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TECNOLOGIAS CONSTRUTUVAS

LOJA FORMA
PAULO MENDES DA ROCHA
SUMÁRIO

1 CARACTERISTIAS GERAIS DO PROJETO (LOCALIZAÇÃO E HISTORIA)

2 ESTRUTURA (MODULAÇÃO)

3
SUBSISTEMAS (ESQUADRIAS, LAJES, PAREDES,
VIDROS, ETC)

4
PRINCIPAIS MATERIAIS UTILIZADOS
(IMPORTANCIA ESTÉTICA E TECTONICIDADE)

5 REFORMA

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A LOJA - LOCALIZAÇÃO

Localização: Avenida Cidade Jardim, Itaim Bibi, São Paulo, SP


A HISTORIA DA LOJA

A Forma é uma empresa icônica do design brasileiro, tendo produzido mobiliário que se tornou referência nacional.
A empresa foi responsável por projetar interiores e liderar uma equipe de arquitetos que produziam mais de 50
projetos por mês. A loja da Forma na Avenida Faria Lima se tornou um ícone do bom gosto e a nova loja na Avenida
Cidade Jardim, projetada por Paulo Mendes da Rocha, se tornou o mais modelar projeto do arquiteto.
detalhe da vitrine

A ESTRUTURA

Estrutura básica com 1 Estrutura de concreto 3


pilares e vigas duplo T armado
Fechamento das laterais em
protendidas. concreto.
quatro pilares retangulares Entre os pilares há espaço
com lados medindo para escada de acesso,
aproximadamente 1,3m deposito e banheiros.
30m de vão livre

Estacionamento Estacionamento
Viga de concreto Vigas e lajes de concreto

Estrutura básica
com a extensão das 2 “H” formado pela estrutura
mesas das vigas de concreto
para formar o piso Sobre esse H em concreto,
4
formado pelos dois conjuntos
da loja e a vitrine. verticais e o conjunto de vigas e
lajes que formam o piso principal
da loja, se assentam os outros
elementos do edifício, ambíguos
Estacionamento em seu duplo papel de estrutura e
Vigas e lajes de concreto fechamento.
A ESTRUTURA
Vigas metálicas principais
Trinta metros de extensão e 7
aproximadamente sete metros de Estruturas de concreto e metálica
altura constituem as fachadas 5
principal e traseira, resolvendo
desse modo a longa e contínua
vitrine

Vigas e lajes de concreto

Mezanino A busca de leveza e ocultamento


Fica assim definido um
grande prisma de espaço
6 das reais dimensões da obra fica
interior, cuja unidade o
evidente no tratamento das
mezanino não compromete, bordas tanto das empenas quanto
absolutamente adequado ao do plano inferior da vitrine, os
seu propósito de expor
móveis contemporâneos. quais são acabados por um chapa
metálica dobrada em ponta, o
que reduz visualmente suas
Vigas e lajes de concreto
espessuras a quase zero.
A ESTRUTURA

PLANTA PRIMEIRO PLANTA


TÉRREO PISO MEZANINO
A ESTRUTURA
OS SUBSISTEMAS
PORTAS e JANELAS/VIDROS
São poucas as portas utilizadas no projeto, sendo incluídas
em pontos específicos, tais como: acesso aos banheiros e LAJES / PISO
acesso depósito. A escada principal faz função de porta. Da Viga em I na sua parte de baixo
é prolongada para formar uma loja,
onde ficam as vitrines dos
expositores. Na parte de cima
desta mesma viga é colocado um
piso metálico que forma o
pavimento principal.

PAREDES
Nos dois pilares de cada lado são
colocados dois paredões de
Já as únicas janelas concreto que fecham as laterais
existentes são as dos do edifício, realizando a vedação
sanitários, que são bem lateral.
pequenas, e o vidro que A fachada é constituída pela
cobre a fachada na sessão treliça metálica com uma vedação
de exposição de placas de alumínio com
isolamento termo acústico.
OS SUBSISTEMAS
OS SUBSISTEMAS
ESCADAS
Numa abertura do pavimento principal da loja é inserida uma
COBERTURA
escada-porta que é o principal acesso de ligação ao térreo. A
Telha com 5% de inclinação
mesma escada é retrátil e é recolhida quando se deseja
e do tipo sanduíche com
fechar o edifício.
isolamento termo acústico,
Outras escadas existem no projeto: escadas de acesso do com as calhas nas
pavimento principal para o expositor e uma escada que liga o extremidades e descendo
pavimento principal para o mezanino. por tubos no paredão.

ELEVADOR
Numa das extremi-
dades e rente ao
paredão é inserido o
elevador de acesso
para o usuário.
OS SUBSISTEMAS
MATERIAIS UTILIZADOS
A Loja Forma, projetada pelo renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha,
em São Paulo, é conhecida por sua abordagem minimalista e uso de
materiais brutos e honestos. Alguns dos principais materiais utilizados nesta
obra são:
Concreto: O concreto é um dos elementos-chave na arquitetura de Paulo
Mendes da Rocha. Na Loja Forma, o concreto aparente é amplamente
utilizado, tanto nas paredes quanto nos pisos, criando uma estética industrial
e robusta.

Aço: O aço também desempenha um papel importante na estrutura da loja. É


utilizado em elementos estruturais, como vigas e pilares, proporcionando
resistência e estabilidade à construção.

Vidro: O uso estratégico do vidro permite a entrada de luz natural na loja e


proporciona uma conexão visual entre o interior e o exterior. Grandes janelas
de vidro são utilizadas nas fachadas, criando uma sensação de transparência
e integração com o entorno.

Madeira: Embora em menor escala, a madeira é empregada em detalhes e


mobiliário, adicionando um toque de calor e textura à atmosfera da loja.
IMPORTANCIA ESTÉTICA E
TECTONICIDADE

INTEGRAÇÃO ESPAÇO HARMONIA


VERSÁRTIL AO ENTORNO
REFORMA
Entre 16 de junho de 2018 e 02 de fevereiro de 2019, o Estudio Tupi projetou e ajudou a construir a nova
sede da Uniflex Cidade Jardim dentro do edifício da loja Forma, projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha,
de 1987, em São Paulo. A intervenção propunha inicialmente que os novos elementos alocados no edifício
As formas geométricas foram
tivessem sempre as cores primárias – vermelho, amarelo e azul. A ideia inicial, que motivou estudos formais,
simplificadas, sobrando quadrados e
com o desenvolvimento de maquetes e perspectivas, baseava-se também na rígida composição entre formas
cubos. As três cores primárias deram
geométricas – cilindros, quadrados, círculos – que dialogavam com o espaço original e o cinza do concreto
lugar ao vermelho, que identifica os novos
aparente.
elementos sobrepostos ao edifício, ou
aqueles que sofreram alguma
intervenção. Desta forma, foram
definidos os novos espaços necessários
para que o projeto atendesse ao
programa da Uniflex, que incluía a criação
de salas fechadas para ambientação de
um home theater, sala de reunião e sala
da diretoria. Esses novos ambientes
deveriam ainda ser climatizados e
oferecer infraestrutura para implantação
de produtos e serviços a serem
comercializados – luminárias, cortinas,
mobiliário de escritório, equipamentos de
áudio e vídeo –, comandados por um
sistema integrado de automação.
REFORMA
Os projetos de climatização e acústica demandavam
ainda o fechamento do edifício – no projeto original
de Paulo Mendes da Rocha, a porta-escada de
entrada, quando aberta, deixava os interiores
expostos às variações climáticas e aos ruídos externos.
A escada, originalmente branca, foi pintada de
vermelho, uma vez que perdeu sua função de porta.

O mesmo se deu com os guarda-corpos metálicos,


que protegiam o desnível entre o piso principal e as
lajes mais baixas – a vitrine, de frente para a Avenida
Cidade Jardim, e os escritórios, voltados para o
fundo do terreno –, repetidos no mezanino. Esses
guarda-corpos foram mantidos nas quatro escadas
que vencem os desníveis das lajes rebaixadas,
pintados de vermelho e com seus apoios originais
evidenciados em cima e na lateral do novo mobiliário
metálico. O mobiliário, composto por cubos vazados
que configuram grids ou preenchidos por armários,
gavetas que evocam mapotecas ou cabideiros de
tecidos, atendem à demanda de expor e armazenar
os produtos, sem a necessidade de se instalar
expositores convencionais.
REFORMA

Assim como simbolicamente os apoios dos


guarda-corpos foram fixados no mobiliário – the
book is on the table, reverenciando a obra de
Paulo Mendes da Rocha como um tratado, livro
posto sobre a mesa , outra parte dos mesmos foi
deslocada para o limite entre o terreno e a
calçada, criando um porte-cochère imaginário
que delimita as áreas pública e privada. Dando
continuidade ao programa de necessidades,
foram criados grandes cubos metálicos
vermelhos – no piso principal e no mezanino – a
que abrigam o home theater, a sala de reunião e
da diretoria – além de fazer as vezes de caixilho
para a porta automática instalada logo após a
chegada da escada. No fundo do terreno, esses
elementos se repetem como uma edícula, para a
exposição de toldos e mobiliário externo,
comercializados pela Uniflex.
REFORMA
A parte mais complexa do programa – e também a mais importante para a Uniflex – era a definição dos expositores das cortinas e persianas, principais produtos da
marca. Inspirado pelas altas janelas existentes no showroom de fábrica, criaram-se janelas alegóricas sobrepostas à estrutura interna de sustentação das fachadas.
Essa estrutura, originalmente aparente e disfarçada por grades metálicas, seguiria exposta por trás de grandes caixas retroiluminadas, que serviriam de suporte para
as cortinas, além de emular a iluminação natural, limitada originalmente a duas faixas estreitas de vidro, na frente e nos fundos, no nível das lajes rebaixadas. Estes
painéis, cuja estrutura metálica foi pintada de vermelho, não se tocam entre si, permitindo entrever a estrutura metálica pintada de branco sobre o fundo do
revestimento original das fachadas. A rígida paginação dessas caixas, que evidenciam a modulação do edifício, se repete no teto. As grades metálicas originais, que
deixavam a estrutura aparente, foram substituídas por placas de forro acústico quadradas na cor cinza, que obstruem parcialmente a superfície do teto, seguindo o
mesmo princípio de deixar visível a estrutura original pintada de branco sobre fundo preto.
REFORMA
As fachadas de alumínio, inicialmente projetadas por Paulo Mendes da Rocha como um outdoor apresentado no fluxo urbano da Avenida Cidade Jardim, foram
adesivados de vermelho, impressas com o grid quadriculado descoberto em desenhos da época da construção da Forma. Na fachada frontal, optou-se por
reproduzir as linhas do Templo Malatestiano de Rimini, na Itália, desenhado por Leon Battista Alberti, como uma marca d’água, na escala 1:1. Tanto a escolha do
desenho do Templo Malatestiano, quanto a escolha da cor vermelha para a demarcação das intervenções, dialogando com teóricos do restauro arquitetônico e
com a obra de pensadores contemporâneos, como o arquiteto Bernard Tschumi, o filósofo Jacques Derrida e o escritor James Joyce, são expostas de forma
textual no livro Mea Culpa: ou como fizemos para reformar a Forma de Paulo Archias Mendes da Rocha
REFORMA

Corte
Planta 1° Pavimento
Planta Mezanino

Planta Vitrina Planta Térreo


"O projeto da loja forma evidencia que, quando se trata de obras de
arquitetura de qualidade superior, a forma não é um componente a mais, mas
o modo em que o programa, a técnica e o lugar são sintetizados. E que,
fundamentalmente, a arquitetura de excelência não depende, para o seu
surgimento, de localizações espetaculares, orçamentos ilimitados ou
programas extensos e glamurosos."
Edson da Cunha Mahfuz
REFERENCIAS

https://www.archdaily.com.br/br/943277/loja-uniflex-cidade-jardim-estudio-tupi
https://blog.totalcad.com.br/caso-de-sucesso-criacao-da-loja-forma/
http://www.leonardofinotti.com/projects/forma-store
https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.123/3818
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/02/reforma-de-projeto-de-paulo-mendes-da-rocha-
gera-debate-etico-e-estetico.shtml
https://casacor.abril.com.br/arquitetura/cubos-e-tom-vermelho-recriam-obra-de-paulo-mendes-da-
rocha-em-nova-loja/
FIM!!!

OBRIGADA!

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