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Instalações de Baixa
Tensão, Capacidade e
Divisão entre Circuitos
Sofia Maria Amorim Falco Rodrigues
Estudo de Materiais de Instalações
de Baixa Tensão, Capacidade e
Divisão entre Circuitos
Introdução
Olá!
Bons estudos!
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Estudo Básico dos Materiais Utilizados nas
Instalações de Baixa Tensão
As instalações elétricas de baixa tensão são definidas conforme uma norma técnica
brasileira de regulamentação principal, que definirá as diretrizes de base para o
projeto elétrico deste tipo. Esta norma é a NBR 5410, feita pela ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) e possui grande detalhamento do que deve ser feito
para as instalações de baixa tensão, além de estabelecer, de maneira geral, o que
é a instalação elétrica de baixa tensão: circuitos que operem até 1000 V e 400 Hz
máximos, em corrente alternada e até 1500 V em corrente contínua.
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Simples de seção única
Three-way (paralelo)
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Figura 1 - Exemplo de relé fotoelétrico
Fonte: TRANCIL, 2020
#PraCegoVer: relé fotoelétrico em fundo branco.
Saiba mais
Outro exemplo importante que pode ser visto em instalações
elétricas residenciais são os sensores de presença, também
utilizados para o acendimento ou desligamento de lâmpadas
quando detectam o movimento.
As tomadas de corrente, por sua vez, são componentes usados para possibilitar o
fornecimento de energia elétrica para um equipamento e, analisando novamente no
âmbito residencial, estes elementos fornecerão tipicamente 127 V (monofásica) ou 220
V (bifásica). Além disso, sabe-se que há uma orientação no Brasil, nos últimos anos,
para o uso de tomadas de três pinos, como o modelo apresentado na figura seguinte:
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Figura 2 - Tomada de três pinos
Fonte: Gabriel_Ramos, Shutterstock, 2020
#PraCegoVer: tomada de corrente de três pinos, instalada em uma parede de
tijolos brancos.
O ponto de iluminação é o local no qual a lâmpada será instalada, sendo que este
processo demanda o uso de um receptáculo, o adaptador para ligação da lâmpada,
popularmente conhecido no Brasil como bocal, e o modelo E127 é o mais utilizado
(GEBRAN & RIZATTO, 2017). Adicionalmente, outro tipo importante de elemento é o
condutor elétrico, responsável por estabelecer a ligação entre o ponto de alimentação
até o componente que será energizado. Estes podem ser de diversos tipos de
materiais condutores, como o cobre e o alumínio, por exemplo, que são, inclusive, os
mais, além de contarem também com um elemento de isolação. Assim, sobre este,
sabe-se que geralmente é utilizado o PVC (policloreto de vinila), pois este material
possui proteção antichamas, algo necessário conforme estabelecido pela NBR 5410.
Ademais, as cores dos condutores também são especificadas pela NBR 5410, sendo
azul claro para neutro e verde com amarelo, ou simplesmente verde, para condutor de
sistema de proteção.
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Atenção
Embora não exista um padrão normatizado pela NBR 5410,
geralmente utiliza-se para a fase condutores vermelhos e, para a
outra, a cor preta.
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Figura 3 - Exemplos de eletrodutos
Fonte: GEBRAN; RIZZATO, 2017
#PraCegoVer: na parte superior, é possível ver dois exemplos, no lado esquer-
do um eletroduto metálico e do direito um modelo não metálico. Já na parte de
baixo da figura, é possível ver do lado esquerdo um eletroduto flexível e do lado
direito eletrodutos leve, semipesado e pesado.
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Figura 4 - Exemplo de quadro de distribuição de uma residência
Fonte: CLAMPER, 2020.
#PraCegoVer: quadro de distribuição em fundo branco, apresentando exem-
plos das ligações feitas em uma instalação elétrica residencial, com proteção
contra surtos, com os dispositivos demarcados em preto, contra correntes
residuais, com os dispositivos demarcados em amarelo e, também, com
dispositivos termomagnéticos monopolares, com os dispositivos também
demarcados, neste caso em verde.
Assim, o dispositivo de proteção contra surtos (DPS) é usado para proteger o sistema
contra surtos de tensão, algo que pode ocorrer com a queda de um raio, por exemplo.
Já os dispositivos de proteção contra correntes residuais, também conhecidos pela
sigla DR, destinam-se à proteção contra choques elétricos, para animais e pessoas
que utilizam a instalação. Já os dispositivos termomagnéticos monopolares, ou
disjuntores (como são mais conhecidos), protegem contra a sobrecorrente nos
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condutores dos circuitos, sendo um disjuntor por circuito (CREDER, 2007; GEBRAN &
RIZZATO, 2017).
Atenção
Sabe-se, então, que há um disjuntor por circuito na residência
e a residência tem diversos circuitos, como você verá a seguir,
conforme a distribuição de carga.
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Quadro 1 - Principais simbologias para lâmpadas e luminárias.
Fonte: ABNT, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem há uma tabela de três colunas e cinco linhas e, apre-
senta as principais simbologias para lâmpadas e luminárias, seus significados
e algumas observações.
Adicionalmente, no próximo quadro você pode ver alguns dos principais exemplos
dentro da simbologia, utilizados para tomadas:
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Quadro 2 - Principais simbologias tomadas.
Fonte: ABNT, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem, há uma tabela de duas colunas e quatro linhas e
apresenta as principais simbologias para tomadas e seus significados.
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significa que o quadro é parcial. Tomando como exemplo, os quadros gerais tem os
padrões vistos no quadro:
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Quadro 4 - Principais simbologias para condutores e eletrodutos
Fonte: ABNT, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem há uma tabela de duas colunas e cinco linhas e,
apresenta as principais simbologias para condutores e eletrodutos e seus
significados.
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Quadro 5 - Outras simbologias usadas
Fonte: PETRUZELLA, 2013 (Adaptado).
#PraCegoVer: Na imagem, há uma tabela de três colunas e sete linhas e apre-
senta as principais simbologias usadas que são importantes, seus significa-
dos e algumas observações.
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Figura 6 - Projeto elétrico de uma residência
Fonte: CREDER, 2007, p. 59
#PraCegoVer: Na imagem, há uma planta baixa de uma residência, com a
distribuição da instalação de baixa tensão apresentada pelo diagrama unifilar,
que é desenhado sobre a planta, a partir do uso da simbologia padrão suge-
rida. Neste diagrama, então, tem-se as informações sobre as lâmpadas, as
tomadas usadas e as ligações dos condutores, além de anotações sobre as
potências e a qual circuito pertence, como ficará mais claro adiante.
Perceba, então, que o diagrama é feito com base na planta baixa do local, de forma
a elencar a distribuição correta da instalação. Geralmente também são utilizadas
tabelas junto ao diagrama, como os quadros apresentados para o exemplo prático
estudado. No primeiro caso, temos a potência instalada, analisando os pontos de
luz e das tomadas, além de apresentar, geralmente, junto a este ponto, informações
sobre as dimensões do cômodo:
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Tabela 1 - Quadro de dimensão de cômodos e da potência instalada
Fonte: CREDER, 2007, p. 60.
#PraCegoVer: Na imagem, há uma tabela de cinco colunas e oito linhas e
apresenta, de acordo com o tamanho do cômodo, a potência necessária de luz,
tomadas gerais e tomadas específicas.
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Continuação:
4 19,7 28,4 4 4 25
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Aparelho Potência (W) Aparelho Potência (W)
Aquecedor de
1000 Geladeira comum 200
ambiente
Geladeira duplex ou
Aspirador de pó 200 500
freezer
Máquina de lavar
Chuveiro 4400 500
roupa
Quadro 6 - Quadro de potência média de referência dos aparelhos mais usados nas casas
Fonte: CREDER, 2007. p. 62 (Adaptado).
#PraCegoVer: Na imagem, há uma tabela de quatro colunas e nove linhas e
apresenta a potência média de referência dos aparelhos mais usados em caso,
como aspirador de pó, geladeira comum, televisor, entre outros.
Em cômodos de área igual ou menor que 6 m², prevê-se uma carga de pelo menos
100 VA e, em áreas superiores a 6 m², prevê-se 100 VA iniciais e acréscimos de 60 VA
para cada aumento de 4 m² na área.
Quanto à previsão para pontos de tomadas de uso geral (TUG), geralmente segue-se
os seguintes critérios, embora mais recentemente tenha-se adotado o uso de uma
grande quantidade de tomadas devido ao maior acesso à tecnologia e, com isso, as
pessoas dispõem, na prática, de mais equipamentos que dependem da eletricidade
(CREDER, 2007):
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Pelo menos um ponto de tomada de uso geral próximo ao
Banheiros lavatório.
Subsolos, garagens,
sótãos, halls de
Pelo menos um ponto de tomada, geralmente.
escadaria,
varandas ou casas
de máquinas
Demais cômodos Se a área for inferior a 6 m², pelo menos um ponto de tomada. Se
maior, pelo menos um ponto a cada 5 m ou fração de perímetro.
Banheiros, copas, Pelo menos 600 VA por ponto, normalmente até 3 pontos e 100
VA para pontos excedentes.
cozinhas, áreas de
serviço, lavanderias
Por último, nesta parte, quanto às tomadas de uso específico (TUE), orienta-se que
seja atribuída, a esta potência, igual à nominal do equipamento, que será conectado
a ela e, caso esta potência nominal não seja conhecida, escolhe-se como potência
nominal de referência a maior a ser usada, de um equipamento provável de ser
utilizado no cômodo (CREDER, 2007).
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Assim, sabe-se que, para conhecer a potência consumida por um determinado
equipamento, é necessário saber tanto o nível de tensão quanto a potência nominal. No
caso, ainda, dos equipamentos que funcionam em corrente alternada (CA), devemos
lembrar que o fator de potência participa da relação de eficiência do equipamento
e, então, considerando estes pontos, define-se como IB a corrente elétrica de base,
medida em ampéres, consumida pelo equipamento, tal que (CREDER, 2007; GEBRAN
& RIZZATO, 2017):
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• 7% para instalações alimentadas diretamente por uma subestação de trans-
formação, neste caso então a partir de uma instalação de alta tensão; ou,
ainda, caso possua fonte própria de energia;
Saiba mais
Para facilitar o trabalho do projetista, a norma NBR 5410 apresenta
tabelas com este valor de seção sugerido já calculado, dada em
função do produto entre a potência e a distância e a queda de
tensão.
Além disso, sabe-se que a determinação do fator de demanda irá exigir do projetista
o conhecimento detalhado da instalação, assim como sua experiência com relação
às condições de funcionamento e de uso dos equipamentos, embora existam
diversas orientações práticas, até mesmo por parte das próprias concessionárias ou
na NBR 5410. Desta forma, considerando orientações dadas pela própria CEMIG, por
exemplo, a Companhia Energética do Estado de Minas Gerais, em seu documento
de normatização técnica ND 5.1 (Norma de Distribuição), prevê que o cálculo da
demanda pode ser feito como na equação, normalmente dada então em kVA:
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Além disso, a própria potência de demanda (SE) também pode ser calculada e prevista,
em função da potência aparente, lembrando que esta última corresponde à soma
vetorial das potências ativa e reativa da instalação. Assim, tem-se que esta vale na
unidade mais comum de VA (GEBRAN & RIZZATO, 2017):
Ademais, vamos ver então, no próximo conteúdo, como um projeto elétrico de baixa
tensão deve ser desenvolvido, de fato.
• previsão de cargas;
• demanda provável;
• divisão dos circuitos;
• dimensionamento dos condutores;
• dimensionamento dos eletrodutos;
• dimensionamento dos dispositivos de proteção.
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• evitando perigos que resultem em falhas de um único circuito, como para a
iluminação, por exemplo.
Os circuitos normais são aqueles ligados a apenas uma fonte, na maior parte dos
casos à própria concessionária e, em caso de falha na rede, há uma interrupção
no abastecimento deste e, com isto, este tipo de arranjo tem menor prioridade e é
chamado também de circuito não essencial. Por outro lado, os circuitos de segurança
são aqueles que garantem o abastecimento da residência, mesmo quando houver
alguma espécie de falha por parte da concessionária. Por exemplo: considere uma
instalação elétrica de um prédio. Assim, circuitos destinados à alarme e proteção
contra incêndios, por exemplo, devem ter prioridade e, com isto, contam, também,
além da concessionária, com fontes, como geradores ou baterias de emergência.
Estes são considerados, também, por conta de sua importância na instalação, como
os circuitos essenciais (CREDER, 2007).
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Deverão estar previstos na instalação para equipamentos de
potência igual ou superior a 1500 VA, como é o caso de alguns
equipamentos como aquecedores de água, máquinas de lavar,
Circuitos forno elétrico, entre outros, mas também é permitido pela norma
independentes... que se alimente mais de um equipamento deste tipo em um
mesmo circuito. Um exemplo disso é o fato de que o chuveiro
na residência corresponde a um circuito separado, normalmente
protegido com um disjuntor capaz de suportar um valor superior
de corrente devido a sua potência também superior.
Residências
Lojas e escritórios
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Conclusão
Neste conteúdo, você teve a oportunidade de:
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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410. Rio de Janeiro. 2008.
Disponível em: https://www.saladaeletrica.com.br/nbr-5410-download/ Acesso em:
21 mai. 2020. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5444. Rio de
Janeiro. 1989.
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