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Tubarão/SC
2022
MARIA FERNANDA POKOMAIER GONÇALVES
Tubarão/SC
2022
MARIA FERNANDA POKOMAIER GONÇALVES
______________________________________________________
Professor e orientador Jasper José Zanco, Dr.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. Julio Cesar de Oliveira Nunes, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. Juliano Frederico da Rosa Cesconeto, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina
A todos que, com gestos singelos e honestos,
contribuíram imensamente para minha
formação pessoal, profissional e acadêmica...
Dedico!
AGRADECIMENTOS
Acima de tudo, àqueles que tiveram uma essencialidade inestimável e não mediram
esforços durante toda minha graduação: meus pais. Não existem palavras que sejam suficientes
para expressar a gratidão que tenho por vocês.
Aos demais familiares que prestaram apoio e estiveram comigo nesta caminhada,
especialmente aos meus irmãos por estarem de prontidão para me ajudar nas adversidades.
Aos meus amigos de longa data que foram compreensíveis e tolerantes em momentos
que, por motivos maiores, estive ausente.
Às minhas colegas e amigas de graduação - Luana Gonçalves Felipe, Randriele Souza
e Yasmin Gauer Guedes - por todos os anos que estivemos juntas e unidas para vencer os
cansativos semestres do curso e por todas as lembranças cômicas que acumulamos no decorrer
de mais de cinco anos de faculdade.
Ao professor Jasper José Zanco pelas contribuições cedidas durante as orientações deste
Trabalho de Conclusão de Curso.
Aos demais professores que se dedicaram na árdua tarefa de formar profissionais éticos
e qualificados, que se reinventaram em tempos de pandemia e que transferiram seus
conhecimentos para meu progresso pessoal e profissional, especialmente à professora Patrícia
Menegaz de Farias por toda ajuda e incentivo concedido do início ao fim.
Aos colegas e amigos que fiz nas jornadas de laboratórios da universidade (Laboratório
de Entomologia e Laboratório de Produção Vegetal), por toda parceria e conhecimento que
conquistei junto a vocês.
Àqueles que conheci através das oportunidades que a Agronomia me proporcionou,
pessoas que passaram por meu caminho e deixaram lembranças indescritíveis.
A todos vocês... meu sincero sentimento de gratidão. Muito obrigada!
“O rendimento de uma colheita é limitado pela ausência de qualquer um dos nutrientes
essenciais, mesmo que todos os demais estejam disponíveis em quantidades adequadas, onde o
excesso de um nutriente não supre a falta de outro.” (SPRENGEL, 1837).
RESUMO
O solo é considerado como um meio de expressiva importância às planta, bem como para o
progresso da agricultura. Abriga 92 elementos naturais, em sua maioria encontrados na forma
mineral. Em solos onde as condições de fertilidade não são favoráveis, como em algumas
regiões brasileiras que apresentam formação rochosa, eleva-se a quantidade de nutrientes
através da utilização de fertilizantes. Os fertilizantes, por sua vez, são aplicados ao meio edáfico
com a finalidade de repor os nutrientes extraídos por cultivos antecessores, sendo uma técnica
primordial para a manutenção da produtividade de lavouras. O objetivo do presente Trabalho
de Conclusão de Curso foi investigar o emprego de fertilizantes minerais na agricultura
brasileira, dando ênfase aos aspectos de demanda e oferta, bem como ao potencial de
autoabastecimento nacional para atenuar a dependência externa de fertilizantes agrícolas. Para
isso, a pesquisa consistiu em um estudo de caráter bibliográfico com objetivo exploratório.
Realizou-se buscas por trabalhos científicos publicados entre 2002 e 2022 nas plataformas
virtuais Google Acadêmico, Portal Periódicos Capes, SciELO Brasil e ScienceDirect, bem
como os sítios eletrônicos da ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos), Cepea –
USP e Conab com a utilização dos termos de indexação a seguir: fertilizantes, mercado,
comercialização, preço, importação, conflitos geopolíticos, fronteiras agrícolas e países
produtores. Os resultados obtidos possibilitaram a compilação de informações que
demonstraram que entre os anos de 1990 e 2020 o cenário do consumo de fertilizantes no Brasil
foi, em grande maioria, crescente. Além disso, constatou-se que as maiores reservas de insumos
minerais se encontram localizadas fora do Brasil tornando o país dependente de importações de
fertilizantes minerais e suas matérias-primas. Algumas estratégias são analisadas para que a
dependência externa por fertilizantes seja amenizada e os números referentes às importações
recuem, entre elas, a duplicação da capacidade de produção de fósforo a partir dos projetos
elaborados acerca das reservas presentes nos estados de Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e
Ceará e àquelas pertencentes à Petrobras, localizadas no estado do Amazonas. Conclui-se que
táticas a curto, médio e longo prazo precisam ser elaboradas, executadas e reanalisadas por
agentes do setor agrícola, tanto brasileiro como internacional, para que o agronegócio não fique
à mercê das movimentações do ramo de fertilizantes minerais.
Soil is considered as a means of expressive importance to plants, as well as for the progress of
agriculture. It houses 92 natural elements, mostly found in mineral form. In soils where fertility
conditions are not favorable, as in some Brazilian regions with rocky formations, the amount
of nutrients is increased through the use of fertilizers. Fertilizers, in turn, are applied to the
edaphic environment in order to replace the nutrients extracted by previous crops, being a key
technique for maintaining crop productivity. The objective of this Course Completion Work
was to investigate the use of mineral fertilizers in Brazilian agriculture, emphasizing the aspects
of demand and supply, as well as the potential for national self-supply to mitigate the external
dependence of agricultural fertilizers. For this, the research consisted of a bibliographic study
with an exploratory objective. Searches were carried out for scientific works published between
2002 and 2022 on the virtual platforms Google Scholar, Portal Periódicos Capes, SciELO Brasil
and ScienceDirect, as well as the websites of ANDA (National Association for the Diffusion of
Fertilizers), Cepea – USP and Conab with the use of the following indexing terms: fertilizers,
market, commercialization, price, import, geopolitical conflicts, agricultural borders and
producing countries. The results obtained made it possible to compile information that showed
that between the years 1990 and 2020 the scenario of fertilizer consumption in Brazil was, for
the most part, increasing. In addition, it was found that the largest reserves of mineral inputs
are located outside Brazil, making the country dependent on imports of mineral fertilizers and
their raw materials. Some strategies are analyzed so that the external dependence on fertilizers
is lessened and the numbers referring to imports fall, among them, the doubling of the
phosphorus production capacity from the projects elaborated about the reserves present in the
states of Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina and Ceará and those belonging to Petrobras,
located in the state of Amazonas. It is concluded that short, medium and long term tactics need
to be elaborated, executed and reanalyzed by agents of the agricultural sector, both Brazilian
and international, so that agribusiness is not at the mercy of the movements of the mineral
fertilizer sector.
Gráfico 1 – Consumo de fertilizantes em escala global no ano de 2020, bem como percentual
de importação para os maiores consumidores internacionais de fertilizantes minerais. .......... 23
Gráfico 2 – Maiores produtores de fertilizantes fosfatados a nível global no ano de 2018. ... 25
Gráfico 3 – Maiores produtores de fertilizantes potássicos a nível global no ano de 2018. ... 26
Gráfico 4 – Maiores países produtores de fertilizantes nitrogenados a nível global no ano de
2018. ......................................................................................................................................... 26
Gráfico 5 - Demanda de fertilizantes por unidade federativa brasileira em 2007. ................... 30
Gráfico 6 – Principais estados brasileiros importadores de fertilizantes entre 2019 e 2021. .. 30
Gráfico 7 - Fertilizantes entregues ao mercado brasileiro (em milhões de toneladas) entre 2016
e 2020. ...................................................................................................................................... 31
Gráfico 8 - Volume de venda de fertilizantes no Brasil entre 1998 e 2007. ........................... 32
Gráfico 9 - Relação entre consumo e produção interna brasileira de fertilizantes (em milhões
de toneladas) entre os anos de 2013 e 2016. ............................................................................ 32
Gráfico 10 - Produção e importação de NPK pelo mercado brasileiro, para cada elemento
químico, no ano de 2014. ......................................................................................................... 33
Gráfico 11 - Consumo de fertilizantes por lavoura no ano de 2006. ....................................... 36
Gráfico 12 – Evolução da importação mensal brasileira de fertilizantes (em mil toneladas) entre
2018 e o presente (2022). ......................................................................................................... 37
Gráfico 13 – Dependência brasileira por fertilizantes oriundos de países estrangeiros no ano de
2020. ......................................................................................................................................... 37
Gráfico 14 - Principais países fornecedores de fertilizantes para o abastecimento do setor
agrícola brasileiro. .................................................................................................................... 38
Gráfico 17 - Comportamento dos preços reais dos fertilizantes e da taxa de câmbio entre 1995
e 2015. ...................................................................................................................................... 44
Gráfico 18 - Principais estados brasileiros produtores de fertilizantes. .................................. 47
Gráfico 19 - Área de estabelecimentos agropecuários, por regiões brasileiras, entre 1970 e
1996. ......................................................................................................................................... 49
Gráfico 20 – Interesse de pesquisas na web utilizando o termo “fertilizante” entre janeiro de
2004 e junho de 2022 no cenário internacional. ....................................................................... 53
Gráfico 21 – Interesse de pesquisas na web utilizando o termo “fertilizante” entre janeiro de
2004 e junho de 2022 no cenário nacional. .............................................................................. 54
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
1.1.1 Objetivo geral ......................................................................................................... 14
1.1.1.1 Objetivos específicos ............................................................................................... 14
2 METODOLOGIA .................................................................................................. 16
3 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 17
3.1 PANORAMA GERAL DO SETOR BRASILEIRO DE FERTILIZANTES .......... 17
3.2 RESERVAS INTERNACIONAIS DE FERTILIZANTES: AS MAIORES
POTÊNCIAS MUNDIAIS NA PRODUÇÃO DE INSUMOS MINERAIS ........... 21
3.3 O CONSUMO BRASILEIRO DE INSUMOS MINERAIS: OFERTA E
DEMANDA EM UM PAÍS IMPORTADOR DE FERTILIZANTES AGRÍCOLAS
.................................................................................................................................. 29
3.4 FUNCIONAMENTO DO MERCADO DE FERTILIZANTES MINERIAS: OS
REFLEXOS DA GLOBALIZAÇÃO E AS CONSEQUÊNCIAS DAS CRISES
GEOPOLÍTICAS ..................................................................................................... 40
3.5 PROSPECÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE FERTILIZANTES NO BRASIL: OS
CAMINHOS PARA A AUTOSSUFICIÊNCIA E OS DESAFIOS DAS
FRONTEIRAS AGRÍCOLAS ................................................................................. 46
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................... 51
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 62
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 63
12
1 INTRODUÇÃO
Há cerca de dez mil anos os primeiros Homo sapiens foram perceptíveis à sincronia que
ocorria, e ainda ocorre, na natureza. Observaram que uma planta ao desprender suas sementes
dava origem a um novo descendente a partir do processo de germinação. Foram assertivos ao
fato de que em solos inférteis as sementes não emergiam. Perceberam, então, que se houvesse
zelo com o processo pelo qual uma planta tem origem, a natureza retribuía os cuidados ofertados
a ela. Iniciaram técnicas para aprimorar o desenvolvimento das culturas, surgia assim a
agricultura (FELDENS, 2018).
Um marco histórico para o desenvolvimento da humanidade, que até então adotava um
estilo de vida nômade em decorrência da escassez de recursos da região na qual habitavam.
Procuravam locais propícios ao desenvolvimento da pesca, caça e extrativismo vegetal quando
suas reservas se esgotavam. Instalaram-se próximo a rios onde reconheceram a fertilidade do
solo. Uniram as observações acerca das plantas e deram início a arte de cultivá-las, bem como
domesticar seus animais. Surgiram as primeiras aldeias e comunidades, o modo de vida nômade
cedeu espaço ao sedentarismo (CUNHA, 2017).
É compreensivo que desde os primórdios a agricultura é reconhecida como essencial à
sobrevivência e ao desenvolvimento da humanidade. No entanto, para garantir sucesso nas
práticas agrícola, o solo deve ser considerado tão quão a grandeza da agricultura. Desde 1500,
assim quando os primeiro colonizadores chegaram em território brasileiro, até então
desconhecido, a riqueza dos solos do Brasil já era notada pelos portugueses que aqui se fixaram.
O primeiro relatório sobre as terras brasileiras, escrita pelo escriba de Pedro Álvares Cabral,
Pero Vaz de Caminha, mencionava o potencial agricultável dos solos nacionais: “No entanto, a
terra do país é muito saudável. O país é tão favorecido que, se fosse bem cultivado, renderia
tudo” (CAMARGO et al., 2010).
Essa perspectiva positiva sobre os solos brasileiros foi mantida até o século XIX por se
acreditar que a fertilidade dos solos brasileiros era inesgotável. No entanto, no início do mesmo
século surgiram impasses na produção de cana-de-açúcar e café, as culturas significativas da
época, dando impulso para estudos e pesquisas relacionados ao solo e sua fertilidade, bem como
o desenvolvimento de novas tecnologias agrícolas (CAMARGO et al., 2010). O problema se
agravou com o crescimento populacional, já que se necessitou aumentar a oferta de alimentos.
O solo foi cultivado de forma contínua, gerando a escassez de nutrientes a curto ou longo prazo
(CUNHA, 2017).
13
Foi a partir deste evento que os agricultores da época direcionaram suas observações
para outro viés: à função esgotável do solo. Após a diminuição da produtividade, perceberam
que os estrumes de animais serviam de suplemento às necessidades das plantas e, com isso,
durante cinco mil anos supriram a falta de nutrientes com a deposição de matéria orgânica no
solo (ARRUDA, 2008), tal como esterco, restos de plantas e de animais, farinhas de ossos e de
conchas, cinzas, tortas de grãos vegetais, entre outros (CETEM, 2010). Assim, iniciava-se os
princípios de melhoramento das condições de fertilidade do solo.
Na era contemporânea os conceitos de fertilidade do solo foram aprimorados. Se um
solo apresenta abundância de nutrientes, sem a interferência humana nos mesmos, caracteriza-
se com boa fertilidade. As condições para que um solo seja fértil é dependente do clima e
geomorfologia, haja vista que a exploração antrópica é influente para manter essas condições
(TEIXEIRA, 2013). Nesse cenário, o solo, visto como um meio de expressiva importância às
planta, bem como para o progresso da agricultura, abriga 92 elementos naturais, em sua maioria
encontrados na forma mineral (CUNHA, 2017). Em solos onde as condições de fertilidade não
são favoráveis, como em algumas regiões brasileiras que apresentam formação rochosa, eleva-
se a quantidade de nutrientes através da utilização de fertilizantes. Os fertilizantes, por sua vez,
são aplicados ao meio edáfico com a finalidade de repor os nutrientes extraídos por cultivos
antecessores, sendo uma técnica primordial para a manutenção da produtividade de lavouras
(TEIXEIRA, 2013).
Concerne aos nutrientes, destaca-se os principais elementos necessários às plantas:
carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio
(Ca), magnésio (Mg), enxofre (S), ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn), boro (B), cobre (Cu),
molibdênio (Mo) e cloro (Cl). Os três primeiros (C, H e O) as plantas absorvem via gás
carbônico, ar e água, enquanto os demais, em sua maioria, são extraídos do solo através das
raízes. Nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre são classificados como
macronutrientes devido à grande quantidade requerida pelas plantas, já os demais (Fe, Mn, Zn,
B, Cu, Mo e Cl) são categorizados como micronutrientes devido à baixa quantidade exigida
pelos vegetais, apesar de serem indispensáveis (ARRUDA, 2008).
Partindo deste contexto, no âmbito nacional a produção de fertilizantes se iniciou em
1950 (ARRUDA, 2008) com escopo exclusivo à mistura de NPK com base em fertilizantes
simples importados (FERNANDES et al., 2009; CUNHA, 2017). Como visto, os elementos
nitrogênio, fósforo e potássio são absorvidos em grande quantidade sendo de extrema
importância às plantas. No metabolismo vegetal, o nitrogênio compõe os aminoácidos,
proteínas, nucleotídeos, ácidos nucleicos, clorofilas e coenzimas, ao passo que o fósforo está
14
presente em compostos fosfatados que encerram energia (ATP e ADP), em ácido nucleicos,
diversas enzimas e fosfolipídios. Já o potássio se encontra envolvido na osmose e balanço
iônico e na abertura e fechamento de estômatos, bem como apresenta a função de ativador de
enzimas (CUNHA, 2017).
Recentemente, no início do ano de 2022 (entre fevereiro e março), especulações acerca
do setor de fertilizantes foram preocupantes para o agronegócio mundial, especificamente o
brasileiro, visto que os conflitos no Leste Europeu, região de extrema importância para o
abastecimento internacional de fertilizantes minerais e gás natural, se intensificaram com as
disputas entre Rússia e Ucrânia (OSAKI, 2022), o que motivou a autora deste Trabalho
investigar o funcionamento do setor de fertilizantes minerais no cenário internacional,
essencialmente no âmbito brasileiro.
Partindo de tal exposição, o presente Trabalho de Conclusão de Curso – TCC está
estruturado em cinco secções: introdução, metodologia, desenvolvimento, resultados e
discussão e considerações finais. A introdução, redigida nesta secção, busca contextualizar o
princípio da utilização de fertilizantes; a metodologia tem como objetivo expor os
procedimentos utilizados para o desenvolvimento deste estudo; no desenvolvimento do trabalho
estão redigidas as considerações para se alcançar os objetivos, enquanto nos resultados e
discussão se expõe os principais produtos e considerações obtidas com a aplicação da
metodologia e, por fim, apresenta-se uma síntese de toda contextualização do trabalho na secção
de “considerações finais”.
• Elencar os principais minerais utilizados como insumo agrícola, bem como levantar a
quantidade de fertilizantes empregados na agricultura brasileira;
• Pontuar os países que abastecem o setor de fertilizantes para o agronegócio brasileiro;
• Compreender o funcionamento do mercado comercial de fertilizantes;
• Abordar a influência das crises geopolíticas no setor de fertilizantes;
15
2 METODOLOGIA
3 DESENVOLVIMENTO
A definição do vocábulo solo pode ser dissemelhante conforme a área em que se aplica,
no entanto, para o setor agrícola o termo é empregado para definir o meio físico no qual as
plantas, assim como outros organismos vivos, são conduzidas para crescerem e se
desenvolverem com a finalidade de abastecer a população mundial (RIBEIRO, 2009). Neste
contexto, a fertilidade do solo - atrelada principalmente à disponibilidade de nutrientes
presentes no mesmo - é uma condição significativa para se obter safras produtivas e,
consequentemente, um fator crítico para competitividade das commodities brasileiras (CELLA;
ROSSI, 2010).
Visto isso, fertilizantes são substâncias que fornecem um ou mais nutrientes necessários
ao desenvolvimento e crescimento de plantas; os mais utilizados são os industriais (também
denominados de químicos ou minerais) e os de origem orgânica (excrementos animais e
resíduos vegetais) (SILVA; LOPES, 2012; RODRIGUES et al., 2015).
Neste sentido, a aplicação de fertilizantes, em quaisquer que sejam os sistemas de
produção, tem a finalidade de manter os níveis de produtividade adequados para que os
investimentos de produção sejam retornados. Para isso, repõe-se aproximadamente 43,0% dos
nutrientes que foram requeridos pelas plantas, uma vez que a quantidade de minerais extraídos
do solo é proporcional ao aumento da produção agrícola garantindo a segurança alimentar
mundial através dos elevados níveis de produção (FRESCO, 2003; REETZ, 2017), além disso,
a utilização de fertilizantes minerais contribuiu para a minimização de impactos ambientais uma
vez que a aplicação de cada tonelada equivale à produção de quatro novos hectares sem
adubação (CASTRO et al., 2020).
No Brasil o setor de fertilizantes é embasado legalmente pela Lei nº 6.894, de 16 de
dezembro de 1980 que “dispõe sobre a inspeção e a fiscalização da produção e do comércio de
fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, remineralizadores e
substratos para plantas, destinados à agricultura, e dá outras providências”, e regulamentado
pelo Decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004 que “estabelece as normas gerais sobre registro,
padronização, classificação, inspeção e fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes,
corretivos, inoculantes ou biofertilizantes destinados à agricultura” (BRASIL, 1980; BRASIL,
2004).
18
atua na captura e transferência de energia para as ligações químicas. Por fim, o potássio regula
o fluxo da água e outros materiais através das membranas celulares, além de auxiliar na
regulação de vários processos químicos e enzimáticos (REETZ, 2017; FERNANDES, 2022)
(Tabela 1).
Conforme Saab & Paula (2008), a cadeia produtiva de fertilizantes pode ser dividida de
acordo com o produto fornecido à comercialização: I) segmento extrativo mineral, fornecedor
de rocha fosfática, de enxofre, de gás natural e de rochas potássicas; II) o setor produtor de
matérias-primas intermediárias, como o ácido sulfúrico, o ácido fosfórico e a amônia anidra;
III) o elo produtor de fertilizantes simples; IV) a indústria de fertilizantes mistos e granulados
complexos; V) o setor de distribuição (atacado, varejo e logística); e VI) o produtor rural (Figura
1).
Além dos elos descritos anteriormente, a cadeia de fertilizantes pode ser classificada
conforme os setores que abastecem o ramo de fertilizantes minerais, como: mineradoras,
importação, misturadoras e transportadoras. As mineradoras extraem e beneficiam os minerais
para obtenção de matéria-prima básica e intermediária. O setor de importação adquire, de outros
países, fertilizantes primários (ureia, DAP, MAP), considerando a insuficiente oferta brasileira.
Nas misturadoras ocorre o elo final: obtém-se os fertilizantes finais a partir dos fertilizantes
básicos. Por fim, as transportadoras realizam o transporte de matérias-primas para as
misturadoras e/ou produtores rurais (TEIXEIRA, 2013).
As principais matérias-primas básicas para produção de fertilizantes são a rocha
fosfática e o enxofre para produção de adubos fosfatados, o petróleo e o gás natural para
produção de adubos nitrogenados e a rocha potássica para produção de adubos potássicos
(CELLA; ROSSI, 2010; RODRIGUES et al., 2015). Ademais, em consonância com Teixeira
(2013), as matérias-primas intermediárias são o ácido sulfúrico, ácido fosfórico e o ácido
nítrico. Os fertilizantes simples são o superfosfato simples, o superfosfato tripo, o fosfato
monoamônio (MAP), o fosfato diamônio (DAP), o nitrato de amônio, o sulfato de amônio, o
sulfato de potássio, a ureia e o cloreto de potássio (SAE-PR, 2020) (Figura 2).
aplicados foram na ordem de US$ 3,5 bilhões, permitindo um incremento na produção nacional
de mais de 40,0% no período compreendido entre 1987 e 2005 em decorrência da exploração
de rochas fosfáticas nos estados de Minas Gerais e São Paulo (COSTA et al., 2018; SAE-PR,
2020).
Após a concretização do Plano Nacional de Fertilizantes em 1974 as movimentações
acerca do setor ficaram inertes. Grandes empresas estatais brasileiras foram privatizadas,
grupos de pesquisas atrelados a tecnologias de fertilizantes foram extintos e a dependência por
insumos minerais externos sofreu uma nova progressão. Esse cenário se estendeu até 2008
quando uma crise financeira abalou a economia mundial, dando estopim para novas discussões
direcionadas ao setor de fertilizantes (BENITES et al., 2010). No ano de 2010, o Governo
Federal Brasileiro desenvolveu um novo Plano Nacional de Fertilizantes, no entanto a execução
do mesmo não foi concretizada (SAE-PR, 2020) e as ações estratégias acerca do setor de
fertilizantes não foram inovadas.
Tabela 2 - Consumo internacional de fertilizantes entre 1990 e 2006 (em milhões de toneladas).
22
Tabela 4 - Consumo de fertilizantes por países, em milhões de toneladas, entre 1990 e 2014.
23
Gráfico 1 – Consumo de fertilizantes em escala global no ano de 2020, bem como percentual
de importação para os maiores consumidores internacionais de fertilizantes minerais.
24
China (14,0%), Alemanha (outros 20,0%) e Israel (outros 20,0%) (SAAB; PAULA, 2008;
SANTOS, 2021; CONAB, 2022b) (Gráfico 3).
Tabela 8 - Capacidade internacional de produção de ácido fosfórico entre 2003 e 2007 (em 1000
toneladas).
28
Tabela 9 - Produção internacional de ácido sulfúrico no ano de 2005 (em 1000 toneladas).
Tabela 11 - Consumo de fertilizantes simples e compostos por região brasileira no ano de 2007.
Dados apontam que o Brasil, no ano de 2007, foi o quarto maior consumidor de insumos
minerais correspondendo a aproximadamente 25 milhões de toneladas de fertilizantes. No
entanto, o país produziu apenas 36,0% de seu consumo (RIBEIRO, 2009). Segundo Saab &
Paula (2008), entre 1994 e 2007 a oferta nacional de fertilizantes minerais cresceu 7,22% a.a.,
em contrapartida a produção brasileira aumentou 2,93% a.a. Em 2015 o país registrou 30,2
milhões de toneladas de fertilizantes entregues ao consumidor final totalizando um incremento
de 34,2% em relação a 2009 (BERALDO; FIGUEIREDO, 2016). Castro et al. (2020) fizeram
uma constatação em um período maior: entre 1992/1993 e 2016/2017 o consumo nacional
registrou elevação de 255,0%, isto porque as lavouras de grãos obtiveram um incremento de
64,0% de área plantada. No decorrer do ano de 2019 o consumo de fertilizantes no Brasil atingiu
o montante de 36 milhões de toneladas (CONAB, 2020c; SAE-PR, 2020). Fernandes (2022)
discorre que em novembro de 2021 o Brasil já havia entregado mais de 45 milhões de toneladas
de fertilizantes aos seus consumidores apresentando um aumento de 14,2% em relação ao ano
anterior, assim como para o ano de 2020 o país registrou um crescimento de 11,9% na utilização
de fertilizantes minerais quando comparado com o ano de 2019. Para o mesmo autor, a
quantidade de fertilizantes entregues ao mercado é resultado do estoque inicial da indústria, da
quantidade produzida, importada e exportada, ainda, a quantidade de fertilizantes entregues ao
consumidor final é crescente desde 2016 (Gráfico 7).
Gráfico 7 - Fertilizantes entregues ao mercado brasileiro (em milhões de toneladas) entre 2016
e 2020.
Oscilações atípicas ocorreram nos anos de 1999 e 2005 uma vez que o volume de vendas
de fertilizantes minerais apresentou queda nas transações de mercado (TURETTA et al., 2008)
(Gráfico 8), assim como para o ano de 2016 (COSTA et al., 2018) (Gráfico 9). Tais interrupções
no crescimento do consumo de insumos é explicada especialmente pela variação no preço dos
fertilizantes, assim como na liberação de crédito rural (TURETTA et al., 2008).
Gráfico 9 - Relação entre consumo e produção interna brasileira de fertilizantes (em milhões
de toneladas) entre os anos de 2013 e 2016.
33
Gráfico 10 - Produção e importação de NPK pelo mercado brasileiro, para cada elemento
químico, no ano de 2014.
34
Todavia, a produção interna de fertilizantes não atende a demanda exigida pelo setor do
agronegócio tornando o país dependente de importações de fertilizantes (RODRIGUES et al.,
2015), sendo que aproximadamente 70,0% da matéria-prima utilizada na indústria de
fertilizantes é importada, especialmente as fontes de nitrogênio e potássio (LIMA, 2007;
BERALDO; FIGUEIREDO, 2016; PEREIRA et al., 2016; CONAB, 2020d). Segundo Cella &
Rossi (2010), o setor de fertilizantes potássicos é o mais crítico dependendo de 91,0% de
importações para que a oferta seja satisfeita. Os mesmos autores apontam que a dependência
brasileira por importações de fertilizantes nitrogenados é superior ao estimado por Carrer et al.
(2010) (75,0%): 82,0% dos insumos nitrogenados consumidos no Brasil são provenientes de
outros países. No ano de 2014 os números referentes às importações se mantiveram estagnados
e semelhantes aos anos anteriores, da quantidade de fertilizantes minerais utilizados pela
agricultura brasileira 92,0% de potássio, 73,0% de nitrogênio e 46,0% de fósforo foram
oriundos de países estrangeiros (CASTRO et al., 2020). Em um cenário mais recente, no ano
de 2018 o Brasil importou 24,96 milhões de toneladas, perfazendo um incremento de 4,0% em
relação ao ano de 2017 (23,96 milhões de toneladas) (SAE-PR, 2020). Para o ano de 2019, o
país importou aproximadamente 80,0% de matéria-prima para fertilizantes (CONAB, 2020c),
enquanto para o ano de 2021 mais de 85,0% dos fertilizantes utilizados no Brasil foram
adquiridos de outros países (CALIGARIS et al., 2022). De acordo com os levantamentos
realizados pela Conab (2022a), no ano de 2021 a importação de fertilizantes pela federação
brasileira registrou um recorde histórico de 41,6 milhões de toneladas (Gráfico 12).
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Gráfico 12 – Evolução da importação mensal brasileira de fertilizantes (em mil toneladas) entre
2018 e o presente (2022).
principais países que abastecem o setor de fertilizantes brasileiro, são: Rússia, Estados Unidos,
Canadá, Marrocos e China (COSTA et al., 2018) (Gráfico 14). Em adição, dados da Conab
(2021b) estabelecem que Rússia, China, Canadá, Marrocos, Bielorrússia, Catar, Estados
Unidos, Alemanha e Holanda se enquadram no ranking dos dez países que lideram as
exportações de fertilizantes para o mercado brasileiro.
(US$ 350,75/tonelada) custando US$ 534,28/tonelada para o referido período mensal, sendo os
fertilizantes nitrogenados e potássicos responsáveis pela onerosidade dos insumos (CONAB,
2022a) (Gráfico 16).
Gráfico 15 - Comportamento dos preços reais dos fertilizantes e da taxa de câmbio entre 1995
e 2015.
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Prosseguindo com as variáveis que moldam o preço dos fertilizantes, o transporte dos
insumos minerais é um fator determinante no estabelecimento dos preços comerciais. Segundo
Pereira et al. (2016), o transporte é um dos fatores mais importantes durante o planejamento da
rede logística, representando aproximadamente 60,0% dos custos operacionais, tornando os
fertilizantes menos competitivos no ambiente comercial. Beraldo & Figueiredo (2016)
destacam que a distância entre os portos e os centros consumidores, bem como as dificuldades
da infraestrutura logística influenciam no aumento do preço pago pelo produtor ou consumidor
final, corroborando com Costa et al. (2018) que atrelam, entre outras, a dificuldade de transporte
no setor de fertilizantes decorrente das longas distâncias percorridas entre os locais de extração
de matérias-primas até os complexos produtivos, refletindo no preço dos fertilizantes.
Considerando os impasses que ocorreram entre janeiro e março de 2022 (conflitos entre Rússia
e Ucrânia), o valor do frete marítimo pago pela rota Europa-Brasil apresentou um incremento
de US$ 4,00/tonelada entre fevereiro e março do respectivo ano, já o frete pago para os
fertilizantes com origem de Marrocos e Egito atingiram um acréscimo de US$ 12,00/tonelada
(CONAB, 2022b).
Daher (2009) propõe a otimização do setor de transporte de fertilizantes através do frete
de retorno: tendo o conhecimento que a maior pressão de demanda ocorre no segundo semestre
anual, a antecipação da compra de fertilizantes é vista como uma estratégia para baratear o
oneroso frete imposto acima do transporte de fertilizantes, isto porque com a entrega de grãos
nos portos marítimos no pós-safra (entre fevereiro e março) contribuiu com a economia gerada
pelo frete de retorno, ou seja, transporta-se grãos até os portos e se retorna aos centros
produtivos com fertilizantes. Levantamentos da Conab (2022a) confirmam que esta estratégia
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já é praticada no setor agrícola uma vez que os maiores volumes de importação de fertilizantes
apresentam crescimento constante a partir do mês de abril, período em que as exportações de
soja, milho e algodão movimentam os portos brasileiros, concretizando a tática de frete de
retorno.
Por fim, observa-se que o preço dos fertilizantes no mercado interno é extremamente
relacionado a fatores exógenos ao cenário nacional, essencialmente ao preço do petróleo e a
oferta de matérias-primas (COLLE; ALVIM, 2016).
Os motivos pelos quais o Brasil não assume uma posição de autoabastecimento estão
atrelados a alguns fatores que se tornam obstáculos para a instalação de indústrias de
fertilizantes no território nacional, como: elevado custo inicial, prazo de retorno muito longo,
carga tributária elevada, aumento crescente do preço do gás natural no país e dificuldade de
obtenção de licenças ambientais (FERNANDES et al., 2009; RIBEIRO, 2009).
Partindo do contexto das principais dificuldades encontradas para a implantação de um
setor produtivo de fertilizantes eficaz para o abastecimento interno brasileiro, as soluções
encontradas a curto prazo estão relacionadas com o desenvolvimento de melhores misturas de
fertilizantes, a elaboração e execução de pesquisas sobre nutrição de plantas e a educação dos
agricultores quanto ao manejo de nutrientes - utilização de uma fonte eficaz de fertilizante, bem
como a aplicação da dose correta no local e época ideal – com o objetivo de maximizar a
eficiência agronômica e os retornos econômicos considerando a qualidade do meio ambiente
(CASTRO et al., 2020).
Algumas estratégias são analisadas para que a dependência externa por fertilizantes seja
amenizada e os números referentes às importações recuem dos atuais 74,5% para 54,3% nos
próximos anos (CASTRO et al., 2020). Entre elas, a duplicação da capacidade de produção de
fósforo a partir dos projetos elaborados acerca das reservas presentes nos estados de Minas
Gerais, Goiás, Santa Catarina e Ceará e àquelas pertencentes à Petrobras, localizadas no estado
do Amazonas (FERNANDES et al., 2009; CELLA; ROSSI, 2010). O Ministério da Agricultura
Pecuária e Abastecimento – MAPA propôs reduzir a dependência de outros países através do
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Nava & Horbe (2008) afirmam que a pressão sobre a abertura de novas fronteiras
agrícolas pode ser atenuada através da utilização de fertilizantes. Segundos os mesmos, entre
1992 e 2007 o crescimento médio no consumo de fertilizantes (7,2%) ocorreu na medida que o
valor médio de crescimento das áreas plantadas no Brasil reduziu 1,9% sem abalar o
crescimento médio da produção nacional de grãos (5,3%).
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observa-se que para alguns termos de indexação não foram encontradas publicações
coerentes com o escopo desta pesquisa, mesmo que investigados em diferentes plataformas.
Sugere-se que para realização de pesquisas posteriores a esta os termos utilizados sejam
revisados.
Entre os anos delimitados para a busca por publicações, percebeu-se que a maioria dos
trabalhos acerca do funcionamento do mercado comercial de fertilizantes concentrava o escopo
de pesquisa nas ações que ocorreram entre os anos de 2007 e 2008, sugere-se que este evento
foi influenciado pela elevação do preço de fertilizantes decorridos entre os anos anteriores a
2007, bem como a crise econômica que afetou o comércio mundial em 2008 (FERNANDES et
al., 2009, BENITES et al., 2010, CASTRO et al., 2020). No entanto, tendo o conhecimento
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que o maior número de publicações selecionadas coerentes com o escopo deste trabalhado foi
encontrado com a utilização da palavra-chave “fertilizante”, estatísticas apontam que o maior
pico de buscas em plataformas da web, em um cenário global, relacionadas com o termo
“fertilizante” ocorreram em maio de 2004 e março de 2022 e que a maior concentração de
pesquisas ocorreu na região do México (Gráfico 17, Figura 3). Já a nível nacional as maiores
buscas foram realizadas entre fevereiro e março de 2022, sendo este o nível recorde para o
período abordado (janeiro de 2004 a junho de 2022). Neste sentido, o estado do Mato Grosso é
destaque nas pesquisas da web (Gráfico 18, Figura 4). Infere-se que o aumento de pesquisas
em plataformas da web no período supracitado está atrelado aos conflitos no leste europeu entre
Rússia e Ucrânia (OSAKI, 2022; CALIGARIS et al., 2022; CARRARA, 2022), haja vista que
as relações internacionais impactam as transações nos demais países.
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Gráfico 18 – Interesse de pesquisas na web utilizando o termo “fertilizante” entre janeiro de 2004 e junho de 2022 no cenário internacional.
Nota: Um valor de 100 representa o pico de popularidade de um termo. Um valor de 50 significa que o termo teve metade da popularidade. Uma pontuação de 0 significa que
não havia dados suficientes sobre o termo.
Fonte: Adaptado de Google Trends (p. 1, 2022).
Figura 3 - Interesse de pesquisas na web utilizando o termo “fertilizante” entre janeiro de 2004 e junho de 2022 por regiões internacionais.
Nota: Um valor de 100 representa o pico de popularidade de um termo. Um valor de 50 significa que o termo teve metade da popularidade. Uma pontuação de 0 significa que
não havia dados suficientes sobre o termo.
Fonte: Adaptado de Google Trends (p. 1, 2022).
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Gráfico 19 – Interesse de pesquisas na web utilizando o termo “fertilizante” entre janeiro de 2004 e junho de 2022 no cenário nacional.
Nota: Um valor de 100 representa o pico de popularidade de um termo. Um valor de 50 significa que o termo teve metade da popularidade. Uma pontuação de 0 significa que
não havia dados suficientes sobre o termo.
Fonte: Adaptado de Google Trends (p. 1, 2022).
Figura 4 - Interesse de pesquisas na web utilizando o termo “fertilizante” entre janeiro de 2004 e junho de 2022 por estados brasileiros.
Nota: Um valor de 100 representa o pico de popularidade de um termo. Um valor de 50 significa que o termo teve metade da popularidade. Uma pontuação de 0 significa que
não havia dados suficientes sobre o termo.
Fonte: Adaptado de Google Trends (p. 1, 2022).
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Nota: Dados obtidos a partir da compilação das informações redigidas neste estudo.
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.
Nota: Dados obtidos a partir da compilação das informações redigidas neste estudo.
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.
Nota: Dados obtidos a partir da compilação das informações redigidas neste estudo.
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.
Nota: Dados obtidos a partir da compilação das informações redigidas neste estudo.
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.
Nota: Dados obtidos a partir da compilação das informações redigidas neste estudo.
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.
Figura 10 - Mapa de localização dos principais países que exportam fertilizantes para o mercado
brasileiro.
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Nota: Dados obtidos a partir da compilação das informações redigidas neste estudo.
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.
Nota: Dados obtidos a partir da compilação das informações redigidas neste estudo.
Fonte: Elaborada pela autora, 2022.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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future, and beyond. Revista Brasileira de Ciência do Solo, [S.l.], n. 34, 2010.
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In: REUNIÃO BRASILEIRA DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA,
17., 2008, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: Embrapa Solos. p. 1-4.