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UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

INSTITUTO POLITÉCNICO
DEPARTAMENTO DE INFORMATICA, ELECTRONICA E TELECOMUNIÇÕES

TÍTULO PRECISO, CLARO E COMPLETO, DELIMITADO A PARTIR


DAS PERGUNTAS: O QUE SE FARÁ? SOBRE QUÊ? ONDE?

Ante-projecto de Trabalho de Conclusão do Curso de Engenharia


Electrónica e Telecomunicações, apresentado por Nome
completo do Estudante em 2020, orientado pelo Professor Doutor
Nome completo do Tutor

HUAMBO – 2020
UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS
INSTITUTO POLITÉCNICO
DEPARTAMENTO DE INFORMATICA, ELECTRONICA E TELECOMUNIÇÕES

TÍTULO PRECISO, CLARO E COMPLETO, DELIMITADO A PARTIR


DAS PERGUNTAS: O QUE SE FARÁ? SOBRE QUÊ? ONDE?

Trabalho subordinado ao tema “O mesmo título


que colocou acima”, a ser apresentado à
Universidade José Eduardo dos Santos, como
parte dos requisitos para obtenção do grau de
Licenciado em Engenharia Eletrónica e
Telecomunicações;

Ante-projecto de Trabalho de conclusão do Curso – Licenciatura


Apresentado por Nome do Estudante em 2020
Orientado pelo Prof. Doutor Nome do Tutor

HUAMBO – 2020
Justificativa
Deve-se utilizar várias fontes para a justificativa ou fundamentação do problema,
entre as quais as seguintes:
 Relevância social do trabalho, demonstrada através de documentos
oficiais do governo. Pode complementar-se com a citação de fontes de
autores e organizações de reconhecido prestígio, nas quais também se
expressem as aspirações da sociedade.
 Relevância institucional, ou seja, enfatizar a importância do trabalho
quanto aos benefícios que pode obter a instituição para a qual se
desenvolve o trabalho.
 Descrição das insuficiências ou indicios que se observam e são
relevantes a situação problemática. É importante aprofundar algo com
relação as insuficiências procurando as consequências das mesmas para
poder argumentar melhor a situação problemática. Também devem
relacionar-se esses indicios com as causas que os produzem.
 Para obter a informação necessária no diagnóstico inicial deve apoiar-
se em métodos de investigação: observação, entrevistas, inquéritos,
análise de documentos, e outros.
 Experiência na observação de problemas prácticos em um determinado
âmbito, por exemplo, nos âmbitos laboral, estudantil, etc.
 As insuficiências devem ser redigidas de forma precisa, sem
ambiguidades, apoiadas em dados concretos.
 Avaliação breve dos trabalhos precedentes: deve-se deixar bem claro o
que já está resolvido assim como o que falta por resolver. Sobre o tema
investigado não se devem deixar de abordar de forma breve os trabalhos
relacionados, que tenham sido realizados por outros estudantes do
mesmo curso em anos anteriores.
Podem usar-se outras fontes para a justificativa ou fundamentação do problema,
entre as quais as seguintes:
 Outros trabalhos que assinalem a importância e magnitude do
problema. Podem-se incluir citações e dados desses trabalhos.
 Linhas de investigação estabelecidas pela instituição que poderá
beneficiar com os resultados do trabalho.

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 Projecto de investigação e/ou desenvolvimento ao qual pertence o
trabalho.
 Consulta a especialistas no tema que se investiga.
Outras sugestões para redigir a justificativa:
 A justificativa não deve converter-se numa fundamentação teórica.
Devem evitar-se as citações teóricas. As citações na justificativa são
aquelas que contribuem para justificar o trabalho, tais como as que
destacam a sua relevância social, por exemplo, de documentos do
governo, como já explicado anteriormente.
Situação problemática
 A situação problemática pode ser argumentada a partir das
insuficiências detectadas na vivência real, como também já explicado.
 A situação problemática é ainda denominada por alguns autores de
contradição práctica. Por isso pode ser descrita a partir da contradição
entre as abordagens/exigências (modelo ideal, o que pode e ou deve
acontecer) e as insuficiências detectadas na realidade (o que está
acontecer na práctica).
Formulação do problema
 Recomenda-se formular o problema em forma de pergunta.
 A forma das perguntas para formular o problema dependerão do tipo
de investigação.
 O problema deve delimitar-se em espaço, população e, se for requerido
para o efeito ou necessário também no tempo.
 O problema não deve incluir no seu texto a sua solução ou parte da
mesma.
 Devem evitar-se os termos ambíguos, que podem ter muitos
significados e que dificultam a compreensão e solução do problema.
 Um problema de investigação não deve originar respostas como: Sim
ou Não.
Exemplos de problemas:
Como contribuir para optimizar a regularização do trânsito de veículos e peões e
consequente redução de acidentes na cidade do Uíge?

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Exemplo 2: Que alternativa de sistema operacional pode ser viavel para construir
uma rede de sensores sem fio utilizando o protocolo IPv6?
Objecto de estudo
 O objecto de estudo é qualquer aspecto real como: feito, fenômeno,
processo, grupo ou indivíduo, sobre o que se expõe um problema, se
manifesta o problema e sobre o qual se reverterão os benefícios da
investigação; é o que se vai aperfeiçoar.
 À transformação do objecto tem que estar dirigida ao objectivo geral da
investigação, ou seja, deve existir relação entre o objectivo geral e o
objecto de estudo.
 O objecto de estudo existe independentemente da investigação; se não
existisse não poderia estudar-se e transformar-se. Quer dizer que não se
deve declarar um objecto que não exista.
 O objecto de estudo também é possivel de delimitar-se em espaço, ou
seja, esclarecer o local onde se manifesta o problema.
Exemplo de objecto de estudo: Sinalização luminosa automatizada nas vias
rodoviárias da cidade do Uíge.
Campo de acção
 O campo de acção é a parte do objecto de estudo onde o investigador
terá influência, actuará, procurará inovar para transformar o objecto como
um todo.
 O campo de acção não é o local onde se realiza o trabalho.
Exemplo: se o objecto de estudo é o processo de avaliação dos docentes
universitários, o campo de acção poderia ser a gestão informatizada da
avaliação dos docentes universitários.
Exemplo de campo de acção: As redes de sensores sem fio.
Construção de hipóteses (Caso seja necessário)
Segundo Marconi e Lakatos [1] a hipótese é uma suposta, provável e provisória
resposta a um problema, cuja adequação (comprovação = sustentabilidade ou
validez) deverá ser verificada através da pesquisa.
Conforme Prodanov e De Freitas [2] o enunciado das hipóteses:
 é uma suposição que é feita na tentativa de explicar o problema;
 como resposta e explicação provisória, relaciona duas ou mais

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variáveis do problema levantado;
 deve ser testável e responder ao problema;
 serve de guia na pesquisa para verificar sua validade.
Por outro lado, é importante ressaltar que naquelas pesquisas em que o enunciado
claro e preciso das hipóteses constitui requisito fundamental para o adequado
desenvolvimento dos estudos que têm como objectivo verificar relações de
associação ou dependência entre variáveis ( [3] citado em [2]).
Do anterior infere-se que se um Trabalho de Fim de Curso (TFC) não tem como
objectivo verificar relações de associação entre variáveis, então não se precisa de
enunciar hipóteses.
Se num TFC for necessário enunciar uma ou várias hipóteses devem ter-se em
conta algumas recomendações para as mesmas. Por exemplo, para [2] uma
hipótese aplicável deve:
 Ser conceitualmente clara.
 Ser específica (identificar o que deve ser observado).
 Ter referências empíricas (verificável).
 Ser parcimoniosa (simples).
 Estar relacionada com as técnicas disponíveis.
 Estar relacionada com uma teoria.
Exemplo de hipóteses: O aquecimento dos microprocessadores, MCI-55, é resultado
das reduzidas dimensões dos gabinetes dos microcomputadores da série 3DDI,
marca XX.
Objectivo Geral
 É uma acção que deve integrar todos os objectivos específicos e não
pode limitar-se a um deles, deve ser uma acção totalizadora, a síntese do
que se pretende alcançar.
 Deve conter a transformação a que se aspira, ou seja, o fim a alcançar,
com a execução do trabalho.
 Nos trabalhos restringidos em tempo, e que não têm como requisito
levar a prática os resultados, é aceitavel que se formule o objectivo em
termos de uma proposta, ou seja, pode começar com o verbo propor.

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Exemplos de objectivos gerais (eletrónica e telecomunicações)
Exemplo 1: Desenvolver um sistema automatizado de semáforos com respectivo
protótipo para regularização do trânsito, podendo assim contribuir para a redução do
número de acidentes nas vias públicas da cidade do Uíge.
Exemplo 2: Desenvolver um circuito eletrónico usando tecnologia de ultra- sons
como meio repelente de mosquito para o Centro Materno Infantil da Mineira da
cidade do Huambo.
Exemplo 3: Propor a demonstração das funcionalidades do Contiki como sendo o
melhor sistema operacional em tempo real para redes de sensores sem fio utilizando
o protocolo IPv6.
Objectivos específicos
 Devem estar estreitamente relacionados com o problema e o objectivo
geral.
 Os objectivos específicos devem complementar-se para alcançar o
objectivo geral. Serão um desdobramento do objectivo geral. Em
consequência, nenhum objectivo específico deve coincidir com o objectivo
geral.
 Devem ser formulados com uma ordem lógica de modo que contribuam
para organização sequencial do processo investigativo, da redação do
TFC e ao dar resposta ao problema levantado.
 Cada trabalho deverá ter os seus objectivos específicos. No entanto,
nos trabalhos investigativos generalizaram-se alguns objectivos, os quais
podem servir de referência para os TFC.
 Pelo menos um objectivo deve estar relacionado com a construção dos
referentes teóricos.
 Pelo menos um objectivo deve ter relação com a construção do
resultado do trabalho.
 É importante ter um objectivo para avaliar o resultado do trabalho.
Sugestões válidas para a formulação do objectivo geral e dos objectivos específicos:
 Cada objectivo deve ser formulado com um só verbo inícial que
descreva a acção que se vai executar.
 É conveniente obter uma adequada correspondência entre os

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objectivos e o problema. Se um oponente ou membro do júri precisar de
avaliar rapidamente um trabalho, certamente o que verificará primeiro
será a correspondência entre o problema, os objectivos e as conclusões.
 É muito importante lembrar que os objectivos devem ser metas
concretas que deve ser possível verificar quando se culmina a execução
do trabalho, ou seja, têm que ser alcançados na investigação.
 Não devem confundir-se os objectivos com os resultados esperados.
Estes últimos produzem-se quando o resultado se introduz na prática.
Portanto, se no TFC só se chega a fazer uma proposta, o estudante não
poderá verificar os resultados introduzidos na prática.
Exemplos de objectivos específicos para o exemplo 1 de objectivo geral exposto
acima:
 Apresentar a evolução histórica e os principais conceitos sobre semáforos
bem como a sua utilização.
 Avaliar de forma crítica e actual a utilidade desse sistema na cidade do Uíge.
 Caracterizar a plataforma Arduíno utilizada na criação do sistema;
 Descrever a estruturação e funcionamento do sistema de semáforos tendo em
conta as diferentes etapas e os recursos materiais disponíveis no mercado interno;
 Elaborar o respectivo protótipo em uma maquete.
Avaliar o protótipo de sistema de semáforos desenvolvido.
Metodologia
 A “Metodologia” responde à pergunta Como se desenvolve a
investigação?
 Neste item não deve faltar a explicação de como o autor se vai auxiliar
dos métodos de investigação, ou seja, quais os que usará no TFC.
Também pode incluir na sequência outros elementos na metodologia, mais não são
obrigatórios, dos quais se podem mencionar alguns como:
 O enfoque (foco) que predomina na investigação (quantitativa,
qualitativa, mista).
 O tipo de investigação ou de TFC que se realizará.
 Uma descrição breve das etapas da investigação.
 A unidade de análise.
 Os sujeitos de informação.

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 Pode organizar a explicação de como são empregados os métodos
para cumprir cada objectivo específico.
 Os passos a seguir na recolha de dados, a plataforma electrónica para
processar-lhos e o tipo de instrumento para recolha de dados.
 Se o trabalho assim exigir deverá ser descrita a população, a amostra,
tipos de amostragens, técnicas e ferramentas empregadas para a
obtenção e análise dos dados, definição das variáveis empregadas e
qualquer outro especto que se precise para compreender o
desenvolvimento da investigação.
 Máquinas, aparelhos, softwares e outras tecnologias utilizadas, as
quais deve abordar-se a necessidade do seu uso e influência no trabalho.
 Pode-se incluir o guia para a revisão da literatura, onde se explicam as
perguntas para a revisão, as ferramentas para a busca da informação,
esclarecem-se os critérios de inclusão-exclusão que se tiveram em conta,
os critérios de qualidade para selecionar os documentos, e outros
aspectos. Este é um elemento imprescindível quando se realiza uma
investigação de tipo bibliográfica (Revisão Sistemática a Literatura).
 No caso em que se utilize alguma estratégia metodológica, por
exemplo a triangulação, deve também ser incluido neste item.
Algumas sugestões sobre a explicação dos métodos de investigação:
 Deve-se explicar como o autor se vai auxiliar de cada método de
investigação no seu trabalho, ou seja, para que os vai usar, que tarefas
executará com os mesmos.
 Não se deve tentar expressar para quê que se usa um método através
da sua definição, já que esta questão está suficientemente tratada na
literatura sobre a Metodologia da Investigação.
 Devem explicar-se todos os métodos que se utilizam no trabalho.
 Não se devem declarar métodos que não se usem, por exemplo, se é
declarado um experimento, deve-se ter certeza que se utilizará no
trabalho.
Se um determinado método é utilizado em muitos momentos da
investigação, então pode exemplificar-se como se empregou em algumas
tarefas concretas. Esses são os casos, por exemplo da análise-síntese e

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indução-dedução.
 Devem classificar-se em alguma categoria, por exemplo, em teóricos,
empíricos e procedimentos estatísticos.
 Pode utilizar-se a variante de explicar, para cada objectivo específico,
que métodos se utilizam para o cumprimento de tal objectivo.
Cronograma
O cronograma é a distribuição do tempo e actividades ou etapas do trabalho. Pode
usar-se uma tabela como se mostra na Tabela 1. Também pode fazer-se um
cronograma por semanas. Deve-se avaliar com o tutor a forma e as actividades ou
etapas a incluir no cronograma.
Tabela 1. Exemplo de estrutura de um cronograma.
Etapa/Mês 7 8 9 10 11 12 1 2

Fonte: [2].
Orçamento da investigação
Segundo [2] o orçamento distribui os gastos previstos com a pesquisa tanto em
relação ao pessoal quanto com material (também contempla a fase da elaboração
do projecto, a execução da pesquisa e a elaboração do trabalho de conclusão).
Em [2] recomenda-se distribuir os gastos por vários itens, que devem
necessariamente ser separados. Inclui:
a) Pessoal: considerar todos os elementos que devem ter digitados/informatizados,
os seus gastos, quer globais, mensais, semanais ou por hora/actividade, incluindo
os programadores de computador.
b) Material, subdivididos em: elementos consumidos no processo de realização da
pesquisa, como papel, canetas, lápis, cartões, hora/computador, encadernação, etc.
c) Elementos permanentes, cuja posse pode retornar à entidade financiadora, ou
podem ser alugados, computadores, calculadoras etc.
O orçamento deve ser demonstrado (digitado) em tabela (ver exemplo na Tabela 2),
com detalhamento das despesas pelos itens:

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Recursos materiais.
Material de consumo.
Revisão, formatação, artes gráficas.
 Equipamentos.
 Outras especificidades e elementos inerentes a cada projecto de
investigação.
Tabela 2. Orçamento detalhado do TFC.
Orçamento detalhado do TFC
Material Permanente
Designação Quantidade Valor (Akz) Total
Computador
Impressora
Encadernador

Total do material permanente


Material de Consumo Corrente
Papel
Pendrive
Tinteiro
Saldo de Dados
CD

Total do material de consumo corrente


Outros serviços
Transporte
Alimentação

Total de outros serviços


Custo Total (material permanente + consumo + outros
serviços)
Fonte: Adaptada de [2].
Contribuições
As contribuições dos TFC geralmente são de tipo práctico e consistem em um

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resultado aplicável à práctica num contexto determinado e que dá solução ao
problema formulado. Ou seja, para este tipo de trabalhos não se exigem
contribuições teóricas.
No item de contribuições, o estudante deve referir-se em primeiro lugar ao resultado
a obter e explicar brevemente os benefícios que se obterão com o mesmo. Por
exemplo, se é um produto deve explicar as vantagens ou melhoras que vai trazer
para os usuários.
Em segundo lugar, é mais importante neste item, o estudante esclarecer à
originalidade ou novidade do trabalho, no que se distingue dos trabalhos
precedentes que têm procurado trabalhar no problema que se formulou ou em
problemas semelhantes em outros contextos. Ou seja, este item contribui para
justificar a alternativa ou caminho eleito para levar a cabo o TFC em relação com
outros antecedentes semelhantes. É sempre importante distinguir o trabalho de
outros trabalhos desenvolvidos por estudantes do mesmo curso.
As contribuições originais não têm que ser complexas, é possível que nos trabalhos
anteriores não se tenham implementado determinadas funcionalidades, é possível
que implementar uma solução precedente seja muito oneroso para a organização, é
possível que faça uma proposta ou se construa a solução a partir de outro foco,
empregando outra metodologia, outras tecnologias que aportem vantagens em
relação as anteriores, dentre outros elementos que podem representar originalidade
ou novidade ao trabalho.
Estrutura do trabalho
Neste item menciona-se a quantidade de capítulos que deverão constar no TFC, e
faz-se uma breve descrição do conteúdo de cada capítulo. Não é necessário
detalhar todos os elementos do TFC.
Basicamente pode fazer-se num parágrafo, mas se assi o mesmo for muito extenso
pode dividir-se em dois parágrafos, onde se justifica e descreve os capítulos para
que o leitor perceba o que vai encontrar em cada capítulo do TFC.
Referencial teórico…
Significa o fundamento, sustentação, o alicerce ou a base de todo o tipo de conteudo
que serve como argumento válido para justificar ou defender determinada ideia,
conceito, teoria, etc., do ponto de vista da ciência ou seja representa a análise e
sínteses do conjunto de referências bibliográficas que servem para dar fundamento

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ao trabalho.
O título deste item deve especificar de forma concreta o conteúdo do mesmo. Não
deixe só a frase “Referencial Teórico” como título do item; especifique do que é o
referencial teórico.
A base teórica contém as epígrafes que resumem a ampla revisão bibliográfica
realizada pelo estudante mediante a qual caracteriza o tema do TFC e estabelece
seu posicionamento teórico e metodológico.
A construção do referencial teórico deve refletir a ética e a honestidade do autor, ao
não cometer plágio, citando correctamente as ideias de outros autores.
Recomenda-se incluir uma epígrafe de antecedentes. Para isso devem analisar-se
outros trabalhos relacionados com o tema, realizados por estudantes do curso e
também de outros contextos.
Há estudantes que declaram um objecto de estudo e depois não escrevem nada do
objecto declarado. Isso é incorrecto. Na sustentação teórica deve-se caracterizar o
objecto de estudo, destacando a relevância do campo de acção como uma de suas
partes.
No referencial teórico incluem-se a definição de conceitos e a explicação das teorias
que sustentam os passos que deverão ser dados durante a resolução do problema
de investigação.
O conteúdo da sustentação teórica está determinado pelos elementos necessários
para dar solução posterior ao problema. Não se deve omitir nenhum aspecto que
fundamente algum dos passos do processo de resolução do problema. Mas tão
pouco se devem acrescentar elementos que depois não terão utilidade na fase de
resolução do mencionado problema.
Nota importante: Se não pode-se chegar a construir tudo o referencial teórico no
anteprojecto, deve pelo menos fazer uma análises dos conceitos relacionados com o
problema, objecto de estudo, campo de ação e objectivos da investigação.

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Referências Bibliográficas

Abrange livros, artigos científicos, periódicos, jornais, monografias, etc.,


publicações utilizadas para o desenvolvimento do ante-projecto de TFC. Deve-se
incluir, só o material bibliográfico citado no trabalho.
A bibliografia selecçionada deve ser pertinente, relevante, com rigor científico tais
como artigos de revistas, outras teses, comunicações de congressos, e outras. Não
se deve abusar de referências bibliográficas relacionadas com páginas web.
As referências bibliográficas devem ser actualizadas. Embora não exista uma
percentagem estabelecida no regulamento, sugere-se usar uma alta percentagem
de bibliografia dos últimos dez e cinco anos (mais recente).
Não deve aparecer nenhuma referência bibliográfica na lista de referências
bibliográficas que não esteja catalogada ao menos uma vez em alguma parte do
texto.
Não deve aparecer nenhuma alusão no texto a uma referência bibliográfica
inexistente na lista de referências bibliográficas.
As obras utilizadas para a elaboração do ante-projecto devem ser indicadas em
ordem de aparição conforme o estilo de citação do IEEE (Institute of Electrical and
Electronics Engineers).
A seguir apresenta-se um pequeno exemplo de uma lista de referências
bibliográficas:
Referências Bibliográficas

[1] M. A. Marconi e E. M. Lakatos, “Fundamentos de Metodologia


Científica. 5ta Edição,” Editora Atlas, São Paulo, 2003.
[2] C. C. Prodanov e E. C. De Freitas, “Metodologia do Trabalho
Científico. Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho
Académico,” Universiade FREEVALE, Novo Hamburgo - Rio Grande
do Sul, 2013.
[3] A. C. GIL, “Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed,” Atlas, São
Paulo, 2010.
Anexos
Os anexos são documentos que servem para ampliar, complementar ou detalhar o
trabalho. Devem numerar-se ou organizar-se adequadamente para não confundir
ao leitor.
Em geral são materiais utilizados para o recolha da informação: questionários,
guias de entrevista, protocolos de observação, e outros. É sempre conveniente
abordar com o tutor qual o material relacionado com o trabalho apropriado para
estar nos anexos.
Algumas orientações para a formatação e redação do trabalho
A seguir fazem-se algumas recomendações para a formatação e redação do
trabalho em geral; quer dizer, não para uma secção em particular. Estas sugestões
estão baseadas em erros constatados em alguns TFC do curso de Engenharia
Electrónica e Telecomunicações.
 Tipo de papel: branco, no formato oficial A4.
 A impressão é feita só no lado da frente da folha.
 Tipo de encadernação: capa transparente de lombada colada, a
quente ou argolas; caderno de capa flexível de cor branca.
 Tipo de letra: fonte Arial, tamanho 12.
 Margens:
o Margem superior........................... 3 cm
o Margem inferior............................ 2 cm
o Margem direita.............................. 2,5 cm
o Margem esquerda.......................... 2,5 cm
 Parágrafo: Recuo especial (1ª linha), padronizado com 1,5 cm, a partir
da margem esquerda.
 O espaçamento entre linhas deverá ser marcado a 1,5.
 Não usar espaço maior entre parágrafo.
 Não escrever na primeira pessoa. As ideias devem expressar-se na
terceira pessoa, ou seja, de maneira impessoal. Quando é necessário
destacar que a ideia se corresponde com a posição do investigador
podem utilizar-se expressões como as seguintes: “Este autor considera
que…”, “É opinião do autor do presente trabalho...”, etc.
 Não redigir parágrafos muito extensos. Devem-se evitar ter muitas
ideias num mesmo parágrafo, o uso excessivo de orações separadas
por vírgula ou ponto e vírgula. Também deve evitar-se ter muitos
gerúndios.
 Sugere-se redigir parágrafos curtos, cujo conteúdo fique ao redor de
uma mesma ideia central e entre duas ou três ideias secundárias.
Também se recomenda utilizar frequentemente o ponto e continuação.
 Estabelecer uma ligação entre um parágrafo e o que lhe segue.
Devem-se evitar os “saltos” bruscos na fluidez do discurso.
 Expressões como: “Em correspondência com o anterior...” ou “Por
outro lado....”, podem ajudar significativamente nessa direcção.
 Não utilizar abreviaturas que não tenham sido especificadas
previamente. Pelo menos deve introduzir-se o termo completo pela
primeira vez e especificar entre parêntesis as siglas que representam à
abreviatura que no adiante se continuar a empregar.
 Utilizar correctamente o idioma português. Ter especial atenção à
redação e à ortografia. As deficiências na redacção ou na ortografia
desvalorizam o trabalho e permitem questionar a capacidade para o
nível científico a que se aspira.
 Utilizar sistematicamente o dicionário para rectificar as palavras sobre
cuja escritura tenha dúvida e para empregar sinônimos em iguais
palavras que aparecem uma muito próximo da outra.
 Não entanto, ao utilizar sinônimos tenha cuidado de não mudar o
significado dos termos. Por isso, também recomenda-se empregar o
menor número de termos para evitar dispersão e ambiguidades.
 Todas as figuras e tabelas devem ter uma chamada (referência) no
texto do tipo “A Figura 1 mostra...” e “A Tabela 1 apresenta....”;
 Utilize sempre o número da referida tabela ou figura e nunca use
termos como "A Tabela abaixo..." ou "A Figura a seguir...".
 As legendas das figuras devem ser localizadas abaixo das mesmas e
devem ser referenciadas conforme o exemplo de figura.
 As legendas das tabelas devem ser colocadas acima das mesmas e
devem ser referenciadas usando o estilo Legenda;
 Todas as palavras escritas em outros idiomas (estrangeirismos) deverão
estar em itálico. Exemplo: sotfware. Se são nomes próprios não precisa do estilo
itálico nem aspas, pois já tem o ressaltado das letras iniciais em maiúscula.

Figura 1: Exemplo/legenda da figura.


Fonte: [nº da referência a que corresponde].

Notas finais
Autor
Amaury Pérez Torres, Ph. D.
Colaboradores
O professor Paulo Alexandre Figueiredo fez a correção de Língua Portuguesa e
contribuiu com os exemplos para o curso de Engenharia Electrónica e
Telecomunicações.
O professor Horacio Mendes contribui na correção de Língua Portuguesa e
contribuiu com ...
Como usar este documento?
Este documento estabelece orientações de estrutura, formatação e de redação que
devem considerar-se ao elaborar o Anteprojecto do Trabalho de Fim de Curso no
curso de Engenharia Electrónica e Telecomunicações do Instituto Superior
Politécnico do Huambo (ISPHbo).
Este documento pode servir de modelo para a redação do Anteprojecto do TFC.
Simplesmente pode fazer uma cópia deste documento com o nome de seu ficheiro
de TFC e trabalhar sobre a cópia do mesmo. Desta maneira mantem-se as
orientações completas num documento que pode rever sempre que o precise.
Este documento também contem estilos de formatação que podem facilitar a
redação do Anteprojecto do TFC. Para os parágrafos incluídos são:
Texto TFC: para os parágrafos normais.
Listas TFC: para as marcas no documento.
Legendas: para as legendas de tabelas e ilustrações.
Correções e melhoras deste documento
Este não é um documento fechado, podem-se propor melhoras e correções ao
documento que serão valoradas para ser incorporadas em futuras versões. Podem-
se enviar qualquer proposta de melhora a seguinte direção de correio:
amauryperez66@gmail.com
Licença
O autor outorga permissão para que se utilize o presente documento
sob a licença Creative Commons “Atribução – NãoComercial –
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