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Agro é tech, agro é pop, agro é tudo?

No final da década de 1960, ocorria no mundo um evento que


seria responsável por mudar completamente a produção agrícola
global: a Revolução Verde. Esse fenômeno aumentou a
produtividade no campo e a vida útil dos alimentos, porém, trouxe
consigo inúmeros problemas para o meio ambiente, como o
desmatamento e o uso intensivo de agrotóxicos. Diante disso, surge
um desafio para as futuras gerações: será possível conciliar o
desenvolvimento econômico com a preservação do planeta?

Sob uma perspectiva inicial, percebe-se que há necessidade


de reinventar a atividade agrícola. “O problema da agricultura atual, é
que não se trata de um sistema voltado para a produção de comida, e
sim para a produção de dinheiro”, explica o ambientalista australiano
conhecido por Bill Mollison. Assim, resta buscar por alternativas ao
agronegócio que, simultaneamente, sejam acessíveis para a
população e estimulem o desenvolvimento sustentável.

Uma forma análoga de produção mais popular e mais


benéfica ao meio ambiente, na verdade, já existe: a agricultura
familiar é um modelo produtivo que gera mais empregos e protege a
natureza. Contribuir com a agricultura familiar é uma tarefa simples,
que pode ser realizada por qualquer indivíduo, mas que traz
consequências extremamente positivas. O inocente ato de comprar
alimento de um pequeno produtor contribui para a luta contra um
sistema ganancioso e destrutivo, dando espaço a uma visão de
mundo mais sustentável.

Portanto, é necessário que cada um faça sua parte na


construção de um futuro equilibrado. Dificilmente essa mudança de
comportamento ocorrerá repentinamente, no entanto, os meios para
que ela ocorra já são conhecidos e ela é mais que necessária para
combater o cenário atual de devastação desenfreada, motivada
pelo lucro e pela ânsia de poder.

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