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II- Linguagem
III- Gêneros textuais
IV- A comunicação, seus elementos e funções
V- Figuras de linguagem
VI- Denotação e conotação
VII- Significação das palavras
VIII- O uso do “porque”
IX- Acentuação gráfica
X- Intertextualidade
XI- Morfologia
XII- Frase, oração e período
XIII- Função sintática
XIV- Orações coordenadas
XV- Orações subordinadas
XVI- Crase
XVII-
1
Apostila de Língua Portuguesa
I-texto
O Hino Nacional Brasileiro, símbolo de exaltação à pátria, é uma canção bastante complexa. Além
de possuir palavras pouco usuais, sua letra é rica em metáforas. Tem uma linguagem rebuscada no estilo
parnasiano e muitas inversões sintáticas, que dificultam a compreensão da mensagem.
Parte I A imagem do Cruzeiro(constelação Cruzeiro
do
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
Sul) resplandece( brilha)
(calmas)
De um povo heroico o brado
( grito)retumbante Gigante pela própria natureza( desde que
( que ressoa) nasceste)
E o sol da liberdade (indepedência)em raios És belo, és forte, impávido(destemido)
fúlgidos colosso (gigante)
( brilhantes)
Brilhou no céu da Pátria nesse instante
Parte II
Deitado eternamente em berço
Se o penhor(direito) dessa igualdade
esplêndido(admirável)
Conseguimos conquistar com braço forte
Ao som do mar e à luz do céu profundo
(com nossa firmeza)
Fulguras(brilhas), ó Brasil, florão (enfeite)da
Em teu seio( interior), ó, Liberdade
América
Desafia o nosso peito( coração) a própria
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
morte!
2
O lábaro(bandeira) que ostentas E diga o verde-louro (amarelo)desta
(exibes)estrelado flâmula(bandeira)
- Paz no futuro e glória no passado!(...)
Letra: Joaquim Osório
1-Observe os adjetivos do Hino Nacional. Eles possuem um significado positivo ou negativo? Por que
esse significado foi utilizado no texto?
2-Ao escrever a expressão “Deitado eternamente em berço esplêndido”, o autor passa a ideia de que o
país está acomodado, parado ou tem condições privilegiadas para o desenvolvimento? Justifique sua
resposta.
3-O Hino diz que o brasileiro dá a vida por seu país, quais os versos essa afirmação? Essa afirmação é
verdadeira ou não? Justifique sua resposta.
4- Segundo o autor, o país passou a ter liberdade com a independência . A que tipo de liberdade ele se
refere?
5-Os versos “Se o penhor dessa igualdade/ conseguimos conquistar com o braço forte” afirmam que os
brasileiros fizeram do Brasil um país igual às outras nações livres e independentes. Você acha que o
Brasil, na sua economia, é um país livre? Por quê?
6-O que valoriza um simples riacho (Ipiranga) a ponto de ser citado no hino oficial do país?
7- O que é ser patriota na atualidade brasileira?
8- Cite algumas qualidades do Brasil apresentadas no Hino?
Texto I
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
3
4- Qual a importância da Língua portuguesa na sua vida?
Texto II
MÚSICA: EPITÁFIO- TITÃS
4
9- Na música o poeta faz reflexões sobre a vida, do que ele se arrepende?
10- Qual é a estrofe em que o poeta fala sobre como é difícil aceitar e entender o outro?
11- É preciso entender que: "A cada um cabe as alegrias e a tristeza que vier...". O poeta afirma que queria
ter aceitado a vida como ela é, explique o que ele quis dizer com este verso.
12- O poeta diz que muitas vezes acreditamos que podemos mudar as coisas e as pessoas não aceitando
que aquilo que tivermos que passar ninguém vai passar por nós.
13- Retire da música 3 substantivos abstratos.
14- Existem pessoas que com problemas pequenos sofrem, ficam tristes, guardam rancores, mágoas e
passam a não viver a vida com alegria. É preciso se colocar no lugar de pessoas que realmente
enfrentam dificuldades, problemas como a morte, uma doença incurável, a falta de fé e amor é que
podem abalar o ser humano Enquanto houver fé, haverá esperança e assim será possível enfrentar os
problemas e solucioná-los, alcançando a vitória. Como você reage as dificuldades da vida?
15- Cite as figuras de linguagem encontradas nos seguintes versos:
a) Devia ter amado – mais –
Ter chorado – mais –
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado - mais –
E até errado – mais –
II-Linguagem
LINGUAGEM
A linguagem é a capacidade que o homem possui de interagir com o seu semelhante por meio da
palavra, oral ou escrita, gestos, expressões fisionômicas, imagens, notas musicais etc. O uso da
linguagem sempre objetivará a produção de sentido, ou seja, o entendimento entre os interlocutores
(parceiros no processo comunicativo). Para isso, o processo de adequação linguística é
fundamental.
A linguagem não pode ser utilizada sempre da mesma forma, já que o contexto, os interlocutores e
o objetivo da mensagem são alguns dos fatores que influenciam a forma como ela deverá ser usada.
Ela também não deve ser classificada como certa ou errada, mas como adequada ou inadequada.
No processo de adequação da linguagem, além dos fatores já mencionados, diferenciar e
caracterizar a língua culta e coloquial é imprescindível, pois a confusão entre elas causa prejuízos tanto
para a produção textual quanto para a comunicação de forma geral. Acompanhe as características da
língua coloquial e culta:
Língua coloquial:
Variante espontânea;
Utilizada em relações informais;
Sem preocupações com as regras da gramática normativa;
Presença de coloquialismos (expressões próprias da fala), tais como: pega leve, se toca, tá rolandoetc.
Uso de gírias;
Uso de formas reduzidas ou contraídas (pra, cê, peraí, etc.)
Uso de “a gente” no lugar de nós;
Uso frequente de palavras para articular ideias (tipo assim, ai, então, etc.);
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Língua culta:
Exercícios
a) Que variedade linguística o personagem da imagem acima usou para se expressar: linguagem
culta ou coloquial?
b) Observando bem a imagem, diga pelo menos dois motivos que contribuem para que o personagem
fale dessa forma?
c) Esse jeito como o personagem falou dar para o ouvinte/leitor compreender? Por quê?
d) Essa linguagem usada por ele é considerada “correta” ou “errada”? Por quê?
e) Que efeito de sentido o sinal de pontuação reticências atribui ao texto?
A razão para isso, segundo o próprio Janot, é que Temer possui uma espécie de “imunidade
temporária” determinada pela Constituição para quem ocupa o cargo de Presidente da
República.
4. Que variedade linguística (culta ou coloquial) podemos ou devemos usar nas seguintes situações
sociais:
a) Falando sobre política num canal de televisão
b) Numa pequena mensagem de celular para um amigo próximo.
c) Numa pequena mensagem de celular para o seu patrão de português.
d) Numa carta de reclamação para o presidente.
e) Numa conversa na praça entre amigos.
f) Um debate numa conferência nacional sobre meio ambiente.
g) Uma mensagem de Whatsapp para irmã explicando que você foi à padaria comprar pão.
h) Um bilhete para a diretora da sua escola explicando o porquê da sua falta de hoje.
i) Um artigo de opinião solicitado pelo professor de português.
j) Na redação do ENEM.
O que é Linguagem?
A verbal é a linguagem com a qual estamos mais “familiarizados”, é por meio dela que falamos
com as pessoas no dia a dia, trocamos ideias, cantamos, brigamos, brincamos, etc… É importante
sabermos que a linguagem verbal pode ocorrer por meio da palavra falada ou escrita. Então, textos,
reportagens, anúncios ou qualquer outro meio de comunicação escrito que possua palavras, faz parte
da linguagem verbal em sua modalidade escrita.
A linguagem não verbal é aquela que ocorre por outros meios que não envolvem a palavra
falada ou escrita. Neste meio de linguagem, os códigos são outros que mesmo sem o uso da palavra
conseguem transmitir e expressar uma ideia, sentimento ou conhecimento. Podemos citar como
exemplos de linguagem não verbal: a dança, a música instrumental, as pinturas, esculturas, fotografias,
desenhos ou qualquer outro meio ou arte capaz de transmitir uma ideia e sentimento sem se utilizar da
palavra.
Exercícios
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1- Sobre as linguagens verbal e não verbal, é INCORRETO afirmar que:
a) A linguagem verbal utiliza qualquer código para se expressar, enquanto a linguagem não verbal faz
uso apenas da língua escrita.
b) São utilizadas para criar atos de comunicação que nos permitem dizer algo.
c) A linguagem não verbal é aquela que utiliza qualquer código que não seja a palavra, enquanto a
linguagem verbal utiliza a língua, seja oral ou escrita, para estabelecer comunicação.
d) Linguagem verbal e não verbal, quando simultâneas, colaboram para o entendimento do texto.
2-
Gráficos são exemplos de utilização simultânea das linguagens verbal e não verbal. É preciso
analisar as duas ocorrências para a compreensão do texto
Nos gráficos, os elementos visuais e os elementos textuais são fundamentais para o entendimento total
da mensagem transmitida. No gráfico em questão, a linguagem verbal e a linguagem não verbal têm
como intenção mostrar ao leitor que:
a) O número de casamentos entre pessoas acima de 60 anos diminuiu em um período de cinco anos.
b) O número de pessoas acima de 60 anos que estão inseridas no mercado de trabalho é
proporcionalmente inverso à quantidade de pessoas que se casam nessa faixa etária.
c) Apresenta dados para o leitor que comprovam o aumento no número de casamentos entre pessoas
acima de 60 anos, assim como o aumento da inserção de pessoas acima de 60 anos no mercado de
trabalho.
d) Apresenta a preocupação com a diminuição no número de casamentos entre pessoas de várias faixas
etárias da população brasileira, assim como a dificuldade dessas pessoas para conseguir emprego no
mercado de trabalho.
Escolha uma resposta que indique as classificações dos tipos de linguagem presentes nas situações
acima. Escolha uma:
a) Linguagem verbal – Linguagem não verbal – Linguagem mista.
b) Linguagem não verbal – Linguagem não verbal – Linguagem verbal.
c) Linguagem não verbal – Linguagem verbal – Linguagem mista.
d) Linguagem mista – Linguagem verbal – Linguagem não verbal.
e) Linguagem mista – Linguagem não verbal – Linguagem verbal.
OBS: Todo processo de comunicação resulta em uma experiência cotidiana, pois estamos a todo
momento remetendo e recebendo mensagens, as quais limitam-se a infinitivas finalidades: informar,
aconselhar, persuadir, entreter, expor opiniões, etc.
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OBS: Estrangeirismo é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira que tenha ou não
equivalentes. É o processo que introduz palavras vindas de outros idiomas na língua portuguesa. De
acordo com o idioma de origem, as palavras recebem nomes específicos, tais como anglicismo (do
inglês), galicismo (do francês), etc.
Texto 1
Deliverando
Muita gente parece achar que a última flor do Lácio, além de inculta e apesar de bela, como
Bilac a descreveu, é pobre demais: precisa de injeções frequentes de outros idiomas, de preferência o
inglês.
São aqueles que nunca estacionam seus carros: parqueiam-nos. Suas amadas jamais têm
encantos: são cheias de glamour. Emoções são trips, e o pessoal fica down em vez de deprimido, o que
não é nada o.k. Uma turma, sem dúvida, muito over.
E quem entende a nossa importação dos billboards americanos (anúncios em grandes cartazes
ao ar livre), batizando-os de outdoors?
Combater as importações bobocas ou simplesmente desnecessárias não é simples. Existem as
necessárias. Nenhum vocabulário é imutável, fechado. Toda sociedade absorve experiências e criações
de outros povos, e nem sempre dispõe de expressões que definam as novidades necessárias. Muitas
vezes, é preciso adotar simultaneamente o termo e a atividade ou a coisa.
Não há nada errado em surfar e andar de skate – este, mesmo sem ter virado esqueite,
diferentemente do esqui. Ou comer uma pizza, tomar um sakê. E seria insensato rejeitar o bar dos
ingleses ou a sauna dos finlandeses (embora tenhamos tomado a liberdade de chamar de sauna
também o banho turco).
Enfim, é tão importante zelar pelo nosso vocabulário como não rejeitar aquisições
indispensáveis ou obviamente convenientes.
A importação de palavras é indispensável quando trazemos para o dia a dia algo de novo.
Quando o futebol veio da Inglaterra, trouxe na bagagem o córner, o gol, o pênalti, o chute. O zagueiro
fomos buscar, sabe-se lá por que, da Espanha.
Dos Estados Unidos adquirimos o motel, e não mudamos o nome mesmo quando
especializamos sua finalidade: lá, motéis não são usados só para encontros amorosos, como aqui. Há
um caso estranho: aportuguesamos o knock out inglês, transformando-o em nocaute, mas preservamos
a abreviatura “KO”. Vá-se entender.
A regra deveria ser óbvia: importar o indispensável, por sê-lo. E evitar o absurdo de usar
expressões estrangeiras gratuitamente. Há óbvia diferença entre aceitar um termo sem equivalente
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nacional e trazer outro, que tem apenas o suposto encanto (não o charme, claro) de tornar a
comunicação mais sofisticada ou elegante.
Ressuscito este arrazoado provocado por praga recente: o Rio (ou o Brasil inteiro, sei lá) está
cheio de estabelecimentos que entregam compras em domicílio apregoando em cartazes que fazem a
tal delivery. São fornecedores de pizzas, sanduíches e outras comidinhas (para os que não sabem o
que seja uma comidinha, informo, resignado: é o que vocês chamam de fast food).
Será possível que esses comerciantes estão convencidos de que o serviço anunciado em
inglês torna-se mais confiável? O alimento delivered chega mais depressa e mais quentinho? Não
acredito. Deve ser besteira mesmo, exemplo triste de uma mentalidade colonizada, dos dois lados do
balcão. (GARCIA, Luiz. O Globo)
a)O texto revela a postura do cronista diante do uso indiscriminado de estrangeirismos em nosso
vocabulário. Determine de que maneira tal postura é caracterizada na crônica.
b)Em tom de humor, o cronista aponta algumas possíveis justificativas para essa tal opção por termos
estrangeiros. Cite duas delas.
c)Explique, considerando a abordagem do texto, o significado da passagem final da crônica “exemplo
triste de uma mentalidade colonizada, dos dois lados do balcão”.
Texto 2
Tipos de assaltantes
• Assaltante nordestino: — Ei, bichim… Isso é um assalto… Arriba os braços e num se bula nem faça
muganga… Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim se não enfio a peixeira no teu bucho e boto
teu fato pra fora! Perdão, meu Padim Ciço, mas é que eu to com uma fome da moléstia…
• Assaltante mineiro: — Ô sô, prestenção… Isso é um assarto, uai… Levanta os braço e fica quetim
quesse trem na minha mão tá cheio de bala… Mió passá logo os trocado que eu num tô bão hoje. Vai
andando, uai! Tá esperando o quê, uai?
• Assaltante gaúcho: — Ô, guri, ficas atento… Bah, isso é um assalto… Levantas os braços e te
aquietas, tchê! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa as pilas
pra cá! E te manda a La cria, senão o quarenta e quatro fala.
• Assaltante carioca: — Seguinte, bicho… Tu te deu mal. Isso é um assalto. Passa a grana e levanto os
braços, rapá… Não fica de bobeira que eu tiro bem pra… Vai andando e, se olhar pra trás, vira
presunto…
• Assaltante baiano: — Ô, meu rei… (longa pausa) Isso é um assalto… (longa pausa) Levanta os
braços, mas não se avexe não… (longa pausa) Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar
cansado… Vai passando a grana, bem devagarinho… (longa pausa) Num repara se o berro está sem
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bala, mas é pra não ficar muito pesado… Não esquenta, meu irmãozinho! (longa pausa) Vou deixar teus
documentos na encruzilhada…
• Assaltante paulista: — Orra, meu… Isso é um assalto, meu… Alevanta os braços, meu… Passa a
grana logo, meu… Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta para comprar o
ingresso do jogo do Corinthians, meu… Pô, se manda, meu…
(Autor desconhecido – Texto circulando na internet)
Dessa constante necessidade que o ser humano tem de interagir e comunicar-se com o outro,
surgiram os gêneros textuais. Os gêneros textuais não podem ser numerados, visto que variam muito e
adaptam-se às necessidades dos falantes. Mesmo que não possamos contá-los, é possível observar
que eles possuem peculiaridades que nos permitem identificá-los e reconhecê-los entre tantos outros
gêneros. Entre as características dos gêneros textuais estão a apresentação de tipos estáveis de
enunciados, além de estruturas e conteúdos temáticos que facilitam sua definição.
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MAIL,SERMÃO, OUTDOOR,CARDÁPIO DE RESTAURANTE, WHATSaPP, DEPOIMENTO, LISTA
DE COMPRAS, ROMANCE, EDITAL DE CONCURSO, TORPEDO DE CELULAR...
Diferentemente dos tipos textuais, que apresentam uma estrutura bem definida, além de um
número limitado de possibilidades (podem variar entre cinco e nove tipos), os gêneros textuais são
diversos e cumprem uma função social específica. Além disso, os gêneros podem sofrer modificações
ao longo do tempo, embora muitas vezes preservem características preponderantes. Como exemplo
dessa “evolução”, temos a carta, que depois do advento da tecnologia foi transformada no e-mail, meio
de comunicação que substituiu o papel, a caneta e a necessidade de postagem pelos correios, visto
que pode ser recebido instantaneamente pelo destinatário. Contudo, alguns elementos linguísticos
foram preservados, como as saudações, o remetente e, claro, o destinatário.
A partir de agora, vamos explicar melhor o que queremos dizer com os termos “ forma”, “ função” e
“ situação de produção”.
Quando falamos em forma, estamos nos referindo à estrutura do texto e à linguagem empregada.
O termo “ estrutura” se refere à ,maneira como o texto é organizado:
Em prosa ou em versos ou enumeração ou parágrafos
Tem título ou sem título
Linguagem formal ou linguagem mais rebuscada
Quando falamos em função, estamos nos referindo para que serve. O termo “ função” se refere
aos objetivos, propósitos, finalidade, intenção comunicativa.
Quando falamos em situação de produção, estamos nos referindo a quem a produz e a que leitor
ela se destina.
Exercícios
Texto 1 Texto 2
12
Texto 3
Texto 4 texto 5
Texto 6 texto 7
INGREDIENTES
MASSA:
4 ovos
4 colheres (sopa) de chocolate em pó
2 colheres (sopa) de manteiga
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
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2 colheres (sopa) de fermento
1 xícara (chá) de leite
CALDA:
Texto 8
TIPOLOGIA TEXTUAL
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Vimos que o número de gêneros textuais é infinito. A situação é bem diferente quando se trata dos
tipos textuais, também conhecidos como modos de organização do discurso. São cinco tipos :
narração, descrição, exposição( dissertação expositiva), argumentação ( dissertação argumentativa) e
injunção.
Texto 1
(...) Veio uma mulher; era a cartomante. Camilo disse que ia consultá-la, ela fê-lo entrar. Dali subiram ao
sótão, por uma escada ainda pior que a primeira e mais escura. Em cima, havia uma salinha, mal
alumiada por uma janela, que dava para os telhados do fundo. Velhos trastes, paredes sombrias, um ar
de pobreza, que antes aumentava do que destruía o prestígio.
A cartomante fê-lo sentar diante da mesa, e sentou-se do lado oposto, com as costas para a janela,
de maneira que a pouca luz de fora batia em cheio no rosto de Camilo. Abriu uma gaveta e tirou um
baralho de cartas compridas e enxovalhadas. Enquanto as baralhava, rapidamente, olhava para ele, não
de rosto, mas por baixo dos olhos. Era uma mulher de quarenta anos, italiana, morena e magra, com
grandes olhos sonsos e agudos. Voltou três cartas sobre a mesa, e disse-lhe:
Observe que o fragmento acima contém tanto sequências descritivas ( que estão sublinhadas) quanto
sequencias narrativas ( que não estão sublinhadas).Como seu objetivo é relatar um acontecimento
específico – a consulta de um homem a uma cartomante – é possível afirma que se trata de um trecho
predominantemente narrativo.
Exercícios
( ) A cartomante embaralha as cartas e olha pra Camilo “ por baixo dos olhos”.
Texto 1
Poema tirado de uma notícia de jornal
Manuel Bandeira
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem
número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
Texto 2
Cidadezinha cheia de graça
Mário Quintana
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Sem pouso fixo (que triste sina!)
Ah, quem me dera ter lá nascido!
Observe que o primeiro poema é predominantemente narrativo – em que pese o fato de o primeiro
verso constituir uma sequência descritiva. Olhe a ordem cronológica, uma sequência de eventos ocorridos
com um personagem, identificado como João...
No texto 2, é predominantemente descritivo. Trata-se de descrever uma cena e, a partir dela,
caracteriza o lugar... uma cidade pequena, marcada por uma rotina tranquila e previsível.
Quando estudamos os gêneros textuais, observamos que a leitura competente de um texto deve
levar em conta a forma como se apresenta, a linguagem utilizada e a função a eles atribuída no contexto
social.
O estudo das funções da linguagem depende de seus fatores principais:
Emissor: chamado também de locutor ou falante, o emissor é aquele que emite a mensagem para um ou
mais receptores, por exemplo, uma pessoa, um grupo de indivíduos, uma empresa, dentre outros.
Receptor: denominado de interlocutor ou ouvinte, o receptor é quem recebe a mensagem emitida pelo
emissor.
Mensagem: é o objeto utilizado na comunicação, de forma que representa o conteúdo, o conjunto de
informações transmitidas pelo locutor, por isso.
Código: representa o conjunto de signos que serão utilizados na mensagem
Canal de Comunicação: corresponde ao local (meio) onde a mensagem será transmitida, por exemplo,
jornal, livro, revista, televisão, telefone, dentre outros.
Contexto: Também chamado de referente, trata-se da situação comunicativa em que estão inseridos o
emissor e receptor.
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a)Função Emotiva ou Expressiva - Esta função ocorre quando se destaca o emissor. A mensagem é
centrada nas opiniões, sentimentos e emoções do emissor, sendo um texto completamente subjetivo e
pessoal. A ideia de destaque do locutor dá-se pelo emprego da 1ª pessoa do singular, tanto das formas
verbais, quanto dos pronomes. É comum a presença de interjeições, reticências e pontos de exclamação.
Exemplos: "Tenho um pouco de medo...", "Nós te amamos!"
b)Função Apelativa ou Conativa- É voltada para o receptor. Apresenta tom imperativo e é muito
encontrada em propagandas.
A mensagem é centrada no receptor e organiza-se de forma a influenciá-lo, ou chamar sua atenção, o
contexto torna-se a parte mais importante da mensagem. Geralmente, usa-se a 2ª pessoa do discurso
(tu/você; vós/vocês), vocativos e formas verbais ou expressões no imperativo.
Exemplos: "Beba Coca-Cola","Vem pra Caixa você também, vem!", "Seja um bom aluno", ''O melhor é
Ipê''.
c)Função Poética ou Estética- É aquela que se centra sobre a própria mensagem. Tudo o que, numa
mensagem, suplementa o sentimento da mensagem através do jogo de sua estrutura, de sua tonalidade,
de seu ritmo, de sua sonoridade. Essa função é capaz de despertar no leitor o prazer estético e surpresa.
É explorado na poesia e em textos publicitários.
Exemplo: o poema "Quadrilha" de Carlos Drummond de Andrade.
d)Função Referencial ou Denotativa-O referente (o contexto, o assunto) é o objeto ou situação de que
a mensagem trata. A função referencial privilegia justamente o referente da mensagem, buscando
transmitir informações objetivas sobre ele. Textos jornalísticos, científicos e didáticos são exemplos
típicos.
Exemplo: "Nos vertebrados, esta resposta inclui uma série de alterações bioquímicas, fisiológicas e
imunológicas coletivamente denominadas inflamação." (Descrição de inflamação em um artigo científico).
e)Função Fática -Essa função ocorre quando o canal é o foco na construção do texto. Sua finalidade é
estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação de seu objeto ou relatar o pavor. São exemplos
típicos os inícios das conversas, como os cumprimentos diários, quando ainda não existe um assunto em
foco.
Exemplos: ''Sem dúvida, entende? Tudo certo?"
f)Função Metalinguística-Caracterizada pela preocupação com o código. Pode ser definida como a
linguagem que fala dela própria, ou seja, descreve o ato de falar ou escrever. Programas de TV que
falam sobre a própria TV ou que falam sobre a própria mídia. Peças de teatro que falam sobre o teatro.
A linguagem (o código) torna-se objeto de análise do próprio texto. Os dicionários e as gramáticas são
repositórios de metalinguagem.
Exemplos: Vídeo Show, Observatório da Imprensa, "Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido
acabado." (Definição de frase).
Exercícios
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b) O verbo infinitivo E crescer, e saber, e ser, e haver
Ser criado, gerar-se, transformar E perder, e sofrer, e ter horror
O amor em carne e a carne em amor; nascer De ser e amar, e se sentir maldito
Respirar, e chorar, e adormecer E esquecer tudo ao vir um novo amor
E se nutrir para poder chorar E viver esse amor até morrer
Para poder nutrir-se; e despertar E ir conjugar o verbo no infinito… (Vinícius de
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir Morais)
E começar a amar e então ouvir
E então sorrir para poder chorar.
c)“Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que se dá
o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no fenômeno vital da
respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca.”
(Matoso Câmara Jr.)
e) “Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Lights.”
f) “Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer
acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria tudo
ilusão? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da gravata. Seria
tudo ilusão?… Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento
embaralhar-se longe daquelas porcarias. Senti uma sede horrível… Quis ver-me no espelho. Tive
preguiça, fiquei pregado à janela, olhando as pernas dos transeuntes.” (Graciliano Ramos)
g) ” – Que quer dizer pitosga?
– Pitosga significa míope.
– E o que é míope?
– Míope é o que vê pouco.”
2- A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em
unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago.
Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele,
controlando sua reprodução, crescimento e migrações. DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
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b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação.
c) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem.
d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor.
e) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais
V- Figuras de linguagem
Figuras de Palavras
Catacrese: emprego de uma palavra no sentido figurado por não haver um termo próprio.
Ex.: “A perna dos óculos”.
Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)
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Comparação: parecida com a metáfora, a comparação é uma figura de linguagem usada
para qualificar uma característica parecida entre dois ou mais elementos. No entanto, no caso da
comparação, existe uma palavra de conexão (como, parecia, tal, qual, assim e etc). Ex: "O olhar dela
é como a lua, brilha maravilhosamente".
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Perífrase: uso de uma palavra ou expressão para designar algo ou alguém. Ex.: “Cidade
Luz” (Paris).
Exemplo: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é
ouvido a uma distância de 8 quilômetros.
Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada.
A frieza está associada ao tato e não à visão.
Figuras de Pensamento
Antítese: palavras de sentidos opostos. Ex.: bom/mau
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Paradoxo: referente a duas ideias contraditórias em uma só frase ou pensamento.
Ex: "Ainda me lembro daquele silêncio ensurdecedor”.
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Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa. Ex.: “É um santo!”(para alguém com mau
comportamento).
Exemplo: É tão inteligente que não acerta nada.
Figuras de Construção
Aliteração: repetição de um determinado som nos versos ou frases. Ex: “O rato roeu a
roupa...”.
Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma.
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Anacoluto: alteração da construção normal da frase. Ex.: “O homem, não sei o que
pretendia”.
Exemplo: Eu, parece que estou ficando zonzo. (Parece que eu estou ficando zonzo.)
25
Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.: “Subir para cima”.
Exemplo: A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)
26
Silepse: concordância com a ideia que se quer passar, um termo oculto, e não com o
termo da frase. Ex: "a linda (ilha de) Fernando de Noronha".
Exemplos:
Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na bonita e agitada cidade
de São Paulo.)
A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de número: A maioria dos
clientes ficou insatisfeita com o produto.)
Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso concordância com nós, em vez de
eles: Todos terminaram os exercícios)
Exercícios
1- (ENEM-2004)
Cidade grande
27
( ) Figura de linguagem que consiste em atribuir características humanas a seres inanimados ou
irracionais.
( ) Figura de linguagem que consiste no emprego de palavra ou expressão agradável para
amenizar uma ideia desagradável ou grosseira.
( ) Figura de linguagem que consiste em aproximar dois termos a partir de uma característica
comum. Faz uso de conectivos: como, tal qual, que nem etc.
1. Eufemismo. a) 6 – 4 – 2 – 1 – 3 – 5
2. Metáfora. b) 5 – 6 – 1 – 2 – 3 – 4
3. Comparação. c) 2 – 5 – 6 – 4 – 1 – 3
4. Prosopopeia ou personificação. d) 2 – 6 – 5 – 4 – 1 – 3
5. Hipérbole. e) 1 – 2 – 6 – 5 – 4 – 3
6. Metonímia
5- Muito bom aquele encanador. Colocou em nossa casa vários canos furados. Nessa oração,
temos:
a)Pleonasmo. b)Antítese. c)Ironia. d)Metonímia.
6- “Eu nasci há 10 mil anos atrás. E não tem nada nesse mundo que eu não faça demais” (Raul
Seixas). Nessa letra da música de Raul, encontramos a seguinte figura de linguagem:
a)Antítese. b)Hipérbole. c)Hipérbato. d)Metáfora.
7-Na frase: “Eu sempre uso Bombril”, há a presença de:
a)Comparação. b)Metáfora. c)Eufemismo. d)Metonímia.
8- Na oração: Cochichavam-me em segredo, temos:
a)Pleonasmo. b)Metonímia. c)Ironia. d)Hipérbato.
9- “Você é o meu nada e eu sou o seu tudo.” Nessa frase há:
a)Hipérbole. b)Antítese c)Pleonasmo. d)Metonímia.
10- Em “tomamos 3 garrafas de coca-cola”, temos:
a)Hipérbole. b)Hipérbato. c)Eufemismo. d)Metonímia.
11-“Me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã.(Chico Buarque). Nessa frase há a
presença de:
a)Eufemismo. b)Comparação. c)Pleonasmo. d)Antítese.
28
12- “Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco.” Nessa oração, temos:
a)Ironia. b)Hipérbato. c)Hipérbole. d)Metonímia.
13- Fiz uma compra pela internet e a encomenda demorou 300 anos. Nessa frase, há:
a)Antítese. b)Pleonasmo. c)Hipérbole. d)Hipérbato.
14- Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto. Nessa oração há:
a)Ironia. b)Pleonasmo. c)Comparação. d)Metáfora.
15- Todos subiram em cima do palco. A figura de linguagem presente na frase é:
a)Ironia. b)Antítese. c)Metonímia. d)Pleonasmo.
Denotação e conotação
A linguagem é o maior instrumento de interação entre sujeitos socialmente organizados. Isso
porque ela possibilita a troca de ideias, a circulação de saberes e faz intermediação entre todas as
formas de relação humanas. Quando queremos nos expressar verbalmente, seja de maneira oral
(fala), seja na forma escrita, recorremos às palavras, expressões e enunciados de uma língua, os
quais atuam em dois planos de sentido distintos: o denotativo, que é o sentido literal da palavra,
expressão ou enunciado, e o conotativo, que é o sentido figurado da palavra, expressão ou
enunciado.
DENOTAÇÃO - Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo
utilizada em seu sentido literal, ou seja, o sentido que carrega o significado básico das palavras,
expressões e enunciados de uma língua. Em outras palavras, o sentido denotativo é o sentido real,
dicionarizado das palavras.
De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que tenham função
referencial, cujo objetivo é transmitir informações, argumentar, orientar a respeito de diversos
assuntos, como é o caso da reportagem, editorial, artigo de opinião, resenha, artigo científico, ata,
memorando, receita, manual de instrução, bula de remédios, entre outros. Nesses gêneros
discursivos textuais, as palavras são utilizadas para fazer referência a conceitos, fatos, ações em seu
sentido literal.
Exemplos:
CONOTAÇÃO- Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo
utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham
um novo significado em situações e contextos particulares de uso. O sentido conotativo modifica o
sentido denotativo (literal) das palavras e expressões, ressignificando-as.
29
De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da linguagem conotativa nos gêneros
discursivos textuais primários, ou seja, nos diálogos informais do cotidiano. Entretanto, são nos
textos secundários, ou seja, aqueles mais elaborados, como os literários e publicitários, que a
linguagem conotativa aparece com maior expressividade. A utilização da linguagem conotativa nos
gêneros discursivos literários e publicitários ocorre para que se possa atribuir mais expressividade às
palavras, enunciados e expressões, causando diferentes efeitos de sentido nos leitores/ouvintes.
Exemplo:
Leia um trecho do poema Amor é fogo que arde sem se ver, de Luiz Vaz de Camões, e observe a
maneira como o poeta define a palavra/sentimento 'amor' utilizando linguagem conotativa:
Amor é fogo que arde sem se ver É um cuidar que se ganha em se perder.
Amor é fogo que arde sem se ver; É querer estar preso por vontade;
É ferida que dói, e não se sente; É servir a quem vence, o vencedor;
É um contentamento descontente; É ter com quem nos mata, lealdade.
É dor que desatina sem doer.
Mas como causar pode seu favor
É um não querer mais que bem querer; Nos corações humanos amizade,
É um andar solitário entre a gente; Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
É nunca contentar-se de contente; (Luís Vaz de Camões, séc. XVI)
Exercícios
b–( )
c – ( ) d–( )
2- (ENEM-2001) Nas conversas diárias, utiliza-se frequentemente a palavra “próprio” e ela se ajusta
a várias situações. Leia os exemplos de diálogos:
I - A Vera se veste diferente!
- É mesmo, é que ela tem um estilo próprio.
II - A Lena já viu esse filme uma dezena de vezes! Eu não consigo ver o que ele tem de tão
maravilhoso assim.
- É que ele é próprio para adolescente.
III - Dora, o que eu faço? Ando tão preocupada com o Fabinho! Meu filho está impossível!
- Relaxa, Tânia! É próprio da idade. Com o tempo, ele se acomoda.
Nas ocorrências I, II e III, “próprio” é sinônimo de, respectivamente,
a) adequado, particular, típico.
b) peculiar, adequado, característico.
c) conveniente, adequado, particular.
d) adequado, exclusivo, conveniente.
e) peculiar, exclusivo, característico.
Texto
Pai não entende nada.
- Um biquini novo?
-É, pai.
-Você comprou um ano passado!
-Não serve mais,pai. Eu cresci.
-Como não serve? No ano passado você tinha 14 anos,
este ano tem 15.Não cresceu tanto assim.
-Não serve, pai.
-Está bem,está bem.Toma o dinheiro.Compra um biquíni
maior.
-Maior não, pai.Menor
-Aquele pai, também, não entendia nada.
Luís Fernando Veríssimo
31
As palavras têm sentidos que podem variar, dependendo do contexto em que são empregadas.
O significado das palavras é estudado pela semântica, a parte da gramática que estuda não só o sentido
das palavras como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre si: relações de sinonímia,
antonímia, paronímia, homonímia,...
Para começar a entender sobre significação das palavras, vamos ao conceito de sinônimo:
Palavras que possuem significado próximo. Exemplo: casa, residência, moradia, morada, lar, etc.
Já os antônimos são o contrário dos sinônimos, isto é, representam significados opostos das palavras.
Exemplo: mau e bom; mal e bem; constrói e destrói, dormi e acordei, claro e escuro, perto e longe etc.
Você sabe o que é Polissemia?
Sinônimos e antônimos são bem conhecidos, não é mesmo? Mas, você sabe o que é polissemia?
Polissemia é a possibilidade de uma palavra ter diversos significados, dependendo do contexto onde
ela aparece.
Se somente falarmos a palavra isolada, você pode achar que estamos nos referindo ao posto militar, ao
cabo de uma vassoura, ao cabo de uma faca etc.
E banco? Pode ser a instituição financeira ou um tipo de assento. O mesmo acontece com manga, que
pode ser a fruta ou a parte de uma roupa.
O significado de cada palavra dependerá de como ela será utilizada. Tomemos o primeiro caso como
exemplo, para formação de frases que dotarão o termo de sentido.
32
Coloque o cabo da vassoura para cima.
Mas as bancas têm cobrado algo além: você sabe o que são os Homônimos e Parônimos?
Homônimos são palavras que possuem a mesma pronúncia (podendo ou não ter a mesma grafia),
mas seus significados são diferentes. Veja os exemplos abaixo:
Nos casos mencionados temos homônimos homófonos, ou seja, são palavras que possuem a
mesma pronúncia e o mesmo som.
Quando os homônimos possuem a mesma grafia e o mesmo som, eles são chamamos
de homônimos perfeitos. Exemplos:
Quando isso acontece, os homônimos são chamados de homógrafos. Ou seja, possuem a mesma
grafia.
Agora vamos aprender o que são os Parônimos, um conceito que também cai muito em pegadinhas
das bancas de concurso.
Parônimos são palavras diferentes, porém sua grafia e pronúncia são muito parecidas. Vou mostrar
vários casos para você entender o que são parônimos:
33
Absolver (tirar a culpa) e absorver (aspirar).
Despensa (armário para guardar mantimentos) e dispensa (ato de dispensar).
Eminente (elevado) e iminente (prestes a ocorrer).
Delatar (denunciar) e dilatar (alargar).
Flagrante (evidente, pego no flagra) e fragrante (perfumado).
Inflação (alta de preços) e infração (violação).
Soar (produzir som) e suar (transpirar).
Tráfego (trânsito) e tráfico (comércio ilegal).
Vamos nos aprofundar mais um pouco. Você sabe a diferença entre Hiperônimo e Hipônimo?
Um hiperônimo é uma palavra que possui significado mais abrangente, enquanto um hipônimo é um
termo com significado mais restrito.
Veja os exemplos:
Quando se abre uma categoria (material escolar, ferramentas de marcenaria), temos um caso de
hiperônimo.
É bom estar atento(a) a isso… Errar na prova do seu concurso com essas formas variantes é muito fácil.
A depender do concurso que você fizer, principalmente aqueles da área jurídica, as palavras e
expressões latinas podem causar dificuldades na sua prova.
Esse é um tópico da significação das palavras bem esquecido pelos candidatos (portanto, um diferencial
fantástico para você).
Conheça a seguir o significado de palavras e expressões latinas que costumam figurar tanto em
linguagem formal quanto informal.
34
Ao contrário de palavras como tablet e layout, elas não podem ser aportuguesadas, devendo ser escritas
em sua forma original.
Por este motivo, precisam ser grafadas com indicação de sua origem estrangeira, com itálico, sublinhado,
negrito ou entre aspas. Veja:
Ad hoc:Quando uma pessoa foi nomeada para assumir um cargo específico, ou então para indicar a
finalidade de algo. É sinônimo de: para isto, para tal fim, de propósito.
A priori:Aplica-se a casos onde não foi feita verificação dos fatos, apenas baseando-se em
pressupostos.
É uma expressão bastante utilizada na Filosofia e seus sinônimos são: a princípio, em princípio e à
primeira vista.
Curriculum vitae:Algumas palavras são mais frequentes no nosso vocabulário, do que outras,
e curriculum vitae com certeza é uma das mais comuns.
Esta expressão latina quer dizer conjunto de dados que constituem a vida de uma pessoa.
É um documento pessoal onde constam os dados pessoais, profissionais e acadêmicos de uma pessoa
que busca uma oportunidade de emprego. Sinônimo: currículo. Abreviatura: CV.
É sinônimo de com a devida vênia, com o devido respeito, dada a licença, dada a permissão.
Grosso modo:Expressão bastante utilizada na Língua Portuguesa, grosso modo significa que algo foi
feito de modo impreciso, sem detalhes ou pormenores.
35
Habeas corpus:Também bastante conhecida em nosso vocabulário, a expressão quer dizer que uma
medida jurídica foi tomada para proteger cidadãos com mobilidade restrita por autoridades legítimas.
Sinônimo de salvo-conduto.
Exemplo: Dedico este livro a meu pai (in memoriam), que tanto me incentivou a escrevê-lo.
Lato sensu:Utilizada sempre que se refere a sentido mais amplo, extenso. Nos casos acadêmicos,
ocorre quando um curso de pós-graduação de menor duração visa uma especialização. Sinônimo: em
sentido amplo.
Stricto sensu:O contrário de Lato sensu é Stricto sensu, ou seja, algo mais restrito, como um curso de
maior duração que visa uma especialização (mestrado ou doutorado).
Per capita:Indicação de valor por cabeça ou valor por pessoa, com utilização em dados estatísticos.
Sinônimo de por cabeça.
Sine qua non:Condição onde algo é indispensável. Seus sinônimos: fundamental, imprescindível,
essencial, sem a qual não.
Status quo:Indicação da situação atual. É a forma reduzida de outra expressão latina, in statu quo ante,
indicação de como as coisas estavam antes.
Sui generis:Quer dizer algo único, sem igual, um caso peculiar. Sinônimo de único em seu gênero.
Exercícios
36
2- Indique a letra na qual as palavras completam, corretamente, os espaços das frases abaixo.
Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ os sons com nitidez.
Hoje são muitos os governos que passaram a combater o ______ de entorpecentes com rigor.
O diretor do presídio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.
a)discriminar - tráfico – infligiu b)discriminar - tráfico - infringiu
c)descriminar - tráfego – infringiu d)descriminar - tráfego - infligiu
e)descriminar - tráfico - infringiu
4-Assinale a frase em que se completa com o primeiro dos parônimos entre parênteses:
a)casou-se com um juiz _________ ; (eminente,iminente);
b)seu gesto não passou __________ ; (desapercebido, despercebido);
c)tal comportamento _________ o país; (degrega,degrada);
d)em vista dos pulmões estarem em péssimo estado, o médico ___________ o uso de cigarros;
(prescreveu, proscreveu);
e)no momento da cena, o artista não pode ___________ o riso. (sustar, suster)
Escolha a alternativa que oferece a sequencia correta de vocábulos para as lacunas existentes:
37
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
10- Indique a única sequência em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) Fanatizar – analisar – frizar. b) Fanatisar – paralisar – frisar.
c) Banalizar – analisar – paralisar. d) Realisar – analisar – paralizar.
e) Utilizar – canalisar – vasamento.
11- Assinale a única opção em que aparece uma palavra que não é antônima das demais, considerando-
se o termo grifado da série.
a) sossego: agitação, preocupação;
b) notório: desconhecido, ignoto;
c) negligente: aplicado, diligente;
d) livre: preso, medroso;
e) meritório: indigno, desprezível.
12- Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira alternativa da série dada
nos parênteses:
a) estou aqui _______ de ajudar os flagelados das enchentes; (afim-a fim).
b) a bandeira está ________ ; (arreada - arriada).
c) serão punidos os que ________ o regulamento. (inflingirem-infringirem).
d) são sempre valiosos os ________ dos mais velhos; (concelhos-conselhos).
e) moro ________ cem metros da praça principal. (a cerca de - acerca de).
13- A frase que se completa com a primeira forma colocada entre parênteses é:
38
14- Levando em consideração o contexto atribuído pelos enunciados, empregue corretamente um dos
termos propostos pelas alternativas entre parênteses.
MÙSICAS
Texto 1
Inútil ( titãs)
Ao analisar a letra da música, composta Por Roger Moreira, pode-se afirmar que:
39
VIII- O uso do porque
O uso do porque
O uso dos porquês pode ser bem problemático para muitas pessoas. Para entendê-los, nada mais do
que saber o sentido de cada um é necessário.
Memorizados quais são os porquês, vamos entender qual é o uso de cada um deles. Comecemos do
mais difícil, que nem é tão difícil. Os outros são moleza.
POR QUE
1) O “separado e sem acento”: por que. Ele tem três usos:
Para iniciar frase interrogativa. Sempre que estiver iniciando uma pergunta, faça com o “por que”.
Por que ele veio?
Quando puder ser substituído por “por qual razão/ por qual motivo”.
Não sei por que ele veio.
Quando puder ser substituído por “pelo qual” ou suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais).
Ele não me disse os motivos por que (pelos quais) ele não veio.
POR QUÊ
2) O separado e com acento: por quê. Esse é barbadinha. Esse vem no final da frase, antes de ponto. É
o porquê que todas as mães usam quando estão bravas.
Alfredo Alberto da Silva Júnior, o senhor ainda não foi para o banho por quÊÊÊÊÊ? Por quÊÊÊ?
PORQUE
3) O “grudado e sem acento”: porque. Esse é explicativo, é o que mais usamos. Sempre que pudermos
substituir por “pois” ou por “uma vez que”, por exemplo, é ele. Substitua para testar, como na frase a
seguir:
PORQUÊ
4) O “grudado e com acento” vai vir sempre com o artigo. O porquê, um porquê. Ele funciona como
substantivo:
Escrevem-se separadamente:
40
Com certeza: a grafia correta do termo é “com certeza”, que significa evidentemente ou certamente.
De repente: O termo correto para indicar algo súbito, ou que ocorre subitamente , é “ de repente”.
O que: O que você disse mesmo?
Por isso: eu sabia que você ficaria triste com a notícia, por isso não lhe falei nada.
Exercícios
Exercícios
41
III. Ele vivia tranquilamente, porque tinha uma grande herança.
IV. O governo não deve mudar, por quê?
V. Pergunto por que você é tão irresponsável.
VI. Vivo feliz, porque amo minha esposa.
Exercícios
1-Fuvest – SP)
Exercícios
42
2- Complete com há ou a:
a) O livro chegou ________ um mês?
b) _______ dias ele está viajando?
c) Partirei daqui ______ uma semana.
d) Não tiro férias ________ muito tempo.
IX-Acentuação gráfica
A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas
paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas graficamente. Já as proparoxítonas, por
serem pouco numerosas, são sempre acentuadas.
Proparoxítonas
Sílaba tônica: antepenúltima:As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente.
Exemplos: trágico, patético, árvore
l fácil
n pólen
r cadáver
ps bíceps
x tórax
us vírus
i, is júri, lápis
om, ons iândom, íons
um, uns álbum, álbuns
ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos
ditongo oral (seguido ou não de s) jóquei, túneis
Observações:
43
1) As paroxítonas terminadas em "n" são acentuadas (hífen), mas as que terminam em "ens", não
(hifens, jovens).
3) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s),
ue(s), ie(s), uo(s), io(s).
Exemplos: várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, início
a(s): sofá, sofás
e(s): jacaré, vocês
o(s): paletó, avós
em, ens: ninguém, armazéns
Próximo: Monossílabos: tônicos e átonos / Acento de insistência
Exercícios
Exercícios
1-Marque a alternativa cuja sequência de palavras tenha a seguinte classificação: oxítona, paroxítona e
proparoxítona:
a) abelha, riacho, subida. b) ombro, cadeira, trompete.
c) água, sólido, carrinho. d) paçoca, azeitona, cadeira.
e) guri, cama, áspero.
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e) Tem um público muito fiel.
f) Publico artigos em jornais e revistas.
A familia amarela fez safari na Africa, comprou pub irlandes, entrou em submarino russo e foi ate para o
espaço sideral. (Revista Superinteressante)
Interpretação de texto
ESTATUTO DO HOMEM
(Ato Institucional Permanente)
45
Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida, e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm
direito a converter-se em manhãs de domingo.
Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os
girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.
Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.
Artigo V
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.
Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
46
Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a
alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se
ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.
Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida, o uso do traje branco.
Artigo XI
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os
rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.
Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários e do pântano
enganoso das bocas.
47
A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a
sua morada será sempre o coração do homem.
Thiago de Mello
Santiago do Chile, abril de 1964
a)O que a palavra agora permite supor a respeito de como era a vida antes desse momento?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
b)O que as palavras marcharemos e de mãos dadas sugerem quanto ao modo de conquistar essa vida
verdadeira?
_________________________________________________________________________
3- No artigo VIII o eu lírico estabelece uma comparação entre o amor e elementos da natureza.
Com base nos artigos VIII, IX e XI, responda:
a)A que equivale, no plano das relações humanas, a água que dá às plantas o milagre da flor?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4-No artigo XII, o eu lírico decreta que “ tudo será permitido”. NO entanto, no artigo final, ele
decreta a proibição do uso da palavra liberdade. Há contradição no poema? Como você explica.
48
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Texto
Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa , independente e cheia de autoestima que,
enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de
acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã. Então, a rã pulou para o seu colo e
disse:
-Linda princesa , eu já fui um príncipe muito bonito. Mas, uma bruxa má lançou-me um encanto e eu
transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo
príncipe e poderemos casar e constituir lar e ser feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar
conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e
viveríamos felizes para sempre...
... E então . naquela noite enquanto saboreava pernas de rá á sautée, acompanhadas de um cremoso
molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: - Eu,hein ?....nem morta!
FIM
Intertextualidade
Algumas vezes, ao ler um texto ou ver uma determinada propaganda, você tem a sensação de
que aquilo lhe lembra algum texto conhecido.
49
Intertextualidade é a relação, o diálogo que se estabelece entre dois textos, quando um deles faz
referência à elementos existentes no outro.
A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou seja, é a influência e relação que um
estabelece sobre o outro. Assim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção de textos
que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos existentes em outro texto, seja a nível de
conteúdo, forma ou de ambos: forma e conteúdo.
Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de forma que essa relação pode ser
estabelecida entre as produções textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escrita),
sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música, dança, cinema), propagandas
publicitárias, programas televisivos, provérbios, charges, dentre outros.
50
XI- Morfologia : classes de palavras
SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres,
como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou
políticos, etc.
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os
substantivos, antecedendo-os.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.
VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
51
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de
coordenação ou subordinação.
INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois
algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as
interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.
Substantivo
52
Substantivos comuns: mãe, computador, papagaio, uva, planeta,…
Substantivos coletivos: rebanho, cardume, pomar, arquipélago, constelação,…
Substantivos concretos: mesa, cachorro, samambaia, chuva, Felipe,…
Substantivos abstratos: beleza, pobreza, crescimento, amor, calor,…
Substantivos comuns de dois gêneros: o estudante/a estudante, o jovem/a
jovem, o artista/a artista,…
Substantivos sobrecomuns: a vítima, a pessoa, a criança, o gênio, o indivíduo,…
Substantivos epicenos: a formiga, o crocodilo, a mosca, a baleia, o besouro,…
Substantivos de dois números: o lápis/os lápis, o tórax/os tórax, a práxis/as
práxis,…
Artigo
Adjetivo
Pronome
53
atribuindo particularidades e características aos mesmos (pronomes adjetivos).
Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural)
e pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso).
Numeral
Numerais são palavras que indicam quantidades de pessoas ou coisas, bem como a
ordenação de elementos numa série. Alguns numerais podem ser flexionados em
gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), outros são invariáveis.
Verbo
Verbos são palavras que indicam, principalmente, uma ação. Podem indicar também
uma ocorrência, um estado ou um fenômeno. Podem ser flexionados em número
(singular e plural), pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso), modo (indicativo,
subjuntivo e imperativo), tempo (passado, presente e futuro), aspecto (incoativo,
cursivo e conclusivo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).
54
Verbos de ligação: ser, estar, parecer, ficar, tornar-se, continuar, andar e
permanecer.
Verbos defectivos pessoais: falir, banir, reaver, colorir, demolir, adequar,…
Verbos defectivos impessoais: haver, fazer, chover, nevar, ventar, anoitecer,
escurecer,…
Verbos defectivos unipessoais: latir, miar, cacarejar, mugir, convir, custar,
acontecer,…
Verbos abundantes: aceitado/aceito, ganhado/ganho, pagado/pago,…
Verbos pronominais essenciais: arrepender-se, suicidar-se, zangar-se,
queixar-se, abster-se, dignar-se,…
Verbos pronominais acidentais: pentear/pentear-se, sentar/sentar-se,
enganar/enganar-se, debater/debater-se,…
Advérbio
Preposição
Preposições são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois
termos da oração. Através de preposições, o segundo termo (termo consequente)
explica o sentido do primeiro termo (termo antecedente). São invariáveis, não
sendo flexionadas em gênero e número.
55
Preposições compostas ou locuções prepositivas: acima de, a fim de, apesar
de, através de, de acordo com, depois de, em vez de, graças a, perto de, por
causa de,…
Conjunção
Conjunções são palavras utilizadas como elementos de ligação entre duas orações
ou entre termos de uma mesma oração, estabelecendo relações de coordenação ou
de subordinação. São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.
Interjeição
56
pronunciadas pelos interlocutores.
Exercícios
Eu Te Amo
Chico Buarque Já confundimos tanto as nossas
Ah, se já perdemos a noção da hora pernas
Se juntos já jogamos tudo fora Diz com que pernas eu devo seguir
Me conta agora como hei de partir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz Se na bagunça do teu coração
tantos desvarios Meu sangue errou de veia e se perdeu
Rompi com o mundo, queimei meus
navios Como, se na desordem do armário
Me diz pra onde é que inda posso ir embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
Se nós, nas travessuras das noites E o meu sapato inda pisa no teu
eternas
57
Como, se nos amamos feito dois Não, acho que estás te fazendo de
pagãos tonta
Teus seios inda estão nas minhas Te dei meus olhos pra tomares conta
mãos Agora conta como hei de partir
Me explica com que cara eu vou sair
Exercícios
1) Localize os substantivos que aparecem nas orações abaixo:
a) As pessoas estavam muito contentes na festa.
b) Todas as crianças parecem satisfeitas com o lanche.
c) A bicicleta de Paulo está com o pneu furado.
d) O garoto não entrou no teatro, porque esqueceu os bilhetes.
58
a)Fernanda comeu um terço da torta.
_________________________________________
b)Esse filme é de segunda categoria.
________________________________________
c)Lucas agora tem o dobro de trabalho na escola.
_______________________________
d)Maria e Ana convidaram seis amigas para jantar em sua casa.
_______________________
9) Sublinhe as preposições:
a) Conversamos sobre nossos estudos.
b) Sempre lutamos contra má vontade de alguns.
c) Estou mais uma vez sem meu ajudante.
d) A criançada partiu para o acampamento.
e) Aquela chácara é de meus tios.
10) Complete com a preposição adequada:
59
a) Saí __________ meus pais.
b) Estamos __________ luz há alguns minutos.
c) Minha família morou __________ Pernambuco vários anos.
d) Minha mãe gostava __________ conversar __________ arte.
e) __________ o juiz, ele não abriu a boca.
11)Grife as conjunções:
a) Saiu cedo, mas não voltou ainda.
b) Estava estudando, quando você me telefonou.
c) Você reage ou será dominado pela doença.
d) Não compareceu à reunião nem justificou a falta.
e) Não se afobe, pois dispomos de bastante tempo.
f) Ele falava e eu ficava ouvindo.
60
e) Muito eficiente era o soldado amarelo.
11. Todas as formas abaixo expressam um tamanho menor que o normal, exceto:
a) saquitel. b) grânulo. c) radícula. d) marmita. e) óvulo.
16. Em "Escrever é alguma coisa extremamente forte, mas que pode me trair e me
abandonar.", as palavras grifadas podem ser classificadas como, respectivamente:
a) pronome adjetivo - conjunção aditiva. b) pronome interrogativo - conjunção
aditiva.
c) pronome substantivo - conjunção alternativa.
d) pronome adjetivo - conjunção adversativa. e) pronome interrogativo - conjunção
alternativa.
17. Marque o item em que a análise morfológica da palavra sublinhada não está
correta:
a) Ele dirige perigosamente - (advérbio).
61
b) Nada foi feito para resolver a questão - (pronome indefinido).
c) O cantar dos pássaros alegra as manhãs - (verbo).
d) A metade da classe já chegou - (numeral).
e) Os jovens gostam de cantar música moderna - (verbo).
.
Tipos de conjunções:
Conjunções Coordenativas
Conjunções coordenativas
Aditivas: dão a ideia de adição, acréscimo, como: e, nem, mas também, mas
ainda, senão também, como também, bem como.
Exemplos:
O agricultor colheu o trigo e o vendeu.
Não aprovo nem permitirei essa falta de educação.
Os livros não só instruem, mas também divertem.
As abelhas não apenas produzem mel e cera, mas ainda polinizam as flores.
Observação: a conjunção e pode apresentar valor adversativo também, a depender do
contexto:
62
Alternativas: exprimem alternância, como: ou, ou…ou, ora…ora, já…já, quer…quer,
etc.
Exemplos:
Os sequestradores deviam render-se ou serão mortos.
Ou você estuda ou arruma um emprego.
Ora triste, ora alegre, a vida segue seu ritmo.
Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando.
Conjunções subordinativas
Conjunções subordinativas
63
Célia vestia-se bem, embora fosse pobre.
A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer.
Beba, nem que seja um pouco.
Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo.
Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse.
64
Ontem estive doente, de sorte que não saí.
Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam.
Não podem ver um brinquedo que não o queiram comprar.
Exemplos:
Venha quando quiser.
Não fale enquanto come.
Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra.
Desde que o mundo existe, sempre houve guerras.
Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia.
Ao mesmo tempo que corriam, atiravam pedras para trás.
Exercícios
65
(Também) o pai deve ser observado. Todos são altos e morenos.
(Consequentemente), a filha também será morena e alta."
66
h) Continue escrevendo que você pode ir longe.
i) Ou muda muita coisa aqui, ou a situação vai ficar insuportável.
j) Havia várias propostas de emprego, todavia o salário não era convidativo.
8- Em cada uma das questões que seguem, ocorre uma conjunção coordenativa
grifada. Indique o tipo de relação estabelecido por tal conjunção, de acordo com
o código que segue.
A) relação de adição;
B) relação de oposição;
C) relação de alternância;
D) relação de conclusão;
E) relação de explicação
10- "Não me aguardem, porque não poderei chegar a tempo." Neste período a
conjunção em destaque estabelece uma relação de:
a) adição b) oposição c) alternância d) explicação e)
conclusão
67
Estudar as diferenças entre Frase, Oração e Período é importante para que
possamos compreender a sintaxe da língua portuguesa, os enunciados e suas
unidades.
1. Frase
Frases têm como objetivo exprimir ideias, emoções, ordens, apelos etc. mais
extensas.
1.2. Frases imperativas: dá-se esse nome às frases em que existe uma ordem,
pedido ou conselho sendo dado pelo emissor. Podem ser negativas ou
afirmativas.
Exemplos:
a) Cale-se! (afirmativa)
b) Não deixe a porta aberta. (negativa)
c) Jogue isto no lixo. (afirmativa)
68
1.3. Frases exclamativas: nesse tipo de frase o emissor externa um estado
afetivo.
Exemplos:
1.4. Frases declarativas: nesse tipo de frase o emissor constata um fato, informa
ou declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas.
Exemplos:
a) Deus te abençoe!
b) Espero que tudo dê certo
c) Que hoje seu dia seja muito feliz.
2. Oração
Exemplos:
a) Murilo brincou no parquinho. (uma oração)
b) Hoje levarei o Murilo ao parquinho, ele brincará bastante. (duas orações)
c) Amanhã levarei Murilo ao parquinho, ele brincará com a Carol, porém serei
cuidadosa. (três orações)
3. Período
Trata-se de frases formadas por uma ou mais orações, tendo no seu todo um
sentido completo. O período pode ser simples ou composto.
3.1. Período simples: é formado por apenas uma oração, chamada de oração
absoluta.
69
a) O almoço hoje será um assado.
b) Crianças precisam de amor e disciplina.
c) Ele me presenteou com um lindo anel.
d) Leandro é um menino encantador, porém levado.
Texto
Planeta água
Sobre a plantação
Água que nasce na fonte Gotas de água da chuva
Serena do mundo Tão tristes, são lágrimas
E que abre um Na inundação...
Profundo grotão
Água que faz inocente Águas que movem moinhos
Riacho e deságua São as mesmas águas
Na corrente do ribeirão... Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Águas escuras dos rios Pro fundo da terra
Que levam Pro fundo da terra...
A fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias Terra! Planeta Água
E matam a sede da população... Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água...(2x)
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas Água que nasce na fonte
Ronco de trovão Serena do mundo
E depois dormem tranquilas E que abre um
No leito dos lagos Profundo grotão
No leito dos lagos... Água que faz inocente
Riacho e deságua
Água dos igarapés Na corrente do ribeirão...
Onde Iara, a mãe d'água
É misteriosa canção Águas escuras dos rios
Água que o sol evapora Que levam a fertilidade ao sertão
Pro céu vai embora Águas que banham aldeias
Virar nuvens de algodão... E matam a sede da população...
70
Que encharcam o chão Terra! Planeta Água
E sempre voltam humildes Terra! Planeta Água
Pro fundo da terra Terra! Planeta Água...(2x)
Pro fundo da terra...
Guilherme Arantes
Analisando a música
Texto I
https://www.google.com.br/search?q=charges+de+desigualdade+social&biw
71
2- Na charge, além das imagens, outro recurso importante é a linguagem verbal.
Ao analisar a linguagem utilizada pelo pai e pela mãe, podemos inferir que:
TEXTO II
https://www.google.com.br/search?q=charges+sobre+comunica
Transcrição:
Na infância, Juquinha usava o telefone para infernizar todo mundo com trotes.
Hoje, as operadoras fazem ele provar do seu próprio veneno!
- Quê?! Hein?! Oi ?!!
- Droga, caiu de novo!!
72
a) Estão corretos os itens I e IV. b) Estão corretos os itens I e
III.
c) Estão corretos os itens II e IV. d) Estão corretos os itens II e
III.
e) Todos os itens estão corretos.
TEXTO III
Disponível em https://minilua.com/recebi-mail-charges-das-escolas-atuais-100/.
Acesso em 20/05/2016, às 23:55.
TEXTO IV
73
https://www.google.com.br/search?q=not%C3%ADcia+sobre+a+n
%C3%A3o+falar+de+politica+em+sala+de+aula&espv=
XIII-Função sintática
Função sintática
74
Função sintática é o papel que determinada palavra desempenha dentro
de uma oração. A função de cada termo da oração é determinada pela
análise sintática. Nesse tipo de análise, cada termo da oração é estudado de
acordo com o sentido e posição que ocupa na oração, estabelecendo relação
com os restantes termos.
Exemplo:
Pessoal, no Brasil, nosso amado país, alunos e professores protestam contra a
falta de condições educacionais.
75
Vocativo - termo independente que é usado para chamar alguém ou algo: Amor,
tente chegar mais cedo.
substantivo
artigo
adjetivo
pronome
preposição
verbo
advérbio
numeral
conjunção
interjeição
Agora veja quais são os termos que fazem parte da análise sintática:
Sujeito
Predicado
Objeto Direto
Objeto Indireto
VTD/VTI/VTDI/VI/VL
Predicativo do Sujeito
Predicativo do Objeto
Adjunto Adnominal
Adjunto Adverbial
Complemento Nominal
Agente da Passiva
Vocativo
Aposto
Sujeito e predicado
Uma forma fácil de detectar esses termos nas orações é perguntando quem? e,
ou o que?
Exemplo 1:
Os estudantes organizaram a homenagem.
Quem organizou a homenagem? Os estudantes, logo esse é o sujeito da
oração.
O que foi feito? Organizaram a homenagem, logo esse é o predicado da
oração.
Exemplo 2:
O discurso foi modificado.
O que? “Algo” foi modificado. Essa é informação dada sobre algo, logo, esse é
o predicado da oração.
76
O que foi modificado? O discurso. É do discurso de que se fala, logo esse é o
sujeito da oração.
Exemplos:
Ordem direta: Os formandos e os professores empenhados organizaram
a festa.
Ordem inversa: Organizaram a festa os formandos e os professores
empenhados.
No meio do predicado: Empenhados, os formandos e os professores
organizaram a festa.
Núcleo do sujeito
O sujeito das orações podem ser formados por mais do que uma palavra.
Nesses casos, o núcleo é a palavra principal, a que tem mais significado para o
sujeito.
Assim, o núcleo do sujeito “o discurso” é “discurso”.
O núcleo do sujeito “Os formandos e os professores” é “formandos” e
“professores”.
O verbo deve concordar com o sujeito. Saiba como em Concordância Verbal.
Exercícios
77
IV. Sujeito indeterminado.
V. Sujeito simples.
3-“Nunca me faltou ajuda nas dificuldades”. Qual é o sujeito e o tipo de sujeito dessa
oração?
a) ( ) Nunca / Sujeito simples.
b) ( ) Dificuldades / Sujeito simples.
c) ( ) Ajuda nas dificuldades / Sujeito composto.
d) ( ) Ajuda / Sujeito simples.
e) ( ) Sujeito indeterminado.
Os predicados podem ser:
Verbal - quando o verbo indica ação. Exemplo: Terminei mais cedo.
Nominal - quando o verbo indica estado. Exemplo: O
patrão foi atencioso.
Verbo-Nominal - quando o verbo indica ação e estado. Exemplo:
Cheguei atrasada (o mesmo que dizer “Cheguei e estava atrasada”)
Núcleo do predicado
78
Quando o predicado é verbo-nominal, há dois núcleos: um verbo e um
nome. Exemplo: Cheguei e estava atrasada.
Exercícios
79
c) Verbal, porque o verbo é de ligação e são atribuídas duas características ao
sujeito.
d) Nominal, porque o verbo tem significação completa e apresenta adjuntos
adnominais e dois predicativos.
e) Verbo-nominal porque apresenta um predicativo seguido do objeto direto.
Predicativo
Predicativo é o termo que confere ao sujeito ou ao objeto uma
qualidade, uma característica. Existem dois tipos de predicativo:
o PREDICATIVO DO SUJEITO e o PREDICATIVO DO OBJETO.
PREDICATIVO DO SUJEITO: termo que caracteriza o sujeito da oração.
80
O trem está quebrado. (Predicativo do Sujeito)
Nomeei José o meu secretário. (Predicativo do Objeto)
Chamei-o de ladrão. (Predicativo do Objeto)
António Guterres é primeiro-ministro. (Predicativo do Sujeito)
Fumar é um vício. (Predicativo do Sujeito)
A-Objeto Direto
B-Objeto Indireto
81
auxiliado por uma preposição conforme citado acima. Viu qual é a importância de
saber identificar a transitividade do verbo?
Vamos analisar:
1. Ana comeu - Para que a oração faça sentido, é preciso completá-la. Uma
vez que necessita de complemento, o seu verbo é transitivo. Mas, afinal,
o que ou como Ana comeu?
2. Ana comeu o bolo - o bolo é objeto direto, pois esse complemento verbal
não contém preposição.
82
Agora,
1. Ana comeu com as mãos. - Neste caso o verbo comer é completado
com as palavras "com as mãos", que oferece a informação do modo
como Ana comeu. Uma vez que "com" é preposição, "com as mãos" é
objeto indireto.
2. Ana comeu o bolo com as mãos. - Esta oração, por sua vez, é
completada por dois complementos, um: "o bolo", que é objeto direto; e
outro: "com as mãos", que é objeto indireto
Exercícios
2-Classifique os objetos:
a)A moça não resistiu ao beijo do namorado.
b)Sem dúvida, este jovem gosta de música.
c) Desejo-te (a você) boa viagem .
d)A Leitura amplia nossos conhecimentos .
e)Que lhe importa (a você) o meu ar .
f)Não duvides das verdades divinas .
Transitividade verbal
I. A noite chegava.
II. Ela não tinha paciência.
83
completo, ele é chamado de verbo intransitivo, pois não transmite sua ação a
nenhum outro termo. Por outro lado, quando temos um verbo cujo sentido é
incompleto, ele é chamado de verbo transitivo, pois há uma transmissão da
ação verbal a outros termos oracionais.
Assim, é possível definir transitividade verbal como a transmissão da ação de
verbos, com sentidos incompletos, a seus complementos.
Diante disso, é possível classificar os verbos quanto a sua transitividade. Eles
podem ser classificados em:
Transitividade X intransitividade
84
Contrariamente aos verbos transitivos, cujo sentido transita para um objeto, há
verbos que apresentam sentido completo, não necessitando de qualquer
complemento. São os verbos intransitivos.
Meu irmão nasceu.
Meu cachorro morreu.
Minha avó caiu.
O bebê dormiu.
Eu chorei.
Ela não sofreu.
Exercícios
85
5-(Mack) Em "E quando o brotinho lhe telefonou, dias depois, comunicando
que estudava o modernismo, e dentro do modernismo sua obra, para que o
professor lhe sugerira contato pessoal com o autor, ficou assanhadíssimo e
paternal a um tempo", os verbos assinalados são, respectivamente:
a) transitivo direto, transitivo indireto, de ligação, transitivo direto e indireto
b) transitivo direto e indireto, transitivo direto, transitivo indireto, de ligação
c) transitivo indireto, transitivo direto e indireto, transitivo direto, de ligação
d) transitivo indireto, transitivo direto, transitivo direto e indireto, de ligação
e) transitivo indireto, transitivo direto e indireto, de ligação, transitivo direto
Adjunto adnominal
Adjunto Adverbial
Causa
O menino pulava de alegria.
A palavra "alegria" vem para modificar o sentido de "pulava", fazendo com que a ação
ganhe uma causa. Não é só "pulava" e sim "pulava porque estava alegre".
Dúvida
Talvez não vá ao colégio amanhã.
"Talvez" vem para modificar o sentido do verbo ir, fazendo com que a ação torne-se
duvidosa. Por um determinado motivo, pode ser que não vá ao colégio.
Intensidade
86
Quero muito este livro.
Completando o sentido de "querer", o ‘muito’ dá mais intensidade a ação, tornando-a
um desejo forte.
Lugar
Sonho em morar na praia.
A "praia" vem não só para modificar, mas também para especificar o desejo de
"morar" lá.
Modo
Tomei café da manhã às pressas.
O ato de tomar café modifica-se com este adjunto, que torna a atividade do sujeito
apressada.
Negação
Ela não irá ao colégio
A negação modifica a ação anulando-a: o adjunto adverbial não anuncia que a ida ao
colégio do sujeito foi anulada.
Afirmação
Certamente nós iremos.
Ao contrário da negação, aqui o adjunto confirma a ação.
Tempo
Nesta noite fará muito frio.
O adjunto, neste caso, vem para dar a noção do tempo em que a ação ocorre.
Instrumento
Atingiu-a com uma bola.
Exercícios
87
( ) adjunto adverbial de lugar
( ) adjunto adverbial de modo
( ) adjunto adverbial de causa
( ) adjunto adverbial de tempo
Complemento Nominal
Exemplos:
Frituras fazem mal ao fígado.
Estamos ansiosos com a sua chegada.
Alguém tem notícias dela?
Exemplos:
Tenho esperança de que eles compareçam. (de que eles compareçam = complemento
nominal)
88
Receio que ele chegue à conclusão de que eu já sabia. (de que eu já sabia =
complemento nominal)
Observe que para descobrir qual é o sujeito da oração basta perguntar ao verbo
“quem?”: “Quem tem a necessidade?” As pessoas.
Para saber quem é o objeto direto, perguntamos ao verbo: “o quê?”: “Têm o quê?”
Necessidade. E para encontrar o complemento nominal, basta perguntar ao objeto
direto “de quê?”: “As pessoas têm necessidade de quê?”. De interagir com as outras.
Agente da passiva
89
2. A vitamina foi comprada por João.
Aposto
Geralmente, a pausa entre um termo e outro vem separado dos demais termos
da oração por vírgula, dois pontos, parênteses ou travessão.
Exemplos:
1. Explicativo
Oferece uma explicação sobre o termo anterior:
2. Distributivo
Retoma as explicações sobre os termos, contudo, de maneira separada na
oração:
90
Adoro João e Maria, um exemplo de calma e a outra, de agitação.
3. Enumerativo
Enumera as explicações sobre o termo, sendo separado por vírgulas:
4. Comparativo
Compara o termo da oração:
5. Resumidor ou recapitulativo
Resume os termos anteriores do enunciado:
Saúde, educação e acesso à cultura, tudo isso são prioridades para a melhoria
de um país.
Paz e sossego, esses são os meus desejos para as férias.
6. Especificativo
Especifica um termo da oração:
Vocativo
Além disso, o vocativo corresponde a um termo que não possui relação sintática
com outro termo da oração de forma que não faz parte nem do sujeito e nem do
predicado. Enquanto isso, o aposto mantém relação sintática com outros termos
da oração.
Exemplos:
Exercícios
91
01. Chegou a hora da verdade, amigos.
02. Cuidado com o carro, seus loucos!
03. O senador foi à festa com a namorada, Marcia.
04. Acorda, São Paulo.
05. Pedro II, ex-imperador do Brasil, foi deportado.
06. A ordem, meus amigos, é a base do Exército.
07. Mário possui três filhas: Janaína, Vitória e Bruna.
A oração (1) é coordenada assindética e a (2) coordenada sindética
92
Ele é inteligente e estuda muito.
Agora, veja o que acontece se separarmos o período em duas orações:
Ele é inteligente.
Ele estuda muito.
Como você pode ter notado, as duas orações são independentes, não é mesmo? Isso
deve-se ao fato de elas não exercerem nenhuma função sintática uma em relação a
outra. Esses tipos de orações são conhecidos como orações coordenadas. Assim,
podemos conceituar:
As orações coordenadas são aquelas sintaticamente independentes.
Além disso, é importante dizer que esse tipo de oração pode ou não ser introduzida
por uma conjunção. As orações que apresentam conjunção são chamadas
de orações coordenadas sindéticas; já as que não possuem conjunção são
chamadas de orações coordenadas assindéticas.
a) aditivas: são aquelas que dão uma ideia de sequência ou adição de fatos ou
acontecimentos. Essas orações são articuladas por meio de uma conjunção aditiva (e,
nem).
Eu não vou comer salada, nem tomar suco.
b) adversativas: são aquelas que se opõem àquilo que se declara na primeira oração.
Elas são articuladas por meio de uma conjunção adversativa (porém, mas, todavia,
contudo, no entanto, entretanto, não obstante).
Eu queria ficar em casa, porém preciso ir ao banco.
c) alternativas: são aquelas que excluem o conteúdo da outra. Essas orações são
articuladas por meio de uma conjunção alternativa (ou) ou pelos pares quer... quer,
já... já, ora... ora.
Viajarei de avião ou pegarei um ônibus.
93
As Orações Subordinadas são aquelas que exercem função sintática sobre outras, ou
seja, a oração que subordina ou depende da outra.
Dependendo da função que desempenham, os tipos de oração subordinada
são substantivas, adjetivas ou adverbiais.
94
Orações Subordinadas Adverbiais
As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem função de advérbio.
São classificadas em Causais, Comparativas, Concessivas, Condicionais,
Conformativas, Consecutivas, Finais, Temporais, Proporcionais.
Exercícios
95
f) Acontece que meu coração parou naquela hora.
6) A mãe ficou à janela na esperança de que o filho voltasse para casa. A
oração em destaque é:
a. ( ) subordinada substantiva subjetiva. b. ( ) subordinada substantiva
completiva nominal.
c. ( ) subordinada substantiva predicativa. d. ( ) substantiva objetiva direta
e. ( ) substantiva objetiva indireta
96
c. ( ) Só me interessa saber uma coisa: onde moras? d. ( )
Morarei onde tu moras.
e. ( ) Agora já sei onde tu moras.
Exercícios
97
2- Quanto à classificação das orações subordinadas adjetivas abaixo, a correta
opção é:
Os pais que cuidam dos seus filhos merecem aplausos.
Esta equipe, cujo técnico não incentiva seus atletas, sempre perde.
A casa, onde mora, parece abandonada.
98
_________________
Exercícios
99
C)Oração subordinada adverbial concessiva.
D)Oração subordinada adverbial consecutiva.
E)Oração subordinada adverbial final.
F)Oração subordinada adverbial causal.
G)Oração subordinada adverbial condicional.
H)Oração subordinada adverbial comparativa
I) Oração subordinada adverbial conformativa.
J)Oração principal.
XVI -Crase
CRASE
A crase nada mais é do que a fusão da preposição “a” com o artigo feminino “a”, por
isso ela não ocorre antes de substantivos masculinos
100
As amigas foram à confraternização de final de ano da empresa.
Mas quando as horas estiverem antecedidas das preposições para, desde e até,
naturalmente o artigo não receberá o acento indicador de crase. Observe:
Ele comprou sapatos à Luís XV. (Ele comprou sapatos à moda de Luís XV).
101
→ Antes dos pronomes possessivos femininos minha, tua, nossa etc.: Nesses
casos, o uso do artigo antes do pronome é opcional. Observe:
II. Habituara-se ______ boa vida, tendo de um tudo, regalada. (J. Amado)
III. Depois do meu telegrama (lembram: o telegrama em que recusei duzentos mil-réis
___ (pirata), a “Gazeta” entrou a difamar-me. (G. Ramos)
102
IV. Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente fazer isso e não
fazer _____.
(Millôr Fernandes)
a) àquele, aquela, aquele, aquilo b) àquele, àquela, aquele, aquilo
c) àquele, àquela, aquele, àquilo d) àquele, àquela, àquele, aquilo
e) aquele, àquela, aquele, aquilo
03. (CESCEM) Sentou-se ___ máquina e pôs-se ___ reescrever uma ___ uma as
páginas do relatório.
a) a / a / à b) a / à / à c) à / a / a d) à / à / à e) à / à / a
05. (ESAN) Das frases abaixo, apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:
a) Devemos aliar a teoria à prática.
b) Daqui à duas semanas ele estará de volta.
c) Puseram-se à discutir em voz alta.
d) Dia à dia, a empresa foi crescendo.
e) Ele parecia entregue à tristes cogitações.
06. (ABC – MED.) Nas alternativas que seguem, há três frases, que podem estar
corretas ou não. Leia-as atentamente e marque a resposta certa:
I. O seu egoísmo só era comparável à sua feiúra.
II. Não pôde entregar-se às suas ilusões.
III. Quem se vir em apuros, deve recorrer à justiça.
a) Apenas a frase I está correta.
b) Apenas a frase II está correta.
c) Apenas as frases I e II estão corretas.
d) Apenas as frases II e III estão corretas.
e) As três frases estão corretas.
103
07. (FUND. LUSÍADA) Assinale a alternativa que completa corretamente o período:
____ noite estava clara e os namorados foram _____ praia ver a chegada dos
pescadores que voltavam ____ terra.
a) Á / à / à b) A / à / à c) A / a / à d) À / a / à e) A / à / a
09. (ABC – MED.) A alternativa em que o acento indicativo de crase não procede é:
a) Tais informações são iguais às que recebi ontem.
b) Perdi uma caneta semelhante à sua.
c) A construção da casa obedece às especificações da Prefeitura.
d) O remédio devia ser ingerido gota à gota, e não de uma só vez.
e) Não assistiu a essa operação, mas à de seu irmão.
10. (FUVEST) Indique a forma que não será utilizada para completar a frase seguinte:
“Maria pediu ____ psicóloga que ____ ajudasse ____ resolver o problema que ___
muito ____ afligia.”
a) preposição (a)
b) pronome pessoal feminino (a)
c) contração da preposição a e do artigo feminino a (à)
d) verbo haver indicando tempo (há)
e) artigo feminino (a)
11. (ITA – SP)
Dadas as afirmações:
1- Tudo correu as mil maravilhas.
2 – Caminhamos rente a parede.
3 – Ele jamais foi a festas.
104
a) apenas na sentença nº 1 b) apenas na sentença nº 2
c) apenas nas sentenças nºs 1 e 2 d) em todas as sentenças
13. Refiro-me ...... atitudes de adultos que, na verdade, levam as moças ...... rebeldia
insensata e ...... uma fuga insensata.
a) às, à, a b) as, à, à c) às, à, à d) as, à, a e) às, a, à
16. (DETRAN/RN – 2010 – FGV) 7 - Assinale a alternativa em que está correto o uso
do acento indicativo de crase:
a) O autor se comparou à alguém que tem boa memória.
b) Ele se referiu às pessoas de boa memória.
c) As pessoas aludem à uma causa específica.
d) Ele passou a ser entendido à partir de suas reflexões sobre a memória.
e) Os livros foram entregues à ele.
17. (POLÍCIA CIVIL/SC – 2010 – ACAFE) 10 - Assinale a alternativa correta que
preenche as lacunas da frase a seguir.
“O vereador que reside ______ Rua Miguel Deodoro corre o risco de ter seu
_________ _______ assim que o processo chegar _______ mãos do Presidente.
a) à - mandado caçado – as b) à - mandato caçado - às
c) na - mandado cassado – as d) na - mandato cassado – às
105
18. (PUC) “sensível a criatura à impressão”. Assinale a opção em que há ERRO no
emprego do acento grave, indicativo da crase:
a) Quando iremos à Portugal?
b) Terminei o trabalho às 11 horas da noite.
c) Hoje distribuíram balas às crianças do bairro.
d) Emprestei vários livros à secretaria.
e) Ele não compareceu à reunião de sexta-feira.
19. (UNIRIO) Assinale o item em que há ERRO por ausência ou presença do acento
no A indicativo de crase.
a) À cada gol, Pelé exultava.
b) Assisti a uma partida sem gols.
c) O juiz terminou a partida às pressas.
d) À uma hora se iniciaria o último jogo do torneio.
e) Fui à praia e não vi futebol na areia.
20. (ABC - MED.)
A alternativa em que o acento indicativo de crase não procede é:
a) Tais informações são iguais às que recebi ontem.
b) Perdi uma caneta semelhante à sua.
c) A construção da casa obedece às especificações da Prefeitura.
d) O remédio devia ser ingerido gota à gota, e não de uma só vez.
e) Não assistiu a essa operação, mas à de seu irmão.
21. (ITA)
Analisando as sentenças:
I. A vista disso, devemos tomar sérias medidas.
II. Não fale tal coisa as outras.
III. Dia a dia a empresa foi crescendo.
IV. Não ligo aquilo que me disse.
Podemos deduzir que:
a) Apenas a sentença III não tem crase.
b) As sentenças III e IV não têm crase.
c) Todas as sentenças têm crase.
d) Nenhuma sentença tem crase.
e) Apenas a sentença IV não tem crase.
106
22. (FUND. LUSÍADA) Assinale a alternativa que completa corretamente o período:
____ noite estava clara e os namorados foram _____ praia ver a chegada dos
pescadores que voltavam ____ terra.
a) A / à / à b) A / a / à c) A / à / a d) Á / à / à e) À / a / à
23. (FUVEST) Indique a forma que não será utilizada para completar a frase seguinte:
“Maria pediu ......psicóloga que .....ajudasse.....resolver o problema
que.....muito.....afligia.”
a) pronome pessoal feminino (a)
b) contração da preposição a e do artigo feminino a (à)
c) artigo feminino (a)
d) preposição (a)
e) verbo haver indicando tempo (há)
24. (ESAN) Das frases abaixo, apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:
a) Devemos aliar a teoria à prática
b) Ele parecia entregue à tristes cogitações
c) Daqui à duas semanas ele estará de volta
d) Puseram-se à discutir em voz alta
e) Dia à dia, a empresa foi crescendo
26. (ABC - MED.) A alternativa em que o acento indicativo de crase não procede é:
a) A construção da casa obedece às especificações da Prefeitura
b) Tais informações são iguais às que recebi ontem
c) Não assistiu a essa operação, mas à de seu irmão
107
d) O remédio devia ser ingerido gota à gota, e não de uma só vez
e) Perdi uma caneta semelhante à sua
27. (CESCEM) Sentou-se ___ máquina e pôs-se ___ reescrever uma ___ uma as
páginas do relatório.
a) à / à / à b) à / a / a c) a / à / à d) à / à / a
28. (ABC - MED.) Nas alternativas que seguem, há três frases, que podem estar
corretas ou não. Leia-as atentamente e marque a resposta certa:
I. O seu egoísmo só era comparável à sua feiura.
II. Não pôde entregar-se às suas ilusões.
III. Quem se vir em apuros, deve recorrer à justiça.
a) Apenas as frases II e III estão corretas
b) Apenas as frases I e II estão corretas
c) Apenas a frase I está correta
d) Apenas a frase II está correta
e) As três frases estão corretas
30. (CESGRANRIO) O acento grave está empregado de acordo com a norma- padrão
em:
a) Ensinar implica à necessidade de também aprender.
b) Os professores sempre visam à evolução dos alunos.
c) A educação se constrói à duras penas.
d) Recorrer à métodos pedagógicos alternativos é fundamental.
e) É importante criar discussões à cerca do ensino.
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se
poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar
seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente
108
método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto
autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim
mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no
intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. (Machado de
Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas)
[EXERCÍCIO 01] Pode-se afirmar, com base nas ideias do autor-personagem, que
se trata:
a) de um texto jornalístico
b) de um texto religioso
c) de um texto científico
d) de um texto autobiográfico
e) de um texto teatral
[EXERCÍCIO 02] Para o autor-personagem, é menos comum:
a) começar um livro por seu nascimento.
b) não começar um livro por seu nascimento, nem por sua morte.
c) começar um livro por sua morte.
d) não começar um livro por sua morte.
e) começar um livro ao mesmo tempo pelo nascimento e pela morte.
[EXERCÍCIO 03] Deduz-se do texto que o autor-personagem:
a) está morrendo.
b) já morreu.
c) não quer morrer.
d) não vai morrer.
e) renasceu.
[EXERCÍCIO 04] A semelhança entre o autor e Moisés é que ambos:
a) escreveram livros.
b) se preocupam com a vida e a morte.
c) não foram compreendidos.
d) valorizam a morte.
e) falam sobre suas mortes.
[EXERCÍCIO 05] A diferença capital entre o autor e Moisés é que:
a) o autor fala da morte; Moisés, da vida.
b) o livro do autor é de memórias; o de Moisés, religioso.
c) o autor começa pelo nascimento; Moisés, pela morte.
d) Moisés começa pelo nascimento; o autor, pela morte.
e) o livro do autor é mais novo e galante do que o de Moisés.
[EXERCÍCIO 06] Deduz-se pelo texto que o Pentateuco:
a) não fala da morte de Moisés.
b) foi lido pelo autor do texto.
c) foi escrito por Moisés.
d) só fala da vida de Moisés.
e) serviu de modelo ao autor do texto.
[EXERCÍCIO 07] Autor defunto está para campa, assim como defunto autor para:
a) introito
b) princípio
c) cabo
d) berço
e) fim
[EXERCÍCIO 08] Dizendo-se um defunto autor, o autor destaca seu (sua):
a) conformismo diante da morte
b) tristeza por se sentir morto
c) resistência diante dos obstáculos trazidos pela nova situação
d) otimismo quanto ao futuro literário
e) atividade apesar de estar morto
109
texto 2
Segunda maior produtora mundial de embalagem longa vida, a SIG Combibloc,
principal divisão do grupo suíço SIG, prepara a abertura de uma fábrica no Brasil. A
empresa, responsável por 1 bilhão do 1,5 bilhão de dólares de faturamento do grupo,
chegou ao país há dois anos disposta 5 a brigar com a líder global, Tetrapak, que
detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado. Os estudos para a implantação da
fábrica foram recentemente concluídos e apontam para o Sul do país, pela facilidade
logística junto ao Mercosul. Entre os oito atuais clientes da Combibloc na região estão
a Unilever, com a marca de atomatado Malloa, no Chile, e a 10 italiana Cirio, no Brasil.
(Denise Brito, na Exame, dez./99)
[EXERCÍCIO 09] Segundo o texto, a SIG Combibloc:
a) produz menos embalagem que a Tetrapak.
b) vai transferir suas fábricas brasileiras para o Sul.
c) possui oito clientes no Brasil.
d) vai abrir mais uma fábrica no Brasil.
e) possui cliente no Brasil há dois anos, embora não esteja instalada no país.
[EXERCÍCIO 10] Segundo o texto:
a) O Mercosul não influiu na decisão de instalar uma fábrica no Sul.
b) a SIG Combibloc está entrando no ramo de atomatado.
c) a empresa suíça SIG ocupa o 2o lugar mundial na produção de embalagem
longa vida.
d) a Unilever é empresa chilena.
e) a SIG Combibloc detém 2/3 do faturamento do grupo.
[EXERCÍCIO 11] Os estudos apontam para o Sul porque:
a) o clima favorece a produção de embalagens longa vida.
b) está próximo aos demais países que compõem o Mercosul.
c) a Cirio já se encontra estabelecida ali. -v-.v.
d) nos países do Mercosul já há clientes da Combibloc.
e) o Sul é uma região desenvolvida e promissora.
[EXERCÍCIO 12] “…que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado.” (/. 5-
6) Das alterações feitas nessa passagem do texto, a que não mantém o sentido
original é:
a) a qual detém cerca de 80% dos negócios em tal mercado.
b) que possui perto de 80% dos negócios nesse mercado.
c) que detém aproximadamente 80% dos negócios em tais mercados.
d) a qual possui aproximadamente 80% dos negócios nesse mercado.
e) a qual detém perto de 80% dos negócios nesse mercado.
[EXERCÍCIO 13] “…e apontam para o Sul do país…” O trecho destacado só não
pode ser entendido, no texto, como:
a) e indicam o Sul do pai
b) e recomendam o Sul do país
c) e incluem o Sul do país
d) e aconselham o Sul do país
e) e sugerem o Sul do país
Texto 3
Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no
desenvolvimento dos latifúndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram,
eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na pesca,
em determinados ofícios 5 mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se
acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que exige a exploração dos
110
canaviais. Sua tendência espontânea era para as atividades menos sedentárias e que
pudessem exercer-se sem regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de
estranhos. (Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes)
[EXERCÍCIO 14] Segundo o autor, os antigos moradores da terra:
a) foram o fator decisivo no desenvolvimento dos latifúndios coloniais.
b) colaboravam com má vontade na caça e na pesca.
c) não gostavam de atividades rotineiras.
d) não colaboraram com a indústria extrativa.
e) levavam uma vida sedentária.
[EXERCÍCIO 15] “Trabalho acurado” (l. 6) é o mesmo que:
a) trabalho apressado
b) trabalho aprimorado
c) trabalho lento
d) trabalho especial
e) trabalho duro
[EXERCÍCIO 16] Na expressão “tendência espontânea” (/. 7), temos uma(a):
a) ambiguidade
b) cacofonia
c) neologismo
d) redundância
e) arcaísmo
[EXERCÍCIO 17] Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram:
a) os portugueses
b) os negros
c) os índios
d) tanto os índios quanto os negros
e) a miscigenação de portugueses e índios
[EXERCÍCIO 18] Pelo visto, os antigos moradores da terra não possuíam muito
(a):
a) disposição
b) responsabilidade
c) inteligência
d) paciência
e) orgulho
texto 4
Com todo o aparato de suas hordas guerreiras, não conseguiram as bandeiras realizar
jamais a façanha levada a cabo pelo boi e pelo vaqueiro. Enquanto que aquelas, no
desbravar, sacrificavam indígenas aos milhares, despovoando sem fixarem-se, estes
foram 5 pontilhando de currais os desertos trilhados, catequizando o nativo para seus
misteres, detendo-se, enraizando-se. No primeiro caso era o ir e voltar; no segundo,
era o ir-e-ficar. E assim foi o curral precedendo a fazenda e o engenho, o vaqueiro e o
lavrador, realizando uma obra de conquista dos altos sertões, exclusive a pioneira.
(José Alípio Goulart, in Brasil do Boi)
[EXERCÍCIO 19] Segundo o texto:
a) tudo que as bandeiras fizeram foi feito também pelo boi e pelo vaqueiro.
b) o boi e o vaqueiro fizeram todas as coisas que as bandeiras fizeram.
c) nem as bandeiras nem o boi e o vaqueiro alcançaram seus objetivos.
d) o boi e o vaqueiro realizaram seu trabalho porque as bandeiras abriram o caminho.
e) o boi e o vaqueiro fizeram coisas que as bandeiras não conseguiram fazer.
[EXERCÍCIO 20] Com relação às bandeiras, não se pode afirmar que:
a) desbravaram
111
b) mataram
c) catequizaram
d) despovoaram
e) não se fixaram
[EXERCÍCIO 21] Os índios foram:
a) maltratados
b) aviltados
c) expulsos
d) presos
e) massacrados
[EXERCÍCIO 22] O par que não caracteriza a oposição existente entre as
bandeiras e o
boi e o vaqueiro é:
a) aquelas (/. 3) / estes (/. 4)
b) ir-e-voltar (/. 6/7) / ir-e-ficar (/. 7)
c) no primeiro caso (/. 6) / no segundo (/. 7)
d) enquanto (/. 3) / e assim [1.7)
e) despovoando (/. 4) / pontilhando (/. 5)
texto 5
Você se lembra da Casas da Banha? Pois é, uma pesquisa mostra que mais de 60%
dos cariocas ainda se recordam daquela que foi uma das maiores redes de
supermercados do país, com 224 lojas e 20.000 funcionários, desaparecida no início
dos anos 90. Por isso, seus antigos 5 donos, a família Velloso, decidiram ressuscitá-
la. Desta vez, porém, apenas virtualmente. Os Velloso fizeram um acordo com a
GW.Commerce, de Belo Horizonte, empresa que desenvolve programas para
supermercados virtuais. Em troca de uma remuneração sobre o faturamento, A GW
112
gerenciará as vendas para a família Velloso. A família cuidará apenas das 10
compras e das entregas. (José Maria Furtado, na Exame, dez./99)
[EXERCÍCIO 26] Segundo o texto, a família Velloso resolveu ressuscitar as
Casas da
Banha porque:
a) a rede teve 224 lojas e 20.000 funcionários.
b) a rede foi desativada no início dos anos 90.
c) uma empresa do ramo de programas para supermercados propôs um acordo
vantajoso, em que a rede só entraria com as compras e as entregas.
d) mais da metade dos cariocas não esqueceram as Casas da Banha.
e) a rede funcionará apenas virtualmente.
[EXERCÍCIO 27] A palavra ou expressão que justifica a resposta ao item
anterior é:
a) Você (/. 1) . ,.. . b)
desaparecida (/. 4)
c) Por isso (/. 4)
d) Desta vez (/. 5)
e) acordo {l. 6)
Texto 6
113
e) a GM vai utilizar a fábrica do Rio Grande do Sul como um protótipo do que será
feito em termos mundiais.
[EXERCÍCIO 31] A opção que contraria as idéias contidas no texto é:
a) A GM vai modificar, a partir de 2000, a forma de fazer negócios.
b) Será grande a importância da Internet nos negócios da GM.
c) O consumidor final só poderá, a partir de 2000, negociar pela Internet.
d) O comércio eletrônico está nos planos da GM para o ano 2000.
e) A fábrica brasileira é considerada padrão pelo seu ex-presidente.
[EXERCÍCIO 32] Deduz-se, pelo texto, que a fábrica brasileira:
a) será norteada pela Internet.
b) terá seu funcionamento modificado para adaptar-se às necessidades do mercado.
c) será transferida para Gravataí.
d) estará, a partir de 2000, parcialmente voltada para o comércio eletrônico.
e) seguirá no mesmo ritmo de outras empresas da GM atualmente funcionando no
mundo.
[EXERCÍCIO 33] Por “implementação” (/. 2), pode-se entender:
a) complementação
b) suplementação
c) exposição
d) realização
e) facilitação
[EXERCÍCIO 34] Segundo as ideias contidas no texto, a transformação que se
propõe a GM:
a) não tem apoio dos fornecedores.
b) tem apoio do consumidor final.
c) tem prazo estabelecido.
d) é inexequível.
e) não tem lugar marcado.
Texto 7
RELATÓRIO
Jorge Miguel
Senhor Superintendente,
Tendo sido designado por Vossa Senhoria para apurar as denúncias de
irregularidades ocorridas no aeroporto de Marília, submeto à apreciação de Vossa
Senhoria o relatório das diligências que nesse sentido efetuei.
No dia 23 de julho de 1988 dirigi-me ao senhor Raimundo Alves Correia,
encarregado do aeroporto daquela cidade, para que permitisse fosse interrogado o
funcionário João Romão, acusado de ter furtado uma máquina de escrever Olivetti n.
146.801, pertencente ao patrimônio do aeroporto. O acusado relatou-nos que
realmente havia levado a máquina para casa na sexta-feira – 18 de março de 1988 –
apenas para executar alguma tarefa de caráter particular. Não a devolveu na
segunda-feira, dia 21 de março, porque faltou ao serviço por motivo de doença.
Quando retornou ao serviço dia 28 de março, devolveu a máquina. A doença do
acusado está comprovada pelo atestado que segue anexo ao presente relatório; a
devolução da máquina no dia 28 de março foi confirmada pelo senhor Raimundo
Alves Correia.
Do exposto conclui-se que me parece infundada a acusação. Não houve vontade de
subtrair a máquina, mas apenas negligência do acusado em levar para casa um bem
114
público para executar tarefa particular. Foi irresponsável. Não cometeu qualquer ato
criminoso.
Não me convence seja necessário impor-se a instauração de processo
administrativo. O funcionário deve ser repreendido pela negligência que cometeu. É
o que me cumpre levar ao conhecimento de Vossa Senhoria.
Aproveito a oportunidade para apresentar-lhe protestos de minha distinta
consideração.
São Paulo, 25 de julho de 1988 Cláudio da Costa
115
c) criar a falsa impressão de verdade;
d) valorizar o trabalho do autor do relatório;
e) facilitar a leitura do relatório.
[EXERCÍCIO 43] ”… que se anexa ao presente relatório.” ; o item abaixo em
que a concordância do vocábulo anexo está correta é:
a) Vai anexa o atestado médico;
b) Vão anexo o atestado e a foto do funcionário;
c) Estão em anexas as fotografias pedidas;
d) Está em anexo a declaração do réu;
e) Está anexo os documentos solicitados.
[EXERCÍCIO 44] O plural do verbo e do pronome em ”dirigi-me” é:
a) dirigi-nos; b) dirigimos-nos; c) dirigimos-me; d) dirigis-nos; e)
dirigimo-nos.
Texto 8
Aquisição à vista. A Bauducco, maior fabricante de panetones do país, está
negociando a compra de sua maior concorrente, a Visconti, subsidiária brasileira da
italiana Visagis. O negócio vem sendo mantido sob sigilo pelas duas empresas em
razão da proximidade do Natal. Seus controladores temem que o anúncio dessa
união – resultando numa espécie de AmBev dos panetones – melindre os varejistas.
(Cláudia Vassallo, na Exame, dez./99)
[EXERCÍCIO 45] As duas empresas (/. 3) de que fala o texto são:
a) Bauducco e Visagis
b) Visconti e Visagis
c) AmBev e Bauducco
d) Bauducco e Visconti
e) Visagis e AmBev
[EXERCÍCIO 46] A aproximação do Natal é a causa:
a) da compra da Visconti
b) do sigilo do negócio
c) do negócio da Bauducco
d) do melindre dos varejistas
e) do anúncio da união
[EXERCÍCIO 47] Uma outra causa para esse fato seria:
a) a primeira colocação da Bauducco na fabricação de panetones
b) o fato de a Visconti ser uma multinacional
c) o fato de a AmBev entrar no mercado de panetones
d) o possível melindre dos varejistas
e) o fato de a Visconti ser concorrente da Bauducco
[EXERCÍCIO 48] Por “aquisição à vista” entende-se, no texto:
a) que a negociação é provável.
b) que a negociação está distante, mas vai acontecer.
c) que o pagamento da negociação será feito em uma única parcela.
d) que a negociação dificilmente ocorrerá.
e) que a negociação está próxima.
Texto 9
Um anjo dorme aqui; na aurora apenas, disse adeus ao brilhar das açucenas em ter
da vida alevantado o véu.
– Rosa tocada do cruel granizo Cedo finou-se e no infantil sorriso passou do berço
pra brincar no céu!
(Casimiro de Abreu, in Primaveras)
116
[EXERCÍCIO 49] O tema do texto é:
a) a inocência de uma criança
b) o nascimento de uma criança
c) o sofrimento pela morte de uma criança
d) o apego do autor por uma certa criança
e) a morte de uma criança
[EXERCÍCIO 50] O tema se desenvolve com base em uma figura de linguagem
conhecida como:
a) prosopopeia
b) hipérbole
c) pleonasmo
d) metonímia
e) eufemismo
[EXERCÍCIO 51] No âmbito do poema, podemos dizer que pertencem ao
mesmo campo semântico as palavras:
a) aurora e véu
b) anjo e rosa
c) granizo e sorriso
d) berço e céu
e) cruel e infantil
[EXERCÍCIO 52] As palavras que respondem ao item anterior são:
a) uma antítese em relação à vida
b) hipérboles referentes ao destino
c) personificações alusivas à morte
d) metáforas relativas à criança
e) pleonasmos com relação à dor.
[EXERCÍCIO 53] Por “sem ter da vida alevantado o véu” entende-se:
a) sem ter nascido
b) sem ter morrido cedo
c) sem ter conhecido bem a vida
d) sem viver misteriosamente
e) sem poder relacionar-se com as outras pessoas
[EXERCÍCIO 54] “Na aurora apenas” é o mesmo que:
a) somente pela manhã
b) no limiar somente
c) apenas na alegria
d) só na tristeza
e) só no final
texto 10
Julgo que os homens que fazem a política externa do Brasil, no Itamaraty, são
excessivamente pragmáticos. Tiveram sempre vida fácil, vêm da elite brasileira e
nunca participaram, eles próprios, em combates contra a ditadura, contra o
colonialismo. Obviamente não têm a sensibilidade de muitos outros países ou
diplomatas que conheço. (José Ramos-Horta, na Folha de São Paulo, 21/10/96)
[EXERCÍCIO 55] Só não caracteriza os homens do Itamaraty:
a) o pragmatismo
b) a falta de sensibilidade
c) a luta contra a ditadura
d) a tranquilidade da vida
e) as raízes na elite do Brasil
[EXERCÍCIO 56] A palavra que não se liga semanticamente aos homens do
Itamaraty é:
117
a) o segundo que (/. 1)
b) tiveram (/. 2)
c) vêm (/. 2)
d) eles (/. 3)
e) o terceiro que (/. 5)
[EXERCÍCIO 57] Pelo visto, o autor gostaria de que os homens do Itamaraty
tivessem mais:
a) inteligência
b patriotismo
c) vivência
d) coerência
e) grandeza
[EXERCÍCIO 58] A oração iniciada por “obviamente” tem um claro valor de:
a) consequência
b) causa
c) comparação
d) condição
e) tempo
[EXERCÍCIO 59] A palavra que pode substituir, sem prejuízo do sentido, a
palavra “obviamente” (/. 4), é:
a) necessariamente
b) realmente
c) justificadamente
d) evidentemente
e) comprovadamente
[EXERCÍCIO 60] Só não pode ser inferido do texto:
a) nem todo diplomata é excessivamente pragmático.
b) ter lutado contra o colonialismo é importante para a carreira de diplomata.
c) Nem todo diplomata vem da elite brasileira.
d) ter vida fácil é característica comum a todo tipo de diplomata.
e) há diplomatas mais sensíveis que outros.
Texto 11
Se essa ainda é a situação de Portugal e era, até bem pouco, a do Brasil, havemos
de convir em que no Brasil-colônia, essencialmente rural, com a ojeriza que lhe
notaram os nossos historiadores pela vida das cidades – simples pontos de comércio
ou de festividades religiosas -, estas não podiam exercer maior influência sobre a
evolução da língua falada, que, sem nenhum controle normativo, por séculos “voou
com as suas próprias asas”. (Celso Cunha, in A Língua Portuguesa e a Realidade
Brasileira)
118
e) a situação do Brasil na época impedia a evolução da língua falada.
[EXERCÍCIO 64] A língua falada “voou com as suas próprias asas” porque:
a) as cidades eram pontos de festividades religiosas.
b) o Brasil se distanciava linguisticamente de Portugal.
c) faltavam universidades nos centros urbanos.
d) não se seguiam normas linguísticas.
e) durante séculos, o controle normativo foi relaxado, por ser o Brasil uma colônia
portuguesa.
Texto12
Ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles, mas a
Andrade Gutierrez já tem pronto um estudo sobre a sucessão de 20 de seus
principais executivos, quase todos na faixa entre 58 e 62 anos. Seus substitutos
serão escolhidos entre 200 integrantes de um time de aspirantes. Eduardo Andrade,
o atual superintendente, que já integra o conselho de administração da empreiteira
mineira, deverá ir se afastando aos poucos do dia-a-dia dos negócios. Para os outros
executivos, que deverão ser aproveitados como consultores, a aposentadoria
chegará a médio prazo. (José Maria Furtado, na Exame, dez./99)
[EXERCÍCIO 66] Se começarmos o primeiro período do texto por “A Andrade
Gutierrez já tem pronto…”, teremos, como seqüência coesa e coerente:
a) visto que ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
b) por ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
c) se ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
d) embora ainda falte um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
e) à medida que ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte
deles.
[EXERCÍCIO 67] Segundo o texto:
a) 20 grandes executivos da empresa se aposentarão a médio prazo.
b) 20 grandes executivos da empresa acham-se na faixa entre 58 e 62 anos.
c) nenhum dos 20 grandes executivos se aposentará a curto prazo.
d) Eduardo Andrade é um executivo na faixa dos 58 a 62 anos.
e) a empresa vai substituir seus vinte principais executivos a curto e médio prazos.
[EXERCÍCIO 68] A empresa, no que toca à aposentadoria de seus executivos,
mostra-se:
a) precipitada
b) cautelosa
c) previdente
d) rígida
119
e) inflexível
[EXERCÍCIO 69] Sobre o executivo Eduardo Andrade, não se pode afirmar:
a) ocupa, no momento, a superintendência.
b) é um dos conselheiros.
c) será substituído por um dos 200 aspirantes.
d) está se afastando dos negócios da empresa.
e) será o primeiro dos 20 grandes executivos a se aposentar.
[EXERCÍCIO 70] Sobre a Andrade Gutierrez, não é correto afirmar:
a) é empresa de obras.
b) é do estado de Minas Gerais.
c) preocupa-se com seus funcionários.
d) mantém-se alheia a qualquer tipo de renovação.
e) procura manter vínculo com executivos aposentados.
Texto 13
Toda saudade é a presença da ausência de alguém, de algum lugar, de algo enfim.
Súbito o não toma forma de sim como se a escuridão se pusesse a luzir. Da própria
ausência de luz o clarão se produz, o sol na solidão. Toda saudade é um capuz
transparente que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver
porque se deixou pra trás mas que se guardou no coração. (Gilberto Gil)
[EXERCÍCIO 71] Por “presença da ausência” pode-se entender:
a) ausência difícil
b) ausência amarga
c) ausência sentida
d) ausência indiferente
e) ausência enriquecedora
[EXERCÍCIO 72] Para o autor, a saudade é algo:
a) que leva ao desespero.
b) que só se suporta com fé.
c) que ninguém deseja.
d) que transmite coisas boas.
e) que ilude as pessoas.
[EXERCÍCIO 73] O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de
palavras ou expressões de sentido contrário. O par de palavras ou expressões
que não apresentam no texto essa propriedade antitética é:
a) presença / ausência
b) não / sim
c) ausência de luz / clarão
d) sol / solidão
e) que veda / traz a visão
[EXERCÍCIO 74] Segundo o texto:
a) sente-se saudade de pessoas, e não de coisas.
b) as coisas ruins podem transformar-se em coisas boas.
c) as coisas boas podem transformar-se em coisas ruins.
d) a saudade, como um capuz, não nos permite ver com clareza a situação que
vivemos.
e) a saudade, como um capuz, não nos deixa perceber coisas que ficaram em nosso
passado.
[EXERCÍCIO 75] O que se guarda no coração é:
a) a saudade
b) o clarão
c) o que se deixou para traz
d) a visão
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e) o que não se pode ver
texto 14
Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os leitores. (José Sarney, na Veja,
dez/97)
[EXERCÍCIO 76] Deduz-se pelo texto uma mudança na vida:
a) esportiva
b) intelectual
c) profissional
d) sentimental
e) religiosa
[EXERCÍCIO 77] O autor do texto sugere estar passando de:
a) escritor a político
b) político a jornalista
c) político a romancista
d) senador a escritor
e) político a escritor
[EXERCÍCIO 78] Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi:
a) agradável
b) duradoura
c) simples
d) honesta
e) coerente
[EXERCÍCIO 79] O trecho que justifica a resposta ao item anterior é:
a) e agora
b) os leitores
c) passei a vida
d) atrás de eleitores
e) busco
[EXERCÍCIO 80] A palavra ou expressão que não pode substituir o termo agora
é:
a) no momento
b) ora
c) presentemente
d) neste instante
e) recentemente
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