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Combinatória e
Probabilidade
ITA/IME 2020
Professor Victor So
Professor Victor So
Aula 16: ITA/IME 2020
Sumário
Introdução ............................................................................................................... 4
1. Princípio Fundamental da Contagem.................................................................... 5
1.1. Fatorial de um número ................................................................................................... 9
2. Permutações ...................................................................................................... 12
2.1. Permutações com elementos repetidos ........................................................................ 14
2.2. Permutação circular ...................................................................................................... 15
3. Arranjos ............................................................................................................. 18
4. Combinações...................................................................................................... 20
4.1. Combinações completas ............................................................................................... 23
5. Princípio aditivo ................................................................................................. 26
6. Princípio da Inclusão-Exclusão............................................................................ 28
7. Permutações Caóticas ........................................................................................ 30
8. Lemas de Kaplansky ........................................................................................... 32
8.1. Primeiro Lema de kaplansky ......................................................................................... 33
8.2. Segundo Lema de Kaplansky......................................................................................... 33
9. Binômio de Newton ........................................................................................... 34
9.1. Termo Geral .................................................................................................................. 36
9.2. Triângulo de Pascal ....................................................................................................... 38
10. Polinômio de Leibniz ........................................................................................ 49
11. Experiência ...................................................................................................... 50
12. Espaço Amostral............................................................................................... 51
13. Evento.............................................................................................................. 53
13.1. União de eventos ........................................................................................................ 54
13.2. Intersecção de eventos ............................................................................................... 54
13.3. Eventos Complementares ........................................................................................... 55
14. Frequências absoluta e relativa ........................................................................ 56
15. Probabilidades ................................................................................................. 57
15.1. Espaço amostral Equiprovável .................................................................................... 59
15.2. Espaço amostral Não Equiprovável ............................................................................ 59
15.3. Evento certo ................................................................................................................ 60
15.4. Evento impossível ........................................................................................................ 60
INTRODUÇÃO
Nessa aula iniciaremos o estudo da Análise Combinatória e Probabilidades. Esse é um assunto
que costuma ser cobrado nas provas do ITA/IME. Estude com calma e tente entender o raciocínio
usado na resolução das questões. Não se assuste com a quantidade de páginas dessa aula, pois a
maioria delas são de questões resolvidas. Se você for um aluno que já possui experiência nesse tema,
apenas dê uma rápida olhada na teoria e vá para a lista de exercícios. Lembre-se, o melhor jeito de
estudar Matemática é praticando!
E sempre que tiver dúvidas, não hesite em nos procurar no fórum de dúvidas, estamos aqui
para auxiliá-lo.
1 4
1 5
2 4
2 5
3 4
3 5
É importante notar que a tomada de decisão sobre o primeiro caminho, de 𝐴 para 𝐵, não
influencia de modo algum a escolha do caminho de 𝐵 para 𝐶. Dizemos, então, que esses eventos
são independentes.
Quando temos duas decisões serem tomadas em sequência, podemos multiplicar o número
de opções que temos em uma decisão pelo número de opções que temos em outra.
Para este caso, temos:
De 𝐴 para 𝐵: 3 opções.
De 𝐵 para 𝐶: 2 opções.
Assim, o número 𝑛 de opções de 𝐴 para 𝐶 é dado por:
𝑛 = 3 ∙ 2 = 6.
Repetindo, esse cálculo nos dá quantas são nossas opções, não quais são elas.
Esse princípio da multiplicação em eventos sequenciais é tão importante em nossos estudos que
recebe o nome de Princípio Fundamental da Contagem (PFC).
Vejamos mais um exemplo clássico, as placas de automóveis.
No Brasil, utilizaremos, em breve, as novas placas de automóveis no modelo Mercosul.
Teremos placas do tipo 𝐿𝐿𝐿 𝑁𝐿𝑁𝑁 para automóveis, onde 𝐿 simboliza posição ocupada por uma
das 26 letras do alfabeto e 𝑁, por um dos 10 algarismos numéricos.
Supondo não haver placas repetidas nem sequências proibidas, quantos emplacamentos de
automóveis diferentes serão possíveis com o novo sistema de placas?
Vejamos.
Temos 10 algarismos numéricos diferentes e 26 letras.
Ao escolher um elemento, nada nos impede de utilizarmos o mesmo elemento novamente,
em outra posição. Chamamos isso de escolha com reposição.
Além disso, ao escolhermos um elemento, nada influencia na escolha do outro, ou seja,
temos escolhas independentes.
Por se tratar de eventos sequenciais (escolhemos um dígito por vez, da esquerda para a
direita) podemos utilizar o Princípio Fundamental da Contagem (PFC) para calcularmos quantos são
os casos de emplacamento possíveis.
As placas são do tipo 𝐿𝐿𝐿 𝑁𝐿𝑁𝑁.
Para a primeira letra, temos 26 possibilidades de escolha (de 𝐴 a 𝑍). Para a segunda letra,
também 26. Idem para a terceira. Para o primeiro número, 10 possibilidades (de 0 a 9) e assim por
diante.
Assim, o número 𝑛 de placas distintas é dado por:
𝑛 = 𝐿∙𝐿∙𝐿∙𝑁∙𝐿∙𝑁∙𝑁
𝑛 = 26 ∙ 26 ∙ 26 ∙ 10 ∙ 26 ∙ 10 ∙ 10
𝑛 = 264 ∙ 103
𝑛 = 456.976.000 𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠
Vamos praticar um pouco?
Exercícios de Fixação
1. Quantos números de três algarismos conseguimos apenas com os dígitos 4,5,6,7,8?
Comentários
Como temos cinco possibilidades para cada algarismo, temos, pelo PFC:
𝑛 = 5∙5∙5
𝑛 = 53
𝑛 = 125 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
2. Em cada lançamento de uma moeda é possível obter-se na face voltada para cima, ou cara
ou coroa. Qual o número de sequências distintas possível se lançarmos uma moeda 5
vezes?
Comentários
Temos 5 lançamentos e, para cada lançamento, 2 possibilidades (cara ou coroa). Utilizando o
PFC, temos.
𝑛 =2∙2∙2∙2∙2
𝑛 = 25
𝑛 = 32 𝑡𝑖𝑝𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑛ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑖𝑛𝑡𝑜𝑠
3. Em uma prova com 10 questões com 4 alternativas cada questão (𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 ), quantos são
os gabaritos possíveis?
Comentários
Pensemos em cada questão.
Primeira questão: 4 possibilidades de escolha, (𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 ).
Segunda questão, 4 possibilidades de escolha, (𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 ).
Terceira questão, 4 possibilidades de escolha, (𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 ).
⋮
Décima questão, 4 possibilidades de escolha, (𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 ).
Assim, o número 𝑛 de gabaritos possíveis é
𝑛 = 4∙4∙4∙4∙4∙4∙4∙4∙4∙4
𝑛 = 410
𝑛 = 1.048.576 𝑔𝑎𝑏𝑎𝑟𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
Imagine quantos haverá na sua prova do vestibular!
4. Cinco atletas participam de uma corrida. Quantas possibilidades de pódio existem para
primeiro, segundo e terceiro lugar?
Comentários
Aqui temos um caso ligeiramente diferente dos anteriores. Ao escolher um atleta para o
primeiro lugar, fatalmente, teremos uma pessoa a menos para ocupar o segundo lugar, pois
não consideraremos aqui uma pessoa ocupando suas posições no pódio.
Desse modo, como temos 5 atletas, teremos:
5 opções para o primeiro lugar.
4 opções para o segundo lugar, pois quem está em primeiro lugar já está descartado para
o segundo lugar.
3 opções para o terceiro lugar, pois os dois que já estão no pódio estão descartados como
possibilidade para o terceiro lugar.
Assim, o número 𝑛 de pódios diferentes é dado por
𝑛 = 5∙4∙3
𝑛 = 60 𝑝ó𝑑𝑖𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
5. De quantos modos 5 pessoas podem ficar em fila indiana?
Comentários
Do mesmo modo que na questão anterior, ao escolher a pessoa que ocupará a primeira
posição na fila, temos uma escolha a menos para a segunda posição.
Dessa forma, o número 𝑛 de filas indianas diferentes é dado por
𝑛 =5∙4∙3∙2∙1
𝑛 = 120
𝑛 = 5!
Como vamos trabalhar com esse produto com muita frequência e com números extensos, a
notação de fatorial vem muito a calhar.
Note que o fatorial de um número pode ser escrito de várias formas, não é necessário que
escrevamos todos os seus antecessores, podemos continuar utilizando a notação de fatorial.
Essa técnica é muito útil quando estamos trabalhando com simplificações.
Todos os produtos a seguir são equivalentes.
6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 720
6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2! = 720
6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3! = 720
6 ∙ 5 ∙ 4! = 720
6 ∙ 5! = 720
6! = 720
Você deve ter percebido que falamos que o fatorial de um número natural é o produto dele
próprio por todos os seus antecessores.
Pois bem, 0 é natural; 1 é natural.
Então, como ficam os fatoriais desses números?
Vamos por partes.
O 1 é simples, ele é o fim da fila dos produtos, então
1! = 1
Já para o fatorial de zero, temos uma conversa mais delicada, visto que não há antecessores
naturais de zero.
No ensino superior, você poderá fazer a análise dos fatoriais via função Gama, mas, por
enquanto, essa análise não faz parte do escopo de um curso pré-vestibular. Felizmente, diriam
alguns...
Mas não podemos deixar essa questão sem resposta, visto que utilizaremos o fatorial de zero
em várias situações de prova.
Sendo assim, vamos analisar a questão por meio da definição própria do fatorial, a
multiplicação de um número por todos os seus antecessores naturais positivos.
Podemos pensar em fatorial de uma expressão algébrica, desde que garantamos que se trate
de um número natural.
Por exemplo, podemos pensar no fatorial de 𝑥.
𝑥! = 𝑥 ∙ (𝑥 − 1) ∙ (𝑥 − 2) ∙ (𝑥 − 3) ∙ … 3 ∙ 2 ∙ 1
Alternativamente, podemos utilizar a notação simplificada que vimos há pouco.
𝑥! = 𝑥 ∙ (𝑥 − 1)!
Dividindo ambos os termos por 𝑥, temos.
𝑥! 𝑥 ∙ (𝑥 − 1)!
=
𝑥 𝑥
𝑥! 𝑥 ∙ (𝑥 − 1)!
=
𝑥 𝑥
𝑥!
= ( 𝑥 − 1)!
𝑥
Até aqui, pegamos a definição de fatorial de um número, aplicamos essa definição para o
número 𝑥, utilizamos a notação simplificada e dividimos ambos os membros da equação por 𝑥.
Nessa igualdade a que chegamos, partindo da própria definição de fatorial, façamos 𝑥 = 1.
𝑥!
= ( 𝑥 − 1)!
𝑥
1!
= ( 1 − 1)!
1
Sabemos que 1! = 1, então.
1!
= (0)!
1
1
= (0)!
1
1 = (0)!
Então, a partir de agora, diremos que
0! = 1,
pois essa conclusão decorre diretamente da definição do próprio fatorial de um número.
𝑛! = 𝑛 ∙ 1 − 1 ∙ 𝑛 − 2 ∙ ⋯ ∙ 2 ∙ 1
1! = 1
0! = 1
2. PERMUTAÇÕES
Você sabe o que é permutar?
Permutar significa trocar. Antigamente, usava-se o termo “Permuta-se” até em anúncios
comerciais nos jornais como sinônimo de troca comercial: “Permuta-se uma geladeira em uma
bicicleta”.
O significado popular pode ser aplicado aqui.
Quando falamos em Permutação na Análise Combinatória, estamos nos referindo a situações
específicas em que todos os elementos de um conjunto são colocados em ordens diferentes, mas
utilizando todos os elementos a cada ordem diferente, a cada troca, a cada permuta.
Um exemplo é quando vamos viajar em um grupo de 5 pessoas no carro de 5 lugares. Claro,
consideramos aqui que todos os viajantes possam ocupar o acento do condutor.
Assim, acontecerá o que aconteceu em nosso exemplo da fila indiana. Temos 5 opções para
escolher a pessoa para o primeiro acento, 4 opções para escolher quem ocupará o segundo acento,
3 para o terceiro, 2 para o penúltimo e apenas 1 opção para o último acento a ser ocupado.
Desse modo, temos 𝑛 configurações diferentes para a viagem, a saber:
𝑛 =5∙4∙3∙2∙1
𝑛 = 5!
Quando vamos indicar uma permutação de 𝑛 elementos, utilizamos a simbologia 𝑃𝑛 .
Para o exemplo anterior, podemos dizer que
𝑛 = 𝑃5 = 5!
Se expandirmos o raciocínio, podemos dizer que, para qualquer conjunto em que tenhamos
a mesma característica de que falamos, o número de permutações possíveis é dado por
𝑃𝑛 = 𝑛!
Quando formos considerar a reordenação dos elementos de um conjunto, a ferramenta que
deve vir em primeiro lugar na sua mente é a Permutação.
Vejamos alguns casos clássicos, que valem a retenção na memória.
Exercício de Fixação
7. Anagrama é a reordenação das letras de uma palavra, quer o anagrama tenha significado,
quer não.
Dessa forma, calcule quantos anagramas são possíveis com a palavra 𝐸𝑆𝐶𝑂𝐼𝑀𝐴𝑅.
Comentários
Sim, essa palavra existe. Escoimar significa corrigir.
Neste caso, temos que trocar a ordem de 8 letras distintas, característica da Permutação.
Assim, podemos dizer que o número 𝑛 de anagramas possíveis para a palavra 𝐸𝑆𝐶𝑂𝐼𝑀𝐴𝑅 é
dado por
𝑛 = 𝑃8 = 8! = 40.320
Como exercício, não estamos tão interessados aqui no valor em si, mas no método que
empregamos para aplicar às diferentes situações. Assim, seria perfeitamente aceitável a
resposta 8! em vez de 40.320.
8. Dos anagramas da palavra 𝑇Á𝐵𝐼𝐷𝑂, quantos se iniciam com consoante?
Comentários
Se não houvesse a restrição de início com consoante, teríamos 𝑃6 = 6!.
No entanto, há uma restrição e devemos resolvê-la antes de resolver a permutação.
Vamos fazer uma representação dos anagramas, onde cada espaço representa uma letra.
Bom, dentro de um anagrama, como são duas letras ocupando duas posições, há 𝑃2 = 2!
maneiras de trocá-las de lugar.
Como a cada palavra do anagrama isso acontece, calcularemos os anagramas como se não
houvesse letras repetidas e, em seguida, dividimos esse resultado pelo número de maneiras de
permutar as letras repetidas dentro do anagrama.
Nesse caso, ASTERISCO tem 9 letras, sendo 2 repetidas. Assim, o número de anagramas é
dado por:
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
𝑃92 =
= = 181.440
2! 2∙1
Simbolizamos o número de letras repetidas na parte superior e o número de letras totais na
parte inferior da permutação. Mas cuidado, ao colocarmos na fração, essa ordem é invertida!
Podemos, inclusive, ter mais de uma letra repetida, como no caso da palavra 𝐴𝑆𝑆𝐴𝑆𝑆𝐼𝑁𝐴𝑅.
Temos, neste caso, 10 letras, 3 letras 𝐴 e 4 letras 𝑆.
Assim, o número de anagramas da palavra 𝐴𝑆𝑆𝐴𝑆𝑆𝐼𝑁𝐴𝑅 é dado por
3,4 10!
𝑃10 =
3! ∙ 4!
3,4 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4!
𝑃10 =
3 ∙ 2 ∙ 1 ∙ 4!
3,4 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙ 4!
𝑃10 =
3 ∙ 2 ∙ 1 ∙ 4!
3,4
𝑃10 = 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 5
3,4
𝑃10 = 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 5
3,4
𝑃10 = 25.200
Assim, podemos generalizar o resultado para permutações com 𝑛 elementos, sendo 𝑟
elementos repetidos:
𝑛!
𝑃𝑛𝑟 =
𝑟!
Esse fenômeno acontece sempre e temos que o número de permutações circulares é dado
por:
𝑛!
𝑃𝐶𝑛 =
𝑛
Se quiser, você pode memorizar a fórmula acima, ou o raciocínio que nos levou a ela, que não
é tão diferente do de permutações com repetições.
No entanto, alguns livros desenvolvem um pouquinho essa fórmula e a apresentam com
outra roupagem, acompanhe.
𝑛!
𝑃𝐶𝑛 =
𝑛
Aplicando a definição de fatorial de um número.
𝑛 ∙ (𝑛 − 1)!
𝑃𝐶𝑛 =
𝑛
𝑛 ∙ (𝑛 − 1)!
𝑃𝐶𝑛 =
𝑛
𝑃𝐶𝑛 = (𝑛 − 1)!
As fórmulas são idênticas no quesito efetividade. Então, caso decida pela memorização, a
escolha é questão de gosto pessoal mesmo.
Permutação
𝑛! 𝑛!
𝑃𝑛 = 𝑛! 𝑃𝑛𝑟 = 𝑃𝐶𝑛 = = 𝑛−1 !
𝑟! 𝑛
𝑃𝑛 = 𝑛!
Para os casos de permutação com repetição ou de permutação circular, acontece a contagem de um
mesmo elemento mais de uma vez. Por isso ambas apresentam uma divisão. Essa divisão
representa, exatamente, a quantidade de elementos contados em multiplicidade.
3. ARRANJOS
Um arranjo é um tipo de permutação em que não há lugar para todo mundo.
Como assim, professor?
Na permutação, nós só trocamos os elementos de um conjunto de ordem e cada ordem é um
elemento da permutação, uma possibilidade, um jeito de ordenar.
No arranjo é o mesmo princípio, porém não trabalharemos com todos os elementos do
conjunto de modo simultâneo, trabalharemos com um número menor de “vagas”.
Lembra-se do caso em que 5 pessoas iam viajar em um carro de 5 lugares?
Tínhamos 𝑃5 = 5! maneiras diferentes de colocá-los no carro e isso faz referência à
permutação, 5 pessoas e 5 lugares no carro.
Aqui, nos arranjos, seria algo como ter 5 pessoas que querem viajar para a praia, mas só
temos uma moto. Dessa vez, dessas 5 pessoas, somente 2 podem ir à praia.
Perceba que o começo do raciocínio é semelhante para permutações e arranjos. Para
escolher a primeira pessoa, temos 5 possibilidades. Para a segunda, 4 possibilidades.
E para por aí, essa é a diferença.
Se temos somente duas vagas, teremos somente dois fatores na multiplicação.
A simbologia para arranjarmos 5 pessoas duas a duas é 𝐴5,2 e é dada pelo produto do número
de pessoas pelos seus antecessores, mas não até o 1 e sim em um número de fatores igual ao
número de vagas.
Assim,
𝐴5,2 = 5 ∙ 4 → 𝑆𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 2 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠, 𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 2 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠
Se esses 5 amigos pudessem ir de triciclo, seriam 3 vagas, e o número de combiná-los seria
dado por
𝐴5,3 = 5 ∙ 4 ∙ 3 → 𝑆𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 3 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠, 𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 3 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠
Nos livros didáticos os arranjos são apresentados com uma fórmula para representar
exatamente o nosso raciocínio.
Perceba que temos que quando arranjamos 5 elementos, 2 a 2, precisamos de apenas dois
fatores no produto, mas como escrever isso matematicamente?
Simples, escreveremos todos eles e dividiremos pelos que não precisamos, veja.
5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 5! 5!
𝐴5,2 = 5 ∙ 4 = = =
3∙2∙1 3! (5 − 2)!
O artifício de completar o que faltava no fatorial do numerador e dividir pelo mesmo
incremento no denominador nos permite escrever a fórmula do arranjo de maneira genérica, veja.
𝑛!
𝐴𝑛,𝑝 =
(𝑛 − 𝑝 ) !
Podemos tanto pensar no número de fatores do produto de uma “permutação” incompleta
quanto utilizar a fórmula, pois são pensamentos equivalentes.
Na prática, é mais cômodo utilizar o pensamento do número de fatores do produto para
calcularmos arranjos nos quais conhecemos numericamente 𝑛 e 𝑝 e deixar a fórmula para exercícios
literais e equações nas quais 𝑛 ou 𝑝 sejam incógnitas.
Exercícios de fixação
9. De quantos modos podemos dispor 3 pessoas em uma fila de bancos com 6 lugares?
Comentários
Neste caso é mais cômodo pensarmos em distribuir bancos a pessoas. Temos 6 bancos e
somente 3 pessoas, então não há como utilizarmos todos os bancos, ficarão bancos sem
pessoas, caracterizando o arranjo.
Assim, temos
𝐴6,3 = 6 ∙ 5 ∙ 4
𝐴6,3 = 120 𝑚𝑜𝑑𝑜𝑠
4. COMBINAÇÕES
As combinações são outro tipo de agrupamento, com semelhanças e diferenças com relação
às permutações e aos arranjos.
Nas combinações, podemos ter tanto um número de “vagas” igual ao número de elementos,
como na permutação, quanto um número de “vagas” menor que o número de elementos, como no
arranjo.
O que difere uma combinação dos outros tipos é o fato de esta não considerar a ordem como
fator diferenciador de uma sequência.
Enquanto na permutação e no arranjo as sequências 123 e 321 são consideradas diferentes,
na combinação elas são consideradas iguais.
Como isso, professor? É claro que elas são diferentes!
Calma, tudo depende do contexto.
A sequência 123 é diferente da sequência 321 se estivermos falando de números, por
exemplo, pois cento e vinte e três é, claramente, diferente de trezentos e vinte e um.
No entanto, se estivermos falando em um grupo de amigos que vão ao cinema juntos, o grupo
𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 1, 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 2, 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 3, portanto, 123, é idêntico ao grupo 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 3, 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 2, 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 1,
321.
Nas combinações, a ordem não difere um conjunto do outro. Mais exemplos?
Formação de casais (𝐴𝐵 = 𝐵𝐴)
Duplas para boxe, pingue-pongue, truco.
Grupos de trabalho ou estudo com funções idênticas para cada integrante.
Escolha de objetos de uma coleção.
Vamos analisar o caso da loteria como exemplo.
Para ganhar o prêmio máximo da Mega-Sena, o jogador deve acertar as 6 dezenas sorteadas
dentre as 60 possíveis. Vamos imaginar que as dezenas sorteadas, nessa ordem foram:
41 − 05 − 04 − 52 − 30 − 33
Mas você, ao jogar, jogou a seguinte combinação:
04 − 05 − 30 − 33 − 41 − 52
Você, por acaso, espera receber o prêmio?
Provavelmente, sim, pois o jogo não restringe a ordem, apenas pede para que se acerte os
números sorteados para ser o ganhador. Dessa forma, todas as sequências abaixo são igualmente
válidas:
41 − 05 − 04 − 52 − 30 − 33
04 − 05 − 30 − 33 − 41 − 52
30 − 05 − 52 − 33 − 41 − 04
52 − 41 − 33 − 30 − 04 − 05
52 − 04 − 30 − 33 − 41 − 05
⋮
Então, pergunto: com esses 6 elementos, quantas sequências equivalentes podemos formar?
Essa você consegue fazer com o que estudamos até aqui, trata-se de uma permutação de 6
elementos, portanto, 𝑃6 = 6!.
Agora, voltemos ao problema principal, a loteria.
Na Mega-Sena, temos 60 números para fazer sequências de 6 números cada.
Se a ordem importasse, se cada sequência fosse única, poderíamos pensar no arranjo de 60
elementos, tomados 6 a 6.
No entanto, vimos que há sequências equivalentes e que, cada sequência produz 6!
sequências equivalentes que foram contadas em multiplicidade no arranjo.
Como resolver essa questão?
Do mesmo modo que resolvemos as permutações com repetição e as permutações circulares,
dividindo pelo excedente.
Assim, podemos dizer que uma combinação de 60 elementos, tomados 6 a 6, é dada por:
𝐴60,6
𝐶60,6 =
6! Multiplicidade de cada sequência
E quanto dá isso? Também não sei, calculemos.
Lembre-se
60 ∙ 59 ∙ 58 ∙ 57 ∙ 56 ∙ 55
𝐶60,6 = 6 posições, 6 fatores
6∙5∙4∙3∙2∙1
36.045.979.200
𝐶60,6 =
720
𝐶60,6 = 50.063.860
Ou seja, mesmo considerando só as sequências com números distintos, ainda são mais de 50
milhões de combinações.
Vamos generalizar esse método?
A combinação é um tipo de arranjo, mas em que não são consideradas sequências distintas
as sequências de mesmos elementos. Por isso, dividimos o número de arranjos pelo número de
elementos que foram contados em duplicidade.
Sintetizando uma combinação de 𝑛 elementos, tomados 𝑝 a 𝑝, temos
𝐴𝑛,𝑝
𝐶𝑛,𝑝 =
𝑝!
Nós já temos uma fórmula para o arranjo, lembra? Podemos, se quisermos, substitui-la na
equação acima.
𝐴𝑛,𝑝
𝐶𝑛,𝑝 =
𝑝!
𝑛!
𝐴𝑛,𝑝 =
{ (𝑛 − 𝑝 )!
𝐴𝑛,𝑝
𝐶𝑛,𝑝 =
𝑝!
𝑛!
(𝑛 − 𝑝 ) !
𝐶𝑛,𝑝 =
𝑝!
Divisão entre frações: conserva-se a de cima e inverte-se a de baixo.
𝑛! 1
𝐶𝑛,𝑝 = ∙
(𝑛 − 𝑝)! 𝑝!
𝑛!
𝐶𝑛,𝑝 =
𝑝! ∙ (𝑛 − 𝑝)!
Essa fórmula é muito solicitada nos exercícios de vestibular, então, vale a memorização.
Ela é a definição de um número especial, chamado número binomial e é simbolizado por
𝑛
𝑛!
𝐶𝑛,𝑝 = =( ) Número Binomial
𝑝! ∙ (𝑛 − 𝑝)! 𝑝
𝑝,𝑛−1 (𝑛 + 𝑝 − 1)!
𝐶𝑅𝑛,𝑝 = 𝑃𝑛+𝑝−1 = = 𝐶𝑛+𝑝−1,𝑝
𝑝! ⋅ (𝑛 − 1)!
Para resolver esse problema, devemos dividi-lo em todos os casos possíveis. Como queremos
apenas soluções inteiras não negativas, devemos somar as soluções das seguintes equações:
𝑥+𝑦+𝑧 =4
𝑥+𝑦+𝑧 =3
𝑥+𝑦+𝑧 =2
𝑥+𝑦+𝑧 =1
𝑥+𝑦+𝑧 =0
Lembrando que 𝐶𝑛+𝑝−1,𝑝 é o número de soluções para 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 = 𝑝, temos:
𝐶3+4−1,4 + 𝐶3+3−1,3 + 𝐶3+2−1,2 + 𝐶3+1−1,1 + 𝐶3+0−1,0
= 𝐶6,4 + 𝐶5,3 + 𝐶4,2 + 𝐶3,1 + 𝐶2,0
= 15 + 10 + 6 + 3 + 1 = 35
Exercícios de fixação
13. Diferencie as situações abaixo entre permutação, arranjo ou combinação.
a) colocar 10 pessoas em fila indiana
b) anagramas
c) dividir 15 atletas em comissões de 3
d) dividir 30 alunos em comissões contendo 1 tesoureiro, 1 presidente e 1 vice-presidente
e) dividir os estudos em conjuntos de 3 disciplinas por dia dentre as 11 apresentadas no curso
f) diagonais de um polígono
g) calcular quantas retas distintas são possíveis com 𝑛 pontos distintos e não alinhados no
espaço
h) escolher sabores de sorvete
Comentários
a) Permutação, pois das 10 pessoas, utilizaremos todas simultaneamente, além de a ordem
das pessoas na fila determinarem filas diferentes.
b) Anagramas são permutações.
c) Como não foi dito sobre distinção entre os atletas da comissão, temos uma combinação. A
comissão formada por João, André e Catarina é a mesma da comissão formada por Catarina,
João e André.
d) Aqui a ordem já importa, pois cada elemento da comissão ocupará uma posição diferente.
Assim, arranjo.
e) Combinação. Consideremos estudar Matemática, Física e História em um dia ser o mesmo
que estudar História, Matemática e Física.
f) Uma diagonal, embora não tenhamos estudado esse assunto ainda, é um segmento de reta
que liga dois vértices de um polígono, portanto, que liga dois pontos. O segmento que liga os
pontos 𝐴 e 𝐵 é o mesmo que liga os pontos 𝐵 e 𝐴, portanto, combinação.
g) Para termos uma reta, precisamos de dois pontos. Com o mesmo raciocínio do segmento de
reta traçado no item anterior, concluímos tratar-se de uma combinação.
h) Se os sabores não tiverem ordem de importância, como é em muitas sorveterias,
combinação, pois uma casquinha de morango e chocolate é equivalente a uma com chocolate
e morango.
5. PRINCÍPIO ADITIVO
Além do princípio multiplicativo que vimos no início da aula, há, também, o princípio aditivo.
Este princípio, aditivo, se aplica a situações em que tomamos decisões alternativas, ou uma
ou outra, não sequenciais.
Imagine que você possa sair hoje à noite para ir ao cinema ou ao teatro, mas não a ambos,
pois as sessões são simultâneas.
Há 3 filmes em cartaz no cinema e 2 peças de teatro.
Nessa situação, quantos são suas opções de passeio para hoje à noite?
Perceba que não podemos aplicar o PFC, pois esses eventos não são sequenciais, você não
escolherá um filme e depois uma peça de teatro, é ou um ou outro.
Assim, você tem 3 opções para o cinema e 2 opções para o teatro, totalizando 3 + 2 = 5
opções.
Note que a condição para aplicarmos o PFC não foi satisfeita, não houve opção sequencial,
uma após a outra.
Como aprofundamento, vamos estudar o caso do lanche de Manoel.
Manoel está em uma lanchonete que tem 3 tipos diferentes de salgado, 2 tipos de suco e 4
tipos de sorvete.
Até aqui, se eu te perguntasse quantos jeitos diferentes Manoel pode fazer seu pedido com
1 salgado, 1 suco e 1 sorvete, você provavelmente utilizaria o PFC e me responderia 3 ∙ 2 ∙ 4 = 24
maneiras diferentes.
Vamos, então, aprofundar um pouco e imaginar que Manoel tenha somente dinheiro
suficiente para comprar dois itens e tenha decidido comprar dois itens diferentes para seu lanche.
Assim, de quantos modos distintos poderia Manoel fazer seu pedido?
Como Manoel tem 3 itens disponíveis para escolha e pegará apenas 2, temos uma
combinação de 3 elementos, tomados 2 a 2.
3∙2
𝐶3,2 = = 3 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
2∙1
Essas 3 maneiras são:
Salgado e Suco
Lanche do
Salgado e Sorvete
Manoel
Suco e Sorvete
Podemos aplicar o PFC para saber quantas opções, dentro de cada escolha, tem Manoel.
Lanche do 3 ∙ 4 = 12
Salgado e Sorvete
Manoel
Até aqui, todos os conceitos envolvidos na análise do lanche de Manoel já foram vistos.
Para continuarmos, é preciso que respondamos a seguinte pergunta:
Manoel poderá ter em seu lanche Salgado e Suco E Salgado e Sorvete E Suco e Sorvete?
Se ele tinha dinheiro suficiente apenas para dois itens, a resposta é não, ele não pode ter as
três opções simultaneamente. Ele pode ter UMA das opções, somente.
Utilizamos o conectivo OU ... OU para explicitar essa condição. Assim, podemos dizer que
Manoel poderá ter em seu lanche OU Salgado e Suco OU Salgado e Sorvete OU Suco e Sorvete.
Desse modo, não podemos aplicar o princípio multiplicativo, PFC, pois não são eventos
sucessivos e sim alternativos.
E como fazemos quando temos alternativas diferentes, não sequenciais?
Já respondemos essa no início deste tópico, as somamos.
Portanto, o número 𝑛 de opções para o lanche de Manoel é dado por:
Salgado e
Lanche do Sorvete 3 ∙ 4 = 12
Manoel
+
𝑛 = 6 + 12 + 8
𝑛 = 26
Em suma, utilizamos o PFC para eventos sucessivos e o princípio aditivo para eventos
alternativos.
Quando fazemos uma escolha E outra, PFC.
Quando fazemos OU uma escolha OU outra, princípio aditivo.
6. PRINCÍPIO DA INCLUSÃO-EXCLUSÃO
Relembremos o princípio da inclusão-exclusão da aula de conjuntos.
Sejam 𝐴, 𝐵, 𝐶 conjuntos, então:
𝑛 (𝐴 ∪ 𝐵 ) = 𝑛 (𝐴 ) + 𝑛 (𝐵 ) − 𝑛 (𝐴 ∩ 𝐵 )
𝑛 (𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶 ) = 𝑛 (𝐴 ) + 𝑛 (𝐵 ) + 𝑛 (𝐶 ) − 𝑛 (𝐴 ∩ 𝐵 ) − 𝑛 (𝐴 ∩ 𝐶 ) − 𝑛 (𝐵 ∩ 𝐶 ) + 𝑛 (𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶 )
Seja o conjunto 𝐴 e os subconjuntos 𝐴1 , 𝐴2 , 𝐴3 , … , 𝐴𝑛 de 𝐴, a fórmula generalizada do
número de elementos de 𝐴 é dada por:
𝑛(𝐴1 ∪ 𝐴2 ∪ … ∪ 𝐴𝑛 ) = 𝑆1 − 𝑆2 + 𝑆3 − 𝑆4 + ⋯ + (−1)𝑛−1 𝑆𝑛
Onde 𝑆𝑖 , 𝑖 = 1,2, … , 𝑛 é dado por:
𝑆1 = ∑ 𝑛(𝐴𝑖 )
𝑖=1
𝑛
𝑆2 = ∑ 𝑛(𝐴𝑖 ∩ 𝐴𝑗 )
1≤𝑖<𝑗≤𝑛
𝑛
𝑆3 = ∑ 𝑛(𝐴𝑖 ∩ 𝐴𝑗 ∩ 𝐴𝑘 )
1≤𝑖<𝑗<𝑘≤𝑛
⋮
Propriedades
I) O número de elementos de 𝐴 que pertencem a exatamente 𝑝 (𝑝 ≤ 𝑛) dos conjuntos
𝐴1 , 𝐴2 , … , 𝐴𝑛 é dado por:
𝑛−𝑝
𝑝+𝑘
𝑎𝑝 = ∑ (−1)𝑘 ⋅ ( ) ⋅ 𝑆𝑝+𝑘
𝑝
𝑘=0
Exemplo de aplicação
Quantos são os inteiros entre 1 e 2000 que são divisíveis por exatamente três dos números
2, 3, 5 e 11?
Resolução
Podemos fazer as seguintes definições:
𝐴 = {1, 2, 3, … ,1000}
𝐴1 = {𝑥 ∈ 𝐴|𝑥 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒 2}
𝐴2 = {𝑥 ∈ 𝐴|𝑥 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒 3}
𝐴3 = {𝑥 ∈ 𝐴|𝑥 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒 5}
𝐴4 = {𝑥 ∈ 𝐴|𝑥 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒 11}
Como temos quatro subconjuntos, calculemos 𝑆1 , 𝑆2 , 𝑆3 e 𝑆4 :
2000 2000 2000 2000
𝑆1 = 𝑛(𝐴1 ) + 𝑛(𝐴2 ) + 𝑛(𝐴3 ) + 𝑛(𝐴4 ) = ⌊ ⌋+⌊ ⌋+⌊ ⌋+⌊ ⌋
2 3 5 11
= 1000 + 666 + 400 + 181 = 2247
𝑆2 = 𝑛(𝐴1 ∩ 𝐴2 ) + 𝑛(𝐴1 ∩ 𝐴3 ) + 𝑛(𝐴1 ∩ 𝐴4 ) + 𝑛(𝐴2 ∩ 𝐴3 ) + 𝑛(𝐴2 ∩ 𝐴4 ) + 𝑛(𝐴3 ∩ 𝐴4 )
7. PERMUTAÇÕES CAÓTICAS
Uma permutação do conjunto ordenado {𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 } é dita caótica quando nenhum dos
elementos 𝑎𝑖 , 𝑖 ∈ ℕ∗ , se encontra em sua posição original. Assim, tomando a sequência de números
naturais {1, 2, 3, 4}, a permutação 3142 é caótica, pois nenhum número está na sua posição
primitiva. Por outro lado, a permutação 3241 não é caótica, pois o número 2 está em sua posição
original. Uma permutação caótica também pode ser chamada de desarranjo.
Seja 𝐷𝑛 o número de desarranjos que podemos formar do conjunto ordenado {𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 },
vamos analisar os casos iniciais. Se 𝑛 = 1, temos apenas 1 elemento no conjunto e,
consequentemente, nenhum modo de desarranjar o conjunto, logo 𝐷1 = 0. Se 𝑛 = 2, temos 𝑎1 𝑎2
e 𝑎2 𝑎1 , apenas a segunda é caótica, logo 𝐷2 = 1. Se 𝑛 = 3, temos as permutações
𝑎1 𝑎2 𝑎3 , 𝑎1 𝑎3 𝑎2 , 𝑎2 𝑎1 𝑎3 , 𝑎2 𝑎3 𝑎1 , 𝑎3 𝑎1 𝑎2 , 𝑎3 𝑎2 𝑎1 e apenas as permutações 𝑎2 𝑎3 𝑎1 𝑒 𝑎3 𝑎1 𝑎2 são
caóticas, logo 𝐷3 = 2. Continuando o raciocínio, podemos encontrar 𝐷𝑛 , mas para 𝑛 grande, isso
torna-se muito trabalhoso, vamos tentar deduzir uma fórmula para 𝐷𝑛 .
Tomemos o conjunto ordenado {𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 }. Fazendo os rearranjos de modo que nenhuma
fique na sua posição inicial, para a primeira posição, temos 𝑛 − 1 possibilidades (já que 𝑎1 não pode
ser escolhido). Supondo que 𝑎2 ocupe a primeira posição, temos pelo princípio multiplicativo que
𝐷𝑛 será igual ao produto das demais variações por 𝑛 − 1. Assim, temos duas possibilidades:
• 𝑎1 ocupa a segunda posição: nesse caso, temos que rearranjar 𝑛 − 2 elementos de
modo que nenhum ocupe sua posição original, esse número é 𝐷𝑛−2 .
• 𝑎1 não ocupa a segunda posição: agora temos que rearranjar 𝑛 − 1 elementos, a
quantidade de maneiras de fazer isso é 𝐷𝑛−1 .
Supondo que ela seja válida para 𝑘 ∈ ℕ e 𝑘 ≥ 2, vamos provar o resultado para 𝑘 + 1.
Temos
1 1 1 1 1
𝐷𝑘 = 𝑘! ⋅ ( − + − + ⋯ + (−1)𝑘 )
2! 3! 4! 5! 𝑘!
Multiplicando ambos os membros por 𝑘 + 1, obtemos:
os
1 1 1 1 1
− + − + ⋯ + (−1)𝑘 )
𝐷𝑘 ⋅ (𝑘 + 1) = (𝑘 + 1) ⋅ 𝑘! ⋅ (
2! 3! 4! 5! 𝑘!
1 1 1 1 1
𝐷𝑘 ⋅ (𝑘 + 1) = (𝑘 + 1)! ⋅ ( − + − + ⋯ + (−1)𝑘 )
2! 3! 4! 5! 𝑘!
Da recorrência, temos:
𝐷𝑘 = 𝑘 ⋅ 𝐷𝑘−1 + (−1)𝑘 ⇒ 𝐷𝑘+1 = (𝑘 + 1) ⋅ 𝐷𝑘 + (−1)𝑘+1 ⇒ (𝑘 + 1) ⋅ 𝐷𝑘 = 𝐷𝑘+1 − (−1)𝑘+1
Assim, fazendo a substituição, encontramos:
1 1 1 1 1
𝐷𝑘+1 − (−1)𝑘+1 = (𝑘 + 1)! ⋅ (
− + − + ⋯ + (−1)𝑘 )
2! 3! 4! 5! 𝑘!
1 1 1 1 1
𝐷𝑘+1 = (𝑘 + 1)! ⋅ ( − + − + ⋯ + (−1)𝑘 ) + (−1)𝑘+1
2! 3! 4! 5! 𝑘!
1 1 1 1 1 (𝑘 + 1)!
𝐷𝑘+1 = (𝑘 + 1)! ⋅ ( − + − + ⋯ + (−1)𝑘 ) + (−1)𝑘+1
2! 3! 4! 5! 𝑘! (𝑘 + 1)!
1 1 1 1 1 1
𝐷𝑘+1 = (𝑘 + 1)! ⋅ ( − + − + ⋯ + (−1)𝑘 + (−1)𝑘+1 )
2! 3! 4! 5! 𝑘! (𝑘 + 1)!
Logo, ela é válida para 𝑘 + 1 e, portanto, a fórmula para 𝐷𝑛 é verdadeira ∀𝑛 ≥ 2.
1 1 1 1 1
𝐷𝑛 = 𝑛! ⋅ ( − + − + ⋯ + (−1)𝑛 ) , ∀𝑛 ≥ 2
2! 3! 4! 5! 𝑛!
8. LEMAS DE KAPLANSKY
De quantos modos é possível obter um subconjunto de 4 elementos do conjunto
{1, 2, 3, … ,10} sem a presença de elementos consecutivos?
Os subconjuntos {1, 3, 5, 7}, {2, 4, 6, 9} e {3, 5, 7, 9} satisfazem a condição do problema. Como
o número de elementos não é muito grande, podemos tentar enumerar todos os subconjuntos que
satisfazem à condição, porém podemos resolver essa questão pelo primeiro lema de Kaplansky.
a) Subconjuntos com o elemento 1. Nesse caso, não podemos ter os elementos 2 e 𝑛. Logo,
para formar os subconjuntos com o elemento 1, devemos escolher 𝑝 − 1 dentre os 𝑛 − 2
disponíveis {3, 4, 5, … , 𝑛 − 1}. O número de maneiras que isso pode ser feito é
𝑓 (𝑛 − 3, 𝑝 − 1) = 𝐶𝑛−3−(𝑝−1)+1,𝑝−1 = 𝐶𝑛−𝑝−1,𝑝−1
9. BINÔMIO DE NEWTON
Previamente ao estudo do binômio de Newton, precisamos nos acostumar a usar o número
binomial. Vimos no tópico de combinações que esse número é a combinação de 𝑛 elementos
tomados 𝑝 a 𝑝:
𝑛!
𝑛 , 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑝 ≤ 𝑛
𝐶𝑛,𝑝 = ( ) = {(𝑛 − 𝑝)! ⋅ 𝑝!
𝑝
0, 𝑠𝑒 𝑝 > 𝑛 𝑜𝑢 𝑝 < 0
Na qual 𝑛 e 𝑝 são números naturais.
Vamos praticar.
Exercício de fixação
14. Calcule o valor dos seguintes números binomais.
4
a) ( )
2
6
b) ( )
2
10
c) ( )
2
11
d) ( )
4
20
e) ( )
18
Resolução:
4 4! 4⋅3⋅2!
a) ( ) = =( )=2⋅3=6
2 2!⋅2! 2!⋅2⋅1
6 6! 6⋅5⋅4!
b) ( ) = =( ) = 3 ⋅ 5 = 15
2 2!⋅4! 2⋅1⋅4!
10 10! 10⋅9⋅8!
c) ( ) = =( ) = 5 ⋅ 9 = 45
2 2!⋅8! 2⋅1⋅8!
20 20! 20⋅19⋅18!
e) ( ) = =( ) = 10 ⋅ 19 = 190
18 18!⋅2! 18!⋅2⋅1
𝑛 𝑛!
( )= = 𝐶𝑛,𝑘
𝑘 (𝑛 − 𝑘 )! ⋅ 𝑘!
Perceba que, no desenvolvimento, temos 𝑛 + 1 termos, que vem do somatório de 0 a 𝑛.
A demonstração dessa fórmula será feita após aprendermos a relação de Stifel.
Vejamos um exemplo de como aplicar essa fórmula. Vamos encontrar o produto notável de
(𝑥 + 𝑦)5 usando a fórmula do binômio de Newton:
5
5
(𝑥 + 𝑦 )5 = ∑ ( ) 𝑥 5−𝑘 𝑦 𝑘
𝑘
𝑘=0
5 5 5 5 5 5
(𝑥 + 𝑦)5 = ( ) 𝑥 5−0 𝑦 0 + ( ) 𝑥 5−1 𝑦1 + ( ) 𝑥 5−2 𝑦 2 + ( ) 𝑥 5−3 𝑦 3 + ( ) 𝑥 5−4 𝑦 4 + ( ) 𝑥 5−5 𝑦 5
0 1 2 3 4 5
(𝑥 + 𝑦 ) 5
5! 5! 5! 5! 5! 5!
=( ) 𝑥5 + ( ) 𝑥4𝑦 + ( ) 𝑥3𝑦2 + ( ) 𝑥2𝑦3 + ( ) 𝑥𝑦 4 + ( ) 𝑦5
5! ⋅ 0! 4! ⋅ 1! 3! ⋅ 2! 2! ⋅ 3! 1! ⋅ 4! 0! ⋅ 5!
∴ 120
𝟏 𝟐𝟎
2) Determine o termo independente de 𝒙 no desenvolvimento de (𝒙𝟑 + ) .
𝒙𝟐
𝟏 𝟔𝟐
3) Calcule o termo máximo do desenvolvimento de (𝟏 + ) .
𝟑
62 1 62 1 62! ⋅ 3 62!
𝑇𝑀+1 > 𝑇𝑀+2 ⇒ ( )⋅ 𝑀 >( ) ⋅ 𝑀+1 ⇒ >
𝑀 3 𝑀+1 3 𝑀! ⋅ (62 − 𝑀)! (𝑀 + 1)! ⋅ (61 − 𝑀)!
62! ⋅ 3 62!
⇒ >
𝑀! ⋅ (62 − 𝑀) ⋅ (61 − 𝑀 )! (𝑀 + 1) ⋅ 𝑀! ⋅ (61 − 𝑀)!
3 1 59
⇒ > ⇒ 3𝑀 + 3 > 62 − 𝑀 ⇒ 4𝑀 > 59 ⇒ 𝑀 > = 14,75
62 − 𝑀 𝑀 + 1 4
Assim, como 𝑀 é um número natural e 14,75 < 𝑀 < 15,75, temos 𝑀 = 15. Portanto, o
termo máximo é:
62 1
𝑇16 = ( ) ⋅ 15
15 3
0
( )
0
1 1
( ) ( )
0 1 1
2 2 2 1 1
( ) ( ) ( )
0 1 2 1 2 1
3 3 3 3 ⇒1 3 3 1
( ) ( ) ( ) ( ) 1 4 6 4 1
0 1 2 3
4 4 4 4 4 1 5 10 10 5 1
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱
0 1 2 3 4
5 5 5 5 5 5
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
0 1 2 3 4 5
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱
Para 𝑛 = 0:
0
(𝑥 + 𝑦 )0 = ( ) 𝑥 0 𝑦 0 = 1
0
Para 𝑛 = 1:
1 1
(𝑥 + 𝑦)1 = ( ) 𝑥 1 𝑦 0 + ( ) 𝑥 0 𝑦1 = 𝑥 + 𝑦
0 1
Para 𝑛 = 2:
2 2 2
(𝑥 + 𝑦)2 = ( ) 𝑥 2 𝑦 0 + ( ) 𝑥 1 𝑦1 + ( ) 𝑥 0 𝑦 2 = 𝑥 2 + 2𝑥𝑦 + 𝑦 2
0 1 2
Para 𝑛 = 3:
3 3 3 3
(𝑥 + 𝑦)3 = ( ) 𝑥 3 𝑦 0 + ( ) 𝑥 2 𝑦1 + ( ) 𝑥 1 𝑦 2 + ( ) 𝑥 0 𝑦 3 = 𝑥 3 + 3𝑥 2 𝑦 + 3𝑥𝑦 2 + 𝑦 3
0 1 2 3
O Triângulo de Pascal possui diversas propriedades. Uma delas permite encontrar facilmente
os coeficientes binomiais, essa propriedade é chamada de Relação de Stifel.
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱
Demonstração
𝑛 𝑛 𝑛! 𝑛!
( )+( )= +
𝑝 𝑝+1 𝑝! ⋅ (𝑛 − 𝑝)! (𝑝 + 1)! ⋅ (𝑛 − 𝑝 − 1)!
𝑛! 𝑛!
= +
𝑝! ⋅ (𝑛 − 𝑝) ⋅ (𝑛 − 𝑝 − 1)! (𝑝 + 1) ⋅ 𝑝! ⋅ (𝑛 − 𝑝 − 1)!
𝑛! 1 1
= ⋅( + )
𝑝! ⋅ (𝑛 − 𝑝 − 1)! (𝑛 − 𝑝) (𝑝 + 1)
𝑛! (𝑝 + 1 + 𝑛 − 𝑝 )
= ⋅
𝑝! ⋅ (𝑛 − 𝑝 − 1)! (𝑛 − 𝑝)(𝑝 + 1)
(𝑛 + 1) ! 𝑛+1
= =( )
(𝑝 + 1)! ⋅ (𝑛 − 𝑝 )! 𝑝+1
É possível provar essa relação por combinatória. Basta tomar um conjunto 𝐴 = {1, 2, … , 𝑛},
com 𝑛 ∈ ℕ, e verificar qual a quantidade de maneiras de escolher um subconjunto 𝑋 de 𝐴 com 𝑝
elementos. Para formar um subconjunto 𝑋 de 𝑝 elementos, tomados do conjunto 𝐴, temos (𝑛𝑝)
maneiras de fazer isso. Também podemos pensar do seguinte modo. 1 pode pertencer ou não ao
conjunto 𝑋, assim, para formar esse subconjunto, temos as seguintes possibilidades:
𝑚 𝑚 𝑚
𝑚 𝑚 𝑚
(𝑥 + 𝑦)𝑚 ⋅ 𝑦 = ∑ ( ) 𝑥 𝑚−𝑘 𝑦 𝑘 ⋅ 𝑦 = ∑ ( ) 𝑥 𝑚−𝑘 𝑦 𝑘+1 = 𝑦 𝑚+1 + ∑ ( ) 𝑥 𝑚+1−𝑘 𝑦 𝑘
𝑘 𝑘 𝑘−1
𝑘=0 𝑘=0 𝑘=1
Somando-se os resultados:
𝑚 𝑚
𝑚 𝑚
(𝑥 + 𝑦)𝑚 ⋅ 𝑥 + (𝑥 + 𝑦)𝑚 ⋅ 𝑦 = 𝑥 𝑚+1 + ∑ ( ) 𝑥 𝑚+1−𝑘 𝑦 𝑘 + 𝑦 𝑚+1 + ∑ ( ) 𝑥 𝑚+1−𝑘 𝑦 𝑘
𝑘 𝑘−1
𝑘=1 𝑘=1
𝑚
𝑚 𝑚
(𝑥 + 𝑦 )𝑚+1 =𝑥 𝑚+1
+𝑦 𝑚+1
+ ∑ ( ) 𝑥 𝑚+1−𝑘 𝑦 𝑘 + ( ) 𝑥 𝑚+1−𝑘 𝑦 𝑘
𝑘 𝑘−1
𝑘=
𝑚
𝑚 𝑚
(𝑥 + 𝑦 )𝑚+1 =𝑥 𝑚+1
+𝑦 𝑚+1
+ ∑ [( ) + ( )] 𝑥 𝑚+1−𝑘 𝑦 𝑘
𝑘 𝑘−1
𝑘=1
Tomemos o conjunto 𝐴 = {1, 2, … , 𝑛}, o total de subconjuntos que podemos formar desse
conjunto é dado por
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
( )+ ( )+ ( )+ ⋯+ ( )
0 1 2 𝑛
Podemos pensar de outra forma. 𝐴 é um conjunto de 𝑛 elementos, cada elemento desse
conjunto pode ser visto como uma posição. Indicaremos a presença do elemento no subconjunto
pelo símbolo " + " e a ausência pelo símbolo " − ". Assim, temos:
1 2 3 ⋯ 𝑛
+ + + ⋯ +
− − − ⋯ −
O total de maneiras de formar os subconjuntos será igual ao número de maneiras de marcar
os elementos, como cada elemento pode ser marcado de duas formas, temos:
2𝑛 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
Portanto:
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
( ) + ( ) + ( ) + ⋯ + ( ) = 2𝑛
0 1 2 𝑛
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱
Demonstração
Analisemos a expressão:
𝑝 𝑝+1 𝑝+2 𝑛
( )+( )+( ) + ⋯+ ( )
𝑝 𝑝 𝑝 𝑝
Podemos escrever o primeiro termo da soma de outro modo:
𝑝 𝑝+1
( )=( )
𝑝 𝑝+1
𝑝+1 𝑝+1 𝑝+2 𝑛
⇒( )+( )+( )+ ⋯+ ( )
⏟𝑝 + 1 𝑝 𝑝 𝑝
𝑅𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝑡𝑖𝑓𝑒𝑙
𝑝+2 𝑝+2 𝑛
⇒( )+( ) + ⋯+ ( )
⏟𝑝 + 1 𝑝 𝑝
𝑅𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝑡𝑖𝑓𝑒𝑙
⋮
Usando sucessivas vezes a relação de Stifel, provamos a propriedade:
𝑝 𝑝+1 𝑝+2 𝑛 𝑛+1
( )+( )+( )+ ⋯+ ( ) = ( )
𝑝 𝑝 𝑝 𝑝 𝑝+1
O teorema das colunas é muito útil para resolver somatórios. Veja o exemplo.
1) Calcule o valor da soma:
𝑆 = 1 ⋅ 2 + 2 ⋅ 3 + 3 ⋅ 4 + ⋯ + 𝑛 ⋅ (𝑛 + 1)
Resolução
A soma pode ser escrita usando o somatório:
𝑛
𝑆 = ∑ 𝑘 ⋅ (𝑘 + 1)
𝑘=1
(𝑘+1)! (𝑘+1)⋅𝑘
Perceba que (𝑘+1
2
)= = , assim,
2!⋅(𝑘−1)! 2
𝑘+1
𝑘 ⋅ (𝑘 + 1) = 2 ⋅ ( )
2
Substituindo essa relação no somatório:
𝑛 𝑛
𝑘+1 𝑘+1
𝑆 = ∑2⋅ ( ) = 2⋅∑( )
2 2
𝑘=1 𝑘=1
2 3 4 𝑛+1
𝑆 = 2 ⋅ (( ) + ( ) + ( ) + ⋯ + ( ))
2 2 2 2
Agora podemos aplicar o teorema das colunas na soma e encontrar:
𝑛+2 (𝑛 + 2)! (𝑛 + 2) ⋅ (𝑛 + 1) ⋅ 𝑛
𝑆 =2⋅( ) =2⋅( )=2⋅
3 3! ⋅ (𝑛 − 1)! 6
(𝑛 + 2 ) ⋅ (𝑛 + 1) ⋅ 𝑛
∴𝑆=
3
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱
Demonstração
Analisemos a expressão:
𝑛 𝑛+1 𝑛+2 𝑛+𝑝
( )+( )+( )+ ⋯+ ( )
0 1 2 𝑝
Vamos usar a propriedade do binomial complementar e escrever:
𝑛+1 𝑛+1
( )=( )
1 𝑛
Perceba que
𝑛 𝑛+1
( )=( )
0 𝑛+1
Substituindo essas relações na expressão, obtemos:
𝑛+1 𝑛+1 𝑛+2 𝑛+𝑝
( )+( )+( )+ ⋯+ ( )
⏟𝑛 + 1 𝑛 ⏟ 2 𝑝
𝑅𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝑡𝑖𝑓𝑒𝑙 (𝑛+2
𝑛 )
Aplicando sucessivas vezes a relação de Stifel e usando o complementar dos binomiais para
formar os pares, chegamos ao resultado.
𝑛+𝑝 𝑛+𝑝 𝑛+𝑝+1 𝑛+𝑝+1
( )+( )=( )=( )
𝑛+1 𝑛 𝑛+1 𝑝
𝑛 𝑛+1 𝑛+2 𝑛+𝑝 𝑛+𝑝+1
∴( )+( )+( )+ ⋯+ ( )=( )
0 1 2 𝑝 𝑝
Fórmula de Lagrange
𝑛 2 𝑛 2 𝑛 2 2𝑛
( ) + ( ) + ⋯+ ( ) = ( )
0 1 𝑛 𝑛
Essa fórmula é um corolário da convolução de Vandermonde. Vamos demonstrá-la.
Podemos escrever a soma como
𝑛
𝑛 2 𝑛 2 𝑛 2 𝑛 2
𝑆 = ( ) + ( ) + ⋯+ ( ) = ∑( )
0 1 𝑛 𝑖
𝑖=0
Note que
𝑛 𝑛
( )=( )
𝑖 𝑛−𝑖
Assim, usando o complementar em um dos fatores do binomial, temos:
𝑛 𝑛
𝑛 2 𝑛 𝑛
𝑆 = ∑( ) = ∑( )( )
𝑖 𝑖 𝑛−𝑖
𝑖=0 𝑖=0
Portanto:
𝑛
𝑛 𝑛 2𝑛
𝑆 = ∑( )( )=( )
𝑖 𝑛−𝑖 𝑛
𝑖=0
b) Expandindo os binomiais:
−3 = −2 ⋅ (𝑥 + 1) + 𝑥 ⋅ 𝑥
𝑥 2 − 2𝑥 − 2 + 3 = 0
𝑥 2 − 2𝑥 + 1 = 0
(𝑥 − 1)2 = 0 ⇒ 𝑥 = 1
Gabarito: a) 𝒙 = 𝟒 b) 𝒙 = 𝟏
Resolução
Somemos 2 nos dois lados da equação:
1 + (𝑛1) + (𝑛2) + (𝑛3) + ⋯ + (𝑛−1
𝑛
) + 1 = 1022 + 2
(𝑛0) + (𝑛1) + (𝑛2) + (𝑛3) + ⋯ + (𝑛−1
𝑛
) + (𝑛𝑛) = 1024
Pelo teorema das linhas, obtemos:
2𝑛 = 1024 = 210 ∴ 𝑛 = 10
Gabarito: 𝒏 = 𝟏𝟎
Assim, temos:
𝑆 = ∑𝑛𝑘=1(2 ⋅ (𝑘2) + 𝑘 ) = 2 ⋅ ∑𝑛𝑘=1(𝑘2) + ∑𝑛𝑘=1 𝑘
Como (12) = 0, podemos iniciar o primeiro somatório por 𝑘 = 2, logo:
𝑛 𝑘 𝑛
𝑆 =2⋅ ∑
⏟𝑘=2(2) + ∑
⏟𝑘=1 𝑘
𝑡𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎𝑠 𝑡𝑒𝑜𝑟𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎𝑠
𝑆 = 2 ⋅ (𝑛+1
3
) + (𝑛+1
2
)
(𝑛+1)⋅𝑛⋅(𝑛−1) 𝑛
𝑆 =2⋅ + (1 + 𝑛 ) ⋅
6 2
𝑛⋅(𝑛+1) 2
𝑆= ⋅ [ (𝑛 − 1) + 1]
2 3
𝑛(𝑛+1)(2𝑛+1)
𝑆=
6
𝒏(𝒏+𝟏)(𝟐𝒏+𝟏)
Gabarito: 𝑺 =
𝟔
∴ 𝑆 = 𝑛 ⋅ 2𝑛−1
Gabarito: 𝑺 = 𝒏 ⋅ 𝟐𝒏−𝟏
1 8
21. Encontre o termo independente de 𝑥 no desenvolvimento de (1 + 2𝑥 + ) .
𝑥
Resolução
Podemos resolver esse problema usando o binômio de Newton, façamos a substituição de
variável:
1
2𝑥 + = 𝑦
𝑥
(1 + 𝑦 )8 = ∑𝑘=0(𝑘8)18−𝑘 𝑦 𝑘
8
1 8
(1 + 2𝑥 + ) = ∑8𝑘=0(𝑘8)𝑦 𝑘
𝑥
1 8
(1 + 2𝑥 + ) = (1 + 𝑦)8 = 1 + (81)𝑦 + (82)𝑦 2 + ⋯ + (88)𝑦 8 (𝑒𝑞. 1)
𝑥
1 𝑘 1 𝑖
𝑦 𝑘 = (2𝑥 + ) = ∑𝑘𝑖=0(𝑘𝑖)(2𝑥)𝑘−𝑖 ( ) = ∑𝑘𝑖=0(𝑘𝑖)2𝑘−𝑖 ⋅ 𝑥 𝑘−2𝑖
𝑥 𝑥
1
𝑦 𝑘 = 2𝑘 𝑥 𝑘 + (𝑘1)2𝑘−1 ⋅ 𝑥 𝑘−2 + ⋯ + (𝑒𝑞. 2)
𝑥𝑘
𝑛 𝑛! 𝛼 𝛼 𝛼𝑝
(𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 + ⋯ + 𝑥𝑝 ) = ∑ 𝑥1 1 ⋅ 𝑥2 2 ⋅⋅⋅ 𝑥𝑝
𝛼1 ! ⋅ 𝛼2 ! ⋅⋅⋅ 𝛼𝑝 !
11. EXPERIÊNCIA
Chamemos de experiência, ou experimento, uma ocorrência que produza um resultado
observável.
Experiência
Determinística Aleatória
Lançar um dado de seis faces numeradas até que apareça o número 6 e anotar o número do
lançamento.
𝛺 = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12 … }.
Cada um desses espaços amostrais 𝛺 possui um número de elementos, simbolizado por 𝑛(𝛺)
ou, em alguns livros, por #𝛺. Daremos preferência, neste curso, à primeira notação.
Assim,
𝛺 = {1,2,3,4,5,6} → 𝑛(𝛺) = 6
𝛺 = {𝐶𝑎𝑟𝑎 (𝐾), 𝐶𝑜𝑟𝑜𝑎 (𝐶 )} → 𝑛(𝛺) = 2
𝛺 = {(𝐾, 𝐾); (𝐾, 𝐶 ); (𝐶, 𝐾); (𝐶, 𝐶 )} → 𝑛(𝛺) = 4
𝛺 = {𝐴, 𝐷, 𝑅, 𝐸 } → 𝑛(𝛺) = 4
𝛺 = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12 … } → 𝑛(𝛺) = ∞
Você deve ter percebido que podemos ter tanto espaços amostrais finitos, com um número
finito de elementos; quanto espaços amostrais infinitos, com um número infinito de elementos.
Exercício de fixação
23. Apresente o espaço amostral das seguintes experiências.
a) Anagramas da palavra ELO.
b) Dois dados são lançados, simultaneamente e anotada a soma dos resultados das faces
voltadas para cima.
c) Retira-se duas bolas de uma urna contendo bolas azuis (𝑎) e brancas (𝑏).
d) Uma carta é extraída de um baralho de 52 cartas.
e) Raquel, Túlio e Juliana são colocados em fila indiana e anotada a ordem.
Comentários
Na aula passada, nós aprendemos a calcular quantos são os elementos de alguns conjuntos.
Agora, estamos preocupados não somente em quantos são, mais quais são esses elementos.
a) 𝛺 = {𝐸𝐿𝑂, 𝐸𝑂𝐿, 𝐿𝐸𝑂, 𝐿𝑂𝐸, 𝑂𝐸𝐿, 𝑂𝐿𝐸 }
b) 𝛺 = {2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12}
c) 𝛺 = {𝑎𝑎, 𝑎𝑏, 𝑏𝑎, 𝑏𝑏}
{A♠, K♠, Q♠, J♠, 10♠, 9♠, 8♠, 7♠, 6♠, 5♠, 4♠, 3♠, 2♠,
A♡, K♡, Q♡, J♡, 10♡, 9♡, 8♡, 7♡, 6♡, 5♡, 4♡, 3♡, 2♡,
d) 𝛺 =
A♢, K♢, Q♢, J♢, 10♢, 9♢, 8♢, 7♢, 6♢, 5♢, 4♢, 3♢, 2♢,
A♣, K♣, Q♣, J♣, 10♣, 9♣, 8♣, 7♣, 6♣, 5♣, 4♣, 3♣, 2♣}
13. EVENTO
Chamamos de evento todo subconjunto de um espaço amostral.
Vejamos na prática.
A experiência de lançar um dado de 4 faces produz o seguinte espaço
amostral:
𝛺 = {1,2,3,4}
O número de elementos desse espaço amostral é
𝑛 (𝛺 ) = 4
E quantos subconjuntos podemos produzir com esses 4 elementos?
Um conjunto com 𝑛 elementos produz 2𝑛 subconjuntos, ou seja, nosso conjunto tem 24 =
16 subconjuntos.
Vamos explicitá-los.
𝛺 = {1,2,3,4}
𝑛 (𝛺 ) = 4
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 = 24 = 16
𝐸𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 = {∅; (1); (2); (3); (4); (1,2); (1,3); (1,4); (2,3); (2,4);
(3,4); (1,2,3); (1,2,4); (1,3,4); (2,3,4); (1,2,3,4)}
𝐴 {2,3} 𝐴𝑐 → {1,4}
𝐵 {2,4} 𝐵𝑐 → {1,3}
9
𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 6: ≅ 0,225
40
Note que as frequências relativas, com alguma discrepância, são todas próximas entre si, e
próximas a
1
= 0,16̅ = 16, 6̅ %.
6
Experimentalmente, podemos perceber que quanto maior o número de lançamentos, mais
essas frequências relativas tendem a se estabilizar em torno de 16, 6̅ %.
15. PROBABILIDADES
A probabilidade de um evento ocorrer é uma tentativa de definir previamente um número
que represente a tendência geral da frequência relativa de um evento, quando o repetimos um
número suficientemente grande de vezes.
No caso do tópico anterior, como temos 6 números e nenhum motivo para que um ou outro
se sobressaia nos lançamentos, dizemos que a probabilidade de cada um desses números é dada
pela definição:
Ao analisar, por exemplo, a probabilidade de, em um lançamento desse dado, sair o número
3, ou seja, 1 número específico dentre os 6 possíveis, sua probabilidade é:
1 (𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒𝑠𝑡ã𝑜, 3) 1
𝑃 (3) = = = 0,16̅ = 16, 6̅ %
6 (𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠) 6
Perceba que, com esse procedimento, podemos chegar aos 16, 6̅ % sem que façamos o
experimento em si e é exatamente isso que buscaremos em nosso estudo das probabilidades.
Note, também, que a soma das probabilidades de todos os elementos é igual a 1, ou seja,
100%.
1
Se a probabilidade de cada número de um dado é de , a probabilidade de todos os 6
6
números, somadas, são:
1 1 1 1 1 1 1
𝑃 (1) + 𝑃 (2) + 𝑃 (3) + 𝑃 (4) + 𝑃 (5) + 𝑃 (6) = + + + + + = 6 ∙ = 1 = 100%
6 6 6 6 6 6 6
Extrapolando o conceito para aplicarmos a qualquer conjunto, temos.
𝛺 = {𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑, 𝑒, … }
𝑃(𝛺) = 𝑃(𝑎) + 𝑃(𝑏) + 𝑃(𝑐 ) + 𝑃(𝑑 ) + 𝑃(𝑒) + ⋯ = 1 = 100%
A probabilidade de um evento ocorrer é atribuída a cada evento de tal forma que, na experiência,
tenha as mesmas características que a frequência relativa.
Essa atribuição é fruto de uma capacidade de análise, fundamentada na experiência e no “bom
senso” de quem atribui, ou seja, você e eu.
O guia para atribuirmos a probabilidade de um evento é a definição que vimos:
Ao longo dos exemplos e exercícios, vamos refinando nossa capacidade e “bom senso” para que
nossas previsões sejam cada vez mais próximas das frequências relativas reais.
Quando não temos dados suficientes para atribuir os valores desse modo, recorremos à
experimentação propriamente dita para analisar a frequência relativa diretamente. Isso é muito
comum em laboratórios.
Exercícios de fixação
24. Atribua a probabilidade de que ocorra cada evento a seguir.
a) Lançar uma moeda e observar a face voltada para cima.
b) Lançar um dado e observar um número na face voltada para cima.
Além desses, imagine que você está viajando no centro de Tóquio. Você escolhe uma pessoa
de forma aleatória e a aborda. Qual a probabilidade de que ela seja de nacionalidade japonesa? E
de nacionalidade brasileira? Holandesa?
Mesmo não sabendo os números populacionais daquela região, é de se supor que os
conjuntos (japoneses, brasileiros e holandeses) não sejam do mesmo tamanho, portanto, a
probabilidade de encontrarmos cada uma dessas ocorrências não é a mesma. É muito mais provável
que abordemos um japonês, não é mesmo?
𝑛º 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐴 ∩ 𝐵 1
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 ) = = = 0,16̅ = 16, 6̅ %
𝑛º 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝛺 6
𝑛º 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐴 3 3 1
𝑃 (𝐴 ) = = =2 =
𝑛º 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝛺 6 6 2
𝑛º 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐵 2 2 1
𝑃 (𝐵 ) = = =3 =
𝑛º 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝛺 6 6 3
Uma ideia inicial seria simplesmente somar as probabilidades 𝑃(𝐴) e 𝑃(𝐵), no entanto, isso
não resultaria na probabilidade correta, veja:
1 1 3+2 5 2
𝑃 (𝐴 ) + 𝑃 (𝐵 ) =
+ = = ≠ 𝑃 (𝐴 ∪ 𝐵 ) =
2 3 6 6 3
E qual o motivo de haver essa diferença?
Simples, um erro nosso.
Ao somar as probabilidades 𝑃(𝐴) e 𝑃(𝐵), acabamos por contabilizar duas vezes o elemento
2, que é exatamente o elemento do conjunto 𝐴 ∩ 𝐵.
Para não incorrer nesse erro, podemos somar as probabilidades 𝑃(𝐴) e 𝑃(𝐵), mas
precisamos retirar da soma o que contabilizamos em dobro, ou seja, 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵).
Dessa forma, podemos dizer que
𝑃 (𝐴 ∪ 𝐵 ) = 𝑃 (𝐴 ) + 𝑃 (𝐵 ) − 𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 )
1 1 1
𝑃 (𝐴 ∪ 𝐵 ) =
+ −
2 3 6
3+2−1
𝑃 (𝐴 ∪ 𝐵 ) =
6
4
𝑃 (𝐴 ∪ 𝐵 ) =
6
2
4
𝑃 (𝐴 ∪ 𝐵 ) = 3
6
2
𝑃 (𝐴 ∪ 𝐵 ) =
3
Produzindo um resultado ao encontro do que obtivemos quando calculamos por meio da
definição.
𝑃 (𝐴 ∪ 𝐵 ) = 𝑃 (𝐴 ) + 𝑃 (𝐵 ) − 𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 )
𝐴 ∪ 𝐴𝑐 = 𝛺
Então, apliquemos a probabilidade a ambos os membros da equação. Lembra-se dos
fundamentos? Toda operação que for aplicada a um membro da equação, deverá ser a plicada ao
outro membro a fim de manter a igualdade.
𝐴 ∪ 𝐴𝑐 = 𝛺
𝑃(𝐴 ∪ 𝐴𝑐 ) = 𝑃(𝛺)
A probabilidade da união entre dois conjuntos é dada por
𝑃 (𝐴 ∪ 𝐵 ) = 𝑃 (𝐴 ) + 𝑃 (𝐵 ) − 𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 )
Aplicando essa propriedade a 𝑃(𝐴 ∪ 𝐴𝑐 ), temos.
𝑃(𝐴 ∪ 𝐴𝑐 ) = 𝑃(𝛺)
𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐴𝑐 ) − 𝑃(𝐴 ∩ 𝐴𝑐 ) = 𝑃(𝛺)
Além disso, sabemos que 𝑃(𝛺) = 1, então
𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐴𝑐 ) − 𝑃(𝐴 ∩ 𝐴𝑐 ) = 𝑃(𝛺)
𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐴𝑐 ) − 𝑃(𝐴 ∩ 𝐴𝑐 ) = 1
Oras, por definição, o que é elemento de 𝐴 não é elemento de 𝐴𝑐 e vice-versa, já que são
conjuntos complementares. Assim,
𝐴 ∩ 𝐴𝑐 = ∅
𝑃(𝐴 ∩ 𝐴𝑐 ) = 𝑃(∅)
𝑃(𝐴 ∩ 𝐴𝑐 ) = 0
Voltemos à nossa equação.
𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐴𝑐 ) − 𝑃(𝐴 ∩ 𝐴𝑐 ) = 1
𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐴𝑐 ) − 0 = 1
𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐴𝑐 ) = 1
É muito comum utilizarmos uma forma equivalente dessa equação, isolando uma das parcelas do
primeiro membro.
𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐴𝑐 ) = 1
𝑃(𝐴) = 1 − 𝑃(𝐴𝑐 )
As duas formas são, naturalmente, equivalentes, e cabe a você decidir qual memorizar. Nos
exercícios, pela celeridade, daremos preferência à segunda forma.
𝑛º 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐴 𝑛(𝐴) 5
𝑃 (𝐴 ) = = =
𝑛º 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝛺 𝑛(𝛺) 12
𝑛º 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐵 𝑛(𝐵) 6
𝑃 (𝐵 ) = = =
𝑛º 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝛺 𝑛(𝛺) 12
1
𝑃(𝐴|𝐵) =
6
Apesar de já estarmos de posse de nossa resposta, vamos realizar mais algumas operações
para evidenciar uma propriedade importante.
Dividindo o numerador e o denominador da fração do segundo membro da equação pelo
número de elementos do espaço amostral inicial 𝑛(𝛺) = 12.
1
𝑃(𝐴|𝐵) = 12
6
12
Comparando com as probabilidades que já calculamos anteriormente, podemos dizer que
1 𝑛 (𝐴 ∩ 𝐵 )
𝑛 (𝛺 ) 𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 )
𝑃(𝐴|𝐵) = 12 = =
6 𝑛 (𝐵 ) 𝑃 (𝐵 )
12 𝑛 (𝛺 )
Desse modo, podemos calcular nossa probabilidade condicional de duas formas distintas.
1) Calcular a razão entre o número de elementos 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) e 𝑛(𝐵 ), considerando 𝐵 como um
novo espaço amostral 𝛺2 .
𝑛 (𝐴 ∩ 𝐵 )
𝑃(𝐴|𝐵) =
𝑛 (𝐵 )
2) Pela fórmula
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 )
𝑃(𝐴|𝐵) =
𝑃 (𝐵 )
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 )
𝑃(𝐴|𝐵) ∙ 𝑃(𝐵) = ∙ 𝑃 (𝐵 )
𝑃 (𝐵 )
𝑛 (𝐷 ) 3
𝑃 (𝐷 ) = =
𝑛(𝛺) 100
Relacionando os dados ao diagrama de árvore.
Segundo ramo
Para o ramo em vermelho, de onde retiramos uma lâmpada com defeito na primeira retirada,
teremos uma lâmpada com defeito a menos no lote, então os novos dados passam a ser.
𝐿 = 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑠𝑒𝑚 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 → 𝑛(𝐿) = 97
𝐷 = 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑢𝑜𝑠𝑎𝑠 → 𝑛(𝐷 ) − 1 = 3 − 1 = 2
𝛺 = 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 → 𝑛(𝛺) − 1 = 100 − 1 = 99
𝑛(𝐿) 97
𝑃 (𝐿 ) = =
𝑛(𝛺) 99
𝑛 (𝐷 ) 2
𝑃 (𝐷 ) = =
𝑛(𝛺) 99
E, assim, conseguimos prosseguir com o segundo ramo.
3 2
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 ) = 50 ∙ 33
100 99
1 1
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 ) = ∙
50 33
1
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 ) =
1.650
̅̅̅̅
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = 0,0006
̅̅̅̅ %
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = 0, 06
Assim, a probabilidade de o lote ser rejeitado por terem sido retiradas duas lâmpadas
̅̅̅̅ %.
defeituosas consecutivamente é de 0, 06
Onde
𝐴1 = 𝐴 ∩ 𝛺1 = ∅
𝐴2 = 𝐴 ∩ 𝛺2
𝐴3 = 𝐴 ∩ 𝛺3
𝐴4 = 𝐴 ∩ 𝛺4
Assim, podemos pensar na probabilidade do evento 𝐴 ocorrer como a soma dos subeventos
𝐴1 , 𝐴2 , 𝐴3 e 𝐴4 ocorrerem.
𝑃(𝐴) = 𝑃(𝐴1 ) + 𝑃(𝐴2 ) + 𝑃(𝐴3 ) + 𝑃(𝐴4 )
𝑃(𝐴) = 𝑃(𝐴 ∩ 𝛺1 ) + 𝑃(𝐴 ∩ 𝛺2 ) + 𝑃(𝐴 ∩ 𝛺3 ) + 𝑃 (𝐴 ∩ 𝛺4 )
Aplicando o teorema da multiplicação.
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = 𝑃(𝐵) ∙ 𝑃(𝐴|𝐵)
𝑃(𝐴) = 𝑃(𝛺1 ) ∙ 𝑃(𝐴|𝛺1 ) + 𝑃(𝛺2 ) ∙ 𝑃(𝐴|𝛺2 ) + 𝑃(𝛺3 ) ∙ 𝑃(𝐴|𝛺3 ) + 𝑃(𝛺4 ) ∙ 𝑃(𝐴|𝛺4 )
Neste exemplo, temos
𝐴1 = 𝐴 ∩ 𝛺1 = ∅,
Então,
𝑃(𝐴) = 𝑃(𝛺1 ) ∙ 𝑃(𝐴|𝛺1 ) + 𝑃(𝛺2 ) ∙ 𝑃(𝐴|𝛺2 ) + 𝑃(𝛺3 ) ∙ 𝑃(𝐴|𝛺3 ) + 𝑃(𝛺4 ) ∙ 𝑃(𝐴|𝛺4 )
Com relação à doença 𝐴, temos que o medicamento específico apresenta 70% de eficácia
específica, ou seja, há 70% de chances de cura e o complementar, ou seja, 30% de chances de não
cura. Lembre-se que as porcentagens complementares devem sempre somar 100%.
Utilizemos as siglas 𝐶 para curado e 𝑁𝐶 para não curado.
Com raciocínio equivalente, para a doença 𝐵, temos 95% de eficácia específica, ou seja, há
95% de chances de cura e o complementar, ou seja, 5% de chances de não cura.
Cura da doença A
Cura da doença
𝑃(𝐶 ∩ 𝐴) = 𝑃(𝐴) ∙ 𝑃(𝐶|𝐴)
se ocorreu a doença A
Probabilidade de
ocorrer a doença A
De modo semelhante, podemos pensar na probabilidade de cura da doença 𝐵, como sendo
Cura da doença B
Cura da doença
𝑃(𝐶 ∩ 𝐵) = 𝑃(𝐵) ∙ 𝑃(𝐶|𝐵)
se ocorreu a doença B
Probabilidade de
ocorrer a doença B
Assim, temos as probabilidades de cura das doenças 𝐴 e 𝐵 dadas por:
𝑃(𝐶 ∩ 𝐴) = 𝑃(𝐴) ∙ 𝑃(𝐶|𝐴)
𝑃(𝐶 ∩ 𝐴) = 80% ∙ 70%
80 70
𝑃 (𝐶 ∩ 𝐴 ) = ∙
100 100
8 0 7 0
𝑃 (𝐶 ∩ 𝐴 ) = ∙
1 0 0 100
8∙7
𝑃 (𝐶 ∩ 𝐴 ) =
100
56
𝑃 (𝐶 ∩ 𝐴 ) =
100
𝑃(𝐶 ∩ 𝐴) = 56%
8∙7
𝑃 (𝐶 ∩ 𝐵 ) =
100
56
𝑃 (𝐶 ∩ 𝐵 ) =
100
𝑃(𝐶 ∩ 𝐵 ) = 56%
Vamos colocar essas probabilidades no diagrama de árvore.
Exercício de fixação
25. Com base na situação descrita anteriormente, calcule as probabilidades a seguir.
a) Probabilidade individual de cada ramo da árvore de possibilidades.
b) Probabilidade de não ser curado se a doença for a B.
c) Probabilidade de não ser curado.
𝑃(𝑁𝐶 ∩ 𝐴) = 24%
Probabilidade de NC caso seja a doença 𝐵.
𝑃(𝑁𝐶 ∩ 𝐵) = 𝑃(𝐵) ∙ 𝑃(𝑁𝐶|𝐵)
𝑃(𝑁𝐶 ∩ 𝐵) = 20% ∙ 5%
20 5
𝑃(𝑁𝐶 ∩ 𝐵) = ∙
100 100
100
𝑃(𝑁𝐶 ∩ 𝐵 ) =
100∙100
100
𝑃(𝑁𝐶 ∩ 𝐵) =
100 ∙100
1
𝑃(𝑁𝐶 ∩ 𝐵) =
100
𝑃(𝑁𝐶 ∩ 𝐵) = 1%
Dessa forma, podemos completar nossa árvore de probabilidades.
c) A probabilidade de não ser curado pode ser calculada pelo teorema da probabilidade total,
utilizando os dois ramos da árvore de probabilidades correspondentes ao caso.
𝑃(𝑁𝐶 ) = 𝑃(𝐴) ∙ 𝑃(𝑁𝐶|𝐴) + 𝑃(𝐵) ∙ 𝑃(𝑁𝐶|𝐵 )
𝑃(𝑁𝐶 ) = 𝑃(𝑁𝐶 ∩ 𝐴) + 𝑃(𝑁𝐶 ∩ 𝐵)
𝑃(𝑁𝐶 ) = 24% + 1%
𝑃(𝑁𝐶 ) = 25%
Exemplo:
Uma caixa contém três bolas pretas e quatro bolas brancas. Duas bolas são retiradas ao acaso
e sem reposição. Qual a probabilidade de a primeira bola retirada ser preta sob a condição de a
segunda ser branca?
Para resolver essa questão, podemos usar o teorema de Bayes. Definiremos como evento 𝐴
a retirada da primeira bola e como evento 𝐵 a retirada da segunda bola. Façamos o diagrama:
Aplicando o teorema:
𝑃(𝐴)𝑃(𝐵|𝐴)
𝑃 (𝐴 | 𝐵 ) =
𝑃(𝐴)𝑃(𝐵|𝐴) + 𝑃(𝐴)𝑃(𝐵|𝐴)
𝑃(𝑝𝑟𝑒𝑡𝑎 ∩ 𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎)
𝑃(𝑝𝑟𝑒𝑡𝑎 |𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎 ) =
𝑃(𝑝𝑟𝑒𝑡𝑎 ∩ 𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎) + 𝑃(𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎 ∩ 𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎 )
Do diagrama, temos:
3 1 3
𝑃(𝑝𝑟𝑒𝑡𝑎 ∩ 𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎 ) = 𝑃(𝑝𝑟𝑒𝑡𝑎) ⋅ 𝑃(𝑝𝑟𝑒𝑡𝑎 |𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎 ) = ⋅ =
7 2 14
4 1 2
𝑃(𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎 ∩ 𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎 ) = 𝑃(𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎) ⋅ 𝑃(𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎 |𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎 ) = ⋅ =
7 2 7
Logo:
3 3
3
14
𝑃(𝑝𝑟𝑒𝑡𝑎|𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎 ) = = 14 =
3 2 7 7
+
14 7 14
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 ) = 𝑃 (𝐴 ) ∙ 𝑃 (𝐵 )
Assim, quando estivermos falando em eventos independentes, temos
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 ) = 𝑃 (𝐴 ) ∙ 𝑃 (𝐵 )
Exercício de fixação
26. Considere os seguintes eventos sobre uma moeda lançada 4 vezes.
Evento 𝐴: ocorrem pelo menos duas coroas (𝐶 )
Evento 𝐵: ocorrer cara (𝐾) no primeiro lançamento.
Evento 𝐶: ocorrem resultados iguais em todos os lançamentos.
Encontre quais eventos são dependentes e quais são independentes entre si.
Comentários.
Para saber se os eventos são dependentes ou independentes entre si, vamos calcular suas
probabilidades individualmente e em suas intersecções. De posse delas, verificaremos quais
pares satisfazem a relação
𝑃(𝐸1 ∩ 𝐸2 ) = 𝑃(𝐸1 ) ∙ 𝑃(𝐸2 ).
O espaço amostral do experimento é:
{(𝐾𝐾𝐾𝐾 ); (𝐾𝐾𝐾𝐶 ); (𝐾𝐾𝐶𝐾 ); (𝐾𝐾𝐶𝐶 );
(𝐾𝐶𝐾𝐾 ); (𝐾𝐶𝐾𝐶 ); (𝐾𝐶𝐶𝐾 ); (𝐾𝐶𝐶𝐶 );
𝛺=
(𝐶𝐾𝐾𝐾 ); (𝐶𝐾𝐾𝐶 ); (𝐶𝐾𝐶𝐾 ); (𝐶𝐾𝐶𝐶 );
(𝐶𝐶𝐾𝐾 ); (𝐶𝐶𝐾𝐶 ); (𝐶𝐶𝐶𝐾 ); (𝐶𝐶𝐶𝐶 )}
𝑛(𝛺) = 24 = 16
Evento 𝐴: ocorrem pelo menos duas coroas (𝐶 )
Todo conjunto possui, como subconjunto, o conjunto vazio (∅), que representa combinar os
elementos do conjunto zero a zero elementos.
Além desse, podemos combinar esses elementos um a um, dois a dois, três a três e quatro a
quatro.
Assim, o número de subconjuntos que podem ser gerados por um conjunto de 𝑛 = 4
elementos é dado por:
𝐶4,0 + 𝐶4,1 + 𝐶4,2 + 𝐶4,3 + 𝐶4,4
Vamos aos cálculos.
𝐶4,0 + 𝐶4,1 + 𝐶4,2 + 𝐶4,3 + 𝐶4,4
4! 4 4∙3 4∙3∙2 4∙3∙2∙1
+ + + +
0! (4 − 0)! 1 2 ∙ 1 3 ∙ 2 ∙ 1 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
2
4! 4∙3 4∙3∙2 4∙3∙2∙1
+4+ + +
4! 2∙1 3∙2∙1 4∙3∙2∙1
1+4+2∙3+4+1
1+4+6+4+1
Antes de fazermos essa soma, você reconhece essa sequência?
Ela contém os números da quarta linha (𝐿4) do triângulo de Pascal, que vimos na primeira
aula.
C0
L0 1 C1
L1 1 1 C2
L2 1 2 1 C3
L3 1 3 3 1 C4
L4 1 4 6 4 1 C5
L5 1 5 10 10 5 1 C6
L6 1 6 15 20 15 6 1
. . . . . . . .
. . . . . . . .
. . . . . . . .
𝐿4 → 𝑆𝑜𝑚𝑎 = 1 + 4 + 6 + 4 + 1 = 16 = 24
𝐿5 → 𝑆𝑜𝑚𝑎 = 1 + 5 + 10 + 10 + 5 + 1 = 32 = 25
𝐿6 → 𝑆𝑜𝑚𝑎 = 1 + 6 + 15 + 20 + 15 + 6 + 1 = 64 = 26
.
.
.
Percebe-se no desenvolvimento anterior que soma dos elementos de uma linha 𝑛 do
triângulo de Pascal é igual a 2𝑛 .
Recapitulando.
Um conjunto de 𝑛 elementos pode gerar uma quantidade de subconjuntos que, por meio da
soma de combinações de seus elementos, gera a soma dos elementos da n-ésima linha do triângulo
de Pascal.
A soma dos elementos da n-ésima linha do triângulo de Pascal é igual a 2𝑛 .
Conclusão: um conjunto que possui 𝑛 elementos pode gerar 2𝑛 subconjuntos.
Para escolhermos a primeira pessoa, temos 365 escolhas possíveis dentro das 365 datas do
ano (sem contar o ano bissexto).
Para escolhermos a segunda pessoa, na condição de que não haja coincidência de
aniversários, temos 364 escolhas possíveis, visto que uma pessoa já foi escolhida e não podemos
coincidir com o aniversário dela. O total de possibilidades continua sendo as 365 datas do ano.
Para escolhermos a terceira pessoa, temos apenas 363 das 365 possibilidades, excluindo as
datas dos aniversários das duas primeiras pessoas.
Continuando a escolher as pessoas desse modo, até a quadragésima pessoa, teremos:
365 364 363 362 361 326
𝑃(𝐴𝑐 ) = ∙ ∙ ∙ ∙ ∙…∙
⏟
365 365 365 365 365 365
40 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 40 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠
40 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠
⏞
365 ∙ 364 ∙ 363 ∙ 362 ∙ 361 ∙ … ∙ 326
𝑃(𝐴𝑐 ) =
36540
Esses valores são muito grandes para conseguirmos manuseá-los. Utilizando uma planilha de
dados, chegamos aos valores:
𝑃(𝐴𝑐 ) ≅ 0,108768
Estamos procurando 𝑃(𝐴), então
𝑃(𝐴) = 1 − 𝑃(𝐴𝑐 )
𝑃(𝐴) = 1 − 0,108768
𝑃(𝐴) = 0,891232
𝑃(𝐴) = 89,1232 %
Ou seja, a probabilidade de termos, em um grupo de 40 pessoas, pelo menos uma
coincidência de aniversários é superior a 89%, contrariando o que muitos tomam como “bom senso”
sobre o assunto.
Se fizermos os mesmos cálculos para um grupo de 60 pessoas, a probabilidade supera os
99%.
Impressionante, não?
Mais uma pergunta sobre esse assunto.
Quantas pessoas precisamos ter em um grupo para que seja certo que pelo menos duas
pessoas façam aniversário no mesmo dia?
Apesar de nossos cálculos atingirem valores muito próximos de 100% rapidamente, para
termos certeza de que acontece a coincidência de aniversários precisamos de 366 pessoas, uma
para cada dia do ano, mais uma para estarmos certos da repetição.
Sucesso e fracasso, nesse contexto, não apresentam similaridade com o significado dicionarizado.
Significam, simplesmente, dois resultados antagônicos.
Para manter um alinhamento com os livros didáticos, vamos nomear as probabilidades te
obtermos sucesso ou fracasso como 𝑝 e 𝑞.
Nesses termos, os estudos de Bernoulli levaram à conclusão de que, ao repetirmos, em
sequência, 𝑛 vezes uma experiência com essas características, a probabilidade de termos 𝑘 sucessos
e, consequentemente, 𝑛 − 𝑘 fracassos é de
𝑛
𝑃𝑘 = ( ) ∙ 𝑝𝑘 ∙ 𝑞𝑛−𝑘
𝑘
Traduzindo.
𝑛
( ) = 𝐶𝑛,𝑘 ⇒ Número de combinações de 𝑛
𝑘
elementos, agrupados 𝑘 a 𝑘
𝑛
𝑃𝑘 = ( ) ∙ 𝑝 𝑘 ∙ 𝑞 𝑛−𝑘 Probabilidade de se obter fracasso
𝑘
27. Na experiência A, lançar uma moeda e anotar a face voltada para cima, qual a
probabilidade de observarmos, em 5 lançamentos, 4 caras?
Comentários
Chamando 𝑝 a probabilidade de obtermos cara e 𝑞 a possibilidade de obtermos coroa (cara,
nesse contexto, seria o sucesso para Bernoulli), temos:
1
𝑝=
2
1
𝑞=
2
Como o exercício pede que tenhamos 4 caras em 5 lançamentos, consideraremos 𝑘 = 4
sucessos e 𝑛 = 5 eventos. Assim, a probabilidade de observarmos 4 sucessos é de:
𝑛
𝑃𝑘 = ( ) ∙ 𝑝𝑘 ∙ 𝑞𝑛−𝑘
𝑘
5
𝑃4 = ( ) ∙ 𝑝4 ∙ 𝑞5−4
4
𝑃4 = 𝐶5,4 ∙ 𝑝4 ∙ 𝑞1
5∙4∙3∙2 1 4 1 1
𝑃4 = ∙( ) ∙( )
4∙3∙2∙1 2 2
5∙ 4∙3∙2 1 1
𝑃4 = ∙ 4 ∙
4∙3∙2∙1 2 2
1 1
𝑃4 = 5 ∙ ∙
16 2
5
𝑃4 =
32
𝑃4 = 0,15625
𝑃4 = 15,625 %
Assim, a probabilidade de termos 4 caras em 5 lançamentos é de 15,625 %.
28. Na experiência 𝐵, lançar um dado e anotar se o resultado é par ou ímpar, qual a
probabilidade de observarmos, em 4 lançamentos, 3 números pares?
Comentários
Chamando 𝑝 a probabilidade de obtermos um número par e 𝑞 a possibilidade de obtermos um
número ímpar (número par representando o sucesso), temos:
3 1 3 1
𝑝= = 𝑞= =
6 2 6 2
Como o exercício pede que tenhamos 3 números pares em 4 lançamentos, consideraremos
𝑘 = 3 sucessos e 𝑛 = 4 eventos. Assim, a probabilidade de observarmos 3 sucessos é de:
𝑛
𝑃𝑘 = ( ) ∙ 𝑝𝑘 ∙ 𝑞𝑛−𝑘
𝑘
4
𝑃3 = ( ) ∙ 𝑝3 ∙ 𝑞4−3
3
𝑃3 = 𝐶4,3 ∙ 𝑝3 ∙ 𝑞1
4∙3∙2 1 3 1 1
𝑃3 = ∙( ) ∙( )
3∙2∙1 2 2
4∙ 3∙2 1 1
𝑃3 = ∙ ∙
3∙2∙1 23 2
1 1
𝑃3 = 4 ∙ ∙
8 2
4 1
𝑃3 = =
16 4
𝑃3 = 0,25
𝑃3 = 25 %
Assim, a probabilidade de termos 3 números pares em 4 lançamentos é de 25 %.
29. Na experiência 𝐶, escolher aleatoriamente uma letra do alfabeto e anotar se é vogal ou
consoante, qual a probabilidade de observarmos, em 10 lançamentos, as 5 vogais?
Comentários
Chamando 𝑝 a probabilidade de obtermos uma vogal e 𝑞 a possibilidade de obtermos uma
consoante (vogal representando o sucesso), temos:
5 19
𝑝= 𝑞=
26 26
Como o exercício pede que tenhamos 5 vogais em 10 lançamentos, consideraremos 𝑘 = 5
sucessos e 𝑛 = 10 eventos. Assim, a probabilidade de observarmos 5 sucessos é de:
𝑛
𝑃𝑘 = ( ) ∙ 𝑝𝑘 ∙ 𝑞𝑛−𝑘
𝑘
10
𝑃5 = ( ) ∙ 𝑝5 ∙ 𝑞10−5
5
𝑃5 = 𝐶10,5 ∙ 𝑝5 ∙ 𝑞5
10∙9∙8∙7∙6 5 5 19 5
𝑃5 = ∙( ) ∙( )
5∙4∙3∙2∙1 26 26
2 10 ∙9∙ 2 8 ∙7∙ 6 5 5 19 5
𝑃5 = ∙( ) ∙( )
5 ∙ 4 ∙ 3∙2∙1 26 26
55 195
𝑃5 = 2 ∙ 9 ∙ 2 ∙ 7 ∙
26 5 ∙ 265
Aqui podemos pedir auxílio para uma ferramenta computacional.
𝑃5 ≅ 0,0138
𝑃5 ≅ 1,38 %
Assim, a probabilidade de termos as 5 vogais em 10 lançamentos é de, aproximadamente ,
1,38 %.
Embora haja outros caminhos para a abordagem desses problemas, a aplicação da fórmula de
Bernoulli pode encurtar muito o tempo de resolução em prova, além de simplificar a parte dos
cálculos.
Após escolhermos a caixa, pegaremos uma das duas moedas continentes, com cada uma
delas de igual probabilidade dentro da caixa.
Respeitando a descrição da quantidade de moedas de ouro (𝑂 ) e de moedas de prata (𝑃)
dadas no enunciado, temos.
Para a análise, podemos recorrer à análise pura da probabilidade, vista no início da aula.
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃𝑟𝑜𝑏𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
Pelo diagrama, já sabendo que temos uma moeda de ouro, podemos ver que o número de
casos possíveis é igual a 3.
Qual é, então, o número de casos favoráveis quando queremos que a outra moeda da mesma
caixa seja de ouro?
Vejamos.
Novamente, o diagrama nos mostra que temos dois casos favoráveis em três possíveis, então
nossa probabilidade 𝑃 é dada por.
2
𝑃𝑟𝑜𝑏𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
3
Estamos procurando, então, 𝑃(𝐶1 |𝑂), que é dada, conforme estudamos, por:
𝑃(𝐶1 ∩ 𝑂)
𝑃(𝐶1 |𝑂) =
𝑃 (𝑂 )
Seguindo o ramo de 𝐶1 , temos.
1 1 1 1
𝑃(𝐶1 ∩ 𝑂) =
∙ + ∙
3 2 3 2
1 1
𝑃(𝐶1 ∩ 𝑂) = +
6 6
1+1
𝑃(𝐶1 ∩ 𝑂) =
6
2
𝑃(𝐶1 ∩ 𝑂) =
6
2
𝑃(𝐶1 ∩ 𝑂) = 3
6
1
𝑃(𝐶1 ∩ 𝑂) =
3
Seguindo todos os ramos para procurar a probabilidade de termos uma moeda de ouro,
temos.
30. (MACKENZIE/2019)
Diz-se que um inteiro positivo com 2 ou mais algarismos é “crescente”, se cada um desses
algarismos, a partir do segundo, for maior que o algarismo que o precede. Por exemplo, o
número 134789 é “crescente” enquanto que o número 2435 não é “crescente”. Portanto, o
número de inteiros positivos “crescentes” com 5 algarismos é igual a:
(A) 122
(B) 124
(C) 126
(D) 128
(E) 130
31. (EFOMM/2019)
Considere uma loja que vende cinco tipos de refrigerantes. De quantas formas diferentes
podemos comprar três refrigerantes desta loja?
(A) Dez.
(B) Quinze.
(C) Vinte.
(D) Trinta e cinco.
(E) Sessenta.
33. (FGV/2017)
Somando todos os números de três algarismos distintos que podem ser formados com os
dígitos 1, 2, 3 e 4, o resultado será igual a:
(A) 2.400
(B) 2.444
(C) 6.000
(D) 6.600
(E) 6.660
34. (EFOMM/2017)
Quantos anagramas são possíveis formar com a palavra CARAVELAS, não havendo duas vogais
consecutivas e nem duas consoantes consecutivas?
(A) 24
(B) 120
(C) 480
(D) 1.920
(E) 3.840
35. (AFA/2017)
Um baralho é composto por 52 cartas divididas em 4 naipes distintos (copas, paus, ouros e
espadas). Cada naipe é constituído por 13 cartas, das quais 9 são numeradas de 2 a 10, e as
outras 4 são 1 valete ( J ), 1 dama ( Q ), 1 rei ( K ) e 1 às ( A ).
Ao serem retiradas desse baralho duas cartas, uma a uma e sem reposição, a quantidade de
sequências que se pode obter em que a primeira carta seja de ouros e a segunda não seja um
às é igual a:
(A) 612
(B) 613
(C) 614
(D) 615
36. (FGV/2016)
Em um quarto escuro, dez meias brancas e dez meias pretas estão em uma gaveta.
a) Uma pessoa, sem conseguir ver as cores das meias, quer retirar dois pares que combinem.
Quantas meias deve retirar, no mínimo, para ter certeza de conseguir os pares desejados?
Pares que combinem significa que cada par deve ter duas meias com a mesma cor.
b) Se ele pretende retirar somente dois pares, qual é a probabilidade de retirar um par de
meias brancas e um par de meias pretas?
37. (ESPCEX/2016)
Da análise combinatória, pode-se afirmar que
(A) o número de múltiplos inteiros e positivos de 11, formados por três algarismos, é igual a
80.
(B) a quantidade de números ímpares de quatro algarismos distintos que podemos formar
com os dígitos 2, 3, 4, 5 e 6 é igual a 24.
(C) o número de anagramas da palavra ESPCEX que têm as vogais juntas é igual a 60.
(D) no cinema, um casal vai sentar-se em uma fileira com dez cadeiras, todas vazias. O número
de maneiras que poderão sentar-se em duas cadeiras vizinhas é igual a 90.
(E) a quantidade de funções injetoras definidas em 𝐴 = {1, 3, 5} com valores em 𝐵 =
{2, 4, 6, 8} é igual a 24.
38. (ESPCEX/2015)
Permutam-se de todas as formas possíveis os algarismos 1, 3, 5, 7, 9 e, escrevem-se os números
assim formados em ordem crescente. A soma de todos os números assim formados é igual a:
(A) 1 000 000
(B) 1 111 100
(C) 6 000 000
(D) 6 666 000
(E) 6 666 660
40. (AFA/2014)
Sr. José deseja guardar 4 bolas – uma azul, uma branca, uma vermelha e uma preta – em 4
caixas numeradas:
O número de maneiras de Sr. José guardar todas as 4 bolas de forma que uma mesma caixa
NÃO contenha mais do que duas bolas, é igual a:
(A) 24
(B) 36
(C) 144
(D) 204
42. (AFA/2013)
Num acampamento militar, serão instaladas três barracas: 𝐼, 𝐼𝐼 e 𝐼𝐼𝐼. Nelas, serão alojados 10
soldados, dentre eles o soldado 𝐴 e o soldado 𝐵, de tal maneira que fiquem 4 soldados na
barraca 𝐼, 3 na barraca 𝐼𝐼 e 3 na barraca 𝐼𝐼𝐼.
Se o soldado 𝐴 deve ficar na barraca 𝐼 e o soldado 𝐵 NÃO deve ficar na barraca 𝐼𝐼𝐼, então o
número de maneiras distintas de distribuí-los é igual a:
(A) 550
(B) 1120
(C) 1680
(D) 2240
43. (ESPCEX/2013)
A probabilidade de se obter um número divisível por 2 na escolha ao acaso de uma das
permutações dos algarismos 1, 2, 3, 4, 5 é:
1
(A)
5
2
(B)
5
3
(C)
4
1
(D)
4
1
(E)
2
45. (Uniceste/2012)
Um professor disse que já preparou questões para a prova bimestral, e com estas questões,
pode fazer 255 provas diferentes. Quantas questões ele preparou?
(A) 4
(B) 7
(C) 18
(D) 14
(E) 8
46. (MACKENZIE/2012)
Um juiz dispõe de 10 pessoas, das quais somente 4 são advogados, para formar um único júri
com 7 jurados. O número de formas de compor o júri, com pelo menos um advogado é:
(A) 70
(B) 74
(C) 120
(D) 47
(E) 140
47. (AFA/2012)
Para evitar que João acesse sites não recomendados na Internet, sua mãe quer colocar uma
senha no computador formada apenas por 𝑚 letras 𝐴 e também 𝑚 letras 𝐵 (sendo 𝑚 par). Tal
senha, quando lida da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, não deverá se
alterar (Ex.: 𝐴𝐵𝐵𝐴).
Com essas características, o número máximo de senhas distintas que ela poderá criar para
depois escolher uma é igual a:
(2𝑚)!
(A)
𝑚!𝑚!
2
𝑚!
(B) [ 𝑚 𝑚 ]
( )!( )!
2 2
(2𝑚)!
(C) 𝑚 3𝑚
( )!( )!
2 2
𝑚!
(D) 𝑚 𝑚
( )!( )!
2 2
48. (MACKENZIE/2012)
No restaurante italiano Ingiusto, os garçons colocam os pedidos dos clientes à cozinha uns
sobre os outros de modo que eles formam uma pilha de pedidos. Cada novo pedido que chega
é colocado no topo da pilha.
Em determinado dia, durante a primeira hora de funcionamento do restaurante, foram feitos
e atendido quatro pedidos de clientes. Suponha que eles tenham sido numerados e que foram
colocados na pilha, na ordem 1, 2, 3, 4.
Das sequências a seguir, aquela que pode representar a ordem em que esses pedidos foram
pegos pelo pessoal da cozinha é:
(A) 1, 3, 2, 4
(B) 2, 4, 1, 3
(C) 4, 2, 1, 3
(D) 3, 4, 1, 2
(E) 4, 1, 2, 3
49. (ESPCEX/2012)
50. (AFA/2011)
Um colecionador deixou sua casa provido de 𝑅$ 5,00, disposto a gastar tudo na loja de
miniaturas da esquina. O vendedor lhe mostrou três opções que havia na loja, conforme a
seguir:
• 5 diferentes miniaturas de carros, custando 𝑅$ 4,00 cada miniatura;
• 3 diferentes miniaturas de livros, custando 𝑅$ 1,00 cada miniatura;
• 2 diferentes miniaturas de bichos, custando 𝑅$ 3,00 cada miniatura.
O número de diferentes maneiras desse colecionador efetuar a compra das miniaturas,
gastando todo o seu dinheiro, é:
(A) 15
(B) 21
(C) 42
(D) 90
51. (ESPCEX/2011)
Os alunos de uma escola realizam experiências no laboratório de Química utilizando 8
substâncias diferentes. O experimento consiste em misturar quantidades iguais de duas dessas
substâncias e observar o produto obtido. O professor recomenda, entretanto, que as
substâncias 𝑆1 , 𝑆2 e 𝑆3 não devem ser misturadas entre si, pois produzem como resultado o
gás metano, de odor muito ruim. Assim, o número possível de misturas diferentes que se pode
obter, sem produzir o gás metano é:
(A) 16
(B) 24
(C) 25
(D) 28
(E) 56
52. (Fuvest/2010)
Maria deve criar uma senha de 4 dígitos para sua conta bancária. Nessa senha, somente os
algarismos 1, 2, 3, 4, 5 podem ser usados e um mesmo algarismo pode aparecer mais de uma
vez. Contudo, supersticiosa, Maria não quer que sua senha contenha o número 13, isto é, o
algarismo 1 seguido imediatamente pelo algarismo 3. De quantas maneiras distintas Maria
pode escolher sua senha?
(A) 551
(B) 552
(C) 553
(D) 554
(E) 555
53. (Unicamp/2002)
Em matemática, um número natural 𝑎 é chamado palíndromo se seus algarismos, escritos em
ordem inversa, produzem o mesmo número. Por exemplo, 8, 22 e 373 são palíndromos.
Pergunta-se:
a) Quantos números naturais palíndromos existem entre 1 e 9.999?
b) Escolhendo-se ao acaso um número natural entre 1 e 9.999, qual a probabilidade de que
esse número seja palíndromo? Tal probabilidade é maior ou menor que 2%? Justifique sua
resposta.
54. (Unicamp/2001)
O sistema de numeração na base 10 utiliza, normalmente, os dígitos de 0 a 9 para representar
os números naturais, sendo que o zero não é aceito como o primeiro algarismo da esquerda.
Pergunta-se:
a) Quantos são os números naturais de cinco algarismos formados por cinco dígitos
diferentes?
b) Escolhendo-se ao acaso um desses números do item 𝑎, qual a probabilidade de que seus
cinco algarismos estejam em ordem crescente?
55. (MACKENZIE)
Uma prova de atletismo é disputado por 9 atletas, dos quais apenas 4 são brasileiros. Os
resultados possíveis para a prova, de modo que pelo menos um brasileiro fique numa das três
primeiras colocações, são em número de:
(A) 426
(B) 444
(C) 468
(D) 480
(E) 504
56. (Fuvest/1999)
Um estudante terminou um trabalho que tinha 𝑛 páginas. Para numerar todas essas páginas,
iniciando com a página 1, ele escreveu 270 algarismos. Então o valor de 𝑛 é:
(A) 99
(B) 112
(C) 126
(D) 148
(E) 270
57. (MACKENZIE/1998)
A partir de um grupo de 12 professores, quer se formar uma comissão com um presidente, um
relator e cinco outros membros. O número de formas de se compor a comissão é:
(A) 12.772
(B) 13.024
(C) 25.940
(D) 33.264
(E) 27.764
58. (MACKENZIE/1997)
Os polígonos de 𝑘 lados (𝑘 múltiplo de 3), que podemos obter com vértices nos 9 pontos da
figura, são em número de:
(A) 83
(B) 84
(C) 85
(D) 168
(E) 169
QUESTÕES ITA
59. (ITA/2019)
As faces de dez moedas são numeradas de modo que: a primeira moeda tem faces 1 e 2; a
segunda, 2 e 3; a terceira, 3 e 4, e assim sucessivamente até a décima moeda, com faces 10 e
11. As dez moedas são lançadas aleatoriamente e os números exibidos são somados. Então, a
probabilidade de que essa soma seja igual a 60 é:
63
(A)
128
63
(B)
256
63
(C)
512
189
(D)
512
189
(E)
1024
60. (ITA/2018)
Sobre duas retas paralelas 𝑟 e 𝑠 são tomados 13 pontos, 𝑚 pontos em 𝑟 e 𝑛 pontos em 𝑠,
sendo 𝑚 > 𝑛. Com os pontos são formados todos os triângulos e quadriláteros convexos
possíveis. Sabe-se que o quociente entre o número de quadriláteros e o número de triângulos
é 15/11. Então, os valores de 𝑛 e 𝑚 são, respectivamente,
(A) 2 e 11
(B) 3 e 10
(C) 4 e 9
(D) 5 e 8
(E) 6 e 7
61. (ITA/2018)
São dadas duas caixas, uma delas contém três bolas brancas e duas pretas e a outra contém
duas bolas brancas e uma preta. Retira-se, ao acaso, uma bola de cada caixa. Se 𝑃1 é a
probabilidade de que pelo menos uma bola seja preta e 𝑃2 a probabilidade de as duas bolas
serem da mesma cor, então 𝑃1 + 𝑃2 vale
8
(A)
15
7
(B)
15
6
(C)
15
(D) 1
17
(E)
15
62. (ITA/2017)
Com os elementos 1, 2, … ,10 são formadas todas as sequências (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎7 ). Escolhendo –
se aleatoriamente uma dessas sequências, a probabilidade de a sequência escolhida não
conter elementos repetidos é
7!
(A)
107 ⋅ 3!
10!
(B)
107 ⋅3!
3!
(C)
107 ⋅7!
10!
(D)
103 ⋅7!
10!
(E)
107
63. (ITA/2017)
Um atirador dispõe de três alvos para acertar. O primeiro deste encontra-se a 30m de
distância; o segundo, a 40m; o terceiro alvo, a 60m. Sabendo que a probabilidade de o atirador
acertar o alvo é inversamente proporcional ao quadrado da distância e que a probabilidade de
ele acertar o primeiro alvo é de 2/3, então a probabilidade de acertar ao menos um dos alvos
é:
120
(A)
160
119
(B)
154
110
(C)
144
105
(D)
135
119
(E)
144
64. (ITA/2016)
Escolhendo-se, aleatoriamente, três números inteiros distintos no intervalo [1, 20], a
probabilidade de que eles estejam, em alguma ordem, em progressão geométrica é igual a:
2
(A)
285
2
(B)
217
1
(C)
190
4
(D)
225
1
(E)
380
65. (ITA/2016)
Pintam-se 𝑁 cubos iguais utilizando-se 6 cores diferentes, uma para cada face. Considerando
que cada cubo pode ser perfeitamente distinguidos dos demais, o maior valor possível de 𝑁 é
igual a:
(A) 10
(B) 15
(C) 20
(D) 25
(E) 30
66. (ITA/2013)
Seja 𝑝 uma probabilidade sobre um espaço amostral finito Ω. Se 𝐴 e 𝐵 são eventos de Ω tais
1 1 1
que 𝑝(𝐴) = , 𝑝(𝐵) = e 𝑝(𝐴 ∩ 𝐵) = , as probabilidades dos eventos 𝐴\𝐵, 𝐴 ∪ 𝐵 e 𝐴𝐶 ∪ 𝐵𝐶
2 3 4
são, respectivamente,
1 5 1
(A) , e .
4 6 4
1 5 1
(B) , e .
6 6 4
1 7 3
(C) , e .
6 12 4
1 5 1
(D) , e .
3 6 3
1 7 3
(E) , e .
4 12 4
67. (ITA/2013)
Considere os seguintes resultados relativamente ao lançamento de uma moeda:
𝐼. Ocorrência de duas caras em dois lançamentos.
𝐼𝐼. Ocorrência de três caras e uma coroa em quatro lançamentos.
𝐼𝐼𝐼. Ocorrência de cinco caras e três coroas em oito lançamentos.
Pode-se afirmar que
(A) dos três resultados, 𝐼 é o mais provável.
(B) dos três resultados, 𝐼𝐼 é o mais provável.
68. (ITA/2012)
Deseja-se trocar uma moeda de 25 centavos, usando-se apenas moedas de 1,5 e 10 centavos.
Então, o número de diferentes maneiras em que a moeda de 25 centavos pode ser trocada é
igual a
(A) 6.
(B) 8.
(C) 10.
(D) 12.
(E) 14.
69. (ITA/2012)
Dois atiradores acertam o alvo uma vez a cada três disparos. Se os dois atiradores disparam
simultaneamente, então a probabilidade do alvo ser atingido pelo menos uma vez é igual a
2
(A) .
9
1
(B) .
3
4
(C) .
9
5
(D) .
9
2
(E) .
3
70. (ITA/2011)
Numa caixa com 40 moedas, 5 apresentam duas caras, 10 são normais (cara e coroa) e as
demais apresentam duas coroas. Uma moeda é retirada ao acaso e a face observada mostra
uma coroa. A probabilidade de a outra face desta moeda também apresentar uma coroa é
7
(A) .
8
5
(B) .
7
5
(C) .
8
3
(D) .
5
3
(E) .
7
71. (ITA/2010)
Um palco possui 6 refletores de iluminação. Num certo instante de um espetáculo moderno
os refletores são acionados aleatoriamente de modo que, para cada um dos refletores, seja de
2
a probabilidade de ser aceso. Então, a probabilidade de que, neste instante, 4 ou 5 refletores
3
sejam acesos simultaneamente, é igual a
16
(A) .
27
49
(B) .
81
151
(C) .
243
479
(D) .
729
24 25
(E) 4
+ .
3 35
72. (ITA/2009)
Um certo exame de inglês é utilizado para classificar a proficiência de estrangeiros nesta língua.
Dos estrangeiros que são proficientes em inglês, 75% são bem avaliados neste exame. Entre
os não proficientes em inglês, 7% são eventualmente bem avaliados. Considere uma amostra
de estrangeiros em que 18% são proficientes em inglês. Um estrangeiro, escolhido desta
amostra ao acaso, realizou o exame sendo classificado como proficiente em inglês. A
probabilidade deste estrangeiro ser efetivamente proficiente nesta língua é de
aproximadamente
(A) 73% .
(B) 70% .
(C) 68% .
(D) 65% .
(E) 64% .
73. (ITA/2008)
Considere uma população de igual número de homens e mulheres, em que sejam daltônicos
5% dos homens e 0,25% das mulheres. Indique a probabilidade de que seja mulher uma
pessoa daltônica selecionada ao acaso nessa população.
1
(A)
21
1
(B)
8
3
(C)
21
5
(D)
21
1
(E)
4
74. (ITA/2008)
Considere o conjunto 𝐷 = {𝑛 ∈ ℕ; 1 ≤ 𝑛 ≤ 365} e 𝐻 ⊂ 𝒫(𝐷) formado por todos os
subconjuntos de 𝐷 com 2 elementos. Escolhendo ao acaso um elemento 𝐵 ∈ 𝐻, a
probabilidade de a soma de seus elementos ser 183 é igual a
1
(A)
730
46
(B)
33215
1
(C)
365
92
(D)
33215
91
(E)
730
75. (ITA/2007)
Determine quantos números de 3 algarismos podem ser formados com 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7,
satisfazendo à seguinte regra: O número não pode ter algarismos repetidos, exceto quando
iniciar com 1 ou 2, caso em que o 7 (e apenas o 7) pode aparecer mais de uma vez. Assinale o
resultado obtido.
(A) 204
(B) 206
(C) 208
(D) 210
(E) 212
76. (ITA/2006)
Considere uma prova com 10 questões de múltipla escolha, cada questão com 5 alternativas.
Sabendo que cada questão admite uma única alternativa correta, então o número de formas
possíveis para que um candidato acerte somente 7 das 10 questões é
(A) 44 ⋅ 30
(B) 43 ⋅ 60
(C) 53 ⋅ 60
(D) (73) ⋅ 43
(E) (10
7
)
77. (ITA/2005)
Retiram-se 3 bolas de uma urna que contém 4 bolas verdes, 5 bolas azuis e 7 bolas brancas.
Se 𝑃1 é a probabilidade de não sair bola azul e 𝑃2 é a probabilidade de todas as bolas saírem
com a mesma cor, então a alternativa que mais se aproxima de 𝑃1 + 𝑃2 é:
(A) 0,21
(B) 0,25
(C) 0,28
(D) 0,35
(E) 0,40
78. (ITA/2004)
Considere 12 pontos distintos no plano, 5 dos quais estão numa mesma reta. Qualquer outra
reta do plano contém, no máximo, 2 destes pontos. Quantos triângulos podemos formar com
os vértices nestes pontos?
(A) 210
(B) 315
(C) 410
(D) 415
(E) 521
79. (ITA/2003)
O número de divisores de 17640 que, por sua vez, são divisíveis por 3 é:
(A) 24
(B) 36
(C) 48
(D) 54
(E) 72
80. (ITA/2002)
Sejam 𝐴 um conjunto com 8 elementos e 𝐵 um conjunto tal que 𝐴 ∪ 𝐵 contenha 12 elementos.
Então, o número de elementos de 𝑃(𝐵\𝐴) ∪ 𝑃(∅) é igual a
(A) 8.
(B) 16.
(C) 20.
(D) 17.
(E) 9.
81. (ITA/2002)
Quantos anagramas com 4 letras distintas podemos formar com as 10 primeiras letras do
alfabeto e que contenham 2 das letras 𝑎, 𝑏 e 𝑐?
(A) 1692
(B) 1572
(C) 1520
(D) 1512
(E) 1392
82. (ITA/2019)
Escolhem-se aleatoriamente três números distintos no conjunto {1, 2, 3, … , 29, 30}.
Determine a probabilidade da soma desses três números ser divisível por 3.
83. (ITA/2018)
De uma caixa que contém 10 bolas brancas e 6 bolas pretas, são selecionadas ao acaso 𝑘 bolas.
a) Qual a probabilidade de que exatamente 𝑟 bolas sejam brancas, nas condições 0 ≤ 𝑘 −
𝑟 ≤ 6 e 0 ≤ 𝑘 ≤ 10.
b) Use o item (a) para calcular a soma
6
10 6
∑( )( )
𝑟 6−𝑟
𝑟=0
84. (ITA/2017)
Sejam 𝐴 e 𝐵 dois conjuntos com 3 e 5 elementos, respectivamente. Quantas funções
sobrejetivas 𝑓 ∶ 𝐵 → 𝐴 existem?
85. (ITA/2016)
Numa certa brincadeira, um menino dispõe de uma caixa contendo quatro bolas, cada qual
marcada com apenas uma destas letras: 𝑁, 𝑆, 𝐿 e 𝑂. Ao retirar aleatoriamente uma bola, ele
vê a letra correspondente e devolve a bola à caixa. Se essa letra for 𝑁, ele dá um passo na
direção Norte; se 𝑆, em direção Sul, se 𝐿, na direção Leste e se 𝑂, na direção Oeste. Qual a
probabilidade de ele voltar para a posição inicial no sexto passo?
86. (ITA/2015)
Seja 𝑆 o conjunto de todos os polinômios de grau 4 que têm três dos seus coeficientes iguais a
2 e os outros dois iguais a 1.
a) Determine o número de elementos de 𝑆.
b) Determine o subconjunto de 𝑆 formado pelos polinômios que têm −1 como uma de suas
raízes.
87. (ITA/2015)
Três pessoas, aqui designadas por 𝐴, 𝐵 e 𝐶, realizam o seguinte experimento: 𝐴 recebe um
cartão em branco e nele assinala o sinal + ou o sinal −, passando em seguida a 𝐵, que mantém
ou troca o sinal marcado por 𝐴 e repassa o cartão a 𝐶. Este, por sua vez, também opta por
manter ou trocar o sinal do cartão. Sendo de 1/3 a probabilidade de 𝐴 escrever o sinal + e de
2/3 as respectivas probabilidades de 𝐵 e 𝐶 trocarem o sinal repetido, determine a
probabilidade de 𝐴 haver escrito o sinal + sabendo-se ter sido este o sinal ao término do
experimento.
88. (ITA/2014)
Seja Ω o espaço amostral que representa todos os resultados possíveis do lançamento
simultâneo de três dados. Se 𝐴 ⊂ Ω é o evento para o qual a soma dos resultados dos três
dados é igual a 9 e 𝐵 ⊂ Ω o evento cuja soma dos resultados é igual a 10, calcule:
a) 𝑛(Ω);
b) 𝑛(A) e 𝑛(𝐵);
c) 𝑃(A) e 𝑃(𝐵).
89. (ITA/2014)
Determine quantos paralelepípedos retângulos diferentes podem ser construídos de tal
maneira que a medida de cada uma de suas arestas seja um número inteiro positivo que não
exceda 10.
90. (ITA/2013)
Quantos tetraedros regulares de mesma dimensão podemos distinguir usando 4 cores
distintas para pintar todas as suas faces? Cada face só pode ser pintada com uma única cor.
91. (ITA/2012)
Dez cartões estão numerados de 1 a 10. Depois de embaralhados, são formados dois conjuntos
de 5 cartões cada. Determine a probabilidade de que os números 9 e 10 apareçam num
mesmo conjunto.
92. (ITA/2011)
Sobre uma mesa estão dispostos 5 livros de história, 4 de biologia e 2 de espanhol. Determine
a probabilidade de os livros serem empilhados sobre a mesa de tal forma que aqueles que
tratam do mesmo assunto estejam juntos.
93. (ITA/2010)
Uma urna de sorteio contém 90 bolas numeradas de 1 a 90, sendo que a retirada de uma bola
é equiprovável à retirada de cada uma das demais.
a) Retira-se aleatoriamente uma das 90 bolas desta urna. Calcule a probabilidade de o
número desta bola ser um múltiplo de 5 ou de 6.
b) Retira-se aleatoriamente uma das 90 bolas desta urna e, sem repô-la, retira-se uma
segunda bola. Calcule a probabilidade de o número da segunda bola retirada não ser um
múltiplo de 6.
94. (ITA/2009)
Um determinado concurso é realizado em duas etapas. Ao longo dos últimos anos, 20% dos
candidatos do concurso têm conseguido na primeira etapa nota superior ou igual à nota
mínima necessária para poder participar da segunda etapa. Se tomarmos 6 candidatos dentre
os muitos inscritos, qual é a probabilidade de no mínimo 4 deles conseguirem nota para
participar da segunda etapa?
95. (ITA/2008)
Em um espaço amostral com uma probabilidade 𝑃, são dados os eventos 𝐴, 𝐵 e 𝐶 tais que:
𝑃(𝐴) = 𝑃(𝐵) = 1/2, com 𝐴 e 𝐵 independentes, 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶 ) = 1/16, e sabe-se que
𝑃((𝐴 ∩ 𝐵) ∪ (𝐴 ∩ 𝐶 )) = 3/10. Calcule as probabilidades condicionais 𝑃(𝐶|𝐴 ∩ 𝐵) e
𝑃(𝐶 |𝐴 ∩ 𝐵𝐶 ).
96. (ITA/2007)
Dentre 4 moças e 5 rapazes deve-se formar uma comissão de 5 pessoas com, pelo menos, 1
moça e 1 rapaz. De quantas formas distintas tal comissão poderá ser formada?
97. (ITA/2005)
São dados dois cartões, sendo que um deles tem ambos os lados na cor vermelha, enquanto o
outro tem um lado na cor vermelha e o outro lado na cor azul. Um dos cartões é escolhido ao
acaso e colocado sobre uma mesa. Se a cor exposta é vermelha, calcule a probabilidade de o
cartão escolhido ter a outra cor também vermelha.
98. (ITA/2004)
Uma caixa branca contém 5 bolas verdes e 3 azuis, e uma caixa preta contém 3 bolas verdes e
2 azuis. Pretende-se retirar uma bola de uma das caixas. Para tanto, 2 dados são retirados. Se
a soma resultante dos dois dados for menor que 4, retira-se uma bola da caixa branca. Nos
demais casos, retira-se uma bola da caixa preta. Qual a probabilidade de se retirar uma bola
verde?
QUESTÕES IME
99. (IME/2019)
Em um jogo de RPG “Role-Playing Game” em que os jogadores lançam um par de dados para
determinar a vitória ou a derrota quando se confrontam em duelos, os dados são icosaedros
regulares com faces numeradas de 1 a 20. Vence quem soma mais pontos na rolagem dos
dados e, em caso de empate, os dois perdem. Em um confronto, seu adversário somou 35
pontos na rolagem de dados. É sua vez de rolar os dados. Qual sua chance de vencer este
duelo?
(A) 1/2
(B) 3/76
(C) 9/400
(D) 1/80
(E) 3/80
100. (IME/2019)
Um hexágono regular está inscrito em um círculo de raio 𝑅. São sorteados 3 vértices distintos
do hexágono, a saber: 𝐴, 𝐵 e 𝐶. Seja 𝑟 o raio do círculo inscrito ao triângulo 𝐴𝐵𝐶. Qual a
𝑅
probabilidade de que 𝑟 = ?
2
(A) 0
(B) 1/10
(C) 3/5
(D) 1/20
(E) 1/6
101. (IME/2018)
João e Maria nasceram no século 𝑋𝑋, em anos distintos. A probabilidade da soma dos anos em
que nasceram ser 3875 é:
(A) 2/99
(B) 19/2475
(C) 37/4950
(D) 19/825
(E) 19/485
102. (IME/2017)
Um hexágono é dividido em 6 triângulos equiláteros. De quantas formas podemos colocar os
números de 1 a 6 em cada triângulo, sem repetição, de maneira que a soma dos números em
três triângulos adjacentes seja sempre múltiplo de 3? Soluções obtidas por rotação ou reflexão
são diferentes, portanto as figuras abaixo mostram duas soluções distintas.
(A) 12
(B) 24
(C) 36
(D) 48
(E) 96
103. (IME/2016)
Os inteiros 𝑛 e 𝑚 são sorteados do conjunto {1,2,3, … ,2016}, podendo haver repetição. Qual
a probabilidade do produto 𝑛 × 𝑚 ser múltiplo de 12?
5
(A)
12
5
(B)
18
5
(C)
24
5
(D)
36
5
(E)
144
104. (IME/2015)
O time de futebol “X” irá participar de um campeonato no qual não são permitidos empates.
Em 80% dos jogos, “X” é o favorito. A probabilidade de “X” ser o vencedor do jogo quando ele
é o favorito é 0,9. Quando “X” não é o favorito, a probabilidade de ele ser o vencedor é 0,02.
Em um determinado jogo de “X” contra “Y”, o time “X” foi o vencedor. Qual a probabilidade
de “X” ter sido o favorito nesse jogo?
(A) 0,80
(B) 0,98
(C) 180/181
(D) 179/181
(E) 170/181
105. (IME/2014)
Em uma festa de aniversário estão presentes 𝑛 famílias com pai, mãe e 2 filhos, além de 2
famílias com pai, mãe e 1 filho. Organiza-se uma brincadeira que envolve esforço físico, na qual
uma equipe azul enfrentará uma equipe amarela. Para equilibrar a disputa, uma das equipes
terá apenas o pai de uma das famílias, enquanto a outra equipe terá 2 pessoas de uma mesma
família, não podendo incluir o pai. É permitido que o pai enfrente 2 pessoas de sua própria
família. Para que se tenha exatamente 2014 formas distintas de se organizar a brincadeira, o
valor de 𝑛 deverá ser
(A) 17
(B) 18
(C) 19
(D) 20
(E) 21
106. (IME/2013)
Um menino, na cidade do Rio de Janeiro, lança uma moeda. Ele andará 1 m para leste se o
resultado for cara ou 1 m para oeste de o resultado for coroa. A probabilidade deste menino
estar a 5 m de distância de sua posição inicial, após 9 lançamentos da moeda, é:
9
(A)
26
35
(B)
26
2
(C)
9!
35
(D)
29
9!
(E)
29
107. (IME/2012)
Em um aeroporto existem 12 vagas numeradas de 1 a 12, conforme a figura. Um piloto
estacionou sua aeronave em uma vaga que não se encontrava nas extremidades, isto é,
distintas das vagas 1 e da vaga 12. Após estacionar, o piloto observou que exatamente 8 das
12 vagas estavam ocupadas, incluindo a vaga na qual sua aeronave estacionou. Determine a
probabilidade de que ambas as vagas vizinhas a sua aeronave estejam vazias.
(A) 1/55
(B) 2/55
(C) 3/55
(D) 4/55
(E) 6/55
108. (IME/2011)
O pipoqueiro cobra o valor de R$ 1,00 por saco de pipoca. Ele começa seu trabalho sem
qualquer dinheiro para troco. Existem oito pessoas na fila do pipoqueiro, das quais quatro têm
uma moeda de R$ 1,00 e quatro uma nota de R$ 2,00. Supondo uma arrumação aleatória para
a fila formada pelas oito pessoas e que cada uma comprará exatamente um saco de pipoca, a
probabilidade de que o pipoqueiro tenha troco para as quatro pessoas que pagarão com a nota
de R$ 2,00 é:
(A) 1/8
(B) 1/5
(C) 1/4
(D) 1/3
(E) 1/2
109. (IME/2011)
Um trem conduzindo 4 homens e 6 mulheres passa por seis estações. Sabe-se que cada um
destes passageiros irá desembarcar em qualquer uma das seis estações e que não existe
distinção dentre os passageiros de mesmo sexo. O número de possibilidades distintas de
desembarque destes passageiros é:
(A) 1.287
(B) 14.112
(C) 44.200
(D) 58.212
(E) 62.822
110. (IME/2010)
Cada um dos quadrados menores da figura acima é pintado aleatoriamente de verde, azul,
amarelo ou vermelho. Qual é a probabilidade de que ao menos dois quadrados, que possuam
um lado em comum, sejam pintados da mesma cor?
1
(A)
2
5
(B)
8
7
(C)
16
23
(D)
32
43
(E)
64
111. (IME/2009)
Uma urna contém cinco bolas numeradas de 1 a 5. Retiram-se, com reposição, 3 bolas desta
urna, sendo 𝛼 o número da primeira bola, 𝛽 o da segunda e 𝜆 o da terceira. Dada a equação
quadrática 𝛼𝑥 2 + 𝛽𝑥 + 𝜆 = 0, a alternativa que expressa a probabilidade das raízes desta
equação serem reais é
19
(A)
125
23
(B)
60
26
(C)
125
26
(D)
60
25
(E)
60
112. (IME/2008)
De quantas maneiras 𝑛 bolas idênticas podem ser distribuídas em três cestos de cores verde,
amarelo e azul?
𝑛+2
(A) ( )
2
𝑛
(B) ( )
3
𝑛!
(C)
3!
(D) (𝑛 − 3)!
(E) 3𝑛
113. (IME/2007)
Um grupo de nove pessoas, sendo duas delas irmãos, deverá formar três equipes, com
respectivamente dois, três e quatro integrantes. Sabendo-se que os dois irmãos não podem
ficar na mesma equipe, o número de equipes que podem ser organizadas é:
(A) 288
(B) 455
(C) 480
(D) 910
(E) 960
114. (IME/2019)
Um jogo de dominó possui 28 peças com duas pontas numeradas de zero a seis,
independentemente, de modo que cada peça seja única, conforme ilustra a Figura 1.
115. (IME/2018)
Um ônibus escolar transporta 𝑛 crianças. Sejam 𝐴 o evento em que dentro do ônibus tenham
crianças de ambos os sexos e 𝐵 o evento em que há no máximo uma menina dentro do ônibus.
Determine o valor de 𝑛 para que os eventos 𝐴 e 𝐵 sejam independentes.
116. (IME/2017)
Seja 𝐴 = {1,2,3,4} .
• Quantas funções de 𝐴 para 𝐴 têm exatamente 2 elementos em seu conjunto imagem?
117. (IME/2016)
Três jogadores sentam ao redor de uma mesa e jogam, alternadamente, um dado não viciado
de seis faces. O primeiro jogador lança o dado, seguido pelo que está sentado à sua esquerda,
continuando neste sentido até o jogo acabar. Aquele que jogar o dado e o resultado for 6,
ganha e o jogo acaba. Se um jogador obtiver o resultado 1, o jogador seguinte perderá a vez,
isto é, a vez passará ao jogador sentado à direita de quem obteve 1. O jogo seguirá até que um
jogador ganhe ao tirar um 6. Qual a probabilidade de vitória do primeiro jogador a jogar?
118. (IME/2015)
De quantas maneiras podemos decompor um eneágono convexo em triângulos traçando suas
diagonais, de forma que essas diagonais não se cortem.
119. (IME/2014)
Um professor dá um teste surpresa para uma turma de 9 alunos, e diz que o teste pode ser
feito sozinho ou em grupos de 2 alunos. De quantas formas a turma pode ser organizada para
fazer o teste? (Por exemplo, uma turma de 3 alunos pode se organizar de 4 formas e uma
turma de 4 alunos pode se organizar de 10 formas).
120. (IME/2013)
Considere a seguinte definição:
“dois pontos 𝑷 e 𝑸, de coordenadas (𝒙𝒑 , 𝒚𝒑 ) e (𝒙𝒒 , 𝒚𝒒 ), respectivamente, possuem
coordenadas em comum se e somente se 𝒙𝒑 = 𝒙𝒒 ou 𝒚𝒑 = 𝒚𝒒 ”
Dado o conjunto 𝑆 = {(0,0), (0,1), (0,2), (1,0), (1,1), (1,2), (2,0), (2,1), (2,2)}. Determine
quantas funções bijetoras 𝑓: 𝑆 → 𝑆 existem, tais que para todos os pontos 𝑃 e 𝑄 pertencentes
ao conjunto 𝑆, 𝑓(𝑃) e 𝑓(𝑄) possuem coordenadas em comum se e somente se 𝑃 e 𝑄 possuem
coordenadas em comum.
121. (IME/2011)
Uma pessoa lança um dado 𝑛 vezes. Determine, em função de 𝑛, a probabilidade de que a
sequência de resultados obtidos pelos lançamentos dos dados se inicie por 4 e que, em todos
eles, a partir do segundo, o resultado seja maior ou igual ao lançamento anterior.
122. (IME/2010)
Três dados iguais, honestos e com seis faces numeradas de um a seis são lançados
simultaneamente. Determine a probabilidade de que a soma dos resultados de dois quaisquer
deles ser igual ao resultado do terceiro dado.
123. (IME/2009)
A figura abaixo é composta de 16 quadrados menores. De quantas formas é possível preencher
estes quadrados com os números 1, 2, 3 e 4, de modo que um número não pode aparecer 2
vezes em:
• uma mesma linha.
• uma mesma coluna.
• cada um dos quatro quadrados demarcados pelas linhas contínuas.
124. (IME/2008)
Cinco equipes concorrem numa competição automobilística, em que cada equipe possui dois
carros. Para a largada são formadas duas colunas de carros lado a lado, de tal forma que cada
carro da coluna da direita tenha ao seu lado, na coluna da esquerda, um carro de outra equipe.
Determine o número de formações possíveis para a largada.
125. (IME/2007)
Considere o conjunto formado por 𝑚 bolas pretas e 𝑛 bolas brancas. Determine o número de
sequências simétricas que podem ser formadas utilizando-se todas as 𝑚 + 𝑛 bolas.
Obs: Uma sequência é dita simétrica quando ela possui a mesma ordem de cores ao ser
percorrida da direita para a esquerda e da esquerda para a direita.
126. (IME/2005)
O sistema de segurança de uma casa utiliza um teclado numérico, conforme ilustrado na figura.
Um ladrão observa de longe e percebe que:
• a senha utilizada possui 4 dígitos;
• o primeiro e o último dígitos encontram-se numa mesma linha;
• o segundo e o terceiro dígitos encontram-se na linha imediatamente superior.
Calcule o número de senhas que deverão ser experimentadas pelo ladrão para que com certeza
ele consiga entrar na casa.
127. (IME/2002)
Um comandante de companhia convocou voluntários para a constituição de 11 patrulhas.
Todas elas são formadas pelo mesmo número de homens. Cada homem participa de
exatamente duas patrulhas. Cada duas patrulhas têm somente um homem em comum.
Determine o número de voluntários e o de integrantes de uma patrulha.
19. GABARITO
30. C 45. E
31. D 46. C
32. A 47. D
33. E 48. A
34. C 49. B
35. A 50. B
36. a) 5b) 135/323 51. C
37. E 52. A
38. E 196
53. a) 196 b) < 2%
9997
39. B
54. a) 27.216 B)1/216
40. D
55. B
41. A
56. C
42. B
57. D
43. B
58. E
44. A
30. (MACKENZIE/2019)
Diz-se que um inteiro positivo com 2 ou mais algarismos é “crescente”, se cada um desses
algarismos, a partir do segundo, for maior que o algarismo que o precede. Por exemplo, o
número 134789 é “crescente” enquanto que o número 2435 não é “crescente”. Portanto, o
número de inteiros positivos “crescentes” com 5 algarismos é igual a:
(A) 122
(B) 124
(C) 126
(D) 128
(E) 130
Comentários
Queremos encontrar o número de inteiros positivos de 5 algarismos que são “crescentes”.
Veja que pela definição de número “crescente”, os 5 algarismos devem ser distintos. A condição de
número crescente é satisfeita quando os algarismos do número são ordenadamente crescentes da
esquerda para a direita. Por exemplo, dados os algarismos 5, 3, 7, 2 e 6, o único número “crescente”
que podemos formar com esses algarismos é 23567, note que qualquer troca de posições de dois
algarismos não irá resultar em outro número “crescente”.
Assim basta encontrarmos quantos conjuntos de 5 algarismos distintos podemos ter com os
algarismos de 1 a 9, ou seja, de quantas maneiras podemos escolher 5 algarismos dentre 9, que é:
9 9! 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5!
( )= = = 126
5 (9 − 5)! 5! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 5!
Gabarito: “C”
31. (EFOMM/2019)
Considere uma loja que vende cinco tipos de refrigerantes. De quantas formas diferentes
podemos comprar três refrigerantes desta loja?
(A) Dez.
(B) Quinze.
(C) Vinte.
(D) Trinta e cinco.
(E) Sessenta.
Comentários
Seja 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑, 𝑒 a quantidade de cada um dos cinco tipos de refrigerantes que foram
comprados. Logo devemos ter:
𝑎 + 𝑏 + 𝑐 + 𝑑 + 𝑒 = 3 (𝐼)
_+_+_+_+_= 3
Seja | a representação de cada refrigerante comprado, então veja a seguinte configuração:
+| + +|| +
Comparando com (𝐼), a configuração acima significa que foi comprado um refrigerante tipo
𝑏, dois refrigerantes tipo 𝑑 e nenhum dos outros tipos. Assim, se permutamos os objetos (+ ou |),
teremos outras configurações e, portanto, outras maneiras de comprar os refrigerantes. Assim
temos uma permutação com objetos repetidos (são 4 objetos + e 3 objetos | → total de objetos: 7
). Logo:
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4!
𝑃73,4 = = = 35
3! 4! 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 4!
Gabarito: “D”
Logo, os elementos 𝑒𝑝+1 , 𝑒𝑝+2 , … , 𝑒𝑛−1 , 𝑒𝑛 podem ou não fazer parte do conjunto 𝑋, assim
cada elemento possui duas opções de escolha ao formarmos o conjunto 𝑋: fazer parte ou não. Como
são 𝑛 − 𝑝 elementos com as opções de escolha, então a quantidade de conjuntos possíveis para 𝑋
é dado por:
2𝑛−𝑝
Gabarito: “A”
33. (FGV/2017)
Somando todos os números de três algarismos distintos que podem ser formados com os
dígitos 1, 2, 3 e 4, o resultado será igual a:
(A) 2.400
(B) 2.444
(C) 6.000
(D) 6.600
(E) 6.660
Comentários
É possível formar 4! = 24 números com os dígitos 1,2,3 e 4 (o primeiro dígito possui 4 opções
de posição no número formado, o segundo dígito possui 3 opções, o terceiro 2 e o último 1 e pelo
princípio multiplicativo temos 4!).
Mas perceba que dos 24 números, exatamente 6 deles aparecem 1 como o último dígito
(2341, 2431, 3241, 3421, 4231, 4321), assim como exatamente 6 deles aparecem o dígito 2, 3 ou
4 como último dígito. Portanto, ao somar todos os 24 números, a casa das unidades será igual a
6(1 + 2 + 3 + 4) = 60 → casa das unidades será igual a 0.
Seguindo a mesma ideia, podemos pensar para a casa das dezenas, que também vai dar 60,
mas devemos somar 6 que vem da soma das unidades. Assim, na casa das dezenas, temos 60 + 6 =
66 → casa das dezenas será igual a 6.
Analogamente, podemos encontrar 6 para a casa das centenas e para a casa das unidades de
milhar. Portanto a soma dos 24 números será 6660 .
Gabarito: “E”
34. (EFOMM/2017)
Quantos anagramas são possíveis formar com a palavra CARAVELAS, não havendo duas vogais
consecutivas e nem duas consoantes consecutivas?
(A) 24
(B) 120
(C) 480
(D) 1.920
(E) 3.840
Comentários
Veja que na palavra CARAVELAS temos 5 consoantes e 4 vogais. Note que a única
configuração possível do anagrama para que não haja duas vogais consecutivas nem duas
consoantes consecutivas é:
𝐶−𝑉−𝐶−𝑉−𝐶−𝑉−𝐶−𝑉−𝐶
Qualquer troca de posições tem como consequência pelo menos duas vogais ou duas
consoantes consecutivas.
Assim, basta permutarmos as consoantes entre elas e as vogais entre elas. Para permutar as
consoantes e como todas são diferentes, temos:
𝑃5 = 5!
Para permutar as vogais devemos notar que existem vogais repetidas (A aparece 3 vezes),
assim temos uma permutação com repetições e, portanto:
4!
𝑃43 =
=4
3!
Pelo princípio multiplicativo temos então que a quantidade de anagramas tais que não haja
duas vogais consecutivas nem duas consoantes consecutivas é:
5! ⋅ 4 = 480
Gabarito: “C”
35. (AFA/2017)
Um baralho é composto por 52 cartas divididas em 4 naipes distintos (copas, paus, ouros e
espadas). Cada naipe é constituído por 13 cartas, das quais 9 são numeradas de 2 a 10, e as
outras 4 são 1 valete ( J ), 1 dama ( Q ), 1 rei ( K ) e 1 às ( A ).
Ao serem retiradas desse baralho duas cartas, uma a uma e sem reposição, a quantidade de
sequências que se pode obter em que a primeira carta seja de ouros e a segunda não seja um
às é igual a:
(A) 612
(B) 613
(C) 614
(D) 615
Comentários
Temos dois casos a considerar. Vejamos eles.
𝐼) A primeira carta às de ouro e a segunda não é às
Neste caso temos somente 1 opção para a primeira carta (às de ouro → carta definida) e
temos 52 − 4 = 48 opções para a segunda carta e, portanto, pelo princípio multiplicativo temos 1 ⋅
48 = 48 maneiras para o primeiro caso.
𝐼𝐼) A primeira carta é de ouro, mas não às e a segunda carta não é às
Para este caso temos 12 cartas ouro, ou seja, 12 opções para a primeira carta e 52 − 4 −
1 = 47 opções para a segunda carta (não pode ser às e não tem reposição e por isso devemos
desconsiderar a carta que foi retirado por primeiro). Pelo princípio multiplicativo teremos para este
caso 12 ⋅ 47 = 564 maneiras.
O total de maneira é então:
48 + 564 = 612
Gabarito: “A”
36. (FGV/2016)
Em um quarto escuro, dez meias brancas e dez meias pretas estão em uma gaveta.
a) Uma pessoa, sem conseguir ver as cores das meias, quer retirar dois pares que combinem.
Quantas meias deve retirar, no mínimo, para ter certeza de conseguir os pares desejados?
Pares que combinem significa que cada par deve ter duas meias com a mesma cor.
b) Se ele pretende retirar somente dois pares, qual é a probabilidade de retirar um par de
meias brancas e um par de meias pretas?
Comentários
a) Para podermos garantir que ele vá tirar dois pares que combinem então devemos
considerar o caso mais crítico. Se a pessoa retirar 4 meias é possível que ele retire 𝐵𝐵𝐵𝑃(3 meias
brancas e uma preta) ou 𝑃𝑃𝑃𝐵 (3 meias pretas e uma branca) e nestes casos não conseguimos
formar dois pares que combinem é necessário retirar mais uma meia para formar outro par,
independentemente da cor da quinta meia, é possível formar outro par com qualquer um dos casos
de 4 meias citados anteriormente. Portanto a quantidade mínima de meias que a pessoa deve retirar
da gaveta é 5 .
b) A probabilidade 𝑃 de retirar um par de meias brancas e um par de meias pretas pode ser
dado pela fórmula:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃=
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
O total de casos possíveis é igual a 20 ⋅ 19 ⋅ 18 ⋅ 17 pois existem 20 maneiras de escolher a
primeira meia, 19 a segunda meia, 18 a terceira e 17 a quarta.
O número de casos favoráveis é dado por:
4!
10 ⋅ 9 ⋅ 10 ⋅ 9 ⋅
2! 2!
pois são 10 opções de escolher a primeira meia branca e 9 a segunda meia branca, de forma
análoga com as meias pretas. Porém devemos considerar a ordem delas, devemos permutar as 4
meias com repetição.
Assim a probabilidade de retirar um par de meias brancas e um par de meias pretas é:
4!
10 ⋅ 9 ⋅ 10 ⋅ 9 ⋅
𝑃= 2! 2! = 135
20 ⋅ 19 ⋅ 18 ⋅ 17 323
135
𝑃=
323
Gabarito: a) 𝟓 b) 𝟏𝟑𝟓/𝟑𝟐𝟑
37. (ESPCEX/2016)
Da análise combinatória, pode-se afirmar que
(A) o número de múltiplos inteiros e positivos de 11, formados por três algarismos, é igual a
80.
(B) a quantidade de números ímpares de quatro algarismos distintos que podemos formar
com os dígitos 2, 3, 4, 5 e 6 é igual a 24.
(C) o número de anagramas da palavra ESPCEX que têm as vogais juntas é igual a 60.
(D) no cinema, um casal vai sentar-se em uma fileira com dez cadeiras, todas vazias. O número
de maneiras que poderão sentar-se em duas cadeiras vizinhas é igual a 90.
(E) a quantidade de funções injetoras definidas em 𝐴 = {1, 3, 5} com valores em 𝐵 =
{2, 4, 6, 8} é igual a 24.
Comentários
a) Podemos encontrar a quantidade de múltiplos de 11 de três algarismos encontrando o
menor e o maior múltiplo. O menor múltiplo de 11 é 110 = 110 = 11 ⋅ 10 e o maior múltiplo de
11 é 990 = 11 ⋅ 90. Portanto a quantidade de múltiplos de 11 de 3 algarismo é 90 − 10 + 1 = 81 .
Portanto alternativa falsa.
b) Para que um número seja ímpar devemos ter que seu último dígito deve ser um algarismo
ímpar. Dentre os algarismos 2, 3, 4, 5 e 6 temos 2 opções de escolha de algarismo ímpar. Escolhido
o algarismo para ser o último dígito temos que escolher mais 3 dentre as 4 que restaram. E
escolhidos os 3 devemos permutar eles, então temos:
4
2 ⋅ ( ) ⋅ 3! = 2 ⋅ 4 ⋅ 6 = 48
3
Portanto alternativa falsa.
c) Considerando as duas vogais 𝐸 como um só elemento, ou seja, 𝐸𝐸 como um único
elemento, então o número de anagramas da palavra ESPCEX é igual a 5! = 120 . Portanto
alternativa falsa.
d) A quantidade de maneiras de sentar o casal em cadeiras vizinhas é dada por 9 ⋅ 2! = 18
(devemos considerar a permutação das pessoas que formam o casal). Portanto alternativa falsa.
e) Temos 4 opções para relacionar com o 1 do domínio, em seguida 3 opções para relacionar
com o 3 do domínio e por fim 2 opções para relacionar com o 5 do domínio. Isto porque queremos
montar uma função injetora. Portanto pelo princípio multiplicativo temos 4 ⋅ 3 ⋅ 2 = 24 funções
injetoras. Portanto alternativa verdadeira.
Gabarito: “E”
38. (ESPCEX/2015)
viagens ao todo para 9 aspirantes então basta fazermos uma permutação das viagens com repetição
(4 para Fortaleza, 3 para Natal e 2 para Salvador):
9! 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4!
𝑃94,3,2 = = = 1260
4! ⋅ 3! ⋅ 2! 4! ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 2 ⋅ 1
Gabarito: “B”
40. (AFA/2014)
Sr. José deseja guardar 4 bolas – uma azul, uma branca, uma vermelha e uma preta – em 4
caixas numeradas:
O número de maneiras de Sr. José guardar todas as 4 bolas de forma que uma mesma caixa
NÃO contenha mais do que duas bolas, é igual a:
(A) 24
(B) 36
(C) 144
(D) 204
Comentários
Podemos retirar do total de possibilidades de distribuir as bolas nas caixas a quantidade de
possibilidades que contenha mais de duas bolas, ou seja:
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 − 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑛ã𝑜 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
O total de possibilidades é dado por 4 ⋅ 4 ⋅ 4 ⋅ 4 = 44 = 256, pois cada bola possui 4 opções
de escolha de caixas para entrar e usando princípio multiplicativo teremos 44 .
Para calcular a quantidade de possibilidades de distribuições não favoráveis, ou seja, que
exista caixas com mais de duas bolas. Temos que considerar dois casos:
𝐼) uma caixa de 3 bolas e outra com 1 bola, as restantes sem bolas
Temos que escolher quais 3 bolas das 4 formarão a tripla que irá para a mesma caixa. Além
disso devemos escolher uma caixa para a qual terá três bolas (4 opções) e em seguida uma caixa
para a qual irá a bola que restou (3 opções pois não existe a opção da caixa que já foi escolhida).
Assim temos que a quantidade de possibilidades não favoráveis para este caso é:
𝐶43 ⋅ 4 ⋅ 3 = 48
𝐼𝐼) uma caixa com as 4 bolas e as outras caixas com nenhuma bola
Temos somente 4 possibilidades não favoráveis para este caso (ou as 4 bolas vão para a
caixa 𝐼 ou para a caixa 𝐼𝐼 ou 𝐼𝐼𝐼 ou 𝐼𝑉 ).
Comentários
A probabilidade 𝑃 de que dois postos infratores sejam sorteados pode ser dado pela fórmula:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃=
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
O total de casos possíveis é igual a:
2
10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8!
𝐶10 = = = 45
(10 − 2)! 2! 8! ⋅ 2 ⋅ 1
pois existem 10 maneiras de escolher o primeiro posto e 9 o segundo.
O número de casos favoráveis é dado é igual a 1 pois só existe uma maneira de sortear
dois postos infratores e só existem dois.
Assim a probabilidade de que dois postos infratores sejam sorteados é:
1
𝑃=
45
Gabarito: “A”
42. (AFA/2013)
Num acampamento militar, serão instaladas três barracas: 𝐼, 𝐼𝐼 e 𝐼𝐼𝐼. Nelas, serão alojados 10
soldados, dentre eles o soldado 𝐴 e o soldado 𝐵, de tal maneira que fiquem 4 soldados na
barraca 𝐼, 3 na barraca 𝐼𝐼 e 3 na barraca 𝐼𝐼𝐼.
Se o soldado 𝐴 deve ficar na barraca 𝐼 e o soldado 𝐵 NÃO deve ficar na barraca 𝐼𝐼𝐼, então o
número de maneiras distintas de distribuí-los é igual a:
(A) 550
(B) 1120
(C) 1680
(D) 2240
Comentários
Temos dois casos a analisar.
𝐼) soldados 𝐴 e 𝐵 na barraca 𝐼
Assim nos resta distribuir 10 − 2 = 8 soldados nas barracas 𝐼, 𝐼𝐼 e 𝐼𝐼𝐼 de maneira que fique
2 soldados na barraca 𝐼 (não considerando 𝐴 e 𝐵), 3 na barraca 𝐼𝐼 e 3 na barraca 𝐼𝐼𝐼. Para a barraca
𝐼 temos:
8! 8 ⋅ 7 ⋅ 6!
𝐶8,2 = = = 28
(8 − 2)! ⋅ 2! 6! ⋅ 2 ⋅ 1
Escolhidos os soldados para a barraca 𝐼 temos 6 soldados restantes para escolher 3 para a
barraca 𝐼𝐼, os 3 restante serão da barraca 𝐼𝐼𝐼. Temos então:
6! 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3!
𝐶6,3 = = = 20
(6 − 3)! ⋅ 3! 3! ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1
Pelo princípio multiplicativo teremos para este caso 28 ⋅ 20 = 560 maneiras.
𝐼𝐼) soldado 𝐴 na barraca 𝐼 e soldado 𝐵 na barraca 𝐼𝐼
Assim nos resta distribuir 10 − 2 = 8 soldados nas barracas 𝐼, 𝐼𝐼 e 𝐼𝐼𝐼 de maneira que fique
3 soldados na barraca 𝐼, 2 na barraca 𝐼𝐼 e 3 na barraca 𝐼𝐼𝐼. Para a barraca 𝐼 temos:
8! 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5!
𝐶8,3 = = = 56
(8 − 3)! ⋅ 3! 5! ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1
Escolhidos os soldados para a barraca 𝐼 temos 5 soldados restantes para escolher 2 para a
barraca 𝐼𝐼, os 3 restante serão da barraca 𝐼𝐼𝐼. Temos então:
5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3!
𝐶5,2 = = = 10
(5 − 2)! ⋅ 2! 3! ⋅ 2 ⋅ 1
Pelo princípio multiplicativo teremos para este caso 56 ⋅ 10 = 560 maneiras.
Assim somando todas as possibilidades dos dois casos teremos:
560 + 560 = 1120
Gabarito: “B”
43. (ESPCEX/2013)
A probabilidade de se obter um número divisível por 2 na escolha ao acaso de uma das
permutações dos algarismos 1, 2, 3, 4, 5 é:
1
(A)
5
2
(B)
5
3
(C)
4
1
(D)
4
1
(E)
2
Comentários
A probabilidade 𝑃 de se obter um número divisível por 2 na escolha ao acaso de uma das
permutações dos algarismos 1, 2, 3, 4, 5 pode ser dado pela fórmula:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃=
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
O total de casos possíveis é igual a 5! = 120 pois basta permutarmos os 5 algarismos.
Para que um número seja divisível por 2 devemos ter que o dígito das unidades deve ser par.
Portanto temos 2 maneiras de escolher o algarismo das unidades entre as opções disponíveis (ou 2
ou 4). Escolhido o algarismo das unidades, podemos permutar o restante sem restrições e
acrescentar o algarismo par escolhido para a casa das unidades.
Sobram 4 algarismos para permutarmos assim são 4! = 24 maneiras de permutações. Pelo
princípio multiplicativo teremos 24 ⋅ 2 = 48 casos favoráveis.
Assim a probabilidade de se obter um número divisível por 2 na escolha ao acaso de uma das
permutações dos algarismos 1, 2, 3, 4, 5 é:
48 2
𝑃= =
120 5
2
𝑃=
5
Gabarito: “B”
Primeiramente o aspirante deverá selecionar a ordem que irá empilhas os livros por matérias.
Como são 3 matérias, então ele tem 3! = 6 maneiras de empilhar os livros por matéria.
Para cada maneira de empilhar os livros por matéria, devemos considerar ainda a
permutação dos livros em cada bloco de matéria. Temos 2! = 2 maneiras de permutar os livros de
Cálculo, 3! = 6 maneiras de permutar os livros de História e 4! = 24 maneiras de permutar os livros
de Eletricidade.
Pelo princípio multiplicativo temos que a quantidade total que o cadete tem para dispor os
livros é dado por:
6 ⋅ 2 ⋅ 6 ⋅ 24 = 1728
Gabarito: “A”
45. (Uniceste/2012)
Um professor disse que já preparou questões para a prova bimestral, e com estas questões,
pode fazer 255 provas diferentes. Quantas questões ele preparou?
(A) 4
(B) 7
(C) 18
(D) 14
(E) 8
Comentários
Considerando que a ordem das questões não importa e somente a natureza delas é relevante.
Seja 𝑛 o número de questões que o professor preparou, então ele pode selecionar para fazer a prova
ou 1, ou 2, ou 3, ..., ou(𝑛 − 1) ou 𝑛 questões da lista de questões que ele preparou.
Assim temos:
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
( )+ ( )+ ( )+ ⋯+ ( ) + ( ) = 255 (𝐼)
1 2 3 𝑛−1 𝑛
Mas sabemos que:
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
( ) + ( )+ ( )+ ( )+ ⋯+ ( ) + ( ) = 2𝑛
0 1 2 3 𝑛−1 𝑛
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
( )+ ( ) + ( )+ ⋯+ ( ) + ( ) = 2𝑛 − ( ) = 2𝑛 − 1 (𝐼𝐼)
1 2 3 𝑛−1 𝑛 0
Portanto comparando (𝐼) e (𝐼𝐼) temos que a quantidade de questões que o professor
montou é dado por:
2𝑛 − 1 = 255
2𝑛 = 254 → 𝑛 = 8
Gabarito: “E”
46. (MACKENZIE/2012)
Um juiz dispõe de 10 pessoas, das quais somente 4 são advogados, para formar um único júri
com 7 jurados. O número de formas de compor o júri, com pelo menos um advogado é:
(A) 70
(B) 74
(C) 120
(D) 47
(E) 140
Comentários
Algumas questões você deverá tomar atenção e não ir pelo caminho mais longo, sobrando
mais tempo para atacar outras questões.
Nesta questão perceba que qualquer grupo de 7 pessoas formado irá possuir no mínimo 1
advogado, pois existem somente 6 que não são. Assim basta vermos quantos grupos de 7 pessoas
podemos formar com um grupo de 10. Portanto o número de formas de compor o júri, com pelo
menos um advogado é dado por:
10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7!
𝐶10,7 = = = 120
(10 − 7)! ⋅ 7! 7! ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1
Gabarito: “C”
47. (AFA/2012)
Para evitar que João acesse sites não recomendados na Internet, sua mãe quer colocar uma
senha no computador formada apenas por 𝑚 letras 𝐴 e também 𝑚 letras 𝐵 (sendo 𝑚 par). Tal
senha, quando lida da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, não deverá se
alterar (Ex.: 𝐴𝐵𝐵𝐴).
Com essas características, o número máximo de senhas distintas que ela poderá criar para
depois escolher uma é igual a:
(2𝑚)!
(A)
𝑚!𝑚!
2
𝑚!
(B) [ 𝑚 𝑚 ]
( )!( )!
2 2
(2𝑚)!
(C) 𝑚 3𝑚
( )!( )!
2 2
𝑚!
(D) 𝑚 𝑚
( )!( )!
2 2
Comentários
𝑚 𝑚
Vamos considerar criar uma senha com letras 𝐴 e letras 𝐵. Qualquer sequência formada
2 2
com esta quantidade de letras de cada tipo poderá ser escrito outra sequência simétrica com as
𝑚 𝑚
outras letras 𝐴 e outras letras 𝐵 e juntar as duas sequências formando uma única senha.
2 2
48. (MACKENZIE/2012)
No restaurante italiano Ingiusto, os garçons colocam os pedidos dos clientes à cozinha uns
sobre os outros de modo que eles formam uma pilha de pedidos. Cada novo pedido que chega
é colocado no topo da pilha.
Em determinado dia, durante a primeira hora de funcionamento do restaurante, foram feitos
e atendido quatro pedidos de clientes. Suponha que eles tenham sido numerados e que foram
colocados na pilha, na ordem 1, 2, 3, 4.
Das sequências a seguir, aquela que pode representar a ordem em que esses pedidos foram
pegos pelo pessoal da cozinha é:
(A) 1, 3, 2, 4
(B) 2, 4, 1, 3
(C) 4, 2, 1, 3
(D) 3, 4, 1, 2
(E) 4, 1, 2, 3
Comentários
• Não é possível a sequência 2,4,1,3 pois após retirar o pedido 4, o próximo seria o
pedido de número 3 e não o pedido 1;
• Não é possível a sequência 4,2,1,3 pois após retirar o pedido 4, o próximo seria o
pedido de número 3 e não o pedido 2;
• Não é possível a sequência 3,4,1,2 pois após retirar o pedido 4, o próximo seria o
pedido de número 2 e não o pedido 1;
• Não é possível a sequência 4,1,2,3 pois após retirar o pedido 4, o próximo seria o
pedido de número 3 e não o pedido 1;
A única maneira que pode representar a ordem em que os pedidos foram pegos é 1,3,2,4.
Vejamos:
• Pedido 1 chegou → pilha: 1;
49. (ESPCEX/2012)
Se todos os anagramas da palavra ESPCEX forem colocados em ordem alfabética, a palavra
ESPCEX ocupará, nessa ordenação, a posição:
(A) 144
(B) 145
(C) 206
(D) 214
(E) 215
Comentários
Os anagramas colocados em ordem alfabética começariam com anagramas que começam
com a letra C. Vejamos quantos anagramas temos começando com C. Fixando a letra C, nos restam
5 letras (E,S,P,E,X) com duas letras E, então basta permutarmos com repetições, temos então a
seguinte quantidade de anagramas que começam com a letra C:
5!
𝑃52 =
= 5 ⋅ 4 ⋅ 3 = 60
2!
Em seguida devemos calcular a quantidade de anagramas que começam com E seguidas de
C, E ou P (pois estas letras precedem a letra S no alfabeto). Esta quantidade é dada por:
3 ⋅ 𝑃4 = 3 ⋅ 4! = 72
Depois disto devemos calcular a quantidade de anagramas que começam com ES seguidas de
C ou E (pois estas letras antecedem a letra P no alfabeto). Esta quantidade é dada por:
2 ⋅ 𝑃3 = 2 ⋅ 3! = 12
O resto das letras já vai estar em ordem alfabética. Portanto a posição da palavra ESPCEX é:
60 + 72 + 12 + 1 = 145
Gabarito: “B”
50. (AFA/2011)
Um colecionador deixou sua casa provido de 𝑅$ 5,00, disposto a gastar tudo na loja de
miniaturas da esquina. O vendedor lhe mostrou três opções que havia na loja, conforme a
seguir:
51. (ESPCEX/2011)
Os alunos de uma escola realizam experiências no laboratório de Química utilizando 8
substâncias diferentes. O experimento consiste em misturar quantidades iguais de duas dessas
substâncias e observar o produto obtido. O professor recomenda, entretanto, que as
substâncias 𝑆1 , 𝑆2 e 𝑆3 não devem ser misturadas entre si, pois produzem como resultado o
gás metano, de odor muito ruim. Assim, o número possível de misturas diferentes que se pode
obter, sem produzir o gás metano é:
(A) 16
(B) 24
(C) 25
(D) 28
(E) 56
Comentários
Devemos inicialmente contar quantas maneiras existem de se misturar as substâncias 𝑆1 , 𝑆2
e 𝑆3 : podemos escolher de 3 formas diferentes a primeira substância e de 2 formas diferentes a
segunda substância, contudo estamos contando duas vezes os casos do tipo: (𝑆1 e 𝑆2 ) e (𝑆2 e 𝑆1 ),
3⋅2
então, temos = 3 possíveis misturas.
2
Além disso, devemos contar o número total de misturas que podemos fazer: podemos
escolher a primeira substância de 8 formas diferentes e a segunda substância de 7 formas, contudo,
também devemos considerar que estamos contando duas vezes alguns casos, então, analogamente
8⋅7
ao caso anterior temos que o número total de misturas é: = 28 .
2
Por fim, o número de misturas que se pode obter sem produzir gás metano é:
28 − 3 = 25
Gabarito: “C”
52. (Fuvest/2010)
Maria deve criar uma senha de 4 dígitos para sua conta bancária. Nessa senha, somente os
algarismos 1, 2, 3, 4, 5 podem ser usados e um mesmo algarismo pode aparecer mais de uma
vez. Contudo, supersticiosa, Maria não quer que sua senha contenha o número 13, isto é, o
algarismo 1 seguido imediatamente pelo algarismo 3. De quantas maneiras distintas Maria
pode escolher sua senha?
(A) 551
(B) 552
(C) 553
(D) 554
(E) 555
Comentários
Todas as senhas possíveis são: 5 ⋅ 5 ⋅ 5 ⋅ 5 = 625, pois temos que escolher 4 dígitos onde
cada dígito possui 5 possibilidades.
Além disso, queremos o número de senhas onde o 1 vem seguido pelo 3, desse modo,
podemos agrupar esses dois números como se fosse em um único dígito. Assim, teremos as
seguintes possibilidades:
(1,3, 𝑥, 𝑥) 𝑜𝑢 (𝑥, 1,3, 𝑥) 𝑜𝑢 (𝑥, 𝑥, 1,3)
Onde em cada 𝑥 temos 5 possibilidades, então temos:
5 ⋅ 5 + 5 ⋅ 5 + 5 ⋅ 5 = 75
No entanto, devemos observar que contamos (1,3,1,3) em (1,3, 𝑥, 𝑥) e em (𝑥, 𝑥, 1,3), ou
seja, devemos subtrair 1 no resultado final.
75 − 1 = 74 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
Logo, temos que o número de maneiras que maria pode escolher sua senha é:
625 − 74 = 551 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
Gabarito: “A”
53. (Unicamp/2002)
Em matemática, um número natural 𝑎 é chamado palíndromo se seus algarismos, escritos em
ordem inversa, produzem o mesmo número. Por exemplo, 8, 22 e 373 são palíndromos.
Pergunta-se:
a) Quantos números naturais palíndromos existem entre 1 e 9.999?
b) Escolhendo-se ao acaso um número natural entre 1 e 9.999, qual a probabilidade de que
esse número seja palíndromo? Tal probabilidade é maior ou menor que 2%? Justifique sua
resposta.
Comentários
a) Primeiro, devemos observar que o primeiro algarismo é igual ao último, logo temos os
seguintes casos:
2,3, … ,9 → 8 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠
11,22,33, … ,88,99 → 9 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠
101,111,121,131, … ,181,191 → 10 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠
202,212,222,232, … ,282,292 → 10 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠
⋮ → 6 ⋅ 10 = 60 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠
909,919,929,939, … ,989,999 → 10 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠
1001,1111,1221, … ,1881,1991 → 10 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠
2002,2112,2222, … ,2882,2992 → 10 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠
⋮ → 6 ⋅ 10 = 60 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠
9009,9119,9229, … ,9889 → 9 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠
Observe atentamente que o enunciado diz “palíndromos entre 1 e 9999”, ou seja, os
números 1 e 9999 não estão dentro do intervalo a ser considerado. Então, ao todo temos: 8 + 9 +
10 + 10 + 60 + 10 + 10 + 10 + 60 + 9 = 196.
b) Entre 1 e 9999 temos 9997 números. Além disso, do item “a)”, entre 1 e 9999 temos 196
palíndromos. Portanto, a probabilidade é:
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑙í𝑛𝑑𝑟𝑜𝑚𝑜𝑠 196
𝑃= = ≅ 1,96%
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 9997
𝟏𝟗𝟔
Gabarito: a) 𝟏𝟗𝟔 b) < 𝟐%
𝟗𝟗𝟗𝟕
54. (Unicamp/2001)
O sistema de numeração na base 10 utiliza, normalmente, os dígitos de 0 a 9 para representar
os números naturais, sendo que o zero não é aceito como o primeiro algarismo da esquerda.
Pergunta-se:
a) Quantos são os números naturais de cinco algarismos formados por cinco dígitos
diferentes?
55. (MACKENZIE)
Uma prova de atletismo é disputado por 9 atletas, dos quais apenas 4 são brasileiros. Os
resultados possíveis para a prova, de modo que pelo menos um brasileiro fique numa das três
primeiras colocações, são em número de:
(A) 426
(B) 444
(C) 468
(D) 480
(E) 504
Comentários
Podemos calcular o total de casos possíveis e em seguida subtrair os casos não favoráveis.
O total de maneiras possíveis de se ter 3 atletas no pódio é dado por:
9 9⋅8⋅7
3! ⋅ ( ) = 6 ⋅ = 504
3 3⋅2⋅1
pois temos que escolher 3 atletas dentre os 9 e em seguida permutar eles no pódio.
Os casos não favoráveis ocorrem quando temos 3 atletas não brasileiros no pódio.
Para isto devemos escolher 3 atletas dentre os 5 não brasileiros e em seguida permutar eles:
5 5⋅4⋅3
3! ⋅ ( ) = 6 ⋅ = 60
3 3⋅2⋅1
Portanto o número de maneiras de ter um resultado tal que pelo menos um brasileiro esteja
em uma das três primeiras colocações é:
504 − 60 = 444
Gabarito: “B”
56. (Fuvest/1999)
Um estudante terminou um trabalho que tinha 𝑛 páginas. Para numerar todas essas páginas,
iniciando com a página 1, ele escreveu 270 algarismos. Então o valor de 𝑛 é:
(A) 99
(B) 112
(C) 126
(D) 148
(E) 270
Comentários
De 1 a 9, temos 9 algarismos. De 10 até 99 temos 90 números onde cada um tem 2
algarismos, então, ao todo temos 180 algarismos. Então, de 1 a 100 temos 180 + 9 = 189
algarismos.
Desse modo, já podemos concluir que 𝑛 é maior que 100, pois de 1 a 100 temos somente
189 algarismos, que é menor que 270.
Então, começando a contar a partir de 100, o estudante escreveu 270 − 189 = 81
algarismos. No entanto, cada número a partir de 100 possui 3 algarismos, logo, o estudante
81
escreveu = 27 números. Logo, temos que:
3
99 + 27 = 126 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠
Portanto, o estudante escreveu 126 números, ou seja, 𝑛 = 126.
Gabarito: “C”
57. (MACKENZIE/1998)
58. (MACKENZIE/1997)
Os polígonos de 𝑘 lados (𝑘 múltiplo de 3), que podemos obter com vértices nos 9 pontos da
figura, são em número de:
(A) 83
(B) 84
(C) 85
(D) 168
(E) 169
Comentários
Temos 3 casos para analisar.
𝐼) polígonos com 3 lados e, portanto, 3 vértices
Temos que escolher 3 pontos dentre os 9 e a ordem de escolha não é importante. Assim
temos a seguinte quantidade de polígono de 3 lados:
9 9⋅8⋅7
( )= = 84
3 3⋅2⋅1
𝐼𝐼) polígonos com 6 lados e, portanto, 6 vértices
Temos que escolher 6 pontos dentre os 9 e a ordem de escolha não é importante. Assim
temos a seguinte quantidade de polígono de 3 lados:
9 9 9⋅8⋅7
( )=( )= = 84
6 3 3⋅2⋅1
𝐼𝐼𝐼) polígonos com 9 lados e, portanto, 9 vértices
Existe somente 1 maneira de se ter um polígono com 9 lados, basta selecionar todos os
pontos.
Portanto o total de polígonos tais que a quantidade de lados seja múltiplo de 3 é:
84 + 84 + 1 = 169
Gabarito: “E”
QUESTÕES ITA
59. (ITA/2019)
As faces de dez moedas são numeradas de modo que: a primeira moeda tem faces 1 e 2; a
segunda, 2 e 3; a terceira, 3 e 4, e assim sucessivamente até a décima moeda, com faces 10 e
11. As dez moedas são lançadas aleatoriamente e os números exibidos são somados. Então, a
probabilidade de que essa soma seja igual a 60 é:
63
(A)
128
63
(B)
256
63
(C)
512
189
(D)
512
189
(E)
1024
Comentários
Podemos observar a soma dos maiores números de cada moeda é:
2 + 3 + 4 + 5 + ⋯ + 11 = 65
Então, dentre todas as moedas acima, 5 delas tem de ser subtraídas em 1 para que o valor
da soma acima seja igual à 60. Então, dentre as 10 moedas, devemos escolher 5 que terão de assumir
seu valor mínimo:
10 10!
𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑐𝑢𝑗𝑎 𝑠𝑜𝑚𝑎 é 60 = ( )= = 252
5 5! 5!
Então, para encontrar a probabilidade da soma ser 60, temos que dividir o número de casos
acima pelos 210 = 1024 casos possíveis, pois para cada moeda existem 2 possibilidades, e 10
moedas são lançadas. Logo:
252 63
𝑝𝑟𝑜𝑏𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = =
1024 256
Gabarito: “B”
60. (ITA/2018)
Sobre duas retas paralelas 𝑟 e 𝑠 são tomados 13 pontos, 𝑚 pontos em 𝑟 e 𝑛 pontos em 𝑠,
sendo 𝑚 > 𝑛. Com os pontos são formados todos os triângulos e quadriláteros convexos
possíveis. Sabe-se que o quociente entre o número de quadriláteros e o número de triângulos
é 15/11. Então, os valores de 𝑛 e 𝑚 são, respectivamente,
(A) 2 e 11
(B) 3 e 10
(C) 4 e 9
(D) 5 e 8
(E) 6 e 7
Comentários
Para formar quadriláteros temos que escolher dois pontos em 𝑟 e dois pontos em 𝑠, então,
temos:
𝑚 𝑛
𝑁𝑄 = ( ) ⋅ ( )
2 2
Para formar triângulos, podemos escolher dois pontos na reta 𝑟 e um ponto na reta 𝑠, mas
também podemos escolher dois pontos em 𝑠 e um ponto na reta 𝑟:
𝑚 𝑛
𝑁𝑇 = ( ) ⋅ 𝑛 + ( ) ⋅ 𝑚
2 2
𝑁𝑄 15
Portanto, podemos calcular a razão , a qual é , de acordo com o enunciado. Logo:
𝑁𝑇 11
𝑁𝑄 (𝑚2
) ⋅ (𝑛2) 15
= 𝑚 =
𝑁𝑇 ( 2 ) ⋅ 𝑛 + (𝑛2) ⋅ 𝑚 11
Então, calculando as combinações acima, temos:
𝑚! 𝑛! 𝑚(𝑚 − 1) 𝑛(𝑛 − 1)
𝑁𝑄 (𝑚 ) ⋅ (𝑛2) ⋅ ⋅
2 2! 𝑚 − 2 ! 2! 𝑛 − 2)!
( ) ( 2! 2!
= = =
𝑁𝑇 (𝑚 ) ⋅ 𝑛 + (𝑛2) ⋅ 𝑚 𝑚!
⋅𝑛+ (
𝑛!
⋅𝑚
𝑚(𝑚 − 1) 𝑛(𝑛 − 1)
2 ⋅𝑛+ ⋅𝑚
2! (𝑚 − 2)! 2! 𝑛 − 2)! 2! 2!
𝑚𝑛(𝑚 − 1)(𝑛 − 1)
𝑁𝑄 2 (𝑚 − 1)(𝑛 − 1) 15
= = =
𝑁𝑇 𝑚𝑛(𝑚 − 1 + 𝑛 − 1) 2(𝑚 + 𝑛 − 2) 11
11 ⋅ (𝑚 − 1) ⋅ (𝑛 − 1) = 30 ⋅ (𝑚 + 𝑛 − 2)
61. (ITA/2018)
São dadas duas caixas, uma delas contém três bolas brancas e duas pretas e a outra contém
duas bolas brancas e uma preta. Retira-se, ao acaso, uma bola de cada caixa. Se 𝑃1 é a
probabilidade de que pelo menos uma bola seja preta e 𝑃2 a probabilidade de as duas bolas
serem da mesma cor, então 𝑃1 + 𝑃2 vale
8
(A)
15
7
(B)
15
6
(C)
15
(D) 1
17
(E)
15
Comentários
Para que pelo menos uma bola de seja preta, as duas bolas não podem ser brancas
simultaneamente, então, temos que a probabilidade de que pelo menos uma bola seja preta é o
complementar da probabilidade das duas bolas serem brancas. Então, se as duas bolas forem
brancas temos:
3 2 2
𝑃𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎𝑠 =
⋅ =
5 3 5
Assim, sabendo que a probabilidade de que pelo menos uma bola seja preta é o
complementar da probabilidade das duas bolas serem brancas, temos:
2 3
𝑃1 = 1 −
=
5 5
Não somente, se as duas bolas forem da mesma cor, temos que as duas bolas serão brancas
ou pretas, assim, a probabilidade será a soma dessas duas possibilidades:
2 1 2
𝑃𝑝𝑟𝑒𝑡𝑎𝑠 =⋅ =
5 3 15
2 2 8
𝑃2 = 𝑃𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎𝑠 + 𝑃𝑝𝑟𝑒𝑡𝑎𝑠 = + =
5 15 15
Portanto, temos:
3 8 17
𝑃1 + 𝑃2 = + =
5 15 15
Gabarito: “E”
62. (ITA/2017)
Com os elementos 1, 2, … ,10 são formadas todas as sequências (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎7 ). Escolhendo –
se aleatoriamente uma dessas sequências, a probabilidade de a sequência escolhida não
conter elementos repetidos é
7!
(A)
107 ⋅ 3!
10!
(B)
107 ⋅3!
3!
(C)
107 ⋅7!
10!
(D)
103 ⋅7!
10!
(E)
107
Comentários
Para formar uma sequência de 7 elementos, devemos escolher 7 entre os 10 números
fornecidos, então, temos (10
7
) possibilidades.
Contudo, uma vez que uma sequência foi escolhida, pode-se permutar seus elementos onde
o primeiro elemento pode ocupar 7 posições, o segundo pode ocupar as 6 restantes, e assim
sucessivamente, então, temos 7! possibilidades de permutação.
Então, ao todo podemos ter (10
7
) ⋅ 7! sequências que não contém elementos repetidos. Além
7
disso, podemos ter 10 sequências ao todo, uma vez que cada elemento da sequência (que possui
sete elementos) pode ser escolhido de 10 formas diferentes.
Por fim, temos que a probabilidade de a sequência escolhida não conter elementos repetidos
é:
10!
(10
7
) ⋅ 7!7! ⋅ 3!
⋅ 7!
𝑃= =
107 107
10!
𝑃= 7
10 ⋅ 3!
Gabarito: “B”
63. (ITA/2017)
Um atirador dispõe de três alvos para acertar. O primeiro deste encontra-se a 30m de
distância; o segundo, a 40m; o terceiro alvo, a 60m. Sabendo que a probabilidade de o atirador
acertar o alvo é inversamente proporcional ao quadrado da distância e que a probabilidade de
ele acertar o primeiro alvo é de 2/3, então a probabilidade de acertar ao menos um dos alvos
é:
120
(A)
160
119
(B)
154
110
(C)
144
105
(D)
135
119
(E)
144
Comentários
Do enunciado temos que a probabilidade de o atirador acertar um dos alvos é inversamente
proporcional à distância ao alvo:
𝑥 𝑥 𝑥
𝑃𝐴 = 2 ; 𝑃𝐵 = 2 ; 𝑃𝐶 = 2
30 40 60
2
Não somente, temos que a probabilidade do atirador acertar o primeiro alvo é de :
3
2 𝑥
𝑃𝐶 = = 2
3 30
𝑥 = 600
Logo, podemos calcular os valores de 𝑃𝐵 e 𝑃𝐶 :
600 3
= 𝑃𝐵 =
402 8
600 1
𝑃𝐶 = 2 =
60 6
Então, como esses eventos são independentes, a probabilidade de o atirador acertar pelo
menos um dos alvos é a dada por:
𝑃(𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶 ) = 𝑃(𝐴) + 𝑃(𝐵) + 𝑃(𝐶 ) − 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) − 𝑃(𝐴 ∩ 𝐶 ) − 𝑃 (𝐵 ∩ 𝐶 ) + 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶)
2 3 1 2 3 2 1 3 1 2 3 1
𝑃 (𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶 ) =
+ + − ⋅ − ⋅ − ⋅ + ⋅ ⋅
3 8 6 3 8 3 6 8 6 3 8 6
Calculando o denominador comum e simplificando a expressão:
119
𝑃 (𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶 ) =
144
Gabarito: “E”
64. (ITA/2016)
Escolhendo-se, aleatoriamente, três números inteiros distintos no intervalo [1, 20], a
probabilidade de que eles estejam, em alguma ordem, em progressão geométrica é igual a:
2
(A)
285
2
(B)
217
1
(C)
190
4
(D)
225
1
(E)
380
Comentários
As progressões de razão inteira são:
{1,2,4} ; {1,3,9} ; {1,4,16} ; {2,4,8} ; {2,6,18} ; {3,6,12} ; {4,8,16} ; {5,10,20}
As progressões de razão não inteira são:
{4,6,9} ; {8,12,18} ; {9,12,16}
Então, ao todo temos 11 possibilidades. Além disso, podemos ter (20 3
) = 1140 formas de
escolher três números distintos, assim, temos que a probabilidade pedida é:
11
𝑃=
1140
𝟏𝟏
Gabarito: (Não há alternativa)
𝟏𝟏𝟒𝟎
65. (ITA/2016)
Pintam-se 𝑁 cubos iguais utilizando-se 6 cores diferentes, uma para cada face. Considerando
que cada cubo pode ser perfeitamente distinguidos dos demais, o maior valor possível de 𝑁 é
igual a:
(A) 10
(B) 15
(C) 20
(D) 25
(E) 30
Comentários
Chamemos as cores diferentes de 𝐴, 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸 e 𝐹, então fixando o cubo, pintemos a sua face
da frente de 1 forma. Então, podemos pintar a face oposta de 5 formas. Não somente, podemos
fazer uma permutação circular das cores em suas faces laterais, então, como temos 4 lados, temos
(4 − 1)! possibilidades, logo:
𝑁 = 5 ⋅ (4 − 1)! = 30
Gabarito: “E"
66. (ITA/2013)
Seja 𝑝 uma probabilidade sobre um espaço amostral finito Ω. Se 𝐴 e 𝐵 são eventos de Ω tais
1 1 1
que 𝑝(𝐴) = , 𝑝(𝐵) = e 𝑝(𝐴 ∩ 𝐵) = , as probabilidades dos eventos 𝐴\𝐵, 𝐴 ∪ 𝐵 e 𝐴𝐶 ∪ 𝐵𝐶
2 3 4
são, respectivamente,
1 5 1
(F) , e .
4 6 4
1 5 1
(A) , e .
6 6 4
1 7 3
(B) , e .
6 12 4
1 5 1
(C) , e .
3 6 3
1 7 3
(D) , e .
4 12 4
Comentários
i) 𝑃(𝐴\𝐵):
1 1 1
𝑃(𝐴\𝐵) = 𝑃(𝐴) − 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = − =
2 4 4
ii) 𝑃(𝐴 ∪ 𝐵):
1 1 1 7
𝑃 (𝐴 ∪ 𝐵 ) = 𝑃 (𝐴 ) + 𝑃 (𝐵 ) − 𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 ) = + − =
2 3 4 12
iii) 𝑃(𝐴𝐶 ∪ 𝐵𝐶 ):
1 3
𝑃(𝐴𝐶 ∪ 𝐵𝐶 ) = 𝑃((𝐴 ∩ 𝐵)𝐶 ) = 1 − 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = 1 − =
4 4
Gabarito: “E”
67. (ITA/2013)
Considere os seguintes resultados relativamente ao lançamento de uma moeda:
𝐼. Ocorrência de duas caras em dois lançamentos.
𝐼𝐼. Ocorrência de três caras e uma coroa em quatro lançamentos.
𝐼𝐼𝐼. Ocorrência de cinco caras e três coroas em oito lançamentos.
Pode-se afirmar que
(A) dos três resultados, 𝐼 é o mais provável.
(B) dos três resultados, 𝐼𝐼 é o mais provável.
(C) dos três resultados, 𝐼𝐼𝐼 é o mais provável.
(D) os resultados 𝐼 e 𝐼𝐼 são igualmente prováveis.
(E) os resultados 𝐼𝐼 e 𝐼𝐼𝐼 são igualmente prováveis.
Comentários
I) A probabilidade de ocorrer duas caras em dois lançamentos é de:
1 1 1
⋅ = 𝑃𝐼 =
2 2 4
II) A probabilidade de três caras e uma coroa em quatro lançamentos é:
(41)
𝑃𝐼𝐼 =
24
Uma vez que existem (41) formas de se escolher dentre os quatro lançamentos qual
lançamento será coroa. Além disso, existem 24 possibilidades, pois podemos ter cara ou coroa em
cada lançamento.
III) A probabilidade de cinco caras e três coroas em oito lançamentos é:
(83)
𝑃𝐼𝐼𝐼 =
28
Analogamente, existem (83) formas de ocorrerem as três coroas nos oito lançamentos. Além
disso, existem 28 possibilidades totais, pois podemos obter cara ou coroa em cada lançamento.
1
Portanto, 𝑃𝐼 = 𝑃𝐼𝐼 e 𝑃𝐼𝐼𝐼 < , então, temos que os resultados 𝐼 e 𝐼𝐼 são igualmente prováveis.
4
Gabarito: “D”
68. (ITA/2012)
Deseja-se trocar uma moeda de 25 centavos, usando-se apenas moedas de 1,5 e 10 centavos.
Então, o número de diferentes maneiras em que a moeda de 25 centavos pode ser trocada é
igual a
(A) 6.
(B) 8.
(C) 10.
(D) 12.
(E) 14.
Comentários
Para isso, a soma da quantidade de cada moeda deve ser 25 centavos, então, devemos ter a
seguinte equação:
1 ⋅ 𝑎 + 5 ⋅ 𝑏 + 10 ⋅ 𝑐 = 25
1) 𝑐 = 2:
𝑎 + 5𝑏 + 20 = 25
𝑎 + 5𝑏 = 5
Então, temos as possibilidades:
(𝑎, 𝑏) = (0,1) e (𝑎, 𝑏) = (5,0)
Assim, existem 2 possibilidades.
2) 𝑐 = 1:
𝑎 + 5𝑏 = 15
Então, temos as possiblidades:
69. (ITA/2012)
Dois atiradores acertam o alvo uma vez a cada três disparos. Se os dois atiradores disparam
simultaneamente, então a probabilidade do alvo ser atingido pelo menos uma vez é igual a
2
(A) .
9
1
(B) .
3
4
(C) .
9
5
(D) .
9
2
(E) .
3
Comentários
Sejam 𝐴 e 𝐵 os atiradores, então, como cada um deles acerta o alvo uma vez a cada três
disparos:
1 1
𝑃𝑎 = e 𝑃𝑏 =
3 3
Então, para que quando os dois atiradores atirarem simultaneamente pelo menos um dos
atiradores acerte o alvo, devemos ter que 𝐴 ou 𝐵 acerte o alvo. Essa probabilidade é o
complementar de caso os dois atiradores errem, então, a probabilidade de que os dois atiradores
errem é:
𝑃𝑎𝑐𝑒𝑟𝑡𝑎𝑟𝑒𝑚 = (1 − 𝑃𝑎 ) ⋅ (1 − 𝑃𝑏 )
Pois 𝑃𝑎 e 𝑃𝑏 são as probabilidades de cada atirador acertar. Além disso, a probabilidade
procurada é o complementar da probabilidade de que os dois atiradores errem, portanto:
𝑃 = 1 − 𝑃𝑎𝑐𝑒𝑟𝑡𝑎𝑟𝑒𝑚
1 1
𝑃 = 1 − (1 − ) ⋅ (1 − )
3 3
4
𝑃 =1−
9
5
𝑃=
9
Gabarito: “D”
70. (ITA/2011)
Numa caixa com 40 moedas, 5 apresentam duas caras, 10 são normais (cara e coroa) e as
demais apresentam duas coroas. Uma moeda é retirada ao acaso e a face observada mostra
uma coroa. A probabilidade de a outra face desta moeda também apresentar uma coroa é
7
(A) .
8
5
(B) .
7
5
(C) .
8
3
(D) .
5
3
(E) .
7
Comentários
Se uma moeda é retirada ao acaso e possui uma face sendo coroa, o espaço amostral agora
se resume às moedas que possuem pelo menos uma face coroa. Não somente, a probabilidade
procurada será, dentro desse novo espaço amostral, qual moeda terá as duas faces sendo coroa, ou
seja, a moeda apresentará a “outra face” como coroa:
Ω = 40 − 5 = 35
Pois temos 40 moedas ao todo e somente 5 possuem as duas faces sendo cara. No entanto,
agora temos que procurar as moedas que apresentam as duas caras, ao todo temos:
𝑐𝑎𝑟𝑎𝑠 = 40 − 5 − 10 = 25.
Então, a probabilidade da outra face ser cara é a mesma de nesse novo espaço amostral as
duas faces serem cara:
25 5
=
35 7
Gabarito: “B”
71. (ITA/2010)
Um palco possui 6 refletores de iluminação. Num certo instante de um espetáculo moderno
os refletores são acionados aleatoriamente de modo que, para cada um dos refletores, seja de
2
a probabilidade de ser aceso. Então, a probabilidade de que, neste instante, 4 ou 5 refletores
3
sejam acesos simultaneamente, é igual a
16
(A) .
27
49
(B) .
81
151
(C) .
243
479
(D) .
729
24 25
(E) + .
34 35
Comentários
A probabilidade de que quatro refletores sejam acesos é calculada escolhendo-se 4 dos 6
2
refletores, além disso, desses 6 refletores, 4 deles terão probabilidade , ou seja, deverão estar
3
1
acesos e dois delas probabilidade , ou seja, deverão estar apagados. Então, temos:
3
6 2 4 1 2 80
𝑃4 = ( ) ⋅ ( ) ⋅ ( ) = 5
4 3 3 3
Analogamente, para que 5 refletores estejam acesos:
6 2 5 1 1 64
𝑃5 = ( ) ⋅ ( ) ⋅ ( ) = 5
5 3 3 3
Por fim, para que existam 4 ou 5 refletores acesos, como os eventos são independentes,
temos que a probabilidade pedida 𝑃 é:
144 16
𝑃 = 𝑃4 + 𝑃5 = =
35 27
Gabarito: “A”
72. (ITA/2009)
Um certo exame de inglês é utilizado para classificar a proficiência de estrangeiros nesta língua.
Dos estrangeiros que são proficientes em inglês, 75% são bem avaliados neste exame. Entre
os não proficientes em inglês, 7% são eventualmente bem avaliados. Considere uma amostra
de estrangeiros em que 18% são proficientes em inglês. Um estrangeiro, escolhido desta
amostra ao acaso, realizou o exame sendo classificado como proficiente em inglês. A
probabilidade deste estrangeiro ser efetivamente proficiente nesta língua é de
aproximadamente
(A) 73% .
(B) 70% .
(C) 68% .
(D) 65% .
(E) 64% .
Comentários
Temos que o número de estrangeiro efetivamente proficientes em inglês é:
𝑁𝑒𝑝 = 75% ⋅ 18% = 13,5%
Além disso, temos que o número de estrangeiros classificados no exame é a soma do número
de estrangeiros não proficientes bem avaliados com os estrangeiros proficientes bem avaliados:
𝑁𝑐𝑝 = 7% ⋅ (1 − 18%) + 13,5%
𝑁𝑐𝑝 = 19,24%
Portanto, a probabilidade de um estrangeiro bem classificado ser efetivamente proficiente
em inglês é:
𝑁𝑒𝑝 13,5%
𝑃= = ≅ 70,16%
𝑁𝑐𝑝 19,24%
Gabarito: “B”
73. (ITA/2008)
Considere uma população de igual número de homens e mulheres, em que sejam daltônicos
5% dos homens e 0,25% das mulheres. Indique a probabilidade de que seja mulher uma
pessoa daltônica selecionada ao acaso nessa população.
1
(A)
21
1
(B)
8
3
(C)
21
5
(D)
21
1
(E)
4
Comentários
Escolhendo-se uma mulher daltônica nessa população, a probabilidade calculada
1
multiplicando-se , pois metade da população é mulher, então a probabilidade de escolher uma
2
mulher é de 50%, além disso, dentre essas mulheres, 0,25% delas são daltônicas:
1
𝑃𝑀 =
⋅ 0,25% = 0,125%
2
Analogamente, temos que a população é composta por 50% de homens, além disso, 5%
desses homens são daltônicos. Assim, a probabilidade de se escolher um homem daltônico nessa
população é de:
1
𝑃𝐻 =
⋅ 5% = 2,5%
2
Por fim, a probabilidade de que seja mulher uma pessoa daltônica é dada pela probabilidade
de se escolher uma mulher daltônica dividido pela probabilidade de se escolher um daltônico,
contudo, a probabilidade de se escolher um daltônico é a soma das probabilidades de escolher um
homem daltônico e de uma mulher daltônica:
𝑃𝑀 0,125% 0,125% 1
𝑃= = = =
𝑃𝑀 + 𝑃𝐻 0,125% + 2,5% 2,625% 21
Gabarito: “A”
74. (ITA/2008)
Comentários
Se 𝐻 é conjunto formados por subconjuntos de 2 elementos de 𝐷, então, o número de
elementos de 𝐻 é dado pela combinação 2 a 2 dos elementos de 𝐷:
365
𝑛 (𝐻 ) = (
)
2
Além disso, temos os subconjuntos de 2 elementos de 𝐷 onde a soma dos seus elementos é
183. Podemos escrever 183 de muitas formas dentro dos números naturais, observe:
183 = 1 + 182 = 2 + 181 = ⋯ = 91 + 92 = 92 + 91 = ⋯ = 181 + 2 = 182 + 1
Então, podemos observar que os conjuntos que podemos formar são da forma:
{1,182}; {2,181}; {3,180}; … ; {90,93}; {91,92}
Assim, observando o primeiro elemento de cada conjunto, temos 91 subconjuntos de 2
elementos de 𝐷 cuja soma de seus elementos é 183. Então, a probabilidade de escolher um
elemento 𝐵 ∈ 𝐻 é de:
91
𝑃=
(365
2
)
91
1
𝑃 = 365 ⋅ 364 =
2 730
Gabarito: “A”
75. (ITA/2007)
Determine quantos números de 3 algarismos podem ser formados com 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7,
satisfazendo à seguinte regra: O número não pode ter algarismos repetidos, exceto quando
iniciar com 1 ou 2, caso em que o 7 (e apenas o 7) pode aparecer mais de uma vez. Assinale o
resultado obtido.
(A) 204
(B) 206
(C) 208
(D) 210
(E) 212
Comentários
Para formar um número com 3 algarismos distintos, devemos escolher 3 números dentre
1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, então, temos (73) possibilidades. Além disso, podemos permutar os três algarismos
de 3! formas diferentes, assim, temos que o número de algarismos distintos é:
7
( ) ⋅ 3! = 210
3
Além disso, temos que considerar dois casos em que se tem algarismos repetidos, que é
quando o número começa com 1 ou 2 e possui dois algarismos 7: 177 e 277, assim existem 2
possibilidades.
Portanto, ao todo temos:
210 + 2 = 212 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
Gabarito: “E”
76. (ITA/2006)
Considere uma prova com 10 questões de múltipla escolha, cada questão com 5 alternativas.
Sabendo que cada questão admite uma única alternativa correta, então o número de formas
possíveis para que um candidato acerte somente 7 das 10 questões é
(A) 44 ⋅ 30
(B) 43 ⋅ 60
(C) 53 ⋅ 60
(D) (73) ⋅ 43
(E) (10
7
)
Comentários
O candidato deve errar 3 questões. Podemos escolher as questões que ele erra de (10 3
)
maneiras. Além disso, para cada questão errada há 4 possibilidades de alternativas que o candidato
pode ter marcado, já que somente uma é o gabarito. Dessa maneira, temos que o número de formas
é dado por:
10
( ) ⋅ 43 = 44 ⋅ 30
3
Gabarito: “A”
77. (ITA/2005)
Retiram-se 3 bolas de uma urna que contém 4 bolas verdes, 5 bolas azuis e 7 bolas brancas.
Se 𝑃1 é a probabilidade de não sair bola azul e 𝑃2 é a probabilidade de todas as bolas saírem
com a mesma cor, então a alternativa que mais se aproxima de 𝑃1 + 𝑃2 é:
(A) 0,21
(B) 0,25
(C) 0,28
(D) 0,35
(E) 0,40
Comentários
4+7 11
A probabilidade da primeira bola retirada não ser azul é: = . Dado que se retirou
4+5+7 16
uma bola não azul, a quantidade total de bolas agora é 15 e o número de bolas não azuis é 10, então
10
a probabilidade da segunda bola retirada não ser azul é: . Analogamente, o número total de bolas
15
agora é 14 e a quantidade de bolas não azuis é 9, então a probabilidade da terceira bola retirada
9
não ser azul é: . Portanto, a probabilidade de não sair bola azul é:
14
11 10 9 990
𝑃1 =
⋅ ⋅ =
16 15 14 3360
Ademais, a probabilidade de que todas as bolas retiradas sejam verdes é:
𝑣𝑒𝑟𝑑𝑒𝑠 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑒𝑠 − 1 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑒𝑠 − 2 4 3 2
𝑃𝑉 = ( )⋅( )⋅( )= ⋅ ⋅
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 1 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 2 16 15 14
A probabilidade de que todas as bolas retiradas sejam azuis, analogamente, é:
5 4 3
⋅𝑃𝐴 =
⋅
16 15 14
A probabilidade de que todas as bolas retiradas sejam brancas, analogamente, é:
7 6 5
⋅ 𝑃𝐵 =
⋅
16 15 14
Portanto, a probabilidade 𝑃2 é dada por:
4⋅3⋅2+5⋅4⋅3+7⋅6⋅5 294
𝑃2 = 𝑃𝑉 + 𝑃𝐴 + 𝑃𝐵 = =
16 ⋅ 15 ⋅ 14 3360
Por fim, temos:
990 + 294
𝑃1 + 𝑃2 = = 0,382
3360
Gabarito: “E”
78. (ITA/2004)
Considere 12 pontos distintos no plano, 5 dos quais estão numa mesma reta. Qualquer outra
reta do plano contém, no máximo, 2 destes pontos. Quantos triângulos podemos formar com
os vértices nestes pontos?
(A) 210
(B) 315
(C) 410
(D) 415
(E) 521
Comentários
Quaisquer três pontos não colineares formam um triângulo, desse modo, para saber o
número de triângulos devemos calcular o número total de triângulos formados com quaisquer três
pontos e excluir do número de combinações que ocorreram com pontos colineares, ou seja, com os
pontos que estão sobre a reta citada no enunciado:
12 5
𝑁𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝑠 = ( ) − ( ) = 210
3 3
Gabarito: “A”
79. (ITA/2003)
O número de divisores de 17640 que, por sua vez, são divisíveis por 3 é:
(A) 24
(B) 36
(C) 48
(D) 54
(E) 72
Comentários
Considerando os divisores nos naturais, temos que:
17640 = 23 ⋅ 32 ⋅ 51 ⋅ 72
Onde o número de divisores é o produto do valor de cada expoente somado de 1:
𝑛1 = (3 + 1) ⋅ (2 + 1) ⋅ (1 + 1) ⋅ (2 + 1) = 72
Além disso, dos divisores de 17640, os que não são divisíveis por 3 são os mesmos divisores
de:
23 ⋅ 30 ⋅ 51 ⋅ 72
Uma vez que basta zerar o expoente de 3, assim, elimina-se os divisores que não múltiplos
de 3. Desse modo, os divisores não divisíveis por 3 são:
𝑛2 = (3 + 1) ⋅ (0 + 1) ⋅ (1 + 1) ⋅ (2 + 1) = 24
Portanto, o número de divisores que são divisíveis por 3 são:
𝑛 = 72 − 24 = 48
Gabarito: “C”
80. (ITA/2002)
Sejam 𝐴 um conjunto com 8 elementos e 𝐵 um conjunto tal que 𝐴 ∪ 𝐵 contenha 12 elementos.
Então, o número de elementos de 𝑃(𝐵\𝐴) ∪ 𝑃(∅) é igual a
(A) 8.
(B) 16.
(C) 20.
(D) 17.
(E) 9.
Comentários
Sabendo que o vazio é subconjunto de qualquer conjunto, temos que:
𝑛(𝑃(𝐵\𝐴) ∪ 𝑃(∅)) = 𝑛(𝑃(𝐵\𝐴)) (𝐼)
Não somente, temos que:
𝑛(𝐵\𝐴) = 𝑛((𝐵 ∪ 𝐴) − 𝐴)
Contudo, 𝐴 é subconjunto de 𝐵 ∪ 𝐴, então, temos:
𝑛((𝐵 ∪ 𝐴) − 𝐴) = 𝑛(𝐵 ∪ 𝐴) − 𝑛(𝐴)
Portanto:
𝑛(𝐵\𝐴) = 12 − 8 = 4
Por fim, temos que o número de elementos do conjunto das partes de um conjunto é:
𝑛(𝑃(𝑋 )) = 2𝑛(𝑋)
Então:
𝑛(𝑃(𝐵\𝐴)) = 2𝑛(𝐵\𝐴) = 24 = 16
Enfim, de (𝐼):
𝑛(𝑃(𝐵\𝐴) ∪ 𝑃(∅)) = 16
Gabarito: “B”
81. (ITA/2002)
Quantos anagramas com 4 letras distintas podemos formar com as 10 primeiras letras do
alfabeto e que contenham 2 das letras 𝑎, 𝑏 e 𝑐?
(A) 1692
(B) 1572
(C) 1520
(D) 1512
(E) 1392
Comentários
Como queremos formar um anagrama onde duas das quatro letras devem estar em 𝑎, 𝑏 e 𝑐,
temos que escolher duas entre essas três letras:
3
𝑛1 = ( ) = 3
2
Além disso, temos as 7 letras restantes dentre as 10 primeiras do alfabeto, então, podemos
escolher 2 entre essas 7 letras restantes:
7
𝑛2 = ( ) = 21
2
Não somente, dado que escolhemos tais quatro letras e todas são distintas, podemos
permutar tais letras e formar novos anagramas de 4! formas. Por fim, o número total de maneiras
de escrever os anagramas pedidos no enunciado é:
𝑛1 ⋅ 𝑛2 ⋅ 4! = 3 ⋅ 21 ⋅ 24 = 1512
Gabarito: “D”
82. (ITA/2019)
Escolhem-se aleatoriamente três números distintos no conjunto {1, 2, 3, … , 29, 30}.
Determine a probabilidade da soma desses três números ser divisível por 3.
Comentários
O total de possibilidades de se escolher aleatoriamente 3 números distintos é dado por:
30! 30 ⋅ 29 ⋅ 28
𝐶30,3 = = = 4060
27! ⋅ 3! 3⋅2⋅1
Devemos descobrir quantos trios podemos formar do conjunto tal que a soma desse trio
resulte em um número múltiplo de 3. Vamos escrever os elementos com o fator 3. Os números
naturais podem ser escritos como 3𝑘, 3𝑘 + 1, 3𝑘 + 2, com 𝑘 ∈ ℕ.
Dividindo os números do conjunto em cada formato, obtemos:
3𝑘 + 1: {1, 4, 7, 10, 13, 16, 19, 22, 25, 28}
3𝑘 + 2: {2, 5, 8, 11, 14, 17, 20, 23, 26, 29}
3𝑘: {3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30}
Note que somando-se 3 números com o mesmo formato, encontramos um número múltiplo
de 3:
(3𝑘1 + 1) + (3𝑘2 + 1) + (3𝑘3 + 1) = 3(𝑘1 + 𝑘2 + 𝑘3 + 1)
(3𝑘1 + 2) + (3𝑘2 + 2) + (3𝑘3 + 2) = 3(𝑘1 + 𝑘2 + 𝑘3 + 2)
(3𝑘1 ) + (3𝑘2 ) + (3𝑘3 ) = 3(𝑘1 + 𝑘2 + 𝑘3 )
Além disso, podemos escolher 1 elemento de cada formato para obter um múltiplo de 3:
(3𝑘1 ) + (3𝑘2 + 1) + (3𝑘3 + 2) = 3(𝑘1 + 𝑘2 + 𝑘3 + 1)
Essas são as únicas possibilidades. Vamos calcular o número de casos favoráveis:
1) Três elementos com o mesmo formato:
10 ⋅ 9 ⋅ 8
⏟
3 ⋅ 𝐶10,3 = 3 ⋅ = 360
3 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑠
3⋅2⋅1
2) Três elementos com formatos distintos:
𝐶10,1 ⋅ 𝐶10,1 ⋅ 𝐶10,1 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 1000
Portanto, a probabilidade pedida é dada por:
83. (ITA/2018)
De uma caixa que contém 10 bolas brancas e 6 bolas pretas, são selecionadas ao acaso 𝑘 bolas.
a) Qual a probabilidade de que exatamente 𝑟 bolas sejam brancas, nas condições 0 ≤ 𝑘 −
𝑟 ≤ 6 e 0 ≤ 𝑘 ≤ 10.
b) Use o item (a) para calcular a soma
6
10 6
∑( )( )
𝑟 6−𝑟
𝑟=0
Comentários
10
a) A probabilidade que uma bola branca seja selecionada é de , então, retirando-se 𝑘 bolas,
16
temos que o número total de possibilidades é de 𝑁𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 = (16
𝑘
).
Além disso, seja sendo 𝑟 o número de bolas brancas, temos que selecionar 𝑟 bolas entre as
10 existentes, além disso, como, ao todo, retiramos 𝑘 bolas, restam 𝑘 − 𝑟 bolas pretas para serem
selecionadas dentre as 6 existentes, assim, temos que a probabilidade de tirar 𝑟 bolas brancas e
𝑘 − 𝑟 bolas pretas é:
10 6
𝑁 = ( )( )
𝑟 𝑘−𝑟
Portanto, a probabilidade de selecionar 𝑟 bolas brancas é:
𝑁 (10
𝑟
6
)(𝑘−𝑟 )
𝑃𝑘,𝑟 = =
𝑁𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 (16
𝑘
)
b) Ademais, temos que a soma das probabilidades é 1, ou seja, se tomarmos 𝑘 = 6 bolas,
então, a probabilidade total é a soma das probabilidades de tirarmos nenhuma bola, 1 bola, 2 bolas,
..., 5 bolas ou 6 bolas. Desse modo, temos que, com 𝑘 = 6:
6 6
(10
𝑟
6
)(6−𝑟 )
1 = ∑ 𝑃6,𝑟 = ∑
(16
6
)
𝑟=0 𝑟=0
84. (ITA/2017)
85. (ITA/2016)
Numa certa brincadeira, um menino dispõe de uma caixa contendo quatro bolas, cada qual
marcada com apenas uma destas letras: 𝑁, 𝑆, 𝐿 e 𝑂. Ao retirar aleatoriamente uma bola, ele
vê a letra correspondente e devolve a bola à caixa. Se essa letra for 𝑁, ele dá um passo na
direção Norte; se 𝑆, em direção Sul, se 𝐿, na direção Leste e se 𝑂, na direção Oeste. Qual a
probabilidade de ele voltar para a posição inicial no sexto passo?
Comentários
Quando se retira uma bola da caixa, tem-se 4 possibilidades de novas direções. Portanto, ao
todo são 𝑁 = 46 possibilidades de caminhos a serem percorridos.
Para retornar ao início, é necessário que o menino vá e volte a mesma a mesma quantidade
na direção norte e sul e na direção leste e oeste. Então, suponha que o menino ande 𝑥 passos na
direção norte:
𝑥 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑛𝑜𝑟𝑡𝑒 → 𝑥 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑠𝑢𝑙
3 − 𝑥 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑙𝑒𝑠𝑡𝑒 → 3 − 𝑥 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑜𝑒𝑠𝑡𝑒
Observe que o menino anda 3 − 𝑥 passos na direção leste e oeste, pois ao todo o menino dá
6 passos, então, temos que ter 𝑥 + 𝑥 + (3 − 𝑥) + (3 − 𝑥) = 6, o que é verdade.
Desse modo, dos 6 movimentos do menino, 𝑥 são na direção norte: (𝑥6) possibilidades.
Dos 6 − 𝑥 movimentos restantes, 𝑥 são na direção sul: (6−𝑥
𝑥
) possibilidades.
Dos 6 − 2𝑥 movimentos restantes, 3 − 𝑥 são na direção leste: (6−2𝑥
3−𝑥
) possibilidades.
Dos 3 − 𝑥 movimentos restantes, 3 − 𝑥 são na direção oeste: (3−𝑥
3−𝑥
) possibilidades.
Então, dado o número de passos 𝑥, o número de formas do menino retornar à posição inicial:
6 6−𝑥 6 − 2𝑥 3−𝑥
𝑁(𝑥) = ( ) ⋅ ( )⋅( )⋅( )
𝑥 𝑥 3−𝑥 3−𝑥
6! (6 − 𝑥 ) ! (6 − 2𝑥)!
𝑁 (𝑥 ) = ⋅ ⋅ ⋅1
(6 − 𝑥)! 𝑥! (6 − 2𝑥)! 𝑥! (3 − 𝑥)! (3 − 𝑥)!
2
6! 20 ⋅ (3!)2 3!
𝑁 (𝑥 ) = 2 = 2 = 20 ⋅ ( )
(𝑥!)2 ⋅ ((3 − 𝑥)!) (𝑥!)2 ⋅ ((3 − 𝑥)!) 𝑥! ⋅ (3 − 𝑥)!
Portanto, temos que a probabilidade do menino voltar à posição inicial no sexto passo é a
soma das probabilidades para cada quantidade de passos 𝑥, onde os passos variam de 0 a 3.
2 2 2 2
3! 3! 3! 3!
𝑁𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 = 20 ⋅ [( ) +( ) +( ) +( ) ]
0! ⋅ (3 − 0)! 1! ⋅ (3 − 1)! 2! ⋅ (3 − 2)! 3! ⋅ (3 − 3)!
𝑁𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 = 400
Por fim, temos que a probabilidade pedida é:
𝑁𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 400 25
𝑃= = 6 =
𝑁 4 256
𝟐𝟓
Gabarito:
𝟐𝟓𝟔
86. (ITA/2015)
Seja 𝑆 o conjunto de todos os polinômios de grau 4 que têm três dos seus coeficientes iguais a
2 e os outros dois iguais a 1.
a) Determine o número de elementos de 𝑆.
b) Determine o subconjunto de 𝑆 formado pelos polinômios que têm −1 como uma de suas
raízes.
Comentários
a) Podemos escrever um polinômio de quarto grau:
𝑝(𝑥) = 𝑎4 𝑥 4 + 𝑎3 𝑥 3 + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0
Então, sabemos que os elementos de 𝑆 possuem três coeficientes iguais a 2, isso é feito de
(53)
= 10 formas, os outros dois coeficientes são iguais e são iguais a 1, sendo automaticamente
determinados quando escolhemos três coeficientes iguais a 2. Desse modo:
𝑛(𝑆) = 10
b) Se −1 é raiz, temos:
𝑝(−1) = 𝑎4 − 𝑎3 + 𝑎2 − 𝑎1 + 𝑎0 = 0
Não, somente, temos que:
𝑝(1) = 𝑎4 + 𝑎3 + 𝑎2 + 𝑎1 + 𝑎0
Contudo, sabemos que três desses coeficientes são iguais à 2 e dois deles são iguais à 1, ou
seja:
𝑝 (1) = 3 ⋅ 2 + 2 ⋅ 1 = 8
Então, temos:
𝑎4 + 𝑎3 + 𝑎2 + 𝑎1 + 𝑎0 = 8
{
𝑎4 − 𝑎3 + 𝑎2 − 𝑎1 + 𝑎0 = 0
Subtraindo a primeira equação da segunda:
2 ⋅ 𝑎3 + 2 ⋅ 𝑎1 = 8
Então, como 𝑎𝑖 ∈ {1,2}, então, a igualdade só ocorre se, e somente se:
𝑎3 = 𝑎1 = 2
Desse modo, temos as seguintes possibilidades:
(𝑎4 , 𝑎3 , 𝑎2 , 𝑎1 , 𝑎0 ) ∈ {(1,2,1,2,2), (1,2,2,2,1), (2,2,1,2,1)}
Ou seja, o subconjunto (𝐴) dos polinômios é que têm −1 como uma das raízes:
𝐴 = {𝑥 4 + 2𝑥 3 + 𝑥 2 + 2𝑥 + 2, 𝑥 4 + 2𝑥 3 + 2𝑥 2 + 2𝑥 + 1, 2𝑥 4 + 2𝑥 3 + 𝑥 2 + 2𝑥 + 1}
Gabarito: a) 𝒏(𝑺) = 𝟏𝟎 b) {𝒙𝟒 + 𝟐𝒙𝟑 + 𝒙𝟐 + 𝟐𝒙 + 𝟐, 𝒙𝟒 + 𝟐𝒙𝟑 + 𝟐𝒙𝟐 + 𝟐𝒙 + 𝟏, 𝟐𝒙𝟒 + 𝟐𝒙𝟑 +
𝒙𝟐 + 𝟐𝒙 + 𝟏}
87. (ITA/2015)
Três pessoas, aqui designadas por 𝐴, 𝐵 e 𝐶, realizam o seguinte experimento: 𝐴 recebe um
cartão em branco e nele assinala o sinal + ou o sinal −, passando em seguida a 𝐵, que mantém
ou troca o sinal marcado por 𝐴 e repassa o cartão a 𝐶. Este, por sua vez, também opta por
manter ou trocar o sinal do cartão. Sendo de 1/3 a probabilidade de 𝐴 escrever o sinal + e de
2/3 as respectivas probabilidades de 𝐵 e 𝐶 trocarem o sinal repetido, determine a
probabilidade de 𝐴 haver escrito o sinal + sabendo-se ter sido este o sinal ao término do
experimento.
Comentários
Temos as seguintes possibilidades:
𝐴 𝐵 𝐶
1 1 1 1
+ + + → ⋅ ⋅ =
3 3 3 27
+ + −
1 2 2 4
+ − + → ⋅ ⋅ =
3 3 3 27
+ − −
− − −
2 1 2 4
− − + → ⋅ ⋅ =
3 3 3 27
2 2 1 4
− + + → ⋅ ⋅ =
3 3 3 27
− + −
Então, uma vez que cada linha é independente uma das outras, a probabilidade de terminar
com o sinal + no fim do experimento é:
1 4 4 4 13
𝑃𝑓𝑖𝑚 =
+ + + =
27 27 27 27 27
Além disso, a probabilidade de 𝐴 escrever o sinal + e sinal + ser o mesmo do final do
experimento:
1 4 5
𝑃𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑜 =
+ =
27 27 27
Portanto, a probabilidade de 𝐴 ter escrito o sinal + sabendo que esse foi o sinal do final do
experimento é:
𝑃𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑜 5
𝑃= =
𝑃𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 13
𝟓
Gabarito:
𝟏𝟑
88. (ITA/2014)
Seja Ω o espaço amostral que representa todos os resultados possíveis do lançamento
simultâneo de três dados. Se 𝐴 ⊂ Ω é o evento para o qual a soma dos resultados dos três
dados é igual a 9 e 𝐵 ⊂ Ω o evento cuja soma dos resultados é igual a 10, calcule:
a) 𝑛(Ω);
b) 𝑛(A) e 𝑛(𝐵);
c) 𝑃(A) e 𝑃(𝐵).
Comentários
a) Sabendo que cada lançamento produz 6 possíveis resultados e são 3 lançamentos:
𝑛(Ω) = 6 ⋅ 6 ⋅ 6 = 216
b) Seja o evento 𝐴, e sejam 𝑥1 , 𝑥2 e 𝑥3 os resultados dos dados, desse modo, temos que 𝐴 é
formado pelos casos em que:
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = 9
Não somente, como 6 ≥ 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 ≥ 1, então, seja 𝑥 ′ = 𝑥 − 1, substituindo, temos:
𝑥1′ + 1 + 𝑥2′ + 1 + 𝑥3′ + 1 = 9
𝑥1′ + 𝑥2′ + 𝑥3′ = 6
Então, temos que distribuir 6 unidades nas variáveis 𝑥1′ , 𝑥2′ e 𝑥3′ , podemos pensar que
estamos organizando 6 bolinhas e 2 barrinhas, ou seja:
1 + 3 + 2 → 𝑜|𝑜𝑜𝑜|𝑜𝑜
Temos que todas as possibilidades de permutação de barrinhas são o número de soluções da
equação, então temos:
𝑏𝑜𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 + 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 8
( ) = ( ) = 28 𝑠𝑜𝑙𝑢çõ𝑒𝑠
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 2
Além disso, essas soluções consideram casos do tipo: (𝑥1′ , 𝑥2′ , 𝑥3′ ) = (6,0,0), o que é um
problema, pois assim 𝑥1 = 𝑥1′ + 1 = 6 + 1, mas 𝑥1 ≤ 6, então, devemos excluir os casos em que
𝑥1 ≥ 6, que são:
(6,0,0) 𝑜𝑢 (0,6,0) 𝑜𝑢 (0,0,6)
Logo, temos que:
𝑛(𝐴) = 28 − 3 = 25
Aplicando o mesmo conceito no evento 𝐵, então, que:
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = 10
Daí:
𝑥1′ + 𝑥2′ + 𝑥3′ = 7
Então, seguindo a mesma ideia de permutar barrinhas e bolinhas:
𝑏𝑜𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 + 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 9
( ) = ( ) = 36 𝑠𝑜𝑙𝑢çõ𝑒𝑠
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 2
Além disso, devemos eliminar os casos em que 𝑥1′ , 𝑥2′ , 𝑥3′ ≥ 6, que são:
(7,0,0) 𝑜𝑢 (0,7,0) 𝑜𝑢 (0,0,7) 𝑜𝑢 (6,1,0) 𝑜𝑢 (6,0,1) 𝑜𝑢 (1,6,0) 𝑜𝑢 (0,6,1) 𝑜𝑢 (1,0,6) 𝑜𝑢 (0,1,6)
Então, temos 9 soluções que devemos eliminar, portanto:
𝑛(𝐵) = 36 − 9 = 27
c) Por fim, temos que a probabilidade 𝑃(𝐴) e 𝑃(𝐵) é:
𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃=
𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑛 (𝐴 ) 25
𝑃 (𝐴 ) = =
𝑛(Ω) 216
𝑛 (𝐵 ) 27
𝑃 (𝐵 ) = =
𝑛(Ω) 216
𝟐𝟓 𝟐𝟕
Gabarito: a) 𝒏(𝛀) = 𝟐𝟏𝟔 b) 𝒏(𝑨) = 𝟐𝟓 e 𝒏(𝑩) = 𝟐𝟕 c) 𝑷(𝑨) = e 𝑷(𝑩) =
𝟐𝟏𝟔 𝟐𝟏𝟔
89. (ITA/2014)
Determine quantos paralelepípedos retângulos diferentes podem ser construídos de tal
maneira que a medida de cada uma de suas arestas seja um número inteiro positivo que não
exceda 10.
Comentários
Nesse caso, podemos dividir os possíveis paralelepípedos formados em três grupos:
a) Se todas as medidas forem diferentes:
Então, dentre os 10 números possíveis, devemos escolher 3, assim, temos (10
3
) = 120
possibilidades.
b) Se uma medida for distinta:
Então, podemos escolher de 10 formas as medidas iguais e de uma forma a medida distinta,
então temos 10 ⋅ 9 = 90 possibilidades.
c) Se todas as medidas forem iguais:
Então, podemos escolher de 10 formas diferentes o valor dessas medidas, ou seja, temos 10
possibilidades.
Por fim, ao todo, temos:
10 + 90 + 120 = 220 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
Gabarito: 𝟐𝟐𝟎 maneiras
90. (ITA/2013)
Quantos tetraedros regulares de mesma dimensão podemos distinguir usando 4 cores
distintas para pintar todas as suas faces? Cada face só pode ser pintada com uma única cor.
Comentários
Fixando um tetraedro e pintando sua face interior com uma das quatro cores, restam 3 cores
e podemos realizar uma permutação circular em suas outras três faces restantes,
consequentemente, temos:
1 ⋅ (3 − 1)! = 2 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑠
Gabarito: 𝟐 formas
91. (ITA/2012)
Dez cartões estão numerados de 1 a 10. Depois de embaralhados, são formados dois conjuntos
de 5 cartões cada. Determine a probabilidade de que os números 9 e 10 apareçam num
mesmo conjunto.
Comentários
92. (ITA/2011)
Sobre uma mesa estão dispostos 5 livros de história, 4 de biologia e 2 de espanhol. Determine
a probabilidade de os livros serem empilhados sobre a mesa de tal forma que aqueles que
tratam do mesmo assunto estejam juntos.
Comentários
Temos, ao todo 5 + 4 + 2 = 11 livros distintos, então, ao todo existem 11! Possíveis
configurações dos livros. Além disso, se os livros do mesmo assunto estão juntos, temos as matérias
podem ser permutadas de 3! maneiras. Não somente, em história podemos permutar os livros de
5! maneiras, em biologia podemos permutar de 4! maneiras e em espanhol podemos permutar de
2! maneiras.
Portanto, a probabilidade pedida é:
3! ⋅ 5! ⋅ 4! ⋅ 2! 1
𝑃= =
11! 1155
𝟏
Gabarito:
𝟏𝟏𝟓𝟓
93. (ITA/2010)
Uma urna de sorteio contém 90 bolas numeradas de 1 a 90, sendo que a retirada de uma bola
é equiprovável à retirada de cada uma das demais.
a) Retira-se aleatoriamente uma das 90 bolas desta urna. Calcule a probabilidade de o
número desta bola ser um múltiplo de 5 ou de 6.
b) Retira-se aleatoriamente uma das 90 bolas desta urna e, sem repô-la, retira-se uma
segunda bola. Calcule a probabilidade de o número da segunda bola retirada não ser um
múltiplo de 6.
Comentários
94. (ITA/2009)
Um determinado concurso é realizado em duas etapas. Ao longo dos últimos anos, 20% dos
candidatos do concurso têm conseguido na primeira etapa nota superior ou igual à nota
mínima necessária para poder participar da segunda etapa. Se tomarmos 6 candidatos dentre
os muitos inscritos, qual é a probabilidade de no mínimo 4 deles conseguirem nota para
participar da segunda etapa?
Comentários
1
A probabilidade de ser aprovado é 𝑃𝐴 = , consequentemente, a probabilidade de ser
5
4
reprovado é de 𝑃𝑅 = .
5
Além disso, dentre 6 candidatos escolhidos, para que no mínimo 4 candidatos sejam
aprovados temos que considerar os seguintes casos:
I) Somente 4 aprovados:
Então, temos que 4 deles, os aprovados, devem possuir probabilidade 𝑃𝐴 e dois deles, os
reprovados, devem possuir probabilidade 𝑃𝑅 , além disso, podemos permutar essas probabilidades
entre os 6 candidatos de (64) maneiras, então, temos:
6 1 4 4 2 240
𝑃4 = ( ) ⋅ ( ) ⋅ ( ) = 6
4 5 5 5
II) Somente 5 aprovados:
Analogamente, 5 deles tem probabilidade 𝑃𝐴 e 1 deles tem probabilidade 𝑃𝑅 , além disso,
pode-se permutar de (65) maneiras as probabilidades entre os 6 candidatos:
6 1 5 4 1 24
𝑃5 = ( ) ⋅ ( ) ⋅ ( ) = 6
5 5 5 5
III) Somente 6 aprovados:
Analogamente, 6 deles tem probabilidade 𝑃𝐴 e 0 deles tem probabilidade 𝑃𝑅 , além disso,
podemos permutar de (66) maneiras as probabilidades entre os 6 candidatos:
6 1 6 4 0 1
𝑃5 = ( ) ⋅ ( ) ⋅ ( ) = 6
6 5 5 5
Portanto, a probabilidade pedida é:
240 + 24 + 1 53
𝑃 = 𝑃4 + 𝑃5 + 𝑃6 = =
56 3125
𝟓𝟑
Gabarito:
𝟑𝟏𝟐𝟓
95. (ITA/2008)
Em um espaço amostral com uma probabilidade 𝑃, são dados os eventos 𝐴, 𝐵 e 𝐶 tais que:
𝑃(𝐴) = 𝑃(𝐵) = 1/2, com 𝐴 e 𝐵 independentes, 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶 ) = 1/16, e sabe-se que
𝑃((𝐴 ∩ 𝐵) ∪ (𝐴 ∩ 𝐶 )) = 3/10. Calcule as probabilidades condicionais 𝑃(𝐶|𝐴 ∩ 𝐵) e
𝑃(𝐶 |𝐴 ∩ 𝐵𝐶 ).
Comentários
i) 𝑃(𝐶 |𝐴 ∩ 𝐵):
Por Bayes, sabemos que:
1 1
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶 ) 16 1
𝑃(𝐶 |𝐴 ∩ 𝐵) = = = 16 =
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 ) 𝑃 (𝐴 ) ⋅ 𝑃 (𝐵 ) 1 1 4
⋅
2 2
O passo feito em vermelho ocorre, pois as probabilidades são independentes.
ii) 𝑃(𝐶|𝐴 ∩ 𝐵𝐶 ):
Inicialmente, temos que:
𝐴 ∩ 𝐵𝐶 = 𝐴 − 𝐵 = 𝐴 − 𝐴 ∩ 𝐵
Então, temos:
𝑃((𝐴 − 𝐴 ∩ 𝐵) ∩ 𝐶) 𝑃(𝐴 ∩ 𝐶 − 𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶)
𝑃(𝐶 |𝐴 ∩ 𝐵𝐶 ) = 𝑃(𝐶 |(𝐴 − 𝐴 ∩ 𝐵)) = =
𝑃 (𝐴 − 𝐴 ∩ 𝐵 ) 𝑃 (𝐴 − 𝐴 ∩ 𝐵 )
𝑃(𝐴 ∩ 𝐶 − 𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶) 𝑃(𝐴 ∩ 𝐶 ) − 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶 )
𝑃(𝐶 |𝐴 ∩ 𝐵𝐶 ) = = (𝐼)
𝑃 (𝐴 − 𝐴 ∩ 𝐵 ) 𝑃 (𝐴 ) − 𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵 )
Além disso, temos que:
𝑃((𝐴 ∩ 𝐵) ∪ (𝐴 ∩ 𝐶 )) = 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) + 𝑃(𝐴 ∩ 𝐶 ) − 𝑃((𝐴 ∩ 𝐵) ∩ (𝐴 ∩ 𝐶 ))
𝑃((𝐴 ∩ 𝐵 ) ∪ (𝐴 ∩ 𝐶 )) = 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) + 𝑃(𝐴 ∩ 𝐶 ) − 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶 )
Substituindo:
3 1 1 1
= ⋅ + 𝑃 (𝐴 ∩ 𝐶 ) −
10 2 2 16
9
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐶 ) = (𝐼𝐼)
80
Desse modo, de (𝐼) e (𝐼𝐼) temos:
9 1
𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐶 ) − 𝑃 ( 𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶 ) − 1
𝑃(𝐶 |𝐴 ∩ 𝐵𝐶 ) = = 80 16 =
𝑃 (𝐴 ) − 𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 ) 1 1 1 5
− ⋅
2 2 2
𝟏 𝟏
Gabarito: 𝑷(𝑪|𝑨 ∩ 𝑩) = e 𝑷(𝑪|𝑨 ∩ 𝑩𝑪 ) =
𝟐 𝟓
96. (ITA/2007)
Dentre 4 moças e 5 rapazes deve-se formar uma comissão de 5 pessoas com, pelo menos, 1
moça e 1 rapaz. De quantas formas distintas tal comissão poderá ser formada?
Comentários
Das comissões de pelo menos 1 moça e 1 rapaz, tem-se as seguintes possibilidades:
i) 1 rapaz e 4 moças:
Devemos escolher 1 rapaz entre os 5 existentes e 4 moças entre as 4 existentes, então,
temos:
5 4
𝑝1 = ( ) ⋅ ( ) = 5
1 4
ii) 2 rapazes e 3 moças:
Devemos escolher 2 rapazes entre os 5 existentes e 3 moças entre as 4 existentes, então,
temos:
5 4
𝑝2 = ( ) ⋅ ( ) = 40
2 3
iii) 3 rapazes e 2 moças:
Devemos escolher 3 rapazes entre os 5 existentes e 2 moças entre as 4 existentes, então,
temos:
5 4
𝑝3 = ( ) ⋅ ( ) = 60
3 2
iv) 4 rapazes e 1 moça:
Devemos escolher 4 rapazes entre os 5 existentes e 1 moça entre as 4 existentes, então,
temos:
5 4
𝑝4 = ( ) ⋅ ( ) = 20
4 1
Por fim, temos que o total de comissões é:
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 5 + 40 + 60 + 20 = 125
Gabarito: 𝟏𝟐𝟓 comissões
97. (ITA/2005)
São dados dois cartões, sendo que um deles tem ambos os lados na cor vermelha, enquanto o
outro tem um lado na cor vermelha e o outro lado na cor azul. Um dos cartões é escolhido ao
acaso e colocado sobre uma mesa. Se a cor exposta é vermelha, calcule a probabilidade de o
cartão escolhido ter a outra cor também vermelha.
Comentários
Temos dois cartões possíveis: (𝑉, 𝑉) e (𝐴, 𝑉), então, existem as seguintes possibilidades
quando se vira o cartão:
𝐴→ 𝑉
𝑣𝑖𝑟𝑜𝑢
𝑉→ 𝐴
𝑣𝑖𝑟𝑜𝑢
𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑎 𝑐𝑜𝑟 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎 é 𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎 {𝑉 →
𝑣𝑖𝑟𝑜𝑢
𝑉
𝑉→ 𝑉
𝑣𝑖𝑟𝑜𝑢
Então, se a cor exposta é vermelha, existem 3 formas de a cor exposta ser vermelha. Além
disso, existem 2 formas de a cor exposta ser vermelha e virar e obter a cor vermelha. Então, a
probabilidade é:
2
𝑝=
3
𝟐
Gabarito:
𝟑
98. (ITA/2004)
Uma caixa branca contém 5 bolas verdes e 3 azuis, e uma caixa preta contém 3 bolas verdes e
2 azuis. Pretende-se retirar uma bola de uma das caixas. Para tanto, 2 dados são retirados. Se
a soma resultante dos dois dados for menor que 4, retira-se uma bola da caixa branca. Nos
demais casos, retira-se uma bola da caixa preta. Qual a probabilidade de se retirar uma bola
verde?
Comentários
As possibilidades para que a soma resultante de dois dados seja menor que 4, são dadas:
QUESTÕES IME
99. (IME/2019)
Em um jogo de RPG “Role-Playing Game” em que os jogadores lançam um par de dados para
determinar a vitória ou a derrota quando se confrontam em duelos, os dados são icosaedros
regulares com faces numeradas de 1 a 20. Vence quem soma mais pontos na rolagem dos
dados e, em caso de empate, os dois perdem. Em um confronto, seu adversário somou 35
pontos na rolagem de dados. É sua vez de rolar os dados. Qual sua chance de vencer este
duelo?
(A) 1/2
(B) 3/76
(C) 9/400
(D) 1/80
(E) 3/80
Comentários
A probabilidade 𝑃 de eu vencer o duelo pode ser dado pela fórmula:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃=
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
O total de casos possíveis que pode ocorrer é igual a 20 ⋅ 20 = 400, pois para cada dado
lançado temos 20 possibilidades de resultado (pode sair qualquer número entre 1 e 20).
Vamos ver todos os casos favoráveis, ou seja, todos os casos em que a soma dos dois dados
seja maior que 35:
• (16, 20) → 16 + 20 = 36 > 35
• (17, 19) → 17 + 19 = 36 > 35
• (18, 18) → 18 + 18 = 36 > 35
• (19, 17) → 19 + 17 = 36 > 35
• (20, 16) → 20 + 16 = 36 > 35
• (17, 20) → 17 + 20 = 37 > 35
• (18, 19) → 18 + 19 = 37 > 35
• (19, 18) → 19 + 18 = 37 > 35
• (20, 17) → 20 + 17 = 37 > 35
• (18, 20) → 18 + 20 = 38 > 35
• (19, 19) → 19 + 19 = 38 > 35
• (20, 18) → 20 + 18 = 38 > 35
• (19, 20) → 19 + 20 = 39 > 35
• (20, 19) → 20 + 19 = 39 > 35
• (20, 20) → 20 + 20 = 40 > 35
Somando os casos, temos que a quantidade de casos favoráveis é 15. Portanto, a
probabilidade de vencer o duelo é:
15 3
𝑃= =
400 80
3
𝑃=
80
Gabarito: “E”
100. (IME/2019)
Um hexágono regular está inscrito em um círculo de raio 𝑅. São sorteados 3 vértices distintos
do hexágono, a saber: 𝐴, 𝐵 e 𝐶. Seja 𝑟 o raio do círculo inscrito ao triângulo 𝐴𝐵𝐶. Qual a
𝑅
probabilidade de que 𝑟 = ?
2
(A) 0
(B) 1/10
(C) 3/5
(D) 1/20
(E) 1/6
Comentários
Vamos calcular o número total de triângulos que se podem formar em um hexágono regular:
6 6! 6⋅5⋅4
𝑛 𝑇 = 𝐶6,3 = ( ) = = = 20
3 3! ⋅ 3! 3 ⋅ 2 ⋅ 1
Para calcular o número de casos favoráveis, devemos saber quantos triângulos satisfazem a
condição do problema.
No hexágono regular, temos 3 possibilidades de se formar os triângulos. Veja a figura:
O raio inscrito ao triângulo 𝐴𝐵𝐶 deve ser igual a 𝑅/2. Podemos relacionar 𝑅 com 𝑟 através
da fórmula da área:
𝑆Δ𝐴𝐵𝐶 = 𝑝𝑟
Sendo 𝑝 o semiperímetro do triângulo 𝐴𝐵𝐶.
101. (IME/2018)
João e Maria nasceram no século 𝑋𝑋, em anos distintos. A probabilidade da soma dos anos em
que nasceram ser 3875 é:
(A) 2/99
(B) 19/2475
(C) 37/4950
(D) 19/825
(E) 19/485
Comentários
A probabilidade 𝑃 da soma dos anos em que João e Maria nasceram ser 3875 pode ser dado
pela fórmula:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃=
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
O total de casos possíveis é igual a 100 ⋅ 99 = 9900 pois existem 100 maneiras de escolher
o ano de nascimento de João (século 𝑋𝑋 começa no ano de 1901 e termina no ano de 2000) e 99
maneiras de escolher o ano de nascimento de Maria (pois é um ano distinto do ano de João).
Veja que são 74 casos favoráveis:
• (1901,1974), (1902,1973), (1903,1972), … , (1973, 1902), (1974, 1901)
Assim a probabilidade da soma dos anos em que João e Maria nasceram ser 3875 é:
74 37
𝑃= =
100 ⋅ 99 4950
𝑃 = 37/4950
Gabarito: “C”
102. (IME/2017)
Um hexágono é dividido em 6 triângulos equiláteros. De quantas formas podemos colocar os
números de 1 a 6 em cada triângulo, sem repetição, de maneira que a soma dos números em
três triângulos adjacentes seja sempre múltiplo de 3? Soluções obtidas por rotação ou reflexão
são diferentes, portanto as figuras abaixo mostram duas soluções distintas.
(A) 12
(B) 24
(C) 36
(D) 48
(E) 96
Comentários
Vamos nomear os 6 triângulos, dessa forma a contagem irá incluir soluções obtidas por
reflexão ou rotação. Veja a figura abaixo:
Sabendo que:
• 1 e 4 possuem resto igual a 1 na divisão por 3;
• 2 e 5 possuem resto igual a 2 na divisão por 3;
• 3 e 6 possuem resto igual a 0 na divisão por 3;
Para que a soma de 3 números seja múltiplo de 3, então necessariamente estes números
serão: um múltiplo de 3, um com resto igual a 1 na divisão por 3 e um com resto igual a 2 na divisão
por 3. Veja que nenhuma outra combinação resulta em um múltiplo de 3. Assim pelo princípio
multiplicativo temos que:
• o triângulo A possui 6 opções de escolha de um número (qualquer um de 1 a 6);
• o triângulo B possui 4 opções (não pode ser nenhum do grupo de resto do triângulo A);
• o triângulo C possui 2 opções (não pode ser nenhum dos grupos de restos dos triângulos A e
B);
• o triângulo D possui somente 1 opção (conhecendo os valores de B e C, sabemos os restos
deles e então sobra um resto possível para o D);
• o triângulo E igualmente possui 1 opção;
• o triângulo F fica com o número que sobrar, portanto 1 opção também.
Assim o número de possibilidades de colocar os números nos triângulos é:
6 ⋅ 4 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 = 48
Gabarito: “D”
103. (IME/2016)
Os inteiros 𝑛 e 𝑚 são sorteados do conjunto {1,2,3, … ,2016}, podendo haver repetição. Qual
a probabilidade do produto 𝑛 × 𝑚 ser múltiplo de 12?
5
(A)
12
5
(B)
18
5
(C)
24
5
(D)
36
5
(E)
144
Comentários
Podemos trabalhar com os restos na divisão por 12 dos números do conjunto, assim:
• de 1 a 12 temos todos os restos possíveis de 12 (0 a 11);
• de 13 a 24 temos todos os restos possíveis de 12 (0 a 11);
• de 25 a 36 temos todos os restos possíveis de 12 (0 a 11);
• ...
• de 1993 a 2004 temos todos os restos possíveis de 12 (0 a 11);
• de 2005 a 2016 temos todos os restos possíveis de 12 (0 a 11).
São ao todo 168 grupos 12 números com um resto possível na divisão por 12. As combinações
possíveis de dois números 𝑛 e 𝑚 que multiplicados dão um múltiplo de 12 são:
• 𝑛 com resto 1 e 𝑚 com resto 12;
• 𝑛 com resto 2 e 𝑚 com resto 6;
• 𝑛 com resto 2 e 𝑚 com resto 12;
• 𝑛 com resto 3 e 𝑚 com resto 4;
• 𝑛 com resto 3 e 𝑚 com resto 8;
• 𝑛 com resto 3 e 𝑚 com resto 12;
• 𝑛 com resto 4 e 𝑚 com resto 3;
• 𝑛 com resto 4 e 𝑚 com resto 6;
• 𝑛 com resto 4 e 𝑚 com resto 9;
• 𝑛 com resto 4 e 𝑚 com resto 12;
• 𝑛 com resto 5 e 𝑚 com resto 12;
• 𝑛 com resto 6 e 𝑚 com resto 2;
• 𝑛 com resto 6 e 𝑚 com resto 4;
• 𝑛 com resto 6 e 𝑚 com resto 6;
• 𝑛 com resto 6 e 𝑚 com resto 8;
• 𝑛 com resto 6 e 𝑚 com resto 10;
• 𝑛 com resto 6 e 𝑚 com resto 12;
• 𝑛 com resto 7 e 𝑚 com resto 12;
• 𝑛 com resto 8 e 𝑚 com resto 3;
• 𝑛 com resto 8 e 𝑚 com resto 6;
• 𝑛 com resto 8 e 𝑚 com resto 9;
• 𝑛 com resto 8 e 𝑚 com resto 12;
• 𝑛 com resto 9 e 𝑚 com resto 4;
• 𝑛 com resto 9 e 𝑚 com resto 8;
• 𝑛 com resto 9 e 𝑚 com resto 12;
• 𝑛 com resto 10 e 𝑚 com resto 6;
104. (IME/2015)
O time de futebol “X” irá participar de um campeonato no qual não são permitidos empates.
Em 80% dos jogos, “X” é o favorito. A probabilidade de “X” ser o vencedor do jogo quando ele
é o favorito é 0,9. Quando “X” não é o favorito, a probabilidade de ele ser o vencedor é 0,02.
Em um determinado jogo de “X” contra “Y”, o time “X” foi o vencedor. Qual a probabilidade
de “X” ter sido o favorito nesse jogo?
(A) 0,80
(B) 0,98
(C) 180/181
(D) 179/181
(E) 170/181
Comentários
A probabilidade 𝑃 de "𝑋" ter sido o favorito neste jogo pode ser dado pela fórmula:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃=
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
O total de casos possíveis pode ser dado por 0,8 ⋅ 0,9 + (1 − 0,8) ⋅ 0,02 = 0,724 que
representa as possibilidades de "𝑋" ser vencedor.
Já o número de casos favoráveis é dado pela possibilidade de ele ter sido vencedor e favorito,
ou seja, 0,8 ⋅ 0,9 = 0,72.
105. (IME/2014)
Em uma festa de aniversário estão presentes 𝑛 famílias com pai, mãe e 2 filhos, além de 2
famílias com pai, mãe e 1 filho. Organiza-se uma brincadeira que envolve esforço físico, na qual
uma equipe azul enfrentará uma equipe amarela. Para equilibrar a disputa, uma das equipes
terá apenas o pai de uma das famílias, enquanto a outra equipe terá 2 pessoas de uma mesma
família, não podendo incluir o pai. É permitido que o pai enfrente 2 pessoas de sua própria
família. Para que se tenha exatamente 2014 formas distintas de se organizar a brincadeira, o
valor de 𝑛 deverá ser
(A) 17
(B) 18
(C) 19
(D) 20
(E) 21
Comentários
Vamos analisar duas situações:
𝐼) Para escolher um pai para a compor a equipe azul temos (𝑛 + 2) maneira, podendo ser
qualquer pai de qualquer uma das (𝑛 + 2) famílias. Para a equipe amarela temos:
• (32) maneiras de escolher dois membros se for do primeiro tipo de família (escolher duas
pessoas dentre mãe e dois filhos);
• (22) maneiras de escolher dois membros se for do segundo tipo de família;
Assim para compor a equipe amarela temos (32) ⋅ 𝑛 + (22) ⋅ 2 = (3𝑛 + 2) maneiras.
Assim para este primeiro caso temos (𝑛 + 2) ⋅ (3𝑛 + 2) possibilidades para a
brincadeira.
𝐼𝐼) Neste caso temos a mesma situação só que com os times de cores trocadas. Assim para
escolher um pai para a compor a equipe amarela temos (𝑛 + 2) maneira e para a equipe azul temos:
• (32) maneiras de escolher dois membros se for do primeiro tipo de família;
• (22) maneiras de escolher dois membros se for do segundo tipo de família;
Assim para compor a equipe azul temos (32) ⋅ 𝑛 + (22) ⋅ 2 = (3𝑛 + 2) maneiras.
Assim para o segundo caso temos novamente (𝑛 + 2) ⋅ (3𝑛 + 2) possibilidades para a
brincadeira.
O total de possibilidade para a brincadeira é então:
(𝑛 + 2) ⋅ (3𝑛 + 2) + (𝑛 + 2) ⋅ (3𝑛 + 2) = 6𝑛2 + 16𝑛 + 8
Para que essa quantidade seja igual a 2014 devemos ter então que:
6𝑛2 + 16𝑛 + 8 = 2014
3𝑛2 + 8𝑛 + 4 = 1007
Resolvendo a equação teremos que:
𝑛 = 17
Gabarito: “A”
106. (IME/2013)
Um menino, na cidade do Rio de Janeiro, lança uma moeda. Ele andará 1 m para leste se o
resultado for cara ou 1 m para oeste de o resultado for coroa. A probabilidade deste menino
estar a 5 m de distância de sua posição inicial, após 9 lançamentos da moeda, é:
9
(A)
26
35
(B)
26
2
(C)
9!
35
(D)
29
9!
(E)
29
Comentários
Para que o menino esteja 5 metros para uma direção (leste ou oeste) ele precisa de 5
lançamentos iguais (cara ou coroa, respectivamente). Dos 9 lançamentos, os 4 restantes deverão
ser tais que ele não mude de posição no final, isto ocorre se dos 4 lançamentos, 2 forem caras e 2
forem coroas, assim um lançamento cara cancela a ação de um lançamento coroa. Assim temos dois
casos para analisar:
𝐼) 7 lançamentos caras e 2 lançamentos coroas (menino está a 5 m a leste).
Seja 𝑃1 𝑃2 𝑃3 𝑃4 𝑃5 𝑃6 𝑃7 𝑃8 𝑃9 as posições da ordem dos 9 lançamentos, temos então:
9! 9⋅8
𝐶92 = = = 36
(9 − 2)! ⋅ 2! 2
possibilidades para escolher as 7 posições para terem resultados cara. As posições restantes
terão resultados coroa. O total de possibilidades de 9 lançamentos é dado por 29 (para cada posição
temos duas opções, ou cara ou coroa). Assim a probabilidade do menino estar a 5 metros de
distância de sua posição inicial neste caso é:
36 9
9
= 7
2 2
𝐼𝐼) 2 lançamentos caras e 7 lançamentos coroas (menino está a 5 m a oeste).
O cálculo deste caso é análogo ao caso anterior. Portanto a probabilidade neste caso é:
36 9
9
= 7
2 2
Portanto a probabilidade final do menino estar a 5 metros de distância de sua posição inicial
neste caso é:
9 9 9
7
+ 7= 6
2 2 2
Gabarito: “A”
107. (IME/2012)
Em um aeroporto existem 12 vagas numeradas de 1 a 12, conforme a figura. Um piloto
estacionou sua aeronave em uma vaga que não se encontrava nas extremidades, isto é,
distintas das vagas 1 e da vaga 12. Após estacionar, o piloto observou que exatamente 8 das
12 vagas estavam ocupadas, incluindo a vaga na qual sua aeronave estacionou. Determine a
probabilidade de que ambas as vagas vizinhas a sua aeronave estejam vazias.
(A) 1/55
(B) 2/55
(C) 3/55
(D) 4/55
(E) 6/55
Comentários
A probabilidade 𝑃 de ambas as vagas vizinhas a aeronave estejam vazias pode ser dado pela
fórmula:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃=
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
O total de casos possíveis pode ser dado por:
11
10 ⋅ (
)
7
pois são 10 opções para a aeronave (qualquer vaga escolhida entre 2 a 11) e das 11 vagas
restantes temos que escolher 7 para serem ocupadas.
Considerando agora vaga livre/aeronave/vaga livre como um só elemento, então temos 10
vagas e 8 ocupadas inclusive o elemento trio. Temos então 10 maneiras de escolher uma posição
para o elemento trio. Das 9 vagas restantes temos que escolher 7 para serem consideradas
ocupadas também. Portanto o número de casos favoráveis é:
9
10 ⋅ ( )
7
Assim a probabilidade 𝑃 de ambas as vagas vizinhas a aeronave estarem vazias é:
𝑃 = 6/55
Gabarito: “E”
108. (IME/2011)
O pipoqueiro cobra o valor de R$ 1,00 por saco de pipoca. Ele começa seu trabalho sem
qualquer dinheiro para troco. Existem oito pessoas na fila do pipoqueiro, das quais quatro têm
uma moeda de R$ 1,00 e quatro uma nota de R$ 2,00. Supondo uma arrumação aleatória para
a fila formada pelas oito pessoas e que cada uma comprará exatamente um saco de pipoca, a
probabilidade de que o pipoqueiro tenha troco para as quatro pessoas que pagarão com a nota
de R$ 2,00 é:
(A) 1/8
(B) 1/5
(C) 1/4
(D) 1/3
(E) 1/2
Comentários
A probabilidade 𝑃 de o pipoqueiro ter troco para as quatro pessoas que pagarão com a nota
de dois reais pode ser dado pela fórmula:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃=
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
O total de casos possíveis é 8!, pois devemos enfileirar oito pessoas.
Para facilitar vamos chamar as pessoas com moeda de um real de 𝑈 e pessoas com nota de
dois reais de 𝐷. Veja que para cada 𝐷 deve existir à sua frente no mínimo um 𝑈. Já podemos concluir
que a primeira pessoa da fila não pode ser 𝐷. Seja então 𝑈_𝑈_𝑈_𝑈_ a ordem da fila onde _ pode ser
preenchida com 𝐷’𝑠. Temos então as seguintes possibilidades de preencher:
• 𝑈𝑈𝑈𝑈𝐷𝐷𝐷𝐷;
• 𝑈𝑈𝑈𝐷𝑈𝐷𝐷𝐷;
• 𝑈𝑈𝑈𝐷𝐷𝑈𝐷𝐷;
• 𝑈𝑈𝑈𝐷𝐷𝐷𝑈𝐷;
• 𝑈𝑈𝐷𝑈𝑈𝐷𝐷𝐷;
• 𝑈𝑈𝐷𝑈𝐷𝑈𝐷𝐷;
• 𝑈𝑈𝐷𝑈𝐷𝐷𝑈𝐷;
• 𝑈𝑈𝐷𝐷𝑈𝑈𝐷𝐷;
• 𝑈𝑈𝐷𝐷𝑈𝐷𝑈𝐷;
• 𝑈𝐷𝑈𝑈𝑈𝐷𝐷𝐷;
• 𝑈𝐷𝑈𝑈𝐷𝑈𝐷𝐷;
• 𝑈𝐷𝑈𝑈𝐷𝐷𝑈𝐷;
• 𝑈𝐷𝑈𝐷𝑈𝑈𝐷𝐷;
• 𝑈𝐷𝑈𝐷𝑈𝐷𝑈𝐷.
São 14 possibilidades. Mas devemos levar em consideração que são pessoas diferentes e,
portanto, devemos permutar as pessoas 𝑈 entre elas e as pessoas 𝐷 entre elas para cada
possibilidade listada acima. Assim o número de casos favoráveis é dado por:
14 ⋅ 4! ⋅ 4!
Assim a probabilidade de o pipoqueiro ter troco para as quatro pessoas que pagarão com a
nota de dois reais é:
14 ⋅ 4! ⋅ 4! 14 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 4! 1
= =
8! 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4! 5
Gabarito: “B”
109. (IME/2011)
Um trem conduzindo 4 homens e 6 mulheres passa por seis estações. Sabe-se que cada um
destes passageiros irá desembarcar em qualquer uma das seis estações e que não existe
distinção dentre os passageiros de mesmo sexo. O número de possibilidades distintas de
desembarque destes passageiros é:
(A) 1.287
(B) 14.112
(C) 44.200
(D) 58.212
(E) 62.822
Comentários
Seja 𝐻1 , 𝐻2 , 𝐻3 , 𝐻4 , 𝐻5 e 𝐻6 a quantidade de homens que desceu nas estações 1, 2, 3, 4, 5 e 6,
respectivamente. E seja 𝑀1 , 𝑀, 𝑀3 , 𝑀4 , 𝑀5 e 𝑀6 a quantidade de mulheres que desceu nas estações
1, 2, 3, 4, 5 e 6, respectivamente.
Temos então que 𝐻1 + 𝐻2 + 𝐻3 + 𝐻4 + 𝐻5 + 𝐻6 = 4. Considerando que cada | representa
uma pessoa então temos quer permutar 9 obejtos (5 sinais de + e 4 | que representam os homens).
Assim por exemplo | + | + || + + + significa que desceu um homem na parada 1, um homem na
parada 2, dois homens na terceira parada e nenhum homem nas paradas 4, 5 e 6. Temos então uma
permutação de 9 objetos com repetições, portanto:
9! 9⋅8⋅7⋅6
= = 126
4! ⋅ 5! 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1
Analogamente podemos encontrar o número de possibilidades no caso das mulheres. São 11
objetos (5 sinais de + e 6 | que representam as mulheres). Temos então uma permutação de 11
objetos com repetições, portanto:
11! 11 ⋅ 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7
= = 462
6! ⋅ 5! 5⋅4⋅3⋅2⋅1
Portanto o total de possibilidades distintas de desembarque dos passageiros é:
110. (IME/2010)
Cada um dos quadrados menores da figura acima é pintado aleatoriamente de verde, azul,
amarelo ou vermelho. Qual é a probabilidade de que ao menos dois quadrados, que possuam
um lado em comum, sejam pintados da mesma cor?
1
(A)
2
5
(B)
8
7
(C)
16
23
(D)
32
43
(E)
64
Comentários
Vamos nomear os quadrados menores da seguinte maneira:
Além disso, a probabilidade 𝑃 de que ao menos dois quadrados que possuem lado comum
possuam mesma cor pode ser dado pela fórmula:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑛ã𝑜 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃= =1−
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
O total de casos possíveis pode ser dado por:
4 ⋅ 4 ⋅ 4 ⋅ 4 = 44 = 256
pois são cada quadrado menor possui 4 opções de escolher a cor para ser pintado.
Vamos analisar os casos não favoráveis:
𝐼) 𝐴, 𝐵, 𝐶 e 𝐷 possuem cores distintas
Neste caso, 𝐴 possui 4 opções de escolha de cor, em seguida 𝐵 possui 3, 𝐶 possui 2 e por fim
𝐷 possui 1 opção. Assim neste caso temos 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 24 possibilidades não favoráveis.
𝐼𝐼) 𝐴 e 𝐷 possuem cores iguais e 𝐵 e 𝐶 possuem cores distintas
Neste caso, 𝐴 possui 4 opções de escolha de cor, em seguida 𝐵 possui 3, 𝐶 possui 2 e por fim
𝐷 possui 1 opção, que é a mesma que a cor de 𝐴. Assim neste caso temos 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 24
possibilidades não favoráveis.
𝐼𝐼𝐼) 𝐴 e 𝐷 possuem cores iguais e 𝐵 e 𝐶 possuem cores iguais mas diferente do par anterior
Neste caso, 𝐴 possui 4 opções de escolha de cor, em seguida 𝐵 possui 3, 𝐶 possui 1 e por fim
𝐷 possui também 1 opção, pois ambos já possuem suas cores definidas. Assim neste caso temos 4 ⋅
3 ⋅ 1 ⋅ 1 = 12 possibilidades não favoráveis.
𝐼𝑉) 𝐵 e 𝐶 possuem cores iguais e 𝐴 e 𝐷 possuem cores distintas
Neste caso, 𝐴 possui 4 opções de escolha de cor, em seguida 𝐵 possui 3, 𝐶 possui 1 (mesma
cor que 𝐵) e por fim 𝐷 possui 2 opções, pois ambos já possuem suas cores definidas. Assim neste
caso temos 4 ⋅ 3 ⋅ 1 ⋅ 2 = 24 possibilidades não favoráveis.
Assim o total de casos não favoráveis é igual a:
24 + 24 + 12 + 24 = 84
Assim a probabilidade 𝑃 de que ao menos dois quadrados que possuem lado comum
possuam mesma cor é:
84 172 43
𝑃 =1− = =
256 256 64
43
𝑃=
64
Gabarito: “E”
111. (IME/2009)
Uma urna contém cinco bolas numeradas de 1 a 5. Retiram-se, com reposição, 3 bolas desta
urna, sendo 𝛼 o número da primeira bola, 𝛽 o da segunda e 𝜆 o da terceira. Dada a equação
quadrática 𝛼𝑥 2 + 𝛽𝑥 + 𝜆 = 0, a alternativa que expressa a probabilidade das raízes desta
equação serem reais é
19
(A)
125
23
(B)
60
26
(C)
125
26
(D)
60
25
(E)
60
Comentários
A probabilidade 𝑃 das raízes da equação 𝛼𝑥 2 + 𝛽𝑥 + 𝜆 = 0 serem reais pode ser dado pela
fórmula:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃=
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
O total de casos possíveis pode ser dado por:
5 ⋅ 5 ⋅ 5 = 53 = 125
pois são 5 opções para cada bola retirada da urna.
Para que a equação 𝛼𝑥 2 + 𝛽𝑥 + 𝜆 = 0 tenha raízes reais devemos ter que:
∆= 𝛽2 − 4 ⋅ 𝛼 ⋅ 𝜆 ≥ 0 → 𝛽2 ≥ 4 ⋅ 𝛼 ⋅ 𝜆
Vamos analisar todos os casos favoráveis:
𝐼) 𝛽 = 1
Não existe nenhuma maneira de escolher 𝛼 e 𝜆 tais que 𝛽2 ≥ 4 ⋅ 𝛼 ⋅ 𝜆 para 𝛽 = 1;
𝐼𝐼) 𝛽 = 2
Existe somente 1 maneira de escolher 𝛼 e 𝜆 tais que 𝛽2 ≥ 4 ⋅ 𝛼 ⋅ 𝜆 para 𝛽 = 2. Ela é quando
𝛼 = 𝜆 = 1 → 22 = 4 ⋅ 1 ⋅ 1;
𝐼𝐼𝐼) 𝛽 = 3
Existem 3 maneiras de escolher 𝛼 e 𝜆 tais que 𝛽2 ≥ 4 ⋅ 𝛼 ⋅ 𝜆 para 𝛽 = 3. São elas:
• 𝛼 = 1 e 𝜆 = 1 → 32 > 4 ⋅ 1 ⋅ 1;
• 𝛼 = 1 e 𝜆 = 2 → 32 > 4 ⋅ 1 ⋅ 2;
• 𝛼 = 2 e 𝜆 = 1 → 32 > 4 ⋅ 2 ⋅ 1.
𝐼𝑉) 𝛽 = 4
Existem 8 maneiras de escolher 𝛼 e 𝜆 tais que 𝛽2 ≥ 4 ⋅ 𝛼 ⋅ 𝜆 para 𝛽 = 4. São elas:
• 𝛼 = 1 e 𝜆 = 1 → 42 > 4 ⋅ 1 ⋅ 1;
• 𝛼 = 1 e 𝜆 = 2 → 42 > 4 ⋅ 1 ⋅ 2;
• 𝛼 = 1 e 𝜆 = 3 → 42 > 4 ⋅ 1 ⋅ 3;
• 𝛼 = 1 e 𝜆 = 4 → 42 = 4 ⋅ 1 ⋅ 4;
• 𝛼 = 2 e 𝜆 = 1 → 42 > 4 ⋅ 2 ⋅ 1;
• 𝛼 = 2 e 𝜆 = 2 → 42 = 4 ⋅ 2 ⋅ 2;
• 𝛼 = 3 e 𝜆 = 1 → 42 > 4 ⋅ 3 ⋅ 1;
• 𝛼 = 4 e 𝜆 = 1 → 42 = 4 ⋅ 4 ⋅ 1;
𝐼𝑉) 𝛽 = 5
Existem 12 maneiras de escolher 𝛼 e 𝜆 tais que 𝛽2 ≥ 4 ⋅ 𝛼 ⋅ 𝜆 para 𝛽 = 5. São elas:
• 𝛼 = 1 e 𝜆 = 1 → 52 > 4 ⋅ 1 ⋅ 1;
• 𝛼 = 1 e 𝜆 = 2 → 52 > 4 ⋅ 1 ⋅ 2;
• 𝛼 = 1 e 𝜆 = 3 → 52 > 4 ⋅ 1 ⋅ 3;
• 𝛼 = 1 e 𝜆 = 4 → 52 > 4 ⋅ 1 ⋅ 4;
• 𝛼 = 1 e 𝜆 = 5 → 52 > 4 ⋅ 1 ⋅ 5;
• 𝛼 = 2 e 𝜆 = 1 → 52 > 4 ⋅ 2 ⋅ 1;
• 𝛼 = 2 e 𝜆 = 2 → 52 > 4 ⋅ 2 ⋅ 2;
• 𝛼 = 2 e 𝜆 = 3 → 52 > 4 ⋅ 2 ⋅ 3;
• 𝛼 = 3 e 𝜆 = 1 → 52 > 4 ⋅ 3 ⋅ 1;
• 𝛼 = 3 e 𝜆 = 2 → 52 > 4 ⋅ 3 ⋅ 2;
• 𝛼 = 4 e 𝜆 = 1 → 52 > 4 ⋅ 4 ⋅ 1;
• 𝛼 = 5 e 𝜆 = 1 → 52 > 4 ⋅ 5 ⋅ 1;
Portanto no total temos 0 + 1 + 3 + 8 + 12 = 24 casos favoráveis.
Assim a probabilidade 𝑃 das raízes da equação 𝛼𝑥 2 + 𝛽𝑥 + 𝜆 = 0 serem reais é:
𝑃 = 24/125
Gabarito: sem alternativa
112. (IME/2008)
De quantas maneiras 𝑛 bolas idênticas podem ser distribuídas em três cestos de cores verde,
amarelo e azul?
𝑛+2
(A) ( )
2
𝑛
(B) ( )
3
𝑛!
(C)
3!
(D) (𝑛 − 3)!
(E) 3𝑛
Comentários
Se a cesta verde não tiver bolas então as outras duas cestas (amarelo e azul, respectivamente)
podem ter (0, 𝑛), (1, 𝑛 − 1), … , (𝑛, 0) bolas, ou seja, 𝑛 + 1 possibilidades.
Se a cesta verde tiver 1 bola então as outras duas cestas (amarelo e azul, respectivamente)
podem ter (0, 𝑛 − 1), (1, 𝑛 − 2), … , (𝑛 − 1,0) bolas, ou seja, 𝑛 possibilidades.
Se a cesta verde tiver 2 bolas então as outras duas cestas (amarelo e azul, respectivamente)
podem ter (0, 𝑛 − 2), (1, 𝑛 − 3), … , (𝑛 − 2,0) bolas, ou seja, 𝑛 − 1 possibilidades.
E assim sucessivamente até chegarmos no caso de se a cesta verde tiver 𝑛 bolas então as
outras duas cestas (amarelo e azul, respectivamente) podem ter somente (0,0) bolas, ou seja, 1
possibilidade.
Portanto o número de possibilidades de distribuir 𝑛 bolas nas três cestas é igual a:
(𝑛 + 1)(𝑛 + 1 + 1) (𝑛 + 1)(𝑛 + 2) 𝑛+2
( 𝑛 + 1) + 𝑛 + ( 𝑛 − 1) + ⋯ + 1 = = = ( )
2 2 2
Gabarito: sem alternativa
113. (IME/2007)
Um grupo de nove pessoas, sendo duas delas irmãos, deverá formar três equipes, com
respectivamente dois, três e quatro integrantes. Sabendo-se que os dois irmãos não podem
ficar na mesma equipe, o número de equipes que podem ser organizadas é:
(A) 288
(B) 455
(C) 480
(D) 910
(E) 960
Comentários
Se definirmos as equipes de dois e de três integrantes, a outra automaticamente estará
montada. Vamos analisar em casos. Vamos nomear as equipes: seja 𝐷 a equipe de dois integrantes,
𝑇 a equipe de três integrantes e 𝑄 a equipe de quatro integrantes.
𝐼) um dos irmãos está na 𝐷 e o outro está na 𝑇
Devemos então distribuir o restante das pessoas. Sem contar os irmãos sobram 7 pessoas.
Devemos escolher 1 pessoa dentre as 7 para compor a equipe 𝐷. São (71) = 7 maneiras de fazer
isto. Em seguida, das 6 pessoas restantes, devemos escolher 2 pessoas para compor a equipe 𝑇.
6⋅5
Temos (62) = = 15 maneiras de fazer esta escolha. O restante das 4 pessoas formam a equipe 𝑄.
2
Considerando que cada um dos irmãos pode ficar em 𝐷, então para este caso temos:
2 ⋅ 7 ⋅ 15 = 210
𝐼𝐼) um dos irmãos está na 𝐷 e o outro está na 𝑄
Analogamente devemos escolher 1 pessoa dentre as 7 para compor a equipe 𝐷. São
(71) = 7 maneiras de fazer isto. Em seguida, das 6 pessoas restantes, devemos escolher 3 pessoas
6⋅5⋅4
para compor a equipe 𝑇. Temos (63) = = 20 maneiras de fazer esta escolha. O restante das 3
3⋅2
pessoas formam a equipe 𝑄 juntamente com o outro irmão. Considerando que cada um dos irmãos
pode ficar em 𝐷, então para este caso temos:
2 ⋅ 7 ⋅ 20 = 280
𝐼𝐼𝐼) um dos irmãos está na 𝑇 e o outro está na 𝑄
Devemos escolher 2 pessoa dentre as 7 para compor a equipe 𝐷. São (72) = 21
maneiras de fazer isto. Em seguida, das 5 pessoas restantes, devemos escolher 2 pessoas para
5⋅4
compor a equipe 𝑇. Temos (52) = = 10 maneiras de fazer esta escolha. O restante das 3 pessoas
2
formam a equipe 𝑄 juntamente com outro irmão. Considerando que cada um dos irmãos pode ficar
em 𝑇, então para este caso temos:
2 ⋅ 21 ⋅ 10 = 420
Portanto o total de possibilidades distintas de organizar as equipes é:
210 + 280 + 420 = 910
Gabarito: “D”
114. (IME/2019)
Um jogo de dominó possui 28 peças com duas pontas numeradas de zero a seis,
independentemente, de modo que cada peça seja única, conforme ilustra a Figura 1.
O jogo se desenrola da seguinte forma:
1- Quatro jogadores se posicionam nos lados de uma
mesa quadrada.
2- No início do jogo, cada jogador recebe um conjunto
de 7 peças, de forma aleatória, de modo que
somente o detentor das peças possa ver seu
conteúdo.
3- As ações ocorrem por turno no sentido anti-horário.
4- O jogador, na sua vez, executa uma de duas ações
possíveis:
c. Adiciona uma de suas peças de forma
adjacente a uma das duas extremidades
livres do jogo na mesa, de modo que as
peças sejam encaixadas com pontas de
mesmo valor.
d. Passa a vez, caso não possua nenhuma
peça com ponta igual a uma das
extremidades livres da mesa.
5- Vence o jogo o primeiro jogador que ficar sem peças na mão.
No jogo da Figura 2, é a sua vez de jogar e você constatou que o jogador à sua direita não
possui peças com ponta 5 e o jogador à sua frente não possui peças com ponta 0. Você analisou
todas as possíveis configurações de peças que os jogadores podem ter em suas mãos e decidiu
jogar de modo a garantir que uma das pontas livres da mesa só possa ser usada por uma peça
de sua posse, e que esta será a sua última peça em mão. Ao utilizar essa estratégia:
a) Quantas configurações de peças nas mãos dos jogadores garantem a vitória do jogo a você?
b) Esta quantidade corresponde a qual percentual do total de configurações possíveis?
Observação:
• A ordem das peças na mão de um jogador não importa.
Comentários
Dado a situação representada na figura 2, podemos notar que as peças que faltam são:
(0|4); (0|5); (0|6); (1|4); (1|5); (2|3); (4|5); (5|6)
De acordo com o enunciado, o jogador à direita não possui peças com 5 e o jogador à frente
não possui peças com zero. Logo, a peça (0|5) deve estar com o jogador à esquerda.
Perceba que a chave do problema é a peça (2|3), e que apenas a minha mão está com as
outras peças com o número 2. Para que eu ganhe o jogo, devo jogar a peça (2|6) na ponta de
número 6 e, assim, o jogador com a peça (2|3) será forçado a jogar, deixando o jogo com as pontas
3 e 2. Na próxima rodada, nenhum jogador terá peças com o número 3 e, desse modo, jogo a peça
(3|4). Na última rodada, jogo a última peça de número 2 e ganho o jogo. A única possibilidade de
perder seria se o jogador à esquerda ganhasse antes e isso ocorre se ele tiver com a peça 2|3. Vamos
analisar as possibilidades:
1) Jogador à direita com (𝟐|𝟑) e:
• (0|4); (0|6)
Nesse caso, o jogador à frente pode ter as seguintes peças: (1|4); (1|5); (4|5); (5|6)
Quantidade de possibilidades: 𝐶4,3 = 4.
• (0|4); (1|4)
Peças possíveis do jogador à frente: (1|5); (4|5); (5|6)
Quantidade de possibilidades: 𝐶3,3 = 1.
• (0|6); (1|4)
Peças possíveis do jogador à frente: (1|5); (4|5); (5|6)
Quantidade de possibilidades: 𝐶3,3 = 1.
O total de possibilidades para o caso 1 é: 𝐶4,3 + 𝐶3,3 + 𝐶3,3 = 4 + 1 + 1 = 6.
115. (IME/2018)
Um ônibus escolar transporta 𝑛 crianças. Sejam 𝐴 o evento em que dentro do ônibus tenham
crianças de ambos os sexos e 𝐵 o evento em que há no máximo uma menina dentro do ônibus.
Determine o valor de 𝑛 para que os eventos 𝐴 e 𝐵 sejam independentes.
Comentários
Se os eventos são independentes, temos que:
𝑃(𝐴\𝐵 ) = 𝑃(𝐴)
Contudo, temos:
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 )
𝑃(𝐴\𝐵) = = 𝑃(𝐴)
𝑃 (𝐵 )
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = 𝑃(𝐴) ⋅ 𝑃(𝐵)
Então, precisamos calcular 𝑃(𝐴), 𝑃(𝐵) e 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) e verificar a igualdade acima:
i) A probabilidade de que no ônibus tenham crianças de ambos os sexos é igual ao
complementar da junção dos casos: só meninos e só meninas. Então, a probabilidade de ter só
1 𝑛 1 𝑛
meninos é ( ) e a probabilidade de ter só meninas é ( ) , então:
2 2
1 𝑛 1 𝑛 1 𝑛−1
( )
𝑃 𝐴 =1−( ) −( ) =1−( )
2 2 2
ii) A probabilidade de que haja no máximo uma menina é igual à soma das probabilidades de
1 𝑛 1 1 1 𝑛−1
𝑛 meninos que é ( ) e (𝑛 − 1) meninos e 1 menina que é (𝑛1) ⋅ ( ) ⋅ ( ) :
2 2 2
1 𝑛 𝑛 1 𝑛 1 𝑛
𝑃 (𝐵 ) = ( ) + ( ) ⋅ ( ) = (𝑛 + 1) ⋅ ( )
2 1 2 2
iii) A probabilidade da interseção (𝐴 ∩ 𝐵), então, significa que há (𝑛 − 1) meninos e 1
menina:
𝑛 1 1 1 𝑛−1 1 𝑛
𝑃 (𝐴 ∩ 𝐵 ) = ( ) ⋅ ( ) ⋅ ( ) =𝑛⋅( )
1 2 2 2
Então, substituindo na equação de probabilidade condicional 𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = 𝑃(𝐴) ⋅ 𝑃(𝐵):
1 𝑛 1 𝑛−1 1 𝑛
𝑛 ⋅ ( ) = (1 − ( ) ) ⋅ (𝑛 + 1) ⋅ ( )
2 2 2
1 𝑛−1
𝑛 = (1 − ( ) ) ⋅ (𝑛 + 1)
2
𝑛 1 𝑛−1
=1−( )
𝑛+1 2
1 𝑛−1 1
( ) =
2 𝑛+1
Então, 𝑛 = 3 é solução da equação acima.
Gabarito: 𝟑
116. (IME/2017)
Seja 𝐴 = {1,2,3,4} .
• Quantas funções de 𝐴 para 𝐴 têm exatamente 2 elementos em seu conjunto imagem?
4 ⋅ 43 ⋅ 4 = 1024
Por fim, ao todo, temos:
96 + 2304 + 5376 + 1024 = 8800 casos favoráveis
Ademais, ao todo, temos 256 ⋅ 256 = 216 casos possíveis, pois temos 256 funções possíveis
e queremos escolher 𝑔 e 𝑓.
Por fim, a probabilidade requisitada é dada por:
8800 275
=
216 2048
𝟐𝟕𝟓
Gabarito:
𝟐𝟎𝟒𝟖
117. (IME/2016)
Três jogadores sentam ao redor de uma mesa e jogam, alternadamente, um dado não viciado
de seis faces. O primeiro jogador lança o dado, seguido pelo que está sentado à sua esquerda,
continuando neste sentido até o jogo acabar. Aquele que jogar o dado e o resultado for 6,
ganha e o jogo acaba. Se um jogador obtiver o resultado 1, o jogador seguinte perderá a vez,
isto é, a vez passará ao jogador sentado à direita de quem obteve 1. O jogo seguirá até que um
jogador ganhe ao tirar um 6. Qual a probabilidade de vitória do primeiro jogador a jogar?
Comentários
A probabilidade do jogo não acabar até a enésima vez é de nenhum jogador tirar um 6 em
5 𝑛
cada rodada, então, a probabilidade é: ( ) . Desse modo, podemos observar que se 𝑛 tende ao
6
infinito, essa probabilidade tende a zero, ou seja, a probabilidade de o jogo não acabar num número
𝑛 muito grande é nula, então se o jogo seguir indefinidamente, alguém deve ganhar. Sendo, então
a probabilidade 𝑝𝑖 de 𝐴 ganhar dado que o jogo iniciou com 𝑖, temos que:
1
Se 𝐴 começa o jogo, caso ele tire 6, ele pode ganhar com de probabilidade, caso ele tire 1,
6
1
ele tem de probabilidade de ganhar se o jogo começar por 𝐶, pois agora será a vez de 𝐶, caso ele
6
4
não tire 6 ou 1, ele tem de probabilidade de ganhar se o jogo começar por 𝐵, pois agora será a vez
6
de 𝐵. Então, a probabilidade de 𝐴 vencer sabendo que 𝐴 começou o jogo é:
1 4 1
𝑝𝑎 = + ⋅ 𝑝𝑏 + ⋅ 𝑝𝑐 (𝐼)
6 6 6
1
Se 𝐵 começa o jogo, caso ele tire 1, 𝐴 tem de probabilidade de ganhar se o jogo começar
6
4
por 𝐴, pois agora será a vez de 𝐴, caso ele não tire 6 ou 1, 𝐴 tem de probabilidade de ganhar se o
6
jogo começar por 𝐶, pois agora será a vez de 𝐶.
4 1
𝑝𝑏 = ⋅ 𝑝𝑐 + ⋅ 𝑝𝑎 (𝐼𝐼)
6 6
1
Se 𝐶 começa o jogo, caso ele tire 1, 𝐴 tem de probabilidade de ganhar se o jogo começar
6
4
por 𝐵, pois agora será a vez de 𝐵, caso ele não tire 6 ou 1, 𝐴 tem de probabilidade de ganhar se o
6
jogo começar por 𝐴, pois agora será a vez de 𝐴.
4 1
𝑝𝑐 =
⋅ 𝑝𝑎 + ⋅ 𝑝𝑏 (𝐼𝐼𝐼)
6 6
Portanto, de (𝐼), (𝐼𝐼) e (𝐼𝐼𝐼), temos o seguinte sistema:
6𝑝𝑎 − 4𝑝𝑏 − 𝑝𝑐 = 1
{𝑝𝑎 − 6𝑝𝑏 + 4𝑝𝑐 = 0
4𝑝𝑎 + 𝑝𝑏 − 6𝑝𝑐 = 0
Usando a regra de Cramer:
6 −4 −1
𝐷 = |1 −6 4 | = 79
4 1 −6
1 −4 −1
𝐷𝑝𝑎 = |0 −6 4 | = 32
0 1 −6
Portanto, temos que:
32
𝑝𝑎 =
79
𝟑𝟐
Gabarito:
𝟕𝟗
118. (IME/2015)
De quantas maneiras podemos decompor um eneágono convexo em triângulos traçando suas
diagonais, de forma que essas diagonais não se cortem.
Comentários
Seja um eneágono de vértices 𝑃1 , 𝑃2 , … , 𝑃9 . Então, seja o lado 𝑃1 𝑃2 de um eneágono, assim,
podemos formar triângulos com os vértices 𝑃3 , 𝑃4 , … , 𝑃9 , sendo que cada um desses triângulos,
divide o eneágono em dois. Conforme se observa na figura a seguir:
Além disso, suponha que o número de maneiras de dividir o eneágono como pedido no
enunciado é dado por 𝑀9 . Contudo, quando dividimos o eneágono por meio de um triângulo
podemos dividir a região à direita e à esquerda de 𝑀𝑖 e 𝑀𝑗 maneiras.
Então, conectando três vértices, temos:
1) Lado 𝑃1 𝑃2 conectado com 𝑃3 : 𝑀2 ⋅ 𝑀8 possibilidades;
2) Lado 𝑃1 𝑃2 conectado com 𝑃4 : 𝑀3 ⋅ 𝑀7 possibilidades;
3) Lado 𝑃1 𝑃2 conectado com 𝑃5 : 𝑀4 ⋅ 𝑀6 possibilidades;
.....
6) Lado 𝑃1 𝑃2 conectado com 𝑃8 : 𝑀7 ⋅ 𝑀3 possibilidades;
7) Lado 𝑃1 𝑃2 conectado com 𝑃9 : 𝑀8 ⋅ 𝑀2 possibilidades;
Logo, temos:
𝑀9 = 𝑀2 ⋅ 𝑀8 + 𝑀3 ⋅ 𝑀7 + 𝑀4 ⋅ 𝑀6 + ⋯ + 𝑀7 ⋅ 𝑀3 + 𝑀8 ⋅ 𝑀2
Contudo, podemos ver que 𝑀2 = 1 e 𝑀3 = 1, e, analogamente, podemos escrever:
𝑀4 = 𝑀2 ⋅ 𝑀3 + 𝑀3 ⋅ 𝑀2 = 1 ⋅ 1 + 1 ⋅ 1 = 2
𝑀5 = 𝑀2 ⋅ 𝑀4 + 𝑀3 ⋅ 𝑀3 + 𝑀4 ⋅ 𝑀2 = 2 + 1 + 2 = 5
𝑀6 = 𝑀2 ⋅ 𝑀5 + 𝑀3 ⋅ 𝑀4 + 𝑀4 ⋅ 𝑀3 + 𝑀5 ⋅ 𝑀2 = 5 + 2 + 2 + 5 = 14
𝑀7 = 𝑀2 ⋅ 𝑀6 + 𝑀3 ⋅ 𝑀5 + 𝑀4 ⋅ 𝑀4 + 𝑀5 ⋅ 𝑀3 + 𝑀6 ⋅ 𝑀2 = 14 + 5 + 4 + 5 + 14 = 42
𝑀8 = 42 + 14 + 10 + 10 + 14 + 42 = 132
𝑀9 = 132 + 42 + 28 + 25 + 28 + 42 + 132 = 429
Logo, temos 𝑀9 = 429 maneiras de dividir o eneágono.
Gabarito: 𝟒𝟐𝟗
119. (IME/2014)
Um professor dá um teste surpresa para uma turma de 9 alunos, e diz que o teste pode ser
feito sozinho ou em grupos de 2 alunos. De quantas formas a turma pode ser organizada para
fazer o teste? (Por exemplo, uma turma de 3 alunos pode se organizar de 4 formas e uma
turma de 4 alunos pode se organizar de 10 formas).
Comentários
Considere as seguintes configurações:
1) Nenhuma dupla:
9
𝑝1 = 𝐶9,0 = ( ) = 1
0
2) Uma dupla somente:
9
𝑝2 = 𝐶9,2 = ( ) = 36
2
3) Duas duplas somente:
Escolhemos a primeira dupla de 𝐶9,2 formas e a segunda dupla de 𝐶7,2 formas, por fim, para
excluir os casos resultantes de permutação, devemos dividir por 2!, pois são duas duplas:
9 7
𝐶9,2 ⋅ 𝐶7,2 (2) ⋅ (2)
𝑝3 = = = 378
2! 2
4) Três duplas somente:
Com o raciocínio análogo ao anterior, escolhemos cada dupla sucessivamente e depois
dividimos pelo fatorial do número de duplas:
9 7 5
𝐶9,2 ⋅ 𝐶7,2 ⋅ 𝐶5,2 (2)(2)(2)
𝑝4 = = = 1260
3! 6
5) Quatro duplas somente:
9 7 5 3
𝐶9,2 ⋅ 𝐶7,2 ⋅ 𝐶5,2 ⋅ 𝐶3,2 (2)(2)(2)(2)
𝑝5 = = = 945
4! 24
Então, ao todo temos:
1 + 36 + 378 + 1260 + 945 = 2620 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
Gabarito: 𝟐𝟔𝟐𝟎
120. (IME/2013)
Considere a seguinte definição:
“dois pontos 𝑷 e 𝑸, de coordenadas (𝒙𝒑 , 𝒚𝒑 ) e (𝒙𝒒 , 𝒚𝒒 ), respectivamente, possuem
coordenadas em comum se e somente se 𝒙𝒑 = 𝒙𝒒 ou 𝒚𝒑 = 𝒚𝒒 ”
Dado o conjunto 𝑆 = {(0,0), (0,1), (0,2), (1,0), (1,1), (1,2), (2,0), (2,1), (2,2)}. Determine
quantas funções bijetoras 𝑓: 𝑆 → 𝑆 existem, tais que para todos os pontos 𝑃 e 𝑄 pertencentes
Veja que cada reta leva a outra reta na função, pois 𝑓 (𝑃) e 𝑓(𝑄) possuem coordenadas em
comum, se, e somente se, 𝑃 e 𝑄 tiverem coordenadas em comum também. E quando dois pontos
possuem coordenadas em comum, isto quer dizer que eles pertencem a mesma reta.
Outro fato é que a função associa retas paralelas a retas paralelas, ou seja, a função relaciona
ou retas vermelhas a retas azuis ou vermelhas e vice-versa. Isto acontece porque caso a função
associasse retas não paralelas então um ponto da imagem seria interseção das duas retas, ou seja,
ela estaria associada a duas retas e isto não pode acontecer pois 𝑓 é função bijetora.
Assim temos dois casos:
𝐼) a função 𝑓 é tal que:
{𝑎, 𝑏, 𝑐 } → {𝑎, 𝑏, 𝑐 } → 3! 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
{
{𝑑, 𝑒, 𝑓} → {𝑑, 𝑒, 𝑓} → 3! 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
Assim para este caso temos 3! ⋅ 3! = 36 funções diferentes.
𝐼𝐼) a função 𝑓 é tal que:
{𝑎, 𝑏, 𝑐 } → {𝑑, 𝑒, 𝑓} → 3! 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
{
{𝑑, 𝑒, 𝑓} → {𝑎, 𝑏, 𝑐} → 3! 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
Para este caso temos novamente 3! ⋅ 3! = 36 funções diferentes.
Portanto o total de funções bijetoras 𝑓: 𝑆 → 𝑆 tais que para todos os pontos 𝑃 e 𝑄
pertencentes ao conjunto 𝑆, 𝑓(𝑃) e 𝑓(𝑄) possuem coordenadas em comum se e somente se 𝑃 e 𝑄
possuem coordenadas em comum é igual a 36 + 36 = 72 .
Gabarito: 72
121. (IME/2011)
122. (IME/2010)
Três dados iguais, honestos e com seis faces numeradas de um a seis são lançados
simultaneamente. Determine a probabilidade de que a soma dos resultados de dois quaisquer
deles ser igual ao resultado do terceiro dado.
Comentários
A probabilidade 𝑃 de a soma dos resultados de dois quaisquer dos dados ser igual ao terceiro
pode ser dado pela fórmula:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃=
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
O total de casos possíveis pode ser dado por:
6 ⋅ 6 ⋅ 6 = 63 = 216
pois são 6 opções de resultados possíveis para cada dado lançado.
Sejam os dados 𝐴, 𝐵 e 𝐶, vamos calcular agora o número de casos favoráveis. Dividindo em
casos temos:
𝐼) a soma de dois dados for igual a 1
Neste caso é impossível que a soma de dois dados dê 1.
𝐼𝐼) a soma de dois dados for igual a 2
Os outros dois dados devem ser iguais a 1. Temos então 3 casos possíveis:
• 𝐴 = 2, 𝐵 = 𝐶 = 1;
• 𝐵 = 2, 𝐴 = 𝐶 = 1;
• 𝐶 = 2, 𝐴 = 𝐵 = 1.
𝐼𝐼𝐼) a soma de dois dados for igual a 3
Um dos dados deve ser igual a 1 e o outro igual a 2. Temos então 6 casos possíveis:
• 𝐴 = 3, 𝐵 = 2, 𝐶 = 1;
• 𝐵 = 3, 𝐴 = 2, 𝐶 = 1;
• 𝐶 = 3, 𝐴 = 2, 𝐵 = 1;
• 𝐴 = 3, 𝐵 = 1, 𝐶 = 2;
• 𝐵 = 3, 𝐴 = 1, 𝐶 = 2;
• 𝐶 = 3, 𝐴 = 1, 𝐵 = 2.
𝐼𝑉) a soma de dois dados for igual a 4
Uma maneira é um dos dados ser igual a 1 e o outro igual a 3. Temos então 6 casos possíveis:
• 𝐴 = 4, 𝐵 = 3, 𝐶 = 1;
• 𝐵 = ,4 𝐴 = 3, 𝐶 = 1;
• 𝐶 = 4, 𝐴 = 3, 𝐵 = 1;
• 𝐴 = 4, 𝐵 = 1, 𝐶 = 3;
• 𝐵 = 4, 𝐴 = 1, 𝐶 = 3;
• 𝐶 = 4, 𝐴 = 1, 𝐵 = 3.
E outra maneira possível é os outros dois dados serem iguais a 2, para este caso temos 3
maneiras diferentes:
• 𝐴 = 4, 𝐵 = 𝐶 = 2;
• 𝐵 = 4, 𝐴 = 𝐶 = 2;
• 𝐶 = 4, 𝐴 = 𝐵 = 2.
Assim o total de maneiras favoráveis neste caso é 6 + 3 = 9 .
𝑉) a soma de dois dados for igual a 5
Uma maneira é um dos dados ser igual a 1 e o outro igual a 4. De maneira análoga aos casos
anteriores temos então 6 casos possíveis.
E outra maneira é um dos dados ser igual a 2 e o outro igual a 3. Temos novamente então
6 casos possíveis.
Assim o total de maneiras favoráveis neste caso é 6 + 6 = 12 .
𝑉𝐼) a soma de dois dados for igual a 6
Uma maneira é um dos dados ser igual a 1 e o outro igual a 5. De forma análoga aos casos
anteriores temos então 6 casos possíveis.
Outra maneira é um dos dados ser igual a 2 e o outro igual a 4. Temos novamente então
6 casos possíveis.
A última maneira é os dois dados serem iguais a 3. Temos para esta maneira 3 casos possíveis.
Assim o total de maneiras favoráveis neste caso é 6 + 6 + 3 = 15 .
Portanto a quantidade total de casos favoráveis é:
3 + 6 + 9 + 12 + 15 = 45
Assim a probabilidade 𝑃 de a soma dos resultados de dois quaisquer dos dados ser igual ao
terceiro é:
45 5
𝑃= =
216 24
𝑃 = 5/24
Gabarito: 𝟓/𝟐𝟒
123. (IME/2009)
A figura abaixo é composta de 16 quadrados menores. De quantas formas é possível preencher
estes quadrados com os números 1, 2, 3 e 4, de modo que um número não pode aparecer 2
vezes em:
• uma mesma linha.
• uma mesma coluna.
• cada um dos quatro quadrados demarcados pelas linhas contínuas.
Comentários
Preenchendo os quatro quadrados do primeiro quadrante e os quatro quadrados do terceiro
quadrante, temos todas as combinações possíveis, uma vez que o preenchimento desses dois grupos
de quadrados determina todas as outras posições da figura. Seja a região do primeiro quadrante a
Região 1 e a região do terceiro quadrante de Região 2.
Então, podemos preencher os quatro quadrados da Região 1:
4! = 24 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
Além disso, podemos posicionar um número aleatório em qualquer posição dos quatro
quadrados da Região 2 de 𝟒 formas, assim, determinamos a posição desse número em outras duas
regiões, restam, então, 𝟑 formas de preencher outra posição da Região 2, preenchendo essa região,
determina-se a posição desse elemento em todas as outras regiões, consequentemente, só irá restar
uma forma de preencher cada região, assim, todos os 16 quadrados são determinados. Portanto,
existem 4 ⋅ 3 = 12 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 de se preencher a Região 2.
Portanto, ao todo, existem 24 ⋅ 12 = 288 maneiras de preencher os 16 quadrados.
Gabarito: 𝟐𝟖𝟖
124. (IME/2008)
Cinco equipes concorrem numa competição automobilística, em que cada equipe possui dois
carros. Para a largada são formadas duas colunas de carros lado a lado, de tal forma que cada
carro da coluna da direita tenha ao seu lado, na coluna da esquerda, um carro de outra equipe.
Determine o número de formações possíveis para a largada.
Comentários
O total de formações possíveis é dado por 10!. Mas devemos retirar todas as formações que
possuem no mínimo dois veículos de uma mesma equipe lado a lado. Para isso devemos escolher
uma equipe dentre as 5, escolher uma fila dentre as 5, permutar os carros da mesma equipe entre
si e permutar os outros 8 carros. Assim temos:
5 ⋅ 5 ⋅ 2! ⋅ 8!
Mas destes algumas combinações foram consideradas duas vezes e, portanto, devemos
desconsiderar eles. Assim vamos calcular a quantidade de combinações com no mínimo duas duplas
de veículos. Para isso devemos escolher duas equipes dentre as 5, duas filas dentre as 5, permutar
os carros da mesma equipe e permutar outros carros. Assim temos:
𝐶5,2 ⋅ 𝐴5,2 ⋅ (2!)2 ⋅ 6!
Mas novamente alguns casos foram descartados ao considerar inicialmente e depois
desconsiderar, seguindo então essa ideia chegamos por fim:
5
Gabarito: 2.088.960
125. (IME/2007)
Considere o conjunto formado por 𝑚 bolas pretas e 𝑛 bolas brancas. Determine o número de
sequências simétricas que podem ser formadas utilizando-se todas as 𝑚 + 𝑛 bolas.
Obs: Uma sequência é dita simétrica quando ela possui a mesma ordem de cores ao ser
percorrida da direita para a esquerda e da esquerda para a direita.
Comentários
Vamos dividir em casos e analisar cada uma.
𝐼) 𝑚 e 𝑛 são pares
𝑚 𝑛
Se pegarmos um conjunto de bolas pretas e bolas brancas, então qualquer que seja sua
2 2
sequência 𝑠 poderemos formar uma sequência simétrica 𝑆 de 𝑚 + 𝑛 bolas, basta colocar as outras
𝑚 𝑛
bolas pretas e bolas brancas em seguida de 𝑠 e de trás pra frente em relação a sequência
2 2
montada 𝑠, formando assim a sequência 𝑆. Portanto basta encontrarmos o total de sequências
𝑚 𝑛 𝑚+𝑛
possíveis com bolas pretas e bolas brancas. Veja que é uma permutação de elementos com
2 2 2
repetição. Assim temos para este caso:
𝑚+𝑛
( )!
2
𝑚 𝑛
!⋅ !
2 2
𝐼𝐼) 𝑚 e 𝑛 são ímpares
Não existe nenhuma sequência simétrica pois a soma total das bolas é par e não é possível
dividir uma quantidade par ao meio.
𝐼𝐼𝐼) 𝑚 é par e 𝑛 é ímpar
Temos neste caso uma quantidade ímpar de bolas no total, assim para se ter uma simetria é
necessário que a bola central seja branca. Assim sobram 𝑚 bolas pretas e 𝑛 − 1 bolas brancas,
valores pares e, portanto, podemos resolver com a mesma ideia usada no caso 𝐼). Assim temos para
este caso:
𝑚 + (𝑛 − 1)
( )!
2
𝑚 (𝑛 − 1)
!⋅ !
2 2
𝐼𝑉) 𝑚 é ímpar e 𝑛 é par
Temos neste caso uma quantidade ímpar de bolas no total, assim para se ter uma simetria é
necessário que a bola central seja preta. Assim sobram 𝑚 − 1 bolas pretas e 𝑛 bolas brancas, valores
pares e, portanto, podemos resolver com a mesma ideia usada no caso 𝐼). Assim temos para este
caso:
(𝑚 − 1) + 𝑛
( )!
2
𝑚−1 𝑛
!⋅ !
2 2
Portanto o número de sequências simétricas é dado por:
𝑚+𝑛 𝑚 + (𝑛 − 1) (𝑚 − 1) + 𝑛
( )! ( 2
)! (
2
)!
2
𝑚 𝑛 + 𝑚 (𝑛 − 1) + 𝑚 − 1 𝑛
!⋅ ! !⋅ ! !⋅ !
2 2 2 2 2 2
126. (IME/2005)
O sistema de segurança de uma casa utiliza um teclado numérico, conforme ilustrado na figura.
Um ladrão observa de longe e percebe que:
• a senha utilizada possui 4 dígitos;
• o primeiro e o último dígitos encontram-se numa mesma linha;
• o segundo e o terceiro dígitos encontram-se na linha imediatamente superior.
Calcule o número de senhas que deverão ser experimentadas pelo ladrão para que com certeza
ele consiga entrar na casa.
Comentários
Seja a senha da forma 𝐴𝐵𝐶𝐷. Então temos 3 casos para analisar.
𝐼) Se 𝐴 e 𝐷 pertencem à quarta linha, então 𝐴 = 𝐷 = 0. E 𝐵 e 𝐶 pertencem à terceira linha.
Cada um deles possuem 3 opções de escolher o dígito. Assim, para este caso temos 1 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 1 = 9
combinações possíveis de senhas.
𝐼𝐼) Se 𝐴 e 𝐷 pertencem à terceira linha então 𝐵 e 𝐶 pertencem à segunda linha. Cada um dos
quatro possuem 3 opções de escolher o dígito. Assim, para este caso temos 3⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 = 81
combinações possíveis de senhas.
𝐼𝐼𝐼) Se 𝐴 e 𝐷 pertencem à segunda linha, então 𝐵 e 𝐶 pertencem à primeira linha. Cada um
dos quatro possuem 3 opções de escolher o dígito. Assim, para este caso temos 3⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 = 81
combinações possíveis de senhas.
Veja que 𝐴 e 𝐷 não podem pertencer à primeira linha pois 𝐵 e 𝐶 devem pertencer à linha
acima, mas não existe linha acima da primeira.
127. (IME/2002)
Um comandante de companhia convocou voluntários para a constituição de 11 patrulhas.
Todas elas são formadas pelo mesmo número de homens. Cada homem participa de
exatamente duas patrulhas. Cada duas patrulhas têm somente um homem em comum.
Determine o número de voluntários e o de integrantes de uma patrulha.
Comentários
Seja 𝑥 é o número de homens na primeira patrulha, então temos na segunda patrulha 𝑥 − 1
homens diferentes da primeira. A terceira patrulha possui 𝑥 − 2 homens diferentes das patrulhas
anteriores. E assim por diante até a patrulha de número 11 que não possui homens diferentes de
patrulhas anteriores. O total de voluntários pode ser dado então por:
𝑥 ⋅ (𝑥 + 1)
𝑥 + (𝑥 − 1) + ⋯ + 0 = (𝐼)
2
Mas como cada homem participa de exatamente duas patrulhas, então o total de voluntários
pode ser dado também por:
11 ⋅ 𝑥
(𝐼𝐼)
2
Igualando (𝐼) e (𝐼𝐼) teremos:
𝑥 ⋅ (𝑥 + 1) 11 ⋅ 𝑥
= → 𝑥 + 1 = 11 → 𝑥 = 10
2 2
Portanto substituindo 𝑥 podemos encontrar o total de voluntários:
11 ⋅ 10
= 55
2
Gabarito: Cada patrulha 10 homens e 55 voluntários no total