DA SAGRADA ESCRITURA ELENCO NORMATIVO DOS LIVROS SAGRADOS
Tema que diz respeito ao
reconhecimento dos livros inspirados do A.T. Os livros do N.T. foram sempre aceite como inspirados por todos. A tradução grega dos LXX
Os Judeus tinham a necessidade de uma
Bíblia em língua grega afim de servir as comunidades dispersas dentro do império romano, que já não falavam a língua hebraica. Por isso, já no fim do 2º séc. antes de Cristo, apareceu uma Bíblia em língua grega: a Bíblia dos LXX (assim chamada porque, segundo a tradição, foi traduzida por 70 sábios em Alexandria de Egipto). A Bíblia dos LXX, continha já os 46 livros do A.T. e foi utilizada pelos primeiros cristãos, e é, praticamente, a Bíblia citada pelos Apóstolos e e redactores do N.T. A definição do Cânon
Depois da destruição do Templo
pelos romanos, em 70 d.C., a comunidade judaica, no Sínodo de Jamnia (finais do 1º séc. d.C.) quis “definir” o cânon dos livros sagrados,
Aceitou só os livros escritos em língua hebraica e excluiu os 7
livros escritos em língua grega: Judite, Tobias, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, 1º e 2º Macabeus, os capp. 13 e 14 do Profeta Daniel; os capp. 11 e 16 do Livro de Ester. No séc. XV os protestantes adoptaram o cânon hebraico, ou cânon curto. A igreja Católica continuou a utilizar o cânon dos LXX, chamado também cânon alexandrino o cânon longo. A Igreja Católica, depois de se ter pronunciado várias vezes sobre a lista dos livros da Bíblia, chegou a definir a cânone dos Livros sagrados no Concílio de Trento (1542- 1563). LXX e VULGATA
Um ponto referencia importante para a
Igreja Católica, depois da Bíblia grega dos LXX, foi a tradução latina, chamada VULGATA, feita por S. Jerónimo (séc. IV d.C.), utilizada pela mesma Igreja Católica até aos nossos dias. Pela Igreja Católica, os 7 livros chamados chamados “Deuterocanonicos” são divinamente inspirados como todos os outros livros da Sagrada Escritura. Os 27 livros do Novo Testamento são aceites sem acepções quer pela Igreja Católica, quer pelas confissões protestantes.