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Ferramentas 03
Usando o Multímetro 11
2
Usando a Lâmpada Teste para saber se tem energia na tomada 13
Cabo Oxidado 15
Instalando o chuveiro 26
Interruptores 35
Disjuntores 42
Reparos Hidráulicos 46
Torneira pingando 46
Informações do autor 57
Chaves de fendas/Philips
Testador de energia elétrica
Jogo de alicates (corte, bico, descascador e universal)
Multitestes
Fita isolante
Estilete
O testador de energia elétrica e o multímetro podem ser substituído por uma lâmpada teste
como ilustrado abaixo.
Ferramentas Básicas para Hidráulica
Além de todas as outras ferramentas citadas anteriormente, estas listadas abaixo vão facilitar
sua vida nos reparos hidráulicos.
Estas ferramentas, bem como pregos, buchas e parafusos são importantes para reparos em
furos em paredes, reparo em madeira e outros afins.
Entendendo a rede elétrica residencial
Entender como funciona a rede elétrica residencial
é muito importante, iremos abordar aspectos sobre
o sistema de distribuição de energia doméstico e
entender alguns conceitos importantes. Toda
instalação elétrica deve seguir as recomendações da
Norma Brasileira ABNT NBR 5410 – Instalações
Elétricas de Baixa Tensão. Na cidade de Jundiaí, a
Eletropaulo é a Concessionária que distribui a
energia que chega em nossas residências. Em outras
regiões ou cidades basta verificar na sua conta de
luz qual a Companhia responsável. Em muitas 6
cidades a energia elétrica chega em nossas casas de modo aéreo nos postes de rua através de 4
fios, sendo 3 fases e 1 neutro. Dependendo do porte e necessidade da sua residência, a
instalação que chega ao seu quadro geral (onde fica o relógio que mede o consumo de energia)
poderá ter:
A quantidade de fases que chegam ao seu imóvel pode ser observada bastando abrir a porta do
quadro de distribuição, que costuma ficar dentro da residência, e olhar qual o tipo de disjuntor
ou fusível que protege o(s) fio(s) da entrada. Existem diversos tipos de disjuntores conforme a
quantidade de fases e da corrente elétrica por exemplo: Disjuntor monofásico de 20Ampére,
Bifásico de 30A, Bifásico de 50A, Trifásico de 50A, cada um indicado para proteger e limitar a
quantidade de energia que chega na casa.
Após o disjuntor, a energia é distribuída aos pontos de consumo através de circuitos. Cada
circuito alimenta lâmpadas, tomadas e equipamentos. Em função da carga desses pontos de
consumo, somado a outros fatores previstos na Norma como a quantidade de circuitos num
eletroduto, é que são dimensionados os fios e cabos dos circuitos e os disjuntores de proteção
de cada circuito. Sendo o projeto bem dimensionado, e utilizado conforme previsto, não coloca
seu imóvel em risco de incêndio. Por essa razão que não se deve “puxar” mais tomadas em
circuito já existente sob o risco de sobrecarregar e esquentar o sistema podendo gerar um
incêndio. O mais sensato seria criar um novo circuito em novo eletroduto. Equipamentos que
funcionam com resistência elétrica costumam consumir muita energia como os chuveiros
elétricos, ferros de passar roupa, secador de cabelo necessitando um circuito exclusivo.
A energia elétrica embora invisível, se percebe através da luz e do calor que provoca nos
materiais. Esses efeitos somente são possíveis devido a Tensão elétrica e a Corrente elétrica. A
Tensão é a força que empurra a energia pelo fio ou cabo de eletricidade e a Corrente é o
movimento organizado dessa energia. A Tensão é medida em Volt (V) e a Corrente em Ampére
(A). Entendido isso, as grandezas elétricas começam a fazer mais sentido! Por padrão, a Tensão
no Rio de Janeiro é 127 volts enquanto em outras cidades pode ser 220 volts. Quando ligamos
um equipamento que foi feito para funcionar em 110 volts na rede de 220 volts o resultado é a
queima por excesso de “força” da rede. Já o contrário, ligar aparelho 220v em rede de 127v não
queima o dito cujo mas também não funciona. Existem no mercado equipamentos bivolt, isso
é: funcionam em qualquer rede pois possuem um adaptador interno.
Nessa equação de grandezas elétricas, falta falarmos na Potência que nada mais é que o
resultado da Tensão pela Corrente e cuja medida é o Watt (W). Por norma, todos os
equipamentos elétricos trazem escrito a sua Potência ou carga de funcionamento como os
chuveiros elétricos que consomem 5400 watts por exemplo. Assim, um chuveiro de 5400w
numa rede de Tensão 127v necessitaria de uma Corrente de 42,51 A, mas o mesmo chuveiro de
5400w numa rede de 220v consumiria 24,54 A. E o que significa isso? Uma instalação mais
econômica em 220 v pois usaria fios mais finos e disjuntores menores que a instalação de 127 v
Todo imóvel deveria possuir como documentação básica a planta de suas instalações. Em sua 7
ausência, embora trabalhoso, é possível até para leigos fazer o esquema de sua instalação.
Procuramos simplificar as explicações sobre as grandezas elétricas visando atingir o público leigo
nesse assunto tão importante. Compreendendo essas três grandezas seremos capazes de
entender o funcionamento das instalações elétricas de sua casa.
Vamos nos ater aos casos dos imóveis residenciais, sejam apartamentos ou casas. Assim, a
instalação elétrica de uma residência normalmente é composta de:
Todo este conjunto deve ser dimensionado e instalado conforme as prescrições contidas na
Norma Brasileira. Mas eu devo conhecer a Norma? Como usuário não, mas deve saber que toda
instalação deve atender aos seus requisitos e que qualquer profissional que se intitule
eletricista, deve possuir um mínimo de conhecimento técnico para ser capaz de fazer reparos
de maneira responsável, nos componentes do sistema elétrico da residência.
Ligação das Lâmpadas e Tomadas
No exemplo acima, sendo a lâmpada 220V a ligação será feita usando as duas fases.
Fases
Neutro
Ligação de
tomadas
110V 220V
110V e 220V
Principais defeitos em conexões
de tomadas e lâmpadas
Antes de mexer na tomada, desligue o disjuntor correspondente à área da casa onde se vai
trocar a tomada, isso vai evitar alguns choques indesejados.
Use os equipamentos de segurança como óculos de proteção entre outros para evitar acidentes.
O uso de um equipamentos com maior consumo de corrente que a tomada suporta pode causar
o superaquecimento da tomada e o derretimento do suporte plástico da tomada ou do plugue
que está ligado na tomada.
Antes de mexer na tomada, desligue o disjuntor correspondente à área da casa onde se vai
trocar a tomada 9
O que é um curto-circuito?
Para sabermos como identificar um curto em uma residência, primeiro é preciso saber o que é
um curto-circuito e quando ele ocorre.
Existem diferentes maneiras de um curto se manifestar. Uma das maneiras principais é quando
dois polos energizados entram em contato. Ou seja, de forma simples, é quando dois fios estão
encostando um no outro e fechando um curto. Esse problema geralmente causa danos
imediatos e é fácil de se resolver, já que causa faíscas e pode até mesmo queimar o plástico que
envolve os cabos.
Casos menos conhecidos, mas que são até mais comuns, é quando a rede ou equipamento está
sofrendo curto por uma alta de carga. Isso quer dizer que, por diferentes fatores, uma instalação
elétrica está sofrendo estresse por ter que lidar com mais consumo do que ela foi criada para
operar.
Infelizmente, essa é a parte difícil do problema! Você pode notar diversos sinais que acusam um
curto na rede.
Se você desconfia de algum problema de curto na rede elétrica, desligue todos os disjuntores e
observe o relógio. Se ele continuar registrando consumo, existe fuga de corrente nos disjuntos
ou então no fio principal.
Um rápido descuido ao lidar com a rede elétrica residencial é o suficiente para causar graves
acidentes. Por isso, tome sempre muito cuidado e use equipamentos de segurança.
Você vai encontrar o ponto que apresenta curto-circuito através de uma lâmpada de teste. A
lâmpada é colocada em paralelo com o disjuntor que está desarmando. Depois você vai
desconectando o condutor fase em todas as conexões reguladas pelo disjuntor.
Quando a lâmpada apagar ou ficar com um brilho reduzido, terá encontrado o ponto em que
ocorre o curto. Existe também o uso de equipamentos como o multímetro e medidor de
temperatura para poder encontrar o local do problema.
O curto pode acontecer por causa de desgaste da rede elétrica ou por mau uso. Para evitar o
segundo caso, basta evitar a sobrecarga de tensão dentro da residência. Utilize filtros de linha
ao invés de benjamins (T) e nunca ligue muitos equipamentos em um único ponto.
Testando a energia das tomadas usando o
multímetro e a lâmpada teste
Usando o Multímetro
Também conhecimento pelo nome de Multitester, o Multímetro é um equipamento bastante
utilizado no setor industrial, assim como em vários outros setores, para fazer a medição de
diferentes tipos de grandezas elétricas.
Multímetro: O que é?
Para estabelecer qual é o tipo de medição que deve ser realizada com o Multímetro, basta
acionar uma chave rotativa que existe neste aparelho e escolher a medição que deseja fazer.
Será que a tomada é 110 ou 220? Será que está funcionando (e corretamente)? Será que a
pilha ainda está boa ou já está na hora de trocar? E a lâmpada? Essas e muitas questões
podem ser respondidas através do uso de um equipamento barato (pode ser adquirido em
casas de material de construção, sendo o modelo da foto abaixo um dos mais baratos) e uso: o
multímetro. Veja mais sobre suas características e usos a seguir.
Os multímetros são vendidos com duas ponteiras (também chamadas pontas de prova), que
são dois fios (um preto e um vermelho) com pontas de metal. A preta deve ser conectada no
ponto do multímetro indicado com GND ou COM (este é o chamado “terra”). A ponta de prova
vermelha pode ser ligada em outras entradas, mas para a maioria das medidas realizadas, a
ligação é feita no ponto indicado com V-W-mA.
Uma chave rotativa é usada para selecionar o tipo de medida elétrica a ser feita:
Por exemplo, V – Tensão DC/AC – função conhecida como voltímetro (mede volts), Tensão
A/C (tensão alternada) tipo de tensão da rede elétrica, D/C (tensão contínua) tipo de tensão de
pilhas, baterias e fontes de alimentação como as de um notebook.
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Medir tensão da tomada (“110V ou 220V?”) – colocar cabos (preto no COM e vermelho em V-
W-mA), girar disco para corrente alternada (AC), usar escala no maior valor disponível (750 V,
por exemplo), encostar as partes de metal das pontas de prova no metal do interior da tomada,
uma em cada buraco. O valor que aparecer no mostrador é a medida de tensão. Pode não
marcar exatamente o valor porque a rede elétrica não é constante – pode inclusive mostrar que
a tensão está muito abaixo do que o normal, e que os aparelhos estão funcionando com tensão
abaixo da qual foram projetados e serem danificados a curto ou médio prazo.
Medir tensão da pilha (“será que a pilha está boa?” ou “será que a bateria do carro está
descarregada?”) – colocar cabos (preto no COM e vermelho em V-W-mA), girar o disco para
corrente contínua (DC), usar escala em 20 V, encostar as partes de metal das pontas de prova
no metal das pontas da pilha. O valor que aparecer no mostrador é a medida de tensão. Pode
não marcar exatamente o valor porque existe uma incerteza na medida. Se estiver perto do
valor nominal (1,5V, 5V, 9V, 12V no caso da bateria do carro, etc), está OK; valor muito baixo
indica que está na hora de trocar.
Usando a Lâmpada Teste para saber se tem energia na tomada
A Lâmpada Teste nada mais é do que um dispositivo que ascende quando existe tensão
elétrica no local testado.
Podemos utilizar o Multímetro, mas na falta dele a Lâmpada Teste faz a mesma função de
saber se existe energia elétrica no local.
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Colocando as pontas da lâmpada teste em contato com os fios ou pontos onde deseja saber se
existe energia elétrica (tensão elétrica), a lâmpada teste vai ascender se houver energia neles.
Caso não ascenda, este ponto ou cabos não estão energizados.
Algumas tomadas funcionam e outras não.
Qual a causa? O que fazer?
Algumas tomadas funcionam e outras não: entenda e resolva!
Os circuitos elétricos são como o corpo humano: seu perfeito funcionamento depende da
conexão de uma série de peças interligadas, e se uma delas é danificada ou está funcionando
inadequadamente, parte do sistema ou todo ele pode ficar prejudicado.
Então, antes de pensar em como resolver, é necessário saber quais por que algumas tomadas
funcionam e outras não.
Defeito na tomada
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O defeito pode ser na tomada em si – nesse caso, basta trocar a peça. Mas pode ser que o
problema esteja na instalação e, se for isso, ao retirar a tomada você notará que algum fio está
solto ou mesmo faltando e em muitos casos um “mau contato” por um tipo de
ferrugem/umidade chamado de “zinabre” pode estar causando o problema. Não esqueça de
desligar o disjuntor antes de fazer essas verificações, para não correr o risco de sofrer um choque
elétrico!
Para resolver este problema, basta limpar bem a conexão, passar um “super lub” lubrificante e
isolar bem com fita isolante se for uma emenda de fios ou apertar bem se for conexões com
bornes ou parafusos.
Se alguma tomada parar de funcionar, verificar os disjuntores pois algum pode estar desarmado,
pelos motivos citados acima. Se isto estiver ocorrendo constantemente, verificar se algum
aparelho com alta capacidade está sendo ligado nesta tomada, excedendo a capacidade do
disjuntor, e ai acontece o desarme do mesmo ou na linha desta tomada existe uma fuga de
corrente elétrica por conexões ou emendas com zinabre ou mesmo fios soltos por estarem mau
conectados.
Circuito aberto
Para que a corrente elétrica passe pelos fios, é necessário que eles estejam interligados e
funcionando. Fios soltos ou rompidos podem ser o porquê algumas tomadas funcionam e outras
não. Nesse caso, é preciso verificar as conexões para resolver o problema.
Curtos-circuitos
Esses são os motivos para que uma, várias ou até mesmo todas as tomadas não funcionem. Se 15
você está com esse problema e se perguntando o que pode ser, precisa analisar se ocorreu
alguma das coisas citadas acima.
No primeiro fio (branco) ele está muito oxidado e causa além do mau contato uma fuga de
corrente elétrica. Neste caso, esta conexão precisa ser refeita, cortando esta ponta e
refazendo a ligação dos fios.
Se for possível estanhar com ferro de solda a conexão e depois isolar bem com fita isolante
bem apertada.
Existe também conectores, e fazer uma boa conexão de cabos evitam o mau contato.
Tipos de conectores para emendas de cabos.
Existem vários tipos de conectores para emendas de cabos.
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Este acima é o conector tipo canoa e existe um bem parecido tipo sindal.
De forma resumida, podemos dizer várias razões, mais quando você percebe o fio do chuveiro
cheirando, queimado ou esquentando muito ao ponto de derreter são as seguintes:
Problema nas conexões elétricas, que não foram feitas da maneira adequada
Dimensões dos fios condutores inapropriadas
Fiação elétrica antiga ou simplesmente não é de qualidade
Com toda certeza, pois significa que há algo de errado na fiação, o que requer o reparo imediato
a fim de evitar um possível curto circuito e a queima do equipamento, por exemplo. No pior dos
casos, dependendo de como for, você pode acabar até mesmo com o banheiro incendiado caso
não haja um disjuntor no local.
É fato que grande parte das pessoas acaba fazendo o que são chamadas “emendas de
prolongamento” nos cabos do chuveiro, não apertando direito (deixando com folga). Como
resultado, temos o fio do chuveiro derretendo porque, devido a essa emenda mal feita, o cabo
não aguenta a quantidade de corrente elétrica.
Vamos descobrir qual é a relação entre essas grandezas e os aparelhos elétricos presentes em
nosso dia-a-dia.
A maioria dos chuveiros funciona sob tensão elétrica de 220 V e com duas possibilidades de
aquecimento: inverno e verão. Cada uma delas está associada a uma potência.
O circuito elétrico do chuveiro é fechado somente quando o registro de água é aberto. A pressão
da água liga os contatos elétricos através de um diafragma. Assim, a corrente elétrica produz o
aquecimento no resistor. Ele é feito de uma liga de níquel e cromo (em geral com 60% de níquel
e 40% de cromo).
Observe que o resistor tem três pontos de contato, sendo que um deles permanece sempre
ligado ao circuito.
Na ligação verão usa-se um pedaço maior desse mesmo fio, enquanto a ligação inverno é feita
usando-se um pequeno trecho do fio.
Mas, se for necessário, você poderá regular a temperatura da água abrindo mais ou fechando o
registro da água: quanto menos água, mais aumenta o aquecimento.
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CHUVEIRO NÃO ESQUENTA COMO RESOLVER – PARTE 1
Dois fatores vão influenciar o banho quente: a vazão de água e a potência do chuveiro.
A vazão é a quantidade de líquido que sai pelos buraquinhos da ducha. Quanto maior a vazão,
mais fria a água, isso porque a resistência elétrica vai ter que aquecer uma quantidade maior de
líquido. Talvez a vazão ainda esteja muito alta.
Também se a água entrar gelada, vai sair menos quente. Por exemplo, se o chuveiro sobe a
temperatura em 30 graus Celsius e a água entrar a 10°C, o banho será a 40°C. Já se a água estiver
a 20°C, atingirá 50°C.
Tem chuveiro que tem uma baixa eficiência, ou seja, apesar de ter uma potência alta, tem muita 20
perda de calor. Isso você pode ver na etiqueta de eficiência que vem no chuveiro.
O problema:
No tempo frio, seu chuveiro não esquenta, obrigando-o a fechar o registro de água para que ela
atinja uma temperatura razoável e então seu banho se transforma num banho de pingos. Na
meia estação, você não consegue a temperatura ideal, pois na posição “verão”, a água fica fria
demais, e na posição “inverno” ele esquenta demais.
Na época um pouco mais quente, a coisa se complica: ou você toma um banho completamente
frio, desligando o elemento de aquecimento, ou se arrisca a ser cozido, pois mesmo na posição
de “verão” a água esquenta demais.
Outra situação:
No prédio em que você mora, chuveiros de três andares diferentes, mesmo sendo da mesma
marca e tipo, se comportam de maneiras completamente distintas
Todos esses problemas podem ser contornados, se ao instalar um chuveiro estivermos atentos
para alguns pormenores técnicos bastante fáceis para o leitor que gosta de Eletricidade.
O FUNCIONAMENTO DO CHUVEIRO
Um chuveiro comum possui uma câmara onde a água penetra e entra em contato com um 21
elemento de aquecimento (resistência) ligado à rede de energia.
A corrente somente pode passar pelo elemento de aquecimento, ligando-o à rede de energia,
quando o registro for aberto e a água pressionar uma peça denominada diafragma, conforme a
figura
b) O segundo fator a ser considerado é o fluxo de água que passa pelo chuveiro. Se mais água
passar pelo elemento, ele deve produzir mais calor para obter a mesma temperatura final.
Assim, se tomarmos como exemplo dois chuveiros de mesma potência, veremos que aquece
menos o que está ligado num local onde a pressão da água é maior e, portanto, seu fluxo maior.
O recurso de fechar levemente o registro para aumentar a temperatura da água é consequência
desse fator.
c) Outro fator a ser considerado é a temperatura inicial da água. Se a água estiver muito fria
precisamos de uma quantidade maior de energia ou maior potência, para chegar à mesma 22
temperatura do final do que se a água estiver menos fria, observe a figura
Mas apesar de existirem muitos tipos, a maioria dos usuários ainda continua fazendo a escolha
como se não houvesse opções.
a) A primeira variável levada em conta é a pressão da água, e mesmo os tipos mais simples de
chuveiro possuem recursos para sua adequação.
Assim, encontramos um meio de diminuir a vazão no caso de locais de maior pressão. Quando
o chuveiro não aquece o suficiente: uma pequena arruela diminui o diâmetro da entrada da
água
23
Colocando um redutor de vazão
Se o chuveiro for instalado num local elevado, muito próximo da caixa de água, quando a pressão
é pequena, havendo necessidade de aumentar a entrada de água para manter a vazão, a arruela
estreitadora é retirada, o que está detalhado na figura.
Para maior vazão o chuveiro deve ser usado sem a arruela estreitadora
No entanto, no andar térreo de um prédio, onde a caixa de água se encontra muito elevada e
portanto, a pressão é alta, a arruela deve ser usada para diminuir a vazão e manter o
aquecimento.
Perceba o leitor que a pressão e portanto, a vazão, dependem da diferença de altura entre o
reservatório de água e o chuveiro. Em muitos casos, deve ser considerada a possibilidade de
elevar a caixa de água para obter maior vazão, mas esta não é a única saída. A figura 7 mostra o
que acontece.
A quantidade de calor que um chuveiro gera e portanto, sua capacidade de aquecer a água é
medida em watts.
Não importa se o chuveiro funciona na tensão de 110 V ou 220 V, pois o que determina o
aquecimento é o número de watts.
Quando a chave inverno/verão é acionada, estamos alterando o número de watts que estão 24
sendo convertidos em calor no elemento de aquecimento.
Neste caso, temos duas opções apenas que, conforme vimos, dependendo das outras variáveis,
podem apresentar problemas.
Logo, dependendo da pressão da água (fluxo) e da temperatura média do local, o chuveiro deve
ter uma potência apropriada. A maioria dos fabricantes oferece chuveiros numa boa faixa de
potências ou capacidades de aquecimento.
Assim, na caixa dos chuveiros, encontramos diversas opções de potência que o usuário deve
levar em conta em função da pressão da água em sua casa e da temperatura média de sua
região.
Para uma localidade mais quente, com invernos amenos, pode ser usado um chuveiro de menor
faixa de potência: 2 000 a 4 000 W.
No entanto, para uma localidade com invernos rigorosos a potência deve ser maior, desde que
o fluxo de água seja normal.
Observe que os chuveiros que operam na rede de 110 V alcançam uma potência máxima menor
do que os que operam na rede de 220 V, por motivos de intensidade de corrente que já
explicamos em outros itens.
Um exemplo pode ser dado em função das características dos chuveiros LORENZETTI com 4
temperaturas:
Potência mínima: 0
Potência mínima: 0
Potência mínima: 0
Isso significa que a espessura do fio que vai alimentar um chuveiro deve ser compatível com a
intensidade de corrente que ele exige, tanto para que seu funcionamento seja normal como por
medidas de segurança.
Um fio muito longo e fino para um chuveiro pode apresentar uma resistência elevada o bastante
para que parte da potência elétrica que deveria ser entregue ao circuito se converta em calor.
Os fios têm a espessura mínima indicada de acordo com a potência e tensão do chuveiro.
Da mesma forma, o fusível ou disjuntor tem sua corrente de abertura dada pela potência e
tensão do chuveiro, conforme as seguintes características gerais:
Para o fio terra podemos usar um condutor mais fino da forma que já explicamos no item
correspondente (ver a importância do fio terra). Será interessante usar um fio de cor diferente,
para maior facilidade de identificação em relação ao da alimentação (fase e neutro).
INSTALANDO O CHUVEIRO
Em primeiro lugar devemos desligar a rede de alimentação para o setor que vai receber o
chuveiro.
Encaixamos o chuveiro na rosca apropriada usando fita veda-rosca de modo a evitar vazamentos
de água
Devemos prever antes dessa operação, de acordo com a pressão da água, se vai ou não ser
necessário usar a arruela redutora de fluxo. Para locais com muita pressão, a arruela redutora
deve ser colocada de modo a reduzir o fluxo de água, pois, caso contrário, a potência do chuveiro
pode ser insuficiente para obter um bom aquecimento.
Para fazer as ligações dos fios devemos usar terminais com parafusos do tipo mostrado na figura
27
Descasque as pontas dos fios e encaixe-as nos furos dos terminais que devem estar com os
parafusos previamente e parcialmente desapertados.
Encaixando os fios é só apertar, para que se garanta uma boa conexão elétrica.
Não se recomenda a emenda simples de fios enrolados e depois protegidos com fita isolante
(figura) por diversos motivos.
O primeiro é que este tipo de emenda não garante um bom contato permanentemente. A
umidade do local de funcionamento do chuveiro faz com que se forme facilmente uma capa de
óxido no fio, que afeta o contato e em pouco tempo pode ser produzido calor adicional que
prejudica definitivamente o contato. O fio acaba por aquecer e até sua capa de plástico derrete
com o perigo de curto-circuito.
O segundo motivo é que a umidade faz também com que a fita isolante escape com o tempo,
prejudicando o isolamento e gerando o risco de um curto-circuito.
O isolamento deficiente também expõe o usuário a um choque, o que nas condições de alta
tensão e corrente em presença de umidade é extremamente perigoso, conforme já vimos.
c) Completada a instalação, antes de ligar a alimentação na chave geral, abra o registro de água,
deixando-a escorrer por alguns instantes.
Isso é importante, porque se a alimentação elétrica do chuveiro for ligada quando o seu
reservatório interno ainda estiver seco, o aquecimento do elemento interno será muito grande
e consequentemente sua dilatação, podendo ocorrer a queima do mesmo.
O elemento interno só pode receber corrente se estiver imerso em água, daí a necessidade de
encher antes o chuveiro, com a abertura do registro.
d) Podemos passar agora à operação seguinte, que consiste em ligar a chave de alimentação do
setor em que está ligado o chuveiro.
A água deve correr e ser produzido o ruído característico do aquecimento. Em poucos segundos
a água deve atingir sua temperatura normal, para a qual o chuveiro foi ajustado.
Caso o aquecimento não seja o esperado, devem ser feitas as seguintes alterações :
a) Verificar a vazão da água com eventual retirada ou colocação da arruela de limitação de fluxo
28
na rosca.
USANDO O PRESSURIZADOR
Um problema que acontece em muitos locais é que a pressão da água é insuficiente para a
obtenção de um bom fluxo, o que leva a um “banho de pingos” mesmo sem a arruela de
limitação da água.
Isso ocorre, por exemplo, em sobrados, onde o segundo andar não tem boa pressão da água
devido à sua proximidade do reservatório de água.
Numa residência, com estas condições, o chuveiro do segundo andar não tem boa pressão, com
um fluxo de água pobre e um aquecimento excessivo.
Uma maneira de superar os problemas de falta pressão, obtendo um bom fluxo de água, é com
o uso de um pressurizador.
Existem chuveiros que já incorporam este pressurizador, mas também existe o pressurizador
separado que pode ser usado com qualquer chuveiro comum
Um pressurizador nada mais é do que uma bomba de água alimentada pela mesma energia que
alimenta o chuveiro. Esta bomba pressiona a água que vai para o chuveiro, somente no
momento em que ele é ligado
29
A ligação do pressurizador.
c) Colocamos o pressurizador na rosca, que deve ter uma fita veda-rosca para evitar vazamentos.
f) Antes de ligar a alimentação dos dois dispositivos, abrimos por alguns instantes a água de
modo a encher a cavidade em que se encontra o elemento de aquecimento do chuveiro.
Fechamos o registro depois disso.
Observamos que o consumo de energia do motor do pressurizador é bastante baixo, menor que
1/10 da potência do próprio chuveiro, de modo que o usuário não precisa se preocupar com um
aumento no gasto de energia elétrica (pode haver aumento no consumo de água, por motivos
óbvios) e nem com o redimensionamento dos fios da instalação.
Também é importante notar que as caixas dos pressurizadores são de plástico, o que garante
uma boa segurança contra choques, em caso de toques acidentais.
Estes dispositivos nada mais são do que dimmers de alta potência que, por meio de um circuito
eletrônico, podem usar potenciômetros de baixa corrente.
Assim, controlando o ângulo de condução da corrente alternada, esses dispositivos podem dosar
linearmente a potência aplicada ao chuveiro, e com isso sua temperatura.
A vantagem para o usuário é grande: a temperatura da água pode ser ajustada rigorosamente,
sem alterar seu fluxo.
Veja que, diferentemente disso, nos chuveiros comuns o que fazemos é selecionar uma
determinada faixa de temperaturas e depois ajustar a temperatura exata pelo fluxo de água,
atuando no registro. Com o dimmer ou controlador de potência, isso é feito por meio de um
potenciômetro e não pelo fluxo de água. A instalação destes controles é simples, pois basta
intercalá-los entre o chuveiro e os fios de alimentação
a) Desligar a alimentação geral do chuveiro para evitar o perigo de choques durante a operação
de instalação.
b) Desligar os fios do chuveiro e intercalar o controle de potência. Para isso devemos desapertar
os parafusos dos bornes de conexão para que os fios encaixem perfeitamente.
Depois apertamos cuidadosamente cada um dos bornes da ponte de terminais para obter o
melhor contato.
Se a água sai fria em qualquer posição do controle de temperatura, não havendo o ruído
característico do funcionamento do chuveiro, temos então um problema a ser resolvido.
O problema pode estar na instalação como, por exemplo, a abertura de um fusível ou disjuntor,
ou no próprio chuveiro, que pode estar com sua resistência interrompida (queimada).
Procedimento 1:
Ligamos os fios da lâmpada de prova (com cuidado) nos terminais de alimentação do chuveiro,
conforme mostra a figura
c) Se a lâmpada não acender, então o problema está na instalação. Vá até a caixa de distribuição
e verifique os fusíveis ou disjuntor, conforme procedimento já explicado.
d) Se o fusível ou disjuntor estiverem abertos e com sua troca ou rearme o chuveiro voltar ao
normal, o problema está resolvido. No entanto, se isso não acontecer, passe ao procedimento
2, pois o problema está no chuveiro.
Procedimento 2:
Este fio não pode ser emendado, pois além da solda comum não “pegar”, a simples emenda por
torção não serve, pois a dilatação e contração durante o funcionamento fariam com que o ponto
emendado escapasse facilmente. A única solução é a troca do elemento de aquecimento.
Para as chamadas “duchas”, a troca é ainda facilitada pelo fato da resistência nova vir em
suporte encaixável
O elemento novo pode ter as mesmas características do original ou ser mudado, caso o usuário
deseje um comportamento diferente para seu chuveiro. Na verdade, este seria o momento ideal
para conseguir um funcionamento melhor do chuveiro, caso o obtido até então não lhe agrade.
Se desejar um aquecimento maior, utilize um elemento de maior potência, ou seja, com a
resistência “mais curta”.
c) Feche o chuveiro e abra o registro de água por um instante para enchê-lo de água.
a) Desligue a chave de distribuição de energia, para não haver qualquer perigo de choque
durante o trabalho.
b) Abra o chuveiro com cuidado e retire a base de porcelana em que está enrolado o elemento
de nicromo. Em alguns tipos, esta base sai juntamente com o diafragma e os contatos
c) Retire o elemento que está queimado, cortando com um alicate suas partes presas para não
perder tempo.
d) Coloque o elemento novo que deve ter características semelhantes ao original ou de acordo
com o permitido, para serem obtidas novas características de aquecimento (mais curto ou mais
comprido).
A espiral do fio de nicromo deve estar muito bem encaixada nos sulcos da base de porcelana e
bem esticada.
Durante o funcionamento, quando esta espiral se aquece ela se dilata. Se não estiver bem
esticada, ela pode escapar dos sulcos e encostar nas espirais adjacentes provocando curto-
circuito e a sua própria queima.
Você vai precisar de: chave de fenda, fita veda-rosca, fita isolante e, é claro, um chuveiro
elétrico novo!
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2- Certifique-se que as torneiras do chuveiro estão bem fechadas. Para garantir, feche o registro
de água. Retire a fita isolante de todos os fios do chuveiro.
3- Com uma chave de fenda, desconecte os fios que ligam o chuveiro à rede elétrica. São 3 fios:
dois para a rede elétrica e um fio terra (fio obrigatoriamente verde que serve para evitar
choques no banho, pois a água é condutora de eletricidade).
4- Desrosqueie o chuveiro antigo do cano. Nessa hora, segure com uma das mãos o cano que
sai da parede, para evitar que ele quebre.
5- Passe a fita veda-rosca no cano que sai da parede e no aparelho novo (passe 8 voltas de fita
no sentido horário) e instale o novo chuveiro. A fita veda-rosca evita vazamentos.
6- Com a ajuda da chave de fenda, parafuse os novos fios no conector de fios (aperte bem
porque se ficar pouco apertado o fio esquenta e derrete ou desliga o disjuntor). Use fita isolante
para vedar todas as conexões. A fita isolante evita choques.
Importante: Antes de ligar a chave geral, abra o chuveiro e deixe a água fria escorrer por um
minuto para não queimar a nova resistência. Confira se não há vazamentos por má vedação.
– Use tênis ou sandálias com sola de borracha quando mexer com aparelhos elétricos. Nunca
trabalhe descalço.
Interruptores
Interruptores são dispositivos de manobra que permitem abrir, fechar ou comutar um circuito
elétrico. Geralmente são utilizados em circuitos de iluminação nas instalações elétricas prediais.
INTERRUPTOR SIMPLES
O interruptor simples é utilizado para ligar e desligar lâmpada (s) em um único ponto de
comando. Ele possui como características elétricas principais 10 A 250 V. 35
A Figura abaixo ilustra um dos diversos modelos encontrados no mercado. Devido ao formato
de sua tecla, ele é chamado de interruptor tipo gangorra.
É possível visualizar que o interruptor simples possui apenas dois parafusos, ou pontos de
conexão elétrica. De acordo com a NBR5410, é mandatório que o ponto central receba o fio fase
do circuito e o ponto superior extremo receba o fio de retorno do circuito.
A Figura abaixo apresenta o esquema funcional para um circuito com interruptor simples e
lâmpada incandescente. Vale destacar que a cor vermelha refere-se ao fio fase e a cor amarela
refere-se ao fio retorno. Além disso, repare que os fios neutro e terra do circuito estão dispostos
diretamente na carga (lâmpada incandescente).
A próxima Figura apresenta o esquema multifilar para um circuito com interruptor simples e
lâmpada incandescente.
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Para finalizar todas as formas que temos de representação, a Figura abaixo apresenta o esquema
unifilar para um circuito com interruptor simples e lâmpada incandescente.
INTERRUPTOR PARALELO
O interruptor paralelo é recomendado quando se deseja comandar lâmpada (s) em dois pontos
de comando distantes entre si. Assim como o interruptor simples, já apresentado, o interruptor
paralelo possui como características elétricas principais 10 A 250 V.
É possível visualizar que o interruptor paralelo possui três pontos de conexão elétrica.
Novamente, de acordo com a NBR5410, é mandatório que o ponto central receba o fio fase do
circuito e os outros dois pontos, inferior e superior, recebam fios de retorno do circuito,
conforme será ilustrado na Figura a seguir.
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A Figura a seguir apresenta o esquema multifilar para um circuito com interruptores paralelos
e lâmpada incandescente.
Repare que na conexão interconexão entre os interruptores são utilizados dois fios de retorno,
além do fio retorno que se conecta com a lâmpada no circuito, ou seja, em um circuito com
interruptores paralelos utilizamos 3 fios de retorno.
INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO
O interruptor intermediário é indicado quando se deseja comandar lâmpada (s) em três ou mais
pontos de comando distantes entre si, como em corredores, escadarias, etc.. Instala-se o
interruptor intermediário sempre entre dois interruptores paralelos. Assim como os demais
interruptores já apresentados, o interruptor intermediário possui como características elétricas
principais 10 A 250 V.
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Note que o interruptor intermediário possui quatro pontos de conexão elétrica. Como ele é
instalado entre interruptores paralelos, é como se pegássemos a instalação da Figura do
interruptor em paralelo e cortássemos os fios de retorno entre os paralelos e adicionássemos o
interruptor intermediário nesse ponto. Assim, o interruptor intermediário não possui nenhum
fio fase conectado à ele, apenas fios de retorno, conforme ilustrado na Figura abaixo.
A Figura seguinte apresenta o esquema multifilar para um circuito com dois interruptores
paralelos, um interruptor intermediário e lâmpada incandescente.
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IMPORTANTE: Todos os 3 modelos apresentados até este momento só devem ser utilizados em
circuitos monofásicos (110V / 127V), ou seja, compostos por um fio fase e um fio neutro.
Interruptores para circuitos bifásicos serão apresentados a seguir.
O interruptor bipolar simples é utilizado em sistemas bifásicos (220V) para comandar lâmpada
(s) em um único ponto de comando. Ele possui como características elétricas principais 10 A
250 V.
É possível visualizar que o interruptor bipolar simples possui apenas quatro pontos de conexão
elétrica. Podemos descrever ele como sendo dois interruptores simples acionados por uma
única tecla. Isso ocorre para que ambas as fases sejam interrompidas no circuito, visando
segurança ao trocar uma lâmpada. Ainda, de acordo com a NBR5410, é mandatório que os
pontos centrais recebam os fios fase (vermelho e preto) do circuito e os pontos superiores
extremos recebam os fios de retorno do circuito.
A Figura seguinte apresenta o esquema funcional para um circuito com interruptor bipolar
simples e lâmpada incandescente. Como temos um circuito bifásico, repare que não temos mais
fio neutro, apenas fases, retorno e terra. Em nossa carga (lâmpada incandescente) ficam
dispostos os fios de retorno e o fio terra do circuito.
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A próxima Figura apresenta o esquema multifilar para um circuito com interruptor bipolar
simples e lâmpada incandescente.
INTERRUPTOR BIPOLAR PARALELO
O interruptor bipolar paralelo é utilizado em sistemas bifásicos (duas fases). Instala-se esse
interruptor para ligar e desligar lâmpada(s) em dois pontos de comandos dentro do mesmo
ambiente, como escadarias ou corredores. Assim como os demais interruptores já
apresentados, o interruptor bipolar paralelo possui como características elétricas principais 10
A 250 V. A Figura seguinte apresenta o esquema funcional para o circuito com interruptor
bipolar paralelo e lâmpada incandescente.
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É possível visualizar que o interruptor paralelo possui seis pontos de conexão elétrica. Assim
como ocorre com o interruptor bipolar simples, é como se tivéssemos dois interruptores
paralelos sendo acionados por uma única tecla simultaneamente. Novamente, de acordo com a
NBR5410, é mandatório que os pontos centrais recebam os fios fase do circuito em um dos
interruptores e os outros quatro pontos, inferior e superior, recebam fios de retorno do circuito.
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Um disjuntor pode apresentar uma série de problemas diferentes. Quando esses problemas
surgem é necessário realizar a troca da peça. Porém, é importante saber identificar quando é
necessário a troca do equipamento.
Bom, o problema mais grave que um disjuntor pode apresentar é quando ele para de ligar. Isso
quer dizer que, mesmo quando ele está na posição ligado ele ainda não realiza a passagem de
energia, deixando tudo desligado.
Esse é um problema fácil de ser identificado. Caso a energia elétrica esteja chegando até o
disjuntor normalmente (facilmente medido com chave medidora) mas não está saindo do
equipamento, então ele está queimado.
Outro problema recorrente do disjuntor é quando ele desarma demais. Mas Cuidado! Esse pode
ser sinal de que algo não está certo com a sua rede elétrica.
O disjuntor pode apresentar um defeito mecânico na sua trava, fazendo com que ele desarme
sem o acionamento do sistema de segurança.
Uma maneira de testar se há problema no sistema mecânico do disjuntor é armá-lo e fazer uma
leve pressão na alavanca com o dedo. Se ela desarmar facilmente, então há um defeito no
sistema e ele precisa ser trocado.
Caso ele não desarme durante esse teste então o problema está na rede! O disjuntor está
desarmando porque algo está causando o superaquecimento da peça e ele está fazendo o
trabalho de proteger você e o imóvel.
Não adianta simplesmente trocar o disjuntor nessas situações, é necessário consertar a causa
do problema.
Para trocar um disjuntor você vai primeiro vai precisar das ferramentas para o trabalho.
Felizmente são necessárias poucas coisas. Recomendamos o uso de:
Chave Phillips 43
Luva de proteção
Chave de fenda
Chave de teste
A primeira coisa a se fazer é detectar qual o disjuntor que está apresentando o problema e que
precisa ser trocado.
Uma vez detectado, desligue a chave geral de energia para evitar acidentes. Agora é possível
realizar a troca.
Ao retirar os parafusos o disjuntor vai ser desencaixado de maneira fácil, basta retirá-lo do local.
Coloque o fio de entrada e de saída de energia na peça nova e parafuse. Lembrando de colocar
na mesma posição que estava antes.
Ligue novamente a energia e use a chave teste para ver está tudo como deveria.
Algumas observações:
É importante que o disjuntor novo tenha a mesma capacidade do antigo. De preferência leve o
antigo para a loja onde vai comprar o novo, assim você evita problemas.
Os parafusos dos fios devem estar muito bem apertados. Parafusos frouxos causam mau contato
e superaquecimento, prejudicando os fios, o disjuntor e podendo até mesmo riscos ao imóvel.
Sempre muito cuidado ao realizar reparos dos disjuntores, a energia elétrica é sempre muito
perigosa!
Considerações com
Tomadas Elétricas
Tomada com mau contato e como consertar
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Tomadas que não executam bem o trabalho podem atrapalhar toda a sua rotina, por isso é
importante saber o que está causando o transtorno. Listamos para você alguns dos motivos
relevantes pelos quais sua tomada não está funcionando:
Tomadas meio quentes – também chamadas comutadas, quando a saída superior está operando
bem, mas a inferior não está. Verifique se há algum interruptor próximo que domina a energia.
Conecte uma lâmpada no plugue e acione alguns interruptores. Se a lâmpada acender, está tudo
bem. Se não acender, provavelmente, está com problemas.
Fios de conexão soltos – se isso estiver acontecendo, a energia não fará as conexões necessárias.
Corrigir este tipo de impedimento é bastante perigoso. É preferível contar com a ajuda de um
profissional, a fim de saber se há alguma tomada com mau contato e como consertar.
Disparos do disjuntor – o fluxo de energia da casa inteira é controlado pelos disjuntores. Quando
um deles dispara, está provavelmente sobrecarregado. Diante disso, o circuito corta toda a
energia, incluindo as tomadas conectadas nele. Localize o painel elétrico, se houver algum
disjuntor indicado como “OFF”, mude para “ON”. Mas só faça isso se tiver muita segurança.
Fusível queimado – casas antigas possuem fusíveis em vez de disjuntor. Se um deles queimar, a
energia só retorna se ele for substituído. Considere trocar os fusíveis por uma caixa de
disjuntores. Além de serem mais seguros, são preparados visando recepcionar equipamentos e
dispositivos modernos.
Após fazer os testes e verificar o problema em alguma tomada, a melhor coisa a fazer é substituí-
la. Elas se enfraquecem com o tempo, e ficam mais frágeis, podendo causar transtornos maiores,
como um incêndio. Outros motivos que geram troca das tomadas podem ser:
Uma torneira pingando consome 46 LITROS DE ÁGUA por dia e no mês 1380 litros.
Os vazamentos podem ocorrer em qualquer ponto da tubulação. Os mais comuns são torneiras
pingando, válvulas de descarga que não travam, tubulações rachadas e na bóia da caixa de água.
DESMONTANDO A TORNEIRA
Verifique se o seu banheiro ou cozinha tem um registro geral. Se tiver, feche-o para eliminar
vazamentos. Se não tiver dentro do banheiro/cozinha então feche o registro geral da casa. Não
queremos tomar um banho na pia né?
Desenrosque o engate.
Com a torneira retirada, abra sua caixa de ferramentas e retire a chave de fenda cruzada e o
alicate.
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Obs.:. Se você não puder retirar a torneira do local não tem tanta necessidade, dá para trabalhar
com ela fixa numa boa também.
Solte com as mãos o pino protetor, com a chave de fenda cruzada desenrosque o parafuso, retire
com as mãos o acabamento, solte com as mãos a tampa protetora, com ajuda do alicate
desenrosque o reparo (a parte branca) no sentido anti-horário.
Após retirar o eixo, que é de plástico, verifique se não ficou nada dentro da torneira. (Caso o seu
reparo seja de metal veja o exemplo abaixo).
Pegue um vedante de silicone da sua caixa de ferramentas (ou compra na loja de construção),
retire o vedante velho e troque pelo vedante novo.
REMONTANDO A TORNEIRA
Se você fez como eu e retirou a torneira do lugar: Passe veda rosca na ponta da torneira,
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Cada marca e modelo de torneira que usam vedantes podem utilizar reparos de diferentes
materiais. O da foto acima é de plástico, então separei um que a base é de metal para você ver
o passo-a-passo. O processo é o mesmo.
OBSERVAÇÃO: Vale lembrar que nesse caso o reparo na verdade não é a peça inteira, e sim um
pedaço do eixo, que tem 2 peças, a parte de metal – reparo – e a parte de borracha.
Solte com as mãos o pino protetor, com a chave de fenda cruzada desenrosque o parafuso, retire
com as mãos o acabamento, com ajuda do alicate desenrosque o reparo no sentido anti-horário.
Se após retirar o reparo (parte de metal do eixo) e ele não sair inteiro, você verá a bucha (um
pedacinho de plástico “bege” onde o reparo se apoia) dentro da torneira coloque o reparo (item
5) de volta no buraco (item 6), e com a ajuda de um alicate puxe de forma que consiga tirar a
bucha.
O eixo deve sair completo com o reparo e a borrachinha, prontinho para você trocar o vedante
chorão.
QUAIS TORNEIRAS USAM “BORRACHINHA”?
Uma informação importante: NEM TODAS as torneiras usam “borrachinha”. Como assim?
Existem alguns modelos hoje em dia no mercado que usam outros sistemas. Elas são chamadas
“torneiras ¼ de volta”. Oi?
Explico: Torneira “COMUM” são aquelas torneiras que para você abrir até o final você precisa
dar mais de 1 volta inteira. Algumas chegam a dar 3 voltas e meia. Já as torneiras ¼ de volta para
abrir você precisa de apena UM TOQUE, são munidas de um reparo interno de “cerâmica” e
isentas de “borrachinha”.
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IMPORTANTE: Se após o toque você descobrir que a torneira não dá mais de uma volta inteira e
nem se parece com as torneiras da imagem acima, relaxa, o passo a passo deste post também
serve para você. A única diferença é que você terá que trocar o reparo interno INTEIRO e não
apenas o vedante.
Reparo ou Troca do Sifão da Pia
O Sifão da pia pode estar com vazamento ou até entupido, vamos apresentar este componente
da hidráulica da pia e ver como funciona, ai você pode fazer o reparo ou até efetuar a troca do
mesmo.
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Existem dois tipos de sifão: o rígido e o flexível. O rígido possui um copinho que retém a água e
geralmente é usado quando a saída de esgoto e a válvula da cuba são alinhadas.
No caso do flexível, essas duas partes não são alinhadas e ele tem o corpo sanfonado, sendo
possível moldá-lo. Você precisa identificar qual é o caso da sua pia para comprar o tipo certo.
Para começar, você precisa fechar o registro e retirar o antigo sifão, desencaixando do cano de
esgoto e desrosqueando da válvula da cuba. Depois disso, você deve limpar o cano com um pano
macio, água e sabão neutro.
Você precisa medir a distância da saída do esgoto até o corpo do sifão, então passe algumas
camadas de veda-rosca na saída da válvula e rosqueie o sifão provisóriamente, alinhando as
duas saídas. Assim, você pode usar uma trena para fazer a medição – e nisso você pode
acrescentar 1 ou 2 cm de segurança.
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Tendo a medida correta, se necessário, você pode cortar o cano com uma serra em arco e então
lixar para regularizar a borda. Depois de cortado, você encaixa o tubo no sifão, instalando-o
também na saída de esgoto, passando veda-rosca.
Se certificando que tudo está bem encaixado e rosqueado, é hora de testar: abra o registro e
deixe a água da torneira fluir por alguns minutos, e fique atento para possíveis vazamentos.
Um vazamento de água embaixo da pia pode ter grandes consequências. O gabinete pode
apodrecer, enferrujar e até se desintegrar com o tempo. Além disso, problemas de mofo e bolor
podem aparecer a qualquer momento.
Um sifão com defeito é um vazamento de água menos grave. De fato, as evacuações de água da
pia são ligadas em redes de esgoto que estão sob pressão atmosférica e, portanto, o problema
é menos grave do que se o vazamento estivesse em um cano de entrada de água pressurizada.
Além disso, o sifão é montado em um dreno da cuba da pia, que só vaza se você derramar água
ao abrir a torneira, ao contrário de um encanamento de água com vazamento onde o problema
é permanente. Abaixo estão as principais causas de um sifão com vazamento.
As ranhuras das roscas de um sifão são feitas de plástico. O plástico é flexível, de modo que as
roscas podem dobrar levemente as conexões ou as porcas do sifão podem ser parafusadas na
vertical. Apenas desaparafuse e atarraxe a parte masculina da parte feminina novamente,
tomando cuidado para rosquear reto para resolver o problema.
Isso gera vazamento e pode ser corrigido facilmente. Além disso, se o sifão é antigo e começou
a apresentar problemas, esse pode ser o motivo.
Ocorre que, ao apertar as duas partes, a vedação de borracha se move levemente em relação
ao local em que foi projetada para ficar alojada. Basta desaparafusar e parafusar novamente,
verificando se a vedação está na posição correta.
É preciso usar fica veda rosca na conexão do sifão que se liga a cuba da pia. Deixar de fazer isso
causará goteiras dentro do gabinete.
Sifão furado
O sifão pode ter furado devido a água muito quente, produtos abrasivos ou uso muito
prolongado. Além disso, é muito comum tentar empurrar restos de comida e sujeira da pia pelo
ralo no sifão entupido com a ajuda de um objeto e, ao fazer isso, as chances de furar o sifão
aumentam consideravelmente. Se esse é o seu caso, você vai precisar substituir a peça por uma
nova.
O copo do sifão costuma vazar quando está entupido, mal encaixado ou com falta de vedante.
REPARANDO UM VAZAMENTO EM UM SIFÃO
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2 – Se você não descobriu um sifão furado com o teste, aperte as porcas do sifão.
Pode ser uma porca simples que esteja levemente solta. Com a mão, tente apertar a parte em
que você detectou a origem da infiltração. Corra a água para ver se ainda está vazando. Se o
vazamento ainda ocorrer, experimente passar um pouco mais de fita veda roscas.
4 – Abra a água da torneira e faça o teste dos dedos novamente para garantir que o vazamento
foi corrigido. Parabéns por corrigir um vazamento em um sifão.
Quando a água da pia vaza por baixo, é provável que o problema seja o sifão e você pode
consertá-lo com as dicas apresentadas neste E-book. No entanto, também existem outras
causas prováveis, como, por exemplo, ralo da cuba da pia com vazamento (válvula de
escoamento da pia) ou cuba da pia furada.
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Informações complementares
Coloque um balde embaixo do sifão durante a desmontagem, troca ou reparo para evitar sujeira
e água dentro do gabinete.
Nesta apostila você conheceu dicas de reparo e manutenção que são úteis para os diferentes
modelos de sifões: Flexível, Articulado, Rígido, Rígido com copo e Sanfonado.
Lembre-se de instalar o sifão sempre na posição correta que você consegue verificar no manual
de instruções.
Desentupir o vaso sanitário
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Existem diversas formas de desentupir a privada, o que é ótimo, já que ninguém merece ficar
com um banheiro inutilizável.
Primeiro, você pode pegar um sapato e dar algumas batidinhas na parte de trás da bacia – com
cuidado para não quebrar a louça!
Se isso não resolver, você pode tentar jogar água fervente dentro do vaso sanitário ou até
mesmo água sanitária, Coca-Cola, soda cáustica ou uma solução caseira de ½ copo de
bicarbonato de sódio e ½ copo de vinagre.
Lembre-se de tomar cuidado com alguns desses produtos, pois podem causar acidentes.
Se você preferir, pode usar o clássico desentupidor, dando descargas simultaneamente. Para
isso, é preciso que tenha uma boa quantidade de água no vaso.
Tapar buracos na parede
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Você pode usar diversos materiais para tapar buracos e fechar rachaduras na sua parede, mas
vamos falar apenas sobre o gesso, pois é a maneira mais fácil e barata que todos podem utilizar.
Para preparar o gesso comum, você deve colocá-lo dentro de um recipiente e misturar com um
pouco de água até obter uma pasta homogênea – faça isso rápido, pois o gesso seca e, se isso
acontecer, não dá mais para usá-lo.
Com uma espátula, você aplica o gesso no buraco e não se esqueça de remover o excesso para
que o acabamento fique bem alinhado.
Depois de completamente seco, é só lixar a área até ficar lisa e regular, e está pronta para ser
pintada!
Depois desse manual, espero que você esteja preparado para cuidar e fazer pequenos reparos
na sua casa. Percebe como não são coisas impossíveis?
Conheça a página no YouTube Oficina do Saber, lá tem vídeos ensinando muitas coisas.
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