguir, sendo A o centro de Júpiter, B
um dos pontos de intersecção do segmento com a
20 C circunferência de Júpiter, C e T os pontos de intersecção
Fatorando a expressão do operador, tem-se: do segmento com a circunferência da Terra e D o cen-
tro da Terra:

Ao compor operadores, são obtidas as seguintes


expressões:

Observando o padrão, nota-se que a composição de 20


operadores resultará em

Assim, .

21 A
Com o preço atual de x, o cinema vende apenas metade Do enunciado, tem-se e
da lotação máxima da sala de y pessoas, com arrecadação .
total de R$ 1.408,00. Assim: A distância d = AD entre o centro de Júpiter e o centro
da Terra pode ser obtida fazendo:

Reduzindo o preço do ingresso em R$ 5,00, o cinema


preenche sua lotação máxima, com arrecadação total de
R$ 2.176,00. Assim:
REVISÃO FLEX
GABARITO

33
23 B 25 C
Sendo n o número de quartos, até o encontro tem-se: Furthermore pode ser entendida como “Além disso; adi-
Total de quartos pelos quais Lucas passa (L): cionalmente”, portanto, dá ideia de adição.

26 C
A frase diz “...devido à sua (do CO2) abundância na at-
mosfera.” Portanto, o possessive adjective, referente ao
CO2 deve ser its.

27 D
O trecho completo diz: “A queima de combustíveis fósseis
L = 196 – 1 ∴ L = 195 e a derrubada de arvores levam (causam) a liberação
desse gás CO2. Ambas as atividades explodiram depois
Total de quartos pelos quais Julia passa (J):
do século XIX...” Então, percebe-se que as duas atividades
referem-se à queima de combustíveis fósseis e à derru-
bada de árvores.

28 A
O texto visa (tem como objetivo) responder à pergunta:
“As atividades humanas estão levando à mudança climá-
tica?” No 1º parágrafo, faz-se uma observação com fatos.
A partir do 2º e, especialmente, no 3º parágrafo, ressalta-
-se como ocorre o aumento de CO2 na atmosfera, rela-
cionado às atividades humanas.

29 B
No contexto, a palavra so (então; por isso; portanto) dá
ideia de “conclusão, consequência” e pode ser substituída,
sem mudança de sentido, por therefore (portanto;
por isso).
J = (n – 1)ida + (n – 196)volta ∴ J = 2n – 197
30 E
Como a cada 5 quartos pelos quais Julia passava, Lucas
O trecho diz:
passava por 3 quartos, tem-se:
“Modelos climáticos revelam que teria havido pouco aque-
cimento global...”
Little (pouco/a) + incountable noun tem como oposto
Much + incontable noun
As expressões a lot of; a great deal of podem ser substi-
6n – 591 = 975 tutas de much.
6n = 1 566 A expressão a large number of deve ser seguida de subs-
n = 261 tantivo no plural.
Logo, o total de quartos é 261.

LÍNGUA PORTUGUESA
LÍNGUA INGLESA

31 E
24 E
Há uma transposição da fala para a escrita no texto, mar-
A expressão usada por Helga na tirinha “I missed you” cada pelos termos que fogem à norma culta da língua. A
poderia significar “Senti saudade de você” ou “Deixei de língua escrita não é mais correta que a oral, são modali-
atingir você” (“Errei a pontaria”). A linguagem não verbal dades diferentes de uso da linguagem. O texto dialoga
e também a verbal no 2º quadrinho da tira deixam claro com o público-alvo ao usar linguagem mais familiar e
que, no contexto, trata-se de “Errei a pontaria, mas desta subjetiva, característica também do gênero teatral. Os
vez não vou errar”. Portanto, o efeito de humor é obtido termos usados no texto são característicos do grupo so-
através da “ambiguidade da frase”. cial representado na peça teatral.

34
32 E Gregório de Matos próximos a essa ideia são os que falam
O garoto utiliza o verbo “detonar”, mais informal e mais da passagem do tempo “a toda ligeireza”, destruindo (“pi-
próximo do universo jovem. O pai opta por “avariar”, mais sada”) a juventude, ainda mais transitória, nesse processo.
comum entre adultos, sobretudo em situações formais de
40 D
comunicação. Assim, as escolhas vocabulares de cada per-
sonagem variam de acordo com o grau de formalidade O padre Antônio Vieira é enfático na sua condenação da
escolhido e com a faixa etária dos falantes. omissão, como se lê em “os piores perdem-se pelo que
deixam de fazer” – ou seja, por negligência. Em especial,
33 D a negligência de príncipes, de ministros, “dos que
A palavra “crônica”, bastante repetida no contexto, está governam”.
implícita na expressão “Acabou me dando de volta a
41 E
[crônica] da sopa.”
Sendo o paradoxo baseado numa contradição, deve-se
34 A apontar a alternativa com a frase “que se faz não fazendo”.
O narrador Brás Cubas, membro da elite carioca da época, A realização da ação é modificada pela sua negação –
narra que voltava de uma missa com Nhã-loló e o pai da duas coisas contrárias coincidindo simultaneamente. É
moça, Damasceno. Este, apesar de sua condição social um recurso expressivo muito caro ao Barroco, no qual se
favorecida, fica em êxtase ao deparar-se com a briga de pode filiar o padre Antônio Vieira.
galos, que, no contexto, remete ao “atraso local”.
42 B
35 E O texto defende a ideia de que, apesar da mistificação em
Para Montaigne, as ações humanas são caracterizadas torno das startups, esse ambiente de trabalho pode causar
pela volubilidade, pela inconstância. Dessa forma, a de- mais danos aos trabalhadores do que as empresas tradi-
claração de Ovídio se alinha tematicamente ao pensa- cionais. Tal ideia se manifesta, por exemplo, na passagem:
mento de Montaigne, ao afirmar que, ao longo do tempo, “O ambiente de startups parece mágico, mas a verdade é
as pessoas se transformam. que, há tempos, tenho visto CEOs no fundo do poço”.

36 E 43 E
O adjetivo “ardente” remete à sensualidade, ao corpo, à Ao analisar a emergência do negacionismo, a autora en-
dimensão física do sentimento amoroso, destoando por- cerra o fragmento com a seguinte afirmação: “Evidências
tanto do campo semântico do platonismo, mais espiri- e consensos científicos têm sido facilmente contestados
tualizado e ligado às ideias. com base em convicções pessoais ou experiências vividas
– como se percebe todos os dias nas redes sociais.” Com
37 B isso, pode-se inferir que, em sua visão, muitos usam ar-
O tom dos versos que começam com “Refalsado animal” gumentos baseados na experiência particular para con-
é nitidamente distinto das outras alternativas. Enquanto testar comprovações científicas.
estas tendem ao lírico, com imagens agradáveis, aquele
44 E
vem carregado de palavras de conotação negativa: “das
trevas sócio”, “teus lábios torpes”, “a mente erma de No contexto do poema, as palavras “aves” e “gorjeiam”,
ideias, nua de arte”. Percebe-se que o eu lírico critica seu estabelecendo relação intertextual com a Canção do Exílio,
interlocutor, atribuindo-lhe defeitos – logo, é o trecho mais de Gonçalves dias, representam, metaforicamente, os falan-
próximo do gênero satírico. tes da língua e as variações regionais por eles adotadas.

38 C 45 A
Neste famoso soneto de Camões, o eu lírico aborda o “des- A canção de Chico Buarque, composta no início dos anos
concerto do mundo”, espantando-se que tudo se altera o 1970, insere-se num contexto histórico-social de grande
tempo todo, inclusive a mudança. Aí se inclui, evidentemente, repressão da Ditadura Civil-Militar, conhecido como "Anos
a vida, que passa e se acaba, e também – considerando o de Chumbo''. O texto inteiro retrata um clima de pessi-
contexto histórico – a situação de seu país, Portugal, ora mismo, devido à violência e à repressão ditatorial, mas
colhendo as riquezas das Grandes Navegações, ora sucum- também de revolta e postura ativa, sobretudo na última
bindo devido a divisões e crises internas. estrofe, onde encontramos o verso "Vou pra rua e bebo
a tempestade". Isso porque, embora o governo tenha
39 D
REVISÃO FLEX

intensificado a repressão e a censura, os grupos contrários


Considerando que o soneto de Camões fala da transito- ao regime não pararam de se manifestar e protestar pelo
GABARITO

riedade da vida, a única alternativa com versos de fim da ditadura, mesmo que por meio de guerrilhas.

35
46 B No gráfico B, a chegada do interagente provocou o de-
Os versos de João Cabral de Melo Neto, por mencionarem clínio da população da planta, demonstrando uma inte-
o processo de apagamento individual desencadeado pela ração desfavorável a ela.
dura experiência com o trabalho, estabelece relação in-
53 A
tertextual com a pintura de Tarsila do Amaral – em que
se pode perceber, segundo o texto de Nádia Gotlid, pro- O controle biológico de pragas utiliza parasitas ou pre-
cesso semelhante. dadores da praga. Esse processo limita o crescimento das
pragas, limitando o prejuízo causado, sem contaminar o
meio ambiente com substâncias químicas tóxicas e que
BIOLOGIA podem se acumular ao longo das cadeias alimentares.

54 B
47 A O capital natural engloba as espécies daquele ambiente,
A energia transferida nas cadeias e teias alimentares, de- a água, os minerais etc. Ao eliminar hábitats, o desmata-
cresce progressivamente à medida que passa do nível tró- mento contribui com a extinção prematura de espécies,
fico dos produtores para o dos consumidores finais. Assim, atingindo mais especificamente aquelas com nichos eco-
a energia acumulada, assim como a biomassa, é maior nos lógicos especializados, que terão maior dificuldade para
produtores e vão sendo reduzidas ao longo da cadeia. se adaptar a outros nichos.

48 C 55 B
A interferência direta tem que ter ocorrido no 3º nível A energia das cadeias alimentares flui dos produtores para
trófico ou nível dos consumidores secundários. O aumen- os níveis finais da cadeia e decresce a medida que passa
to do consumidor secundário permitiu o aumento da po- de um nível trófico ao outro. Assim, a energia flui por todos
pulação de consumidores terciários. Por outro lado, o os níveis tróficos da cadeia, desde os produtores.
aumento dos consumidores secundários levou à diminui-
ção dos consumidores primários que, por sua vez, levaram 56 B
ao aumento dos produtores (base da pirâmide). O primeiro nível trófico é o dos produtores, portanto, não
pode ser ocupado pelos peixes.
49 C
As espécies invasoras podem prejudicar diretamente
Os fungos parasitam a cana-de-açúcar. As lagartas se ali-
mentam da cana, configurando uma relação de herbívora. várias espécies, sem ser necessário que elimine os pro-
As mariposas são atraídas pelos compostos voláteis libe- dutores. Se isso ocorrer, certamente haverá maior nú-
rados pelos fungos, que facilitam o encontro da cana para mero de espécies prejudicadas com a introdução da
colocar seus ovos, enquanto o fungo é transportado por espécie invasora.
elas, configurando uma relação de protocooperação. A energia não pode ser reciclada, só a matéria é cíclica.
A espécie invasora tende a desequilibrar e, portanto, di-
50 C
minuir os nichos das espécies nativas.
Na temporada posterior à emergência das lagartas, as
aranhas deixam de predar as lagartas que já estão grandes. 57 D
Assim, há diminuição da oferta de alimento para as aranhas,
O “efeito de borda” expõe vegetais da comunidade clímax,
ocorrendo a redução de sua densidade populacional.
que se encontravam no meio da floresta, em ambiente
51 A estável, a uma maior variação de temperatura, umidade,
insolação etc., prejudicando sua sobrevivência.
O gráfico 2 mostra que as duas populações se beneficiam
quando estão juntas, já que o número de indivíduos de
cada uma delas aumentou. No entanto, o gráfico 1 mostra HISTÓRIA
que podem viver separadas, configurando uma interação
não obrigatória. A interação é interespecífica pois trata-se 58 B
de duas espécies diferentes, como consta do enunciado.
Segundo o texto, a religiosidade seria determinante na
52 D realização de manifestações festivas em nome do resta-
No gráfico A, após a chegada da espécie interagente, ocor- belecimento da ordem das coisas entre os humanos. A
re aumento da biomassa da planta herbácea, mostrando mitologia, assim, aparece integrada às festividades e jus-
que ela foi favorecida com a interação. tificaria a importância do convívio social.

36
59 A a pesca e a coleta de frutos e raízes consistiram em uma
O texto de Mary Beard destaca o quanto interpretações atividade comum. Juntamente a essas práticas, diversos
totalizantes geram estereótipos interpretativos sobre a desses povos originários também realizaram a agricultura,
Antiguidade. A democracia, por exemplo, que marcou a renovando os meios consumidos e possibilitando a se-
pólis ateniense, não foi adotada como modelo pela maio- dentarização de algumas dessas populações.
ria das cidades gregas, apesar de suas repercussões e
influências sobre a cultura helena. 65 B
Considerando a opinião dos autores apresentados nos
60 E excertos, a documentação relacionada à chegada Pedro
O excerto de Mary Beard destaca que Roma expandiu-se Álvares Cabral na América em 1500 é insuficiente para
em um mundo marcado pela violência e por intensa mili- determinar com precisão quais os objetivos de sua via-
tarização dos rivais que enfrentaram nos campos de ba- gem. De acordo com esses autores, portanto, não seria
talha. Esse universo militar, por sua vez, seria marcado por possível atingir conclusões definitivas a respeito da inten-
mini-impérios, que abarcavam desejos expansionistas tanto cionalidade e do pioneirismo lusitano na conquista das
quanto os almejados pelos romanos.. novas terras na América.

61 E 66 B
Após as vitórias contra Cartago durante as Guerras Púnicas Nas décadas iniciais do século XVI, a presença portuguesa
(264 a.C. – 146 a.C.), a República Romana inaugurou um forte
no litoral atlântico da América foi caracterizada pela ex-
período de expansão e integração de diversas regiões e
tração de matéria-prima (pau-brasil) para sua comercia-
povos, que chegaria a seu auge alguns séculos depois, no
lização na Europa. Nesse momento, alguns dos grupos
Império Romano. Tal integração levou à construção de uma
indígenas litorâneos passaram a incorporar utensílios
vasta rede administrativa e política, permitiu a construção
trazidos pelos europeus à América para realizarem suas
de estradas, intercâmbios culturais e extensas redes de co-
atividades, como os machados de ferro.
mércio entre as diferentes regiões costeiras do mar medi-
terrâneo, como Europa, África e Ásia. O domínio do “mare 67 B
nostrum” — nosso mar, como passou a ser chamado pelos
Nos dois primeiros séculos da colonização portuguesa
romanos — possibilitou o compartilhamento de valores, co-
sobre o Brasil a produção do açúcar voltado para expor-
nhecimentos e produtos entre sociedades diversas, podendo
tação foi a principal atividade econômica colonial. Diver-
ser visto como um dos primeiros processos de globalização
em sociedades pré-modernas. sos aspectos da ocupação dos portugueses sobre o ter-
ritório colonial se deram em função do favorecimento da
62 A economia açucareira, como a fundação de vilas, a divisão
Ao longo da Idade Média, houve um movimento crescente das capitanias e sesmarias, assim como sediar o Governo
de conversões ao cristianismo por parte das antigas tribos Geral em Salvador, na Capitania da Bahia de Todos os
bárbaras. Conforme descrito no texto, ao se converterem, Santos, importante região produtora de açúcar.
as lideranças tribais (seculares) levavam também a popula-
ção a se converter. Assim as lideranças seculares e religiosas 68 E
iam se sobrepondo perante a sociedade europeia. Apesar dos monopólios comerciais impostos sobre o Brasil
Colonial por Portugal por meio do exclusivo metropolitano,
63 D permanentemente houve atividades econômicas que con-
Jacques Le Goff apresenta, no excerto base da questão, seguiam burlar as restrições impostas pela metrópole so-
a cerimônia da ordenação ou homenagem, em que ocorre bre a colônia. O tráfico negreiro, por exemplo, também foi
a sagração do cavaleiro, cujo ponto central era a bênção realizado por comerciantes que usufruíram de uma relativa
dada pelo toque da espada, seguida do juramento de autonomia mercantil perante a metrópole.
fidelidade à fé, ao senhor ou à ordem a que passava a
pertencer.
Tal cerimonial tinha como consequência a criação de vín- FÍSICA
culos de compromisso pessoal entre os nobres envolvidos
(suserania e vassalagem), sendo tal compromisso chan-
celado pela Igreja. 69 B
O tempo total (t t ) em horas no período percorrido foi de:
64 C
REVISÃO FLEX

d 800 km
Dentre os povos indígenas que habitavam os territórios tt = ⇒ tt = ∴ t t = 266,6 h
GABARITO

v 3 km h
colonizados por Portugal a partir do século XVI, a caça,

37
Dividindo igualmente o tempo total do trajeto em cada 74 B
dia resulta na taxa de caminhada diária Da equação da altura percorrida na queda livre, temos:
tt 266,6 h 1 2
(t d ) : t d = = = 8,3 h d ∴ t d = 8 h 20 min dia. h= gt
dias 32 d 2
1
70 E h1 = ⋅ 10 ⋅ 22 ⇒ h1 = 20 m
2
Considerando a namorada e o namorado como móveis
1
A e B respectivamente, ambos efetuando um movimento h2 = ⋅ 10 ⋅ 1,62 ⇒ h2 = 12,8 m
2
retilíneo uniforme, podemos definir as equações das suas
posições (s) com relação ao tempo (t) usando as gran-
dezas no Sistema Internacional de Unidades: Portanto, o nível da água elevou-se em:

s A = 180 + 0,5t Äh = 20 − 12,8



sB = 5t ∴∆
Äh = 7,2 m

Quando houver o encontro dos dois, suas posições são 75 E


as mesmas, portanto:
A figura mostra os ângulos de incidência (i = α) reflexão
s A = sB (r = α) em relação à normal ao vidro plano do automóvel.
180 + 0,5t = 5t
Assim, isolando o tempo temos o tempo de encontro.
180 = 5t − 0,5t
4,5t = 180
180
t=
4,5
∴ t = 40 s

71 B Analisando essa figura:



Äv 70 − 115 45 50o + α = 90o  α = 40o
am = = = ⇒ am = 0,15m s2 .

Ät 5 × 60 300 ϴ + 2α = 90o  ϴ + 2(40o) = 90o  ϴ = 10o

72 A 76 B
800 800 Como existe o movimento de aproximação em relação ao
Ät = Ä
∆ ∆t1 + ∆
Ät 2 + ∆
Ät3 = + 40 + ⇒
8 4 espelho, a velocidade relativa da imagem é o dobro da ve-
locidade da pessoa em relação ao espelho, isto é, é como se
⇒∆
Ät = 100 + 40 + 200 ⇒ Ät = 340 s.
∆ a imagem se deslocasse com 2m/s no sentido da pessoa.

73 D 77 B

Seja v1 a velocidade média desenvolvida por Juliana nos A imagem de um espelho convexo é sempre menor, direita
treinos: e virtual sendo o foco principal também virtual, indepen-
dendo de onde o objeto está colocado.

ÄS1 5
v1 = = ⇒ v1 = 10 km h.

Ät1 0,5 78 E
Os ângulos de refração estão dispostos no diagrama a
Para a corrida, a velocidade deverá ser reduzida em 40%.
seguir a partir da figura 2.
Então a velocidade média da prova será 60% da veloci-
dade de treinamento.
Assim:
v 2 = 0,6 v1 = 0,6 (10 ) ⇒ v 2 = 6 km h.

Então o tempo de prova será:


ÄS2 15
∆t =
Ä = = 2,5h ⇒ Ät = 2h 30min.

v2 6

38
Usando a relação de Snell para as duas interfaces de ar: As alternativas A e B estão incorretas porque o ponto
Para a interface A/B: central referenciado não é o polo sul.

nA ⋅ sen α
á = nB ⋅ sen βâ 82 C

n A Terra apresenta um formato tridimensional, portanto


á = B ⋅ senβâ (1)
sen α sempre que for projetada em um plano gerará deforma-
nA
ções na área, na forma ou na distância das superfícies.
Para a interface B/C:
83 E
nB ⋅ sen âβ = nC ⋅ sen γã Ao longo do ano, o movimento aparente do sol o desloca
n de modo a ficar perpendicular entre os trópicos de Capri-
sen âβ = C ⋅ sen γã córnio e Câncer. Desse modo, edificações que estão ao
nB
norte do trópico de câncer sempre verão o sol a partir da
n
Mas, senγã = sen90° = 1; senβâ = C ( 2 ) Substituin- direção Sul. Aquelas que estiverem entre o Equador e o
nB Trópico de Câncer verão o sol a partir da direção Sul du-
do a equação (2) na equação (1), temos: rante o Outono, a Primavera e o Inverno. Por isso os quartos
ficam iluminados e aquecidos a maior parte do ano.
nBn
α=
sená ⋅ C ∴ 84 B
nA nB
A LID (Linha Internacional da Mudança de Data) no Ocea-
n no Pacífico corresponde ao antemeridiano oposto ao
á = C
sen α
nA meridiano de Greenwich e apresenta 180°. Ultrapassada
a LID, deve-se mudar o dia. O traçado da LID não é exato,
uma vez que os países adaptam o fuso horário às suas
79 D
necessidades socioeconômicas, culturais, políticas e ter-
Os ângulos de refração estão dispostos no diagrama a ritoriais. No caso de Samoa, o governo decidiu mudar o
seguir a partir da figura 2: traçado da LID, fazendo com que seu território ficasse no
Utilizando a Lei de Snell-Descartes: nA ? senϴA = nB ? sen ϴB mesmo dia que a Austrália e a Nova Zelândia, países com
que apresentam relações diplomáticas e econômicas im-
Onde: nA = 1, ϴA = 45o, nnB = 2
portantes. Portanto, a medida foi de caráter político e
ϴB = 45o – d ∴ d = 45o – ϴB geopolítico. Assim, o país entrou no rol daqueles que
Substituindo, temos: inauguram o ano novo, um dia adiante da vizinha Samoa
2 2 Americana (território dos Estados Unidos).
sen 45° = 2 ⋅ senϴèB ⇒ sen ϴ
èB = ⇒ =
2 85 A
1
⇒ senϴèB = ∴ϴèB = 30° O esquema representa características fundamentais da
2
escala cartográfica. Quanto maior a escala (escala grande)
d = 45° −ϴ
èB ⇒ d = 45° − 30° ∴ d = 15° menor a área mapeada, porém é maior a informação e
menor a generalização dos elementos geográficos, como
é o caso, por exemplo, de plantas de cidades. Quanto
GEOGRAFIA menor a escala (escala pequena), maior a área mapeada,
mas com menos informação e maior generalização, como
80 D os mapas do Brasil e um planisfério.
A escala corresponde a relação de proporção entre as 86 D
dimensões no mapa e a realidade no terreno. A escala
Durante os séculos XVII e XVIII, a ocupação dos interiores
numérica do mapa é de 1:1.000.000, portanto, para cada
do território brasileiro, conhecidos na época como sertões,
1 cm no mapa, tem-se 1.000.000 cm no terreno. Assim,
foi de fundamental importância para a formação territorial
como a distância no mapa entre os dois municípios é de atual. Entre os motivos que levaram a esses deslocamen-
6 cm, isto equivale a 6.000.000 cm ou 60 Km em linha tos, podem-se destacar a pecuária e a mineração como
reta na realidade. elementos determinantes para tal movimento.

81 D 87 B
REVISÃO FLEX

A alternativa correta é D, porque o mapa foi elaborado A alternativa b é a correta porque a divisão oficial do IBGE
segundo a projeção azimutal (plana ou polar), construída usa os limites dos estados como definidores das regiões,
GABARITO

a partir de um ponto central do polo sul sobre um plano. obscurecendo as diferenças que existem dentro destas

39
regiões. As demais alternativas estão incorretas porque: a) relevo. O número 2, ao vulcanismo, que são processos
o Nordeste tem ampliado sua participação no sistema pro- que possibilitam a ascensão do magma presente no
dutivo do país, principalmente após os anos 2000, c) a interior do planeta. Já o número 3 corresponde à oro-
divisão regional é um instrumento para a gestão do terri- genia, resultado do movimento de convergência de pla-
tório e seu critério não caracteriza regimes democráticos cas tectônicas.
ou autoritários, d) porque o centro-sul é um recorte da
divisão de Complexos Regionais e não do IBGE, e) porque 90 A
a divisão do IBGE não perdeu a sua funcionalidade. A alternativa a está correta pois diagrama demonstra a
ação da radiação solar, da circulação do ar (ventos) e da
88 C
precipitação (água) que promovem a desagregação me-
De acordo com a figura, observa-se que o arrefecimento
cânica ou a decomposição química das rochas expostas
do magma gera as rochas ígneas que são identificadas
na superfície, processos também conhecidos como in-
como “z”: a formação das rochas metamórficas, pelo au-
temperismo físico e químico. Tanto a alternativa b quanto
mento da temperatura e pressão são representadas pelo
“y”. Já as rochas sedimentares, identificadas por “x”, re- a c estão incorretas, pois os diagramas não demonstram
sultam da ação erosiva sobre outras rochas. a formação de novos aquíferos nem apresentam meta-
morfismo. A alternativa D está Incorreta pois Diastrofismo
89 E é sinônimo de tectonismo, mas as imagens mostram a
O esquema apresenta o conjunto de processos que pro- atuação das forças exógenas. E, por fim, rochas ricas em
movem modificações na crosta terrestre. O número 1 matéria orgânica não geram escudos cristalinos, este é
corresponde aos agentes ou processos endógenos do formado pela consolidação do magma.

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