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Faremos uma pequena introdução para relembrar a origem das ceb´s e iremos em
seguida, direto para os documentos a fim de podermos entender o conceito de ceb
´s a partir dos mesmos.
Este texto, na verdade, será quase só uma coletânea de textos das conferências do
CELAM a fim de, através deles, descobrirmos o verdadeiro sentido e
originalidade das CEB´S
Num segundo momento temos na América Latina uma Igreja "romanizada". Foi
quando, na segunda metade do século passado, por várias causas, o modelo
ibérico foi suplantado pelo fenômeno da chamada "romanização". Essa se
caracterizou por um modelo de igreja extremamente centralizado no clero, na
prática dos sacramentos e nas devoções de santos recentes e "oficiais",
destacando-se a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
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As CEBs nasceram logo nos inícios dos anos 60, portanto, antes de Medellín,
mas essa Assembléia as legitimou e generalizou. De fato, pede-se aí que o
CELAM "estude" o fenômeno, ainda recente, das "Comunidades cristãs de base"
(Doc. XV, n. 32), as "divulgue" e "na medida do possível as coordene" (n. 12). O
Documento XV, intitulado "Pastoral de Conjunto", dedica todo um parágrafo (n.
10, 11 e 12) a este tema.
Nº VI – Pastoral de Massas
Recomendações pastorais:
IX – LITURGIA
ELEMENTOS DOUTRINÁRIOS
Liga mais adiante CEBs e Pastoral familiar, na luta por superar o agudo
individualismo que marca a realidade contemporânea: "Nota-se uma reação em
muitos países tanto no despontar da pastoral familiar quanto na multiplicação das
CEBs, onde se torna possível -em nível de experiência humana- uma intensa
vivência da realidade da Igreja como família de Deus" (P 239).
Ao final do número 640, os bispos levantam a questão que ainda hoje se repete
em muitos ambientes eclesiais: "... quando é que uma pequena comunidade pode
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Vejamos os textos:
Nº 640. Nas pequenas comunidades, mormente nas mais bem constituídas, cresce
a experiência de novas relações interpessoais na fé, o aprofundamento da palavra
de Deus, a participação na eucaristia, a comunhão com os pastores da Igreja
particular e um maior compromisso com a justiça na realidade social dos
ambientes em que se vive. Pergunta-se quando é que uma pequena comunidade
pode ser considerada verdadeira comunidade eclesial de base na América Latina?
d. AS CEB´S EM APARECIDA
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CONCLUÍNDO
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Nº63. O novo que as CEBs trouxeram foi o fato de oferecerem, dentro da Igreja,
um espaço para o próprio povo simples participar da evangelização da sociedade
através da luta pela justiça. Nesse sentido, as CEBs têm se manifestado como
lugar privilegiado de educação para a justiça e como instrumento de libertação.
Nº72. Para ser membro de uma CEB, não basta, portanto, a prática da justiça. É
preciso mais, é preciso explicitar essa prática na pessoa e na obra de Cristo.
Igualmente, não basta a uma CEB promover os valores do Reino. Para ser fiel à
sua identidade, essa promoção tem de guardar uma relação constante e explícita à
pessoa e missão de Jesus Cristo, Filho de Deus, e seu mistério pascal, através do
qual se deu a instauração do Reino de Deus na humanidade.
Nº79. Isso não quer dizer, porém, que as CEBs sejam um novo movimento de
leigos. A CEB não é um movimento, é nova forma de ser Igreja É a primeira
célula do grande organismo eclesial ou, como diz Medellín, “a célula inicial de
estruturação eclesial”. Como Igreja, a CEB guarda as características
fundamentais que Cristo quis dar à comunidade eclesial. A CEB é uma maneira
nova de realizar a mesma comunidade eclesial que é o Corpo de Cristo. Por isso
mesmo, o ministério pastoral ou hierárquico faz parte da CEB.
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Nº80. Para as CEBs, portanto, não basta que, como qualquer movimento cristão,
estejam unidas a seus Bispos e padres. As CEBs são células do corpo eclesial e
por isso, guardam laços de natureza mais íntima no relacionamento com os
pastores que, em nome do Senhor, estão à frente das Igrejas. Isso não suprime a
justa autonomia das CEBs no desenvolvimento de sua vida e missão própria, mas
acarreta especiais exigências de comunhão e corresponsabilidade eclesial.