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Dentro de uma cultura valorizada pela performance e vidas bem sucedidas, a psicopatologia na

vida cotidiana e o mal-estar nunca estiveram tão próximos.

A partir da experiência clínica e do percurso de formação, o curso de psicopatologia e


psicanálise surge para transmitir a experiência dos psicanalistas da Escutar: Caio Reis, Bruno
Reis e Mateus Gargur, pensado em três atos, sejam eles: a clínica da melancolia, como medida
para recuperar a história da doença, sua ascensão em uma esfera biológica e seu declínio no
que diz respeito ao sofrimento inconsciente, bem como o manejo em uma clínica psicanalítica.
A clínica das toxicomanias, como forma de romper os ideais da personificação das drogas,
tomando seu uso e abuso como relação suplente ao simbólico e a clínica dos transtornos de
ansiedade, como forma de suturar o buraco insuflado de diagnósticos existentes nesse tema e
que a psicanálise propõe recorrer a significantes como tempo, angustia, desejo e fobia. O
cenário atual revela uma intensidade de todos as clínicas propostas aqui. Contudo não há
tempo melhor para discutir, pensar e rever certos paradigmas que por vezes só são vistos
quando a fala paralisa a percepção, tornando o discurso médico detentor do saber sobre o
sujeito e seu sofrimento.

“Deve renunciar à prática da psicanálise todo analista que não conseguir alcançar em seu
horizonte a subjetividade de sua época.” (Jacques Lacan, 1998, p. 321)

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