Você está na página 1de 258

CURSO DE CABELEIREIRO

O Cabeleireiro
MÓDULO 1 | A Profissão

MÓDULO 2 | O Atendimento ao Cliente


A Profissão
Ingressar na profissão de cabeleireiro é um desafio, pois exi-
ge muita dedicação e conhecimento técnico, sem falar do
talento e da postura.

A cada dia, a exigência é maior e, por isso, o Instituto L’Oréal


desenvolveu um método de qualificação profissional para
que o desenvolvimento dos alunos nesta área seja completo
e com um padrão internacional.

Capítulo 1 | Conhecendo a profissão de cabeleireiro


Capítulo 2 | Mercado de Trabalho
Capítulo 3 | Os 10 mandamentos do profissional
Capítulo 4 | Aspectos da Vigilância Sanitária
Capítulo 5 | Conceito de Biosegurança
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

1
Conhecendo a Profissão
de Cabeleireiro
O CABELEIREIRO
É um profissional que cuida da saúde, da beleza e da vitalidade dos
cabelos de seus clientes: sejam homens ou mulheres.

Os recursos que utiliza vão desde um pente até a aplicação de um


produto químico. Mas, sempre deve estar atento para buscar o melhor
resultado para agradar àqueles que o procuram.

Algumas características básicas para ser um bom


profissional cabeleireiro:

• Bom senso estético;

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


• Habilidade para lidar com objetos pontiagudos;
• Atenção para lidar com produtos químicos;
• Boa visão;
• Capacidade de concentração;
• Ser detalhista;
• Buscar sempre a perfeição;
• Ter boa capacidade de comunicação, para interagir com o
cliente e saber o que ele realmente deseja;
• Estar sempre atualizado com as novas tendências;

4
INSTITUTO L’ÓREAL
Principais atividades profissionais de um cabeleireiro

Entre suas atividades diárias estão:

• Corte de cabelo;
• Coloração;
• Alisamento, para deixar cabelos crespos e ondulados como lisos;
• Permanente, para tornar cabelos lisos em ondulados;
• Tratamentos, por meio de produtos específicos, para a saúde e beleza

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


dos cabelos e do couro cabeludo;
• Escova, modelando os cabelos da maneira que o cliente deseja;
• Luzes, mechas e reflexos;
• Penteados.

O cabeleireiro sempre teve uma maneira muito informal de atuar.


O amadorismo predomina até hoje em muitos salões.

5
INSTITUTO L’ÓREAL
UM POUCO DE HISTÓRIA
Alguns documentos históricos relatam achados arqueológicos e artísti-
cos que comprovam que a preocupação com os cabelos já existe desde
o tempo das cavernas.

• Pentes e navalhas feitos de


pedra;

• Perucas com penteados e cor-


tes, que faziam parte dos aces-
sórios dos faraós no Egito Anti-
go, há cerca de 5 mil anos.

• A criatividade dos penteados,


que fazem parte da cultura da
Grécia antiga, século II AC. Em
Atenas, foram criados os primei-
ros salões de cabeleireiro (kou-
reia). Eram construídos sobre as
praças públicas, onde filósofos,
escritores, poetas e políticos se
reuniam para conversar sobre
eventos sociais, política e espor-
tes, enquanto recebiam os cuidados dos “Kosmetes” (embelezadores
dos cabelos), escravos especiais que cuidavam dos homens e escravas
que cuidavam dos cabelos, das mãos e dos pés das mulheres e faziam
massagem corporal.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


• Gregos tentavam descolorir o cabelos com preparados de flores ama-
relas, uma vez que os cabelos louros eram raros entre eles.

• A moda greco-romana dos penteados ondulados, com a ajuda de ferro


quente.

• A partir do Século XIV, a moda francesa passou a dominar em todas as


civilizações.

• E já no século XVIII, a moda dos cabelos passou a ser divulgada através


de jornais e revistas.

• Assim como na Grécia, no século XX, os salões de cabeleireiros também


se transformaram em pontos de encontro entre seus frequentadores.

6
INSTITUTO L’ÓREAL
• A pesquisa científica dos cabelos se deu pela necessidade de prevenir
o acúmulo de sujeira e a infestação por piolho.

• O ferro quente, antes aquecido pelo fogo, passou a ser aquecido atra-
vés de corrente elétrica (máquina inventada em 1906, por Char les Nestle
– Londres).

• Em 1909, Eugene Schueller cria a Societé Française des Tintures


Inoffensives pour Cheveux que, mais tarde, se tornou L’Oréal.

• Em Toulouse, 1945, as duas irmãs, Rosy e Maria Carita foram as primei-


ras a introduzir as mechas com os produtos de descoloração global. Para
esse fim, elas separavam as mechas com algodão.

• Jacques DESSANGE lança, em 1975, a balayage Californiana. Eva Herzi-


gova foi a primeira a usar este estilo (raízes escuras e pontas ultralouras,
para obter um efeito de sol impregnado).
Ainda hoje, a balayage californiana é um grande sucesso.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO

7
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

2
Mercado de trabalho
O profissional cabeleireiro tem várias áreas onde pode atuar:
• Ser proprietário de salão
• Atuar em salões de terceiros
• Prestar consultoria
• O atendimento Delivery

SER PROPRIETÁRIO DE SALÃO


Para se abrir um salão, é necessário conhecer amplamente:
• A área de atuação;
• As exigências do mercado;

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


• As exigências da lei;
• Responsabilidades com funcionários e colaboradores,
• Os compromissos com fornecedores

8
INSTITUTO L’ÓREAL
Isto, sem falar do aspecto financeiro, que abrange:
• Abertura de firma junto aos órgãos governamentais e suas respec-
tivas taxas;
• Contratos de aluguel;
• Remuneração dos funcionários contratados;
• Aquisição de móveis e itens específicos para a atividade em si, entre
outros.

Mas, para se destacar ainda mais, ter o domínio sobre produtos e servi-
ços que podem ser oferecidos para os clientes do salão.

ATUAR EM SALÕES DE TERCEIROS


O que devemos ter em mente:
• O comprometimento total com a marca que vai representar;
• Que não há desvantagem em relação ao proprietário do salão;
• A responsabilidade pelo atendimento que dará ao cliente.
• O respeito às normas do salão.
• Uma conduta impecável e estritamente profissional.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


PRESTAÇÃO DE CONSULTORIA

Está é uma área relativamente nova:


O consultor de estilo (Personal Hair
Stylist).
• Aplica seus conhecimentos para
orientar pessoas ou empresas no
que diz respeito à imagem.
• Estuda cada caso com muito cui-
dado e orienta o cliente para as pos-
sibilidades das mudanças de visuais.

9
INSTITUTO L’ÓREAL
ATENDIMENTO DELIVERY

Esta modalidade é para o profissional que não quer criar vínculo


com salão.
• Atende com hora marcada em domicílio.
• Já existem, nos grandes centros, atendimentos feitos em veículos que
são preparados como se fossem um salão itinerante.

ATUALIZAÇÃO E TREINAMENTO CONSTANTES

As mudanças no mercado da beleza são muito rápidas e faz de quem


atua nele um pesquisador incansável. Por isso devemos estar sempre
envolvidos com treinamentos e atualizações.

Hoje já conseguimos nos atualizar dentro no nosso próprio país. Temos


vários eventos de nível internacional acontecendo bem perto de nós.

As viagens aos centros internacionais de moda são sempre bem-vindas


na medida em que forem possíveis. Mas, hoje, devido à facilidade de en-
contrar cursos nacionais, não pode mais ser desculpa o fato de não po-
der viajar para o exterior a fim de permanecer em dia com as mais novas
técnicas e produtos.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO

10
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

3
Os 10 mandamentos
do Profissional
1. MOTIVAÇÃO

A motivação pode estar dentro de cada um e quase não são necessárias


as ações externas para que as pessoas se motivem.
• Muitos são motivados por fazerem aquilo que gostam. Outros, por pas-
sarem a gostar daquilo que fazem. Embora os perfis sejam diferentes,
para ambos os casos há grande chance de sucesso.
• A partir do momento em que o profissional entende a importância do
seu trabalho e as expectativas das pessoas em relação ao seu profissio-
nalismo, este passa a ter orgulho daquilo que faz e, consequentemente,
se motiva a investir ainda mais em seu aprimoramento.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


2. APTIDÕES

Dificilmente a vontade de ser cabe-


leireiro acontece na infância. É co-
mum renegar as próprias habilidades
por discriminar esta profissão, muitas
vezes considerada pouco atrativa ou
pouco séria. Esse preconceito é real
e tem sua origem na informalidade
que, até bem pouco tempo, predo-
minava no meio.

Geralmente, optam por esta profis-


são pessoas que não se encontraram
em outras áreas e imaginam que a de
cabeleireiro é simples e sem muita
responsabilidade.
11
INSTITUTO L’ÓREAL
Quase todos os profissionais de sucesso desta área têm um detalhe em
comum, nasceram com o dom, mas somente com o dom não se conse-
gue ir muito longe.

• É preciso lapidar esse tesouro.


• Dom nasce com ele. Talento se constrói.

3. BOM HUMOR
Todos preferem lidar com pessoas
bem humoradas.

O bom humor contagia!

• Desenvolver a capacidade de inte-


ragir e lidar com problemas faz de
você uma pessoa bem humorada.
• Controlar-se emocionalmente e
não trazer seus problemas pesso-
ais para o ambiente de trabalho,
também fazem parte de um aten-
dimento bem humorado.

4. BOA COMUNICAÇÃO

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


A boa comunicação também é ca-
racterística básica para o sucesso.

• Saber expressar-se, com um voca-


bulário apropriado e com um cor-
reto uso do idioma, são detalhes
muito importantes.

• Desenvolver a habilidade de
ouvir, entender o desejo do outro
para, então, opinar. Saber ouvir é
muito importante para ser justo no
dia a dia.

12
INSTITUTO L’ÓREAL
5. INICIATIVA

Saber utilizar seus conhecimentos para criar condições favoráveis:

• Ao aconselhamento;
• À oferta de novos serviços;
• À indicação de produtos ade-
quados;

São características de um pro-


fissional proativo, que tem
iniciativa para oferecer sempre
mais do que lhe foi solicitado.

6. BOA APRESENTAÇÃO

O “estar de acordo” com o ambiente de trabalho não significa se vestir


para festa ou ter a aparência de um modelo.

A boa aparência já coloca o profissional em posição de vantagem.


Passa, de imediato, uma imagem positiva, de quem realmente entende
daquilo que se propõe a fazer. Favorece a construção da credibilidade
do cliente no profissional. Para isso, é preciso usar o quesito mágico de
sempre: o bom senso! O que se espera de um profissional da beleza é

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


ele que esteja:

• Com cabelos, unhas e rou-


pas adequadas. Isto influencia
a escolha do cliente pelo pro-
fissional que vai atendê-lo.
• Com um vestuário digno de
seu talento, adequado à ativi-
dade e que possa inspirar seu
cliente.
• O uso de uniformes facilita
muito a boa apresentação.
• Tenha um visual inspirador!

13
INSTITUTO L’ÓREAL
7. PLANEJAMENTO

Organizar nossa área de trabalho e manter sempre nossos materiais


impecavelmente limpos e em ordem, antes de iniciarmos o atendimento;
isso, decorre de um bom planejamento. Para que ações como essas
ocorram naturalmente, é necessário que se adquiram hábitos importantes
como:

• Chegar 15 a 30 minutos mais cedo.


• Chegar ao trabalho devidamente arrumado.
• Chegar ao trabalho bem alimentado.

8. VENDA

O profissional é, de certa forma,


um vendedor 24 horas por dia.
Vende sua imagem, suas idéias
e seu trabalho. Mas, tudo isso
está relacionado aos produtos
e serviços que oferece ao seu
cliente, dia a dia.

Mas, para estar à vontade nesta


atitude vendedora, é necessário
que o profissional esteja bem
preparado.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


• O conhecimento de técnicas,
de produtos e de serviços valo-
riza o profissional favorecendo
a credibilidade e a confiança do cliente em adquirir o que for oferecido
por ele. E, ao contrário do que isto possa parecer, o mais favorecido é o
cliente.
• Em consequência, a revenda dos produtos indicados pelo profissional
pode aumentar, consideravelmente, o faturamento do salão. E, hoje,isto
chega a patamares interessantíssimos.

9. ÉTICA

Fazer a coisa certa, de acordo com os padrões que a sociedade reco-


menda, sem a necessidade de um controle externo. Se todos respeitassem
14
INSTITUTO L’ÓREAL
o espaço alheio, isto não seria importante reforçar. O que pode levar um
indivíduo a uma atitude antiética, em algumas situações, é o excesso
de egoísmo ou da vaidade, a falta de solidariedade e até mesmo a
inconsequência.

O profissional deve respeitar e defender seus ideais, desde que não


prejudiquem os dos outros, sejam eles clientes, parceiros ou colegas de
equipe.

10. DIAGNÓSTICO

A ferramenta indispensável
do profissional. É no momen-
to do diagnóstico que são
recolhidas todas as informa-
ções necessárias para dar iní-
cio aos procedimentos técni-
cos mais adequados e respon-
sáveis, visando atender às
expectativas do cliente com
o mínimo de chance de equí-
vocos.

E, para se fazer um diagnóstico correto, o profissional precisa, além de


conhecer profundamente as características e estados do cabelo e do
couro cabeludo:

• Ouvir bem o cliente antes de expressar sua opinião;

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


• Estar atento aos movimentos e estilo do cliente;
• Olhar o cliente de frente e, de preferência, diretamente nos olhos;
• Só colocar sua opinião quando estiver bem certo dela;
• Oferecer soluções para as necessidades do cliente, desde que domine
as técnicas e ferramentas adequadas;
• Mostrar interesse;
• Somente prometer o que puder cumprir realmente.

Ao decidir pelo trabalho a ser feito, explicar com detalhes ao cliente


repetindo para ele todo o processo e o tempo necessário para executar
o trabalho.

15
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

4
Aspectos da vigilância sanitária
Os estabelecimentos devem respeitar e se adequar à legislação sani-tá-
ria vigente, seguindo as normas de boas práticas para garantir, ao profis-
sional e a seus clientes, segurança e qualidade nos serviços que prestam,
evitando riscos à saúde.

O que é verificado pela ANVISA:


• A iluminação natural ou artificial deve ser adequada, que permita a
realização dos procedimentos com segurança e boa condição visual;
• A instalação elétrica deve ser suficiente para o número de equipame-
tos. Não é permitido o uso de benjamins (sobrecarga): é proibido ter
fiação exposta para evitar curto-circuito;
• A ventilação natural ou artificial deve garantir um ambiente arejado;
• Os pisos e paredes devem ter revestimentos laváveis, ou seja, resisten-
tes à limpeza com água e sabão, de acordo com uma programação para

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


a higienização dos ambientes
• Ralos devem ter condições de serem fechados ou de serem protegidos
com tela milimétrica;
• A água deve ser encanada e potável;
• Os mobiliários devem ter superfície lisa, não porosa e ter uma progra-
mação de limpeza, por dentro e por fora.
• Os vestiários devem ter armários para os profissionais;
• O banheiro dos funcionários e clientes deve dispor de pia, água cor-
rente, sabão líquido, papel toalha e ser higienizado de acordo com uma
programação;
• A pia exclusiva para a limpeza de materiais, tais como tigelas, pentes,
escovas, e outros;
• Tanques para lavar os panos de limpeza e higienização;
16
INSTITUTO L’ÓREAL
• Ligações na rede de esgoto;
• Equipamentos adequados para a esterilização de material de metal
como alicates, espátulas, entre outros;
• O lixo deve ser acondicionado em saco plástico, separado do lixo de
material reciclável.

PROPORCIONAR A BELEZA COM SEGURANÇA

Sobre toalhas e descartáveis


• As toalhas devem ser lavadas e, preferencialmente, embaladas indivi-
dualmente em saco plástico. Devem ser guardadas em local limpo, seco
e arejado, organizadas em prateleiras ou armários.
• As toalhas sujas devem ser colocadas em local apropriado, separado
das limpas, para evitar contaminação.
• O material descartável deve ser utilizado um em cada procedimento,
mesmo que o próximo procedimento seja para o mesmo cliente.

São obrigações do profissional cabeleireiro:


• Lavar as mãos antes de atender cada cliente;
• Perguntar ao cliente se possui alguma alergia aos produtos que vai utilizar;
• Abrir, na frente do cliente, todo material descartável ou higienizado;
• Manter as escovas e pentes em recipientes limpos e organizados;
• Usar lâminas novas a cada cliente e descartá-las após o uso.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


• Usar luvas ao fazer os serviços de química. Após a conclusão do servi-
ço, é obrigação do profissional:
• Lavar as mãos após o atendimento a cada cliente;
• Limpar escovas e pentes, removendo os cabelos após cada uso;
• Lavar os pentes, escovas e demais equipamentos utilizados, com água
e sabão líquido ou detergente, após o uso em cada cliente;
• Descartar as lâminas utilizadas, em recipientes rígidos;
• Retirar do chão os cabelos decorrentes do corte.

Após a conclusão do serviço, é obrigação do profissional:


• Lavar as mãos após o atendimento a cada cliente;
• Limpar escovas e pentes, removendo os cabelos após cada uso;
17
INSTITUTO L’ÓREAL
• Lavar os pentes, escovas e demais equipamentos utilizados, com água
e sabão líquido ou detergente, após o uso em cada cliente;
• Descartar as lâminas utilizadas, em recipientes rígidos;
• Retirar do chão os cabelos decorrentes do corte.

Atenção:
Produtos químicos à base de formol, para escova progressiva, estão proi-
bidos, pois não possuem registro na ANVISA para esta finalidade. O for-
mol é cancerígeno e provoca queimaduras na pele e mucosas, irritação
nos olhos, podendo levar à cegueira, tanto o cabeleireiro quanto o cliente.

Sobre a utilização de produtos

Procure nos rótulos dos produtos as seguintes informações: número


do registro do Ministério da Saúde/ANVISA para os produtos indica-
dos abaixo:
• Sabonete antisséptico;
• Shampoo, condicionador, e enxaguatório capilar anticaspa;
• Coloração temporária, progressiva ou permanente;
• Enxaguatório colorante;
• Produtos para clarear os cabelos (clareador, descolorante, oxidantes);
• Produtos para ondular ou alisar os cabelos;
• Tônico, loção e máscara capilar.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


Procure nos rótulos, também, as
seguintes informações:
• Nome do produto
• Marca;
• Lote;
• Prazo de validade;
• Conteúdo;
• País de origem;
• Fabricante/Importador;
• Composição do produto;
• Indicação do produto.
18
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

5
Conceito de Biossegurança
BIOSSEGURANÇA
“Conjunto de ações voltadas à prevenção, minimização ou eliminação
de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde
do homem, dos animais, à preservação do meio ambiente e à qualidade
dos resultados.” (Teixeira e Valle, 1996).

• Antissepsia
Eliminação de microorganismos da pele, mucosa ou tecidos vivos, com
auxílio de antissépticos, substâncias microbiocidas ou microbiostáticas.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO

19
INSTITUTO L’ÓREAL
• Assepsia
Processo pelo qual são removidos materiais estranhos (matéria orgânica,
sujidade) de superfícies e objetos, Normalmente é realizado através de
aplicação de água e sabão ou detergente e ação mecânica.

• Desinfecção
É o processo físico ou químico que destrói microrganismos presentes em
objetos inanimados, mas não necessariamente os esporos bacterianos.

• Esterilização
Processo físico ou químico, através do qual são destruídas todas as
formas microbianas, inclusive os esporos bacterianos. Neste processo,
são utilizados agentes químicos, estufas e autoclaves.

• Descontaminação
É o processo de desinfecção ou esterilização terminal de objetos e
superfícies contaminados com microorganismos patogênicos, de forma
a torná-los seguros para manipulação.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO

20
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

6
Parcerias
Uma alavanca que colabora fortemente para o sucesso de um cabeleireiro
é o fato de fazer parcerias fortes. Entende-se por parceria forte, unir-se
a grandes e sérias empresas no ramo da beleza. Como é o caso das
parcerias feitas com L’Oréal.

Um salão de cabeleireiros é uma empresa como outra qualquer, com

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


toda a problemática que um negócio promissor pode ter.

E, ser parceiro de grandes empresas, reconhecidas pelo mercado, nos dá


segurança, pois estas:

• Realizam pesquisas em seus laboratórios, para o desenvolvimento de


produtos com tecnologias inovadoras e de alto desempenho.
• Testam seus produtos e serviços desenvolvidos, antes de disponibili-
zá-los no mercado.
• Oferecem oportunidades de treinamento para a boa utilização dos
produtos, o que proporciona resultados positivos nos serviços realiza-
dos com eles.
• Estão atentas às tendências da moda e do mercado e procuram manter
seus parceiros atualizados.
21
INSTITUTO L’ÓREAL
• Proporcionam o aumento da credibilidade do cliente. Quando o clien-
te conhece a marca e confia na força da parceria, fica tranquilo para se
submeter aos cuidados dos profissionais do salão.
• Promovem eventos para trocas de experiências e de informações entre
profissionais da área.
• Estão sempre ao lado, para incrementar o desenvolvimento profissio-
nal e apoiar o sucesso profissional de seus parceiros.

Uma parceria de confiança...


Estar sempre lado a lado para o incremento do desenvolvimento da
profissão e para o reconhecimento e apoio do sucesso profissional.

UMA PROFISSÃO ETERNA


Como vimos, a profissão de cabeleireiro existe desde há muito tempo.
Pode-se dizer que é uma profissão eterna, porque, no passado, nos dias
de hoje e, com certeza, no futuro, sempre foi, é e será um trabalho muito
solicitado.

Se for comparada com outras áreas, nos últimos 50 anos, a evolução da


profissão de cabeleireiro, apoiada pelos grandes parceiros, foi uma das
que mais se destacaram.

L’Oréal, por exemplo, é uma empresa que completou 100 anos em 2009.
Começou suas atividades na área profissional, com a criação da primeira
coloração para cabelos. Daí para a frente, só evoluiu, transformando-se
em líder do seu segmento e grande parceira da profissão.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 1 - A PROFISSÃO


A preocupação com a beleza com certeza existirá para sempre.

Sendo assim, é extremamente incentivador o fato de termos escolhido


uma profissão que tem como objetivo principal um item que é eterno.

22
CURSO DE CABELEIREIRO

O Cabeleireiro
MÓDULO 1 | A Profissão

MÓDULO 2 | O Atendimento ao Cliente


MÓDULO 2
O Atendimento
ao cliente
Já ouvimos o ditado: A primeira impressão é a que fica.

Sabemos que nem sempre nos é dada a oportunidade


de mostrarmos nossos verdadeiros talentos. Por isso o
atendimento, hoje em dia, é parte fundamental para qualquer
ramo de atividade. Quando falamos em bom atendimento
não queremos que seja de uma maneira falsa, artificial,
muito ensaiada. O ideal é que seja o mais natural possível,
realmente mostrando para o cliente como a presença dele é
importante para nós.

Capítulo 1 | Panorama Global do Atendimento


Capítulo 2 | Ambiente e Equipe
Capítulo 3 | Roteiro para um bom Atendimento
Capítulo 4 | Satisfação do Cliente
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

1
Panorama Global
do Atendimento
Três áreas devem ser observadas para um bom atendimento:

• Relação interpessoal.
• Relação comercial.
• Administração dos recursos.

Relação Interpessoal

Somente com bom relacionamen-


to podemos realmente desenvol-

O CABELEIREIRO | MÓDULO 2 - O ATENDIMENTO AO CLIENTE


ver um bom trabalho com o cliente
final. Atitudes gentis e educadas
entre equipe e empresa transfor-
mam o ambiente de trabalho em
local agradável para todos. Quem
não gosta de lidar com pessoas
com certeza não terá sucesso nesta
profissão.

Relação Comercial

Sempre, quando efetuamos um


serviço dentro do salão, este deve
ser remunerado pelo cliente. Não
existem preços caros ou baratos.
Existem preços justos pelo que é
oferecido.

Coerência no planejamento e exe-


cução dos mesmos devem ser
prioridades de um negócio sério.
25
INSTITUTO L’ÓREAL
Somos vendedores! Apesar de muitos não concordarem, vendemos o
tempo todo, não só produtos e serviços, que são nosso maior patrimô-
nio, vendemos idéias, conceitos e credibilidade, constantemente.

Administração de Recursos

Dependendo do padrão de salão em que atuamos, os recursos dis-


poníveis para o atendimento podem não corresponder à nossa ex-
pectativa. A maneira mais profissional de nos comportarmos deve ser
sempre fazer o nosso melhor, com os recursos que temos em mãos.
Fazer o que todo mundo faz, mas de um jeito diferente!

Este é o segredo do sucesso de muitos profissionais, independentemen-


te da área em que atuam. Vários são os recursos que administramos no
dia a dia. Um deles, e talvez o mais difícil, é o tempo. A quantidade de
tempo que temos é sempre menor do que a de que precisamos.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 2 - O ATENDIMENTO AO CLIENTE

26
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

2
Ambiente e Equipe
Toda empresa possui suas diretrizes, suas regras,
suas metas e seus valores.

Cabe a todos os funcionários desta empresa a responsabilidade da


manutenção da imagem que esta apresenta, para seu público, para seus
fornecedores e para seus colaboradores.

No caso de um salão de beleza, o cliente espera encontrar a marca do


salão que escolheu, através da imagem apresentada por este, nos ser-
viços que busca e na equipe de profissionais. Tudo deve estar alinhado
com suas expectativas, com seu desejo.

Clientes têm direito à escolha: fazem suas escolhas de acordo com

O CABELEIREIRO | MÓDULO 2 - O ATENDIMENTO AO CLIENTE


seu desejo.

27
INSTITUTO L’ÓREAL
A manutenção da marca de um salão é como a manutenção de um
quebra-cabeças. Não se pode perder nenhuma peça. Todas têm igual
importância, são preciosas, tanto no detalhe quanto no conjunto.

Sobre a apresentação pessoal


O cuidado pessoal é tão importante quanto suas próprias atitudes:
• “O tom de voz é o espelho da alma” – é através dele que você transmite
seu estado de espírito. E, a partir do momento em que você está
realizando uma atividade que escolheu para exercer como profissão, ele
deve transmitir isto, ser equilibrado e harmonioso para quem o ouça.
• A escolha de um bom vocabulário para expressar-se demonstra a sua
qualidade profissional, e este deve ser respeitoso, de acordo com o
ambiente do qual você faz parte.
• A discrição promove o respeito ao seu profissionalismo. Seja no gestual,
seja numa conferência com seu cliente ou com outro participante da
equipe. Alguns assuntos devem ser reservados, de forma a preservar e
edificar sua própria imagem e a do salão que representa.
• A solidariedade proporciona segurança: para o bem estar do ambiente
de trabalho; para a boa imagem da marca do salão; e para a escolha feita
pelo seu cliente.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 2 - O ATENDIMENTO AO CLIENTE


Sobre o ambiente de trabalho
• A manutenção do ambiente limpo em sua área de trabalho demonstra
asseio e proporciona um local agradável para si próprio e, principalmente,
para o seu cliente.

• Os equipamentos, tais como secadores, chapinhas, escovas, pinças,


etc., devem estar limpos, de acordo com as suas especificações, antes
de cada atendimento.
• Os materiais a serem utiliza-
dos no atendimento devem es-
tar devidamente organizados
de acordo com o cronograma
de utilização. Desta forma, o
serviço se realizará com mais
rapidez e eficiência, demons-
trando, assim, o respeito pelo
tempo de seu cliente e pelo
bom aproveitamento do seu
tempo de trabalho dentro do
salão que você representa.
28
INSTITUTO L’ÓREAL
• O cumprimento das etapas para cada procedimento, de acordo com
as especificações, evita a degradação dos equipamentos e o desperdício
de material, além de promover sua segurança e sua saúde, assim como a
de seus clientes, durante todo o processo.
• O respeito à imagem do salão transmite respeito a si próprio, já que
você é o profissional que a representa.

Sobre a atenção e a dedicação.


• A cordialidade ao lidar com um colega de trabalho deve ser exatamen-
te como a que dedica a cada cliente.
• A dedicação exclusiva a cada cliente deve ser priorizada. Caso ocorra
uma emergência e realmente seja necessário que o atendimento seja
interrompido, peça desculpas, peça licença e faça com que o proble-
ma seja resolvido rapidamente, mas certifique-se de que um profissional
substituto possa acompanhar ou dar continuidade ao atendimento para
que seu cliente não seja prejudicado.
• Ouvir com interesse os desejos e as necessidades de seus clientes e,
também, de seus colegas de trabalho facilita a comunicação e evita situ-
ações embaraçosas.
• Procure perceber o momento certo para emitir sua opinião e sugestão
para evitar ser invasivo ou criar constrangimentos. O cliente ou o colega

O CABELEIREIRO | MÓDULO 2 - O ATENDIMENTO AO CLIENTE


de trabalho irá solicitar quando for a ocasião.

Um ambiente profissional, harmonioso, limpo e bem cuidado reflete o


cuidado com a sua imagem, com a marca do salão e com o seu cliente.

29
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

3
Roteiro para um bom
atendimento
1. Recepção
2. Encaminhamento
3. Diálogo e Diagnóstico
4. Preparação do cliente
5. Execução do serviço
6. Conclusão
7. Cobrança

O CABELEIREIRO | MÓDULO 2 - O ATENDIMENTO AO CLIENTE


8. Pré-agendamento
9. Conclusão
10. Despedida

Recepção
Recepcionar clientes é uma arte que exige cuidados especiais.

• Clientes podem chegar a qualquer momento, mesmo que não tenham


agendado a visita.
• Verifique sempre sua própria aparência, antes de recebê-los.
• Seja pontual e aproxime-se com tranquilidade. Caso ocorra um atraso,
peça desculpas (sem dizer o motivo), sorria e dê início ao atendimento.
• Cumprimente sempre com Bom Dia / Boa Tarde/ Boa Noite e apre-
sente-se se for a primeira vez : “Meu nome é...” e inicie o diálogo.
• Mantenha um contato visual. Isto vai demonstrar que você está atento
e fará com que se sintam bem recebidos.

30
INSTITUTO L’ÓREAL
Encaminhamento
• Indique o local onde será feito o
atendimento e peça ao cliente que
o acompanhe.
• Sempre que for necessário, dirija-
se a ele tratando-o pelo nome. Ex.:
“Acompa-nhe-me, por favor, Sr(a)
(nome do cliente).”
• Durante o trajeto, não pare para
resolver outros assuntos. Dê-lhes
total atenção até chegar ao local de
trabalho.
• O local deve estar limpo e sem
poluição visual.
• Ofereça conforto com café, água,
chá, revista, de forma acolhedora
e sem excessos.

Diálogo e Diagnóstico
• Após a acomodação, converse

O CABELEIREIRO | MÓDULO 2 - O ATENDIMENTO AO CLIENTE


sobre o motivo da visita. Procure
posicionar-se frente a frente,
mantendo o contato visual durante
este momento.
• É através deste pequeno diálogo
que o profissional irá detectar as
expectativas do cliente.
• Para facilitar a comunicação,
ofereça referências, tais como
revistas atualizadas, cartelas de
cores, etc.
• Baseado no que ouviu, é o momento para as sugestões dos serviços de
cor, corte, penteado e tratamento.
• Faça seu book individual, com suas próprias referências, para assegurar
o resultado ao cliente.
• A partir deste momento, o profissional poderá ficar ao lado ou atrás
do cliente, de frente para o espelho, e fazer a confirmação do que ficou
combinado em relação ao serviço.

31
INSTITUTO L’ÓREAL
• Utilize uma ficha de diagnóstico para registrar o histórico do cliente.
• Seja caprichoso na apresentação desta ficha e na caneta utilizada.
• Caso seja necessário mais de um profissional para a realização dos
serviços combinados após o diagnóstico e sugestões, convide este
profissional para que ele tome conhecimento das necessidades e para
que decidam juntos com o cliente o que será melhor para que o resultado
atenda às expectativas.

Preparação do cliente
• Vista o roupão/capa/toalha adequados aos serviços a serem reali-
zados: de cor clara para serviços de escova, tratamento, mecha e bala-
yage; e de cor escura para os de coloração e textura.
• Verifique o estado do material a
ser utilizado. Deve estar limpo e livre
de manchas.
• Lembre-se de que você deverá
pedir licença para o contato físico,
seja para ajudar a colocar o roupão,
tocar no rosto para afastar uma
mecha de cabelo, etc.

Execução do serviço

O CABELEIREIRO | MÓDULO 2 - O ATENDIMENTO AO CLIENTE


• Procure separar e organizar com antecedência todos os itens necessários
para o serviço que irá realizar (tigelas, pincéis, escovas, secadores, chapi-
nhas, produtos etc). Estes deverão estar limpos e secos, sem resíduos.
• Tenha seu próprio material
de trabalho e, de preferência,
que os mesmos tenham uma
padronização em cor neutra.
Por exemplo: pentes, pincéis,
tigelas, prendedores etc, na
cor cinza, preto ou branco.
• A escova deverá estar
higienizada e, de preferência,
na embalagem, para que o
cliente saiba que esta será
utilizada somente em seus
cabelos. (personalizar este
procedimento).

32
INSTITUTO L’ÓREAL
• Escove os cabelos do cliente para desembaraçar e para remover
possíveis resíduos de styling.
• Durante o processo evite comentários sobre a sua vida pessoal. Aborde
assuntos atuais e agradáveis.
• Informe, também, sobre as características dos produtos antes de aplicá-los.
• Calce as luvas, isto é indispensável para a maioria dos serviços.
• Prepare as misturas ou dose os produtos na frente do cliente. Este
gestual oferece transparência e oportunidade de comentar sobre a
qualidade dos produtos utilizados. Isso também valoriza o profissional e
o atendimento, já que se transforma em confiança e fidelidade do cliente
pelo salão.
• Agregue valor ao serviço mencionando a parceria para o melhor
resultado. Exemplo: “Costumo trabalhar apenas com produtos, L’Oréal
Professionnel (oxidantes, colorações, descolorantes e tratamentos). Isto
assegura um resultado perfeito, pois os produtos se complementam.”
• Mantenha-se concentrado no trabalho e preocupe-se, também, com o
conforto do cliente durante todo o atendimento.
• Não aplique produtos que não tenham sido combinados antes com
o cliente.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 2 - O ATENDIMENTO AO CLIENTE

33
INSTITUTO L’ÓREAL
Conclusão do serviço
• Penteie e seque os cabelos do cliente
para que ele possa ver ime-diatamente
o resultado do serviço.
• Retire a capa com cuidado para não
manchar ou sujar a roupa do cliente.
• Converse sobre produtos e atitudes
que favoreçam a manutenção e valori-
zação dos serviços realizados. Este é o
momento para que você possa indicar os
produtos da revenda, ampliando, assim, o
tíquete médio dos serviços do salão.
Ex.: Após um serviço de corte e finalização, indique o produto que
você utilizou para a finalização, e explique seu modo de usar. Assim
o cliente poderá se sentir seguro em adquirir tal produto, uma vez
que será capaz de reproduzir o gestual em casa para valorizar seu novo
corte de cabelo.

Cobrança
• Acompanhe o cliente à recepção, local apropriado para o pagamento
dos serviços. Se os valores dos serviços já tiverem sido informados du-

O CABELEIREIRO | MÓDULO 2 - O ATENDIMENTO AO CLIENTE


rante a etapa de diálogo e diagnóstico, não haverá constrangimento ao
“fechar a conta”.
• Deixe que o responsável pelo recebimento do pagamento auxilie o
cliente em suas escolhas.
• Caso o cliente se interesse por alguns dos produtos sugeridos para a ma-
nutenção em casa, ele deverá ter acesso ao expositor que contenha tais
produtos e com seus respectivos valores. Desta forma, o cliente ficará à
vontade para escolher uma ou mais opções de produtos, como lhe convier.

34
INSTITUTO L’ÓREAL
Pré-agendamento
• Faça um pré-agendamento para uma próxima visita, de acordo com o
serviço realizado e/ou com a necessidade do cliente. Por exemplo: em
casos de serviço de coloração para a cobertura dos cabelos brancos,
sugira a data da nova visita para o retoque das raízes.

Conclusão do Atendimento
• Faça novamente as recomendações de cuidados e manutenção exata-
mente como antes. Assim o cliente perceberá sua atenção e se sentirá
mais confiante para uma próxima visita.

Despedida
• Despeça-se do cliente, agradeça a visita e convide-o a voltar. Não se
esqueça de manter sempre o contato visual.
• Acompanhe o cliente até a porta ou faça com que alguém possa
acompanhá-lo.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 2 - O ATENDIMENTO AO CLIENTE

35
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

4
Satisfação do Cliente
Quando o cliente fica satisfeito com o atendimento, ele sempre volta,
agenda uma nova visita, indica o salão e o profissional, indica novos
clientes, torna- se fiel aos produtos indicados e aumenta sua frequência
no salão para a realização de mais serviços.

O CABELEIREIRO | MÓDULO 2 - O ATENDIMENTO AO CLIENTE

36
CURSO DE CABELEIREIRO

O Cabelo
MÓDULO 1 | Conhecendo o cabelo
MÓDULO 2 | Tratamentos
MÓDULO 3 | Técnicas de escova
e enrolamentos
Conhecendo o cabelo
Assim como a natureza, os cabelos têm seus ritmos, suas cri-
ses e suas diferentes formas e cores. Quando olhamos para
uma pessoa, não sabemos ao certo, mas, na verdade, seus
cabelos estão em uma constante transformação.

Há uma lógica inquestionável que afirma que “não se trata


bem o que não se conhece bem” está na origem dos traba-
lhos sobre a estrutura da fibra capilar e sobre os fenômenos
biológicos que a governam. O cabeleireiro, que é quem cuida
do embelezamento dos cabelos, precisa, portanto, para ser
competente e se destacar profissionalmente, conhecer pro-
fundamente a matéria prima de seu trabalho, que é o cabelo.

O conhecimento da estrutura do cabelo é um pré-requisito para


se poder aprender os diferentes problemas causados pelas ati-
tudes cotidianas e pelas agressões externas que o podem afe-
tar. Por detrás de sua aparência simples, o cabelo esconde uma
maquinaria engenhosa, explorada desde há mais de um século,
e dissimulando, sempre, uma parcela de mistério.

Capítulo 1 | O ambiente da fibra capilar


Capítulo 2 | O processo de desenvolvimento da fibra capilar
Capítulo 3 | A haste capilar
Capítulo 4 | Ciclo de vida do cabelo
Capítulo 5 | A queda dos cabelos
Capítulo 6 | O couro cabeludo
Capítulo 7 | O pH
Capítulo 8 | A caspa
Capítulo 9 | A melanina, os melanócitos - A cor do cabelo
Capítulo 10 | Estrutura capilar
Capítulo 11 | As cadeias de queratina
Capítulo 12 | Sob todas as suas formas
Capítulo 13 | A fragilidade capilar
Capítulo 14 | Ações do tempo - Envelhecimento
Capítulo 15 | Aspectos dos cabelos frágeis
Capítulo 16 | Os cabelos fracos e o consumidor
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

1
O ambiente da
fibra capilar
O estudo do cabelo, elemento prin-
cipal da aparência, foi, durante muito
tempo, restrito ao domínio da cosméti-
ca (sua suavidade, seu brilho, sua cor).
Hoje em dia, a ciência capilar reúne os
pesquisadores interdisciplinares, que
estudam em profundidade suas pro-
priedades químicas e biológicas. O
objetivo é o de melhor compreender,
notadamente, seu crescimento, sua
queda, seu formato e sua cor.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Em primeiro lugar, precisamos conhecer a pele e sua estrutura.

A pele é formada por três camadas:


• Epiderme
• Derme (onde são implantados os cabelos)
• Hipoderme

Logo após, encontramos a caixa craniana, revestida por um conjunto de


tecidos superpostos como estratos regulares e intimamente ligados:
• Epicrânio
• Subepicrânio
• Pericrânio

4
INSTITUTO L’ÓREAL
Na superfície da epiderme, encontramos a camada córnea, formada por
células mortas em renovação permanente com a função de proteção
contra perturbações externas.

A camada córnea apresenta espessura variável em função das regiões.


Por exemplo, na pele do rosto, ela é mais fina do que na pele da palma
das mãos.

A pele é constituída de 3 camadas:

A EPIDERME
• Camada superficial e protetora que se renova permanentemente;
• Recoberta por um escudo eficaz: a camada córnea;
• Regula as mudanças entre o ambiente interno e o ambiente externo
(água, temperatura);
• Contém queratinócitos, melanócitos e células de Langerhans;
• Abriga uma parte das terminações nervosas;

A DERME
• Camada de tecido conjuntivo;
• Sua composição fibrosa (colágeno, elastina) é responsável pela susten-
tação e elasticidade da pele;

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• Contém uma rede densa de capilares sanguíneos, que induz uma mi-
crocirculação importante para assegurar a função de nutrição da pele e
do folículo;
• Atravessada pela rede nervosa, responsável pela sensibilidade ao to-
que e às variações de temperatura;
• Contém os agentes-chaves: folículos pilosos, glândulas sebáceas e
glândulas sudoríparas;
É na derme onde se desenvolve e se fixa o bulbo piloso (responsável
pela fabricação do folículo piloso), porém sua origem é epidérmica.

5
INSTITUTO L’ÓREAL
A HIPODERME
• Colchão adiposo, essencialmente formado de células gordurosas;
• Interface (ligação) entre as camadas superiores da pele e os tecidos
profundos;
• Função de depósito;
• Proteção térmica e mecânica, absorvendo choques.

CORTE DA PELE

Camada córnea

Epiderme

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Derme

Hipoderme

Folículo piloso

6
INSTITUTO L’ÓREAL
O QUE SE ENCONTRA NESTE AMBIENTE?
Os agentes-chaves (anexos) encontrados na Derme.

OS CAPILARES SANGUÍNEOS

São muito finos e se organizam em redes complexas,


entre as arteríolas e as vênulas. É no interior destes ca-
pilares que se efetuam as trocas gasosas e nutritivas.

Eles trazem os elementos nutritivos e levam os rejeitos celulares.

OS NERVOS

Eles possibilitam a percepção das sensações. A iner-


vação do folículo piloso é bastante complexa. Ela se
constitui dos seguintes elementos:
• A inervação motora do músculo eretor;
• A inervação da papila;
• A inervação sensitiva do cabelo (explica as dores à tração e as sensa-
ções dolorosas do couro cabeludo).

OS MÚSCULOS ERETORES

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


À semelhança de todos os músculos de nosso corpo,
eles se contraem quando o sistema nervoso lhes dá
uma ordem nesse sentido.

Então, eles se acumulam sobre si mesmos, encolhem e repuxam as bases


dos folículos, colocando, assim, o fio de cabelo em posição vertical. As
influências psíquicas (o medo, em particular) e as sensações térmicas
(frio e calor) muitas vezes são responsáveis por esse formato.

AS GLÂNDULAS SEBÁCEAS

São sacos repletos de células claras e volumosas, com


um pequeno núcleo central. São anexas a um pelo e
secretam sebo.

O sebo é o resultado de uma excreção, provocada pelo rompimento des-


sas células carregadas de gordura. O sebo desempenha uma função pro-
tetora contra a agressão cutânea.
7
INSTITUTO L’ÓREAL
Os principais componentes do sebo são os seguintes:

• Glicerídios 43%
• Ceras esterificadas 25%
• Colesterol 4%
• Ácidos graxos livres 16%
• Escaleno 12%
• Hidrocarbonetos saturados vestígios

O escoamento normal do sebo possibilita a flexibilidade e a boa resistên-


cia da camada córnea e do cabelo.

AS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS

Produzem uma secreção, o suor. O suor regula a tem-


peratura do organismo. A evaporação é o único meio
de eliminar o calor quando a temperatura externa é
elevada. O suor é ácido (pH entre 4 e 6,8) e contém
99% de água, uréia, amônia, ácidos lático e pirúvico.
Esse pH lhe confere propriedades antissépticas e an-
tifúngicas.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


A PAPILA DÉRMICA E O FOLÍCULO PILOSO

A papila dérmica encontra-se na base de um saco


alongado, derivado da Epiderme, que é o folículo pi-
loso. Ela tem uma rica vascularização e constitui-se
de uma multidão de células específicas: os queratinó-
citos.

8
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

2
O processo de
desenvolvimento
da fibra capilar
O cabelo se desenvolve desde a vida intrauterina.

É um órgão inteiramente à parte: autônomo e capaz de se auto-renovar.

FORMAÇÃO DOS QUERATINÓCITOS


A matriz do cabelo está localizada na base do bulbo piloso. É a zona de
divisão celular dos queratinócitos.

Cada célula se divide e cria uma célula-filha, que é impulsionada para

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


cima e pelo nascimento de outras células. Elas se queratinizam progres-
sivamente na parte superior do bulbo piloso, para dar origem aos fios de
cabelo. Este processo denomina-se mitose.

O bulbo piloso atinge sua largura máxima a meia altura da papila. Uma
linha transversal nesse nível (>linha de Auber<) constitui o limite supe-
rior do território onde se expandem e se multiplicam os queratinócitos
e os melanócitos.

9
INSTITUTO L’ÓREAL
QUERATINÓCITOS

São células que se multiplicam e se diferenciam


permanentemente. Elas fabricam a queratina,
que, progressivamente, vai criar a haste pilosa.

Cada queratinócito é empurrado para cima pe-


las novas células formadas.

Continuando sua ascensão, os queratinócitos


encontram os melanócitos que lhes injetam,
graças aos braços longos, pigmentos de mela-
nina. Eles vão dar ao cabelo sua cor natural. Um
fenômeno importante ocorre na zona querató-
gena , que é a parte superior do bulbo.

As células vão sofrer mutações: degenerar-se, alongar-se, morrer pela


perda do núcleo e endurecer, produzindo uma proteína rica em enxofre
- a queratina. Ela formará o esqueleto do cabelo.

No nível da zona queratógena, individualiza-se a bainha epitelial interna.


Constituída de diversas camadas celulares concêntricas, ela acompanha
o cabelo no seu crescimento até o ponto onde desemboca o canal sebá-
ceo: o colo. A haste pilar torna-se, então, livre.

A bainha epitelial externa é uma invaginação da epiderme. Suas células


não passam pelo processo de queratinização.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


A fibra capilar, então, se apresenta em duas partes: raiz e haste. Chama-
-se raiz a parte da fibra capilar que fica abaixo da camada córnea. E a
haste é a parte externa da fibra, a que fica visível.

MELANÓCITO

É a unidade de pigmentação do cabelo.

Ela sintetiza as melaninas dando cor natural ao cabelo.

Estas células estão equipadas por dendri-


tos ‘braços longos’, que vão injetar as me-
laninas nos queratinócitos. Por meio deste
fenômeno a haste pilosa vai se colorir.

Os melanócitos também são responsáveis


pela proteção da pele e do couro cabeludo.

10
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

3
A haste capilar
Parte visível do cabelo, a haste pilosa é um longo cilindro de células que-
ratinizadas, formada de 3 camadas concêntricas: a cutícula, o córtex e a
medula. O cimento intercelular garante a coesão do conjunto.

A CUTÍCULA
Outras células da matriz do cabelo se achatam e se alongam para for-
mar a cutícula.

É uma superfície protetora do cabelo; é formada de uma camada única


de células que se recobrem parcialmente, como escamas de peixe, com
a borda livre direcionada para a extremidade do fio de cabelo.

Como as escamas se recobrem diversas vezes umas às outras, um cor-

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


te transversal da cutícula dá à impressão de uma estrutura de camadas
múltiplas de 3 a 10 espessuras. Essas células cuticulares, muito achata-
das (0,5 micrômetro) e muito alongadas (45 micrômetros) são constitu-
ídas de três partes:

• A epicutícula - parte externa


• A exocutícula - parte intermediária
• A endocutícula - parte interna

11
INSTITUTO L’ÓREAL
Esses diferentes elementos são constituídos, principalmente, de material
protéico que será tanto mais rico em enxofre (e, portanto, em cistina)
quanto mais próximo da superfície que está em contato com o mundo
exterior. A cutícula desempenha um papel muito importante. Ela contri-
bui para a coesão do cabelo, mantendo as fibras de queratina do córtex
em uma “bainha”. particularmente resistente.

Ela é muito estável do ponto de vista bioquímico e resiste a forças físicas


e químicas potentes.

Quando a cutícula se degrada, perde seu poder protetor e a coesão in-


terna do cabelo fica reduzida. O cabelo torna-se, então, extremamente
fragilizado.

O CÓRTEX
É a parte interna do cabelo. As células queratinizadas, situadas no centro
do folículo, tomam uma forma de fuso, muito alongada. Elas constituem
o coração do cabelo: o córtex. Trata-se da parte mais importante do ca-
belo. O córtex contribui, em grande parte, para as propriedades mecâni-
cas do cabelo:
• Solidez: a carga necessária para que se obtenha a ruptura de um fio de
cabelo natural sadio, varia entre 50 a 100 gramas.
• Elasticidade: se esticarmos moderadamente um fio de cabelo seco ou
úmido, ele recuperará rapidamente seu comprimento inicial. Entretanto,
é preciso que esse alongamento não ultrapasse 3% aproximadamente.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• Permeabilidade: o cabelo pode absorver até 35% de seu peso em água.
Seu diâmetro pode aumentar em 15 a 20%; seu comprimento, de somen-
te 0,5 a 2%. A absorção da água vem acompanhada de uma dilatação,
da qual depende a maior ou menor facilidade de penetração de certas
moléculas orgânicas.

As células corticais são coladas


umas às outras e orientadas no
sentido da haste do fio de cabelo.

12
INSTITUTO L’ÓREAL
A CÉLULA CORTICAL

Fusiforme, com uma largura de 2 a 5 micrômetros e comprimento de apro-


ximadamente 100 micrômetros, constitui-se de fibras: as macrofibrilas.

AS MACROFIBRILAS

Constituem-se de microfibilas, envoltas em uma matéria amorfa, rica em


enxofre. É aí que se encontram os grãos de melanina, responsáveis pela
cor dos cabelos.

AS MICROFIBRILAS

São fibras menores, formadas pela reunião de 5 a 11 protofibrilas.

AS PROTOFIBRILAS

Têm a forma de uma corda trançada, com 2 ou 3 fios. Cada fio é uma ca-
deia de queratina com baixo teor de enxofre, enrolada sobre si mesma,
em forma de hélice.

AS CADEIAS DE QUERATINAS

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Ligam-se entre si por diferentes ligações químicas: as pontes de dissul-
feto, as ligações hidrógenas e as ligações salinas. Essas ligações propor-
cionam a coesão desse edifício complexo que é a fibra capilar.

Célula
cortical Macrofibrila Protofibrila

Cadeias de
Microfibrila queratina
13
INSTITUTO L’ÓREAL
A MEDULA
Localizada na parte central do cabelo, é constituída por pilhas de células
mortas, que se esvaziaram de sua substância e estão separadas por bo-
lhas de ar. A medula muitas vezes é intermitente e, por vezes, chega a
estar até mesmo totalmente ausente, o que faz supor que ela não tenha
uma real importância funcional.

Em muitos animais a medula representa 2/3 do pelo. São células vazias,


cheias de ar, que fazem as vezes de isolante térmico. Esse papel é inútil
para o homem, o que explica seu desaparecimento.

Fibra capilar humana Pelo de animal (gato)

CIMENTO INTERCELULAR
De uma extrema finura, tem a função essencial de garantir a coesão en-
tre as diferentes células do cabelo (cutícula / córtex) e participa, pois, da
estabilidade estrutural e da resistência natural do cabelo.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Representando 5 a 7% do peso do cabelo, é formado por uma junção de
lipídios (dentre os quais as famosas ceramidas!) e de proteínas.

Seu papel e sua integridade são essenciais à boa qualidade do cabelo,


porque seus componentes são vulneráveis aos ataques exteriores (raios
UV + umidade, tratamentos químicos) susceptíveis de degradá-lo.

Corte transversal
do cabelo Célulacortical
Espaço Intercelular
14
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

4
Ciclo de vida do cabelo
O cabelo possui um ciclo de vida que lhe é próprio (ciclo piloso), dividido
em 4 etapas.

1. FASE ANÁGENA
A fase ativa de crescimento. A divisão celular é contínua, as novas célu-
las empurram as velhas para o exterior. Ela dura, em média, 3 anos (mas
pode variar de 1 a 10 anos, dependendo de cada indivíduo).

2. FASE CATÁGENA
A fase de transição (o cabelo para de crescer, o bulbo se retrai). A produ-
ção de células fica muito mais lenta e, em seguida, cessa completamen-
te. Sua duração é de cerca de 3 semanas.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


3. FASE TELÓGENA
A fase de repouso. O folículo piloso se retrai e sua base se aproxima da
superfície da pele. Dura de 3 a 4 meses.

1. 2. 3. 4.
4. FASE EXÓGENA OU QUEDA
A fibra se desconecta, sendo expul-
sa da estrutura do folículo piloso,
ocorrendo uma queda natural do
cabelo.
Após uma fase de latência natural,
a matriz do cabelo volta à atividade
para uma nova fase anágena e o ci-
clo continua.

15
INSTITUTO L’ÓREAL
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
TRICOLOGIA I - CAPÍTULOS 1 AO 4

GRUPO 1

1- Quais são as camadas da pele?

2- Quais são os anexos da derme?

3- O que são queratinócitos e qual sua função?

GRUPO 2

4- O que é melanócito e qual sua função?

5- Qual é a parte visível do cabelo constituída por um longo cilindro de


células queratinizadas?

6- Quais as 3 camadas que formam o cabelo?

GRUPO 3

7- Defina características e funções:

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


a) da cutícula;

b) do córtex;

c) da medula.

d) Qual a função do cimento intercelular?

8- Descreva a constituição do córtex (região mais externa para a região


mais interna).

9- Cite as fases do ciclo de vida do cabelo.

16
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

5
A queda
dos cabelos
Como certos folículos pilosos têm ciclos de vida mais curtos do que ou-
tros, aproximadamente 60 a 150 fios de cabelos caem naturalmente a
cada dia, enquanto que outros fios surgem. Se a duração da fase telóge-
na aumentar em relação à fase anágena, o equilíbrio rompe-se e os fios
de cabelo caem em maior quantidade do que aquela que seria normal.
A atividade pode cessar completamente, os cabelos podem não voltar a
crescer. As causas desse fenômeno são complexas e múltiplas. É preci-
so distinguir os fatores que desencadeiam as quedas passageiras ou as
quedas definitivas.

AS QUEDAS PASSAGEIRAS

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


São definidas como uma perda de cabelo anormal, porém momentânea.
Podem ser atribuídas aos seguintes fatores:
• estresse psíquico: secreção hormonal alterada;
• estresse físico: intervenção cirúrgica, hemorragia, febre elevada;
• origem medicamentosa: anticoagulantes, medicamentos antitiróideos,
anti-reumáticos e antimicóticos;
• carência de oligoelementos: cálcio, manganês, zinco e ferro.

EM CASO DE GRAVIDEZ

As modificações mais ou menos intensas das taxas de hormônios femi-


ninos induzem um estado de repouso nos folículos (eflúvio ou deflúvio
telógeno).

17
INSTITUTO L’ÓREAL
ALOPECIAS PASSAGEIRAS LOCALIZADAS

Como a pelada, podem explicar-se pela constituição genética, por per-


turbações imunológicas ou por antecedentes familiares.

AS QUEDAS DEFINITIVAS

Explicam-se por uma atrofia da papila


dérmica. Suas causas podem ser múltiplas:
• infecções bacterianas ou micóticas do couro cabeludo;
• afecções dermatológicas: a psoríase;
• um distúrbio imunológico causado pela alopecia areata.

ALOPECIA ANDROGENÉTICA

A mais comum é a calvície. Os hormônios masculinos ou androgenéticos


constituem um dos fatores essenciais da queda definitiva dos cabelos,
especialmente a testosterona. Esse hormônio passa dos testículos para
o sangue e, em seguida, do sangue para o bulbo piloso. Nesse momento,
a testosterona inativa se transforma sob a influência de uma enzima, a
5-alfa-redutase ou diidro-testosterona ativa, que intensifica a atividade
dos folículos pilosos. O fio de cabelo, que tem um ciclo de vida de apro-
ximadamente quatro anos, reproduzindo-se, em média, 25 vezes, pela
ação da diidro-testosterona, tem esse ciclo reduzido para alguns meses
e então ocorre uma calvície precoce.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


5-ALFA- TESTOSTERONA
REDUTASE INATIVA

INTENSIFICA DIIDRO-
A ATIVIDADE TESTOSTERONA
DOS FOLÍCULOS ATIVA

REDUZ CICLO DE
VIDA DO CABELO

18
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

6
O couro cabeludo
Verdadeiro tapete de superfície, a camada córnea limita as trocas entre
o ambiente e o meio biológico interior, se bem que o couro cabeludo
possui uma frágil permeabilidade natural, que lhe permite limitar as in-
trusões químicas.

Os agentes-chaves:
• Os folículos pilosos
• As glândulas sebáceas
• As glândulas sudoríparas

MANTO HIDROLIPÍDICO

A beleza do cabelo depende, em grande parte, da glândula sebácea.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Essa glândula produz e descarrega, na superfície, uma substância gra-
xa, o sebo. O suor secretado pelas glândulas sudoríparas se mistura ao
sebo para proteger e lubrificar o couro cabeludo e o cabelo. Esse filme
protetor, o manto hidrolipídico, desempenha um papel importante.
• Reduz a permeabilidade de superfície, e diminui, assim, a evaporação
de água.
• Protege contra os microorganismos potencialmente patogênicos: ser-
ve de nutrição a uma colônia de microorganismos residentes, que, por
competição, vão impedir que outros microorganismos ganhem terreno.
• Recobre o couro cabeludo, mantém sua elasticidade e sua resistência,
lubrificam o cabelo, que ficará mais flexível e brilhante. Essa proteção
essencial se renova continuamente.

19
INSTITUTO L’ÓREAL
Produção excessiva: cabelos oleosos

Essa película hidrolipídica pode tornar-se


excessivamente abundante. Basta uma sim-
ples variação de 10%, para que os cabelos fi-
quem oleosos. O afluxo hormonal age sobre
as glândulas sebáceas que produzem, então,
o sebo, em quantidade excessiva. O excesso
de sebo também se deposita no couro ca-
beludo e provoca irritações por favorecer a
proliferação de microorganismos, bactérias
e fungos.

Produção escassa: cabelos secos

Na situação inversa, as glândulas sebáceas podem fabricar muito pouco


sebo. O couro cabeludo e os fios de cabelo não ficam suficientemen-
te protegidos e nem recebem lubrificação. O couro cabeludo resseca
e pode ficar irritado. As escamas que formam a cutícula se deterioram,
seus bordos livres se encurvam. Os cabelos ficam secos e foscos. As
portas se rompem mais facilmente e se abrem em forquilha. Os fios de
cabelo se prendem uns aos outros e ficam embaraçados.

Couro cabeludo = habitat macio, rico de sebo, quente e úmido.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

20
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

7
O pH
O QUE SIGNIFICA O pH ?
Potencial de Hidrogênio.

O pH é uma unidade de medida de íons positivos de Hidrogênio compa-


rados com íons negativos de hidroxila em uma solução aquosa, indica se
uma solução é ácida, neutra ou alcalina.
• A solução é neutra quando tiver igual número de íons positivos e ne-
gativos. Assim como os graus que indicam a temperatura, os metros a
distância, os números de pH indicam quanto ácida ou alcalina é a solu-
ção. É importante saber que somente produtos que contêm água ou que
podem se dissolver em água podem ter medida de pH.

Importante: Íon = átomo do grupo atômico que pode perder

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


ou adquirir elétrons (cargas), assumindo uma carga elétrica.

• O pH do manto hidrolipídico que recobre e protege a pele, lubrificando


o couro cabeludo e a pele, varia entre 4,2 e 5,8.
• Soluções fortemente ácidas ou alcalinas produzem um excesso de íons
positivos ou negativos, que podem ser repelidos pelas cargas elétricas
da superfície da pele e do cabelo, causando o inchaço da fibra e, conse-
quentemente, seu ressecamento e quebra.
• Ao contrário do que se acredita, não somente produtos alcalinos po-
dem alterar a estrutura do cabelo, mas também os produtos muito áci-
dos. O cabelo humano tem uma estrutura porosa e quando absorve água
e substâncias nela dissolvidas, ele incha.
• Uma solução muito alcalina tem excesso de íons negativos. A proteína
do cabelo (queratina) se carrega negativamente. Estas cargas negativas
repelem qualquer outra, o que faz com que o cabelo inche.
21
INSTITUTO L’ÓREAL
• Uma solução muito ácida (excesso de íons positivos) faz a queratina
carregar-se positivamente. Estas cargas positivas repelem qualquer ou-
tra e o cabelo incha. Quando o cabelo incha perde substâncias protéicas,
a estrutura fica fragilizada e enfraquecida.
• Produtos com pH levemente ácidos (entre 4,5-5,5) são os mais indica-
dos porque mantêm a integridade da estrutura do cabelo, pele e unhas.
• A escolha de um produto com o correto pH também deve levar em
consideração o pH do cabelo. Por exemplo, quando fazemos uma des-
coloração (pH altamente alcalino) iremos necessitar de um produto com
pH bastante ácido para neutralizar a alcalinidade (por exemplo pH 3).

ESCALA DE pH
A escala de pH vai de 0 a 14, no qual o 7 indica quando a solução for
NEUTRA (íons + = íons -).
• Abaixo de 7 significa que a solução é ÁCIDA (íons hidrogênio +).
• Acima de 7 significa que a solução é ALCALINA (íons hidroxila OH -)

O suor é ácido (pH entre 4 e 6,8) e contém 99% de água, uréia, amônia,
ácidos lático e pirúvico. Esse pH lhe confere propriedades antissépticas
e antifúngicas.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

ÁCIDO NEUTRO ALCALINO

22
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

8
A caspa
As células da epiderme levam de 30 a 45 dias para se renovarem total-
mente, ou seja, para que um queratinócito basal se divida, migre dentro
da epiderme até à sua superfície. Lá, as células descamam diariamente,
sob a forma de uma fina poeira invisível.

Quando esse processo fica extremamente modificado e exagerado,


ocorre a caspa: as células epidérmicas caem, aglomeradas, umas às ou-
tras, sob a forma de escamas visíveis. Essas alterações resultam de uma
descamação excessivamente rápida, devido a uma maior produção de
células epidérmicas.

Existem dois tipos de caspa:


• A caspa seca (pitiríase simplex) é caracterizada por escamas secas,
finas, cinzentas ou acastanhadas.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• A caspa oleosa (pitiríase esteatóide), associada, geralmente, a uma
seborréia, caracteriza-se pelas escamas oleosas e espessas, que aderem
ao couro cabeludo formando uma espécie de camada untuosa.
A caspa, muitas vezes, se faz acompanhar de coceira mais ou menos intensa.

23
INSTITUTO L’ÓREAL
• A dermatite seborréica, geralmente é considerada a forma mais gra-
ve da caspa. Ela não é contagiosa. Ocorre nas partes do corpo onde há
maior produção de óleo pelas glândulas sebáceas. Ex.: Couro cabeludo,
rosto, axilas, região genital etc.

CAUSAS DA CASPA
As causas da caspa, controversas durante longos anos são atualmente
mais conhecidas. O sebo, uma mistura de lipídios altamente sensíveis ao
fenômeno de oxidação, representa um ambiente favorável a uma grande
colonização bacteriana e fúngica.

A caspa provém, portanto, da modificação intensa, qualitativa e quanti-


tativa, da população microbiana que vive no couro cabeludo.

Em particular, o fungo Pityrosporum ovale, que está presente no couro


cabeludo em condições normais, prolifera-se exageradamente em até
75% da microflora local.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


A hiperproliferação de bactérias e fungos provoca um desequilíbrio do
couro cabeludo, caracterizado por uma cascata de reações: irritações,
coceiras, descamação acelerada, levando à inevitável crise casposa.

A reação imunitária é individual. Assim sendo, em presença de colônias


equivalentes de Pityrosporum ovale, por exemplo, algumas pessoas de-
senvolvem a caspa, outras não.

Diferentes fatores podem vir a desencadear ou ampliar este fenômeno:


• Alterações hormonais;
• estresse;
• clima seco ou frio;
• mudanças bruscas de temperatura;
• alimentação com baixo valor de proteínas.
24
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

9
A melanina,
os melanócitos.
A cor do cabelo.
A epiderme, os pelos e os cabelos são coloridos. Os pigmentos melanó-
citos, que absorvem especificamente os raios luminosos, são responsá-
veis pelas variações de cor.

Na papila dérmica, os melanócitos, células especiais, secretam grânulos


de pigmentos absorvidos pelas células da vizinhança: os queratinócitos.

Uma unidade de melanização constitui-se de um melanócito cercado


de 30 queratinócitos, aproximadamente. Ela repousa sobre a mem-
brana basal.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


A fabricação da melanina pelos melanócitos desencadeia uma série de
reações químicas.

A partir da tirosina, molécula presente nos melanócitos, desenvolve-se


uma série de reações químicas sob a influência de uma enzima: a tirosinase.

Os pigmentos de melanina são fabricados na raiz dos cabelos, por células


especializadas, os melanócitos, e, em seguida, são injetados na fibra capilar.

OH H H
Tirosinase O
N
O CH3
H
OH H3C O
H2N
N O
O H H
Tirosina Melanina
25
INSTITUTO L’ÓREAL
PIGMENTOS

Os pigmentos de melanina podem ser classificadas esquematicamente


em dois grupos:
• os pigmentos granulosos ou eumelaninas, que variam do preto ao ver-
melho escuro, conferem ao cabelo as cores sombrias.
• os pigmentos difusos ou feomelaninas, que variam do vermelho bri-
lhante ao amarelo pálido, conferem cores claras ao cabelo.

EUMELANINAS FEOMELANINAS

A variação desses dois tipos de pigmentos , em quantidade e proporção,


dá origem a todas as cores dos cabelos. Quando a quantidade de mela-
nina não é suficiente para que o cabelo seja distinguido como pigmenta-
do, ele é distinguido como branco. Na verdade ele é transparente.

PROTA e THOMSON, em 1976, isolaram um outro


grupo de pigmentos feomelanínicos, chamados
tricocromas, antigamente designados sob o nome
de tricossiderina, que seriam responsáveis pelas
tonalidades ruivas.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


A cor dos cabelos se modifica. Em geral, a cor torna-se mais escura com
a idade, e, em seguida os cabelos brancos aparecem progressivamen-
te. Essa evolução parte do pressuposto de que o ritmo de produção de
melanina não é constante. Com o passar dos anos, ocorre, primeiro, uma
intensificação e, em seguida, uma diminuição do ritmo e, na maioria dos
casos, interrupção da formação de pigmentos.

Os cabelos brancos aparecem, geralmente entre 40 e 50 anos ou, em


alguns casos bem mais tarde, ou mais cedo.

A interrupção da produção de melanina explica o desaparecimento da


cor. É muito provável que a ausência, em certos melanócitos, do ácido
aminado, a tirosina, e a deficiência ou a inibição da enzima, a tirosinase,
sejam as causas do embranquecimento ou canície.

Essa interrupção de produção de melanina tem, provavelmente, origem


fisiológica e genética.
26
INSTITUTO L’ÓREAL
CLAREAMENTO
A água, o ar e o sol clareiam ligeiramente os cabelos e lhes conferem re-
flexos quentes. A água aumenta o volume dos cabelos. As moléculas de
oxigênio neles penetram e são ativadas pelo calor do ambiente. Trata-se
de uma oxidação suave dos pigmentos granulosos, gradativamente des-
truídos na periferia do córtex.

DESCOLORAÇÃO
Pode-se provocar o clareamento do cabelo, indo do tom escuro ao mais
claro, através de uma reação química que provoca uma oxidação mais
intensa dos pigmentos.

Os pigmentos granulosos desaparecem progressivamente. Em seguida,


os pigmentos difusos são por sua vez, eliminados. Esse fenômeno ex-
plica o fato de que determinados cabelos se descoloram adquirindo ou
uma cor vermelha ou uma cor amarelada. Aliás, todas as cores interme-
diárias são possíveis.

Se o cabelo clareia, ele também pode


ser colorido por diferentes métodos.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

27
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

10
Estrutura capilar
Para entender como ocorre a mudança de forma e por quê, é muito im-
portante rever algumas particularidades da estrutura capilar.

A fibra é composta por: Composição química do cabelo:

Água ...................... 10-12% Carbono (C) .................. 45%


Lipídios ................. 1-3% Hidrogênio (H) ............. 7%
Melanina ............... algumas % Oxigênio (O) ................. 28%
Proteínas .............. 85% Nitrogênio (N) .............. 15%
Enxofre (S) ..................... 5%

A queratina do córtex e da cutícula é, em geral, muito rica em enxofre


(S) (cistina).

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


As cadeias de queratina orientam-se paralelamente ao eixo longitudinal
da haste do fio de cabelo.

Elas se estabilizam através das ligações químicas, que são responsáveis


pela estrutura e forma dos fios.

A ruptura de qualquer dessas forças de ligação provoca uma instabilida-


de na estrutura molecular.

CADEIAS DE QUERATINA
28
INSTITUTO L’ÓREAL
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
TRICOLOGIA II - CAPÍTULOS 5 AO 10

GRUPO 1

1- Por que os cabelos caem?

2- Cite os tipos de queda do cabelo

3- O que é manto hidrolipídico e qual a sua importância ao couro


cabeludo?

4- Qual a relação do manto hidrolipídico com os cabelos secos e oleosos?

GRUPO 2

5- O que é pH e qual a sua importância ao cabelo?

6- Explique a escala de pH e qual pH é ideal para o cabelo?

7- Como ocorre a caspa e quais os tipos?

8- O que é o Pityrosporum ovale?

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


GRUPO 3

9- Como ocorre a produção da melanina pelos melanócitos? Cite como


os pigmentos podem ser classificados.

10- Como se explica o desaparecimento da cor dos cabelos?

11- Qual a diferença e semelhança entre clareamento e descoloração.

12- Sabemos que a fibra capilar é composta por água, lipídeos e proteína.
Cite sua composição química.

29
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

11
As cadeias
de queratina
O cabelo é constituído de uma molécula preponderante, a queratina -
proteína do cabelo constituída de uma variedade de aminoácidos. A luz,
a água, o envelhecimento natural, certos procedimentos capilares, provo-
cam a dissolução referencial de quatro aminoácidos: o ácido aspártico, o
ácido glutâmico, a serina e a glicina. A queratina amorfa do córtex e da
cutícula é, em geral, muito rica em enxofre (cistina). Em compensação,
a queratina cristalina, que forma as protofibrilas, é pobre em enxofre.

A composição média da queratina resulta da combinação de


mais de 19 aminoácidos:

alanina 2,8 a 3,5 %


valina 5,0 a 5,8 %

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


leucina 6,4 a 6,9 %
isoleucina 2,3 a 2,5 %
serina 9,6 a 10,8 %
treonina 6,5 a 7,5 %

fenilalanina 2,2 a 2,8 %


tireosina 2,1 a 2,7 %

ácido aspártico 5,6 a 6,5 %


ácido glutâmico 14,3 a 15,5 %
glicina 3,3 a 3,5 %

lisina 2,6 a 3,1 %


arginina 8,8 a 9,6 %
histidina 0,8 a 1,1 %

cistina 14,0 a 16,5 %


metionina 0,5 a 0,9 %
ácido cisteico vestígios
30
INSTITUTO L’ÓREAL
LIGAÇÕES QUÍMICAS

As cadeias de queratina orientam-se paralelamente ao eixo longitudinal


da haste do fio de cabelo. A coesão dessas cadeias se faz:
• Por redes de pontes de dissulfetos, ligações que se estendem de uma
cadeia de queratina a outra;
• Por ligações hidrógenas que se estendem entre espiras e entre cadeias.

Essas pontes e essas ligações também fazem parte da queratina amorfa,


porém em maior número. A ruptura de qualquer dessas forças de ligação
provoca uma instabilidade do edifício molecular.

Ligação de hidrogênio – que pode ser desagregada pela água ou pelo


calor. No simples ato de molhar o cabelo, a extensão do mesmo é au-
mentada.

Ligação salina – que pode ser desagregada por um produto ácido ou


alcalino (mudança de pH). + <----> - Ligação iônica

Ligação dissulfúrica – também conhecida como ponte de enxofre ou


ligação cistínica. É mais resistente e necessita-se de um agente redutor
químico para desagregá-la.

É através de ações mecânicas, químicas ou da combinação entre


ambas, que ocorrem as mudanças de forma.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Fonte: Metamorphosis; Communication des Métiers Capillaires (Com_MetiersCapillaires@rd.loreal.com)

31
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

12
Sob todas
as suas formas
Quer sejam lisos ou crespos, os cabelos seguem o mesmo ciclo de cres-
cimento; são principalmente feitos de proteínas e crescem durante toda
a vida. Mas, então, o que é que os diferencia?

Africano Asiático Caucasiano

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Um cabelo muito liso vai apresentar uma seção perfeitamente redonda,
regular, da raiz à ponta, tal como um cilindro perfeito, enquanto que a se-
ção de um cabelo crespo será achatada, dando-lhe aparência de uma fita.

Aparência de fita, torcida,


de cabelo africano vs.
aparência cilíndrica de
cabelo asiático.

32
INSTITUTO L’ÓREAL
Tudo acontece ao nível do bulbo. Sua forma, imposta por nosso patrimô-
nio genético (reto ou curvo como ‘taco de golfe’) tem consequências so-
bre a natureza lisa ou crespa, do futuro cabelo. Quando o bulbo é curvo,
o cabelo não é simétrico.

Asiático Caucasiano Africano

A proliferação e, em seguida, a organização das proteínas no interior,


fazem-se de modo diferente, uma da outra, dando nascimento a um ca-
belo ‘assimétrico’ em forma de fita.

Até uma época recente, contentava-se de classificar a forma do cabelo,


segundo sua origem étnica: africana, asiática, caucasiana.

Atualmente, um importante trabalho, que foi realizado na L’Oréal, condu-


ziu a uma nova classificação mais objetiva, baseada no grau de encrespa-
mento, o que proporciona não 3, mas 8 grandes categorias de cabelos.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


AS 8 GRANDES CATEGORIAS DE CABELOS DO MUNDO,
SEGUNDO O GRAU DE ENCRESPAMENTO.

I II III IV

V VI VII VIII
33
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

13
A fragilidade
capilar
Graças aos estudos científicos, tecnologias importantes foram desenvol-
vidas e, hoje, contribuem diretamente para a profissão de cabeleireiro.

Cabe, então, ao profissional conhecer alguns destes aspectos transfor-


madores da saúde e integridade dos cabelos e couro cabeludo, não só
para que possa preveni-las, mas, também, para que possa tratá-las.

O profissional cabeleireiro é responsável pela


saúde e beleza dos cabelos de seus clientes.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


O que pode alterar a saúde dos cabelos e do couro cabeludo?

FATORES AMBIENTAIS
De todos os fatores ambientais (luz, calor, poluição, umidade...), os raios
solares e, em particular, os raios ultravioletas (UVs), representam a maior
agressão para nossos cabelos.

MODIFICAÇÃO DA COR
A exposição dos cabelos naturais ao sol causa:

34
INSTITUTO L’ÓREAL
• UM CLAREAMENTO DE SUA COR

Este fenômeno é particularmente importante e visível nos cabelos louros


e ruivos. Ele é, em contrapartida, menos perceptível nos cabelos casta-
nhos e negros.

MICROSCOPIA ELETRÔNICA

Cabelo não exposto Cabelo exposto

pigmentos de pigmentos de
melanina intactos melanina rebaixados

• UMA EVOLUÇÃO DE SUA COR

Enquanto as tonalidades louras e ruivas perdem seu esplendor, os cabe-


los castanhos ficam mais louros.

Não esquecer que a haste capilar é uma estrutura morta.

Ao contrário da pele, não existe fabricação de melanina nova, protetora


dos efeitos dos UVs (como no fenômeno de bronzeamento). Uma vez o
cabelo alterado, não existe mais sistema de reparação (como no fenôme-

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


no de cicatrização): o processo é irreversível.
• Os cabelos claros são mais sensíveis à foto-deterioração que os cabe-
los castanhos e negros, mais ricos em melanina.
• Os cabelos brancos, desprovidos de pigmento, são particularmente
sensíveis.
• A melanina negra dos cabelos escuros (eumelanina) é, além disso, me-
nos facilmente destruída que a melanina ruiva (faeomelanina).

Qualquer que seja a cor dos cabelos, a melanina não protege a cutícula
(que dela é desprovida) contra os raios solares, mas pode proteger, par-
cialmente, o córtex.

A exposição dos cabelos coloridos ao sol provoca, uma variação de sua


cor: ocorre uma mudança de nuance por causa da alteração dos coloran-
tes presentes na fibra capilar.

35
INSTITUTO L’ÓREAL
DETERIORAÇÃO DA CUTÍCULA
Sabe-se que a cutícula desempenha um papel protetor da estrutura in-
terna do cabelo. Ela é recoberta pelo filme lipídico sensível á foto-dete-
rioração: por consequência, a exposição do cabelo ao sol torna-o mais
sensível às variações de umidade do ar.

Ocorre, também, um desacoplamento das escamas, pela deterioração do


cimento inter-celular, mecanismo que eleva a vulnerabilidade do cabelo.
Mais fraco sob o efeito das agressões cotidianas, tais como escovações
repetidas, a superfície do cabelo se deteriora, então, progressivamente.

Cabelo não exposto Cabelo exposto

• A borda das escamas eleva-se ligeiramente, fragmenta-se e assume um


aspecto mais irregular, o cabelo perde seu toque macio e suave.
• Menos apto a refletir a luz, ele se desbota.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


As escamas acabam por ser arrancadas, até o desaparecimento total da
cutícula: o córtex, elemento interno do cabelo, fica exposto também a
todos os fatores que o sensibilizem.

Cabelo Cabelo
exposto não exposto

Escamas Córtex
desprotegido

36
INSTITUTO L’ÓREAL
ALTERAÇÃO DA ESTRUTURA INTERNA
Alterações mais profundas afetam o córtex.

As consequências são:
• Menor resistência mecânica. O cabelo fica mais fraco, ele se estira e
quebra com facilidade.
• Maior porosidade e sensibilidade em face de agentes químicos.
• Diminuição do teor de lipídios, componentes do cimento que liga as
células corticais.
• Deterioração da queratina. É por um processo de foto-oxidação que
a estrutura protéica (ou queratina) dos cabelos é deteriorada sob o
efeito dos UVs.

Os cabelos se tornam sensíveis e enfraquecidos sob o efeito de uma


exposição aos UVs. Este efeito torna-se mais marcante se os UVs forem
associados à água.

OS FATORES AGRAVANTES
Os banhos, associados à exposição solar são temíveis para a qualidade
da fibra capilar.

BANHOS NA PISCINA

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• os cabelos absorvem o odor proveniente dos tratamentos da água
da piscina.
• O risco de ficar esverdeado pode sobrevir
no caso de cabelos louros descoloridos e mui-
to sensíveis: esta coloração indesejável é de-
vida à fixação de cobre, presente em certos
algicidas* usados no tratamento das águas da
piscina.
*substâncias que eliminam algas

A ÁGUA DO MAR
Por seu teor de sal deixa os cabelos ásperos e
embaraçados.
• A umidade do ar ambiente - associada aos
UVs, acelera não apenas os estragos mas tam-
bém os intensifica.
37
INSTITUTO L’ÓREAL
Os efeitos do sol são igualmente intensificados quando os cabelos já
são sensíveis por natureza. Os cabelos compridos são mais sensíveis à
foto-destruição que os cabelos curtos. Sob o efeito de escovações e de
penteados, lavagens, exposições à luz, etc. As partes ‘mais antigas’ da
fibra capilar ficam enfraquecidas.

Os serviços à base de oxidação, como as descolorações e as colorações,


se realizados repetidamente e de forma inadequada, podem ocasionar,
adiante, um enfraquecimento da fibra capilar.

Resumindo: o sol, agravado pela umidade do ambiente, e associado à


outras substâncias químicas pode provocar:

Na cutícula
• Perda de proteínas
• Destruição do cimento intercelular
• Desaparecimento progressivo das escamas

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• Perda de suavidade e brilho

No córtex
• Destruição da melanina
• Perda de proteínas
• Perda de lipídios
• Clareamento progressivo
• Menor resistência mecânica

Então, o estado do cabelo depende, também, do tempo de exposição,


ou seja, do seu comprimento.
• Estado natural – suave – brilhante – resistente
• Estado levemente danificado
• Estado danificado – áspero – desbotado – muito fraco
38
INSTITUTO L’ÓREAL
A COSMÉTICA CAPILAR SOLAR
Além dos agentes cosméticos
clássicos, que se fixam na su-
perfície dos cabelos para atenu-
ar as irregularidades e propor-
cionar um toque mais uniforme,
liso e suave, refletindo melhor a
luz, os produtos capilares ‘sola-
res’ podem integrar substâncias
mais específicas, tais como:
• A Ceramida patenteada pela Pesquisa de L’Oréal, para reforçar a co-
esão entre as escamas e manter a cutícula em seu papel protetor ou
para repará-la. Criada pela Pesquisa de L’Oréal, apresenta uma estrutura
análoga a de uma ceramida natural do cabelo (componente essencial do
cimento lipídico).
• Filtros para absorver os UVs e, assim, reduzir seu
impacto na fibra capilar.
• Óleos nutritivos com virtudes amaciantes
• Certos silicones por sua ação de filme protetor,
ajudam os cabelos a recuperar a qualidade de hi-
drofobia, que tinham perdido ao longo das expo-
sições solares.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


A base de lavagem dos tratamentos com shampoos é elaborada para
lavar com suavidade os cabelos enfraquecidos pelo sol e fornecer uma
espuma rica e abundante.
• Os agentes tensoativos facilitam a eliminação dos sais que se deposi-
tam nos cabelos.
• Existem produtos que foram desenvolvidos para serem usados, antes,
durante ou depois da exposição solar, sendo alguns deles concebidos
para resistirem aos banhos.

Eles são formulados para acres-


centar uma complementação
de suavidade, de uniformidade,
uma grande facilidade para de-
sembaraçar e, também, facilitar
a execução dos penteados.

39
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

14
Ações do tempo;
envelhecimento
Os cabelos, que se desenvolvem desde a vida intrauterina, com o tempo,
vão perdendo algumas substâncias naturais que protegem a fibra, dei-
xando-as fragilizadas e expostas às agressões externas. Dentre elas, a
despigmentação é a que mais interfere neste processo.

A COR

Já foi visto que a cor dos cabelos é determinada por dois pigmentos:
a feomelanina (pigmento vermelho/amarelo) e a eumelanina (mar-
rom/negro).

Quando a quantidade de melanina não é suficiente para que o cabelo

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


seja considerado como pigmentado, ele é considerado como branco. Na
verdade ele é transparente.

Os pigmentos de melanina são fabricados na raiz dos cabelos por célu-


las especializadas, os melanócitos, e, em seguida, são ‘injetados’ na fibra
capilar.

O despovoamento de melanócitos dá origem ao embranquecimento.

40
INSTITUTO L’ÓREAL
Em 2004, os pesquisadores em Biologia Capilar da L’Oréal fazem uma
nova descoberta. O processo é devido ao desaparecimento progressivo
e seletivo dos melanócitos, tanto ao nível do bulbo (unidade de pigmen-
tação) quanto do reservatório. No fim, os melanócitos desaparecem to-
talmente, os cabelos ficam completamente brancos.

Melanócito no reservatório

Melanócito no bulbo

Cabelos grisalhos x Cabelos brancos

Através de testes foram constatados:


• Um cabelo despigmentado perde a sua capacidade de filtrar os raios
UVs. Aminoácidos, proteínas e lipídios são foto-danificados.
• O brilho dos cabelos brancos é mais fraco que o dos cabelos louros,
castanhos e negros.

Alterações bioquímicas
Aumento progressivo da oxidação dos componentes de superfície* do
cabelo (proteínas, aminoácidos).

Alterações estruturais
A agressão da fibra pelos Uvs gera, num primeiro momento, uma erosão
das escamas, depois um desfolhamento sucessivo das camadas de esca-

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


mas levando ao alisamento da superfície.

Alterações biomecânicas
A resistência dos cabelos brancos à tração é mais fraca que a dos cabelos
pigmentados, o que demonstra uma degradação mais importante do córtex.

Alterações óticas
Sob o efeito dos raios UVs, o cabelo branco apresenta uma tendência ao
amarelamento que poderia ser devido às modificações da queratina e à
transformação da película lipídica por um processo de oxidação.

Tais estudos, publicados nas mais prestigiosas revistas científicas, per-


mitem levar em conta prevenir ou moderar o processo de embranque-
cimento por substâncias ativas, devidamente selecionadas, tais como:
• Produtos que possuam em sua composição fotoprotetores de raios UV.
• Produtos que contribuam para a recuperação do cimento intercelular.
• Produtos que promovam a nutrição e a proteção da fibra capilar.
41
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

15
Aspectos dos
cabelos frágeis
DE UM PONTO DE VISTA MICROSCÓPICO
• A desorganização estrutural das escamas, verdadeiro escudo para os
cabelos, provoca uma vulnerabilidade em face das agressões exteriores.
• A perda de substâncias protéicas e lipídicas induz uma modificação
das propriedades mecânicas do cabelo: elasticidade, resistência.

DE UM PONTO DE VISTA MACROSCÓPICO


• Os cabelos perdem seu brilho, sua suavidade e sua flexibilidade.
• O toque se torna áspero e ruidoso. Eles perdem sua sedosidade.
• Os cabelos ficam mais difíceis de pentear. Eles se embaraçam mais fa-

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


cilmente.
• Eles ficam menos consistentes, sua capacidade de se manterem em
forma diminui. Enfraquecidos ao extremo, os cabelos afinam e se tornam
quebradiços.

Uma perda em progressão: de um cabelo seco a um cabelo


quebradiço.

De aspecto semelhante, os cabelos se-


cos e ressecados e os cabelos quebra-
diços são, no entanto, muito diferentes.

A deterioração do estado da super-


fície e a perda de substâncias intrín-
secas são tantos dos elementos que,
progressivamente, podem provocar a
transição de cabelos secos e resseca-
dos para cabelos quebradiços.
42
INSTITUTO L’ÓREAL
O cabelo é composto de duas grandes partes: a raiz e a haste capilar.
• A haste representa a parte visível do cabelo, emergindo do couro ca-
beludo.
• A cutícula envolve e protege o córtex.
• O córtex é o corpo e o coração da fi-
bra: constitui a parte mais volumosa* e
compõe-se, principalmente de proteínas
fibrosas. O córtex confere numerosas pro-
priedades físicas à fibra, notadamente sua
resistência mecânica.

Observação da cutícula e do
córtex no microscópio eletrônico
*O córtex representa 80% do
cabelo (The science of Hair,
second edition, (2005).

A CUTÍCULA
• Em bom estado, a cutícula mostra um aspecto regular. Isto se deve ao
fato de que as células estão bem aplanadas, umas sobre as outras, e dis-
postas regularmente.
• Compostas de várias camadas intercelulares e de uma membrana, as
células cuticulares possuem um forte teor de proteínas e lipídios. Estes
elementos dão ao conjunto da estrutura uma resistência

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Este conjunto de superfície, quando não perturbado,desempenha um
papel primordial:
• Sobre a suavidade, pois a superfície é lisa
e não apresenta nenhuma aspereza.
• Sobre o brilho, porque a reflexão da luz é
ótima numa superfície plana.
• Sobre o penteado, porque uma superfície
sem aspereza não freia as passagens dos
dentes do pente e facilita desembaraçar os
cabelos.

Uma alteração desta estrutura externa acarreta imediatamente consequ-


ências importantes: CABELOS ÁSPEROS, FOSCOS.

É a transição de um cabelo em bom estado, qualificado como “sadio” ou


“normal”, para um cabelo que se pode designar como enfraquecido, ou
ainda sensibilizado, como o qualificam os profissionais do penteado.
43
INSTITUTO L’ÓREAL
A fragilidade do cabelo reveste-se
de dois aspectos:
• Sua natureza: o cabelo pode nascer frágil.
É o caso dos cabelos finos, por exemplo.
• A hostilidade ambiental e seu envelheci-
mento o tornam mais frágil e sujeito a rea-
ções ante as agressões.

A estabilidade estrutural e a resistência natural da cutícula são, também,


devidas a um outro componente incontornável: o cimento intercelular.
Entre cada célula da cutícula, encontra-se este cimento rico em proteí-
nas e lipídios (dentre os quais as ceramidas).

Ele garante a coesão das escamas e contribui, assim, para a solidez carac-
terística de uma fibra natural. importante frente às agressões externas.

Cutícula
Escamas
Cimento
intercelular
Córtex

Localização dos
diferentes agentes
do cabelo num corte
transversal.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


PROTEÇÃO SUPLEMENTAR: O MANTO HIDROLIPÍDICO

A proteção e a repulsão à água (hidrofobicidade) são


acentuadas pela presença do manto na superfície,
pois preserva a robustez do cabelo.

Um cabelo cresce cerca de 3 a 6 anos, período durante qual está expos-


to a numerosas agressões ambientais: sol, umidade, etc.

E submetido a múltiplas operações de manutenção: escovações, lavagens,


secagens, tratamentos químicos repetidos e, por vezes, inadequados.

Os efeitos causados pelos agentes ambientais modificam a aparência da


fibra. Um cabelo ‘normal’ ou ‘sadio’ é macio, brilhante, sedoso, vigoroso
e cheio de força. Porém, todos os dias, ele suporta agressões repetidas
que o estragam e podem torná-lo desidratado, ressecado, e mesmo, em
outro nível, quebradiço.
44
INSTITUTO L’ÓREAL
CAUSAS E EFEITOS
CALOR: O aumento da temperatura age
sobre as propriedades elásticas e a resis-
tência da fibra: um aumento da extensibi-
lidade com a elevação da temperatura e,
ao contrário, uma diminuição da robustez
do cabelo, associada a este aumento.

Quanto maior calor, mais aumenta sua


capacidade de se alongar e mais se torna
frágil, passível de se tornar quebradiço.

ESTRESSE MECÂNICO: (induzido pelos


penteados e escovações). Mesmo se a in-
tensidade do traumatismo não seja muito
elevada, sua frequência é um dos princi-
pais fatores de enfraquecimento.

Na continuidade, estas experiências repe-


tidas conduzem, do mesmo modo, à que-
bra dos cabelos.

Durante os penteados e as escovações, 3 ações mecânicas se


acumulam:

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• Uma extensão durante o esticamento dos cabelos pelo pente ou escova
• Uma abrasão devida à fricção das fibras capilares entre elas e com os
dentes do pente ou da escova
• Uma flexão ou dobra, pelo enrolar dos cabelos, uns sobre os outros, e
em volta dos dentes do pente ou da escova.

Outros estudos têm demonstrado que as exposições prolongadas dos ca-


belos aos raios solares intensificam estas alterações devidas aos penteados.

Tratamentos químicos excessivos


A coloração, a descoloração, o permanente e o alisamento, que têm por
objetivo modificar a cor ou a forma dos cabelos, provocam uma perda
de proteínas.

45
INSTITUTO L’ÓREAL
SOBRE A RESISTÊNCIA
O decréscimo das propriedades mecânicas do cabelo, da raiz em dire-
ção às pontas, demonstra que o envelhecimento físico da fibra capilar
pode levar a importantes danos: a resistência às agressões de um cabelo
se divide nestes 3 segmentos, após 30 cm de crescimento:

Raiz, médio comprimento e comprimento e pontas.

Consequências pesadas sob um ponto de vista microscópico,


que se revelam à escala macroscópica: Cabelo danificado e
desperdício de componentes “Uma perda de proteínas”.

Também, progressivamente:
• A borda das escamas se levanta, fragmenta-se e assume um aspecto
mais irregular;
• O cabelo perde seu toque macio e suave, ficando mais difícil de pentear;
• O cabelo fica menos apto a refletir a luz, perde o brilho.

Este fenômeno será tanto mais acentuado quanto mais se aproxima


das pontas, a zona mais antiga da fibra capilar.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

Zona do cabelo Escamas levantadas, Zona do cabelo quase


quase intacta. enfraquecidas por intacta. Escamas levantadas,
agressões múltiplas e enfraquecidas por agressões
repetidas. múltiplas e repetidas. Algumas
das agressões sofridas pelas
pontas de um cabelo, com
10 cm de comprimento,
correspondendo a um ano
de crescimento, com cerca
de 120 tratamentos com
shampoo, 800 escovações, 12
colorações, 4 permanentes e 3
meses de exposição aos UVs.

46
INSTITUTO L’ÓREAL
• Ocorre, também, a possibilidade de serem arrancados pequenos frag-
mentos de cutícula, expondo o córtex.

O cabelo danificado perde mais facilmente seus


componentes protéicos, pouco a pouco, se empobrecem
de seus elementos essenciais, em especial, os lipídios.

A isto se pode acrescentar a fragilidade natural: dos cabelos finos, por


exemplo. De diâmetro menor, eles são mais frágeis.

A deterioração do estado da superfície, a perda de


elementos intrínsecos, são outros tantos dos elementos
que progressivamente levam à transição inevitável de
cabelos secos e ressecados para cabelos quebradiços.

COMO AVALIAR O ESTADO DO CABELO?


DESEMBARAÇAMENTO

Quanto mais danificada estiver a superfície


do cabelo, mais difícil se torna o desemba-
raçamento. Isso se deve ao aumento das

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


características de fricção, aliadas às altera-
ções cuticulares. Podemos medir os esfor-
ços empregados para desembaraçar uma
mecha e cabelos, da raiz às pontas.

MOLHAGEM (HIDROFOBICIDADE)

Esta medida é, também, um bom meio de


conhecer o estado da superfície de um ca-
belo. Esta superfície está diretamente liga-
da à característica capilar hidrofóbica, já
que uma fina camada de lipídios envolve o
cabelo. Quanto mais rápido o cabelo fica
molhado, mais poroso ele se encontra.

47
INSTITUTO L’ÓREAL
CABELOS SECOS

Outras origens são evocadas para expli-


car a sequidão dos cabelos tais como a
disfunção das glândulas sebáceas. Neste
último caso, a atrofia delas provoca uma
diminuição da secreção de sebo e provo-
ca, naturalmente, um estado de sequidão
dos cabelos.

CABELOS QUEBRADIÇOS

Uma combinação de cabelos sensibiliza-


dos e secos. A fibra pode partir durante o
desembarace ou a escovação, pois não tem
flexibilidade nem elasticidade para aguen-
tar a tração.

Nas condições normais de temperatura


e de pressão, um cabelo pode esticar-se,
sem que esta deformação seja irreversível,
até cerca de 30%.

No dia-a-dia, este alongamento não passa de 25% durante práticas capi-


lares diversas.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


OUTRA CATEGORIA DE CABELOS QUEBRADIÇOS:
O CABELO FINO

A deterioração das propriedades elásticas


de uma queratina envelhecida não é a úni-
ca responsável pelos cabelos quebradiços.
Os cabelos finos são mais sensíveis que os
outros. A esses cabelos faltam consistên-
cia, rigidez e volume.

Seu diâmetro é inferior à media, o que os


torna mais frágeis que os outros.O número
e a espessura das camadas que formam a
cutícula não estão em causa, uma vez que
não existe esta diferença entre um cabelo
grosso e um cabelo fino.

48
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

16
Os cabelos frágeis e
o consumidor
DOS SENTIDOS ÀS CIÊNCIAS

Ressecados, secos, quebradiços, sensibilizados, danificados, bifurcados,


desidratados, porosos... numerosos termos são usados para definir os
cabelos enfraquecidos pelo dia a dia. Existe uma certa imprecisão de
vocabulário para definir o assunto, de modo mais ou menos claro para o
consumidor.

- “Ressecados, meus cabelos precisam ser hidratados, nutridos...”


- “É de um bom shampoo que meus cabelos precisam (...)”
- “Meus cabelos são bem nutridos; são, aliás, bastante macios.”

Aos termos gerais, como secos, ressecados, quebradiços, as respostas

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


se tornam muitas vezes metafóricas: entende-se regularmente quando
se fala de nutrição e hidratação. Portanto, muita atenção quanto ao sig-
nificado destes termos.

O CABELO: DIANTE DE CERTAS “PALAVRAS”


“NUTRIÇÃO E CABELO”

A nutrição de um cabelo não deve ser tomada no sentido fisiológico


do termo.

Os polímeros catiônicos, os silicones, também, são outros tantos ele-


mentos que se encontram em shampoos e nos tratamentos, que preser-
vam os cabelos.

Assim, os produtos cosméticos, pelos benefícios que eles trazem, suavi-


dade, brilho, flexibilidade... podem ser considerados como nutritivos.
49
INSTITUTO L’ÓREAL
Efeito nutritivo: Fixação da Ceramida.

Pesquisa L’Oréal sobre a fibra


capilar. Observação feita pelo
Espectômetro de Massa por
emissão iônica Secundária
(SIMS). Em verde, as proteí-
nas do cabelo. Em vermelho,
a Ceramida.

HIDRATAÇÃO E CABELO

A denominação “cabelos hidratados”


é difícil de usar porque, por um lado,
o teor de água de um cabelo é muito
flutuante: pela queratina que o com-
põe, o cabelo é altamente sensível à
umidade ambiente.

Na verdade, ele é capaz de absorver


até 30% de seu próprio peso em água,
comporta-se como uma esponja.

Por outro lado, porque, paradoxal-


mente, um cabelo seco, danificado,
contém mais água que um cabelo
normal quando está dentro de um

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


meio ambiente úmido.

Alterado, o cabelo se torna menos hidrófobo. A hidratação não é, pois,


um indicador de estado “sadio” como, a priori, poder-se-ia pensar.

Hidratar quer dizer fixar a água no cabelo, em um sentido cosmético


muito relativo: o consumo de água é positivo porque pode favorecer a
flexibilidade da fibra, mas é também negativo, notadamente pela manu-
tenção do penteado.

Não há portanto, nenhuma correlação entre a suavidade, o desembara-


çamento e o teor de água do cabelo.

Não se encontram, pois, para o cabelo, os mesmos benefícios que se ob-


servam durante a hidratação da pele (banho de suavidade...). A sequidão
do cabelo não se resolve com um simples uso de água!

A solução está em outra parte.


Por exemplo, pelo uso de substâncias nutritivas.
50
INSTITUTO L’ÓREAL
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
TRICOLOGIA III - CAPÍTULOS 11 AO 16

GRUPO 1

1- As ligações químicas estabilizam a estrutura do cabelo. Cite quais são


e onde são encontradas?

2- A forma do cabelo é dada pela curvatura do bulbo. Quais são 3


principais formas do cabelo?

3- Como os fatores ambientais podem afetar a saúde dos cabelos?

GRUPO 2

4- A cutícula tem função protetora para o cabelo. Quais são as alterações


da estrutura interna quando o cabelo perde esta proteção?

5- O cabelo uma vez agredido, não se regenera sozinho. Como podemos


diminuir o impacto dos danos aos fios para mantê- los sempre saudáveis?

GRUPO 3

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


6- Com o passar do tempo, os cabelos perdem substâncias importantes
e vão se desgastando. Como podemos identificar este desgaste nos fios?

7- Comente a relação entre nutrição e hidratação do cabelo.

51
CURSO DE CABELEIREIRO

O Cabelo
MÓDULO 1 | Conhecendo o cabelo
MÓDULO 2 | Tratamentos
MÓDULO 3 | Técnicas de escova
e enrolamentos
Tratamento
Os cabelos são como vitrines. Precisam estar limpos, bri-
lhantes e bem cuidados, para virarem acessórios atraentes
e admiráveis.

E é o profissional cabeleireiro quem pode detectar as ne-


cessidades de transformação, recuperação e manutenção da
saúde dos cabelos, desde que saibam como diagnosticar e
o que indicar.

Para isto, faz-se necessário, também, conhecer os recursos,


as tecnologias e os gestuais adequados a cada caso.

Capítulo 1 | O shampoo
Capítulo 2 | Diagnóstico
Capítulo 3 | Produtos e serviços
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

1
O shampoo
Fazer um shampoo quer dizer limpar, lavar os cabelos e o couro cabelu-
do. Os cabelos estão expostos à poeira, poluição, calor, etc. Assim, lavar
os cabelos é uma função importante dos nossos hábitos do dia-a-dia.

DEFINIÇÃO DE SHAMPOO
Shampoo é um agente de limpeza, usado para lavar os cabelos e o
couro cabeludo. É um produto que ajuda a remover todas as impure-
zas dos cabelos.
• Sebo (que é o óleo natural) • Spray
• Suor • Parasitas
• Poeira • Micróbios

DEFINIÇÃO DE AGENTE DE LIMPEZA

É um produto que reage com as diferentes impurezas do couro cabeludo e


dos cabelos e sua reação química permite à água remover estas impurezas. O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO

AÇÃO DO AGENTE DE LIMPEZA DO SHAMPOO: TENSOATIVO

O tensoativo é uma grande molécula composta de cabeça e cauda.

Sabão

parte hidrofóbica
parte
hidrofílica

54
INSTITUTO L’ÓREAL
• A cauda da molécula do Shampoo atrai poeira, graxa e óleo; a cabeça
da molécula atrai água.
• Juntos, ambas as partes da mo-
lécula realizam o trabalho de lim-
peza dos cabelos.
• Quando o agente de limpeza e
a água se misturam, os agentes
químicos reagem com o oxigê-
nio para produzir espuma.

COMPOSIÇÃO DO SHAMPOO

• Agente de Limpeza: limpa e remove as impu-


rezas
• Amaciante: para suavizar a ação do agente de
limpeza
• Princípio Ativo: substância que trata os cabe-
los e o couro cabeludo
• Antioxidante: para evitar a Oxidação durante o
armazenamento
• Corante: para valorizar a apresentação
• Perfume: para o odor agradável, o bem-estar e
uma boa sensação de relaxamento.

QUÍMICA DO SHAMPOO

O equilíbrio de pH nos fala a respeito do Grau de Acidez e Alcalinidade


A Escala de pH vai de 0 a 14
• 7 é o ponto neutro O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO
• Abaixo de 7 é Ácido
• Acima de 7 é Alcalino

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

ÁCIDO NEUTRO ALCALINO

Em relação aos cabelos, a maioria dos shampoos é alcalina e os condi-


cionadores são ácidos.
55
INSTITUTO L’ÓREAL
Agora, vamos ver a respeito dos Principais Tipos de Tensoativos:

ANIÔNICOS
Fornecem mais espuma e detergência no Shampoo e são os mais usados
detergentes na cosmetologia profissional. Eles são excelentes agentes
de limpeza. Eles possuem PH Alcalino. Nós o usamos geralmente antes
de todas as espécies de serviços técnicos.

CATIÔNICOS
São amaciantes dos cabelos e proporcionam brilho. Eles possuem pH
Ácido, que é o que geralmente usamos como um pós-shampoo.

NÃO-IÔNICOS
São muito utilizados em fórmulas de shampoo, por diminuir a agressão de-
tergente dos tensoativos aniônicos. São ótimos estabilizadores de espuma.

ANFOTÉRICOS
São muito usados em fórmulas de shampoos atualmente. São intermedi-
ários entre aniônicos e catiônicos. São tão suaves que os Shampoos de
bebês consistem inteiramente deles.

As pessoas esperam muito dos shampoos. Infelizmente, não é fácil distin-


guir um bom shampoo de um fraco. As pessoas acham que quanto mais
borbulhas melhor o shampoo.

A verdade é que excesso de borbulhas (foam) na espuma somente significa


que shampoo demais foi usado. Qualidade de fragrâncias e borbulhas não
é um bom método de avaliar shampoos.

EXCESSO DE BORBULHAS = DESPERDÍCIO O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO

Assim, é muito importante examinar as condições dos cabelos, antes de


várias aplicações, usos.

Avalie se os cabelos:
• Estão muito difíceis de pentear.
• Estão oleosos.
• Parecem muito enfraquecidos.
• Estão com a coloração desbotada?
56
INSTITUTO L’ÓREAL
Então, escolha cuidadosamente o shampoo que deve ser usado e reco-
mende-o. A qualidade do seu serviço e o sucesso para os seus negócios,-
com o retorno de sua cliente, dependem da sua decisão sobre a escolha
do produto.

CONDICIONAMENTO
Trata-se de um serviço que, com muita frequência complementa os ser-
viços de Shampoo. A razão por que as pessoas querem usar um condi-
cionador é que ele acrescenta brilho e maciez aos cabelos.

Condicionamento é geralmente recomendado para clientes com cabelos


secos e foscos de modo a melhorar o conteúdo de umidade dos cabelos
e trazer de volta o brilho perdido.

DEFINIÇÃO DE CONDICIONADOR

É um produto cremoso para cabelos, indicado para ser usado após o


Shampoo. Umedece e desembaraça os cabelos.

“Condicionador de Cabelo” cai em diferentes grupos, de acordo com o


que você quer fazer com seus cabelos.

Pessoas com cabelos finos necessitam de uma espécie específica de


“condicionador”. Pessoas com cabelos secos e espessos precisam de
outra. Assim sendo, é preciso escolher o tipo certo de condicionador.

QUAL É O OBJETIVO DE UM BOM SHAMPOO?

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO


Um bom shampoo deve:
• Lavar corretamente
• Respeitar o couro cabeludo e os cabelos
• Dar brilho aos cabelos

Por isso, deve-se fazer um diagnóstico, antes de escolher o shampoo


adequado.

57
INSTITUTO L’ÓREAL
DIAGNÓSTICO
Você deve verificar a natureza dos cabelos e do couro cabeludo. Antes
de aplicar um shampoo você precisa:
• Diagnosticar os cabelos e o couro cabeludo
• Escolher o shampoo adequado
• Escovar os cabelos, antes de usar o shampoo

COMO APLICAR UM BOM SHAMPOO?


Para começar, a bacia deve estar completamente limpa. Antes de come-
çar, coloque cuidadosamente uma capa em volta da cliente, de modo
que ela fique bem protegida; coloque uma toalha em volta da gola, para
proteger as roupas da cliente.

• Escove os cabelos para desembaraçá-


-los completamente, antes de aplicar o
shampoo.
• Verifique se a cliente está confortável,
assentada na seção de shampoo.
FIG.1
• Fixe a bacia corretamente na nuca da
cliente.
• Verifique a temperatura da água na sua
mão, antes de molhar o couro cabeludo
da cliente e não se esqueça de perguntar
se ela quer uma determinada temperatu- FIG.2 O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO
ra de água. FIG.1
• Comece, molhando o couro cabeludo e
os cabelos. FIG.2
• Aplique shampoo na linha dos cabelos,
nas laterais e na nuca. FIG.3
FIG.3
• Massageie a cabeça com a polpa de seus
dedos e a palma da mão. Não use suas
unhas. Tenha certeza de que o Shampoo
entrou em contacto com todos os cabe-
los e o couro cabeludo. FIG.4

FIG.4

58
INSTITUTO L’ÓREAL
• Ambas as mãos devem mover-se do mesmo
modo, para dar à cliente uma sensação agradá-
vel. FIG.5
• Não se esqueça de massagear a nuca da clien-
te. FIG.6
• Quando a primeira aplicação de shampoo aca- FIG.5
bar, lave com água e proteja o rosto da cliente
com sua mão. FIG.7
• Algumas pessoas têm as orelhas muito sen-
síveis, portanto, evite botar água nelas. FIG.8
Quando a primeira lavagem tiver sido feita, você FIG.6
pode começar a segunda aplicação do sham-
poo.
• A segunda aplicação de shampoo é para lim-
par os cabelos e livrá-los de quaisquer resíduos
FIG.7
de impureza.
• Emulsione suavemente com espuma abundan-
te. FIG.9
• Lavagem insuficiente pode deixar os cabelos
FIG.8
pesados e grudados; assim sendo, certifique-se
de lavá-los bem.
• Contudo, tenha cuidado para não molhar a
cliente toda.
• Levante metade da seção dos cabelos para FIG.9
duplicar a verificação de que as partes de den-
tro estão também, livres da espuma. Caso con-
trário, lave os cabelos novamente. FIG.10

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO


Desembarace os cabelos para eliminar o exces- FIG.10
so de água.

59
INSTITUTO L’ÓREAL
COMO CONDICIONAR OS CABELOS
• Depois do shampoo, use uma toalha e seque os
cabelos para remover todo o excesso de umida-
de. FIG.11
FIG.11
• Divida os cabelos em 3 a 4 seções. FIG.12
• Dependendo da espessura dos cabelos, aplique
o produto, seção por seção, massageando com-
primento e pontas, de modo que o condicionador
sature inteiramente os cabelos. FIG.13 FIG.12
• Em seguida, passe para a outra seção. FIG.14
• Durante a aplicação do condicionador, feito de
uma maneira precisa, os cabelos ficam completa-
mente soltos e desembaraçados.
FIG.13
• Esta é outra função importante do condiciona-
dor. Depois que o produto for aplicado, seção por
seção, em todo o cabelo, faça uma pausa de 2 – 3
minutos.
• Lave para eliminar completamente o condicio- FIG.14
nador dos cabelos. FIG.15
• Depois de lavar para eliminar o condicionador,
não se esqueça de pentear os cabelos das pon-
tas para o comprimento. Desse modo, quando a
cliente se olha no espelho, vai aparecer mais apre-
FIG.15
sentável. FIG.16
Nunca massageie o condicionador no couro ca-
beludo, como você faria com o shampoo.
• Aplique-o em todo o cabelo sempre que necessá-
rio ou então concentre-se somente no comprimen- FIG.16 O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO
to e pontas, mas NUNCA NO COURO CABELUDO.

60
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

2
Diagnóstico
Parte principal do tratamento capilar:
• Identificar o estado do cabelo e do couro cabeludo
• Entender o desejo do cliente
• Sugerir o produto adequado

O diagnóstico é a parte principal de um tratamento capilar. É nesse mo-


mento que o profissional identifica o estado do cabelo e do couro cabe-
ludo e, a partir dessa identificação, faz a sugestão do tratamento mais
adequado.

O diagnóstico bem feito transmite ao cliente a sensação de estar nas


mãos de profissionais qualificados, que realmente entendem do assunto
cabelos. A partir daí, será muito mais fácil indicar outros serviços e tor-
nar este cliente fiel ao salão.

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO

61
INSTITUTO L’ÓREAL
TIPOS E CARACTERÍSTICAS DOS CABELOS
NORMAIS
Causa: Glândulas sebáceas liberam oleo-
sidade suficiente.
Características:
• Os fios são macios e brilhantes.
• Os cabelos se desembaraçam com faci-
lidade mesmo molhados.
• Apresentam suas cutículas fechadas da
raiz às pontas.

SECOS
Causa: Glândulas sebáceas não liberam
oleosidade suficiente (hipofuncionalida-
de das glândulas).
Características:
• Os fios são ásperos e quebradiços.
• As pontas se rompem com facilidade
abrindo-se em duas ou mais partes.
• Os cabelos ficam embaraçados, opacos
e sem brilho.

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO


OLEOSOS
Causa: Exagerada produção de sebo (hi-
peratividade da glândula sebácea). O dis-
túrbio da glândula pode ser de origem
hormonal ou genética.
Características:
• Fios aglutinados, sem volume e com as-
pecto gorduroso (às vezes com odores
característicos).
• Em alguns casos, com irritação e coceira
do couro cabeludo.

62
INSTITUTO L’ÓREAL
MISTOS
Causa: Alta atividade da glândula sebá-
cea, associada a uma falha na distribui-
ção da oleosidade ao longo dos fios. Esta
falha pode ser em função da disposição
das cutículas ou da curvatura do cabelo.
Características:
• Oleosos nas raízes e secos nas pontas.
• Pontas desidratadas.

FRÁGEIS
Causa: Genéticas, nutricionais, ações
químicas ou mecânicas.
Características:
• Finos, com pouca resistência ao manu-
seio diário.
• Rompem-se com facilidade.

VOLUMOSOS O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO

Causa: Genética, muitas agressões ex-


ternas ou por serem muito densos.
Características:
• Secos e com frizz
• Indisciplinados
• Cutículas abertas
• Toque áspero

63
INSTITUTO L’ÓREAL
COLORIDOS
Causa: Passaram por processo de colo-
ração, descoloração. Requerem manu-
tenção e tratamento constantes.
Características: tendem a ser mais secos
e com menos brilho.

DANIFICADOS
Causa: Agressões químicas (químicas
frequentes com produtos fortes), atritos
mecânicos (excesso de escovas, chapi-
nhas, etc.).
Características:
• As escamas se deterioram.
• O córtex fica exposto.
• Os cabelos se tornam finos, fracos e se
rompem com facilidade.

CASPA
Causa: Aceleração na renovação natural das células do couro cabeludo,

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO


causada por predisposição genética, mudança climática e estresse que
provocam descamação. Este ambiente favorece a proliferação do fungo
Pityrosporum Ovale, que, em excesso, ocasiona irritação, coceira e uma
maior velocidade de renovação celular. As caspas podem ser: secas ou
oleosas. Depende do estado do couro cabeludo.
Características:
• No couro cabeludo seco, as caspas se
desprendem e podem ficar soltas nos fios.
• No couro cabeludo oleoso, as caspas fi-
cam grudadas, podendo gerar seborréia.

64
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

3
Produtos e serviços
A partir deste momento, vocês já possuem informações e conhecimen-
tos técnicos necessários para a realização de um bom diagnóstico. Mas
apenas isto não basta.

É preciso conhecer os produtos, suas tecnologias e suas ações, para que


possam adequar suas indicações de acordo com as necessidades de tra-
tamento dos cabelos de cada cliente.

A L’Oréal Professionnel disponibiliza para o mercado profissional coiffu-


re, uma variedade de produtos para tratamento capilar com alta preci-
são molecular.

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO

65
INSTITUTO L’ÓREAL
ESTUDO DE CASOS
GRUPO 1

1- Cliente faz retoque de raiz a cada 30 dias e gostaria de um tratamento


para manter maciez do cabelo e o brilho da cor. Qual linha podemos
indicar?

2- Os cabelos da cliente são muito ressecados, mas ela não gosta de


fazer tratamentos que deixem os fios com aspecto pesado. Qual linha
pode solucionar este caso?

3- A cliente chega ao salão e questiona: qual tratamento é indicado para


cabelos com química? Faço mechas e meus cabelos sempre desbotam
com poucas lavagens, estão opacos e muito ressecados. Como podem
me ajudar?

4- A cliente sofre com muita coceira no couro cabeludo e tem descamação.


Qual shampoo pode amenizar esses sintomas?

GRUPO 2

1- Observe o seguinte diagnóstico: Cabelos loiros, amarelados pelo


desgaste dos fios, opacos e ressecados. Precisam de um tratamento que
tenha poder de reparação e matização. Qual linha pode ser indicada?

2- A cliente adora a sensação de cabelos limpos e leves, mas por causa


da oleosidade, seus cabelos ficam pesados e untuosos. Existe algum
shampoo que faça a limpeza do couro cabeludo sem agredir os fios?

3- Sua cliente tem cabelos muito volumosos, secos e com muito frizz, O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO

mas adora seus cachos e gostaria de tê- los mais macios e definidos.
Como podemos ajuda- la a tratar de suas madeixas?

4- Meus cabelos são finos e sem volume. Gostaria de uma linha de


tratamento que deixasse meus fios soltos e mais encorpados por mais
tempo.

66
INSTITUTO L’ÓREAL
GRUPO 3

1- A cliente relata que seu cabelo está frágil e não cresce muito. Ela sonha
com cabelos longos e fortes. Qual linha podemos indicar?

2- Acho que meus cabelos estão muito ressecados e sem brilho. Preciso
de um tratamento altamente nutritivo que deixe meus cabelos macios,
brilhosos e protegidos.

3- A cliente relata que seu cabelo está com queda e demora a crescer.
Fazendo o diagnóstico, você observou que estão finos, oleosos e sem
volume. Qual o melhor tratamento para esta cliente?

4- Tenho cabelos brancos e acho que eles estão muito amarelados e


sem brilho. Gostaria de um shampoo que revitalizasse os meus cabelos
deixando- os fortes e saudáveis.

GRUPO 4

1- Sua cliente tem cabelos com escova redutora e relata que estão muito
danificados, se quebram ao pentear e estão cheios de pontas duplas.
Ela quer um tratamento que devolva a resistência e movimento aos seus
cabelos. O que você indica?

2- A cliente deseja fazer um tratamento para dar maciez, brilho e que a


escova lisa tenha maior durabilidade. O que você indica?

3- Percebi que meus fios estão mais finos e com pouca densidade.
Gostaria de um tratamento que acelerasse o crescimento dos cabelos e
desenvolvesse a densidade dos fios.

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO


4- A cliente comenta que só de massagear o couro cabeludo numa
lavagem sente seu couro cabeludo muito sensível. O que podemos
indicar?

67
CURSO DE CABELEIREIRO

O Cabelo
MÓDULO 1 | Conhecendo o cabelo
MÓDULO 2 | Tratamentos
MÓDULO 3 | Técnicas de escova
e enrolamentos
Técnica de escova
e enrolamento
O serviço de modelagem é um dos mais solicitados no salão
e está associado a vários outros serviços profissionais. Mas
tem a sua arte.

Mudar o visual, manter um corte, realçar uma cor, dar um


brilho, finalizar um tratamento...

Proporcionar uma transformação passageira, que acompa-


nhe o estado de espírito do cliente ou valorize o seu visual, é
uma atividade muito gratificante.

Capítulo 1 | Escova
Capítulo 2 | Modelagem com bobs
Capítulo 3 | Noções de penteado
Capítulo 4 | Produtos
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

1
Escova
O trabalho da escova/secador nos permite criar e redefinir formas espe-
ciais nos cabelos.

Conseguimos alisar, cachear ou ondular usando estes equipamentos.

Ao contrário do que se pensa, a escovação


não é uma ação prejudicial ao cabelo, se
feita de forma adequada. O calor do seca-
dor e os movimentos rotatórios da escova
ativam a circulação sanguínea e massa-
geiam o couro cabeludo, fechando as es-
camas, dando ao cabelo proteção e mais

O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO


brilho.

Hoje podemos utilizar ferramentas de ca-


lor sem medo de fragilizarmos os cabe-
los. Temos à nossa disposição tecnologia
avançada em produtos de construção da
modelagem. Além disso, o mercado dis-
põe também de produtos que proporcio-
nam a proteção térmica e produtos para
tratamento termo ativados.

O mais importante é conhecer bem as ferramentas, o gestual e os pro-


cedimentos para cada objetivo, levando em consideração a limpeza, a
agilidade, e o cuidado com o cliente.

Para um excelente trabalho de escova, precisamos respeitar os seguintes


passos:

70
INSTITUTO L’ÓREAL
FERRAMENTAS
Para se ter um bom resultado neste trabalho, a qualidade e adequação
das ferramentas são imprescindíveis.

Material Essencial
• escova redonda pequena
• escova redonda média
• escova redonda grande
• escova raquete (quadrada)
• pente de dentes largos
• pente de cabo fino
• clips plástico
• prendedores
• secador profissional
• piastra

O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO


DIVISÕES
Os cabelos devem ser divididos em partes. Isto proporciona limpeza e
rapidez durante a execução.

ÂNGULOS DE ELEVAÇÃO Acima de 90o


dá máximo
Dependendo do quanto
elevamos a mecha de
cabelo a ser trabalhada
acrescentamos ou reti-
ramos volume e movi- 90o
dá volume regular
mento. Para cada tipo
de escova uma divisão e
uma elevação diferente.

45o
retira volume

71
INSTITUTO L’ÓREAL
EXECUÇÃO DA MECHA PADRÃO
Para se ter um resultado satisfatório na escova, é preciso trabalhar bem
todas as mechas do cabelo.
• Durante a execução, não se pode deixar uma mecha sequer com umi-
dade. Um bom resultado depende deste cuidado.
• Cada mecha de cabelo deve ser trabalhada dos dois lados (escova em
baixo e em cima da mecha), respeitando sempre a elevação ideal.
• O ar quente do secador deve ir sempre a favor das cutículas do fio e
deve ser feito até que a mecha esteja plana e espelhada.

MECHA PADRÃO
Vamos aqui denominar de mecha padrão a mecha de cabelo que recebe-
rá o trabalho com escova e secador de forma adequada e eficiente.

• ESCOVA LISA
Divisão: Em quatro partes. Lado esquerdo e direito,
Frente e atrás. Na parte de trás devemos subdividir
as seções em camadas mais finas para um trabalho
mais limpo e eficiente.

O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO


Execução: Comece o serviço com mecha fina. Pro-
ceda com a execução da mecha padrão e repita
este movimento mecha a mecha até finalizar toda
a cabeleira. Comece pelas partes de trás, depois as
laterais e por ultimo a frente. As mechas devem ser
tiradas na posição horizontal. Elevação: 45º( retira
o volume).

ESCOVA LISA COM VOLUME FRONTAL


Divisão: Em cinco partes. Topo, duas laterais e duas
partes de trás. Elevação: 45º (laterais e atrás) 90º
(topo)
Execução: Proceda da mesma maneira que na escova
lisa mudando somente o ângulo da mecha para 90º
no topo.

72
INSTITUTO L’ÓREAL
• ESCOVA MODELADA
Divisão: Em 5 partes. Topo, 2 laterais e 2 partes de
trás. Elevação: 45º ou 90º dependendo do resulta-
do desejado (com mais volume ou menos volume).
Execução: Trabalhe a mecha padrão como se o ser-
viço fosse de escova lisa. Quando o fio já estiver
espelhado, substitua a escova redonda grande por
uma escova redonda pequena (térmica) e enrole
apenas as pontas. Desenrole as pontas em forma de
cachos e deixe as mechas esfriarem sem passar os
dedos ou a escova. Se quiser intensificar os cachos,
enrole as pontas modeladas em forma de rolinhos
e prenda com grampo. Depois de pronta a cabeça
toda, solte os grampos e finalize com textura, po-
madas ou spray.

• ESCOVA MODELADA CURTA


Divisão: Em 5 partes. Topo, 2 laterais e 2 partes de trás.
Elevação: 45 ou 90 graus, dependendo do resultado desejado.
Execução: Proceda da mesma maneira que a escova modelada. porém
utilizando como ferramentas as escovas pequenas ou médias.

O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO


SEQUÊNCIA INDICADA:
1. Diagnostico
2. Tratamento (lavar os cabelos)
3. Construção
4. Finalização

73
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

2
Modelagem com bobs
Hoje em dia, com a volta da mulher mais bem ar-
rumada, mais glamorosa, os bobs voltaram com
muita força por permitirem trabalhar o cabelo de
diversas formas, com qualidade e muito brilho.

TIPOS DE ENROLAMENTO

O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO


COM VOLUME
Retire a mecha de cabelo na horizontal( em zi-
guezague). Conduza-a para frente fazendo, as-
sim, um movimento acima de 90º.

COM REDUÇÃO DE VOLUME


Retire a mecha na horizontal (ziguezague) e en-
role trazendo o cabelo a 45 º em relação ao cou-
ro cabeludo.
NOTA: Quanto mais intercalada for a disposição
dos bobs, sem seguir uma linha reta na cabeça,
mais natural será o resultado.
OBS: para maior naturalidade no resultado, po-
demos retirar as mechas em ziguezague.

74
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

3
Noções de penteado
Nem só de cabelos presos vive uma superprodução. O profissional pode ela-
borar diversos penteados atuais, mantendo os cabelos soltos ou parcialmen-
te presos. Os cabelos presos conferem elegância e sofisticação ao visual.
Para o bom resultado de um penteado, a preparação é item muito impor-
tante. E ela começa no lavatório.
Assim como existem muitas ferramentas para executar penteados, sejam eles
presos ou soltos, também são diversos os produtos que podem ser utilizados.

FERRAMENTAS
Podemos preparar um penteado com:

O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO


• Bobs
• Escova
• Rolinhos
• Chapinhas - piastras
• Baby liss - modeladores elétricos

COMO UTILIZAR AS CHAPAS OU PIASTRA


• Use sempre um protetor térmico.
• Escolha sempre ferramentas de boa qualidade. As chapinhas adequa-
das devem manter a temperatura estável durante o processo.
• Divida o cabelo em mechas finas a partir da nuca e passe a chapa 2 a 3
vezes em cada mecha.

COMO UTILIZAR BABY LISS


• Use sempre um protetor térmico.
• Divida os cabelos em mechas. Porém, esta divisão, se for feita na posi-
ção vertical, resultará em movimentos mais modernos.

75
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

4
Produtos
Para a construção e finalização de penteados, L’Oréal Professionnel dis-
ponibiliza para o mercado a linha de produtos profissionais Tecni art.

A Linha Tecni art é a linha de produtos que oferece benefícios para que
você possa trabalhar o seu talento.

O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO

76
CURSO DE CABELEIREIRO

Mechas e Forma
MÓDULO 1 | Mechas
MÓDULO 2 | Forma e Textura
MÓDULO 3 | Cabelos Cacheados
Forma e Textura
O movimento dos cabelos, suas linhas, a moldura do rosto,
a valorização do corte, do estilo, um encontro com a moda.
Os cabelos passaram a ser um dos acessórios mais impor-
tantes na produção de um visual. Tornar lisos os cacheados,
com volume o que é “escorrido”, ou a combinação de todas
as formas, é um desafio e tanto para os cabeleireiros.

Mas a solução existe e depende apenas de um conhecimen-


to mais profundo da relação entre as características dos ca-
belos e os produtos químicos que podem ser utilizados para
a realização destes desafios.

Capítulo 1 | Os processos de mudanças


Capítulo 2 | Mudança temporária
Capítulo 3 | Mudança permanente
Capítulo 4 | Diagnóstico para relaxamento/alisamento
Capítulo 5 | A escolha do produto ideal
Capítulo 6 | Etapas do serviço de transformação
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

1
Os processos de mudanças
A modificação da forma dos cabelos depende da modificação da locali-
zação das ligações químicas.

Ligação de hidrogênio – que pode ser desestruturada pela água ou pelo


calor. No simples ato de molhar o cabelo, a extensão do mesmo é au-
mentada.

Ligação salina – que pode ser desestruturada por um produto ácido


(base) ou alcalino (mudança de pH).

Ligação dissulfúrica – também conhecida como ponte de enxofre ou


ligação cistínica. É mais resistente e necessita-se de um agente redutor
químico para desestruturá-la.

Existem duas maneiras para mudar a forma dos cabelos:

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA


• TEMPORÁRIA - não requer ação química, apenas mecânica. O resulta-
do vai durar até a próxima lavagem. O simples fato de molhar os cabe-
los com água e, em seguida, promover algum tipo de ação mecânica, já
modifica a sua forma original, que retorna ao formato original com uma
simples lavagem. Ex.: escovas, baby-liss etc.

• PERMANENTE - requer ação de uma substância química e de uma ação


mecânica. O resultado vai durar até que o efeito da técnica tenha desa-
parecido. Ex.: ondulações (permanentes), relaxamentos, alisamentos.

26
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

2
Mudança temporária
A estrutura particular da queratina do cabelo é, de fato, uma estrutura
elástica. Esta propriedade possibilita deformações de pouca amplitude,
totalmente reversíveis. Entretanto, a velocidade com a qual cabelo vol-
ta à sua forma primitiva depende das condições em que se realiza essa
deformação.

O enrolamento e a escova deformam o cabelo de modo temporário.

As quatro fases dessas duas técnicas:


• Umidificação;
• Enrolamento ou alisamento;
• Secagem;
• Ação de soltar o cabelo (se for o enrolamento).

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA


Essas fases desencadeiam as ações físico-químicas sobre as fibras de
queratina.

A água rompe as ligações de hidrogênio e provoca o deslizamento das


cadeias de queratina, umas em relação às outras. Essa ruptura torna pos-
sível a ação mecânica de um “rolinho” ou de uma escova, para criar a
forma desejada.

Secando o cabelo molhado ou úmido, reconstituem-se novas ligações


hidrógenas, que se mantêm nessa forma, até que sejam molhadas ou
umedecidas novamente.
27
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

3
Mudança permanente
Ela é obtida pela ruptura das pontes de dissulfeto, das ligações salinas
e hidrógenas, o que torna a fibra momentaneamente plástica, ou seja,
deformável.

Em seguida, é preciso reconstituir as pontes de dissulfeto para fixá-las


na forma desejada. É assim que as cadeias de queratina e o cabelo recu-
peram sua coesão.

TECNOLOGIAS DOS REDUTORES


Hoje existem 2 principais grupos de tecnologias de produtos redutores:
• TIOGLICOLATOS
Presentes nas Linhas de produtos L’Oréal Professionnel:
• X-Tenso Moisturist – indicado para relaxamentos e, de acordo com o

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA


diagnóstico, para alisamentos, de longa duração.
• Dulcia Advanced – indicado para enrolamentos e ondulações de longa
duração.

AÇÃO QUÍMICA
O redutor fornece os dois elétrons (hidrogênio) que
se fixam aos átomos de enxofre e separam a ponte
de dissulfeto em duas meias pontes. Ele reduz sele-
tivamente as pontes de dissulfeto, sem agir sobre as
demais espécies químicas constituintes do cabelo.

O creme ou líquido redutor (solução de Thiols: ácido


tioglicólico, tioglicolato de amônia, tioglicolato de
glicerol, cisteína e sulfito) rompe as ligações entre
dois átomos de enxofre das pontes de dissulfeto -
formação (SH HS). O redutor prepara o cabelo para
sua transformação.
28
INSTITUTO L’ÓREAL
Porém, como se trata de um mecanismo físico-químico, é preciso prestar
muita atenção à escolha do material, verdadeiro criador do molde desejado,
que será mantido pelo fixador.

As cadeias de queratina deslizam umas em relação às outras. As duas


metades de ponte se afastam. As meias pontes não estão mais face a
face. O enrolamento ou alisamento efetuado antes, durante ou após a
aplicação do líquido redutor, confere ao cabelo a forma desejada.

Para reconstituir as pontes de dissulfeto em


uma configuração diferente, o fixador capta os
dois elétrons fixados aos átomos de enxofre.

O fixador (oxidante: solução de peróxido de


hidrogênio com pH ácido ou bromato de só-
dio) refaz as ligações entre dois átomos de
enxofre isolados.

(SHOHS) = H2O (água)

COMPATIBILIDADE E INCOMPATIBILIDADE

São compatíveis entre si os produtos que contêm tioglicolato ou outro


agente redutor tioglicólico. São incompatíveis com: hidróxidos, henna,
descolorantes, loções progressivas, colorações com água oxigenada aci-
ma de 20 volumes, henê.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA


HIDRÓXIDOS
O redutor (sódio, potássio, lítio ou gua-
nidina) age na abertura das cutículas do
cabelo, penetrando no córtex e trans-
formando as ligações dissulfúricas em
ligações de “Lantiolina” (C-S-C), isto é, Neutralização / Fixação
eliminam um átomo de enxofre.

Para equilibrar o pH e eliminar a alcalinidade residual, é necessária a


utilização de tratamentos com pH ácido, o que proporciona, também, o
fechamento das cutículas, o brilho e a maleabilidade dos fios.

29
INSTITUTO L’ÓREAL
O HIDRÓXIDO DE GUANIDINA
Indicado para os serviços de relaxa-
mento e alisamento de longa duração.
O hidróxido de guanidina é a mistura
de: Hidróxido de Cálcio (creme de re-
laxamento) adicionado ao Carbonato
de Guanidina (ativador).

CARBONATO + ATIVADOR
A reação carbonato + hidróxido perde sua estabilida-
de após um período determinado. Por isso, é reco-
mendado que se prepare a quantidade suficiente para
a aplicação e que se evite o contato com a pele, res-
peitando sempre a distância de 1 cm da raiz.

O HIDRÓXIDO DE SÓDIO / POTÁSSIO


Possuem características que provocam maior irritação no couro cabelu-
do. Portanto os produtos não devem ter contato com a pele.
Sua ação é rápida e eficaz. Por isso, pode causar grandes danos à fibra
capilar, se deixado por um período prolongado de exposição.

COMPATIBILIDADES E INCOMPATIBILIDADES

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA


Todos os hidróxidos são compatíveis entre si. São incompatíveis com:
tioglicolato, tiometacrilatos, tiolactatos, henna, descolorantes, loções
progressivas com componentes metálicos, coloração com água oxige-
nada acima de 20 volumes, henê.

AÇÃO MECÂNICA
Não basta a ação química para alterar o formato do cabelo. A ação me-
cânica consiste no gestual de aplicação do líquido redutor (Dulcia Ad-
vanced) ou creme relaxante (X- Tenso), assim como dos materiais utiliza-
dos para a modelagem (pente, chapa, rolos, bigoudis, etc).
Embora exista certa analogia entre as técnicas de alisamento e ondula-
ção (ambas modificam o formato original dos cabelos de maneira per-
manente), elas, diferem quanto ao nível de formulação (líquida ou cre-
mosa) e também da ação mecânica utilizada.

30
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

4
Diagnóstico para
relaxamento / alisamento

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA


O que devemos considerar antes de realizar um serviço de transforma-
ção, em particular, os alisantes:
• Tipo de ondulação - Configuração dos cachos
• Textura: diâmetro do cabelo
• Densidade: quantidade de fios por cm2
• Porosidade
• Elasticidade
• Estado do couro cabeludo
• Estado dos cabelos

31
INSTITUTO L’ÓREAL
1. CONFIGURAÇÃO DOS CACHOS
As variações do tipo de cabelo dependem da herança genética e são
transmitidas de modo diferente daquele que ocorre com a cor da pele. A
forma do cabelo depende de sua estrutura tridimensional (redonda, oval
ou achatada).
• Cabelo crespo: enrolado, visual “enroscado”, extremamente frágil, opa-
co e com muita densidade.
• Cabelo cacheado: cacheado, padrão em formato “S”.
• Cabelo ondulado: com ondas mais largas, cutículas mais alinhadas,
dando ao cabelo mais brilho.
• Cabelo liso: alguns podem ser “super lisos” enquanto outros podem
ter uma pequena ondulação.

Os tipos podem variar de 1 a 8 na escala de configurações:

I II III IV

V VI VII VIII MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA

Atenção! Para classificar o tipo de cabelo de acordo com a escala de


configuração, é imprescindível que sejam observadas todas as outras
etapas do diagnóstico. O cabelo de um cliente pode ter uma aparência
de liso no caso de já ter sido submetido a algum serviço de alisamento,
por exemplo.

Pode-se observar o crescimento da raiz, se houver, mas a confirmação se


dará após a avaliação completa do diagnóstico.

De acordo, também, com a classificação do tipo de cabelo é que se de-


termina o produto químico a ser utilizado.
32
INSTITUTO L’ÓREAL
Tioglicolato

Hidróxido

2. TEXTURA: DIÂMETRO DO CABELO


A textura do cabelo varia de acordo com o diâmetro (espessura) do fio.
• Cabelo áspero e grosso: Possui um diâmetro maior
• Cabelo fino e frágil: Possui um diâmetro menor

Obs.: quanto mais grossa é a textura do cabelo, maior é sua força inter-
na e a sua resistência a mudanças.

CLASSIFICAÇÃO
Super fino e fino Textura macia ao toque

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA


Médio Textura macia ao toque

Grosso e super grosso Textura áspera ao toque, aparentemente, mais denso que outras texturas

DIAGNÓSTICO
Também ajuda a determinar a intensidade do ativo químico a ser usado.

Super fino e fino Os ativos químicos penetram rapidamente, com resultado mais eficiente.
Sua estrutura é muito afetada, tornando-os sensíveis a químicas frequentes.

Os ativos penetram gradativamente, promovendo bons resultados nos tra-


Médio
balhos de transformação.

Grosso e super grosso Os produtos demoram mais tempo para penetrar nos fios.

3. DENSIDADE: QUANTIDADE DE FIOS POR CM2


É a maior ou menor quantidade de fios existentes por cm2.

Tem relação com a quantidade de fios e não com a textura. Uma pessoa
pode ter cabelo fino com muita densidade enquanto outras podem ter
cabelo grosso com fios espaçados e bem distribuídos.
33
INSTITUTO L’ÓREAL
CLASSIFICAÇÃO
Cabelos Densos Possuem mais fios por cm2

Cabelos Esparsos Possuem menos fios por cm2

DIAGNÓSTICO
Cabelos Densos Mechas mais finas

Cabelos Esparsos Mechas mais grossas

*Serve para determinar a largura das mechas a serem trabalhadas.

4. POROSIDADE
A avaliação da porosidade se dará através da análise da compactação da
estrutura e estado das cutículas do cabelo.

Quanto menos compacta é uma estrutura, maior a sua porosidade, pois


os cabelos se tornam secos, frágeis e quebradiços em função do desgas-
te das cutículas.

Quanto mais porosos são os cabelos, maior a absorção de líquidos e pro-


dutos, e maiores são as possibilidades de danos.

Causas:
Serviços químicos, falta de cuidado e danos térmicos podem afetar a
porosidade do cabelo.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA


CLASSIFICAÇÃO

Cabelo impermeável Resistente à absorção de água e à ação de ativos. Demora a secar.


ou resistente

Cabelo poroso Absorve água e outros líquidos rapidamente e seca rapidamente. É res-
secado, opaco e aparenta maior volume. A cutícula é áspera.

É opaco, apresenta muito volume quando está seco e aspecto indiscipli-


Cabelo muito poroso
nado, principalmente nas pontas. Quebra com muita facilidade.

DIAGNÓSTICO
Ajuda a determinar a intensidade do ativo químico a ser usado e o tempo
de processamento necessário.

Cabelo impermeável Necessita de ativos químicos de maior força e de um tempo mais longo
ou resistente de processamento (controlado pelo profissional).

Cabelo poroso Requer ativos químicos mais suaves e menor tempo de processamento.

Não deve ser processado quimicamente, sem antes passar por uma sé-
Cabelo muito poroso
rie de tratamentos.

34
INSTITUTO L’ÓREAL
5. ELASTICIDADE
É a propriedade que o cabelo tem de ser estirado e contraído natural-
mente, como um elástico. A elasticidade está diretamente ligada à es-
pessura do fio. Quanto mais grosso o fio, mais difícil rompê-lo.

CLASSIFICAÇÃO
Com boa elasticidade Não quebra facilmente ao ser penteado ou escovado, é saudável.

Nem sempre consegue reter o cacheado, ficando com pouco mo-


Com pouca elasticidade
vimento. Costuma “estalar” em contato com pente ou escova.

Cabelo sem elasticidade É ressecado e sem vida. Quebra sob mínima tensão.

DIAGNÓSTICO

Com boa elasticidade Requer ativos de maior força e maior tempo de processamento.

Com pouca elasticidade Requer ativos mais fracos e menor tempo de processamento.

6. ESTADO DO COURO CABELUDO


Qualquer produto químico deve ser evitado caso o couro cabeludo não
esteja saudável. Os riscos de irritações, queimaduras e agravamento das
doenças são maiores.

Nenhum produto de transformação (alisantes, relaxantes) deve ser apli-

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA


cado diretamente no couro cabeludo.

Caso esteja irritado, deve-se recomendar ao cliente uma visita a um der-


matologista para um tratamento adequado.

7. ESTADO DOS CABELOS


Naturais, naturais resistentes, coloridos, descoloridos, com mechas, da-
nificado, sensibilizado, relaxado, alisado, com permanente, etc.

Durante esta etapa, é indispensável solicitar informações sobre o históri-


co do cliente, tais como:
• Se foi aplicado algum produto químico nos cabelos, quando e para que
fim (coloração, alisamentos, tratamentos dermatológicos, etc).
• Tipo de atividade que realiza no dia a dia. Por exemplo, se o cliente
pratica natação, a ação do cloro da piscina poderá interferir no bom re-
sultado do serviço, ou prejudicá-lo posteriormente.

35
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

5
A escolha do produto ideal

TECNOLOGIAS E COSMETICIDADE
Durante o diagnóstico, o profissional colhe informações sobre o cotidia-
no da cliente, sobre o tipo de cabelo e o estado do mesmo para a indica-
ção e realização de um serviço.

Existem muitos produtos no mercado e cada um possui tecnologias, ca-


racterísticas técnicas e de aplicação bem distintas.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA

Para a escolha de uma linha de produtos, verifique:


• A adequação do produto para o objetivo do serviço
• Se a marca é de confiança.
• A aprovação pelo Ministério da Saúde.
36
INSTITUTO L’ÓREAL
• A cosmeticidade , se há preocupação com a boa qualidade dos fios
durante e após a realização do serviço.
• A proposta de gestual para a aplicação (se é fácil, limpo e seguro).
• O tempo que levará para a realização do serviço.

Após a escolha cuidadosa, da linha de produtos, escolha a força adequa-


da, de acordo com o diagnóstico, informe ao cliente as características e
benefícios do produto que será aplicado.

Após a aprovação por parte do cliente, realize uma MECHA-TESTE.

Por que realizar a mecha teste?


• Prevenir um processo alérgico, caso o cliente desconheça.
• Confirmar a compatibilidade (é preventivo, uma vez que o cliente pode,
durante o diagnóstico, não se lembrar de algum produto que utilizou an-
tes de se submeter a este serviço, que seja incompatível com o produto
escolhido para a realização do serviço).
• Confirmação do diagnóstico, para verificar se a escolha do produto e
sua intensidade é a adequada para o cliente, assim como o tempo de
pausa previsto.

COMO FAZER A MECHA TESTE


1. Proteja o cliente com toalha e capa.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA


2. No caso de produto à base de tioglicolato, lave os cabelos com sham-
poo neutro sem esfregar demasiadamente o couro cabeludo. Enxágue e
retire o excesso de água. Já no caso dos Hidróxidos os cabelos devem
estar secos e não lavados.
3. Faça a mistura com a força escolhida em uma tigela não metálica. Use
luvas apropriadas.
4. Aplique a mistura em uma ou mais mechas de 1 a 2 cm de largura, iso-
lando-as do resto dos cabelos. Obs.: Deve ser feita preferencialmente na
parte mais sensibilizada do cabelo - topo).
5. Deixe agir o tempo de pausa recomendado do produto. Durante esta
etapa, acompanhe e avalie a elasticidade do fio até completar o tempo
de pausa máximo do produto. Para avaliar se o produto já agiu de forma
suficiente, puxe suavemente o fio do cabelo e verifique se ele retorna à
posição original.
6. Enxágue o redutor da mecha, e não deixe de proceder à neutralização,
no caso de ser tioglicolato. Mesmo que o serviço não seja realizado.

37
INSTITUTO L’ÓREAL
Obs: Se através da mecha-teste for constatado que os cabelos estão em
condições de serem relaxados ou alisados, siga o gestual de aplicação
adequado do serviço a ser realizado.
7. Se estiver fazendo mecha-teste com hidróxido, apenas enxague e apli-
que tratamento conforme as instruções do produto.

SOBRE O RESULTADO DA MECHA-TESTE, COMO PROCEDER?


• Se não forem detectadas alergias ou incompatibilidades e o produto,
força e tempo de pausa forem adequados, inicie a aplicação de acordo
com o indicado, respeitando e acompanhando todas as etapas do pro-
cedimento.
• Se a força não for adequada, substitua-a, em função do resultado, para
mais ou menos intensa. O mesmo vale para o tempo de pausa.
• Caso não seja aprovada a mecha-teste, por incompatibilidade, por aler-
gia ou por fragilidade do fio, enxágue abundantemente a mecha (elimi-
nando todo o produto) e neutralize-a.
• O cliente deve ser informado sempre sobre o resultado da mecha-teste.
Caso não haja a possibilidade de realizar este serviço, explique por quê
e sugira outra técnica que possa agradá-lo. Permita que seu cliente per-
ceba que, assim, você preserva a saúde e a qualidade de seus cabelos.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA

38
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

6
Etapas do serviço
de transformação
ETAPAS DO SERVIÇO DE RELAXAMENTO
COM TIOGLICOLATO

1. Diálogo e Diagnóstico
2. Shampoo neutro
3. Mecha-Teste de acordo com a indicação na bula do produto.
4. Divisão do cabelo em 4 partes
5. Aplicação do redutor - começando pela nuca, à 1 cm da raiz.
6. Tempo de pausa.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA


7. Enxágue do redutor.
8. Neutralização.
9. Enxágue.
10. Tratamento recomendado.

Se necessário, misture 15 ml do passo 1 de SMARTBOND diluído


em 45 ml de água e aplique após o enxágue do redutor (tiogli-
colato), aguarde 10 minutos e enxague. Aplique o passo 2 após o
enxague do neutralizante, aguarde 5 minutos e enxague.

OBS.: Este serviço pode ser feito durante o relaxamento e o alisamento


apenas com Tioglicolato de amônia.

39
INSTITUTO L’ÓREAL
ETAPAS DO SERVIÇO DE ALISAMENTO
COM TIOGLICOLATO
1. Diálogo e Diagnóstico
2. Shampoo neutro
3. Mecha-Teste de acordo com a indicação na bula do produto.
4. Divisão do cabelo em 4 partes
5. Aplicação do redutor - começando pela nuca, à 1 cm da raiz.
6. Tempo de pausa.
7. Enxágue do redutor
8. Seque escovando
9. Alinhe com a piastra
10. Neutralize
11. Enxágue.
12. Tratamento recomendado.
13. Finalize com escova e piastra

ETAPAS DO SERVIÇO DE RELAXAMENTO


COM GUANIDINA

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA


1. Diálogo e Diagnóstico.
2. Mecha-Teste.
3. Divisão do cabelo em 4 partes.
4. Aplicação do creme alisante - começando pela nuca
a 1 cm da raiz.
5. Tempo de pausa.
6. Enxágue do creme alisante.
7. Shampoo normalizador.
8. Tratamento recomendado.

OBS.: para o serviço de alisamento com guanidina, após a aplicação


do produto, aguarde o tempo ideal para trabalhar as mechas do ca-
belo com as costas do pente e cuide para não ultrapassar o tempo de
pausa. Enxague, aplique o shampoo normalizador e proceda ao trata-
mento recomendado.
40
INSTITUTO L’ÓREAL
ADVERTÊNCIAS GERAIS PARA
SERVIÇOS DE TEXTURA

1. Os produtos de transformação devem ser utilizados, de preferência,


por profissionais.
2. Mantenha os produtos fora do alcance de crianças.
3. Esse tipo de produto é desaconselhável para uso em crianças.
4. Use luvas de proteção.
5. Utilize o produto em ambiente seguro, longe de chamas e de faíscas.
6. Recomenda-se não lavar os cabelos por dois ou três dias anteriores
ao serviço de textura.
7. Realize sempre o teste de mechas antes de qualquer serviço de textura.
8. Os produtos podem causar sensibilização da pele ou alergias.
9. Não proceda aos serviços nos casos em que o couro cabeludo esteja,
irritado ou lesionado.
10. Para a realização de retoques, cuide para que o produto seja aplica-
do somente no crescimento das raízes.
11. Utilize a força do produto adaptada à natureza dos cabelos de
sua cliente.
12. Atenção às incompatibilidades entre as tecnologias.
13. Não aplique o produto de textura diretamente no couro cabeludo.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 2 - FORMA E TEXTURA


Isso pode causar irritação. Caso aconteça, enxágue imediatamente e
abundantemente, eliminando todo o produto de relaxamento. Em se-
guida, aplique o neutralizante específico do sistema que está sendo
utilizado, segundo as suas instruções de uso. Se a irritação persistir,
consulte um médico.
14. Não utilize os produtos de textura em cabelos muito fragilizados
(quebradiços, com sinais de ruptura ou qualquer outro tipo de lesão).
15. Em caso de ingestão acidental, chame um médico imediatamente.
Não induza o vômito.
16. Evite o contato com os olhos. Se isso ocorrer, lave-os com água cor-
rente, imediatamente e abundantemente, e consulte um médico.
17. Não aplique caso sua cliente já tenha apresentado reação a esse tipo
de produto.
18. Verifique se no rótulo do produto consta o registro da Anvisa. Caso
contrário, o uso é desaconselhavel.

41
Cabelos cacheados
Todos os tipos de cabelo precisam de cuidados, mas os ca-
cheados merecem uma atenção especial.

Os cabelos cacheados e crespos são naturalmente mais res-


secados devido a sua curvatura e estrutura química. A oleo-
sidade do couro cabeludo não se distribui de forma homo-
gênea ao longo do fio e assim, a condição do couro cabeludo
não é proporcional à condição do cabelo, pois podemos ter
um couro cabeludo oleoso e um cabelo ressecado.

Sejam ondulados, cacheados ou crespos, quando bem cui-


dados são cabelos lindos e esplendorosos.

Capítulo 1 | O cabelo e suas formas


Capítulo 2 | Rituais de cuidados
Capítulo 3 | Técnicas para definir os cachos
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

1
O cabelo e suas formas
Saber identificar o tipo de cacho e a condição do couro cabeludo (seco
ou oleoso), facilita a escolha de produtos adequados.

Uma pesquisa de L’Oréal classificou 8 categorias de cabelo. Observamos


os graus de curvatura a partir do tipo II que é ondulado.

Desta forma, dentro dos 8 tipos de cabelo, temos fios lisos, ondulados,
cacheados e crespos.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 3 - CABELOS CACHEADOS


I II III IV

V VI VII VIII

LISOS
Não apresentam curvatura, mas encontramos
fios com diversas texturas (finos a grossos) e
às vezes, com mais de um tipo de textura na
mesma cabeleira.

44
INSTITUTO L’ÓREAL
ONDULADOS (CURVATURA EM S)
Podem apresentar suaves ondulações até on-
dulações mais definidas, com fios mais espes-
sos, apresentando volume e mais frizz no topo.

CACHEADOS
Os cachos podem ser mais soltos a partir da
raiz até os mais definidos e grossos, apresen-
tando bastante densidade e frizz.

CRESPOS
O cabelos crespos podem apresentar o forma-
to de mola ou o formato Z que são bem fecha-

MECHAS E FORMA | MÓDULO 3 - CABELOS CACHEADOS


dos desde a raiz, mas também encontramos os
que não apresentam definição. Este tipo apre-
senta fios mais finos, ressecados e volumosos.

CURIOSIDADE: É natural ter mais de um tipo de curvatura


em uma só cabeleira.

45
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

2
Rituais de cuidados

MECHAS E FORMA | MÓDULO 3 - CABELOS CACHEADOS


TRATAMENTO
Depois de identificar o tipo de curvatura e analisar o couro cabeludo,
podemos escolher o tratamento ideal.

Importante entender as necessidades e criar uma rotina de cuidados


com os cabelos através de um Cronograma capilar.

CRONOGRAMA CAPILAR
Tem o objetivo de recuperar a beleza dos fios que sofreram agressões
ambientais, danos químicos e/ou térmicos.

46
INSTITUTO L’ÓREAL
LIMPEZA
A limpeza deve ser eficaz, mas com agentes
que limpam suavemente sem ressecar os ca-
chos evitando eliminar a oleosidade natural
do couro cabeludo.

NUTRIÇÃO
A curvatura dos cabelos cacheados impede
a distribuição da oleosidade natural do cou-
ro cabeludo ao longo do comprimento e é
através da nutrição que podemos devolver
as vitaminas e o lipídeo-gordura natural dos
cabelos. Exemplo: produtos com alto poder
de nutrição e hidratação sem pesar os fios.

UMECTAÇÃO
É um tratamento complementar em que
podemos utilizar o poder nutritivo dos
óleos vegetais como uma barreira lipídi-
ca para manter o teor hídrico dos cabelos

MECHAS E FORMA | MÓDULO 3 - CABELOS CACHEADOS


dando mais maleabilidade, brilho e contro-
le do frizz. Exemplo: óleos vegetais (côco,
abacate, moringa).

RECONSTRUÇÃO
As agressões ambientais, químicas e mecâ-
nicas enfraquecem os fios tornando-os mais
finos, elásticos e quebradiços, característi-
cas de um cabelo que perdeu proteína.
A reposição da proteína através de produ-
tos específicos tem o poder de reconstruir a
fibra deixando os cabelos mais resistentes,
brilhosos e macios.

Conheça as linhas específicas no guia de produtos.

47
INSTITUTO L’ÓREAL
PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO

Aplicação do Shampoo:
1· Lave com shampoo para higienizar (utilize uma quantidade suficiente).
2· Retire o excesso de água pressionando com a toalha (utilize uma toa-
lha de microfibra ou de algodão para evitar atrito nos fios).

Aplicação do Condicionador:
1· Divida a cabeça em quadrantes.
2· Separe as mechas a partir da nuca (não pegue mechas grossas demais).
3· Aplique uma quantidade suficiente do produto ao logo do cabelo.
4· Deixe agir pelo tempo indicado e enxague bem.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 3 - CABELOS CACHEADOS


5· Retire o excesso de água com a toalha (utilize uma toalha de microfi-
bra ou de algodão para evitar atrito nos fios).
6· Finalize com um leave-in específico para definir os cachos.

OBS.: o condicionador pode ser substituído pela


máscara para um tratamento mais profundo.

48
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

3
Técnicas para definir os cachos
FITAGEM
É a ação de enluvar cada mecha en-
tre os dedos fazendo o movimento
da raiz às pontas para ativar os ca-
chos. Se necessário, seque que com
difusor (de baixo
OBS.: A fitagem é feita com os ca-
belos ainda molhados durante o tra-
tamento e/ou durante a aplicação
do creme finalizador.

DEDOLISS

MECHAS E FORMA | MÓDULO 3 - CABELOS CACHEADOS


Com a ajuda de um bom produto,
modele cada cacho utilizando o seu
dedo como molde para igualar as
texturas dos cachos em todo o ca-
belo.
Esta técnica é indicada para cabelos
com cachos desiguais. Após secar,
separe as mechas usando um sérum
(óleo).

OBS.: Se necessário, aplique um pro-


duto com proteção térmica e utilize
o modelador térmico para redefinir
os cachos.

49
INSTITUTO L’ÓREAL
DESEMBARAÇO
Escolha escovas de cerdas mais
espaçadas ou pente de madeira
com dentes largos para desemba-
raçar os cabelos enquanto estive-
rem molhados. Isso evita a quebra
dos fios e o frizz.

DAY AFTER (dia seguinte)


A expressão “day after” é usada para que os cuidados com os cachos
durem mais tempo à partir do dia seguinte até a próxima higienização.
• Fazer um coque bem frouxo no topo da cabeça e dormir com fronha
ou touca de cetim/seda evita o atrito entre os fios.
• Quando perceber os fios muito ressecados e sem definição durante o
dia, umedecer os cabelos, aplicar um creme sem enxague de textura leve
e amassar delicadamente os cachos para reativá-los. Finalizar com um

MECHAS E FORMA | MÓDULO 3 - CABELOS CACHEADOS


pouco de óleo, para evitar o frizz e, se necessário, utilizar a técnica do
dedoliss para ajudar a definir os cachos mais “rebeldes”.

ATENÇÃO: Não use finalizadores em excesso para não pesar os fios.

50
INSTITUTO L’ÓREAL
Dicas Importantes
• Evitar pentear os cabelos secos para não quebrar os fios e não desfazer
os cachos.
• Evitar lavar os cabelos com água muito quente para não ressecar os
fios.
• Enxaguar completamente o condicionador ou máscara para não deixar
os fios pesados.
• Não exagere na quantidade de leave-in e aplique em quadrantes de
forma homogênea para que todos os fios sejam beneficiados.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 3 - CABELOS CACHEADOS

• Usar difusor com proteção térmica para evitar agressão do calor.


• Evitar dormir com os cabelos molhados, pois os fios e o couro cabelu-
do demoram para secar e os cachos ficam amassados. Assim, também
evitamos a proliferação de microorganismos.

51
CURSO DE CABELEIREIRO

Coloração
MÓDULO 1 | Coloração Básica - Color Keys 1
MÓDULO 2 | Coloração Avançada - Color Keys 2
Coloração Básica
Colorir cabelos parece ser uma tarefa simples de transformação.
E realmente é. A partir do momento em que você domine as
técnicas e os conhecimentos necessários para tal, toda comple-
xidade é transformada em algo muito simples.

A coloração deve ser realizada com atenção e responsabilidade,


assim como todo processo de transformação química.

A começar, pelo universo das cores, dos reflexos e das nuances.


E, em seguida, pelos aspectos físicos e químicos, que podem
ocorrer durante tais transformações.
INSTITUTO L’ÓREAL
MÓDULO

1
As Cores
DINÂMICA - AS TINTAS
DICA: Para melhor entender, cite as 3 cores sempre na seguinte ordem:
AZUL, VERMELHO, AMARELO

3 + 3 + 3 +

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


1. Num primeiro copo, coloque 3 gotas de azul, 3 gotas de vermelho e
depois 3 gotas de amarelo. Complete com água até a metade.

2. Despejar a metade desta mistura em um novo copo e completar com


água até a metade.

3. Num terceiro copo, despejar a metade do conteúdo do segundo copo


e completar com água até a metade. E assim em diante até o 7º copo.

O que vocês vêem?

Toda cor na natureza, impressa ou reproduzida, é uma mistura de azul,


vermelho e amarelo. Como vimos na experiência, a mistura destas 3 co-
res resulta em marrom.

4
INSTITUTO L’ÓREAL
Superpostas ou misturadas em quantidades iguais ou diferentes, elas
fornecem todas as nuances conhecidas, desde as mais escuras até os
tons mais pastéis. Existem milhões de nuances!

DINÂMICA - AS ALTURAS DE TOM


Identifique e anote a altura de tom do colega ao lado.

Pigmentos:

2 tipos de pigmentos se encontram no córtex:


ALTURA DE TOM
10. LOURO CLARÍSSIMO
1. Os granulosos tendem a ser maiores e
escuros. São compostos de azul, vermelho e 9. LOURO MUITO CLARO

amarelo; 8. LOURO CLARO

7. LOURO
2. Os difusos são minúsculos e disseminados 6. LOURO ESCURO
pelo córtex. São amarelos.
5. CASTANHO CLARO

Sejam os cabelos marrons ou louros claros, 4. CASTANHO

todos contêm os mesmos pigmentos. É a 3. CASTANHO ESCURO

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


proporção entre estes dois tipos de pigmentos 2. CASTANHO ESCURÍSSIMO
que determina a cor. Portanto, é a quantidade 1. PRETO
de cada pigmento que fornece a cor final.

Exemplo: um cabelo que tem tantos pigmentos granulosos quanto difu-


sos será castanho.

Todos os cabelos são marrons. Quando falamos de altura de tom,


estamos tentando quantificar estes marrons. Na verdade, é apenas uma
forma de expressar se o cabelo é mais ou menos escuro.

Para simplificar, classificamos em 10 níveis.

Estes 10 níveis que chamamos de ALTURAS DE TOM são nossa refe-


rência. As alturas de tom são numeradas de 1 a 10, desde o Preto até o
Louro Muito Claro, de modo que cada país possa descrever estes tons
da mesma forma.

5
INSTITUTO L’ÓREAL
DINÂMICA - FUNDO DE CLAREAMENTO

ALTURA DE TOM

3 + 3 + 10. LOURO CLARÍSSIMO

9. LOURO MUITO CLARO

8. LOURO CLARO

7. LOURO
Quando um cabelo clareia, inicialmente perde
os pigmentos azuis. 6. LOURO ESCURO

5. CASTANHO CLARO
Realizar uma mistura como a anterior sem o 4. CASTANHO
azul, ou seja, apenas 3 gotas de vermelho e 3. CASTANHO ESCURO
de amarelo.
2. CASTANHO ESCURÍSSIMO

Despejar a metade deste copo em um segun- 1. PRETO

do copo e completar com água até a metade


e assim em diante, até obter 4 copos.
FUNDO DE
CLAREAMENTO
O que você vê? 10. AMARELO MUITO CLARO

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


9. AMARELO CLARO

8. AMARELO

7. ALARANJADO AMARELO

6. ALARANJADO

5. VERMELHO ALARANJADO

4. VERMELHO

3. VERMELHO

3 + 2. VERMELHO

1. VERMELHO

Num segundo momento, os pigmentos vermelhos desaparecem. Colocar


3 gotas de amarelo em um copo e completar com água até a metade.

Despejar a metade deste copo em um segundo copo e completar com


água para obter 3 copos.

O que você vê?

6
INSTITUTO L’ÓREAL
Acabamos de simular o que ocorre dentro de um cabelo marrom quando
sofre o fenômeno de “clareamento”.

Já criamos as alturas dos tons. O que aconteceria se imitássemos o


clareamento?

Acabamos de ver que quando o cabelo clareia, perde primeiro os


pigmentos azuis.

• Cada fundo de clareamento corresponde a uma altura de tom do cabelo.

• Quanto mais pigmento sobra nos cabelos, mais o fundo de clareamento


é escuro.

• Os fundos de clareamento são cores quentes. As cores vão do verme-


lho ao amarelo. Existe, portanto, uma multiplicidade de amarelo e ver-
melho para os fundos de clareamento. Assim, decidimos por uma escala
com um número limite: 10.

• Cada fundo de clareamento tem um número e corresponde a uma cor.

Apresentamos a escala dos fundos de clareamento.

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


DINÂMICA - OS REFLEXOS
Prepare 3 copos com as cores primárias.

Misture as cores duas a duas e anote seus resultados.

+ =

+ =

+ =

Podemos também criar uma nova cor!


Ex: misture o laranja e o roxo e veja o resultado.

+ =
7
INSTITUTO L’ÓREAL
Anote o nome dos reflexos:

O acaju é feito a partir de cores frias e quentes (é uma mistura de roxo +


laranja) e por isso contém azul, vermelho e amarelo em diferentes pro-
porções. Sendo assim, é classificado nas duas categorias.

Os acinzentados, irisados e mates contêm azul, o que torna estes em


reflexos frios.

Estas cores absorvem a luz, o que cria um efeito ótico que faz a cor

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


parecer mais escura. A decalagem ótica chega até meio tom.

Já os reflexos quentes parecem mais claros, com o dourado mais particu-


larmente parecendo meio tom mais claro. Estas cores refletem a luz. Um
reflexo quente tem vermelho e amarelo na sua composição.

Novamente, o acaju tem um lugar de destaque em função da sua com-


posição, pois pode tanto ser quente como frio. Este marrom se mostra
de forma diferente de acordo com sua formulação e do fundo clareador
no qual é aplicado.

8
INSTITUTO L’ÓREAL
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - A NUMERAÇÃO

8,34

Altura de tom Reflexo principal Reflexo secundário


(1 a 10) (1 a 8) (1 a 8)

ATENÇÃO:

• O número 0 não é um reflexo, mas suaviza ou intensifica o reflexo que


o acompanha.

• O “0” colocado a frente do reflexo principal, suaviza o reflexo secundá-


rio - 8,03 natural dourado.

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


• Quando o reflexo é fornecido 2 vezes é chamado de profundo - 8,33
dourado profundo.

• O “0” colocado após o reflexo principal, intensifica o reflexo - 8,30


dourado intenso.

Escreva os nomes das nuances abaixo:

7,31
6,45
6,46
4,26
4,65
7,35
8,34
7,11
5,20
9,01
9
INSTITUTO L’ÓREAL
DINÂMICA - OS CABELOS BRANCOS
Que porcentagem de cabelos brancos você identifica?

Os cabelos brancos aparecem quando os melanócitos param de fa-


bricar os pigmentos. Portanto, o cabelo branco é um cabelo sem cor.
Sabemos que a idade tem uma influência sobre a produção dos mela-
nócitos e também que algum estresse súbito pode às vezes fazer surgir
os cabelos brancos.

É indispensável determinar a porcentagem de cabelos brancos da cliente,


tal como sua localização.

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


O resultado da cobertura da cor depende desta avaliação. Veremos
adiante a mistura exata necessária em função desta percentagem.

De fato, é necessário propiciar um fundo suficiente por meio de molé-


culas de cor no córtex do cabelo branco para recriar uma altura de tom.
Muitas vezes o cabelo branco tem uma textura diferente. Isto pode dei-
xá-lo resistente à coloração.

Uma aplicação perfeita requer todo cuidado. Será preciso começar a


aplicação de modo diferente em função da sua localização.”

Cobertura de brancos com INOA

Cobertura de brancos com Majirel

10
INSTITUTO L’ÓREAL
EXERCÍCIOS

1- MISTURA PARA CABELOS BRANCOS (INOA)

A. 50 % de cabelos brancos - nuance escolhida pela cliente 4,56

B. 30 % de cabelos brancos - nuance escolhida pela cliente 4,65

C. 80 % de cabelos brancos - nuance escolhida pela cliente 6,23

D. 0 % de cabelos brancos - nuance escolhida pela cliente 5,12

2- MISTURA PARA CABELOS BRANCOS (MAJIREL)

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


A. 70 % de cabelos brancos - nuance escolhida pela cliente 8,34

B. 80 % de cabelos brancos - nuance escolhida pela cliente 4,26

C. 10 % de cabelos brancos - nuance escolhida pela cliente 4,45

D. 100 % de cabelos brancos - nuance escolhida pela cliente 6,34

11
INSTITUTO L’ÓREAL
TIPOS DE COLORAÇÃO

1. COLORAÇÃO TEMPORÁRIA

Características:
• Atua sobre a superfície da fibra capilar (cutículas ou escamas);
• Os pigmentos são eliminados com as lavagens;
• Não clareia porque não possui amônia em sua composição nem utiliza
oxidante.
• Normalmente vem pronta para ser aplicada;
• Dissimula os cabelos brancos.

2. COLORAÇÃO TOM SOBRE TOM OU TONALIZANTE

Características:
• Atua na superfície dos pigmentos, tem uma ação suave na fibra capilar;
• Mantém a cor, escurece ou revela reflexos.
• Não clareia porque não possui amônia em sua composição;

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


• É utilizada com um revelador específico de baixa volumagem;
• Proporciona cobertura aos cabelos brancos (até 70%);
Ex.: DIARICHESSE, DIALIGHT

3. COLORAÇÃO DE OXIDAÇÃO OU PERMANENTE

Características:
• Atua no córtex, no interior da fibra capilar. Age
diretamente nos pigmentos naturais dos cabelos;
• Cobertura de até 100% dos cabelos brancos;
• Possui amônia ou MEA (monoetanolamina) em sua composição e é
utilizada com Oxidante Creme 20 ou 30 volumes, dependendo do clare-
amento desejado, ou 40 volumes para as colorações superclareadoras;
• Clareia de 2 a 3 tons ou até 4 tons e meio nas colorações supeclareadoras;
• Age clareando e colorindo os cabelos ao mesmo tempo;
• Necessita da ação combinada dos três elementos: o agente alcalino, o
oxidante e os precursores da cor.
Ex.: Majirel Incell / INOA

12
INSTITUTO L’ÓREAL
4. CLAREAMENTO (oxidação)

Características:
• Existem 2 tipos de clareamento: o clareamento natural e o clareamento
provocado.
• O oxigênio causa o clareamento.
• A umidade contida no ar/no vento também traz oxigênio além de faci-
litar o acesso ao interior do cabelo.
• Os raios solares aceleram o processo devido ao calor.
• O oxigênio ataca primeiro os pigmentos granulosos. O azul sendo mais
frágil praticamente desaparece e revela o vermelho que, à medida que
clareia progressivamente, revela o amarelo. Assim, são apenas as cores
quentes que permanecem nos cabelos no decorrer da oxidação.
• O clareamento provocado imita este processo com o oxigênio presente
nos oxidantes.

EXERCÍCIOS - OXIDANTES

A) Para que servem os seguintes oxidantes?

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


20V

30V

40V

B) O que acontece se o oxidante é muito fraco?

13
INSTITUTO L’ÓREAL
C) O que acontece se o oxidante é muito forte?

FUNDO DE CLAREAMENTO
Para obter um resultado de cor, é preciso sempre considerar os fundos
de clareamento.
No seguinte exercício, vamos nos concentrar em um único componente
da mistura: o oxidante. Vamos treinar calcular corretamente a altura de
tom que um oxidante pode propiciar a partir de uma base específica. A
resposta correta será então o número da altura de tom e sua correspon-
dente cor do fundo.

EXERCÍCIOS - FUNDO DE CLAREAMENTO


Escreva o fundo de clareamento obtido:

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


Ex.: Base natural + Oxidante
Fundo de clareamento

A) Base natural 3 + Oxidante 20 vol.

B) Base natural 7 + Oxidante 30 vol.

C) Base natural 3 + Oxidante 30 vol.

D) Base natural 6 + Oxidante 30 vol.

E) Base natural 7 + Oxidante 20 vol.

F) Base natural 5 + Oxidante 20 vol.

14
INSTITUTO L’ÓREAL
G) Base natural 4 + Oxidante 30 vol.

H) Base natural 6 + Oxidante 20 vol.

I) Base natural 2 + Oxidante 30 vol.

Às vezes, o fundo de clareamento se associa muito bem com a nuance


escolhida 6 obtendo-se a nuance desejada.
Ex.: para aplicar um 7,44, será preciso um fundo de clareamento alaran-
jado amarelo.

Base natural / Oxidante / Nuance aplicada


Resultado do fundo obtido

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


A) Base natural 4 / Oxidante 30 vol. / Nuance aplicada 7

B) Base natural 6 / Oxidante 20 vol. / Nuance aplicada 8

C) Base natural 6 / Oxidante 30 vol. / Nuance aplicada 9

D) Base natural 3 / Oxidante 30 vol. / Nuance aplicada 6

E) Base natural 5 / Oxidante 20 vol. / Nuance aplicada 7

F) Base natural 3 / Oxidante 20 vol. / Nuance aplicada 5

G) Base natural 2 / Oxidante 30 vol. / Nuance aplicada 5

15
INSTITUTO L’ÓREAL
NEUTRALIZAÇÃO

Às vezes o fundo de clareamento não se associa com a nuance escolhida.


Corre-se o risco de surgirem reflexos que a cliente não quer - é preciso,
então, NEUTRALIZAR. Portanto, é preciso eliminar um reflexo indesejado.
Eliminar um reflexo significa recriar um marrom.
Vamos recriar os marrons com a dinâmica a seguir?

DINÂMICA - NEUTRALIZAÇÃO
A partir das cores secundárias criadas ontem, reconstitua uma cor marrom.

+ + =

+ + =

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


+ + =

Se observarmos o círculo cromático a seguir, as cores opostas se neutralizam.


As nuances frias serão de auxílio na neutralização dos reflexos quentes ex-
cessivamente dominantes.

Neutralização

Base natural 4
MARROM

A cliente deseja uma altura de tom 6


mas não quer reflexos quentes.
AZUL

O que você pode aplicar? ROXO VERDE

VERMELHO AMARELO

ACAJU LARANJA

16
INSTITUTO L’ÓREAL
A coloração por oxidação clareia e, ao mesmo tempo colore.

Novos pigmentos são colocados sobre um fundo de clareamento e é pre-


ciso, portanto, considerar este clareamento inicial.

A L’Oréal produz nuances naturais chamadas de “fundamentais”. As nuan-


ces fundamentais são numeradas de 1 a 10 e são principalmente nuances
de cobertura, sem reflexos.

Reproduzem perfeitamente uma nuance natural ao serem aplicadas sobre


cabelos brancos. Por outro lado, uma fundamental aplicada sobre um fun-
do de clareamento será modificada por este fundo.

Uma fundamental aplicada sobre uma nuance natural propicia o acréscimo


da nuance aplicada + o fundo de clareamento obtido.

O RESULTADO DE UMA COLORAÇÃO = FUNDO DE CLAREAMENTO + NUANCE

EXERCÍCIOS - RESULTADO DA COR

A) Base natural 4 / Oxidante 20 vol. / Nuance aplicada 6,46

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


B) Base natural 5 / Oxidante 20 vol. / Nuance aplicada 7,3

C) Base natural 3 / Oxidante 30 vol. / Nuance aplicada 6,45

D) Base natural 5 / Oxidante 30 vol. / Nuance aplicada 8,3

E) Base natural 4 / Oxidante 20 vol. / Nuance aplicada 6,1

F) Base natural 4 / Oxidante 30 vol. / Nuance aplicada 7

G) Base natural 7 / Oxidante 20 vol. / Nuance aplicada 9,2

H) Base natural 2 / Oxidante 20 vol. / Nuance aplicada 4,65

17
INSTITUTO L’ÓREAL
Neste exercício, escolha uma nuance para revelar a nuance desejada.

EXERCÍCIOS - ESCOLHER UMA NUANCE

Ex.: Base natural / Nuance desejada


Solução: nuance e oxidante utilizados

A) Base natural 5 / Nuance desejada 7,35

B) Base natural 5 / Nuance desejada 8,34

C) Base natural 6 / Nuance desejada 9

D) Base natural 4 / Nuance desejada 6,46

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


E) Base natural 6 / Nuance desejada 9,3

F) Base natural 3 / Nuance desejada 6

18
SISTEMA CLÁSSICO DE COLORAÇÃO
COLORAÇÃO POR OXIDAÇÃO PERMANENTE

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1

19
INSTITUTO L’ÓREAL
INSTITUTO L’ÓREAL
REVISANDO

ALTURA DE TOM FUNDO DE


CLAREAMENTO
10. LOURO CLARÍSSIMO 10. AMARELO MUITO CLARO

9. LOURO MUITO CLARO 9. AMARELO CLARO

8. LOURO CLARO 8. AMARELO

7. LOURO 7. ALARANJADO AMARELO

6. LOURO ESCURO 6. ALARANJADO

5. CASTANHO CLARO 5. VERMELHO ALARANJADO

4. CASTANHO 4. VERMELHO

3. CASTANHO ESCURO 3. VERMELHO

2. CASTANHO ESCURÍSSIMO 2. VERMELHO

1. PRETO 1. VERMELHO

OS REFLEXOSETO

ACINZENTADO

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


IRISADO

DOURADO

ACOBREADO

ACAJU

VERMELHO

METALIZADO OU MATE

MARROM

A NUMERAÇÃO

8,34

Altura de tom Reflexo principal Reflexo secundário


(1 a 10) (1 a 8) (1 a 8)
20
INSTITUTO L’ÓREAL
MARROM

AZUL

ROXO VERDE

VERMELHO AMARELO

ACAJU LARANJA

10. LOURO CLARÍSSIMO 10. AMARELO MUITO CLARO

9. LOURO MUITO CLARO 9. AMARELO CLARO


,2 IRISADO
8. LOURO CLARO 8. AMARELO

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


7. LOURO 7. ALARANJADO AMARELO

6. LOURO ESCURO 6. ALARANJADO


,1 ACINZENTADO
5. CASTANHO CLARO 5. VERMELHO ALARANJADO

4. CASTANHO 4. VERMELHO

3. CASTANHO ESCURO 3. VERMELHO


,7 METALIZADO
2. CASTANHO ESCURÍSSIMO 2. VERMELHO

1. PRETO 1. VERMELHO

21
INSTITUTO L’ÓREAL
Teste seus conhecimentos

ALTURAS DE TOM

1. Um castanho é um:
( ) 5 ( ) 3 ()4

2. Um 7 é um:
( ) Louro ( ) Louro escuro ( ) Louro claro

3. Um louro claro é um:


( ) 10 ( ) 9 ()8

4. Um castanho claro contém mais pigmentos granulosos que um louro


claro.
( ) Verdadeiro ( ) Falso

5. Dê os números e os nomes dos castanhos naturais:

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


6. Dê os números e os nomes das tonalidades louras naturais:

MECANISMO DE DESCOLORAÇÃO

7. Quais são o pigmento e a cor que desaparecem no início da descoloração?

22
INSTITUTO L’ÓREAL
8. Qual é o fundo de clareamento quando descolorimos de 7 tons uma
base castanho escuríssimo?

9. Um oxidante creme é um produto que oxida os pigmentos do cabelo.

( ) Certo ( ) Errado

10. Qual destes três elementos é indispensável para o clareamento natu-


ral do cabelo?
( ) Sol ( ) Oxigênio do ar ( ) Umidade

11. Um oxidante creme de 20 volumes libera mais oxigênio que um creme


de 30 volumes.

( ) Certo ( ) Errado

FUNDOS DE CLAREAMENTO

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


12. O alaranjado corresponde a uma altura de tom de:
( ) 7 ( ) 6 ()5

13. Ao clarear uma base 5 (castanho claro) em 3 tons, qual é o fundo de


clareamento obtido?
( ) Amarelo claro ( ) Amarelo ( ) Alaranjado

14. Minha cliente deseja um castanho claro acaju. Qual é o fundo de cla-
reamento correspondente?
( ) Alaranjado ( ) Vermelho alaranjado ( ) Vermelho

15. Citar os fundos de clareamento correspondentes aos castanhos:

16. Qual é o fundo de clareamento obtido, quando se aplica sobre uma:


Base 4, com oxidante creme de 30 volumes =
Base 6, com oxidante creme de 30 volumes =
Base 6, com oxidante creme de 20 volumes =
23
INSTITUTO L’ÓREAL
Base 3, com oxidante creme de 30 volumes =
Base 6, com oxidante creme de 20 volumes =
Base 7, com oxidante creme de 20 volumes =
Base 4, com oxidante creme de 20 volumes =

MECANISMO DA COLORAÇÃO

17. A coloração de oxidação primeiro clareia e depois colore o cabelo:


( ) Certo ( ) Errado

18. É a sobreposição do fundo de clareamento com o produto de colora-


ção que dá o resultado final:
( ) Certo ( ) Errado

19. O produto de coloração, usado sozinho, permite clarear e colorir:


( ) Sim ( ) Não

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


20. O que acontece quando o tempo de pausa é reduzido? (2 respostas)
( ) Clareamento insuficiente.
( ) Os corantes não chegam a sua cor.
( ) O fundo de clareamento fica demasiado claro.

21. O que acontece quando se utiliza um oxidante creme forte demais?


(1 resposta)
( ) Acelera-se o processo de coloração.
( ) Obtém-se uma cor demasiadamente escura.
( ) Sensibiliza-se o cabelo inutilmente.

22. Qual será o resultado, se a quantidade de oxidante creme é duplicada?


( ) Obtemos um fundo de clareamento claro demais.
( ) A coloração não terá durabilidade.
( ) É necessário um tempo de pausa mais longo.

24
INSTITUTO L’ÓREAL
RESULTADOS

23. Que resultado é obtido, a partir de uma base 4, aplicando-se um oxi-


dante creme de 20 volumes?
( ) um 6 ( ) um 6 acobreado ( ) um 6 dourado acobreado

24. Que resultado é obtido, a partir de uma base 4, aplicando-se um


oxidante creme de 30 volumes?
( ) um 8 acobreado ( ) um 7 dourado ( ) um acobreado dourado

25. O que se obtém quando uma cor fundamental é aplicada sobre uma
base natural?

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


REFLEXOS

26. O que é um 4,56?


( ) Um castanho acaju levemente avermelhado.
( ) Um castanho escuro avermelhado acaju.
( ) Um acastanho acobreado acaju.

27. A que correspondem as seguintes nuances?

28. Entre os reflexos 3, 1, 4, 6, 2, 5 e 7, quais são os que lhe parecem:


½ tom mais escuro
½ tom mais claro

25
INSTITUTO L’ÓREAL
29. Qual o fundo de clareamento ideal para revelar um reflexo dourado?
( ) Vermelho ( ) Amarelo ( ) Alaranjado amarelo

30. Qual é o fundo de clareamento ideal para obter uma tonalidade acin-
zentada?
( ) Amarelo ( ) Alaranjado amarelo ( ) Amarelo muito claro

31. O que podemos fazer para neutralizar um fundo de clareamento mui-


to alaranjado?

CABELOS BRANCOS

32. Em altos percentuais de brancos posso utilizar somente a nuance de

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


reflexo? Por quê?

Dê exemplos de nuances de reflexos frios e quentes com INOA:

Dê exemplos de nuances de reflexos frios e quentes com Majirel:

33. Que oxidante creme você utiliza, no caso de uma grande porcenta-
gem de cabelos brancos?

26
INSTITUTO L’ÓREAL
34. Que solução você daria para uma cliente que tenha raízes 6, compri-
mentos 9.3 e deseja obter 8,34?

Raízes: Oxidante:
Comprimentos e pontas: Oxidante:
Aplicação no comprimento e pontas:
Tempo de pausa:

35. Como realizar a cobertura de brancos com INOA?


Definir em percentuais.

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


Como realizar a cobertura de brancos com Majirel?
Definir em percentuais.

27
INSTITUTO L’ÓREAL
INOA

36. O que permite a fusão do óleo + MEA + colorantes em INOA ODS?

37. Qual benefício que o Óleo Gel de INOA agrega à fibra capilar?

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1


38. Qual agente cosmético está presente no Oxidante RICO?

28
ANOTAÇÕES

COLORAÇÃO | MÓDULO 1 - COLORAÇÃO BÁSICA - COLOR KEYS 1

29
INSTITUTO L’ÓREAL
CURSO DE CABELEIREIRO

Coloração
MÓDULO 1 | Coloração Básica - Color Keys 1
MÓDULO 2 | Coloração Avançada - Color Keys 2
Coloração Avançada
Trabalhar com a coloração é ter a oportunidade de transformar, de valo-
rizar a beleza, de criar um novo acessório que acompanhe as tendências
da moda, de estilizar, de favorecer e destacar uma personalidade.

Ter em mãos a confiança de clientes, neste sentido, é fundamental para


que o profissional se destaque e seja reconhecido pelo mercado.

Hoje, com o alto percentual de mulheres com cabelos coloridos no mundo,


não se trata apenas de propor uma nova cor à mulher, mas também saber
como modificar a já existente. Neste módulo, vamos entender como pro-
por e realizar no salão, com toda segurança, qualquer modificação de cor:
mudar apenas um reflexo, escurecer ou clarear, dominar os efeitos espe-
ciais; tantas técnicas acessíveis, criativas e comerciais para que o serviço
mudança de cor se torne um serviço cotidiano, criativo e rentável.

Este módulo constitui o estágio profissional necessário para desenvol-


ver um serviço de coloração de qualidade nos salões, conduzir você à
excelência na sua profissão de colorista e fazer valer a diferença.
INSTITUTO L’ÓREAL
Objetivos
ESTAREI PREPARADO PARA:

SUGERIR
INSPIRAR confiança em minha cliente, enquanto falo sobre mudança de cor.

EXECUTAR
ANALISAR E AVALIAR os estudos de casos com mudança de cor.

VALORIZAR
DESENVOLVER novas habilidades em mudança de cor.

MUDAR A COR - COMO?

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


Todo profissional colorista apoia e estimula o desejo de suas clientes de
mudar a cor dos cabelos para acompanhar as tendências da moda ou até
mesmo para caracterizar um estilo com looks diferenciados.
Por isso este módulo apresenta as etapas e os recursos necessários para
que o serviço de mudança de cor não se transforme em uma aventura
com consequências inesperadas.

32
INSTITUTO L’ÓREAL
PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA REALIZAR
UMA MUDANÇA DE COR :

VAMOS REVISAR?

ALTURA DE TOM FUNDO DE NEUTRALIZAÇÃO


CLAREAMENTO
10. LOURO CLARÍSSIMO 10. AMARELO MUITO CLARO ,2 irisado

9. LOURO MUITO CLARO 9. AMARELO CLARO ,2 irisado

8. LOURO CLARO 8. AMARELO ,2 irisado

7. LOURO 7. ALARANJADO AMARELO ,1 acinzentado / ,2 irisado

6. LOURO ESCURO 6. ALARANJADO ,1 acinzentado

5. CASTANHO CLARO 5. VERMELHO ALARANJADO ,7 metalizado / ,1 acinzentado

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


4. CASTANHO 4. VERMELHO ,7 metalizado

3. CASTANHO ESCURO 3. VERMELHO ,7 metalizado

2. CASTANHO ESCURÍSSIMO 2. VERMELHO ,7 metalizado

1. PRETO 1. VERMELHO ,7 metalizado

MARROM
+ =
AZUL

ROXO VERDE
+ =

Azul
+ =
VERMELHO AMARELO ,1 acinzentado

ACAJU LARANJA

Violeta Verde
,2 Irisado ,7 metalizado

LEMBRE-SE: o marrom tem


Vermelho Amarelo
sempre um lugar especial. ,6 vermelho ,3 dourado

De acordo com o fundo de


clareamento, você pode
neutralizar, usando outras
Laranja
tonalidades.
33
,4 acobreado
INSTITUTO L’ÓREAL
AGENTE ALCALINO (AMÔNIA OU MEA):
• Dilata a fibra capilar, permitindo abertura das cutículas;
• Libera o oxigênio contido nos oxidantes.

OXIDANTE:
20 volumes 30 volumes
• Cobre cabelos brancos; • Proporciona até 3 tons de clareamento.
• Escurece os cabelos;
40 volumes
• Proporciona até 2 tons
de clareamento. • Clareia de 4 à 4 1/2 tons;
• Usado somente com as colorações su-
per clareadoras.

CORANTES:
São moléculas incolores que, através de um processo de oxidação, trans-
formam-se em moléculas coloridas.

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


TIPOS DE COLORAÇÃO:

TEMPORÁRIA
• Age sobre a superfície da fibra capilar ( cutículas);
• Os pigmentos são eliminados com as lavagens;
• Não possui amônia nem oxidantes, vem pronta para ser aplicada;
• Dissimula os cabelos brancos.

TOM SOBRE TOM


• Age na superfície dos pigmentos;
• Não contém amônia;
• É utilizado com um revelador de baixa volumagem;
• Proporciona cobertura em transparência aos cabelos brancos (até 70%).
Ex: DIALIGHT e DIARICHESSE

COLORAÇÃO PERMANENTE
• Age no córtex, diretamente nos pigmentos naturais do cabelo;
• Cobertura de 100% dos brancos;
• Possui agente alcalino;
• Utilizada com oxidantes, clareia e colore ao mesmo tempo.
34
INSTITUTO L’ÓREAL
RESPONDA

1. Qual a altura de tom de um cabelo castanho?

2. O 7 é um?

3. Qual a altura de tom encontrada se clarearmos um castanho (4) em 6 tons?

4 O que é absolutamente necessário para clarear o cabelo?

5. Qual o fundo de clareamento atingido em um clareamento de cabelos 5


(castanho claro) em 3 tons?

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


6. Qual o fundo de clareamento dos castanhos (2 a 4)?

7. Minha cliente deseja a cor castanho claro. Qual o fundo de clareamento


correspondente?

8. O que acontece se reduzirmos o tempo de ação da coloração?

9. Qual resultado terei se dobrar a quantidade de oxidante numa coloração?

10. Qual o resultado obtido se aplicarmos oxidante 30 volumes em uma base 4?

11. Qual cor corresponde ao 6,32?

12. Como você neutraliza um fundo de clareamento muito alaranjado?

35
INSTITUTO L’ÓREAL
13. Qual o resultado obtido em um cabelo natural, quando aplicamos uma
fundamental?

14. Qual o fundo de clareamento do 4 (castanho)?

15. Qual a cor correspondente ao 4,20?

16. Qual o reflexo que se revela de maneira ideal quando temos um fundo
de clareamento amarelo?

17. Como você neutraliza um fundo de clareamento muito amarelo?

18. Qual o fundo de clareamento ideal para conseguir um REFLEXO


acinzentado?

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


19. Qual o oxidante você deve usar, se sua cliente tiver uma grande
porcentagem de brancos?

AS 4 ETAPAS ESSENCIAIS A SEGUIR PARA UMA MU-


DANÇA DE COR:

1. O QUE A CLIENTE QUER? ouvir é primordial

2. O QUE VOCÊ VÊ? analisar o cabelo

avaliar as possibilidades baseadas no


3. O QUE VOCÊ ESCOLHE? que você vê e no que sua cliente quer

4. O QUE VOCÊ DIZ? apresentar sua sugestão à cliente

36
INSTITUTO L’ÓREAL
DIAGNÓSTICO E SOLUÇÃO TÉCNICA

1. O DESEJO DA CLIENTE QUER? “O que ela quer?”

2. HISTÓRICO DO CABELO - “O que eu vejo?”

Base natural
% de cabelos brancos
Tamanho do crescimento
Altura de tom Comprimento:
Pontas:
Reflexo Comprimento:
Pontas:
Sensibilidade do cabelo
Nuance escolhida
Compatibilidade dos reflexos
Fundo de clareamento ideal

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


3. OPÇÕES TÉCNICAS - “O que eu escolho?”

Para escurecer o cabelo (Color In)


( ) Aplicação imediata
( ) Subida de cor / Majirel
( ) Subida de cor / INOA
( ) Pré-pigmentação / Majirel
( ) Pré-Pigmentação / INOA

Para clarear o cabelo (Color Out)


( ) Limpeza de cor
( ) Limpeza de cor + decapagem

Outros
( ) Mordançagem
( ) Mudança de reflexo
( ) Regras dos cabelos brancos

4. PROCEDIMENTOS - “O que eu digo?”

*É fundamental explicar à cliente, a sequência dos procedimentos que serão realizados.


37
INSTITUTO L’ÓREAL
1. O que a cliente quer
São 3 as situações possíveis:

ELA QUER MANTER SUA COLORAÇÃO.


Neste caso, use sua “expertise” para executar o trabalho, é importante que
seja você quem vai sugerir uma mudança, então não hesite em dizer que
há outras colorações possíveis, se ela quiser.

ELA TEM UMA IDÉIA ESPECÍFICA DO QUE QUER.


Nesse caso, é essencial fazer com que ela diga exatamente o que quer,
para ter certeza que vocês estão pensando a mesma coisa, e concluir a
sua meta.

ELA NÃO SABE O QUE REALMENTE QUER.

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


A melhor solução é mostrar fotografias, para que ela possa dizer o que
gostou e o que não gostou. Não tenha medo de dar sugestões e não ex-
clua uma mudança na coloração. Esta pode ser a hora certa para ela fazer
uma mudança.

38
INSTITUTO L’ÓREAL
2. O que eu vejo
HÁ O QUE VOCÊ VÊ E O QUE VOCÊ NÃO VÊ
Pergunte e ouça com atenção.
• Você deve se informar quanto aos serviços
realizados anteriormente.
• Fazer as perguntas certas.

OBSERVE
• Altura de Tom das Raizes
• Altura de Tom do comprimento e pontas
• % de cabelos brancos
• Compatibilidade de reflexos

3. O que eu escolho

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


DE ACORDO COM CADA CASO
Para seguir para o 3º passo e selecionar a técnica certa, há uma pergunta
importante que você tem que fazer:

Os reflexos são compatíveis?


• Se for sim, então escolha a técnica simples de aplicação imediata (raiz,
comprimento e pontas).
• Se for não, você terá que escolher a limpeza de cor.

39
INSTITUTO L’ÓREAL
TODA MUDANÇA REQUER ANÁLISE E PROCEDIMENTOS.
Para uma mudança de reflexo, por exemplo, é importante saber se existe
compatibilidade.

EXERCÍCIO

OS REFLEXOS SÃO COMPATÍVEIS?

REFLEXO ORIGINAL REFLEXO DESEJADO SIM NÃO

Acobreadoado ,4 Vermelho ,6

Metalizado ,7 Dourado ,3

Acobreado ,4 Acaju ,5

Acinzentado ,1 Dourado ,3

Irisado ,2 Vermelho ,6

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


Vermelho ,6 Acaju ,5

Acobreado ,4 Dourado ,3

Vermelho ,6 Irisado ,2

Acinzentado ,1 Vermelho ,6

Acaju ,5 Dourado ,3

Irisado ,2 Acobreado ,4

Acinzentado ,1 Acaju ,5

Dourado ,3 Acaju ,5

Acobreado ,4 Acinzentado ,1

Acaju ,5 Vermelho ,6

Vermelho ,6 Dourado ,3

40
INSTITUTO L’ÓREAL
AMBOS OS REFLEXOS SÃO COMPATÍVEIS ?

REFLEXO ORIGINAL REFLEXO DESEJADO COMPATÍVEL INCOMPATÍVEL

8.13 8.34

6.1 6.45

6.34 6.46

5.64 5.52

7.13 7.43

7.43 7.13

5.4 5.45

REFLEXOS COMPATÍVEIS

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


Reflexos compatíveis e coloração quase sem ALTERAÇÃO.
Aplicar a coloração no comprimento e pontas, faltando 5 minutos para
terminar o tempo de ação total = 35 minutos.

Reflexos compatíveis e coloração MODERADAMENTE alterada.

Aplicar a coloração no comprimento e pontas, faltando 15 minutos para


terminar o tempo de ação total = 35 minutos.

Reflexos compatíveis e Coloração MUITO alterada - Mudança de cor.


Aplicação imediata com oxidante de 20 volumes.

Aplicação com DIALIGHT ou DIARICHESSE (COLOR MATCHING).


Aplicar com a cor combinada, faltando 20 minutos para terminar o tempo
de ação total (oxidação) = 35 minutos

41
INSTITUTO L’ÓREAL
ESTUDOS DE CASOS 1

CASO 1.1

6,46

6,4
Passo
a
Passo

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


REFLEXOS IMCOMPATÍVEIS
Fazer limpeza de cor.

CASO 1.2

6,46

6,23
Passo
a
Passo

42
INSTITUTO L’ÓREAL
4. O que eu digo

DESMISTIFIQUE O SERVIÇO, FAÇA SUA CLIENTE SE SENTIR CONFIANTE


Explique porque você precisa fazer a limpeza de cor baseado na cor
escolhida.
• Para conseguir o tom que quer, vou ter que limpar seu cabelo do ex-

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


cesso de pigmentação.
• É um processo de duas etapas e portanto leva mais tempo, mas verá
que os resultados serão exatamente o que está procurando.
• Porque os pigmentos se acumularam nos seus fios de cabelo causando
um excesso de coloração e antes de aplicar a tonalidade que você quer,
terei que fazer limpeza de cor no seu cabelo.
É uma técnica de duas etapas.
1- Primeiro eu vou limpar o reflexo existente.
2- Depois vou aplicar a tonalidade que você quer.

FALE SOBRE TEMPO E VALORES


Explique, por exemplo, que o tom frio da sua cor antiga vai impedir que
o cabelo fique com o belo tom quente que você escolheu.
Então, eu preciso fazer um serviço adicional chamado de limpeza de cor
que só pode ser feito em um salão de cabeleireiro:
• Vamos limpar a antiga coloração do seu cabelo com uma mistura suave;
• Faremos um tratamento para reestruturar a fibra;
• Aplicaremos o tom escolhido, que vai realçar perfeitamente;
• E como é um serviço com várias etapas, é um pouco mais demorado do
que uma coloração normal, mas o resultado é perfeito.
43
INSTITUTO L’ÓREAL
CASO 1.3

7,43
5+20%
cabelos
brancos

7,3
Passo
a
Passo

CASO 1.4

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


6,45

6,13
Passo
a
Passo

44
CASO 1.5

CASO 1.6

6
6

5,52

6,34
7,35
4,56

a
a

Passo
Passo
Passo
Passo

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2

45
INSTITUTO L’ÓREAL
INSTITUTO L’ÓREAL
E QUANDO A CLIENTE QUER UMA COR MAIS CLARA, O
QUE EU ESCOLHO?

Para se obter uma cor mais clara, é importante conhecer os fundos de


clareamento.

ALTURA DE TOM FUNDO DE


CLAREAMENTO
10. LOURO CLARÍSSIMO 10. AMARELO MUITO CLARO

9. LOURO MUITO CLARO 9. AMARELO CLARO

8. LOURO CLARO 8. AMARELO

7. LOURO 7. ALARANJADO AMARELO

6. LOURO ESCURO 6. ALARANJADO

5. CASTANHO CLARO 5. VERMELHO ALARANJADO

4. CASTANHO 4. VERMELHO

3. CASTANHO ESCURO 3. VERMELHO

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


2. CASTANHO ESCURÍSSIMO 2. VERMELHO

1. PRETO 1. VERMELHO

NOTA
Quando for mudar a altura de tom de um cabelo já colorido, devemos
pensar no fundo de clareamento que devemos alcançar para se obter a
nuance desejada.
Só conseguiremos a coloração desejada se for aplicada sobre um fundo
de clareamento que combine.

Exemplo:
• Se eu desejo uma nuance com reflexo quente, devo alcançar o fundo
de clareamento da altura de tom da nuance desejada;
• Se eu desejo uma nuance com reflexo irisado ou metalizado ( ,2 ou ,7),
devo alcançar o fundo de clareamento da altura de tom um tom mais
claro do que a nuance desejada;
• Se eu desejo uma nuance com reflexo acinzentado, devo alcançar o
fundo de clareamento da altura de tom dois tons mais claros do que a
nuance desejada;
46
INSTITUTO L’ÓREAL
EXERCÍCIO

QUAL O FUNDO DE CLAREAMENTO IDEAL ?

Cor dos cabelos: 7,43


Desejo: 10
Fundo de Clareamento:

Cor dos cabelos: 5,56


Desejo: 8,34
Fundo de Clareamento:

Cor dos cabelos: 5,35


Desejo: 6,23
Fundo de Clareamento:

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


Cor dos cabelos: 4,56
Desejo: 6,07
Fundo de Clareamento:

Cor dos cabelos: 6,34


Desejo: 7,1
Fundo de Clareamento:

Cor dos cabelos: 7,4


Desejo: 8,1
Fundo de Clareamento:

Para se obter uma cor mais clara, a partir do fundo de clareamento ideal,
existem procedimentos imprescindíveis: Limpeza de cor e Decapagem.

Como fazer?

47
INSTITUTO L’ÓREAL
LIMPEZA DE COR
Ajuda a conseguir o fundo ideal
• Limpeza de Cor = 1 sachê de Efassor + 60 ml de água quente
(até 20 minutos).

LIMPEZA PROFUNDA (DECAPAGEM)


Decapagem = 1 sachê de Efassor + 75ml. de oxidante 20 ou 30 vol.
• Tempo de Pausa até 60 minutos (no máximo).

Para “LIMPEZA DE COR” você necessitará de Efassor, assim como para


a decapagem.

ATENÇÃO: A limpeza de cor é um serviço muito profissional, já que você


tem que calcular o tempo de ação monitorando o progresso do serviço
e observando bem quando chegar a um fundo ideal.

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


LIMPEZA DE COR = Limpeza Suave

DECAPAGEM = Limpeza Profunda

ESTUDOS DE CASOS 2 - A cliente quer uma cor mais clara

CASO 2.1

8,34

5,4
Passo
a
Passo

48
INSTITUTO L’ÓREAL
ESTUDOS DE CASOS 3 - A cliente quer uma cor mais clara

CASO 3.1

7,43

6+80%

6,23
Passo
a
Passo

CASO 3.2

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


7,35

5,31
Passo
a
Passo

49
INSTITUTO L’ÓREAL
Revisão
CLIENTE QUE QUER MUDAR A COLORAÇÃO
• Uma coloração (nuance) é a soma de uma altura de Tom e um reflexo
de cor.
• Mudar a coloração do cabelo pode significar mudar a altura de tom e
o reflexo.
• Já se sabe como conseguir um tom mais claro usando o processo “Lim-
peza de Cor e Decapagem”.
• Para outra situação, a cliente quer conseguir um tom mais escuro.
• Mudar para uma coloração mais escura é muito comum com as mulheres.
• Algumas clientes querem retornar ao visual natural, especialmente de-
pois da “era de mechas” e, por conseguinte tenta reaver sua cor natural.
• Nesse caso, quando for trocar a altura de tom , tem que se considerar
o fundo de clareamento cuidadosamente.

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2

50
INSTITUTO L’ÓREAL
Escurecendo um Cabelo
QUANTOS TONS?
• 1 tom - APLICAÇÃO IMEDIATA
• 2 a 3 tons - COLORAÇÃO EM 1 PASSO (Subida de Cor)
• + de 3 tons - COLORAÇÃO EM 2 PASSOS (Pré-Pigmentação)

Uma coloração permanente só se revelará corretamente e será duradou-


ra com o fundo de clareamento adequado.

COLORAÇÃO

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


ALTURA DE TOM
+ REFLEXO

RESULTADO
DA
COLORAÇÃO
=
NUANCE APLICADA

+
FUNDO DE CLAREAMENTO

51
INSTITUTO L’ÓREAL
EXERCÍCIO

QUAL O FUNDO DE CLAREAMENTO IDEAL ?

Cor dos cabelos: 6,34


Desejo: 4,56
Fundo de Clareamento:

Cor dos cabelos: 9,3


Desejo: 7,43
Fundo de Clareamento:

Cor dos cabelos: 8,1


Desejo: 6,34
Fundo de Clareamento:

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


Cor dos cabelos: 7,43
Desejo: 5,56
Fundo de Clareamento:

Cor dos cabelos: 10


Desejo: 8,34
Fundo de Clareamento:

Cor dos cabelos: 9,13


Desejo: 5,35
Fundo de Clareamento:

52
INSTITUTO L’ÓREAL
EXERCÍCIO

Quando a cliente deseja escurecer os cabelos de 2 a 3 tons qual é o ser-


viço indicado?
( ) Subida de cor ( ) Pré Pigmentação

Subida de cor (coloração em 1 passo - Majirel)


• Aplique a nuance desejada na raiz.
• Escolha uma nuance de subida de cor (escolha uma nuance do quadro
de subida de cor).
• Acrescente 3 a 6 cm desta nuance à nuance restante.
• Acrescente 5ml de água morna.
• Aplique imediatamente e deixe pausar 35 minutos.

Com INOA - Pré-pigmentação em 1 etapa (para escurecer 2 a 3 tons)


• Escolha a nuance para a raiz com o oxidante específico.

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


• Escolha a nuance escolhida + uma nuance dourada (,3) um tom mais
escuro, em partes iguais.
• Aplique imediatamente no comprimento e pontas.

Pré-pigmentação ( coloração em 2 passos - Majirel)


• Escolha a nuance de pré-pigmentação
• Coloque 10 cm desta nuance em um recipiente
• Acrescente 15 ml de água morna
• Aplique uma fina camada nas áreas sensibilizadas, não enxague.
• Aplique a nuance nas raizes e imediatamente no comprimento e pontas.

Com INOA - Pré-pigmentação em 2 etapas (para escurecer 3 ou mais tons)


• Comece pelas áreas que deseja escurecer (escolha uma nuance do qua-
dro de pré pigmentação, prepare com oxidante de 20 vol.).
• Aplique a coloração, pause de 10 à 30 minutos, até que o fundo de cla-
reamento ideal seja alcançado.
• Lave com INOA Post, enxaque e seque completamente.
• Aplique a nuance desejada nas raizes e imediatamente no comprimento
e pontas.

53
INSTITUTO L’ÓREAL
NUANCES PARA ESCURECER 2 A 3 TONS E MAIS DE 3 TONS COM
INOA E MAJIREL

INOA
NUANCES DE MAJIREL
ALTURA PRÉ-PIGMENTAÇÃO ALTURA
NUANCES QUE
DE TOM DE TOM
VOCÊ PODE USAR
ETAPA 1 ETAPA 2

9 8,3 8,3 9 8,3

8 7,3 8.3 | 8,34 8 8.3

7 6,3 7,43 | 7,4 7 7,4

6 5,3 6,46 | 6,64 6 6,46 | 6,64*

5 4,3 5,4 5 5,4

4 - 5,4 4 5,4
* Tons Majirouge

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


COLOR MATCHING

QUAL É O PRINCÍPIO?
É obter através de um produto de coloração diferente, a mesma tonali-
dade que foi utilizada nas raízes... Mas com uma tecnologia mais suave.
A cobertura poderá ser feita com respeito à fibra, por causa da quali-
dade cosmética DIALIGHT, por sua tecnologia ácida e por você poder
utilizar reveladores de 6 ou 9 volumes.

VOCÊ PODERÁ USAR PARA:


• Escurecer até 2 tons substituindo as técnicas de 1 ou 2 etapas.
• Para complementar a cobertura das nuances de INOA ou Majirel

POR QUÊ?
Porque no comprimento e pontas DIALIGHT pode ir além:
N°1. Reveladores de 6 ou 9 volumes são mais suaves e proporcionam
maior respeito à fibra durante a aplicação;
N°2. Alta porosidade proporciona uma absorção mais eficiente dos co-
rantes devido a tecnologia ácida de DIALIGHT;
N°3. Agentes de reflexos proporcionam um brilho indiscutível.

54
INSTITUTO L’ÓREAL
APLICAÇÃO DE COLOR MATCHING

NA RAIZ NO COMPRIMENTO E PONTAS, DIALIGHT


Você vai escolher Com revelador específico 6 vol - cabelos sensibilizados.
INOA + Oxidante rico
ou Majirel + Oxidante Creme. Com revelador específico 9 vol - cabelos ligeiramente
sensibilizados.

Aplicar DIALIGHT, 20 minutos antes do final do tempo


de pausa de INOA ou Majirel.

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


20 ou 30 volumes

Raiz Comprimento e Ponta

35 min. 20 min.

DICA: A técnica de COLOR MATCHING executada corretamente para es-


curecer no máximo até 2 tons.
• Em alguns casos, o uso de Clear pode ser muito útil, se você quiser au-
mentar a translucidez de qualquer tom.
Por exemplo, se você quiser garantir a translucidez de uma nuance escu-
ra- você pode misturar Clear com as relações ½ ½ ou ​¾ ¼.

55
INSTITUTO L’ÓREAL
ESTUDOS DE CASOS 4 - Subida de cor e Color Matching

CASO 4.1

6,34
desbotado
Passo
a
Passo

CASO 4.2

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


7,4

8,3
Passo
a
Passo

56
CASO 4.3

CASO 4.4

6+80%

7,13
7,31

9,13
7,3
5,31

a
a

Passo
Passo
Passo
Passo

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2

57
INSTITUTO L’ÓREAL
INSTITUTO L’ÓREAL
ESTUDOS DE CASOS 5

CASO 5.1

7,43
6

7,3

10
Passo
a
Passo

CASO 5.2

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


6,46
5+30%

6,34

9,2
Passo
a
Passo

58
INSTITUTO L’ÓREAL
CASO 5.3

4,56
5

5,56

8,3
Passo
a
Passo

CASO 5.4

5,35
4

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


8,13

8,3
Passo
a
Passo

CASO 5.5

4,56
7

4,56

7,34
Passo
a
Passo

59
INSTITUTO L’ÓREAL
MORDANÇAGEM
Para que se obtenha um look uniforme em um cabelo natural, que nunca
foi colorido, algumas técnicas de aplicação são importantes, tais como:
• Aplicação de coloração em cabelos naturais, pela primeira vez;
• Aplicação de coloração em raizes crescidas (acima de 1 cm).
Para estes casos, a MORDANÇAGEM é o procedimento mais adequado.

APLICAÇÃO EM CABELOS NÃO COLORIDOS: NATURAIS

2º PASSO 1º PASSO

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


1º Passo
Aplicar a nuance escolhida com oxidante de 20 ou 30 volumes no com-
primento e pontas, afastando 1 cm da raiz. Se for utilizar oxidante de 20
vol., aplicar no comprimento e pontas , pausar 10 minutos.

2º Passo
Em seguida aplicar a mesma mistura na raiz, pausando 35 minutos.
NOTA: Caso utilize oxidante de 30 volumes , aplicar no comprimento e
pontas e , imediatamente após esta aplicação, preparar outra mistura
para as raizes , com oxidante de 20 vol, pausando 35 minutos.

60
INSTITUTO L’ÓREAL
APLICAÇÃO EM RAIZES LONGAS

2º PASSO 1º PASSO 3º PASSO

35min.

1º Passo
Aplicar afastando 1 cm do couro cabeludo entre raiz e comprimento, já
colorido anteriormente.

2º Passo
Aplicar a coloração nas raízes.

COLORAÇÃO | MÓDULO 2 - COLORAÇÃO AVANÇADA - COLOR KEYS 2


3º Passo
Aplicar a coloração no comprimento e pontas e pausar 35 minutos.

Agora você já é capaz de concluir um diagnóstico apropriado aos ca-


belos, mudar o reflexo ou a altura de tom e colorir um cabelo natural.

61
CURSO DE CABELEIREIRO

Mechas e Forma
MÓDULO 1 | Mechas
MÓDULO 2 | Forma e Textura
MÓDULO 3 | Cabelos Cacheados
Mechas
Quando se fala em mechas, luzes, balayages, etc... pensamos
sempre em algo que ilumina e valoriza o visual. São técnicas
que proporcionam leveza ao penteado, realçam a cor dos
olhos e da pele e que, acima de tudo, personalizam o corte.

No que diz respeito ao profissional, o serviço de mechas


complementa e personaliza o look. É como colocar em cada
cabelo a sua assinatura. Além disso, o profissional poderá
ser reconhecido por sua capacidade criativa e técnica, trans-
formando cada visual em uma experiência única.

Capítulo 1 | O que é o serviço de mechas?


Capítulo 2 | Técnicas e Definições
Capítulo 3 | Os pilares das mechas
Capítulo 4 | Técnicas de aplicação
Capítulo 5 | Diagnóstico
Capítulo 6 | Passo a passo do serviço de mechas
Capítulo 7 | Propostas para personalizar o serviço
Capítulo 8 | Como propor o serviço de mechas
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

1
O que é o serviço de mechas?

É um serviço de descoloração ou coloração parcial dos fios. Proporciona


uma mudança sutil ou radical do visual, personalizando a cor e o corte.

Para sugerir as técnicas de mechas, é necessário que o profissional tenha


sensibilidade e conheça o perfil de cada cliente. Somente desta forma
conseguirá um resultado personalizado que satisfaça as expectativas.

As mechas fizeram sua aparição nos anos 60 e, desde então, L’Oréal


nunca parou de oferecer produtos e materiais, constantemente aprimo-
rados, para propiciar resultados sempre mais profissionais.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS

4
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

2
Técnicas e Definições
LUZES
Utiliza-se esta técnica para iluminar
sutilmente os cabelos, sem mudar
completamente a cor dos cabelos. São
mechas muito finas, distribuídas por
todos os cabelos e com clareamento
em torno de 2 ou 3 tons.

REFLEXO
Semelhante à técnica de “Luzes”,
porém com mechas mais espessas
e com maior clareamento para pro-
porcionar melhor visualização dos
contrastes.

REFLEXO COM PAPEL MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS

Técnica realizada para clientes com


cabelos em tom escuro e que desejam
um resultado de reflexo bem mais cla-
ro e com maior contraste, com mechas
distribuídas de maneira uniforme ou
em pontos localizados para evidenciar
o movimento do corte. Recomenda-se,
para esta técnica, não utilizar oxidante
comvolumagem superior a 30.

5
INSTITUTO L’ÓREAL
AO AR LIVRE
É uma técnica prática, de fácil aplica-
ção e para resultados mais naturais.
Mas, para estas técnicas, é imprescin-
dível que se domine o conhecimento
sobre os produtos apropriados e o
gestual adequado.

Nesta técnica é possível utilizar oxi-


dantes de até 40 volumes. Materiais:
plaquete, pente, pincel etc.

TOUCA
É uma técnica pouco utilizada atual-
mente. É pouco estética e dolorosa.
Materiais: Touca de plástico, ou silico-
ne, e agulha de crochê.

BALAYAGE
Na verdade o termo balayage deveria

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS


estar mais ligado à técnica e ao ges-
tual de como fazer as mechas do que
propriamente ao resultado obtido. A
palavra balayage é originada do verbo
“varrer” (Balayer em francês). Ex.: apli-
cação do descolorante nos cabelos
com o pente ou pincel (como se esti-
vesse varrendo), com ou sem o apoio
da plaquete.

É uma técnica que pode oferecer um resultado de mechas mais claras,


tom sobre tom, distribuídas no topo da cabeça ou apenas para iluminar
a cor e o corte.

6
INSTITUTO L’ÓREAL
MARMORIZAÇÃO
É um trabalho simultâneo das técnicas
de coloração e de mechas. É indicado
para a personalização da coloração,
para a criação de visuais diferencia-
dos. Consiste em realizar as mechas no
topo da cabeça, ou apenas nas pontas
dos cabelos, durante o tempo de ação
da coloração. No momento do enxá-
gue, pode-se aproveitar a coloração
para matizar as mechas.

NEUTRALIZAÇÃO | MATIZAÇÃO
OU TONALIZAÇÃO DAS MECHAS
Trata-se de técnicas indispensáveis, tanto no dia do serviço de mechas
quanto alguns dias depois.

A neutralização tem a função de fugir de reflexos indesejáveis, almejan-


do obter-se a naturalidade (beges, marrons). Ela pode ser desnecessária
caso o resultado de cor das mechas seja o desejado.

A tonalização é indicada quando se deseja dar cor às mechas. Normal-


mente é necessário alcançar um fundo de clareamento compatível para
a aplicação da cor desejada.

Ex.:
Desejo - mechas acobreadas | Fundo de clareamento ideal - alaranjado.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS

7
INSTITUTO L’ÓREAL
• Para esta técnica, o conhecimento dos fundos de clareamento é im-
prescindível.
• Sabemos que a revelação da cor aplicada dependerá do fundo alcan-
çado. Por isso, é super importante chegar ao fundo de clareamento ideal
para a revelação da cor desejada.
• Recomendam-se tonalizantes para a tonalização das mechas.
• O conhecimento da colorimetria facilitará a determinação da cor a ser
aplicada, em função do diagnóstico realizado.

ESTRELA DA COLORIMETRIA
Observe os reflexos complementares já estudados na estrela da colori-
metria.

MARROM

AZUL

ROXO VERDE

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS

VERMELHO AMARELO

ACAJU LARANJA

8
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

3
Os pilares das mechas
PRODUTOS
L’Oréal Professionnel dispõe de uma variedade de produtos, para o ser-
viço de mechas coloridas e descoloridas, com tecnologias criadas espe-
cialmente para respeitar a beleza e a saúde dos cabelos.

GESTUAIS
É a mecânica de movimentos do profissional para a realização dos ser-
viços de mechas, associada às ferramentas técnicas, aos produtos e aos
objetivos da técnica aplicada.
• Tricotagem (mechas selecionadas)
• Véu (transparência)
• Eriçado

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS


TRICOTAGEM

1. Separe uma mecha em transparência


2. Selecione as mechas em zigue- zague com a ponta do cabo do pente.
3. Com os dedos polegar e indicador, levante as mechas selecionadas
que estão sobre o cabo do pente.
4. Em seguida, afaste as mechas que sobraram para baixo.
5. Pegue as mechas selecionadas sobre a mão e verifi-
que se estão finas e regulares.
6. Estas mechas que serão cobertas pelo produto.

9
INSTITUTO L’ÓREAL
Observações:
• Durante a tricotagem, a cliente não deve sentir o cabo do pente no seu
couro cabeludo.
• Não force o cabo do pente muito profundamente nos cabelos.
• A tricotagem se faz sobre a parte superior das separações.

VÉU / TRANSPARÊNCIA

1. Retire uma mecha muito fina com a ponta do cabo do


pente (em linha reta e não em ziguezague) sobre todo o
comprimento da separação, como se fosse um véu.
OBS: podemos também separar o véu na diagonal para
evitar marcações.

ERIÇADO

1. Separe uma mecha de meio cm de espessura em transparência e segu-


re próximo a ponta.
2. Com o pente, arraste levemente os fios soltos das pontas em direção
à raiz.
3. Com o pincel aplique “varrendo” o produto sobre os fios para não mar-
car o cabelo.
Dica: para controlar a quantidade de fios eriçados, basta escolher onde

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS


começar o eriçamento (pontas, médio comprimento ou próximo à raiz).
Quanto mais próximo das pontas, mais fios serão eriçados.

10
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

4
Técnicas de aplicação
FERRAMENTAS NECESSÁRIAS
Dependendo da técnica a ser utilizada, podem ser necessários os se-
guintes materiais:
• Pente com cabo • Pincéis
• Algodão • Luvas
• Plaquete • Pinças
• Papéis variados • Timer
• Filme plástico • Capas
• Toucas • Aventais
• Tigelas

SEPARAÇÕES

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS


As separações dependem da técnica escolhida,
quantidade de mechas e localização. Ajudam, tam-
bém, a organizar o seu trabalho.

MECHAS COM PAPEL ALUMÍNIO


OBS.: Recomenda-se cortar as folhas de papel alumínio antes da realiza-
ção dos serviços de mechas.
1. Trace uma separação.
2. Tricote uma mecha ou retire uma mecha em
transparência; mantenha-a firme na mão esquerda.

11
INSTITUTO L’ÓREAL
3. Pegue uma folha de alumínio um pouco mais longa que a mecha sele-
cionada. Dobre uma das extremidades da folha.
Dica: a dobra para dentro tem a função de dar melhor apoio ao papel e
a dobra para fora, serve como um suporte no caso do papel escorregar.
4. Retire um pouco do produto com o pincel e aplique-o no meio da fo-
lha, no terço superior, abaixo da dobra.
5. Levante a mecha na posição horizontal para des-
lizar a folha e colocá-la o mais perto possível do
couro cabeludo.
6. Apoie as mechas sobre a folha e pressione-as so-
bre o produto. (Ponto de aderência).
7. A mão esquerda vai, em seguida, segurar a folha durante o tempo de
aplicação do produto nas mechas: o polegar e o indicador esquerdos
seguram os 2 cantos superiores da folha. A mão direita aplica o produto.
8. Retire o produto da tigela com ajuda de um pin-
cel e aplique, primeiro, do meio da mecha para as
pontas; depois, avance em direção ao couro cabe-
ludo, trabalhando com o pincel, para atingir, o mais
perto possível, a borda da folha.
9. Coloque o pincel de volta na tigela.
10. Solte a folha, ela não vai cair.
11. Dobre a folha de alumínio.
12. Coloque o indicador na altura do primeiro terço
da folha e dobre-a com os polegares.
13. Faça o mesmo para a segunda dobra; a borda

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS


inferior se junta à borda superior (que está próxima
ao couro cabeludo) da folha.
14. Passe a mão esquerda por baixo do pequeno
pacote assim obtido e com o pente (lado dos den-
tes) marque a dobra (prega) lateral esquerda e
aperte a folha. Repita a operação do lado oposto.

15. Fixe as dobras, com leve apoio sobre as bordas


(não apoie no centro do pacote).

12
INSTITUTO L’ÓREAL
MECHAS AO AR LIVRE NA PLAQUETE
1. Mantenha a mecha firmemente sobre a plaquete,
com o polegar esquerdo.

2. Comece a aplicação na parte superior da plaquete:


aplique o produto com ajuda de um pincel, fazendo
a plaquete deslizar progressivamente para a ponta
do cabelo, à medida que for feita a aplicação.

3. Em seguida, retire a plaquete e deixe a mecha cair


solta.
4. Certifique-se de que a mecha que você trabalhou
permaneça na posição vertical.
5. Limpe a borda da plaquete antes de fazer a mecha
seguinte.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS

13
INSTITUTO L’ÓREAL
APLICAÇÃO NOS CONTORNOS
• Faça uma tricotagem fina para um efeito mais natural.

• Na nuca, é importante fazer algumas mechas, se as clientes gostam de


prender ou levantar os cabelos.
• Siga sempre a direção do crescimento dos cabelos.
• Nas têmporas e na frente da cabeça, recomenda-se deixar uma madei-
xa, antes de tricotar a mecha em contorno.

A escolha das mechas que


você vai fazer dependerá
naturalmente dos desejos
de seu cliente, mas existem
vários outros parâmetros que
intervêm em sua escolha para

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS


obter o resultado desejado.

Alguns exemplos:

O CORTE
• Se o corte é quadrado: realização de
mechas, somente sobre os cabelos que
estão por cima, porque os de baixo, não
são vistos. Mas, não podem ser esque-
cidos os contornos (no caso de clientes
que gostam de amarrar os cabelos).

14
INSTITUTO L’ÓREAL
• Se o corte é degradê: todas as me-
chas aparecem. Então, a aplicação
deve ser sobre o conjunto dos cabelos.

• Se o corte é curto: dê preferência a


uma técnica de pontas e não de raízes,
para evitar “manchas”.

A QUANTIDADE

• Muitas mechas: mais efeitos visuais


completos. Ideal para a cliente que de-
seja clarear ou escurecer seus cabelos
em conjunto.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS


• Poucas mechas: mecha “acessória”
dando ênfase ao movimento. Usado
no caso de nuances visíveis.

A ESPESSURA
• Mechas finas: resultado mais sutil,
discreto. Resultado mais natural com
menos contraste.

15
INSTITUTO L’ÓREAL
• Mechas espessas: forte visibilidade
e contraste.

NOÇÕES DE VISAGISMO
Clarear para:
• Acentuar os volumes.
• Dar uma impressão de leveza.

Em torno do rosto para:


• Alongar uma testa curta demais.
• Valorizar os olhos escuros.

Sobre o alto da cabeça para:


• Alongar um rosto.

Escurecer para:
• Dar a impressão de volume mais
compacto.

Em torno do rosto para:


• Reduzir uma testa longa demais.
• Valorizar os olhos claros.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS


Sobre o alto da cabeça para:
• Diminuir o comprimento de um rosto.

SUGESTÕES
• Os tons de mel, acobreados, acajus, vermelhos e violines, combinam
muito bem com cabelos mais escuros.
• Nas bases mais claras, os tons dourados, pastéis e beges são mais ade-
quados.

16
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

5
Diagnóstico
FERRAMENTAS NECESSÁRIAS
Tudo começa com o diálogo. Você não pode oferecer técnicas e resulta-
dos aos clientes, sem ter falado com eles, sem saber quais são os desejos
de cada um.

DIÁLOGO COM CLIENTES


O objetivo é o de descobrir:
• O que deseja;
• Se a cor satisfaz;
• Se já tentou acrescentar toque de luzes;
• Suas impressões sobre o corte dos cabelos;
• Os hábitos de penteado;

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS


• Se usa alguns produtos em casa e quais.

17
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

6
Passo a passo do
serviço de mechas
1) DIAGNÓSTICO PERSONALIZADO

Avaliar:
• Altura de tom das raízes e do comprimento e pontas;
• Estado dos cabelos;
• Formato do rosto;
• Espessura e quantidade de cabelo;
• Estilo e movimento do corte;
• Desejo da cliente.

2) ESCOLHER A TÉCNICA SEGUNDO O EFEITO DESEJADO

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS


• Tricotagem, Transparência ou Eriçado
- Mechas finas;
- Mechas médias;
- Mechas largas.
• Ar Livre
- Clareamento + suave;
- Resultado + natural.
• Papel
- Maior clareamento;
- Mechas mais evidentes.

18
INSTITUTO L’ÓREAL
3) PREPARAR O MATERIAL NECESSÁRIO
Todo o material deve ser escolhido e separado antes da realização do
serviço. O bom resultado também depende da adequação e utilização
do material escolhido.

4) PROCEDER À DIVISÃO DOS CABELOS


De acordo com o movimento do corte e do efeito desejado.

5) PREPARAR O PRODUTO ESCOLHIDO DE ACORDO COM AS ESPECI-


FICAÇÕES
Produtos para mechas coloridas e descoloridas. Ambos podem ser utili-
zados simultaneamente.
Obs: No caso de mechas descoloridas, pode-se trabalhar com mais de
uma volumagem.

6) APLICAÇÃO
Deve ser feita de acordo com a técnica escolhida.

7) FINALIZADO O TEMPO DE PAUSA, ENXAGUAR E PROCEDER AO


TRATAMENTO CONFORME O COMBINADO PREVIAMENTE.
Recomendar o produto específico para a manutenção em casa, de acor-
do com o serviço realizado e com o tipo de cabelo.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS

19
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

7
Propostas para
personalizar o serviço

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS

Para modificar a aparência de um rosto, iluminar e valorizar um corte,


trabalhar a personalidade da cliente favorecendo seu estilo, você pode
utilizar técnicas além das tradicionais. Por exemplo:

20
INSTITUTO L’ÓREAL
MECHAS COLORIDAS E DESCOLORIDAS
Estas técnicas podem dar movimento e profundidade ao corte, seja para
bases claras, médias ou escuras.

MECHAS INVERTIDAS
Técnica normalmente indicada para, por exemplo, equilibrar o contraste
de claro e escuro de quem tem o cabelo claro e não quer escurecê-lo
totalmente, ou para dar um efeito de profundidade ao corte.

RETOQUES
O segredo para se obter um retoque de mechas bem sucedido é procu-
rar realizar uma divisão similar à anterior, para que seja possível tricotar
as mechas anteriores e ter o cuidado de só aplicar o produto nas raízes.
Isto evita que os cabelos fiquem com aspecto de manchados, ou com-
pletamente descoloridos, com os sucessivos retoques.
É imprescindível que o produto para mechas seja aplicado somente no
crescimento das raízes. Caso contrário sempre existirá uma diferença
entre a raiz e o comprimento e as pontas.

DIVISÕES PERSONALIZADAS
As divisões devem ser diferenciadas para cada técnica e de acordo com
o movimento do corte e do efeito desejado.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS

21
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

8
Como propor o
serviço de mechas
As três etapas da sugestão técnica:

1ª ETAPA – COMPREENDER
• Comunique-se, converse com cada cliente. Use uma linguagem sim-
ples, sem vocabulário muito técnico ou frases negativas.
• Escute cada cliente e registre suas expectativas. Reformule e confirme
tais desejos.
• Escolha perguntas pertinentes sobre a cor: o que lhe agrada e o que
não lhe agrada especificamente; ou o que achou da sugestão que você
deu, por exemplo.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS

22
INSTITUTO L’ÓREAL
2ª ETAPA – CONVENCER
• Cite as vantagens da técnica, tais como: personalização do corte, ilumi-
nar o visual, valorizar a coloração etc.
• Proporcione um sonho, falando sobre os resultados da técnica suge-
rida, com uma linguagem simples, tal como: um véu de luz, mechas de
luzes, duo de cores.
• Fundamente o que você diz com imagens de revistas ou visuais de co-
leções expostos no salão.

3ª ETAPA – CONCLUIR
• Informe sobre o produto que vai utilizar.

MECHAS E FORMA | MÓDULO 1 - MECHAS


• Apresente o orçamento, mostre o cardápio de serviços e seus respec-
tivos valores.
• Aconselhe cada um de seus clientes para que façam tratamentos de
manutenção da cor e dos cabelos em casa.

23
CURSO DE CABELEIREIRO

O Corte
MÓDULO 1 | Arquitetura do Corte
Arquitetura do corte
Para realizarmos uma composição perfeita, uma estrutura
harmoniosa, ou para criar um estilo, é necessário ter bom
gosto, bom senso, conhecimento e experiência.

Então, para cortar cabelo, não basta tesoura e pente. Um


profissional não pode sair por aí cortando cabelos para de-
pois ver o que aconteceu. Ele precisa partir de um projeto
bem elaborado e que atenda à expectativa dos seus clientes.

Este é o desafio para um bom profissional de corte. Saber


que o resultado do seu projeto será perfeito, harmonioso e
com estilo, antes mesmo de pegar em sua tesoura.

Capítulo 1 | Recordando geometria


Capítulo 2 | A forma
Capítulo 3 | Divisões
Capítulo 4 | Movimentos do corte de cabelo
Capítulo 5 | Textura
Capítulo 6 | Elaboração de projeto
Capítulo 7 | Projetos
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

1
Recordando geometria
Muitos profissionais de corte iniciaram sua profissão sem preparo ante-
rior. Não havia locais, academias que ministrassem cursos ou treinamen-
tos de técnicas específicas.

Sabemos que, para realizar um bom corte de cabelo não podemos usar
somente o instinto, ou a criatividade. É indispensável uma noção básica
da construção de um corte para, então, aplicar com talento e criativida-
de este conhecimento.

O objetivo, agora, é desvendar os mistérios de um corte de cabelo. A


começar pela noção de princípio, meio e fim.

Todo movimento executado durante um corte tem um objetivo: o resul-


tado. Para toda ação, existe uma reação.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

CONCEITOS DE GEOMETRIA
Alguns conceitos de geometria serão utilizados na compreensão do ges-
tual para a construção de um corte de cabelos.
4
INSTITUTO L’ÓREAL
LINHAS RETAS
Considerando o posicionamento do profissional em relação ao cliente e
ao ambiente:
Horizontais - conduzem nosso olhar de um lado para o
outro, paralelo ao ambiente. Podemos comparar a linhas
do horizonte, tendo a sensação da largura.

Verticais - conduzem nosso olhar para cima e para baixo,


dando a impressão de alongamento.

Diagonais - conduzem de um ponto acima a um ponto


abaixo entre duas verticais ou entre duas horizontais para-
lelas. Passam a sensação de arredondamento, suavidade.

ÂNGULO
Medida dada à área entre duas semi-retas que se encontram. A unidade
de medida do ângulo é o grau ( º ).

Ângulo reto = 90 graus = 90°

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


CONHECENDO OS ÂNGULOS
Já vimos que, quando as linhas se cruzam, formam ângulos. Dependen-
do da posição deste cruzamento, formam diferentes ângulos. Vamos co-
nhecer os que usamos com frequência no nosso trabalho.

90° em relação ao ambiente

90°
45°

90°

Podemos concluir que, quando utilizamos uma linha vertical ou horizon-


tal, estamos trabalhando com ângulos de 90 graus. E, quando utilizamos
linha diagonal, trabalhamos com ângulos de 45 graus.
5
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

2
A forma
O QUE É FORMA?
É a junção de pelo menos três linhas que limitam uma área. Linhas for-
madas pelo contorno da cabeça, mechas de cabelo e dedos.

Linha da cabeça

Linhas das mechas

Linhas das dedos

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

CONHECENDO A FORMA

Se nos fosse pedido para desenhar uma linha reta de 1 metro, será que
conseguiríamos desenhar, a mão livre, uma linha reta?

Porém, se fragmentarmos estas linhas em pequenos pedaços de 10 cm,


seria mais fácil chegar a um bom resultado.

Entendemos que, para realizarmos um bom trabalho de formas (cortes


de cabelos, por exemplo), devemos fragmentar nossa forma (nosso ca-
belo, nossa cabeça).
6
INSTITUTO L’ÓREAL
Com isso, teremos como resultado um corte:
• Equilibrado:
Dois lados do mesmo tamanho.
• Com reprodução precisa:
Capaz de ser repetido quantas vezes for necessário.

Quando observamos uma cabeça e seu cabelo, vemos que ele tem uma
posição de caimento natural.

Podemos observar este efeito, também, quando colocamos uma toalha


sobre uma mesa: se a mesa for redonda a toalha toma a forma redonda.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Então, o cabelo, quando cresce naturalmente, toma a forma da cabeça.
Este é um fato que não podemos mudar. Cada cabeça tem seu formato
e o cabelo terá que respeitar isso.

7
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

3
Divisões
DIVISÃO VERTICAL
Se, para desenhar uma linha reta com precisão, é necessário fragmentá-
-la, para desenhar com perfeição um corte de cabelo, você deve dividir a
cabeça em partes menores.

Usaremos sempre ponto de referência. São lugares na cabeça comuns


em todas as pessoas.

LADO ESQUERDO – LADO DIREITO

Tomando como referência o nariz (frente) e o final da coluna vertebral


(nuca), trace uma linha reta unindo estes dois pontos.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Assim a cabeça fica dividida em: lado direito e lado esquerdo.

direito esquerdo esquerdo direito

8
INSTITUTO L’ÓREAL
PARTE DA FRENTE – PARTE DE TRÁS
parte parte
de da
Para fazer esta divisão, tome como referência trás frente

as orelhas, que estão na metade do espaço,


entre o centro da frente e o centro de trás.

Deste modo, a cabeça fica dividida em mais


duas partes: parte da frente e parte de trás.

Desta maneira, faz-se a divisão da cabeça


VERTICALMENTE em quatro partes:
• Lado Esquerdo • Lado Direito
• Frente • Atrás

Você pode, se necessário, dividí-la em mais partes:


• Divida a parte de trás em mais duas outras partes.
• Divida a parte da frente em mais outras duas partes.

DIVISÃO HORIZONTAL

Além das divisões verticais, você pode dividir a cabeça em linhas hori-
zontais. Assim, cria partes menores para executar melhor o trabalho de
corte de cabelo.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Vendo a cabeça por trás temos: topo

• Parte nuca
atrás
• Parte atrás (occipital)
• Parte topo nuca

Vendo a cabeça em perfil temos:


topo
• Parte nuca (1) 3
topo
4 frontal

• Parte atrás (occipital) (2) 2


laterais
5 6
atrás
• Parte topo (pode ser dividido em 2 -
topo e topo frontal) (3) e (4) 1
nuca
• Lateral (esquerda ou direita) (5) e (6)

9
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

4
Movimentos do
corte de cabelo
Quando estamos cortando um cabelo, dificilmente, estamos cientes do
que realmente cada MOVIMENTO que executamos pode causar na forma.

Tenha certeza que cada vez que retirar o cabelo de seu CAIMENTO NA-
TURAL terá um efeito no corte de cabelo.

Quantas vezes começamos a trabalhar um corte com muito capricho, mas,


infelizmente, quando terminamos, constatamos que um lado está maior
do que o outro! Ou então, que temos mais quantidade de cabelo de um
lado do que do outro. É comum, também, efetuarmos um Chanel e quan-
do terminamos vemos que não ficou perfeitamente reto como queríamos.

Para evitarmos estes incidentes devemos conhecer alguns fatores im-

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


portantíssimos para realizarmos um corte com técnica e não apenas
com a criatividade.

Podemos definir em três, os MOVIMENTOS essenciais para o corte de


cabelo. São eles:

MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA

MOVIMENTO DE UM LADO PARA O OUTRO

MOVIMENTO DOS DEDOS

10
INSTITUTO L’ÓREAL
MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA

Toda vez que retiramos uma mecha de cabelo da sua posição de caimen-
to natural e levamos esta mecha para cima, mesmo que seja apenas um
centímetro, vamos ter um resultado que chamamos de GRADUAÇÃO.

Movimento de baixo para cima cria camadas no corte.

Medimos o quanto elevamos uma mecha, por graus.

Podemos elevar a:
• 45 graus
• 90 graus
• 135 graus (45 acima de 90 graus)

Dependendo do grau de nossa elevação, causamos, na forma, resulta-


dos diferentes. Quanto maior nossa elevação, mais camadas faremos.
Podemos compor um corte de cabelo, com uma sutil elevação, e ter um
resultado de camadas, apenas no contorno.

135o

90o

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


A consequência do movimento de cima
para baixo - elevação é criar camadas
45o

MOVIMENTO DE UM LADO PARA O OUTRO

Toda vez que tiramos a mecha da posição de caimento natural e a leva-


mos de um lado para o outro, também teremos uma consequência.

A consequência é criar maior comprimento e


volume do lado oposto ao que levamos a mecha.
11
INSTITUTO L’ÓREAL
Vamos entender este ponto melhor?

Imagine que tiramos uma mecha da frente e a levamos para trás. Se cor-
tarmos nesta posição, conseguiremos maior comprimento na frente

Ao passo que, se conduzirmos uma mecha de cabelo para frente da ca-


beça e cortarmos, conseguiremos maior comprimento atrás.

Quando conduzimos uma mecha para frente ou para trás, devemos ter
como referência uma mecha guia. A mecha guia pode ser: fixa ou móvel.

MECHA FIXA

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Quando levamos o cabelo para uma mecha fixa, temos o maior acrésci-
mo de comprimento possível. Imaginem um Chanel de bico, com a frente
bem maior que a parte de trás. Neste caso devemos levar todo o cabelo
para uma mecha fixa no centro da nuca e então cortar. Automaticamen-
te teremos o resultado do movimento de um lado para o outro que é o
maior comprimento do lado oposto. Então, se levamos para trás, temos
maior comprimento na frente e vice-versa.

MECHA MÓVEL
Quando desejamos menos acréscimo de comprimento, levamos a mecha
a percorrer uma distância menor. Podemos levar da frente até as orelhas,
por exemplo, e teremos um resultado menos comprido.

MOVIMENTO DOS DEDOS


Quando seguramos a mecha de cabelo para cortar, determinamos uma
posição para os nossos dedos em relação à mecha de cabelo.
12
INSTITUTO L’ÓREAL
Podemos colocar nosso dedo numa posição:
• Reta
45o para 45o para
• Diagonal para dentro dentro fora

• Diagonal para fora

Você deve estar se perguntando: reto


para dentro e para fora de onde?
Sempre que estivermos nos referin-
do à posição dos dedos na mecha
de cabelo, estaremos falando para
dentro ou para fora da cabeça.

Vamos observar?

Como todo movimento, a posição dos dedos também tem uma conse-
quência quando executamos. Temos acréscimo ou diminuição de volu-
me, de acordo com a posição que assumimos.
• Quando trabalhamos com os dedos em diagonal para dentro, temos re-
dução de volume.
• Quando trabalhamos em diagonal para fora, temos acréscimo de volume.

REPRODUZINDO O FORMATO DA CABEÇA

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Se desejarmos reproduzir o formato da cabeça em um corte de cabelo,
teremos um corte de cabelo arredondado e retangular, pois, a cabeça é
redonda e alongada.

Para que isso aconteça, devemos respeitar o contorno, elevando a me-


cha paralela ao couro cabeludo.

13
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

5
Textura
Quando arquitetamos um corte de cabelo, precisamos realmente pensar
como arquitetos.

Antes de começar uma obra, todo arquiteto primeiro verifica o terreno,


no nosso caso, o cabelo.

Depois começa a realizar o projeto; no nosso caso escolher os movimen-


tos que usaremos:
• Movimento de baixo para cima;
• De um lado para o outro (de lado a lado)
• Movimento dos dedos.

Todos estes componentes fazem parte da forma. Por último, o arquiteto


preocupa-se com a decoração, os detalhes. Para nós é a hora da textura,

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


que nada mais é que detalhes, decorações, do nosso corte.

TIPOS DE CABELOS - TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE TEXTURAS

As texturas trazem para a forma idéia de movimento e leveza. Criamos


espaços positivos e negativos com estes recursos. Por exemplo: Para dar
leveza aos cabelos - desfiar.

Temos inúmeras maneiras de texturizar uma forma, um corte de cabelo.

Vamos conhecer algumas?

14
INSTITUTO L’ÓREAL
TÉCNICAS

DESFIADO
Devemos criar movimentos do meio para as pontas em cada mecha,
criando positivo e negativo.

ZIGUEZAGUE
Neste caso, com a mecha elevada entramos com a tesoura ou a navalha
no meio da mecha e a trazemos até a ponta em movimento único.

ESCULTURA
Com o cabelo em sua posição de caimento natural, já colocado de acor-
do com o corte, retiramos pequenos fragmentos com micro cortes, en-
trando na mecha de acordo com a necessidade.

TWISTER
Com a mecha na elevação (feita durante o corte), force no sentido horá-
rio ou anti-horário, e aplique o movimento de ziguezague.

Os cabelos devem estar secos e modelados, de


acordo com o corte, antes de os texturizarmos.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


No momento de trabalhar a forma, devemos ser impecavelmente técni-
cos. Porém, no momento de texturizarmos, é a hora de usarmos nossa
criatividade e bom senso.

90% - Técnica
Corte | Cor | Penteado
10% - Artistico

15
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

6
Elaboração de projeto
Com os conhecimentos que já adquirimos, podemos arquitetar um corte
de cabelo, isto é, fazer um planejamento prévio do que queremos e do
que não queremos, para o nosso corte.

Definição dos comprimentos:


• Máximo (comprimento do cabelo a partir da nuca)
• Mínimo (comprimento da franja)

Definição das divisões:


• Verticais
• Horizontais

Definição dos movimentos:

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• De baixo para cima
• De um lado para o outro
• Dos dedos

Definição da textura:
• Desfiado
• Ziguezague
• Escultura
• Twister

Organizando nosso trabalho, fica muito mais fácil acertarmos e garantir-


mos bons resultados.

É claro que não podemos dispensar a criatividade, os conceitos de Vi-


sagismo e o valoroso bom senso. Se juntarmos estes fatores às técnicas,
com certeza, agradaremos nossos clientes.
16
INSTITUTO L’ÓREAL
Obs: Antes de iniciar um corte, o profissional precisa “visualizar” (imagi-
nar) o resultado dos cabelos finalizados.

Elaboramos um modelo de projeto, para facilitar e organizar nossos tra-


balhos. Antes de iniciarmos um corte de cabelo, vamos sempre, em pri-
meiro lugar, montar o projeto.

MODELO DE PROJETO

PROJETO:

COMPRIMENTO MÁXIMO:

COMPRIMENTO MÍNIMO:

DIVISÃO:

MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA:

MOVIMENTO DE UM LADO PARA O OUTRO:

MOVIMENTO DOS DEDOS:

TEXTURA:

Utilizaremos este modelo de projeto sempre.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Montar o projeto será o primeiro passo
para executarmos um corte de cabelo.

Faremos projetos de cortes longos, médios e curtos.

Reproduziremos agora, alguns projetos de cortes fundamentais. Assim,


utilizaremos os conhecimentos para criarmos novos cortes.

Teremos em mente que, quanto mais cortarmos, mais seguros e confian-


tes ficaremos.

17
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

7
Projetos
PROJETO 1

PROJETO Nº: 1 - CORTE LONGO, UM SÓ COMPRIMENTO

COMPRIMENTO MÁXIMO: Abaixo dos ombros

COMPRIMENTO MÍNIMO: Não tem

DIVISÃO: Vertical

MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA: Não tem

MOVIMENTO DE UM LADO PARA O OUTRO: Não tem

MOVIMENTO DOS DEDOS: Reto (horizontal)

TEXTURA: Não tem

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• Faça a divisão vertical.

• Comece o corte pela parte de trás.

• Deixe os cabelos em posição de caimento natural.

• Retire uma mecha em diagonal na


área da nuca, uma do lado direito e
outra do lado esquerdo.

• Selecione uma mecha guia central


e corte em linha reta na horizontal.

• Siga a mecha guia para acertar o


comprimento máximo.

• Faça o mesmo com as mechas da


área de trás e do topo.
18
INSTITUTO L’ÓREAL
• Nas laterais, retire mechas na horizontal, traga para as mechas já cor-
tadas da parte de trás e, usando-as como guia, faça o corte do mesmo
comprimento, sem tensionar demais a mecha.

• Proceda desta maneira até o topo.

• Confira o comprimento.

RESULTADO:
CORTE LONGO, DE BASE RETA, EM UM SÓ COMPRIMENTO.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

19
INSTITUTO L’ÓREAL
PROJETO 2

PROJETO Nº: 2 - LONGO

COMPRIMENTO MÁXIMO: Abaixo dos ombros

COMPRIMENTO MÍNIMO: Abaixo do queixo

DIVISÃO: Vertical

MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA: 45°

MOVIMENTO DE UM LADO PARA O OUTRO: Não tem (posição caimento natural)

MOVIMENTO DOS DEDOS: 45º para dentro

TEXTURA: Desfiado ou twister

• Acerte o perímetro cortando em linha reta


a partir da mecha guia central.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• Faça divisão vertical.

• Retire uma mecha guia do centro de trás,


de aproximadamente 2 cm, na vertical.

• Execute os movimentos nesta mecha e


use- a como guia em volta de toda a cabeça.

20
INSTITUTO L’ÓREAL
• Separe topo frontal, traga ao centro da frente
e corte em linha horizontal.

• Conecte com as laterais e acerte as pontas


se necessário.

TEXTURA
Desfiado ou Twister (para cabelos cacheados com volume).

DICA: Seque os cabelos com difusor (cabelos cacheados).

RESULTADO:
CORTE LONGO COM LEVES CAMADAS.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

21
INSTITUTO L’ÓREAL
PROJETO 3

PROJETO Nº: 3 - LONGO

COMPRIMENTO MÁXIMO: Abaixo dos ombros

COMPRIMENTO MÍNIMO: Abaixo do queixo

DIVISÃO: Vertical

MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA: 90°

MOVIMENTO DE UM LADO PARA O OUTRO: 45° (laterais para o centro da frente)

MOVIMENTO DOS DEDOS: Reto

TEXTURA: Desfiado e ziguezague

• Divida a cabeça verticalmente e separe frente e atrás. Comece pela


parte de trás e acerte o comprimento de todo o perímetro.

• Divida a cabeça em quatro partes na verti-


cal, separe uma mecha guia central e corte-a
seguindo o movimento.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

• Repita os movimentos em direção à ore-


lha direita e depois repita o movimento em
direção à orelha esquerda.

• Aplique o mesmo movimento nas laterais.

22
INSTITUTO L’ÓREAL
• Centralize a franja e acerte o comprimento.

• Faça a conexão das laterais com a área


de franja

• Seque e finalize com a textura em todo o cabelo.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


RESULTADO:
CORTE LONGO COM CAMADAS E FRONTAL
LEVEMENTE GRADUADA.

23
INSTITUTO L’ÓREAL
PROJETO 4

PROJETO Nº: 4 - MÉDIO

COMPRIMENTO MÁXIMO: Altura dos ombros

COMPRIMENTO MÍNIMO: Altura do queixo

DIVISÃO: Vertical

MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA: não tem

MOVIMENTO DE UM LADO PARA O OUTRO: Laterais para atrás da orelha

MOVIMENTO DOS DEDOS: Reto

TEXTURA: Escultura

• Faça divisão vertical.

• Na nuca separe as mechas na diagonal


do lado esquerdo e direito, e corte em
linha horizontal na altura do ombro.

• Repita o movimento até o topo na par-


te de trás.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

DICA: Antes de cortar, incline


levemente a cabeça para frente.
Com esse movimento, o resultado
será um corte com as pontas
alinhadas para dentro.

24
INSTITUTO L’ÓREAL
• Nas laterais, divida as mechas na horizon-
tal, conecte- as com o comprimento das me-
chas de trás da orelha e corte em linha reta.

• Para o comprimento mínimo (franja), alinhe ao centro e corte dando


pequenos picotes nas pontas.

• Seque modelando para dentro e faça a textura para dar leveza e movi-
mento ao corte.

RESULTADO:
CORTE MÉDIO COM BASE RETA E
LATERAIS LEVEMENTE MAIS ALONGADAS.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

25
INSTITUTO L’ÓREAL
PROJETO 5

PROJETO Nº: 5 - MÉDIO

COMPRIMENTO MÁXIMO: Altura dos ombros

COMPRIMENTO MÍNIMO: Altura do queixo

DIVISÃO: Vertical

MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA: 45°

MOVIMENTO DE UM LADO PARA O OUTRO: 45°(laterais para orelhas)

MOVIMENTO DOS DEDOS: Reto

TEXTURA: Desfiado / escultura

Para melhor visualizar os efeitos do corte,


realize-o na altura dos ombros.

• Faça divisão vertical.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• Separe uma mecha de 2 cm no centro de
trás. Use esta mecha como guia e execute
o movimento de baixo para cima de 45°.

• Repita este movimento em toda parte de


trás, retirando sempre as mechas na verti-
cal a partir do centro do topo.

26
INSTITUTO L’ÓREAL
DICA: Mantenha o corpo sempre em frente
a mecha que está sendo cortada.

• Nas laterais, corte elevando as mechas a 45°e movimentando a mecha


levemente para trás (para preservar o comprimento da frente).

• Determine um comprimento de franja.

Sugerimos a técnica de textura desfiado ou escultura após a secagem.

RESULTADO:
CORTE EM BASE RETA, COM LEVE MOVIMENTO
DE CAMADAS NO CONTORNO.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

27
INSTITUTO L’ÓREAL
PROJETO 6

PROJETO Nº: 6 - CURTO

COMPRIMENTO MÁXIMO: Altura da nuca (meio do pescoço)

COMPRIMENTO MÍNIMO: Altura do nariz (opcional)

DIVISÃO: Vertical

MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA: 45°

MOVIMENTO DE UM LADO PARA O OUTRO: Para o centro de trás

MOVIMENTO DOS DEDOS: 45° para fora

TEXTURA: Desfiado / ziguezague / escultura

• Faça divisão vertical.

DICA: Antes de cortar, incline


levemente a cabeça para frente.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

• Separe a nuca na diagonal de ambos os la-


dos, traga para o centro e corte em linha reta.
Fazemos isso para que o comprimento das
extremidades seja mais alongada.

28
INSTITUTO L’ÓREAL
• Separe uma mecha guia central de 2 cm e
execute o movimento de 45° com os dedos
para fora. Acerte o ângulo de toda a nuca
trazendo as mechas para a mecha guia
central e corte seguindo o movimento.

IMPORTANTE: este corte será todo

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


executado com a mecha guia fixa,
portanto todas as mechas terão a
mesma graduação e serão direcio-
nadas para o mesmo lugar. Cuide
para não alterar a graduação.

• Nas divisões seguintes, separe apenas as


divisões diagonais e execute o mesmo mo-
vimento de ambos os lados até o topo.

29
INSTITUTO L’ÓREAL
• Nas laterais, faça as divisões na diagonal
e leve a mecha para o centro de trás, assim
teremos um maior acréscimo de compri-
mento.

• Acerte a franja.

DICA: Seque seguindo as mesmas divisões


do corte e faça a textura para dar leveza.

RESULTADO:
CORTE CURTO NA ALTURA DO PESCOÇO COM LATERAIS
ALONGADAS (CHANEL DE BICO)

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

30
INSTITUTO L’ÓREAL
PROJETO 7

PROJETO Nº: 7 - CURTO

COMPRIMENTO MÁXIMO: Nuca

COMPRIMENTO MÍNIMO: Altura do nariz (opcional)

DIVISÃO: Vertical e horizontal

MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA: Não tem

MOVIMENTO DE UM LADO PARA O OUTRO: Não tem

MOVIMENTO DOS DEDOS: Reto

TEXTURA: Escultura

• Faça divisão vertical.

• Com a cabeça levemente inclinada para


a frente, comece dividindo a nuca na ho-
rizontal e separe a mecha guia central.
Corte em linha reta em direção às orelhas,
respeitando o caimento natural. NÃO ELE-

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


VE A MECHA (corte com auxílio do pente
encostado na nuca).

DICA: Este corte é extremamente simétrico, portanto


preste atenção ao posicionamento da cliente na cadeira.

• Siga com o mesmo movimento até o topo.

31
INSTITUTO L’ÓREAL
• Nas laterais, faça divisões na horizontal.
Incline levemente a cabeça para o lado
oposto e corte em linha reta, conectando
com as mechas já cortadas da parte de trás.
Deixe a mecha em posição de caimento na-
tural para não ficar mais curta.

• Seque e trabalhe a textura somente para


dar leveza nas pontas.

RESULTADO:
CORTE CURTO COM BASE RETA NA ALTURA DA NUCA.
(CHANEL CLÁSSICO)

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

32
INSTITUTO L’ÓREAL
PROJETO 8

PROJETO Nº: 8 - CURTO FEMININO

COMPRIMENTO MÁXIMO: Nuca

COMPRIMENTO MÍNIMO: Altura do nariz (opcional)

DIVISÃO: Vertical e horizontal

MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA: 90° (planos da cabeça)

MOVIMENTO DE UM LADO PARA O OUTRO: Laterais para atrás da orelha

MOVIMENTO DOS DEDOS: 45º para dentro (nuca )

45° para fora (occipital e lateral)

Reto (topo e topo frontal)

TEXTURA: Desfiado e escultura

• Divisões verticais.

• Comece o corte dividindo a nuca na hori-


zontal e acerte o comprimento.

• Selecione a mecha guia central (nuca) e O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


corte elevando a mecha a 90°(plano da ca-
beça) com movimento dos dedos em diago-
nal para dentro.

33
INSTITUTO L’ÓREAL
• Separe occipital e laterais em divisões
horizontais e corte nos planos da cabeça
com movimentos dos dedos em diagonal
para fora.

• Repita estes movimentos ao redor de


toda cabeça.

• No topo, trace uma mecha guia central e conecte com a parte de


trás e laterais.

• A franja deve ser ajustada no comprimento desejado.

• Com o cabelo seco, proceda a técnica de textura.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


RESULTADO:
CORTE CURTO COM COSTELETAS ALONGADAS.

34
INSTITUTO L’ÓREAL
PROJETO 9

PROJETO Nº: 9 - CURTO MASCULINO

COMPRIMENTO MÁXIMO: Começo da nuca

COMPRIMENTO MÍNIMO: Altura dos olhos (opcional)

DIVISÃO: Vertical e horizontal

MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA: 90° (planos da cabeça)

MOVIMENTO DE UM LADO PARA O OUTRO: Topo frontal (para a seção já cortada)

MOVIMENTO DOS DEDOS: Planos da cabeça

TEXTURA: Escultura e desfiado

NESTE CASO, VAMOS UTILIZAR A TÉCNICA PENTE/TESOURA.

• Vamos utilizar todas as divisões verticais e horizontais, sem dividir os


cabelos.

• Para o corte masculino, devemos dar


atenção especial para os acabamen-

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


tos. Podemos começar pelas laterais
(costeletas).

• Retiraremos uma seção ao redor


das orelhas. 2cm

• Seguiremos com a reprodução do plano de cabeça em direção a


parte de trás e nuca.
35
INSTITUTO L’ÓREAL
• No topo, separe uma mecha guia central a 90°.

• Faça divisões horizontais para cortar e siga em


direção ao topo frontal.

• Conecte o topo com as partes de trás e laterais.

• Seque o topo e texturize.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


RESULTADO:
CORTE CURTO CLÁSSICO.

36
INSTITUTO L’ÓREAL
PROJETO 10

PROJETO Nº: 10 - CURTO COM MÁQUINA

COMPRIMENTO MÁXIMO: Começo da nuca

COMPRIMENTO MÍNIMO: Altura dos olhos

DIVISÃO: Horizontal (topo)

MOVIMENTO DE BAIXO PARA CIMA: 90°

MOVIMENTO DE UM LADO PARA O OUTRO: Não tem

MOVIMENTO DOS DEDOS: Reto (topo)

TEXTURA: Desfiado (topo)

• Separe o topo.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• Inicie o corte trabalhando com o pente 2 nas
laterais (costeletas) e nuca.

• Trabalhe o degradê de 0,5 em 0,5 até o pen-


te 3 na altura do osso occipital.

37
INSTITUTO L’ÓREAL
• No topo, faça uma mecha guia central a 90° e corte numa diagonal
crescente rumo ao topo frontal.

• Acerte o topo na horizontal seguindo a


mecha guia central (de trás para frente).

• Faça a conexão do topo com as laterais


e posteriores.

• Trabalhe os acabamentos.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


RESULTADO:
CORTE CURTO GRADUADO NA MÁQUINA (LATERAIS E
NUCA). TOPO FRONTAL ALONGADO.

38
O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO

39
INSTITUTO L’ÓREAL

Você também pode gostar