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Manual do Obreiro

Seja um Obreiro Aprovado

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Índice
Introdução............................................................03
1. Teologia pastoral...................................................04
2. A chamada do obreiro...........................................05
3. Os cargos ministeriais e sua designação..............08
4. O caráter do obreiro...............................................11
5. Critérios para aqueles oferecer o pão de Deus......13
6. Qualificações do obreiro.........................................18
7. Comportamento na plataforma............. .................22
8. Regras básicas para a boa pregação.....................25
9. Hierarquia para direção do culto.............................28
10. Elementos do culto bíblico......................................29
11. Culto público...........................................................33
12. Culto de oração......................................................36
13. Culto de doutrina.................... ...............................38
14. Culto em ação de graças....................................... 42
15. Celebração da santa ceia do senhor......................46
16. Batismo em águas..................................................48
17. Apresentação de crianças.......................................50
18. Separação (ordenação) de obreiros........................51
19. Separação de ministros (pastores e evangelistas)..52
20. Separação para presbítero.......................................54
21. Separação para diácono...........................................55
22. Culto ao ar livre (evangelismo)..................................56
23. Os cooperadores do ar livre......................................57
24. Lançamento da pedra fundamental...........................59
25. Inauguração...............................................................60
26. Culto de natal............................................................63
27. Funeral......................................................................65
28. Celebração de casamento........................................67
29. O ato civil..................................................................68
30. O ato religioso...........................................................71
31. Bodas de prata ou de ouro.......................................73
32. Solenidades cívicas..................................................75
33. Formatura (colação de grau).....................................76
34. Unção com óleo.........................................................77

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INTRODUÇÃO

Todos somos sabedores que o culto divino é orientado


pelo Espírito Santo de Deus. Consideraríamos uma
temeridade se houvesse nestes escritos a pretensão de tomar
para o homem prerrogativas que são exclusivas do Senhor.
Cabe, no entanto, dizermos que o Espírito Santo de Deus usa,
para todos os atos que se pratica na Igreja de Cristo, o
homem se coloca à disposição. É maravilhoso notarmos que
somos o instrumento do Espírito de Deus mas, por outro lado,
é de agrado do Senhor os seus servos estarem devidamente
informados sobre qualquer procedimento referente às
atividades que a cada um têm sido conferidas.
A direção de um culto, como já aludimos, cabe
prioritariamente ao Espírito Santo, não resta dúvida, mas a
participação do homem é indubitável. O elemento humano na
direção de um culto precisa estar, em primeiro lugar, em
sintonia com o Espírito de Deus. As práticas e métodos aqui
referidas são de grande importância, porém não afastam o
dirigente do culto a manter-se, em todos os momentos do seu
oficio, com total dependência do Senhor.
Dirigir um culto requer muita responsabilidade, pois,
neste ato, está-se trabalhando com alimento do céu, que é
distribuído aos famintos espirituais. A meta de quem dirige um
culto nunca pode ser cumprir com anseio humano, nem uma
oportunidade para expor os frutos do “eu”e da vaidade mas,
em tudo deve o nome poderoso do Senhor ser glorificado.
Segundo a concepção humana temos variado títulos e
propósitos para os cultos. Analisaremos um a um no decorrer
dos capítulos que se seguirão

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1. TEOLOGIA PASTORAL

1. TEOLOGIA:
O termo teologia vem do grego ‘‘theós’’ que significa
‘‘Deus’’ e ‘‘Logos’’, que significa ‘‘estudo’’, ‘‘discurso’’,
‘‘raciocínio’’. Assim essa palavra indica o estudo das coisas
relativas a Deus, à sua natureza, obras e relações com o
homem. No sentido geral teológico é: ‘‘O estudo da religião,
que culmina em uma síntese ou filosofia da religião’’; além
disso, uma pesquisa crítica da religião, especialmente da
religião cristã.

2. TEOLOGIA PASTORAL:
Consiste em instrução aos ministros locais, a cerca de
com o deverão tratar o povo de Deus. No seu sentido prático,
a Teologia Pastoral aborda principalmente os cultos e as
expressões religiosa práticas. Essa teologia ocupa-se da
disciplina, do treinamento, da educação e da aplicação do
Evangelho às pessoas, e isso de maneira prática.

3. MINISTRO:
No sentido eclesiástico, um Ministro é alguém autorizado
a pregar a palavra de Deus, usualmente através de uma
forma de ordenação pública.
O Ministro do Novo Testamento começa com Cristo, que
é o grande Ministro de Deus. Daí se vai descendo para os
ministérios apostólicos, proféticos, evangelístico, pastoral,
didático e ainda mais para os serviços diaconal, litúrgico,
prático, etc. Todos aqueles que servem são ministros em suas
respectivas capacidades.
A matéria que o querido irmão tem em mãos foi usada
no Instituto Bíblico da Assembléia de Deus na Ilha do
Governador – IBADIG. Assim como foi proveitoso e edificante
para os nossos alunos, esperamos que, apesar de estar
resumido, seja útil e edificante para sua vida e ministério.

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2. A CHAMADA DO OBREIRO

Deus chama homens para exercer as mais diferentes


tarefas em sua obra. E, como Ele é soberano em seus
desígnios, então não existe um método para a chamada
divina.
O MÉTODO DA CHAMADA:
1. MÉTODO DIRETO
É aquele que Deus se revela diretamente para o obreiro
que está sendo chamado para a seara.
a) NOÉ, (Gn 6.13). Sociedade corrompida, violência
generalizada, hostilidade e pecaminosidade eram o
ambiente natural daquela época. Certamente, Noé
foi tido como louco, paranóico, mas tinha convicção
de sua chamada.
b) ABRAÃO, (Gn 12.1-3). A chamada de Abraão era
para deixar seu povo, sua cidade, seus parentes,
seus amigos e até mesmo alguns bens, e ir para
uma terra que ele não conhecia. Essa decisão exigiu
fé, ousadia e plena certeza de uma poderosa
chamada divina.
c) MOISÉS, (Ex 3.1-5). Quando Deus o chamou, ele
estava envolvido com o trabalho, entre o rebanho,
tinha um bom relacionamento familiar, estava no
deserto, subiu ao monte de Deus, teve uma gloriosa
visão do anjo do Senhor, ouviu a voz de Deus e
havia fogo na sua chamada.
d) SAMUEL, (I Sm 3.1-10,20). Diante da desobediência
do povo e dos pecados praticados pelos filhos de Eli,
a palavra do Senhor se tornou rara em todo o
território de Israel, não havia profetas nem profecias.
Diante deste quadro Deus se revela á Samuel, o
chama e o qualifica para o ministério profético. (I Sm
12.1-4).
MÉTODO INDIRETO Deus não somente chamou de
forma direta, mas também vemos na Bíblia que ele usou
métodos indiretos com grande objetividade.
5
a) JOSÉ, (Gn 37.5-10). Quando examinamos as fases da
vida de José, verificamos que não passa de um árduo e
difícil treinamento, como objetivo de moldar o caráter desse
servo de Deus. José teve oportunidade de demonstrar
fidelidade em momentos e lugares difíceis (Gn 39.1-6; 20-
23; 39.7-13). Por causa dessa chamada divina, José foi um
líder sábio e justo.
b) JOSUÉ, (Nm 27.18; Dt 1.38; 3.21; 31.7,8). Josué é
fruto de discipulado. Ele esteve ao lado de Moisés desde o
inicio da jornada no deserto. A primeira missão que lhe
coube foi selecionar homens para guerrear contra
Amaleque (Ex 17.9). Em seguida, ele aparece como
servidor de Moisés (Ex 24.13; 32.17; 33.11; Nm 11.28).
Esteve presente em todos os momentos críticos de jornada
pelo deserto. Com isso, no serviço e na obediência pratica
ele se transformou em um grande líder (Dt 34.9).
c) TIMÓTEO, (Rm 16.21). Timóteo é o exemplo típico do
ministro no N.T., fruto do discipulado contínuo. Desde
jovem tornou-se companheiro e cooperador do apostolo
Paulo (At 16.1; 17.14; 18.5; 19.22; 20.4). Mirou-se no
exemplo, firmeza e fidelidade do grande apóstolo. A
palavra enxertada por sua piedosa mãe, na sua infância,
teve terreno e ambiente fértil para desenvolver-se, (II Tm
3.15-17; I Co 4.17; I Ts 3.2; I Tm 1.2).

2. O PROPÓSITO DA CHAMADA:

2.1. Esclarecer que o ministério, seja qual for, nunca foi


uma profissão na Antiga Aliança, muito menos na atual
dispensaçâo. O ministério é dom e uma vocação de
Deus (Ef 4.11). Tendo convicção desta chamada o
obreiro deve entender que do Senhor vem à
recompensa (I Pe 5.2-4); e pelo Senhor ele será julgado
(I Co 4.3-5).
2.2. A certeza da chamada divina faz o servo do Senhor
superar obstáculos considerados insuperáveis. Como
6
compreender a posição de Moisés diante da rebelião e
tumultos que ele enfrentou no deserto? (Nm 12.1-6;
14.1-6; 16.1-19). Como compreender sua fervorosa
oração intercessora quando Deus quis destruir o povo
israelita e fazer dela uma grande nação? (Nm 14.10-19).
Só um homem vocacionado por Deus poderia ter
capacidade, calma e equilíbrio para vencer nesses
momentos críticos. Moisés não era um super-homem,
mas era um homem chamado pelo Senhor.

2.3.A chamada é acompanhada da missão. Ninguém


que é chamado vive de um lado para o outro, sem nunca
ter certeza da vontade de Deus. Deus quando chama,
comissiona seu servo para uma missão especifica.

3. A OCASIÃO DA CHAMADA:

Deus chama como quer e quando quer. Deus é


Soberano. Desde o ventre chamou Jeremias (1.5) e Paulo (Gl
1.15,16). O Senhor chamou Samuel, sendo este bem jovem (I
Sm 3.3,4, 20), Davi (I Sm 16.11-13) e provavelmente, Timóteo
(At 16.1-3).
Em qualquer época de nossa existência, o Senhor pode
nos chamar para o ministério ou para o cumprimento de uma
missão em particular.
Quando as circunstâncias das chamadas registradas no
texto sagrado, são as mais variadas possíveis: O Senhor
chamou Elizeu quando andava lavrando com doze juntas de
bois (I Rs 19.19-21); Paulo a caminho de Damasco, com o
objetivo de prender cristão (At 26.12-16); Gideão malhando
trigo no lagar (Jz 6.12-16).

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4. A NATUREZA DA CHAMADA:

1. Divina (Ef 4.11). A chamada para o ministério é de


natureza divina. Deus não chama homens capazes, Ele
o Senhor, capacita os chamados.

2. Pessoal, a chamada para a salvação é universal. A


chamada para o ministério é pessoal. Deus tem o
ministério ou a missão certa para a pessoa certa.

3. Soberana. O servo do Senhor, ao ser chamado deve


permanecer humilde como foi o Senhor Jesus.
Certamente não conseguirá respostas para muitas
indagações imediatas. Só o correr do tempo entenderá
os desígnios do Senhor (Is 55.8,9; I Co 2.16).

4. Definitiva. A chamada para o ministério é também


uma chamada para o discipulado. Aquele que é
chamado não pode impor condições. Pelo contrario,
deve agradecer a Deus o privilegio de ser chamado,
como fez Paulo (I Tm 1.12,13).

3 OS CARGOS MINISTERIAIS E SUA DESIGNAÇÃO

A Bíblia usa diferentes nomes e títulos quando se refere


aqueles que foram separados por Deus para servirem no
ministério cristão. Cada nome tem um significado especial,
que representa a função ou a missão daqueles que são
levantados pelo Senhor da seara.

1. PASTOR – É aquele que apascenta, alimenta, cuida, dirige,


guia e guarda as ovelhas. É uma palavra de grande
extensão no contexto bíblico (Sl 23.1-6; Jo 10.11; Ez 34.12-
16; I Pe 5.1-4).

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2. EVANGELISTA – É um dom ministerial referem-se aqueles
que pregam o Evangelho e anunciam as boas-novas de
salvação (At 21.8; Ef 4.11; II Tm 4.5). O termo é muito amplo
e estende-se a todos os crentes, posto que todos têm a
obrigação de pregar o Evangelho (Mc 1.14; 16.16; Jo
20.21,22; 15.16).

3. PRESBÍTERO – A palavra Presbítero, Ancião ou Bispo tem


o mesmo significado etimológico, isto é, a raiz ou origem do
termo (At 20. 17-28; I Tm 3.2; 5.17-19). Um Presbítero pode
muito bem substituir o pastor na sua ausência, mesmo por
tempo indeterminado, mas ele sempre será um Presbítero,
até quando for consagrado ao ministério pastoral. Os
Presbíteros são auxiliares diretos dos Pastores e também
supervisores ao lado dos Pastores.

4. DIÁCONO - Naturalmente, em se tratando de um servidor de


grande importância na Igreja do Senhor, não podem ser
colocados homens sem as qualidades necessárias,
coerentes com importância do serviço que irão
desempenhar. O diácono significa servo, isto é, uma pessoa
que serve. Tem outros significados, mas este é o mais
adequado. (Is 42.1-2; Mt 20.28; At 6.1-4).

5. COOPERADOR – Significa o que coopera com alguém Um


Ministro do Evangelho não é mais que um que coopera com
Deus. (Mc 16. 20; I Co 3.6-9; Jo 4.35-38).

6. DISCÍPULO – Significa o que está aprendendo de alguém.


Todo obreiro é sempre um aprendiz na obra de Deus e
nunca termina de aprender. (Hb 13.7-17)

7. DESPENSEIRO - É o que guarda e distribui alimento. O


obreiro deve alimentar a Igreja com a palavra de Deus. (Hb
4.12; 5.12-14; II Pe 2.2; Mt 4.4; II Tm 2.15).

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8. EMBAIXADOR – É o representante de um país estrangeiro.
O obreiro é um estrangeiro, no sentido espiritual, é um
representante de Deus no Mundo. (II CO 5.20).

9. HOMEM DE DEUS – Quer dizer que qualquer posição que o


homem exerça no ministério ele deve ser sempre um
homem de Deus. (II Rs 1.9; 4.8-10).

10. MENSAGEIRO – É o portador de uma mensagem. Um


obreiro do Evangelho é portador da maior e mais importante
mensagem que o mundo precisa. (Sl 68.11; Pv 13.17).

11. MINISTRO DA PALAVRA - Uma das principais funções do


pastor é pregar a Palavra de Deus. Neste ponto ele é
também chamado pregador. (At 6.4; Lc 1.2).

12. MINISTRO DO EVANGELHO – A palavra ‘‘Evangelho’’ quer


dizer ‘’boas-novas’’ das quais o obreiro é um anunciador.
(Rm 10.15; Hb 4.2; Is 40.9).
13. MISSIONÁRIO – Qualquer pastor ou evangelista pode ser
enviado a um país estrangeiro como missionário. (At
13.1-4; Sl 96.3).
14. OBREIRO – É assim chamado porque trabalha na obra do
Senhor (Mt 9.37-38; II Tm 2.15). Existem também os
obreiros fraudulentos com os quais devemos ter muito
cuidado. (II Co 11.13).
15. SERVO – Todos os ministros são servos de Deus, este é o
título que o apóstolo Paulo gostava muito de empregar com
respeito a si mesmo (Rm 1.1; Mc 10.45).
16. SOLDADO – É a posição que lembra guerra, batalha. O
obreiro é um lutador contra as hostes do pecado, hostes
espirituais que operam nos lugares celestiais. (Ef 6.12-18).
Muitas outras qualificações poderiam constar desta lista,
estas são as mais importantes. É bom lembrar que títulos ou
nome não conferem autoridade ou capacidade para
desempenho do trabalho, a capacidade vem de Deus.

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4. O CARÁTER DO OBREIRO

A vida diária do obreiro está relacionada intimamente


com o seu trabalho. E, por essa razão ao considerarmos as
qualificações necessárias para o serviço cristão precisamos
levar em conta questões como disposição e conduta. O
caráter do obreiro deve condizer com o caráter da obra.

1. DILIGENTE – Parece supérfluo dizê-lo, mas realmente é


essencial afirmar de maneira enfática que o obreiro cristão
deve ser pessoa dotada de vontade de trabalhar. Oxalá
acordasse-nos o peso da nossa grande responsabilidade,
para a urgência da necessidade que nos circunda e para a
natureza transitória do templo! Certamente não teríamos
opção se não lançar-nos ao trabalho, ainda que tivéssemos
de nos privar do alimento e do sono, a fim de atingir o nosso
alvo (Mt 25.14-30; II Tm 4.2; II Pe 1.5; Jô 5.17; 4.35).

2. ESTÁVEL – A estabilidade é outra das qualidades que se


deve encontrar na vida de todo o obreiro cristão. Infelizmente
alguns crentes são inconstantes. O seu humor se altera com
as condições atmosféricas, de tal modo que por muitas vezes
se tornam brinquedos das circunstancias. A estabilidade é um
distintivo necessário do caráter de todo obreiro cristão. (Mt
16.13-23; I Pe 2.5; Mt 18.18; 26.31-41; 69-75).

3. AMOROSO – O amor aos irmãos é um elemento essencial


na vida de todo obreiro cristão, mas não menos importante é o
amor por toda a humanidade. O verdadeiro amor pela raça
humana é um requisito básico em todo o obreiro cristão. (Pv
17.5; Mc 10.45; Lc 19.10; Jo 10.10; Lc 15).

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4. COMEDIDO – O termo significa ‘‘moderado, prudente,
discreto’’, qualidades que todo obreiro cristão deve possuir.
Por falta de comedimento nas palavras, é seriamente
impedida a utilidade de muitos obreiros cristãos. Em lugar de
serem instrumentos poderosos no serviço do Senhor, o seu
ministério produz pouco efeito, devido ao constante desgaste
do poder, devido ao seu falar descuidado, sem nenhuma
cautela. (Tg 3.1; Ec 5.3; I Tm 3.8; Mt 5.37; Ef 5.4; Is 50.4).

5. OBJETIVO – A subjetividade é um dos efeitos de caráter


de alguns obreiros cristãos, o que produz um efeito adverso
em seu trabalho. O homem que se apega aos seus próprios
pensamentos e caminhos é avarento e intrometido, mas o
homem que já aprendeu a encurvar-se debaixo da mão
castigadora de Deus, tem se expandido por meio da pressão,
e é homem de coração grande e de horizontes amplos. (Gn
22.1-13; Nm 22.7-20; Sl 32.8,9; Mt 20.25,26; Fp 1.15-18).

6. DISCIPLINADO – O obreiro cristão deve ser capaz de


disciplinar o próprio corpo. Se na vida diária e ordinária do
obreiro cristão o seu corpo nunca houver sido ensinado a
reconhecer o seu Senhor, como se poderá esperar que
correspondam as exigências extraordinárias que às vezes lhe
serão impostas, por causa da obra do Senhor? É somente
quando impomos persistentemente a nossa autoridade é que
os nossos corpos finalmente torna-se-ão obedientes. (I Co
9.23-27; II Co 11.27; I Co 4.11-13; Rm 8.11; 12.1,2).

7. FIEL – O obreiro deve ser fiel em todas as áreas do


ministério cristão, principalmente em questões do dinheiro.
Trata-se de uma questão importantíssima, porquanto abordam
facetas tão nobres que, a menos que o crente tenha recebido
luzes claras a respeito, não poderá sair-se bem, pois nenhum
obreiro cristão pode evitar de tocar nas ‘’riquezas’’. (Mt 6.24; II
Pe 2.15; Jd 11; Ap 2.14; II Pe 2.1-3; I Tm 6.3-10; II Co 8.1-24;
Pv 33.9,10).

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8. LEAL – A absoluta lealdade à verdade é uma questão que
deve receber prioridade na vida de todo o obreiro cristão. É
possível, e de fato não acontece raramente, que um obreiro
modifica a verdade por estar sendo influenciado pelos
homens, pelas circunstâncias, ou pelos seus próprios desejos.
A verdade é absoluta e exige lealdade inabalável da parte de
todos os homens em quaisquer circunstâncias. (Jo 8.44; Mt
12.19; II Tm 2.24).

Os pontos aqui abordados foram especificamente


endereçados aqueles que se atarefam na obra do Senhor,
destacando o caráter do obreiro. Um homem de Deus apela
para homens que desejam ser verdadeiros cooperadores de
Deus, que através da disciplina foram postas em harmonia
com a própria natureza de Deus.

5. CRITÉRIOS PARA AQUELES QUE QUEREM OFERECER


O PÃO DE DEUS

TEXTO: Levitico 21.17-23 - (17) Fala a Arão,


dizendo:Ninguém da tua descendência, nas suas gerações,
em que houver algum defeito, se chegará a oferecer o pão do
seu Deus. (18) Pois nenhum homem em quem houver alguma
deformidade se chegará; como homem cego, ou coxo, ou de
nariz chato, ou de membros demasiadamente compridos, (19)
Ou homem que tiver quebrado o pé, ou a mão quebrada, (20)
Ou corcunda, ou anão, ou que tiver defeito no olho, ou sarna,
ou impigem, ou que tiver testículo mutilado. (21) Nenhum
homem da descendência de Arão, o sacerdote, em quem
houver alguma deformidade, se chegará para oferecer as
ofertas queimadas do Senhor; defeito nele há;não se chegará
para oferecer o pão do seu Deus. (22) Ele comerá do pão do
seu Deus, tanto do santíssimo como do santo. (23) Porem até
ao véu não entrará, nem se chegará ao altar, porquanto

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defeito há nele, para que não profane os meus santuários;
porque eu sou o Senhor que os santifico

1. O Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), disse


que não poderá errar, pois criou uma expectativa muito
grande nos brasileiros.
2. Pastor, você não pode errar, pois a igreja criou uma
expectativa muito grande em você.
3. O texto diz que qualquer pessoa pode comer o pão de
Deus, mas para oferecer o pão de Deus, não pode ter
defeitos, deficiências, anomalias, deformidades.
4. O Senhor quer tratar conosco pastores, nesta manhã. Ele
quer tirar nossos defeitos e sarar nossas deformidades.

II. ASSUNTO: Pontos Negativos do Obreiro (Levítico 21. 17 – 24)


Cego
1. Sem visão (sem projetos, sem fé).
2. Cego não pode servir o pão de Deus (Deus é um Deus de visão).
3. Jesus disse que se um cego guiar outro, ambos cairão no buraco.
4. Pessimista, que põe dificuldade em tudo (não vai dar certo).

Coxo
1. Paralítico (não anda, não pula, não corre, não sai do lugar).
2. Todo coxo que Jesus encontrava ele mandava se levantar e andar.
3. Acomodado, conformado, não buscam melhorar, fazem só pro café.
4. Preguiçoso, passa o dia à toa, sem produzir nada.

Nariz Chato
1. Rosto desfigurado.
2. Pessoa aborrecida.
3. Intransigente.
4. Raivosa, irritadiça.
5. Chata, cricri.
6. Nem Deus gosta de chatos (Í..., lá vem ele de novo).
7. Desagradável.
8. Explicadinho demais.
9. Também tem os perigosos.
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10. Inconvenientes, sem graça.
11. Insistentes, intragáveis.
12. Criadores de caso, moralistas.
13. Intrometidos, sabe tudo.
14. Complicam as coisas.
15. Pegam no pé da gente.
16. A gente quer ir embora, não deixam.
17. A gente sai, vem seguindo atrás.
18. Mal humorados, carrancudos.
19. Não gostam de crianças.
20. Causam mal estar.
21. Tira essa chupeta do capeta da boca (dizem a quem fuma).
22. Ta tomando xixi do diabo (dizem que toma uma cerveja).
23. Vai ser chato lá longe.

Membro demasiadamente comprido


1. Desequilíbrio, falta de equilíbrio.
2. Extravagante (oito ou oitenta).
3. Desproporcionados.
4. Corpo longo, pernas curtas.
5. corpo pequeno, braços longos.
6. Só cresce a cabeça, cabeção.
7. O que isso significa para nós?
8. Entendem tudo, mas não oram.
9. Oram demais, mas não entendem nada.
10. São ativos, mas frios na adoração.
11. São prestativos, mas sem comunhão com Deus.
12. Ajudam todos, mas abandona a família.
13. Contribui demais, mas não perdoa.
14. Desenvolve demais um aspecto e fica deficiente em outro.
15. Pregam demais da conta, mas não vive o que pegam.

Pé quebrado
1. Os leões atacam sempre os retardários do rebanho.
2. O pé quebrado tem dificuldades para andar e foca sempre para
trás.
3. A nuvem vai e ele fica.
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4. Não anda no ritmo dos outros.
5. Depende de ajuda, de apoio, de muletas.
6. Precisa de um ombro para se pendurar.
7. Vive pedindo oração.
8. Vive procurando um profeta.
9. Andam a custa da vida espiritual dos outros.
10. Alguém sempre precisa voltar para buscá-lo (ficam para trás).
11. Estão sempre cansados, capengando.
12. São um peso constante para os outros.
13. Os pés quebrados atrasam a obra de Deus.

Mão quebrada
1. Mão que não dá auxilio a ninguém.
2. Alguém bate a porta e diz não ter nada para dar.
3. O adesivo do carro diz: A serviço do Rei Jesus, e não são
incapazes de dar uma carona a uma irmã com crianças em
dia de chuva.
4. Mão engessada, mão encolhida.
5. Nunca pagam à conta.
6. Não ofertam nos cultos.
7. Não abençoam os pregadores.

Corcunda
1. Aquele que anda encurvado.
2. Parece que tem um peso nas costas.
3. Vive olhando para o chão.
4. Só conta desgraça, tristemunho.
5. Sua casa parece uma filial do inferno.
6. Curvados pelo peso de dívidas, dos problemas ministeriais, etc.

Anão
1. Deficiência no crescimento.
2. Um provérbio Chinês diz: Se você não crescer ficará cada vez
menor.
3. Cresce até certo ponto e pára.
4. Deus não quer Anão espiritual no altar, não aceita pirralhos,
nanico na fé.
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5. Quem não cresce é pequeno, é medíocre, e não pode
representar a Deus porque “Grande é o Senhor”.
6. O homem de Deus tem que estar sempre crescendo (na graça,
na fé, no amor, no conhecimento, na unção).

Defeito no olho
1. Que tem visão limitada, que enxerga com deficiência.
2. Não basta ver é preciso ver com nitidez.
3. Deus não aceita sacerdote que tem belida nos olhos.
4. Catarata, névoa esbranquiçada que compromete a visão.
5. Ter belida no olho é ver como o mundo vê (sem clareza,
sem discernimento).
6. O comedor de pão pode ter belida nos olhos, o servidor
não.
7. O homem de Deus precisa enxergar bem o que o que se
passa ao seu redor.

Sarna
1. Deus adverte que quem ministra no altar, não pode ser
sarnento.
2. O Sarnento vive se coçando.
3. Está o tempo todo incomodado.
4. E a única doença da lista que é contagiosa.
5. Quando inconformado com alguma coisa, tenta
contaminar os outros com suas frustrações.
6. Não sossega enquanto não passa sua insatisfação
para outros
7. Começar a se coçar, e logo outros estão se coçando
também (a coisa pega).
8. Alguém elogia o pastor, ele critica.
9. Alguém elogia o culto, ele reclama do horário.
10. Vive murmurando, reclamando.
11. Sarna é doença de cachorro doente, e o homem do
altar não pode se deixar contaminar.

Impigens
1. Manchas, feridas na pele.
17
2. Quem serve o pão de Deus, não pode ser uma pessoa
cheia de feridas, magoas, rancores.
3. Pessoas que ficam eternamente revivendo e remoendo
magoas passadas.
4. Que carregam o passado consigo.
5. Cheias de causas pendentes.
6. Questões que nunca foram resolvidas.
7. Pessoas cheias de marcas.
8. Vivem reabrindo feridas passadas.
9. Pessoas vingativas, que desejam o mal.
10. Todos nós temos cicatrizes, mas elas não podem doer
mais.
11. Impigens falam de pessoas que não conseguem
perdoar.
12. Prisioneiras do passado.
13. Que não conseguem esquecer os erros dos outros.
14. Podem comer do pão, mas não podem servir.

Testículo mutilado (quebrado)


1. Estéril, que não se reproduz, que não se multiplica.
2. Deus opera que seus filhos cresçam e se reproduzem.
3. Pastores que não geram filhos espirituais.
4. Não há lugar no altar para os estéreis, não podem
servir o pão.

Pastores vamos colocar nossos defeitos e nossas


deformidades no altar do Senhor.

6. QUALIFICAÇÕES DO OBREIRO

As cartas pastorais nos apresentam as qualificações gerais


para os líderes cristãos. Estas exigências são aplicáveis aos
Pastores, Presbíteros e Diáconos. As principais
recomendações bíblicas é que o obreiro deve ser:

1. IRREPREENSÍVEL (I Tm 3.2) – A ênfase aqui, como


também em Tito 1. 6-7 e At 6.3, está na reputação da
18
pessoa. Os lideres cristãos devem ser indivíduos de quem
se fala bem e com elevada consideração tanto pelos de
dentro quanto pelos de fora.

2. MARIDO DE UMA MULHER (I Tm 3.2) – Nossa sociedade


está corrompida pelo relaxamento moral. Paulo requer o
mais alto nível de fidelidade e devoção sincera à
instituição do matrimônio. O líder cristão tem de ser marido
de uma só esposa e poderíamos acrescentar estar
vivendo com ela em tranqüilidade, paz e honra.

3. VIGILANTE (I Tm 3.2) – Essa palavra fala de equilíbrio e


autocontrole livre de comportamento indulgente. Essa
qualidade, graciosamente demonstrada, aumentará o
impacto de um líder cristão em todo o exercício de sua
liderança espiritual.

4. SÓBRIO (I Tm 3.2) - ‘’Saber com temperança’’ é agir com


sobriedade (Tt 1.8; Rm 12.3). Os líderes cristãos são
chamados a viver e servir com um senso de
internacionalidade e deliberação. Conduta descuidada e
decisões irrefletidas estão proibidas.

5. HONESTO (I Tm 3.2) – O termo se refere a uma vida bem


ordenada e correta. Diz respeito aos assuntos práticos do
asseio, capricho e aparência. O modo como agirmos dão
credibilidade à liderança que mostramos.

6. HOSPITALEIRO (I Tm 3.2; Tt 1.9) – Graciosamente


atender às necessidades práticas do Corpo de Cristo faz
parte do que envolve liderança espiritual. Isso pode
significar abrir sua casa aos outros, fornecerem
alimentação ou apenas providenciar transporte quando
necessário.

7. APTO PARA ENSINAR (I Tm 3.2; Tt 1.9) – A força da


palavra se estende á qualidade e modo de vida. O
19
significado é poderoso. Líderes cristãos tanto pelo
exemplo como pelo preceito. Capacidade de ensinar
abrange tudo na vida. Tem a ver com a integridade e
atitude (II Tm 2.24). Colocando em termos simples, quer
dizer “praticar o que você prega”.

8. NÃO DADO AO VINHO (I Tm 3.3; Tt 1.7) – A palavra


traduzida aqui é “paroinam”, que significa “embebedar” ou
“beber em excesso”. A sociedade moderna está infectada
pelo alcoolismo. Os líderes cristãos têm de evitar todo
comportamento ou pratica que contribua para essa praga
da sociedade.

9. NÃO CONTENCIOSO (i Tm 3.3) – O vocabulário grego


traduzido por “não contencioso” e “amachan”, que
traduzido seria “pacífico”. Todos já conhecemos indivíduos
contenciosos. São pessoas que discutem sobre quase
todo assunto. O contencioso sempre demonstra espírito
de agitação, atitude de insatisfação a minha a obra de
Deus.

10. MODERADO (I Tm 3.3) – A palavra grega usada aqui é


“epieke”, a qual descreve aquele desejável atributo de
generosidade e paciência. Tem a força de uma reação
amável e gentil diante da aspereza confrontante. No calor
da controvérsia, esse é o tipo de líder que aplicara o óleo
da generosidade e inspirará uma atitude de racionalidade
e retidão.

11. NÃO COBIÇOSO DE TORPE GANÂNCIA (I Tm 3.3) – O


termo usado aqui é “aphilarguron”, que traduzido significa
“Não amar dinheiro”, Jesus fez sérias advertências sobre o
perigo de uma consideração errônea para com as
riquezas. (Mt 6.19,21). O líder cristão deve buscar em
primeiro lugar o Reino de Deus. Dedicar afeto ao dinheiro
neutraliza o impacto do líder cristão.
20
12. QUE GOVERNE BEM A SUA PRÓPRIA CASA (I Tm 3.4)
– Os mais eficientes sermões pregados pelo líder cristão
são entregues pelos membros de sua família. Esse é o
primeiro dever do ministro cristão.

13. NÃO NEÓFITO (I Tm 3.6) – O ponto de destaque aqui está


na profundidade da maturidade demonstrada pela qualidade
de vida. É loucura colocar liderança alguém que ainda não
tenha a compreensão e a maturidade necessária para
liderar com o trabalho com o trabalho complexo e exigente
da Igreja.

14. QUE TENHAM BOM TESTEMUNHO DOS QUE ESTÃO DE


FORA (I Tm 3.7) – A Igreja é chamada para ser a vitrine do
amor redentor de Deus em Cristo Jesus para o mundo.
Portanto, antes de separar um obreiro, talvez fosse boa
idéia falar primeiro com os vizinhos, a esposa e as pessoas
com quem o candidato trabalha. O relatório dessa pessoa
seria um tipo de julgamento sobre a aceitabilidade de um
candidato ao santo ministério.

15. NÃO SOBERBO (Tt 1.7) – Trata-se de alguém determinado


a fomentar os próprios interesses e a autopromover-se
sempre que possível. Paulo adverte contra designar tais
indivíduos, cujo mundo gire em torno de si e que busque
seus próprios interesses em vez de bem-estar das pessoas.
Tais pessoas são indignadas da liderança cristã.

16. NÃO IRACUNDO (Tt 1.7) – A raiva desenfreada tem poder


de destruir a obra de Deus. Atos de ira, palavras de ira,
crítica mordaz, mau humor e toda a forma de hostilidade
advinda do espírito de raiva. Com exatidão, o temperamento
irritadiço desqualifica o crente a servir como líder cristão.

17. NEM ESPANCADOR (Tt 1.7) – A referencia diz respeito a


uma expressão de raiva que passa de verbalização para a
21
ação. Quando Caim matou seu irmão, quando Moises
matou o egípcio, ou quando Pedro cortou a orelha de Malco,
em todos esses casos tratava-se de comportamento
belicoso.

18. AMIGO DO BEM (Tt 1.8) – Alguém que tem como objetivo o
que é saudável, positivo, construtivo e bom. Líderes cristãos
devem ter treinado perspicácia interior em tudo o que é
bom.

19. JUSTO (Tt 1.8) – A palavra “justo” (dikaios) abrange tanto o


aspecto vertical quanto horizontal do viver e servir de modo
“justo”. Isto quer dizer que o justo tem bom relacionamento
coerente com Deus e com cada integrante da raça humana.

20. SANTO (Tt 1.8) - Essa qualidade essencial para a


liderança eficaz coloca em relevo fato de ser a pessoa
separada do mundo e entregue ao Senhor. Ser santo (hosios)
significa ser consagrado ao serviço religioso tanto quanto a
mobília do templo era usada no culto de adoração em Israel.

7. COMPORTAMENTO NA PLATAFORMA

Toda casa de Deus merece a completa reverencia.


Todos os filhos de Deus devem manter o maior respeito ao
recinto Sagrado. O Senhor fica, ainda hoje, muito triste
quando observa o desrespeito à sua casa e como nos dias
passados, hoje Ele declara: “A minha casa é casa de
adoração...” e não tem qualquer prazer que a mesma se torne
um local de negócios materiais ou de meros encontros
amistosos e sociais, onde o espiritual é ofuscado ou
desprezado em função de interesses subalternos.
Quanto aos obreiros, sabemos que geralmente ocupam
lugar na plataforma, onde fica às vista de todo povo
congregado. Normalmente são os Ministros e Presbíteros,
porém não é raro termos Diáconos e auxiliares que,
22
ocasionalmente, são convidados a ocuparem lugar no seleto
setor do recinto sagrado, a plataforma.
O que aqui dizemos não tem a finalidade de lançar
críticas a quem quer que seja, mas alertar aos leitores,
obreiros do Senhor, para o fato de freqüentemente se
verificarem certos tipos de comportamentos do ocupantes da
plataforma que são tristes testemunhos da falta de educação,
reverência e respeito à casa de Deus. Aconselhamos,
portanto, que se evite o que abaixo é dito:

1. CONVERSAR NA PLATAFORMA: É um grave erro.


Estabelecer diálogos na plataforma, nem antes, nem durante
e bom será também após o culto, se deve fazer. As vezes os
dirigentes precisam falar alguma coisa a alguém ou alguém a
eles; isso deve ser feito com maior cuidado e só quando se
tratar de um caso inadiável e que tenha a ver com o momento
do culto. NUNCA haja qualquer palavra paralela a do orador
na plataforma.

2. TRANSITAR: É um detestável comportamento a


movimentação na plataforma durante o oficio do culto, a
menos que o mesmo exija, como nas celebrações de Santa-
Ceia do Senhor e noutras cerimônias; porem, em tais casos,
só devem se movimentar os que realmente estão participando
nos atos.

3. COMPOSTURA: Abrir e cruzar as pernas na


plataforma fala eloqüentemente da falta de educação e bons
modos de quem assim o fazem. Todos gostamos de assumir
uma posição mais cômoda possível, porem, no recinto do
templo devemos lembrar que o Rei requer uma compostura
coerente e digna do seu nome. Há quem cruze as pernas
colocando uma sobre a outra de forma, até certo ponto,
escandalosa, por exemplo, quando é colocado o pé
(tornozelo) sobre a perna formando uma espécie de “quatro”,
fica muito deselegante e oferece um péssimo exemplo de
reverencia ao plenário da Igreja.
23
4. GESTOS: Dedos em riste ou apontando para algum
objeto que só contribuirá para desviar a atenção do alvo
principal, que é a Palavra, nunca deve ser praticado na
plataforma. Cara sisuda, gargalhadas, se pentear etc., jamais
podem ter lugar na plataforma.

5. APRESENTAÇÃO: O obreiro deve assomar à


plataforma decentemente apresentável. Gravata em
desalinho, cabelo despenteado, extravagantemente vestido,
sujo, mal cheiroso, sapatos sujos, sem meias, cabeludo ou
barbudo etc., o obreiro que honra o seu Senhor nunca deve
permitir que tal lhe ocorra quando ocupar lugar na plataforma.
È costumes entre nós da Assembléia de Deus o uso da
gravata quando se trata de um obreiro, portanto não é bom
quebrar os bons costumes, mas conservá-los; deste modo
não é agradável a presença de um obreiro na plataforma sem
levar colocada a sua gravata.

6. PALAVRAS: O púlpito não é lugar de censurar os


defeitos de terceiros, defender-se de adversários, ou mesmo
contra atacar com indiretas àquele com quem se mantém
diferenças. Também não apresentar queixas contra a carestia
geral e contra a insuficiência de remuneração particular. Se os
membros da Igreja – o que lamentavelmente ocorre- se
dividirem em dois ou mais grupos, ou partidos, o púlpito nunca
deverá ser usado para favorecer um e combater o outro, mas
somente para uni-los.
Queremos salientar que o aqui dito não visa impingir
normas de qualquer pessoa, mas tão somente pensamos que
o Rei merece e espera dos seus súditos o maior respeito em
qualquer ocasião, especialmente quando estarmos reunidos
para servi-lo. Que Deus nos ajude a fazer tudo com ordem e
decentemente.

24
8. REGRAS BÁSICAS PARA A BOA PREGAÇÃO

1. Assunto:

a) basear-se em fatos bíblicos;


b) dominar o assunto;
c) separar os fatos pessoais interessantes, as sem
exageros;
d) durante a fala, responder, quê, onde, por quê,
quando e como.

2. Auditório:

a) qual o público;
b) qual seu interesse;
c) qual sua cultura.

3. Seqüência:

a) captar a atenção desde o inicio;


b) manter a expectativa e curiosidade;
c) somente citar casos relacionados com o assunto.

4. Palavras:

a) acessíveis ao público;
b) evitar termos técnicos, abreviaturas e termos
estrangeiros;
c) correção lingüística.

5. Postura:

Não é recomendada:
a) rígida e morta;
b) negligente (encostado ou torto);
25
c) movimentando-se com exageros.

Ideal:
d) em pé, com naturalidade.

6. Mãos e braços:

Não se recomenda:
a) mãos no bolso;
b) braços cruzados;
c) corpo apoiado sobre a mesa ou cadeira;
d) dar socos na mesa ou tribuna;
e) gesticulação exagerada.

Recursos permitidos, desde que sem exageros:


f) estalar dedos;
g) acenar a mão;
h) levantar ambas as mãos;
i) palmas.

7. Olhar:

Não se recomenda:
a) fixar-se em um só ponto ou objetivo;
b) fixar-se numa determinada pessoa;
c) vacilar o olhar, como quem procura algo.

Ideal:
d) olhar paulatinamente par o auditório, procurar olhar
as pessoas nos olhos, mas sem fixá-las muito tempo.

8. Timbre de voz:

Evitar:
a) eloqüência exagerada;
b) monotonia;
26
c) repetir as mesmas ênfase;
d) pausas acentuadas;
e) falar o tempo todo o mesmo timbre, ou seja;
lento,rápido, gritando com energia etc.

Ideal:
f) falar com clareza, boa pronuncia;
g) efetuar variação na cadencia, entonação e energia,
ou seja, ora baixo e lento, ora alto e com energia etc.
9. Erros comuns a serem evitados:
a) iniciar a fala com justificativas (não sei falar, não sou
pregador etc.);
b) excesso de ansiedade;
c) fazer a leitura bíblica que anunciou e não mais voltar
a ela;
d) resmungas;
e) cacoetes;
f) gírias
g) ao subir á plataforma evite apertar a mão de todos. O
simples fato de ter sido convidado e pregar e o público ter
pressa em ouvi-lo são motivos suficientes para que você
apenas acene para todos no púlpito, dirigindo-se a todos de
uma só vez;
h) evite orações longas no púlpito. Orar
demasiadamente antes de entregar a mensagem indica que
você orou pouco antes de esboçá-la em casa;
i) evite copiar o modelo de outros pregadores, porque
nunca dá certo. Seja você mesmo. O problema começa
quando você quer ser o que não é.
j) coçar-se de modo inconveniente ou limpar as narinas;
k) molhar o dedo na língua para virar a pagina ou
assoprá-las;
l) pregar gritando o tempo todo no púlpito. Pra que
serve o microfone?
m) bater o pé no chão com força repentinamente.

27
9. HIERARQUIA PARA DIREÇÃO DO CULTO

Queremos lembrar, com apoio bíblico, que há entre nós


o respeito hierárquico, portanto, quando o obreiro está
dirigindo o culto ou está com esta incumbência e recebe a
visita de algum outro obreiro que na escalada Ministerial por
nós adotada é superior, ele deve passar a direção do culto,
observando-se o seguinte:

1. A escala ministerial mais comum na Assembléia de


Deus é o seguinte:

a) Pastor Presidente;
b) Dirigente o Setor;
c) Dirigente da Congregação;
d) Pastor ou Evangelista;
e) Presbítero;
f) Diácono.

2. O obreiro a quem será passada a direção do culto


deve ser do mesmo Ministério da Igreja.

3. Nunca passar a direção de um trabalho a um obreiro


desconhecido, mesmo que venha com recomendação.

4. Quando o obreiro que recebe a direção do trabalho


achar oportuno deve deixar que a direção continue com que
lhe transferiu.

5. Se a direção é específica, não cabe ser passada.


Exemplo: Tarefa designada pelo Pastor da Igreja, de forma
expressa, para que fosse cumprida por determinado obreiro.
Neste caso não deve passar a direção ou oportunidade, pois é
uma missão pessoal e exclusiva.

6. Também na direção de um culto deve-se ter o


cuidado de não oferecer oportunidade a alguém
28
ministerialmente subalterno após a palavra de alguém
superior. Exemplo: o Diácono após o Presbítero etc.

Estas recomendações não são rígidas, mas as


deixamos aqui consignados a bem de boa ordem.

10. ELEMENTOS DO CULTO BÍBLICO

A celebração do culto a Deus em nossas igrejas é um


das mais sublimes e solenes oportunidades que temos em
nossas vidas... o momento em que, entre outras coisas,
juntamos nossas energias espirituais para adorarmos a Deus
com cânticos e orações. No culto agradecemos a Deus pelas
bênçãos recebidas, alimentamos nossa alma com a
mensagem da Palavra de Deus, experimentamos a
manifestação dos dons espirituais, desfrutamos da comunhão
fraternal e recebemos tantas outras bênçãos espirituais e
materiais. Tinha razão o Salmista quando, em relação à Casa
de Deus, assim se expressou: “Senhor, eu tenho amado a
habitação da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória”.
Sl 26.8.
Claro que as experiências acima mencionadas somente
serão realidade se o culto estiver dentro da programação
bíblica exposta em 1 Co 14.26 que prevê a ocorrência de
cinco coisas importantes na reunião:

SALMOS

Os Salmos eram cantados e representavam os louvores


a Deus (Sl 95.2; Sl 105.2; Ef 3.19; Cl 3.16). A música e a letra
eram inspiradas. Aquilo realmente era louvor, muito diferente
dos que encontramos hoje em algumas igrejas,onde a música
com ritmos mundanos e letras com base bíblica são
introduzidas em algumas reuniões, em detrimento à música
sacra. Esta alcança a alma e o espírito e leva-nos à contrição;
enquanto aquelas mexem apenas com a carne.

29
O louvor a Deus na igreja quer seja através da música
como do cântico (Sl 9.2; Sl 33.2) desempenha importante
papel. O culto deve começar com louvor (1Co 14.26). Quando
Israel caminhava no deserto, a tribo de Judá na frente (Nm
10.14) e Judá significa louvor. “Apresentai-vos ao Senhor com
canto” (Sl 100.2); “Entrai pelas portas Dele com louvor, e em
seus átrios com hinos” (Sl 100.4). Quando o louvor é feito com
alegria (Sl 33.3; 47.1; Tg 5.13), com o coração (Ef 5.19), com
graça (Cl 3.16), com espírito (1 Co 14.15), com entendimento
(1 Co 14.15), com inteligência (Sl 47.7), e com consagração
(Sl 107.22; 50.23), a presença de Deus se torna real e
bênçãos importantes são recebidas tais como: vitória contra
adversário (2 Cr 20.19-25), os “muros de Jericó” caem por
terra (Js 6.7-8, 20), o diabo é afugentado (1 Sm 16.23), e as
“portas do cárcere são abertas” (At 16.25).

Embora o louvor faça parte do culto, este não consiste


somente de louvor. Existem Igrejas que ficam o tempo todo
cantando, esquecendo que o louvor é a preparação para a
exposição da Palavra de Deus através da qual o Espírito gera
a fé nos corações (Rm 10.17). O Louvor “abre as portas do
céu” (Is 60.18). Portanto, depois das portas abertas, é
necessário que “sentemos a mesa” e alimente mos nossas
almas com a Palavra de Deus (Jr 15.16; Ez 3.1-3).

DOUTRINA

A exposição da Palavra de Deus quer através do


ensino ou da pregação, é o ponto mais alto da reunião,
quando a mensagem de Deus é transmitida ao povo. A
Palavra de Deus é o veículo que o Senhor utiliza para fazer a
obra no coração dos homens. Quando está sendo exposta na
revelação e unção divinas (1 Co 11.23), a Palavra Fé (Rm
10.8), penetra até o mais profundo das alma humana (Hb
4.12), abrindo-lhe a “porta da fé” (At 16.14; 14.27), trazendo-
lhe como resultado: salvação (At 2.22-38), cura de
enfermidades (At 14. 8,9), batismo no Espírito Santo (At
30
10.34-37), resolução de problemas, manifestação dos dons
espirituais, renovação, fortalecimento da esperança, , paixão
pelas almas, precaução contra doutrinas erradas, santificação,
inspiração na oração, e tantas outras bênçãos espirituais e
materiais.

Portanto, o lugar da Palavra no culto, é importantíssimo


e é necessário que haja tempo suficiente para sua exposição,
assimilação e apropriação, a fim de que as bênçãos acima
mencionadas ocorram... preferível que todas as demais coisas
que ocorram no culto sejam sacrificadas, menos o tempo da
Palavra.
REVELAÇÕES

Deus fala de muitas maneiras (Hb 1.1) e é necessário


que todos os nossos sentidos estejam preparados para captar
as suas revelações.
Revelação conforme o texto de 1Co 14.26, refere-se:
1. Revelações em geral, quer através de sonhos(At
2.17;Jó 33.14-15;Nm 12.6;Mt 1.20),de visões (Sl 89.19;At
16.9-10;18.9-10;23.11;27.23-24;9.10-12),ou mesmo através
de um sentimento profundo do nosso coração.Algumas destas
revelações devem ser contadas na Igreja para edificação(Jr
23.28);porém,algumas devemos guardar em nosso
coração(Lc 2.19) para o real cumprimento em tempo
oportuno.
2.Testemunhos de bênçãos recebidas que trás grande
edificação aos ouvintes como cura de enfermidades,resolução
de problemas,batismo no Espírito Santo,dons espirituais,etc.O
testemunho é o Evangelho na sua prática.

LÍNGUA E INTERPRETAÇÃO

São manifestações dos dons espirituais referentes


aos dons de variedade de línguas e interpretação de línguas(1
Co 2.10).A Bíblia fala de duas espécies diferentes de línguas
estranhas:aquela que é dada como sinal ou evidência do
31
batismo no Espírito Santo,pela qual falamos com Deus e não
com a Igreja e que,portanto,não há necessidade de
interpretação(1Co 14.2-28);existe também o dom de falar em
variedade de línguas que nem todos o possuem.
Quem fala em língua estranha no uso do dom
espiritual de variedade de línguas, dirige-se a Igreja.Precisa,
portanto,de interpretação para que a Igreja entenda a
mensagem falada em língua estranha(1Co 14.5-27).A
interpretação é dada pelo Espírito Santo e deve ser recebida
pela Igreja como uma profecia.

O CULTO PENTECOSTAL

Portanto, vimos que cinco coisas devem ocorrer em


nossos cultos para que, biblicamente falando, o mesmo seja
pentecostal. Pela importância destas coisas e também pelo
contexto bíblico, diríamos que, se fossemos estabelecer uma
divisão sensata do tempo em um culto com duração de duas
horas, tal divisão, aproximadamente, deveria ser a seguinte:

1. Orações. Cânticos, apresentações, ofertas etc: 50


minutos.

2. Testemunhos, revelações, manifestações dos dons:


15 minutos.
3. Pregação ou ensino: 45 minutos.

4. Apelo, avisos, encerramentos etc. 10 minutos.

Um culto com duração acima de duas horas torna-se


cansativo e improdutivo. Está provado que após duas horas
de reunião, o poder de absorção da mente humana está na
faixa média de 30 por cento. Este índice chega a ser menor
ainda em reuniões onde o barulho dos instrumentos é tão
grande, ultrapassando os limites auditivos tolerados na faixa
de 80n decibéis. De acordo com as normas oficiais, o limite

32
Maximo no interior dos templos é de 65 decibéis, sendo que
do lado de fora é 30 decibéis.

Que o Senhor desperte nossas igrejas para que,


realmente, de modo continuo, experimentem cultos
pentecostais, com a ocorrência das coisas acima
mencionadas, como, aliás, era a característica de nossas
igrejas até alguns anos atrás. Este culto imprimia um ritmo de
crescimento médio anual na faixa dos 23 por cento, sendo
que hoje este está na ordem de 6 por cento, havendo igrejas
que crescem somente 2 por cento. Cremos que o Senhor quer
mandar um grande despertamento para nossas igrejas. Ele
tem falado sobre isso algumas vezes. Porém, é necessário
que a liderança esteja consciente que, o que promove o
crescimento da igreja, é o sobrenatural nos nossos cultos,
onde o Espírito Santo tenha plena liberdade de fazer a obra
que, mais do que nós, Ele está interessado em realizar.

11. CULTO PUBLICO

O culto publico é o oficio sagrado que permite a todas


as pessoas participarem. Normalmente o chamamos de culto
evangelístico, ainda que nem todo culto evangelístico tenha
caráter publico; isso acontece quando é celebrado em local
privado (residência ou outra propriedade na qual não é
permitido o ingresso de todas as pessoas).

A direção do culto publico deve obedecer à seguinte


ordem, segundo o dispor do Espírito Santo de Deus:

1. Começo com oração, como deve ser todo culto. A


oração inicial tem objetivo de agradecer a Deus pelo privilégio
de cultuá-lo naquele instante e suplicar a sua ajuda para os
trabalhos que ali terão lugar: os louvores, as mensagens, os
testemunhos etc.

33
2. Os hinos devem ser escolhidos com o propósito de
transmitir uma mensagem que exalte o nome de Jesus e
despertar no coração dos presentes o interesse pelo culto.
Deve ser bem, guiados, de preferência por alguém que saiba
musica e tenha boa voz para cantar. Se houver muitos corais
ou conjuntos para participarem, deve-se limitar o número de
cânticos pela congregação (máximo 3 hinos).

3.Após os louvores iniciais pela congregação, é feita a


leitura bíblica, sempre pedindo a ajuda do Senhor para trazer
um texto que contenha no seu bojo uma mensagem clara, ,
que seja compreendida pelo ouvinte e que produza já efeitos
espirituais em seu coração. Esta leitura, geralmente, é feita
pelo dirigente do culto ou alguém por ele designado.
Aconselha-se não conceder esta oportunidade a quem lê:
irreverentemente, muito ligeiro, sem coordenação das frases,
que não tem pratica de ler em público e em voz alta.

4. Seguido à leitura, faz-se outra oração, na qual todos


os pedidos são apresentados, bem como dá-se graças ao
Senhor por seus favores. Esta oração não deve ser muito
longa, porém, cheia de fé e sabedoria.

5. Normalmente, nos cultos públicos, temos visitantes,


obreiros, crentes de outras igrejas e inconversos. É na maior
importância apresentar os visitantes, pois isto fará sentirem-se
cômodo no ambiente, facilitando-lhes uma melhor integração
ao momento do culto e, com certeza, participaram com maior
calor espiritual e fraterno naquele ato sagrado. Além do mais,
levarão consigo uma excelente impressão e bom testemunhos
dos modos dos dirigentes e de toda a Igreja visitada e, sem
dúvida, desejarão voltar e sentir o mesmo ambiente espiritual
e cristão.

6. É bom que todos os corais e conjuntos musicais que


estejam programados para o culto cumpram os seus papéis,
34
tendo-se o maior cuidado para que a distribuição das
oportunidades para esta parte não venha roubar o melhor
tempo, que deve ser reservado para a mensagem da Palavra
de Deus. Não devemos, nem subestimar os cânticos, pois são
parte inseparável do culto, como também sublimá-los
descomedidamente a ponto de deixarmos a mensagem sem
tempo necessário e regular dentro do funcionamento do
trabalho. Durante o tempo para louvores e ofertório entra
como parte de grande importância no culto. Convém dizer que
os visitantes não têm obrigação de contribuírem, porém
podem fazer se assim o desejarem.

7. Uma vez cumprida esta parte (louvores), a


mensagem final deve ter lugar. O tempo oferecido ao
pregador deve ser suficiente para desenvolver o seu tema.
8. Após a ultima mensagem, salvo disposição do
Espírito de Deus, não se deve fazer outra coisa se não o
apelo aos pecadores. O cântico de hino por coral ou conjunto
geralmente tira a mensagem da mente do ouvinte, ao menos
que o hino esteja em harmonia com o tema da pregação e
seja conjunto ao apelo. Faz-se uma oração após o apelo, se
houver decisões. É conveniente, sempre antes da oração dos
neo-conversos, dirigir-lhes uma palavra fazendo-lhes mais
cônsios do passo que estão dando e da importância do
mesmo. Os novos convertidos devem ser levados a um lugar
apropriado para, por pessoas habilidosas e capazes,
receberem as primeiras instruções.
9. Geralmente, no fim de cada culto, há anúncios a ser
feitos. Deve-se ter o maior cuidado para não fazer uma
conclusão desagradável com avisos demorados e
incompatíveis com o momento que bem poderiam ocorrer em
outro momento.

10. A conclusão oficial do culto, geralmente, é a oração


final seguida pela bênção apostólica, matéria que
consideraremos em capítulo isolado.

35
12. CULTO DE ORAÇÃO
O culto de oração é o culto essencialmente de crentes.
Muito poucas vezes a presença de pessoas não convertidas é
admitida, entretanto, o cuidado na direção dos cultos de
oração, é imperativo da primeira ordem. Eles propiciam ao
povo de Deus buscar soluções para problemas; são ocasiões
para intercessões e a ordem deve ser observada com tanta
atenção como nos cultos públicos.
Nesta classe do culto, enquanto se tem a oportunidade
de desfrutar da forma mais profunda a presença de Deus, as
manifestações dos dons espirituais, revelações provenientes
dos Céus, há também a possibilidade de comparecerem
pessoas desajustadas, tanto espiritual como mentalmente,
querendo externar sentimentos que só contribuem para
produzir mal estar e dúvidas naqueles que não são ainda
dotados de experiência e discernimento suficientes que lhes
possibilitem fazer um sábio aproveitamento do que constrói.
Para evitar que tal ocorra o dirigente deve ter cuidado,
dirigindo o trabalho de forma inteligente, e orientando aos
participantes do culto como se conduzirem. Deve orientar os
crentes a orarem com fé, mas também com objetividade, isto
é, conduzindo o tema da oração para um alvo. Ensinar a
unanimidade na oração é da maior importância quando há um
motivo em comum que atinja a todos.

Nos cultos de oração os cânticos, testemunhos e


mensagens não devem ocupar muito tempo, já que o mesmo
é destinado à oração. A celebração destes cultos, por sua
natureza privada, deve ser um local fechado, porém ventilado.

Dependendo do horário e local, é importante


recomendar baixar o volume da voz, sem com isso limitar a
liberdade no espírito. O tempo para cada período de oração
deve-se ajustar às condições do horário, local e disposição
dos assistentes. Aconselha-se um período máximo de uma
hora, não tornando esta recomendação uma regra infalível.

36
Se o culto de oração é uma vigília, então adote critérios
próprios para o culto, afim de não tornar-se uma tarefa
puramente enfadonha. Os períodos de oração devem ser
intercalados com louvores e testemunhos. Tais testemunhos
devem ser de preferência conhecidos pelo dirigente para
evitar que o tempo seja tomado com estórias que nada tem de
proveitoso.
As vigílias devem ser realizadas em local onde o povo
de Deus ore sem a preocupação de estar incomodando a
vizinhança, porém se tal não é possível, não será por isso que
se deixará de buscar a Deus em ato congregacional durante
as caladas da noite; basta, cuidadosamente, orientar os fiéis,
fazendo-os ver que o local não é muito próprio para fazer um
grande ruído.
Nos cultos chamados de oração, normalmente, vão e
são levados pessoas com os mais diferentes problemas
espirituais, morais, físicos, materiais e um modo geral. Elas
devem ser tratadas com especial atenção, não permitindo que
as esperanças esfriem se forem legítimas e outro tanto de
cuidado para que não sejam nutridas esperanças no próprio
culto de oração, no dirigente ou qualquer personagem
humano, mas que cada necessidade fique, por fé, nas mãos
do Senhor Jesus. Todo o povo de Deus deve participar nas
intercessões como nos momentos de louvor e agradecimento.
Nos cultos de oração todos os assuntos podem ser
apresentados ao Senhor, salvo quando o que ora tem algo
muito particular para, por si mesmo, apresentar a Deus, não
querendo que o assunto venha ao conhecimento público.
Todo o povo de Deus que estiver participando no culto de
oração deve ser instruído a apresentar os assuntos a Deus de
forma ordenada, unânime e inteligente, evitando assim, as
divagações e as vãs repetições.

É glorioso sabermos que temos um Mestre que nos


ensina a orar; fiquemos aos seus pés; Ele nos conduzirá a
bom termo nas nossas orações, para a Glória de Deus.

37
13. CULTO DE DOUTRINA

Doutrinar é ensinar algo a uma pessoa, tornando-a


conhecedora de normas, princípios etc. O conceito de
doutrina na nossa ordem, Assembléia de Deus, é ensinar de
forma dogmática, isto é, transmitir as pessoas normas fixadas
na igreja como padrão de conduta, e todo crente deve acatar
e cumprir o que foi instituído biblicamente como doutrina.
Sabemos que há um variado número de conceito sobre
doutrina, e até certos costumes, alguns ótimos receberam
essa classificação, o que na realidade são apenas bons
costumes adotados na Igreja e que fazem bem ao crente que
os observam. Na verdade DOUTRINA BÍBLICA é o “conteúdo
da fé cristã”. Ao contrário dos costumes concebidos ao gosto
de cada povo, a doutrina é uniforme, a mesma em todos os
lugares, para todas as pessoas, em todos os tempos. É
ensino bíblico normativo, terminante, final, derivado das
Sagradas Escrituras, como regra de fé e prática de vida para
Igreja através de seus membros. É o ensino sistematizado de
um assunto bíblico, de fé e prática. A sistematização de uma
doutrina bíblica inclui a devida referenciação bíblica e a
conceituação continuada de ensino em vista.

São três as diferenças básicas entre doutrina bíblica e


costumes:

1. Quanto à origem:
- A doutrina é divina
- O costume é humano

2. Quanto ao alcance:
- A doutrina é geral
- O costume é local

3. Quanto ao tempo:
- A doutrina é imutável
- O costume é temporário
38
Quando a Igreja ensina a doutrina bíblica com unção do
Espírito Santo, os crentes são capazes de praticar bons
costumes.

As Assembléias de Deus no Brasil, Igreja que nasceu


pentecostal, tem seus ensinos fundamentados na Bíblia
Sagrada. Sua regra de fé e prática, portanto, é a Palavra de
Deus”. Um resumo da doutrina bíblica adotada por ela e que
tem sido aceito e ensinado pelos líderes e crentes ao longo
dos anos é o CREMOS. Abaixo transcrevemos os principais
pontos do CREMOS:

1. Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em


três pessoas: O Pai, O Filho, O Espírito Santo. Dt 6.4; Mt
28.19; Mc 12.20.
2. Cremos na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, a
única regra infalível da fé normativa para a vida a caráter
cristão. 2 Tm 3.14-17.

3. Cremos no nascimento virginal de Jesus, em sua


morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre
os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus. Is 7.14; Rm
8.34; At 1.9.

4. Cremos na pecaminosidade do homem que o


destituiu a glória de Deus, e que somente o arrependimento e
a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode
restaurá-lo com Deus. Rm 3.23; At 3.19.

5. Cremos na necessidade absoluta do novo


nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito
Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do
reino dos céus. Jo 3.3-8.

6. Cremos no perdão dos pecados,na salvação


presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos
39
gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por
Jesus Cristo em nosso favor. At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb
7.25; 5.9.

7. Cremos no Batismo Bíblico efetuado por imersão do


corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho
e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus
Cristo. Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12.

8. Cremos na necessidade e na possibilidade que


temos que viver vida santa mediante a obra expiatória e
redentora de Jesus no Calvário, através do poder
regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que
nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de
Cristo. Hb 9.14; I Pe 1.15.

9. Cremos no batismo bíblico com o Espírito Santo que


nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com
evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua
mensagem

10. Cremos na atualidade dos dons espirituais distribuídos


pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a
sua soberana vontade. 1Co 12.1-12.

11. Cremos na segunda vinda premilenial de Cristo, em


duas fases distintas, primeira – invisível ao mundo, para
arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da grande
tribulação; segunda – visível e corporal, com sua Igreja
glorificada, para reinar sobre o mundo por mil anos. 1Ts
4.16,17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14

12. Cremos que todos os cristãos comparecerão ante o


tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus
feitos em favor da causa de Cristo na terra 2Co 5.10.

40
13. Cremos no juízo vindouro que justificará os fiéis e
condenará os infiéis. Ap 20.11-15

14. Cremos na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis


e de tristeza e tormento para os infiéis. Mt 25.46.

Temos feito esta breve introdução, mas o que


pretendemos dizer neste ponto é que o culto chamado de
doutrina é da mais alta importância para o crescimento
espiritual da Igreja, logo, é fator que exige maior grau de
responsabilidade de quem tem a direção de tais reuniões,
especialmente se vai fazer uso da Palavra para doutrinar a
Igreja.
É possível que um obreiro dirija o culto e outro
entregue a Palavra doutrinária à Igreja, mas é sabido por
todos nós que ao Pastor da Igreja ou o seu preposto
imediato cabe tal função nos dias sinalados para tal
propósito. Sendo assim, o dirigente do culto nunca deve
passar esta responsabilidade para outra pessoa, a menos
que seja algo já combinado, sem prejuízos para a
Congregação.
Nos cultos de doutrina não há necessidade da
atuação de corais, conjuntos musicais, etc. um período de
oração é o melhor preparo para o momento doutrinário,
contudo a maior parte do tempo deve ser ocupada com a
exposição da Palavra.
Vamos lembrar que o ato de doutrinar difere do de
pregar um sermão, não havendo necessidade de gestos e
tom de voz que são mais próprios para um culto publico de
cruzada evangelística. Também não devemos fazer do culto
de doutrina uma oportunidade para “cochilo” no templo. O
culto deve ser tão vivo, dinâmico, alegre, com o todos os
cultos. A participação da Congregação, em todos os
momentos, é cabível, lendo algum texto, respondendo
alguma pergunta feita pelo doutrinador, que normalmente é
o próprio dirigente do culto.
41
Nos cultos de doutrina ensinamos os crentes a
assumirem uma conduta honesta, fiel, santa e pura em toda
maneira de viver, e o melhor caminho para imprimir tais
ensinamentos é demonstrar tal conduta na condução do
culto, a partir do inicio, observando a hora de começar o
trabalho. Ensinar uma coisa que não se vive não tem
sentido. Todo doutrinador tem a obrigação de viver aquilo
que ensina.
Outro cuidado que se deve ter é não permitir que o
culto se torne uma oportunidade para o doutrinador usar
todo o seu ímpeto, chegando-se a considerar a mensagem
como “pauladas”, “chicotadas” etc.
O culto de doutrina é a maior benção para o
crescimento firme da Igreja. Vamos, pois, ter zelo na sua
condução, para a glória de Deus.

14. CULTO EM AÇÃO DE GRAÇAS

Muitos são os motivos que levam o povo de Deus a


celebrar um culto em Ação de Graças. Essa iniciativa tem
respaldo bíblico, pois a Palavra de Deus nos aconselha,
reiteradas vezes, a sermos agradecidos. É muito importante
que a alegria que ocupa o coração do crente que recebeu
uma benção especial de Deus seja compartilhada com os
demais e todos, alegremente, glorifiquem a Deus.
O dirigente do culto de Ação de Graças precisa ter
certas habilidades em razão dos diferentes momentos,
locais, motivos etc. em que o mesmo se realiza. Algumas
vezes os momentos do culto obedecem a certo programa
previamente elaborado pelo interessado; em tais casos o
dirigente deve acautelar-se, não ficando indiferente ao
referido programa, mas tendo cuidado de examinar todos
os atos a serem praticados no culto, a fim de evitar que
alguma aberração prejudique o sentido espiritual do evento.
Quanto ao motivo ou motivos do culto, é necessário que o
culto alcance o seu objetivo e que o fato gerador das ações
42
de graça seja, dentro do cabível, focalizado durante a
solenidade, para que justifique a celebração e testifique do
poder e da misericórdia do nosso Deus. Como todo culto,
este também deve ter seu inicio e conclusão com oração.
Quando o culto é por aniversario ou êxito em algum
empreendimento é oportuno que se parabenize a pessoa
que alcançou a bênção e se faça uma oração especial de
agradecimento.

15. CELEBRAÇÃO DA SANTA CEIA DO SENHOR

A Santa Ceia do Senhor é um memorial


neotestamentário que representa a mais sublime festa da
Igreja aqui na terra. Foi instituída por Jesus para que os
seus servos, sempre que a celebrem, tenham renovada a
memória dos seus predecimentos na cruz do calvário. É um
ato por demais solene e quem o oficia precisa ter o pleno
conhecimento bíblico acerca do mesmo. A instituição da
Ceia teve lugar no período Pascal, ou seja, quando o povo
judeu ia, como rito, celebrar a páscoa. O mestre querido já
antevia o momento do seu sacrifício na cruz e, assim como
a celebração da Páscoa era um memorial para os judeus
com relação à libertação que Deus lhes concedera, tirando-
os do Egito, a Ceia representa para os seguidores do Divino
Nazareno um memorial que fala da gloriosa, incomparável e
eterna libertação que Deus em Cristo outorgou à Igreja.
Paulo disse: “... até que venha”; precisamente até que Ele
venha devemos comemorar os seus padecimentos que
representam o alto preço pago para redimir-nos dos nossos
pecados.

A direção do culto de Santa Ceia requer o máximo de


reverência. O oficiante deve cuidar para que todos os
comungantes estejam total e devotamente voltados para o
ato, não permitindo que outros misteres alheios à Ceia
tenham lugar. Durante a celebração pode-se permitir ao
43
povo de Deus dizer versículos bíblicos (é um bom costume
nas Assembléias de Deus no Brasil); cânticos
congregacionais poderão também ser entoados. A atuação
de conjuntos corais e musicais é cabível durante a
distribuição dos elementos. Nunca interrompa a Ceia com
testemunhos, coletas de ofertas, anúncios de qualquer
natureza ou outros assuntos, para que as atenções não
sejam retiradas de tão sublime ato.

Passos para o ofício:

1. Leitura Bíblica de um texto que fale do ato: Mt 26.26-30,


Mc 14.22-26, 1Co 11.23,32 etc. Após a leitura é
conveniente uma ligeira explanação sobre o ato, levando os
fiéis a uma conscientização sobre o que vão participar e
como vão fazer.

2. Após a explanação se fará a consagração do pão com


uma oração com toda a Igreja. Dizer o que representa o
pão à luz da Palavra de Deus é de suma importância, pois
no nosso meio sempre temos os novos costumes, deve ser
partido logo após a oração. O oficiante dirá o texto bíblico:
“E havendo dado Graças o partiu”. No partir do pão o
número necessário de Ministros poderá ajudar, tendo antes
lavado as mãos, inclusive o oficiante, para demonstrar uma
boa higiene. Durante o partir do pão poderá haver louvores.

3. Estando partido o pão, o Ministro oficiante iniciará


entregando as bandejas aos Diáconos, os quais já deverão
estar dispostos em boa ordem para o trabalho. É importante
que se instrua aos Ministros auxiliares não darem passos
na frente do oficiante, para não parecer um desrespeito ou
desordem, ou seja, não partir o pão antes, não fazer a
entrega dos elementos antes da primeira entrega feita pelo
oficiante, não adiantar-se nem mesmo na lavagem das
mãos, etc.
44
4. Quando já distribuído o primeiro elemento, o
oficiante perguntará se todos receberam, para evitar que
alguém, estando orando ou por outro motivo, não tenha
sido servido. Logo que todo o corpo da Igreja haja se
servido, servir-se-à aos Diáconos e logo o oficiante se
servirá ou será servido por seu ajudante no ofício e dirá a
expressão bíblica: “Tomai, comei, isto é o meu corpo que é
partido por vós...”.

5. A segunda parte é a consagração do cálice, que


representa o sangue do Senhor vertido por nós na cruz. É
bom sempre lembrar que o sangue é o preço da nossa
redenção. Com a oração feita, o oficiante faz a entrega da
primeira bandeja, devendo ser ajudado pelos Ministros
auxiliares. Do mesmo modo que os Diáconos se postam
para a distribuição do pão, devem proceder na distribuição
do cálice. Os diáconos devem ser instruídos quanto ao
trabalho que vão realizar.

6. Enquanto os Diáconos distribuem ao corpo da


Igreja, o Ministro oficiante poderá servir aos Ministros
auxiliares. Nesta fase a Igreja ou corais estarão louvando a
Deus, como também poder-se-a permiti que versículos
bíblicos sejam proferidos, como anteriormente referimos. O
oficiante poderá ser servido por seu auxiliar de ofício ou por
quem ele designar.

7. Quando os Diáconos retornam de servir à Igreja, é


feita novamente a pergunta: “ficou alguém sem ser
servido?”.O oficiante, certificado que toda igreja foi servida,
fará servir aos Diáconos.

8. Depois de concluída a distribuição dos elementos,


o Ministro oficiante levantará a Igreja para agradecer a
Deus pelo privilégio alcançado.

45
9. Após a Ceia é bom não fazer qualquer outra coisa
no culto fim de conservar os bons momentos vividos
durante a celebração.
Observação: Em algumas Igrejas há o costume de
servir o vinho em cálice único.
Respeitamos o ponto de vista de quem assim o faz,
porém achamos ser mais
higiênico e racional o uso do cálice individual, mesmo
porque na prática do cálice único é distribuído não um
cálice, mas vários cálices, a menos que o grupo seja
pequeno.

15. BATISMO EM ÁGUAS

O batismo em águas é uma ordenação do Mestre e


Senhor Jesus conforme Mt. 28.19; Mc. 16.15-16 e
referências. O ato deve ser praticado de forma bíblica e
com quem vive a vida recomendada pela Palavra de Deus.
O exame do batizando compete ao Pastor da Igreja .

Após as instruções finais que o Pastor da Igreja ou


alguém por ele indicado transmita e a apresentação dos
candidatos ao plenário da Igreja, eles são levados às águas
batismais. O oficiante se colocará em posição cômoda e
adequada para efetuar a sua importante tarefa.

1. Fazer uma oração antes de dar início ao ato.


2. Orientar ao batizado que coloque as mãos
entrelaçadas sobre o peito (mãos superpostas).
3. Colocar a mão que vai suportar o peso do batizando
um pouco abaixo da nuca deste e, levantando a outra mão ao
alto, fazer as seguintes perguntas ao candidato:
“O irmão (ã) crê que Jesus é o Salvador e Senhor da
sua vida?”
“Promete viver para Ele durante toda a sua existência?”
Está disposto a obedecer à Sua Palavra
incondicionalmente?”“
46
4. Após ouvir o “Sim” do candidato, dizer as seguintes
palavras:
“Segundo a tua confissão, o teu testemunho e a ordem
de nosso Senhor Jesus Cristo, eu te batizo em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo.”

5. Em seguida colocar a outra mão sobre as mãos


postas do batizando, com muita firmeza e delicadeza e, mais
que tudo, muito reverentemente, o inclinar para traz até
submergir-lo totalmente e, com a maior rapidez, levanta-te
para a posição ereta, conduzindo-o a quem esteja ajudando.

6. Durante a realização do batismo o oficiante deve


acautelar-se quanto à má compostura de algumas pessoas,
especialmente irmãs. Esta recomendação é feita para que tão
solene ato não se torne uma ocasião para escândalos ou
gracejos.

7. O oficiante terá seu uniforme bem apresentável e


deve usar sapatos (congas) de cor branca; a calça sob a capa
deve também ser branca a fim de ficar tudo bem uniforme, é
aconselhável ao oficiante o uso da gravata. Devido ao
Ministério que exerce e também destacar-se dos demais.

8. Se houver alguém enfermo com certe gravidade ou


com dificuldade de locomover-se, aconselha-se batizá-lo por
último, por ser mais prudente e oportuno.

9. Ao concluir o batismo o oficiante deve dar ciência ao


dirigente do trabalho e fazer uma oração.

Se o batismo for efetuado em água corrente é


prudente que o oficiante conheça previamente o local e tenha
auxiliares consigo para evitar perturbações à solenidade.

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Cabe a quem ficar na direção do trabalho fazer a
distribuição de outros atos tão que terá lugar paralelamente,
como cânticos de hinos, execução de peças musicais,
momentos de adoração.

A não ser o que se têm dito, outras atividades como:


avisos, coletas de ofertas etc. jamais poderão ser praticadas
no momento do batismo.

16. APRESENTAÇÃO DE CRIANÇAS

“... Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais,


porque dos tais é o reino de Deus.” Lc 18.16.

O ato de apresentar crianças tem respaldo bíblico,


ainda que não constitua um mandamento neotestamentário.
Era um costume estabelecido na lei de Moisés que logo a
igreja adotou na forma que conhecemos. Deve-se ter o
cuidado de fazer da melhor forma possível às apresentações
de crianças que são trazidas ao santuário para essa
finalidade.

O oficiante do referido ato é sempre o Pastor da Igreja


ou, no seu impedimento, o obreiro que imediatamente
responde em seu lugar. Não existem, a rigor, normas que
privem aos obreiros ainda não pertencentes ao ministério de
praticarem o ato, desde que estejam em função de dirigentes
do trabalho e não houver um ministro presente. Como disse,
não há normativa que discipline a matéria, porém o que já foi
dito quanto à prioridade dada aos Ministros obedece à
hierarquia ministerial estabelecida pela Palavra de Deus e
esposada por nós.

Deve-se observar:

48
1. Geralmente o ato é celebrado no final do culto com
oração específica, tendo-se presentes os pais ou avós da
criança.

2. O oficiante, tanto quanto possível, deve adotar uma


maneira dedicada, terna séria e segura de suster a criança.
Sabendo com antecedência que vai praticar o ato, ainda em
casa, deve fazer um ensaio, só que não tem costume de
pegar em criança, especialmente recém-nascidas.

3. Procurará saber o nome do apresentado (criança) e


anunciará à Igreja. Se os pais não forem suficientes
conhecidos é bom dizer seus nomes.

4. Com a Igreja em pé fará a oração suplicando a


benção para a criança, pedindo ao Senhor pela conservação
da saúde, por sua permanente proteção, para que desfrute de
um saudável crescimento em todos os sentidos e que seus
pais ou responsáveis saiba cria-la no temor do Senhor.

5. Após a oração entregará a criança à mãe ou a quem


se prestar para isso, momento em que o oficiante
parabenizará os pais.

A cerimônia como vemos é simples, não sendo


necessário torná-la mais simples nem mais aparentosa ou
complexa.

Observação: Constantemente são trazidas crianças


para serem apresentadas. Muitos obreiros negam efetuar a
apresentação. Acreditamos que tal recusa se prende mais a
princípios adotados a nível pessoal ou problemas de foro
interno, pois como já dissemos não podemos estabelecer
normas com cunho bíblico para o ato. Particularmente
concordamos com os que estão sempre dispostos a pedir a
benção de Deus para uma criança que não responde pela
vida de seus pais ausentes de Deus. Acreditamos não haver
49
qualquer transgressão se pedirmos que Deus abençoe a um
inocente. Isto é o que se faz quando apresentamos uma
criança ao Senhor Jesus. Contudo, neste ponto, não
pretendemos recriminar aqueles que procedem da primeira
forma visto, como dissemos, não haver regulamentação
bíblica.

17. SEPARAÇÃO (ORDENAÇÃO) DE OBREIROS

O ato ordenatório de obreiros para exercer qualquer


função ministerial é da maior significação, tanto para o próprio
obreiro como para a Igreja a que pertence, e não é menos
importante para quem oficia.

A indicação do obreiro cabe à Igreja com seu corpo


Ministerial, porém quem tiver a tarefa espiritual de ministrar a
sua ordenação leva consigo também grande parcela de
responsabilidade no que diz respeito ao momento de proceder
à imposição de mãos conforme a Palavra de Deus. Cabe ao
Ministro que oficia o ato ordenatório expor com clareza a
importância do exercício do Ministério que o candidato vai
desenvolver e que é sua obrigação, diante de Deus e dos
homens, desempenhá-lo com honestidade, firmeza de caráter
e, sobretudo, predisposto a renunciar tudo que porventura o
que possa embaraçar no cumprimento de tão elevada missão,
sujeitando-se totalmente à vontade de Deus, á sua Palavra e
á orientação do Espírito Santo em todo e qualquer ato que
venha praticar dentro das funções que lhe forem conferidas
como membro do diaconato, presbitério etc.

50
18. SEPARAÇÃO DE MINISTROS
(PASTORES E EVANGELISTAS)

O conceito de Ministro entre nós é de quem foi


regularmente separado para exercer o ministério de
Evangelista ou Pastor. Alguns ministérios ou Convenções
concordaram não fazerem distinção entre a ordenação para
Evangelistas e Pastor, considerando que ambos os Ministros
pertencem a um único ministério e que exercem funções
distintas segundo a vocação recebida da parte de
Deus.Particularmente achamos mais acertada esta forma de
ordenar Ministros, ainda que respeitamos a tradição de alguns
ministérios regionais que consagram para cada cargo ou
função separadamente. De qualquer forma, cabe a quem
oficia o ato ordenatório focalizar que o Ministro vai exercer
esta ou aquela função ministerial e fazer alusão às
características da referida função. A leitura bíblica é
indispensável. Oferecemos aqui alguns textos que podem ser
utilizados: Ef 4. 11-13; Mc 3. 13-15; At. 13.1-3; 2 Tm 2.15, 4.1-
2 etc.

Após a leitura a explanação não precisa ser longa,


porém objetiva. O oficiante deve animar a Igreja dizendo que
ela está recebendo uma benção dada por Deus e, diante da
mesma, dizer ao Ministro a ser ordenado que ele vai servir à
Igreja do Deus Vivo, a noiva do Cordeiro, portanto deve
proceder com o maior zelo e dedicação, sabendo que ao
Senhor está servindo.

O oficiante fará o candidato ajoelhar-se, convidará a


todos os Ministros presentes a participarem na imposição de
mãos enquanto faz a oração ordenatória suplicando a Deus à
confirmação daquele acontecimento.

Após, o oficiante cumprimentará o novo Ministro, se for


oportuno, ou deixará para o fim do culto se o número de
51
ordenados for grande. As congratulações, se forem
numerosas, poderão até ocupar um tempo específico e
exclusivo, de acordo com a designação do Pastor da Igreja
onde se leva o efeito ao ato. Costuma-se lavrar uma ata de
ordenação, o que é muito importante, e o oficiante deve
assinala juntamente com o Secretário e o Pastor da Igreja, se
não for o próprio oficiante.

Não tem sido praxe, porém em muitas Igrejas convida-


se a esposa do candidato para ficar à frente para acompanhá-
lo e também receber orientação quanto à ajuda que deve
oferecer para que seu esposo venha a cumprir eficazmente o
seu papel ministerial. O fato da esposa do obreiro ir à frente,
ficar ao lado do esposo ou com outras esposas na mesma
condição não significa uma ordenação dela para o ministério.
Sabemos que uma esposa de Ministro do Evangelho tem
papel de maior relevância na vida e Ministério do seu esposo,
logo, é justo que a Igreja reconheça isso e interceda por tão
importante participação serva do Senhor. Ordenar mulher
para o Ministério não é bíblico, mas orar por elas o é.

19. SEPARAÇÃO PARA O PRESBITÉRIO

A consagração do Presbítero tem base bíblica em 1 Tm


3.1-7; Tt 1.5-9; 1Pe 5.1-4. A função já foi mencionada em At
20.17-28 onde são chamados Anciãos e Bispos. O fato de
consagrar alguém a Presbitério não é o resultado de esforços
humanos, nem o reconhecimento de méritos pessoais, nem
mesmo deve ser praticado só em função das necessidades do
trabalho do Senhor. O exercício ministerial do Presbítero é
uma vocação e chamada divina, logo deve ser totalmente
dirigido pelo Espírito de Deus, desde seu principio.

Entre nós, nas Assembléias de Deus no Brasil, a função


ministerial dos Presbíteros foi colocada como sendo um
52
trabalho que o obreiro realiza em escala local, sob a
orientação do Pastor da Igreja a que serve; é, neste caso, um
auxiliar imediato do Pastor da Igreja.Biblicamente o Presbítero
pode exercer todos os ofícios do Pastor quando uma vez
constituído numa Igreja conforme Tt 1.5-9 9 (função pastoral).

Queremos chamar a atenção do leitor para o assunto,


pois o julgamos da maior importância para a Igreja de Deus já
que o Presbítero pode funcionar como dirigente, como
ensinador da Palavra etc. Isto posto, é inadmissível que a
pratica de elevar “qualquer pessoa” ao Presbítero continue
tendo lugar entre nós. O presente comentário e roteiro auxiliar
de cerimônias não visa estabelecer pontos de vista
doutrinários, mas, diga-se de passagem, que inúmeros casos
há de consagrações ilegítimas ao Ministério de Presbítero.
Não se deve colocar ninguém no Presbitério da Igreja como
ato de favoritismo ou por forças de imposições humanas. O
Presbítero deve ser um homem de moldes fixados na Palavra
de Deus, portanto quem recebe o elevado encargo de
consagrar alguém a Presbitério deve ter em mente o que
prescreve o manual de Deus e o ato ordenatório requererá os
passos abaixo:

1. O oficiante lerá um dos textos já mencionados ou outro que


Deus lhe conceda
(naturalmente será dentro do assunto).

2. Dirá aquilo que Deus lhe inspirar sobre o Ministério de


presbítero, relembrando á Igreja do senhor que constituiu uma
grande benção a consagração de vidas para servirem no altar
da fé dos santos. Convém dizer à Igreja que é o seu dever
honrar o homem de Deus que trabalhará no Ministério da
Palavra coadjuvando com o Pastor nas tarefas gerais da
Igreja.

3. O oficiante chamará o candidato ao presbiterato, se ainda


não o fizera, e dirlhe-á da grande responsabilidade que ele
53
assume. É oportuno tomar do consagrado o compromisso
verbal diante do plenário de que será fiel à Palavra de Deus e
leal ao seu Pastor e à Igreja de Deus, a qual passa a servi na
nova função; que todos os atos que venham praticar serão
sob a total direção do Espírito de Deus e nunca se envolverá
em questões alheias ou movimentos facciosos que geram
contendas e graves prejuízos para a Igreja de Deus.

4. O oficiante fará o candidato ajoelhar-se na plataforma e


orará ou pedirá a outro Ministro que o faça. A Igreja estará em
pé para orar e receber o novo obreiro; os demais Ministros e
Presbíteros presentes (se houver) imporão as mãos sobre o
consagrando enquanto a oração é feita. A oração deve ser
objetiva, curta e fervorosa no Espírito Santo.
5. Após a oração, o oficiante cumprimentará ao obreiro, se for
oportuno, e passará a palavra ao Pastor da Igreja, se não for
o próprio.
A escolha, exame e apresentação do candidato à Igreja
são da alçada do da Igreja e tudo isso deve ser feito noutra
oportunidade propicia. Cuidado com a pratica de surpresas
que só trazem satisfação humana.

20. SEPARAÇÃO PARA DIÁCONO

A instituição do diaconato teve origem na necessidade de


alguém que cuidasse dos afazeres materiais na Igreja,
concretamente no atendimento às mesas, tanto no que ao
labor social diz respeito, como também pelo próprio sentido da
palavra Diácono, nos trabalhos gerais na mesma esfera
material. At 6.1-7.

O trabalho diaconal de natureza material não exclui a


necessidade de o termos em grande consideração e apreço,
tratando-o como recomenda a Palavra de Deus. A separação
de servos de Deus par o diaconato tem as suas bases
54
estabelecidas no livro Sagrado, portanto o ato de separar
alguém ao diaconato não é algo de menor importância. Em
primeiro lugar, o trabalho de Diácono, mesmo tendo feições
materiais, não deixa de ter um âmbito espiritual, posto que o
vai cumprir no Espírito e será prestado a Deus através da
Igreja. Logo, ao consagrar-mos Diácono devemos ter o sério
cuidado de verificar-mos se os candidatos reúnem as
condições indicadas em At. 6.1-5, 1 Tm 3.8-13. Tais cuidados
são próprios do Pastor, Ministério e Igreja que o indicam.
Contudo, deve o oficiante do ato consagratório ter em mente
que está realizando uma ação bíblica, portanto deve ler a
Bíblia nos textos que tratam do tema. Após a explanação da
Palavra, o oficiante procederá na forma que procedeu para a
ordenação dos Presbíteros, sendo que somente os
Presbíteros e Pastores participaram, da imposição de mãos
sobre os que estão sendo consagrado, ou seja, os outros
Diáconos não usam tomar parte nesta solenidade.

21. CULTO AO AR LIVRE (Evangelismo)

A evangelização é a mais importante tarefa da Igreja do


Senhor aqui na Terra. O culto ao ar livre, é uma excelente
forma de cumprirmos a nossa missão evangelizadora. Tem
sido entre nós fator de grande benção para a Igreja no que
tange ao seu crescimento numérico; logo, o ar livre não pode
ser deixado à mercê de quem não tem o mínimo de
orientação e sabedoria para conduzi-lo a bom termo.
Todo dirigente de ar livre deve observar o seguinte:
1. Formar sua equipe de coordenadores, orientando os seus
integrantes como proceder quando se acharem no trabalho (a
prudência no falar, no tema que irão abordar, no contato com
as pessoas, na distribuição de leituras, quanto ao
comparecimento no horário e locais indicados, etc.).
2. Dar sempre ciência dos atos e resultados do Trabalho
ao Pastor da Igreja.

55
3. Cooperar na consolidação do trabalho feito utilizando sua
equipe neste importante serviço.

4. Distribuir os trabalhos, determinando com amor e muito tato


as tarefas que cada participante terá que cumprir.

5. Sempre que possível conhecer o conteúdo do tema a ser


apresentado por alguém que pediu a oportunidade, isso para
evitar aberrações durante o trabalho.

6. Cuidar que o tempo não se dilate descomedidamente.


7. Escolher bem os hinos e o texto a ser lido.

8. Nunca levantar ofertas ou mesmo falar em dinheiro no


trabalho ao ar livre.

9. Finalmente conduzir os trabalhos com muita sabedoria,


mantendo o domínio do Espírito numa total dependência de
Deus.

22. OS COOPERADORES DO AR LIVRE

Cabe a quem vai cooperar no ar livre observar o que


abaixo segue:

1. Tornar o seu grau de preparação espiritual e natural


sempre crescente.

2. Seguir as orientações dadas pelo dirigente do trabalho.

3. Cumprir com fidelidade a tarefa que lhe foi confiada (orar,


testemunhar, cantar, pregar, ler a palavra, fazer o apelo etc.).

4. Não exceder no tempo que lhe foi permitido usar.

56
5. Ter o maior cuidado e total dependência de Deus na
escolha e apresentação do tema que usará para anunciar a
salvação na pessoa de Jesus.

6. Não fazer referência a pessoas públicas, autoridades civis,


militares, eclesiásticas a menos que sirva para engrandecer o
nome do Evangelho, sem agressões ou afrontas.

7. Não atacar religião alguma, mas anunciar o perdão em


Jesus Cristo.

8. Não insultar ou desafiar demônios, provocando-os, o que


perturbará o trabalho. A Bíblia manda-nos resistir ao diabo e
não provoca-lo. Tg 4.7.

9. Ajudar na consolidação do trabalho realizado.

23. LANÇAMENTO DE PEDRA FUNDAMENTAL

O lançamento da pedra fundamental de uma obra para


uso da Igreja tornou-se um costume altamente significativo
pois é a oportunidade para cultuarmos a Deus e motivarmos
os fiéis a se interessarem pela construção da casa que se
pretende erigir para o serviço sagrado. É também um
momento para exercitamos a fé nas promessas de Deus,
além de ser um vivo testemunho do progresso da obra do
Senhor.
O ato em si exige um programa minucioso, mas deve ser
levado a efeito com muita alegria expressa nos louvores a
Deus e nos testemunhos ou mensagens que forem
apresentadas. O trabalho não deve ser muito longo e se
processará na seguinte forma:

1. Oração inicial já agradecendo a Deus pelo passo de fé


que a Igreja está dando e suplicando a sua presença
abençoadora para o momento.
57
2. Como são naturais, os hinos devem ser próprios para
ato. Exemplo: 46,212 etc. da Harpa Cristã. Serão executados
com vigor e verdadeiro sentido de adoração. Do mesmo modo
os músicos (se houver) deverão tocar com toda expressão de
louvor a Deus.

3. Após os louvores será lido o texto oficial do culto que


podes ser, entre outros, o encontrado em Gn 28.20-22 etc.,
após o qual se fará outra oração.

4. Neste espaço dar-se-á a oportunidade para corais,


conjuntos, duos, solos, bem como para mensagens ou
testemunhos, que devem ser breves.

5. O oficiante, após as oportunidades concedidas


entregará uma breve mensagem reforçando o que se haja dito
sobre a finalidade da reunião .

6. Convidará os obreiros presentes, obedecendo à escala


de hierarquia, para simbolicamente enterrar uma pedra que
previamente foi preparada para aquela finalidade. O buraco
poderá ser feito no momento para tornar o ato mais simbólico.
A ferramenta adequada já deve estar no local. Fazer a oração
solene quando os obreiros houverem tomado a pedra com o
oficiante e a colocado no local onde será enterrada.
Não aconselhamos enterrar uma Bíblia em caixa como
alguns têm feito. Entendemos que a Palavra de Deus não é
para ser enterrada mas anunciada. Além do mais o ato é
simbólico e a Palavra de Deus é a verdade que deve ser
proclamada. Uma Bíblia na mão de uma pessoa fará mais
efeito do que enterrada numa obra.
7. Após o simbolismo de lançamento da pedra
fundamental cremos que é muito oportuno solicitar uma
contribuição para a obra, se realmente houver necessidade.

58
8. Com palavras conclusivas, o oficiante fará o apelo,
naturalmente dando às suas palavras à característica
conotação evangelística. Havendo decisões fazer a oração do
perdão e orientar os novos convertidos para o templo.

9. Com uma oração se concluirá o trabalho, havendo


antes anunciado o inicio da obra, para que o ânimo do povo
continue aceso para gloria de Deus e bom êxito de
empreendimento. Uma palavra de agradecimento é
importante.

Havendo condições, é bom organizar um desfile com a


Igreja partindo de um lugar (templo antigo etc.) até o local do
evento. É uma maneira de atrair o povo para o local.

Convidar autoridades para as solenidades é também


valido, pelo testemunho e pelo apoio que muitas vezes se
obtém para a realização da obra.

24. INAUGURAÇÃO

O Ato de inaugurar tem como finalidade agradecer a Deus


pelo êxito alcançado e suplicar a sua indispensável benção
para a consumação dos propósitos que tem o que foi
inaugurado.

Uns sem número de coisas podem merecer um ato


inaugural: templos, casas, escolas, hospitais, fábricas, asilos,
orfanatos, estradas, praças, monumentos etc.

Quando se inaugura um prédio destinado ao serviço


Sagrado como um templo, o ato se reveste de maior
importância no sentido espiritual. É realizado um culto com
todas as suas características espirituais obedecendo-se os
seguintes passos:

59
1. Normalmente, o tempo permitido, o povo reúne-se na
frente do prédio, com a porta principal fechada.

2. O oficiante inicia a solenidade com oração, se possível


no horário indicado, isto em respeito aos convidados que
compareceram com pontualidade.

3. Após a primeira oração o oficiante diz em breves


palavras sobre a finalidade do ajuntamento e cantam-se
louvores (não muitos) seguidos da leitura de uma porção da
Escrituras, o texto deve ser consoante ao ato.

4. Colocar em ordem os que ingressarão no templo, em


primeiro lugar Ministros, obreiros, autoridades e convidados
especiais, banda (se houver), coral, etc. logo o povo em geral.

5. Ao desatar a fita simbólica, que cruzará a porta


principal, o oficiante pode dizer o versículo 2 de Isaias 26 ou
outra expressão bíblica significativa no momento e então
adentram todos com louvor a Deus.

6. Quando todos já se acharem no interior do templo,


ainda em pé, é feita a oração propriamente inaugural. Após
este ato seguem-se as apresentações, saudações e louvores
que forem programados para o evento.

No momento das apresentações é justo fazer alusão aos


serviços prestados pelas pessoas e equipes que contribuíram
para o êxito do trabalho. É um procedimento bíblico ser
agradecido, além do mais, serve de estimulo aos que
ajudaram e incentiva outros a fazerem o mesmo.

7. O oficiante, (geralmente o Pastor da Igreja) distribuirá


os trabalhos com muito equilíbrio, cuidando para não dilatar
descomedidamente o tempo de duração, especialmente se
ainda houver algum trabalho para o mesmo dia e por respeito

60
aos convidados que muitas vezes não podem demorar
demasiadamente.

8. A conclusão é como dos cultos públicos, preferindo-se a


palavra de agradecimento aos que atenderam o convite.

Outras inaugurações têm procedimentos diferentes, ainda


que a oração inicial, os louvores antecipadamente preparados
para o evento., a leitura bíblica condizente a todos os demais
sentidos espirituais não podem faltar se de fato é um culto a
Deus.

O oficiante deve contatar os pregadores do evento e tomar


conhecimento de tudo que se fará no ato: quando falar,
cantar, pregar etc. Saber sobre tempo de duração.

Cumpre dizermos que o procedimento religioso acima


descrito só é cabível quando a inauguração tem cunho
totalmente religioso. Se o evento é de natureza social e o lado
espiritual aparece só como um apêndice, far-se-á como os
programadores estabeleceram, (oração, leitura bíblica,
cânticos etc.,) só quando indicados dentro do programa.

Muitas inaugurações não são totalmente destinadas a um


culto a Deus, portanto o oficiante ou participante deve ter o
cuidado para separar os papéis. Cada coisa no seu lugar.

Quanto ao tempo de duração, recomenda-se prudência


para não gerar cansaço nos participantes. Se o sentido
espiritual do evento for mantido até o seu término, este deve
ser com uma oração de agradecimento a Deus.

61
25. CULTO DE NATAL

A celebração do Natal tem sido algo seriamente colocado


em tela de Juízo em razão da falta de fundamento
escriturístico e específico e, até porque, há conflito quando os
entendidos dos tempos tratam de estabelecer datas diferentes
para asseverarem sobre o nascimento de Jesus, em relação à
data já consagrada pelo mundo chamado cristão, isto é, 25 de
Dezembro.
Deixaremos as discussões de datas e também não iremos
aqui analisar sobre se há ou não mandamento expresso na
Bíblia para tal celebração, e vamos, como noutros atos
praticados, aproveitar a ocasião para exaltarmos, de forma
especifica, o grandioso acontecimento de Belém. A Bíblia nos
ensina que tudo deve fazer para Glória de Deus, então, para
que a nossa celebração natalina contribua para Glória do
Senhor devemos ater-nos aos postulados bíblicos e nunca
permitirmos, como em alguns lugares tem acontecido, que a
celebração do Natal de Jesus seja a exibição de talentos
humanos que só agradam ao intelecto, especialmente dos
vazios espirituais.
Se vamos celebrar o Natal de Jesus, o primeiro que nos
interessa é Jesus mesmo. As declarações, recitativos,
cânticos, tanto das crianças como dos jovens ou adultos
devem estar em perfeita sintonia com o padrão bíblico
doutrinário que esposamos.
As pessoas escolhidas para elaborar e ensaiar o programa
de Natal deve ser acima de tudo espiritual, submissa à
Palavra de Deus e ao Pastor da igreja, e nunca cheias de si
mesma para que não tragam para a igreja do Senhor aquilo
que não edifica.
É prudente que as partes a serem apresentadas sejam
escritas por autores comprovadamente espirituais e que as
poesias tenham conteúdo bíblico legitimo e nunca sejam
invencionices de quem tem apenas dotes naturais para
escrever, mas carece da unção e da inspiração divina e bem
assim do sadio conhecimento bíblico.
62
É conveniente que o Pastor da Igreja assista pelo menos
os ensaios gerais, tomando assim conhecimento de todo
conteúdo do programa.
O número de partes não deve ser tão elevado a ponto de
tornar enfadonha a apresentação e fazer o culto terminar além
do horário habitual, não deixando tempo para a conclusão
que, certamente, deve ser aproveitada para convidar os
pecadores a aceitarem o Salvador.
Não usar vestimentas representativas que não sejam
próprias para um culto a Deus, onde e quando a seriedade
deve ter lugar de primazia.
Os cânticos gerais com a Igreja devem ser selecionados e
tratarem do assunto; a música animada e compatível com o
momento. A leitura bíblica deve fazer alusão ao episódio, ou
seja, o nascimento de Jesus Cristo (Is 9.2-7; Mq 5.2-4; Mt
1.18-25; Lc 2.1-20 etc.).

26. FUNERAL

Este cerimonial, do ponto de vista humano, é o que menos


agrada ao Ministro oficiante, porém não se pode fugir ao
dever do ofício, e é uma oportunidade par se evidenciar ou
libertar valores espirituais que o Espírito de Deus dotou
aquele servo que vai celebrar o ato fúnebre religioso.
Cabe portanto ao oficiante da cerimônia observar as
recomendações que abaixo seguem:
Em primeiro lugar, deve-se conhecer a condição espiritual,
pelo menos quanto ao testemunho da pessoa falecida, isto
para evitar pronunciamentos não verídicos que sirvam para
criar constrangimentos. É sempre bom fazer alusão à pessoa
a ser sepultada, quando da sua existência seja possível tirar
algum bom exemplo para aplicá-lo, em forma de conselho da
família antes de iniciar a cerimônia é uma medida prudente já
que todos precisam de uma palavra de conforto naquele

63
momento. Procure conhecer o local e horário do sepultamento
com segurança.

Passos a serem dados:

1. Comparecer ao local do sepultamento pelo menos uma


hora antes. Não é uma atitude agradável chegar “as carreiras”
quando o momento é de tristeza para pessoas que nos são
caras em Cristo já que naquela hora representamos, como
Ministros, as pessoas mais capazes de ajudá-lo a superar
aquela fase da vida.
2. Combinar com a família e iniciar a cerimônia com uma
oração, pedindo a Deus a sua graça para aquele momento. O
tom de voz deve ser moderado, nunca como numa pregação
de cruzada ou púlpito. Começar dizendo do significativo do
ato, que sendo de dor e tristeza pela separação do ser
querido que partiu é, no entanto, uma oportunidade para
renovar a nossa memória quanto às promessas do Senhor
Nosso Deus, quando se sabe com segurança do testemunho
deixado pela pessoa objeto do ato fúnebre, havendo sido de
glória para Deus, um exemplo de fé e obediência à Palavra do
Senhor, torna-se causa de grande inspiração para quem oficia
tal ato e para quem mais fizer uso da Palavra.
3. Fazer a leitura da Palavra de Deus, usando entre
outros, alguns dos seguintes textos: 1Ts 4.13-18; 2Co 1.5-7;
5.1-10; 1Co 15.39-55; Sl 116.15; Ap 14.13; 21.3-4. Feita a
leitura, fazer a explanação de acordo com a inspiração divina,
sendo conciso, objetivo, tranqüilo, usando tom de voz
compatível com o momento. Se houver mais alguém para
falar, deve ter em conta o fator de tempo e franquear a
palavra, se for o caso, só por tempo limitado (esta limitação de
tempo deve ficar com o oficiante).
4. Os cânticos só deverão ser executados quando ou após
a autorização da família enlutada. NUNCA por iniciativa do
oficiante ou de pessoas alheias à família condoída, isto para
evitar que algum sentimento seja mais ferido em lugar de
confortado. O cântico deve fazer parte do testemunho da
64
esperança do crente e servir conforto espiritual aos familiares
saudosos; nunca ser interpretado como um ato de
insensibilidade ao acontecimento. Os cânticos são entoados
em tom piano (baixo) com a melhor harmonia possível, tudo
para glória de Deus.
5. Após o ato, o oficiante fará uma oração suplicando a
Deus às consolações para todos e, tratando-se da passagem
de bom servo de Deus, agradecer o tempo que tal pessoa
entre nós viveu e pelos exemplos de fé que nos legou.
6. Após esta oração o oficiante dirá:

“Está concluída a cerimônia e a condução do


sepultamento fica a critério da família”.

7. Sendo o local e tempo favorável pode-se dar uma breve


Palavra no momento de sepultar o corpo, porém nem sempre
isto é necessário. Nesta hora a presença do oficiante tem o
objetivo mais de dar apoio à família e orientar na parte
espiritual, evitando que se cometam atos que choquem as
consciências cristãs, gerando algum tipo de escândalo.
Às vezes somos convidados para darmos auxilio espiritual
a uma família cujo falecido não é crente. Em tais
circunstâncias, nada temos a mencionar quanto à pessoa do
extinto, mas tão somente aproveitar a oportunidade para dizer
aos presentes da importância de viver preparado para
momento do chamamento à eternidade. É muito oportuno
dizer que sem Cristo nesta vida a eternidade não será feliz.
Se alguém se decidir por Cristo naquele momento, sem apelo,
faça a oração do perdão. Tenha cuidado para NÃO fazer
alusões à pessoa do morto dizendo que foi ou não salvo. Não
somos juízes mas anunciadores da fé em Cristo.

27. CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO

O casamento, perante a lei, é o contrato de direito de


família que tem por finalidade promover a união do homem e
da mulher de conformidade com a lei, a fim de regularem suas
65
relações sexuais, cuidarem da prole comum e prestarem
mútua assistência.
O casamento é um contrato bilateral. A partir do momento
em que ambas as partes afirmam a idéia, pronto, está
concretizado.
Geralmente, o oficiante público, o que preside a cerimônia
de casamento, não somente se contenta em autenticar a
vontade dos cônjuges, ele faz uma afirmação porque o ato
precisa ser notório. Para isso recorre à fórmula prescrita no
Art. 194 do Código Civil Brasileiro onde diz que ouvida aos
nubentes a afirmação de que persistem no propósito de casas
por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o
casamento dizendo : “De acordo com a vontade de ambos,
declaro-vos marido e mulher, declara-vos casados”.

Uma vez concretizado o ato de celebração , o casamento


passa a ser um contrato de família e quando efetuado por
pessoa “incompetente” é nulo.

O casamento, como instituição divina, tem o seu


fundamento, normas, princípios e conselhos contidos na
Palavra de Deus. Quanto à maneira de celebrá-lo não há
muitas opções se desejamos que o ato se realiza
satisfatoriamente dentro dos critérios bíblicos, éticos, culturais
e legais.

Temos duas modalidades de casamento:

*O casamento religioso com efeito civil, amparado no Artigo 71


da lei 6.015 de 31 de Dezembro de 1.973;

*O casamento apenas religioso.

Quando a opção é pelo casamento religioso com efeito


civil deve-se ter o seguinte procedimento:

66
1. Os nubentes devem entrar em contato com o Pastor da Igreja,
antecipadamente, para acertarem detalhes quanto à data e
outras implicações de ordem eclesiástica.

2. Habilitarem-se para o casamento no Cartório da sua


circunscrição através de requerimento fornecido pelo
Secretário da Igreja.

3. Após habilitados, apresentarão a Certidão de Habilitação


fornecida pelo Cartório ao Secretário da Igreja.

4. Com base na Certidão de Habilitação o Secretário lavrará o


Termo de Casamento em formulário oficial e o fará constar em
livro próprio.

28. O ATO CIVIL

1. Os nubentes ingressam ao local da solenidade na forma que


convencionaram, sob o som da musica escolhida para o ato.
O oficiante, ao mesmo tempo, ocupa a sua posição.

2. Os nubentes, com as testemunhas, posicionam-se e logo o


Ministro dirá as seguintes palavras:

Compareceram a este santuário “NOME DO NOIVO” e “NOME


DA NOIVA” para solenemente unirem-se em matrimônio,
havendo cumprindo as formalidades
legais conforme costa na Certidão de Habilitação n°
“NÚMERO DA CERTIDÃO DE HABILITAÇÃO EXPEDIDA
PELO CARTÓRIO”.
3. O oficiante perguntará se entre os presentes há alguém que se
oponha a este ato (esta pergunta consta das formalidades
legais).
4. Em seguida o oficiante faz ao noivo a seguinte pergunta:

67
“NOME DO NOIVO”, persiste no firme propósito de livre e
espontânea vontade casar -se com “NOME DA NOIVA”.
5. O sim deve ser ouvido, sem o que, não houve a manifestação
de vontade para a efetivação do casamento.
6. A mesma pergunta será repetida à noiva, que por sua vez
deverá responder Sim.
7. Então o oficiante pronunciará as seguintes palavras:
Diante da vossa manifestação de vontade de vos receberdes
em matrimônio, eu, em nome de Lei vos declaro casados
(neste momento a audiência deve estar em pé; logo após
deverá ocupar o seu assento).
8. O oficiante anunciará a leitura do termo do casamento, que
será efetuada pelo Secretário. Após a leitura seguir-se-á com
as assinaturas, no termo e no livro da Igreja, na ordem
prevista na lei, noivo, noivas, testemunhas.

29. O ATO RELIGIOSO

Após as assinaturas, o Ministro iniciará o ato religioso com


uma leitura bíblica seguida de uma breve oração, tendo a
todos em pé. Os textos lidos são, por exemplo, Gn 2.18-24, Ef
5.22-33, 1Co 13, Hb 13 etc.

Feita a leitura e oração, o Ministro fará as explanações,


conforme a direção do Espírito Santo. O tempo para esta
elocução não deve ir além de 15 minutos. Se houver mais de
um cântico, coral, conjunto ou solo, deve o primeiro ser
executado logo após a leitura da Palavra, antes de qualquer
explanação: os demais logo após a palavra de
aconselhamento. Recomenda-se não incluir no programa
mais de dois louvores.

Feita a explanação da Palavra de Deus, o Ministro se


dirigirá aos nubentes com as seguintes perguntas:

“NOME DO NOIVO”, promete diante de Deus e destas


testemunhas, ao tomar “NOME DA NOIVA” como legítima
68
esposa, ajudá-la,assisti-la, protege-la em todos os momentos
da vida, sejam eles de bonança ou de adversidade?

Repetir as expressões acima com a noiva.

Após o Ministro dirá:

Diante do que acabais de afirmar, perante mim, de vos


receberdes em matrimônio, conforme a Palavra de Deus, eu,
Ministro do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, vos
proclamo casados, constituídos em família, marido e mulher.

COLOCAÇÃO DAS ALIANÇAS

O ministro tomará as alianças nas mãos, levando-as um


pouco e separando-as uma da outra, dirá o seguinte:

Estas alianças, feitas de metal nobre, sirvam como memorial e


testemunho deste pacto feito diante das testemunhas
presentes etc.

O Ministro entregará ao noivo a aliança da noiva para que a


coloque no dedo e mão correspondentes. O mesmo fará com
a noiva.

Após, o Ministro os fará ajoelhar para receberem as


bênçãos. Levantará a audiência e orará especificamente pela
vida que os nubentes iniciarão, a partir daquele momento, na
qualidade de casados. O Ministro impetrará a bênção
apostólica sobre o casal na mesma forma que o faz ao fim de
cada culto.

Conclui dizendo:

O que Deus ajuntou não o separe o homem.


69
RECOMENDAÇÕES

Par evitar má compreensão, que pode gerar desgostos na


realização do casamento (já houve casos) é prudente que os
nubentes sejam orientados pelo oficiante do casamento ou
por seu Pastor quanto à significação do casamento e o que
ele representa diante de Deus e da sociedade; é o que
chamamos de aconselhamento pastoral antenupcial. Nesta
ocasião convém perguntar aos nubentes se sabem tudo sobre
o regime que adotaram para o casamento perante a lei.
Orientá-los a pedirem esclarecimentos no órgão oficial, se
tiverem dúvidas, é uma boa medida.

Ensaio para o ato do casamento, no local do evento, é de


grande valia pois isso evita procedimentos constrangedores
na hora da cerimônia. Aconselha-se que o noivo sempre
esteja à direita da noiva. Como disporão o cenário fica a
critério dos noivos, naturalmente ouvido pelo Pastor da Igreja
ou o responsável pelo local onde o ato será celebrado.

O oficiante deve familiarizar-se com os nubentes, tratando


de guardar na memória os seus nomes ou tê-los anotados
sobre a mesa para consulta quando necessário.

O oficiante deve ter a certeza, no caso de casamento


religioso com efeito civil, de que o termo foi lavrado de acordo
com a Habilitação expedida pelo cartório. Este cuidado deve
ter lugar bem antes do horário do casamento.

É importante que a parte musical do ato religioso já esteja


bem ordenada para não haver improvisações vexatórias,
inclusive, o músico que tocará na entrada dos nubentes,
momentos antes deve ocupar o seu lugar. Se a música a ser
tocada for em gravação, o operador de som deve estar no
lugar do ato momentos antes, havendo já feito o teste de
funcionamento dos aparelhos.
70
30. BODAS DE PRATA OU DE OURO
É ato consagrado pela sociedade, mas é uma boa
oportunidade para louvar a Deus pelas vitórias concedidas
aos conjugues pelo tempo de boa convivência conjugal, pelas
vitórias conquistadas e pelos descendentes (se houver) que
resultaram da união.
1. Em primeiro lugar o Ministro deve conhecer o quanto possível
acerca do viver feliz do casal, afim de que suas menções
acerca do mesmo não fujam à verdade. É claro que só deve
ser mencionado aquilo que de forma positiva marcou a vida
do casal. Esta cerimônia não precisa ser longa como se um
culto de pregação fosse.
2. O oficiante iniciará sempre com oração. Os preparativos para
tornar o ato mais solene podem ser como se um novo
casamento acontecesse: entrada, púlpito, música
adequadamente disposta para o evento.
3. Diante do Ministro, os conjugues, acompanhados de
descendentes (se houver) ou alguém de seu relacionamento
afetivo, se postarão e o Ministro dirá:
Louvamos a Deus pelos casais que conseguiram nestes
tempos de crise espiritual, pecado e miséria, manterem-se
firmes nos propósitos do matrimônio, fiéis e leais um ao outro.
Os nossos irmãos “NOME DO MARIDO” e “NOME DA
ESPOSA” são exemplos maravilhosos deste fato, pelo que
solenemente queremos agora neste ato celebrar as Bodas de
Prata (ou Ouro) desta feliz e próspera união.

4. O Ministro fará a leitura da Palavra de Deus. Eis aqui alguns


textos: Sl 112.1-10; 128.1-6; Pv. 31.10-31; Ef 5.22-33; Hb
13.1,4;1 Pe 3.1-7 etc. Neste momento poderá haver louvores.

5. Após a leitura do texto e louvor, o Ministro se dirigirá aos


cônjuges e lhes dirá:
Por 25 (ou 50) anos tendes vividos em santa união conjugal.
Por certo as lutas foram muitas, mas o Deus que servis vos
levou a vitória em todas elas. A paciência, a boa
compreensão, a cooperação mútua por certo norteou a vossa
71
vida conjugal, razão porque aqui tendes chegado para diante
de Deus oferecer um culto de ação de graças e testemunhar
que o pacto há 25 (ou 50) anos tendes firmado se mantém
firme e indissolúvel para gloria de Deus, estabilidade da
sociedade e felicidade da família. Queremos, portanto, que
outra vez escuteis a Palavra de Deus, para que tenham
sempre presente as recomendações bíblicas para viver
conjugal que agrada a Deus (o Ministro dirá mais alguma
coisa sob a inspiração do Espírito Santo por base os textos
escolhidos).

6. O Ministro concluirá falando da importância das alianças,


entregando-as aos cônjuges, primeiro ao marido que ao
colocar no dedo correspondente de sua esposa ou
transferindo esta oportunidade para um filho ou neto dirá
antes:

Querida esposa, por 25 (ou 50) anos tens sido a minha


companheira fiel, ajudadora incansável na formação da nossa
família, como testemunho do amor a ti e do meu
reconhecimento às virtudes que tens, eu coloco (faço colocar)
em tua mão esta aliança.

7. Após, o mesmo fará a esposa dizendo:

Querido esposo, a tua lealdade, ajuda, o senso de


responsabilidade como esposo e chefe de nossa família
levam-me a agradecer a Deus e, neste ato solene, colocar
(fazer colocar) esta aliança em tua mão como meu
testemunho do amor que a ti dedico como esposa.

Havendo louvor, cânticos neste momento poderão ser


apresentados.

8. O Ministro fará a oração final, pedindo a Deus a continuação de


suas bênçãos sobre o casal e dará a benção apostólica sobre
o mesmo.
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31. SOLENIDADES CÍVICAS

As solenidades cívicas, que costumeiramente ocorrem


nos nossos templos são em geral as celebrações do dia da
Pátria (7 de Setembro), certas homenagens que por
representantes do povo são feitas as pessoas do nosso
convívio e outras reuniões cívicas as quais as deseja dar uma
feição religiosa como em um culto em Ações de Graças.
O dirigente de tais reuniões deve estar bem informado
dos motivos da mesma, conhecer as pessoas que
representam o povo e a instituição que promova o evento.
Convém que o programa para tais eventos seja
criteriosamente elaborado para o tempo ser bem distribuído,
os trabalhos bem conduzidos e o nome do Senhor exaltado,
não ficando o referido trabalho apenas como um
acontecimento puramente cívico, social ou festivo, sem
qualquer sabor espiritual.

Procede-se da seguinte forma:

1. Abertura com oração e louvores a Deus.

2. Leitura Bíblica (alguém pode ser designado para isto)


seguida de oração.

3. O dirigente apresenta as autoridades presentes e todos


os visitantes (se for oportuno).

4. Em geral é executado o Hino Nacional, cantado por


todos os presentes ou tocado pela banda, após o qual o
dirigente declara aberta a solenidade (mencionar os motivos).

5. A palavra é franqueada aos representantes de


entidades civis, militares e eclesiásticas que presente estejam
no desempenho de um papel representativo ao evento.
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6. Intercalar-se com um louvor ou alguma peça alusiva ao
ato e logo concede-se a palavra ao representante da
organização que promove o evento.

7. Após esta última palavra, não dar mais oportunidades a


ninguém para falar sobre o evento, a menos que seja a
alguém cuja representatividades sobrepuja a do último orador.

8. O último orador de fato será o mensageiro da Palavra


de Deus que deve Ter tempo suficiente para desenvolver as
sua mensagem (sermão).

9. Após o sermão, o dirigente faz ou designa alguém para


fazer o apelo. Havendo decisões é feita a oração do perdão.

10. Com uma palavra de agradecimento o culto é


concluído após a oração final e benção apostólica (se for
usada ou cabível).

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32. FORMATURA (COLAÇÃO DE GRAU)

O chamado culto de formatura é uma oportunidade similar


a do culto de Ação de Graças tendo, naturalmente, as suas
características próprias. Vejamos.

1. Início com oração.

2. Cânticos congregacionais e leitura da Palavra (texto


apropriado).

3. Execução do Hino Nacional (havendo condições), após


a qual se diz:

“Neste momento declaro abertas as solenidades de


formatura de (dizer a turma, ano, curso etc.)”.
4. Apresentação de alguma peça especial.
5. Apresentação das autoridades, convidados especiais,
corpo docente e diretoria da entidade.
6. Palavra do orador da turma (limitar o tempo no próprio
programa)
7. Palavra do paraninfo.
8. Palavra do diretor do curso ou seu proposto.
9. Não é oportuno tirar ofertas.
10. Seguir o programa elaborado para a entrega de
certificado, havendo do mesmo tomado conhecimento antes.
11. As solenidades são concluídas com uma palavra de
agradecimentos a todos pelo representante da turma e uma
oração a Deus.
12. O tempo fica franqueado para os cumprimentos.
O acima exposto como modelo de programa para um
culto de formatura, naturalmente, sendo necessário deve abrir
espaço para inserir algum ato indispensável ao evento. Em tal
caso é prudente observar em que momento se fará a
inserção de alguma outra atividade. A ordem deve ser
observada com certo zelo.

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33. UNÇÃO COM ÓLEO

A unção com óleo tem sido matéria durante discutida por


alguns ministérios. Polêmicas foram levantadas em torno do
assunto. Achamos sem nenhuma necessidade tecermos
complicados comentários sobre este tema bíblico, posto que a
Bíblia o define com clareza, não deixando qualquer brecha
para alguém colocar a sua “alavanquinha” para aumentar o
espaço e nele colocar algo de sua simpatia. Bastante é
abrimos a Bíblia em Tg 5.14-15 e fazemos consoante ao que
se acha capitulado no livro sagrado. As únicas coisas que
teremos de explicitar é o que abaixo dizemos:

1. A unção é praticada pelos Presbíteros (os pastores são


também Presbíteros). Não é, biblicamente, função de mais
ninguém.

2. Não deve-se sair oferecendo unção. A Bíblia diz:


“Chame os presbíteros...”

3. Observar se o lugar onde o enfermo está, não oferece


impedimentos para a efetivação do ato. Às vezes o estado do
enfermo exige cuidados rigorosos do médico; em tal caso é
prudente comunicar ao facultativo que pretende realizar esse
oficio religioso, isso para evitar complicações com a
administração hospitalar.

4. O local da unção, aplicação com óleo, não é o da


enfermidade. Nós estamos autorizados a ungir o enfermo e
não a enfermidade. Fazer o enfermo beber óleo é um
procedimento totalmente extra bíblico, nada tem a ver com a
unção bíblica e é de exclusiva responsabilidade de quem o
faz. Deus não se acha na obrigação de responder pelas ações
praticadas fora do contexto bíblico.

5. É conveniente dizer ao enfermo que o óleo é usado tão


somente como um símbolo do Espírito Santo e quem tem a
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virtude para curar é a oração da fé. “E a oração da fé salvará
o doente...”
6. Há pessoas que por não alcançarem a cura quando
ungidas por um determinado obreiro pedem a unção outra ou
outras vezes, o que achamos desnecessário, pois não é
preciso de mais unção com óleo e sim fé no poder operador
do nosso Deus.
7. O ato deve ser praticado com muita convicção de fé e
nunca de forma superficial ou leviana. Quem unge a um
enfermo em nome de Jesus deve tomar a autoridade da
Palavra de Deus para repreender a enfermidade, tendo o
cuidado para não agir com precipitação.

A BENÇÃO APOSTÓLICA

Impetrar a benção apostólica ao término de cada oficio


sagrado é uma prática já consagrada pelo uso entre nós da
Assembléia de Deus, ainda que muitas outras denominações
façam o mesmo.
Cabe nestas notas dizer que tal ato conclusivo do culto
não surgiu como um mandamento ou normativa bíblica. Por
analogia bíblica acreditamos de todo coração que o Espírito
Santo de Deus foi quem inspirou o uso da benção apostólica.
O espaço é limitado pata trazermos aqui um fundamento
doutrinário (não é este o propósito destas linhas) ou
analogístico que nos possa ajudar a entender a importância
da benção apostólica. Pois bem, não vamos aqui fundamentar
doutrinariamente a prática do que estamos mencionando, mas
aconselhamos a todos a observarem o final das cartas
paulinas, do Apocalipse etc. e lembrarem que fomos
colocados para abençoar conforme o Senhor disse ao nosso
pai Abraão. Gn 12.2.
Entre nós é praxe permitir impetrar a benção apostólica
aos pastores e Presbíteros quando em função pastoral, isto é,
dirigido trabalhos (congregações, praticando outro atos
ministeriais etc.). Nunca foi concedido este direito aos
Diáconos ou auxiliares, no entanto, em muitos lugares,
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costuma-se levar toda a congregação a cantar as palavras
usadas na benção apostólica:
“A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, e o Amor de
Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja conosco. Amém.”
Veja-se que nem mesmo uma forma literal rígida foi
estabelecida. Neste ponto vamos concluir dizendo que cada
obreiro consulte ao seu Pastor como deve fazer já que
estamos tratando de um assunto que não é genuína e
puramente estatuído biblicamente, mas faz parte dos bons
costumes por nós adotados.
Aconselhamos, no entanto, não permitir que mal uso das
coisas sagradas venha Ter lugar no nosso meio. A Bíblia nos
ensina a tudo fazermos com ordem e decência e para glória
de Deus. Que o Senhor a todos oriente no fazer aquilo que é
útil e proveitoso.
CONCLUSÃO
Este trabalho visa orientar a cada obreiro no seu dia a dia
no Ministério e Obra que Deus nos confiou.
Como já foi dito, o Espírito Santo é quem dirige todas as
nossas ações, desde que deixemos Ele ser o nosso
Consolador, Guia e Mestre. Entretanto devemos procurar o
aperfeiçoamento constante. Mas como?
Paulo recomendou: “sede meus imitadores como eu sou
de Cristo.” Nota-se que o aperfeiçoamento vem à medida que
seguimos padrões confiáveis, estabelecidos na Bíblia Sagrada
e adotados por pessoa guiadas por Deus, que zelam para que
tudo seja feito com ordem e decência.
Todas as recomendações deste trabalho foram baseadas
neste princípio.
Resta-nos apenas encerrar com a seguinte palavra:

Fp 4.8 “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro,


tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro,
tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama. Se há alguma
virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”

AMÉM!!!
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