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7 DE SETEMBRO - INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

No dia 7 de setembro de 1822, d. Pedro declarou a independência brasileira e atualmente


esse acontecimento é celebrado como um feriado nacional. Naquela ocasião, d. Pedro (futuro d.
Pedro I), posicionado às margens do Rio Ipiranga em São Paulo, declarou a independência do
Brasil e deu início ao processo de separação do laço colonial de nosso país com Portugal. Esse dia
é atualmente um feriado nacional que celebra a memória desse acontecimento. É um dia muito
importante para a história do Brasil, pois é considerado um momento marcante na efetivação da
independência de nosso país. Dia 7 de setembro é um feriado nacional em que se comemora
exatamente esse evento histórico. Durante esse dia são realizadas comemorações pela
independência na capital do Brasil- Brasília e em várias cidades brasileiras.

Servil - Relativo a servo ou próprio dele

Grilhões - Grilhão
1. Conjunto de aros ou elos metálicos ligados u
ns aos outros. = CADEIA, CORRENTE
2. Cordão grosso de ouro.
3. [Figurado] Aquilo que prende (ex.: não se co
nsegue libertar dos grilhões do passado).
[Mais usado no plural.] = LAÇO, PRISÃO
Perfídia –
1. Qualidade do que é pérfido.
2. Ação para enganar ou que contraria o que foi
afirmado ou prometido. = DESLEALDADE, INFI
DELIDADE, INSÍDIA, TRAIÇÃO

Falanges-
1. Corpo de infantaria, na antiga milícia grega.
2. Ling poética. Qualquer corpo de tropa.

Garbo- Donaire; elegância.

Ardil-
1. Astúcia; manha.
2. Plano para enganar alguém. = ENREDO, EST
RATAGEMA, LOGRO
 Filhos da pátria, já podeis ver a mãe gentil contente (no caso, a mãe é o Brasil e os filhos são os
brasileiros), pois a liberdade já raiou (nasceu) no horizonte do Brasil (ou seja, já se vislumbra a
possibilidade de o Brasil ser um país livre).
 Houve uma mão mais poderosa (a vontade do povo) que zombou (riu, desfez-se de) dos grilhões (das
amarras) de uma perfídia (astuto ardil, ou seja, uma traição bem arquitetada).

https://blog.stoodi.com.br/blog/historia/hino-da-independencia/#:~:text=Houve%20uma%20m%C3%A3o%20mais
%20poderosa,%2C%20uma%20trai%C3%A7%C3%A3o%20bem%20arquitetada).

Hino da Independência – Análise


6 de setembro de 2017 Paulo G. CerqueiraConteúdo Geral
Você sabia que há uma música criada em homenagem ao Dia da Independência? Todo dia 07 de
setembro é comemorado o dia da Independência do Brasil. Para comemorar a libertação do domínio
de Portugal, foi criado um hino comemorativo para essa data. O Hino da Independência traz muitas
palavras pouco usadas hoje e tem uma organização semelhante à do Hino Nacional. Vamos falar um
pouco sobre a letra e algumas curiosidades dessa música pouco conhecida.

No dia 07 de setembro de 1822, o príncipe D. Pedro IV estava voltando de uma viagem feita a São
Paulo após receber uma carta de sua esposa, Carolina Josefa Leopoldina Fernanda Francisca,
informando o que estava acontecendo no Rio de Janeiro. Diz a tradição que ele e seus companheiros
sacaram suas espadas e D. Pedro proclamou a independência do Brasil às margens do rio
Ipiranga. Assim, ele passou a ser Dom Pedro I, no Brasil, o Imperador do Brasil.

Para comemorar esse evento de extrema importância, foi criado o Hino da Independência. A letra
foi composta pelo poeta, jornalista, político e livreiro brasileiro, Evaristo da Veiga. Seguindo o
estilo árcade, o hino da independência pretende engrandecer elementos específicos: o Brasil e os
brasileiros.

No artigo sobre o sufixo eiro, eu disse que este pode caracterizar agentes com pouco prestígio na
sociedade. A palavra brasileiro caracterizava aquele que carregava o pau-brasil. Com o aumento do
povoamento e com o crescimento do sentimento nacionalista, os nascidos no Brasil passaram a
acolher o termo brasileiro com orgulho. Esse orgulho se reflete em diversas passagens do hino:
“Brava gente brasileira!”, “Parabéns, ó brasileiro,”.

As partes do Hino da Independência


Vamos tratar apenas da letra, os aspectos musicais, partituras e afins não serão discutidos aqui. O
poema, podemos dizer assim, é composto por quatro estrofes com quatro versos cada, intercalados
por um estribilho (refrão). O primeiro e o segundo versos de cada estrofe são considerados soltos,
pois não há rima entre eles. Os versos segundo e quarto são rimas agudas, isto é, rimam a última
sílaba da palavra; a palavra “Brasil” sempre termina as estrofes.

Refrão
“Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.”

Há uma saudação aos brasileiros, desejando que a servidão não mais retorne. Claro que estamos
falando da servidão à Coroa portuguesa, nessa ocasião ainda não se cogita a abolição da escravatura.
Esse refrão intercala todas as estrofes, seguindo a mesma métrica e rima. Termina com um período
composto alternativo “Ou ficar a pátria livre/ Ou morrer pelo Brasil.” Não há outra opção, é
“independência ou morte”.

Primeira Estrofe
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.

O começo informa aos brasileiros que estamos livres e que a “mãe gentil” se alegra com tal
situação. O sentimento nacionalista é muito presente, evidenciado pelos termos “Pátria”, “mãe
gentil” e “Brasil”. Os dois primeiros versos dessa estrofe podem ser reorganizados da seguinte
forma: “Filhos da Pátria, já podeis ver a mãe gentil contente”. A liberdade é aqui comparada ao Sol,
raiando no horizonte das terras brasileiras no dia 7 de setembro.

Segunda Estrofe
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil…
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.”

Na segunda estrofe, temos um ataque direto à dominação portuguesa, “os grilhões”. Note-se que são
utilizadas as palavras “perfídia” (deslealdade, falsidade, traição, etc.) e “ardil” (artimanha, astúcia,
cilada, armadilha). Nos dois versos finais, a soberania brasileira é enaltecida. Por ser uma nação
mais poderosa, permitiu-se zombar “deles”, dos portugueses.

Hino da Independência – Terceira Estrofe


Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

As “ímpias falanges” são as tropas inimigas que estão prestes a enfrentar as forças brasileiras, mas o
moral dos nossos guerreiros não deve ser abatido, pois “Vossos peitos, vossos braços/ São muralhas
do Brasil”. A figura da muralha evoca proteção, mas uma proteção passiva, que resiste às investidas
inimigas.

Quarta Estrofe
Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.

O poema termina com um gracejo. Nos versos anteriores, os termos “da Pátria filhos” e “Brava
gente brasileira” são sinônimos, agora convergidos no vocativo “ó brasileiro”. A elegância do Brasil
supera a de todas as outras nações. Repare nos versos “Do universo entre as nações/ Resplandece a
do Brasil”, a omissão pode confundir um desavisado. Não há nenhuma palavra feminina. Essa
anáfora indireta se refere à grandeza deste país, que supera a de todas as outras nações, inclusive a
de Portugal.

São 199 anos de história. O hino da independência, assim como o da bandeira, não é tão famoso,
mas é muito bonito.
Fonte: https://gramaticaecognicao.com/analise-do-hino-da-independencia/

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