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É necessário esforço, diligência e sacrifício na vida cristã. Embora a salvação seja pela
graça e não por obras, o comprometimento, a dedicação e o esforço são
indispensáveis para viver uma vida cristã. Alcançar o reino de Deus requer um custo,
embora a entrada seja pela graça.
Deus não faz acepção de pessoas, mas faz acepção de atitudes, enfatizando que
nossa postura em relação a Ele influencia diretamente a forma como Ele se revelará a nós.
A busca por Deus deve envolver uma entrega total e uma busca intensa, pois:
“Você nunca terá tudo de Deus enquanto Deus não tiver tudo de você”.
“Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós
recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e AGRADAR A DEUS, e efetivamente
estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais. (1Ts 4.1)
Nossa atitude e fé determinam a intensidade do relacionamento com Deus e as nossas
conquistas espirituais. Deus não responde à nossa necessidade; ele responde à nossa fé.
Se nós atentássemos para o fato de que, quanto mais nos entregamos ao Senhor mais
desfrutamos Dele, certamente nossa busca não seria tão rasa. Quando ponho Deus em
primeiro lugar, ele me supre.
“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.” (Mt 6.33).
Somos responsáveis por buscar Deus, ir mais fundo é uma escolha individual. Cuidar
dos interesses de Deus resulta em Deus cuidando dos nossos interesses.
Davi, autor de 73 salmos, é um dos grandes nomes da história. Sua reputação não
está apenas em suas conquistas, mas como o único chamado de homem segundo o
coração de Deus. Não por perfeição, mas por buscar a Deus, como evidenciado em
sua ênfase em estar na presença divina.
Muitos não compreendem o que Deus realmente procura. Alguns afirmam que Ele
busca a verdadeira adoração, mas Jesus destacou que Deus busca os verdadeiros
adoradores, não a adoração em si. O mesmo se aplica às ofertas; Deus se interessa
pelo ofertante, não apenas pela oferta. O coração é crucial nas ofertas, refletindo a
atitude de quem as oferece.
O maior mandamento, segundo Jesus, é amar a Deus acima de tudo. Ele espera que O
amemos com todo o nosso ser, indicando Sua importância em nossas vidas. O homem
foi criado para buscar Deus e a busca eficaz exige intensidade, buscando-o de todo o
coração.
Deus deseja um relacionamento com o homem, como evidenciado desde Adão e Eva.
Davi exemplifica essa busca pela intimidade, preferindo a tenda simples de Deus à sua
própria casa. A construção do templo por Salomão, embora magnífica, não foi o que
Deus realmente desejava; Ele ansiava pela atitude de adoração, não pela
grandiosidade da estrutura.
Davi expressa o desejo de morar na Casa do Senhor para contemplar Sua beleza.
Isso vai além de admirar atributos divinos; é uma fascinação pela presença de Deus.
A mesma fascinação é observada nos seres celestiais que proclamam a santidade de
Deus ininterruptamente.
Além disso, Davi busca meditar no templo, buscando conhecer a Deus melhor.
A busca por conhecimento divino é uma responsabilidade do homem.
A prioridade, petição, busca, morada, contemplação e meditação compõem o quadro
de um homem segundo o coração de Deus. Deus busca adoradores verdadeiros, não
apenas adoração e ofertas. Ele anseia por relacionamento e intimidade com o homem,
que deve buscá-lo de todo coração.
Que o nosso coração seja tomado de uma fascinação cada vez maior por Jesus!
Que uma santa obsessão por Cristo se aposse de nós!
Jeremias alerta sobre a armadilha de cavar cisternas rotas em vez de depender dos
mananciais divinos. No passado, as pessoas buscavam água em fontes distantes,
enquanto hoje muitos preferem cisternas, representando uma busca superficial.
Buscar a renovação diária em Deus é essencial. Muitos tentam driblar a busca diária,
confiando apenas em cultos semanais, mas a sobrevivência espiritual não se baseia
em estoques, mas na busca diária.
A analogia da fonte não somente retrata o nosso relacionamento diário com Deus,
mas também exprime a ideia de que não é necessário estocarmos ou armazenarmos
água e que podemos dar preferência à água fresca. Decida hoje mesmo a investir em
seu relacionamento diário com o Senhor e a fazer disso a sua fonte de águas vivas.
Não se deixe levar pelo desejo de cavar para você mesmo uma cisterna rota que não
retém as águas.
Se você tivesse que escolher uma única atividade em seu dia, por ser a mais
importante ou a única que verdadeiramente pudesse ser chamada de necessidade,
essa atividade deveria ser a sua permanência aos pés do Senhor.
Somos convidados por Jesus a beber de uma fonte que sacia a nossa sede.
Essa fonte é o bendito Espírito Santo. A oração é vital para prevenir desgastes.
Oração não é opcional, mas essencial para a sobrevivência.
Afiar o machado espiritual é crucial. A falta de tempo com Deus prejudica o serviço
eficaz. O crescimento ministerial, se mal administrado, pode se tornar um inimigo. J
esus, nosso modelo, buscava lugares solitários para orar, mesmo durante o sucesso do
ministério.
A oração não é apenas um dever; devemos encontrar prazer nela. A oração prazerosa é
a oração que refrigera a nossa alma e revigora o nosso espírito. A alegria na
comunicação com Deus renova o espírito e nos leva de volta à fonte, o ponto de
partida em todas as coisas.
Jesus ensina sobre ser sal e luz, visíveis para glorificar a Deus, não para buscar
reconhecimento. Ele condena fariseus que praticam para serem vistos, apesar de
obedientes. O problema não é ser notado, mas desejar ser visto.
Jesus comparou prostitutas aos religiosos, indicando que os primeiros estão mais
próximos do Reino de Deus. O problema atual é a religiosidade que encobre
desobediência. O filho aparentemente obediente é comparado aos fariseus, e o filho
aparentemente rebelde representa pecadores.
A religiosidade pode ser pior que a imoralidade, pois mascara a desobediência,
criando uma falsa justiça. A parábola do fariseu e publicano destaca a arrogância
religiosa, enquanto a humildade é exaltada.
Muitos trocam os “escudos de ouro” da busca genuína por Deus pelos “escudos de
bronze” da aparência. O pedido é para uma busca intensa, sem misturar com anseios
de reconhecimento ou vida de aparência. Que, dependendo de Deus, possamos viver
autenticamente, rejeitando a mera fachada religiosa.
Por que hoje a resposta ao chamado missionário é tão rara? O Espírito Santo me
revelou: “Vidas valiosas demais!”
Paulo, ao não considerar sua vida preciosa, destacava que o propósito divino
valia mais. O segredo dos que se dedicam ao reino é valorizar o propósito sobre a vida.
Paulo enfrentaria prisões e tribulações, mas sua prioridade era completar a carreira e o
ministério pelo Evangelho da graça.
Tomar a cruz, segundo Jesus, é assumir publicamente a sentença de morte sobre nós,
morrendo para o eu e para o mundo. Jesus exigiu negar a si mesmo para ser
discípulo. Fé e obediência andam juntas; crer é obedecer. A autonegação é figurativa,
representando a renúncia aos prazeres da carne.
Negar-se a si mesmo e aceitar a cruz são condições para seguir Jesus. Salvar a vida,
ignorando essa exigência, resulta em perda. Entregar tudo a Deus é a lei da
reciprocidade, permitindo desfrutar mais do Senhor.
Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e
do evangelho salvá-la-á.”
(Mc 8.35).
Historicamente, os que mais contribuíram para o reino de Deus se entregaram
completamente. A entrega total impede obstáculos, conforme Apocalipse 12.11
destaca: vencer Satanás pelo sangue do Cordeiro, testemunho e não amar a própria
vida.
Mártires, como Paulo, não consideravam a vida valiosa diante do chamado de Deus.
A disposição de sacrifício impulsiona o avanço do reino. A entrega total neutraliza o
medo da morte, tornando os crentes invencíveis contra as estratégias do diabo.
Ao entregar tudo a Deus, não há mais nada a perder. Essa entrega não apenas f
ortalece a intimidade com o Senhor, mas também torna os crentes invencíveis diante
do adversário. Que possamos compreender e praticar esse princípio inegociável do
reino de Deus.
A ausência de paixão, tanto em novos convertidos como naqueles que perderam o amor
por Deus, é problemática. A carta de Jesus à igreja de Éfeso em Apocalipse critica a
decadência do primeiro amor, instando ao arrependimento e retorno às obras iniciais.
O “primeiro amor” mencionado por Jesus é a intensa devoção a Ele. Ilustrado nas
parábolas do tesouro e da pérola, envolve alegria pela descoberta do reino de Deus e
a disposição de sacrificar tudo. É um amor que prioriza Deus acima de tudo.
O amor a Cristo, conforme Paulo, nos constrange a viver para Ele. Esse
constrangimento levou Paulo a um serviço incansável, superando outros apóstolos.
O entendimento do amor de Cristo gera busca intensa e serviço apaixonado.
Às vezes, compreender a natureza de algo envolve definir o que não é. Para entender a
diminuição do amor entre os efésios, é crucial examinar o que a Escritura não
considera a perda do primeiro amor. Alguns veem a diminuição da produtividade como
sinal, mas Jesus elogia seus esforços. A perda não é desânimo, pois Jesus destaca a
perseverança. Não é uma crise momentânea, mas um pecado. Muitos crentes,
dedicados, perdem a paixão, fazendo por hábito, não por amor.
A queixa divina é de abandono intencional do primeiro amor, um pecado que exige
arrependimento. Jesus não repreende a falta de amor total, mas a diminuição da
intensidade.
01. Convívio com o pecado: A iniquidade em torno de nós pode sufocar nosso amor.
Não apenas nosso pecado, mas tolerar o pecado alheio pode acostumar-nos a valores
contrários.
02. Falta de profundidade: Viver superficialmente na fé impede raízes fortes.
O compromisso diário é vital para manter a paixão.
03. Falta de tratamento: Áreas não tratadas em nossa vida podem crescer e sufocar
nosso amor. Pequenas negligências podem levar à queda espiritual.
04. Distrações: Manter-se vigilante contra distrações é essencial para preservar nossa
paixão por Jesus.
Paulo destaca o “amor incorruptível” como o tipo que traz graça. Esse amor não se
corrompe, é eterno e puro. Não basta reconhecer quem ama e quem não ama; a
distinção está entre o amor que permanece intocado e o que se corrompe ao longo do
tempo. Que possamos estar no grupo certo, entre os que amam com amor
incorruptível e vivem em tamanha fascinação por Jesus até que nada mais importe!
“Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim
e do evangelho salvá-la-á.”
(Mc 8.35).