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CAPÍTULO 1
Insetos, Entomologia e CiênciaS ForenseS
Guilherme Gomes
Ivan Cesar Desuó
José Jordan Morlin Júnior
André Sunao Nishiuchi Murakami
Leonardo Gomes
1. Introdução
Continuação Histórico
Theophrastus (ca. 380-287 AC) catalogou diversas doenças de plantas e
insetos pragas.
384 - 287 AC Aristóteles (384-322 AC) estabeleceu as bases dos estudos científicos
de insetos, observou diferentes estágios de vida em um mesmo inseto,
metamorfose.
1172 Guido de Ravena foi um dos primeiros a estudar insetos.
Vincent de Beauvais que escreveu a principal enciclopédia da Idade Média,
Speculum Maius e um dos volumes foi a Speculum Naturale, a qual
descrevia a forma de manipulação principalmente de abelhas.
Primeiro documento relatando um caso com Entomologia Forense,
1250
reportado por Sung Tzu, um médico legal que escreveu o livro Hsi Yuan
Lu.
Carlo Crivelli desenhou e associou as moscas com a morte na pintura de
1446
Madonna e a criança.
Século 16
Continuação Histórico
Em segundo lugar foi descritiva e sistemática (classificatória). Uma segunda forma da Systema
Naturae de Carl Von Linné ou Carolus Linnaeus foi publicada (1758).
Continuação Histórico
O livro “Origem das Espécies” de Charles Darwin publicado, mudando a
1859
forma de ver o mundo por cientistas.
Fundada a Entomological Society de Philadelphia, a qual mudou seu nome
1859
para American Entomological Society.
1863 Fundada a Entomological Society do Canadá.
1869 Fundada La Società Entomologica Italiana.
1886 Fundada a Deutsches Entomologisches Institut na Alemanha.
1889 Fundada The Entomological Society of America (ESA).
Século 20
Ronald Ross recebeu o Prêmio Nobel Prize de Medicine pela descoberta da
1902
transmissão da malária por um mosquito.
1955 Início do programa para erradicação da malária.
Código genético descoberto. DNA descoberto por Friedrich Miescher em
1868, reconhecido como o portador da informação genética em 1943 e a
1961-1965
estrutura de dupla hélice por Rosalind Franklin, em 1952. Isto leva a uma
revisão radical da maior taxonomia do Insecta.
Karl von Frisch recebe o Prêmio Nobel pelo trabalho pioneiro com
1973
comportamento social em insetos.
Entomologia continua crescendo e se tornando um dos mais complexos campos da biologia,
envolvendo diversas disciplinas e metodologias de estudos.
3. O filo arthropoda
Caracteres Principais de Arthropoda. O Filo Arthropoda representa
o grupo de animais mais numeroso entre todos os filos de animais. Tal di-
versidade adaptativa permitiu-lhes sobreviver em praticamente todos os ti-
pos de habitats, representando, talvez, o grupo de animais que obteve maior
êxito no ambiente terrestre. Os artrópodes, como os anelídeos, são animais
segmentados ou metamerizados. Existe uma tendência para a redução ou fu-
são no número de segmentos dentro de muitos grupos de artrópodes, sendo
este processo conhecido como tagmose. Tal processo originou as diferentes
partes ou tagmas corpóreos (p. ex. cabeça, tórax ou cefalotórax e abdômen)
característicos dos artrópodes. Nos ácaros, por exemplo, a segmentação quase
desapareceu. Outras características deste grupo de animais são: a presença
de um cérebro anterior dorsal e cordão nervoso ganglionar ventral, cliva-
gem determinada espiral, presença de apêndices articulados e a presença de
um exoesqueleto de quitina, um polissacarídeo insolúvel e córneo. A classe
Insecta (tradicionalmente utilizada como sinônimo de Hexapoda) pertence ao
Filo Arthropoda, sendo que as características principais deste Filo podem ser
vistas na Figura 1.
Insetos, entomologia e ciências forenses 23
4. A classe hexapoda
Características Principais da Classe Hexapoda. A classe Hexapoda
é tipicamente utilizada para designar os artrópodes com 3 pares de pernas.
Cinco grupos de hexápodes são reconhecidos: Collembola, Protura, Diplura
e Thysanura, sendo que tais grupos são ápteros (Apterygota) e os insetos ala-
dos (Pterygota). Embora a classe Hexapoda seja subdividida nas subclasses
Apterygota e Pterygota, tradicionalmente todos os hexápodos são denominados
insetos, embora haja muita discussão a cerca desta questão.
As principais características da classe Hexapoda são (Wheeler et al.,
2001): (1) presença de uma placa maxilar; (2) corpo dividido em três partes
distintas ou tagmata – cabeça, tórax e abdômen; (3) tórax com 3 pares de per-
nas; (4) pernas compostas por 6 segmentos; (5) abdômen constituído por 11
segmentos; (6) “joelho” formado por uma junção fêmur-tibial; (7) segundo
par de maxilas fundidas formando um lábio; (8) desenvolvimento epimórfi-
co; (9) omatídios com dois tipos de células pigmentares; (10) presença de um
trocantim; (11) presença de arólios. Muitas dessas características são comuns
à maioria dos Hexapoda, embora, alguns autores acreditem que algumas es-
pécies tenham perdido tais características secundariamente. Baseada em tais
caracteres a Figura 2 permite uma rápida identificação e reconhecimento dos
Hexapoda.
preocupação, uma vez que são vetores de diversas doenças. Alguns exemplos
são os mosquitos transmissores da malária, elefantíase, dengue e a febre ama-
rela; a mosca tsé-tsé que transmite doença do sono; piolhos vetores do tifo e
da febre recorrente; pulgas que podem transmitir a peste bubônica e a mosca-
doméstica que pode ser vetor da febre tifóide ou de disenterias entre outros.
As relações entre insetos e o homem serão mais detalhadamente abordadas no
capítulo 2.
Figura 6. Linha do tempo dos fósseis, das ordens de insetos. (Ilustrado por Gui-
lherme Gomes).
Insetos, entomologia e ciências forenses 31
Figura 7. Linha do tempo dos fósseis, das ordens de insetos. (Ilustrado por Gui-
lherme Gomes).
Embora várias teorias a respeito das origens e evolução das asas tenham
sido formuladas, a mais bem aceita é a Teoria Paranotal, sendo tal teoria base-
ada em três evidências principais: (1) a presença de brotos alares em larvas de
insetos exopterigotos (a ontogenia recapitula a filogenia); (2) a ocorrência desses
brotos tanto em fósseis de insetos apterigotos como de pterigotos e (3) homolo-
gia entre os brotos alares e expansões laterais abdominais, ambos com conexões
rígidas com o tergo e internamente conectados à hemolinfa. Essencialmente,
esta teoria sugere que as asas teriam surgido a partir do crescimento expansões
externas rígidas associadas aos paranotos, localizadas lateralmente aos tergos
torácicos, que posteriormente tornaram-se largas e articuladas ao tórax. A fun-
ção original do crescimento dos lobos paranotais seria talvez a de prover uma
proteção às pernas e aos espiráculos. Apesar da presença de três pares de asas
ser considerada a condição ideal para um maior controle da altitude, dois pares
de asas são suficientes para garantir a maior eficiência durante o voo e de fato,
nos insetos atuais, asas completamente desenvolvidas estão presentes apenas
nos segmentos meso e metatóracicos. Tal característica permite que o protórax
assuma outras funções, como proteger o frágil pescoço membranoso e servir
como base para a inserção da musculatura que controla o movimento da cabeça.
Inegavelmente a evolução das asas está diretamente relacionada ao gran-
de sucesso evolutivo alcançado pelos insetos, pois facilitou a dispersão, e, con-
sequentemente, a colonização de novos habitats. As asas também facilitaram a
busca por parceiros durante o processo reprodutivo e a recombinação gênica,
uma vez que indivíduos de populações distantes podiam encontrar-se mais fa-
cilmente.
Figura 8. Divisão do corpo dos insetos. Três regiões distintas, ou tagmata: cabeça,
tórax e abdômen. Coleoptera: Cerambycidae. Ilustrado e fotografado
por Guilherme Gomes.
A maioria dos insetos possui dois pares de asas, os quais também estão
anexados ao tórax, sendo a maior exceção a esta regra as moscas, que apre-
sentam o segundo par de asas muito reduzido e modificado em pequenos
apêndices denominados halteres. A função de tais apêndices é proporcionar
maior estabilidade durante o voo. Os insetos são os únicos invertebrados com
habilidade de voo, e tal característica foi fundamental para o sucesso evo-
lutivo deste grupo. O padrão de voo dos insetos ainda não é muito bem en-
tendido, principalmente no que diz respeito aos efeitos da turbulência sobre
36 Entomologia Forense
novas tendências e tecnologias nas ciências criminais
As pernas dos insetos, em geral, são adaptadas para andar ou correr, sen-
do que a maioria dos insetos adotou um sistema de trote sustentado em três per-
nas formando um tripé. Esse tripé é sustentado por uma perna anterior e uma
posterior do mesmo lado e por uma perna mediana do lado oposto, enquanto
as outras pernas se movem para frente. Esse sistema garante uma rápida mo-
vimentação e ao mesmo tempo uma grande estabilidade, sendo que tal padrão
de locomoção tem sido extensivamente estudado, principalmente em baratas. A
marcha dos insetos envolve um movimento ondulatório das extremidades, du-
rante o qual a perna posterior entra em contato com o substrato imediatamente
antes ou um pouco depois de levantar-se a perna anterior. Assim, enquanto um
passo eficaz é dado por uma perna em um lado do corpo, o membro homólogo
do lado oposto efetua um movimento de recuperação. Esse movimento alterna-
do das pernas tende a produzir ondulações corpóreas, que são contrabalançadas
por um aumento da rigidez do corpo e pela fusão dos segmentos em que se
articulam as pernas.
Contudo, os insetos mostram grande flexibilidade neste padrão de loco-
moção, sendo que dependendo da situação podem exibir uma grande variedade
de trotes. Quando os insetos se locomovem vagarosamente, viram para esquer-
da ou direita ou evitam obstáculos, quatro ou mais pés podem estar tocando
o substrato. Os insetos ainda podem adaptar seu modo de locomoção frente à
perda de um ou mais membros.
As baratas situam-se entre os insetos mais velozes, sendo que para alcan-
çar a máxima velocidade adotam uma corrida bípede. Ao contrário das baratas,
os bichos-pau (Phasmatodea) locomovem-se mais vagarosamente e também têm
sido alvo de estudos por diversos cientistas interessados nos padrões de locomo-
ção dos insetos. As maneiras pelas quais os insetos se locomovem atrai grande
interesse de cientistas uma vez que podem ser uma forma alternativa muito
eficaz ao uso de rodas por robôs.
42 Entomologia Forense
novas tendências e tecnologias nas ciências criminais
Figura 13. Exemplos de insetos com diferentes tipos de asas. Fotografado por
Guilherme Gomes.
rebro e estimula as glândulas protorácicas a produzir ecdisona que por sua vez,
estimula a apólise da antiga cutícula e promove o crescimento. O hormônio juve-
nil é produzido por uma glândula denominada corpora allata, sendo que este hor-
mônio inibe a metamorfose, promovendo o desenvolvimento das larvas e ninfas.
A diminuição da concentração do JH faz que a larva sofra o processo de pupação
e que a ninfa desenvolva-se no adulto. A corpora allata inicia a produção do JH
nos primeiros instares e cessa sua produção e secreção no último instar, sendo
que a ausência do JH é o fator preponderante para o início da metamorfose.
8. Comportamento de insetos
limitações morfológicas (p. ex. presença ou não de asas, olhos compostos bem ou
poucos desenvolvidos), padrões de dispersão e tipo de estratégias reprodutivas
(p. ex. espécies partenogenéticas não precisam procurar ativamente por parcei-
ros sexuais) e preferências alimentares. Tais características são também bastante
importantes em estudos forenses. Por exemplo, certas moscas são capazes de
voar cerca de 50 Km em um único dia, enquanto outras espécies são endêmi-
cas de determinada região e apresentam um raio de voo muito menor. Muitos
insetos possuem sistemas sensoriais bastante desenvolvidos. As abelhas, por
exemplo, são capazes de enxergar o espectro ultravioleta, enquanto que alguns
machos de mariposas conseguem detectar o feromônio produzido pela fêmea a
quilômetros de distância. Um comportamento interessante é observado em ves-
pas solitárias do gênero Eumenes (Vespidae: Eumeninae). A fêmea de Eumenes
aprovisiona as células contendo machos com 5 lagartas e as contendo fêmeas
com 10 lagartas. De alguma forma essas fêmeas conseguem distinguir entre
aprovisionar uma célula com 5 ou 10 lagartas. Tal comportamento permite que
exista uma assimetria entre o tempo de desenvolvimento dos machos e das fê-
meas, além disso, por receberam mais alimento as fêmeas são frequentemente
maiores que os machos.
Insetos sociais, como cupins, formigas, e algumas abelhas e vespas for-
mam colônias tão bem organizadas e similares geneticamente que são consi-
deradas por alguns autores como superorganismos. Os ninhos (Figura 19) dos
insetos sociais podem abrigar até 1 milhão de indivíduos (p. ex. a vespa eusocial
Agelaia vicina – Vespidae: Epiponini) e podem ser construídos com fibras vege-
tais (vespas sociais – “paper wasps”), cera produzidas por glândulas especiali-
zadas (abelhas) ou escavados no solo (como cupins e formigas).
Uma visão geral das relações filogenéticas entre os Hexapoda foi abor-
dada no início deste capítulo, concluindo-se que tais relações são controversas
e ainda não estão bem resolvidas. Recomenda-se, portanto, uma releitura do
tópico Sistemática e Filogenia de Insetos para um melhor entendimento das rela-
ções entre as ordens que serão discutidas abaixo. Na sequência (Figura 20) serão
apresentadas as principais ordens de insetos seguindo Wheeler et al. (2001).
Ordem Diplura. Os dipluros (dipl – dois, ura – cauda) são pequenos ar-
trópodes tipicamente menores que 6 mm de comprimento, apresentam corpo
geralmente não pigmentado, longas antenas moniliformes e ausência de olhos.
Suas peças bucais são entognatas, possuindo mandíbulas e maxilas bem desen-
volvidas e palpos labiais reduzidos. O tórax não é bem diferenciado e o abdô-
men é 10-segmentado. As pernas são 5-segmentadas e os gonóporos se abrem
entre o 8º e o 9º segmentos abdominais. O abdômen possui cercos afilados em
forma de fórceps. Ao contrário dos outros entognatos, o sistema traqueal dos
dipluros é bem desenvolvido. Os dipluros formam um grupo irmão aos Insecta.
A ordem Diplura está subdividida em 3 famílias, diferenciadas principalmente
pela estrutura dos cercos. Nos Campodeidae os cercos são multianelados e tão
longos quanto o abdômen. Na família Japygidae, os cercos são bastante escle-
rotizados e não segmentados. Já na família Anajapygidae (ou Projapygidae) os
cercos são curtos (menos que a metade do abdômen) e possuem cerca de 10
segmentos.
de rochas, habitats que minimizam a perda de água por dessecação. Eles se ali-
mentam primariamente de algas, mas também de liquens, musgos, ou material
orgânico em decomposição.
9.2.2.1. Paleoneoptera
9.2.3. Neoptera
9.2.3.1. Polyneoptera
que significa grilo e “blatta”, que significa barata. A primeira espécie descrita foi
Grylloblatta campodeiformis em 1915. A maioria tem hábito noturno e alimentam-
se de detritos. Apresentam longas antenas (23-45 segmentos) e longos e flexí-
veis cercos (5-8 segmentos). Este grupo é aparentado às ordens Phasmatodea e
Manthophasmatodea.
mais para locais onde possam viver sem perturbações. Esta forma apresenta
antenas moniliformes 9-segmentadas.
9.2.3.2. Paraneoptera
mento genital dos machos da família Panorpidae, que tem forma de bulbo e
é curvado para cima, lembrando o “ferrão” de um escorpião. Os Bittacidae
(“hangingflies”) são insetos alongados conhecidos por apresentarem um ritu-
al de cópula muito bem elaborado, no qual as fêmeas escolhem seus parceiros
baseando-se na qualidade dos presentes oferecidos por eles. Evidências recentes
de DNA indicam que as pulgas, comumente agrupadas na ordem Siphonaptera,
são, na verdade mecópteros altamente especializados. Há também algumas evi-
dências morfológicas que justificam o agrupamento das pulgas e mécopteros da
família Boreidae. Duas características sinapomórficas são levadas em considera-
ção: (1) produção de uma cutícula altamente flexível constituída por resilina; (2)
a reversão dos ovários para o tipo panoístico (ovários sem células nutridoras). Se
agrupada juntamente com as pulgas a ordem Mecoptera passaria a ser constitu-
ído por cerca de 3000 espécies.
Ordem Diptera. Os dípteros (Figura 22) constituem uma das maiores or-
dens de insetos cosmopolitas, sendo que, cerca de 150.000 espécies foram des-
critas. A característica mais diagnóstica dos Diptera (di – dois, ptera – asas) é a
presença de apenas um par asas bem desenvolvidas, uma vez que as asas pos-
teriores se modificaram em pequenas estruturas em forma de baquetas deno-
minadas de halteres (Figura 23). Tais estruturas funcionam como um órgão de
equilíbrio durante o voo. Outras características morfológicas são: a presença de
olhos compostos desenvolvidos, peças bucais adaptadas à sucção, o protórax e o
metatórax são pequenos e fundidos ao mesotórax e os tarsos são 5-segmentados.
As larvas são ápodas na maioria das espécies, sendo a cabeça reduzida ou intei-
ramente vestigial (espécies mais derivadas). As pupas são adectíceas, obtectas
ou exaratas, esta última formando um pupário.
Figura 24. Rede entomológica para captura de insetos. Fotografado por Guilher-
me Gomes.
Insetos, entomologia e ciências forenses 77
Figura 26. Inseto alfinetado preservando sua cor. Inseto presente na coleção en-
tomológica do Departamento de Zoologia, do Instituto de Biociências
da UNESP de Rio Claro-SP. Fotografado por Guilherme Gomes.
Insetos, entomologia e ciências forenses 79
10.3. Etiquetagem
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