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Disciplina de Climatologia
CÚPULA DO CLIMA
Representantes:
2. CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA
1.1. Temperatura
A estação morna permanece por 3,6 meses, de 7 de dezembro a 26 de março, com
temperatura máxima média diária acima de 23 °C. O mês mais quente do ano na Cidade do
Cabo é janeiro, com máxima de 24 °C e mínima de 17 °C, em média.
Gráfico 01 - Temperatura máxima (linha vermelha) e mínima (linha azul) médias, com faixas do 25º ao 75º
e do 10º ao 90º percentil. As linhas finas pontilhadas são as temperaturas médias percebidas
correspondentes
Fonte: WeatherSpark.com
Fonte: WeatherSpark.com
1.2. Nebulosidade
A época mais encoberta do ano começa por volta de 30 de março e dura 7,8 meses,
terminando em torno de 24 de novembro. O mês mais encoberto do ano é maio, durante o
qual, em média, o céu está encoberto ou quase encoberto 43% do tempo.
Gráfico 03 - porcentagem de tempo passada em cada faixa de nebulosidade, categorizada pela
porcentagem de céu encoberto por nuvens
Fonte: WeatherSpark.com
1.3. Precipitação
A estação seca dura 6,6 meses, de 29 de setembro a 17 de abril. O mês com menor
número de dias com precipitação é fevereiro, com média de 1,4 dia com pelo menos 1
milímetro de precipitação.
Fonte: WeatherSpark.com
1.4. Umidade
Fonte: WeatherSpark.com
1.5. Ventos
A época de mais ventos no ano dura 5,3 meses, de 8 de outubro a 17 de março, com
velocidades médias do vento acima de 19,6 quilômetros por hora. O mês de ventos mais
fortes é janeiro, com 22,0 quilômetros por hora de velocidade média horária do vento.A época
mais calma do ano dura 6,7 meses, de 17 de março a 8 de outubro. O mês de ventos mais
calmos é maio, com 17,3 quilômetros por hora de velocidade média horária do vento.
Gráfico 06 - Velocidade média horária do vento (linha cinza escuro), com faixas do 25º ao 75º e do 10º ao
90º percentil
Fonte: WeatherSpark.com
Gráfico 07 - A porcentagem de horas em que o vento tem direção média de cada uma das quatro direções
cardeais de vento, exceto nas horas em que a velocidade média do vento é inferior a 1,6 km/h
Fonte: WeatherSpark.com
3. PROGNÓSTICO CLIMÁTICO
O setor elétrico é responsável por uma fatia significativa das emissões de gases de
efeito estufa na África do Sul, representando 41% do total emitido, enquanto 77% da energia
é gerada com a queima de combustíveis fósseis. Com sua numerosa população, a alta
dependência do carvão faz com que o país seja o 13° maior emissor de carbono no mundo.
Além disso, o país passou por grandes crises de abastecimento de água, devido à seca
extrema nos anos de 2015 a 2017, onde neste último ano foi registrado o inverno mais seco da
história da cidade, devido a um fenômeno que climatologistas locais afirmam só ocorrer a
cada mil anos. A consequência deste desastre climático foi chegar a 2018 com reservatórios
em níveis baixíssimos e, no começo do ano, foi estipulada a data de 16 de abril como o Dia
Zero, ou seja, o dia em que o abastecimento seria completamente cortado. Nos dias atuais,
mesmo superando a seca extrema, a Cidade do Cabo ainda precisa continuar economizando
água para não correr o risco de desabastecimento total.
● Montar estratégias para aposentar as usinas de carvão antes do fim da vida útil delas,
investindo em fontes de energia limpas e garantindo o apoio às regiões dependentes de
carvão, com destaque especial para a inclusão de mulheres nas novas funções.
● Estabelecer metas específicas de redução de emissões de GEE, visando a diminuição
da pegada de carbono da cidade, através de práticas sustentáveis nos setores de
transporte, indústria e residencial para reduzir as emissões.
● Implementar políticas e incentivos para promover a eficiência energética em edifícios,
incentivando a instalação de tecnologias mais eficientes.
● Implementar medidas de conservação para proteger ecossistemas locais, como as áreas
naturais circundantes.
● Adotar práticas agrícolas sustentáveis e promover a gestão responsável dos recursos
naturais.
● Desenvolver planos de adaptação para lidar com os impactos inevitáveis das mudanças
climáticas, como eventos climáticos extremos, aumento do nível do mar e mudanças
nos padrões de chuva.
● Integrar infraestruturas resilientes ao clima para reduzir a vulnerabilidade da cidade.
● Implementar políticas e práticas de gestão eficientes da água, considerando a escassez
hídrica que afeta a região.
● Explorar, a longo prazo, mais aquíferos no país.
● Implementar novas tecnologias, como a dessalinização, a recuperação de água de
esgotos e a perfuração de poços em aquíferos.
● Incentivar o uso responsável da água na agricultura, indústria e nas residências, além
de desenvolver programas educacionais para aumentar a conscientização sobre as
mudanças climáticas e incentivar práticas sustentáveis.
● Estabelecer parcerias com organizações locais, nacionais e internacionais para
compartilhar conhecimentos e recursos na busca por soluções climáticas.
● Participar ativamente de acordos globais e compromissos voltados para a redução das
mudanças climáticas.
4. DESAFIOS FUTUROS
A Cidade do Cabo enfrenta uma série de desafios relacionados aos recursos hídricos
provenientes das mudanças climáticas, tais como escassez hídrica e aumento das taxas de
evaporação. Assim, com as alterações climáticas ocorreram impactos significativos na
precipitação da cidade, que resultou na condição de seca entre os anos de 2015 e 2018. Nessa
perspectiva, com o aumento das temperaturas ocorre também o aumento das taxas de
evaporação que desencadeia em uma maior perda de águas superficiais, de forma que agrava a
situação em períodos de seca. Além disso, com os problemas relacionados com a ausência de
água, o setor agrícola da cidade é afetado, visto a dependência de água para irrigação, em
razão disso refere-se a um desafio relacionado com a segurança alimentar da população.
Diante disso, torna-se evidente que a gestão de recursos hídricos na cidade do Cabo refere-se
a um desafio para o cumprimento das metas climáticas, dado isso é imprescindível que a
cidade desenvolva estratégias de adaptação e planos de gerenciamento para as águas da
cidade.
5. PARECER FINAL
A Cidade do Cabo através das suas variáveis climáticas caracteriza-se com clima
mediterrâneo, caracterizado por verões quentes e secos e invernos suaves e chuvosos. Os
verões são quentes, com temperaturas médias máximas em torno de 25 a 27°C, às vezes
ultrapassando 30°C. Os invernos são suaves, com temperaturas médias diurnas de 18 a 20°C.
A sua precipitação média anual varia de cerca de 500 a 1000 mm, com variações dependendo
da localização dentro da cidade.
Já a umidade relativa do ar varia ao longo do ano, com níveis mais altos durante os
meses de inverno devido à precipitação e à influência dos sistemas frontais. Durante o verão,
a umidade pode diminuir, especialmente quando prevalecem os ventos secos do sudeste. Por
fim os ventos da cidade são fortes, especialmente durante os meses de verão. O vento
predominante é o vento do sudeste, que pode trazer alívio do calor no verão, mas também
pode causar danos e afetar atividades ao ar livre.
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Edimara Torres de Oliveira
Engenheira Ambiental e Sanitarista
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