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O Rapaz do Pijama às Riscas é um livro que fala sobre o Holocausto e foi escrito por John Boyne.

Bruno nada sabe sobre as terríveis crueldades que o seu país executa a vários milhões de pessoas.
Ele tem 9 anos e vive numa grande casa em Berlim, com a sua mãe, pai e irmã (Gretel), durante a
Segunda Guerra Mundial. Ele sabia que o seu pai tinha um importante emprego para o país e que
um homem conhecido por Fúria tinha grandes planos para ele, mas não sabia ao certo o que o
seu pai fazia.
Um dia foram visitados por Fúria, um individuo baixo, de cabelo escuro, cortado muito curto e
com um bigode minúsculo.
Depois desse jantar, que parecia ser muito importante, o pai de Bruno recebeu um novo uniforme
e foi nomeado Comandante.
A família de Bruno teve então que se mudar para Auschwitz , na Polónia, devido à nova posição
do pai no seu emprego, para descontentamento de Bruno.
Sentia-se triste com a sua nova casa, não tinha a companhia dos seus três melhores amigos e
estava sempre a perguntar à mãe e ao pai quando é que iam voltar para Berlim, mas levava
sempre um “nos tempos mais próximos”, como resposta, ficando sem saber quanto tempo era
nos tempos mais próximos.
A casa de Berlim ficava numa rua sossegada, com imensas casas à volta cheias de meninos com
quem ele costumava brincar, enquanto que a casa de Auschwitz estava num lugar vazio e isolado
e não havia ninguém com quem brincar.
Bruno tinha uma janela no quarto da nova casa, e para além da floresta e de um jardim,
extremamente cuidado, havia também uma vedação ao longe que se estendia pelo horizonte
onde via pessoas, idosos, adultos e crianças, que despertavam o seu interesse.
Foi perguntar ao seu pai quem eram aquelas pessoas, mas o pai respondeu-lhe com uma resposta
surpreendente: “Aquelas pessoas não são pessoas!”.
Bruno estava proibido de explorar a casa nova e arredores, mas o mistério daquela vedação
despertava-lhe tanto interesse que decidiu investigar as pessoas e a vida para lá da vedação.
Num dos seus passeios mais alargados e já muito perto da vedação, Bruno viu ao longe um rapaz,
que se encontrava do outro lado da vedação e chamava-se Shmuel. Também tinha 9 anos como
ele e desde o dia em que se conheceram, os dois rapazes passaram a encontrar-se no mesmo
sítio, todos os dias, relatando cada um a sua vida.
Bruno queixou-se de ter mudado de uma casa cheia de vida para uma casa onde se sentia sozinho
e sem nada para fazer, enquanto Shmuel narra que mudou de uma vida completamente pacata,
vivendo numa casa humilde com a sua família, para uma vida atribulada e com pouca privacidade,
chegando a viver com montes de pessoas no quarto.
Bruno começou a aperceber-se que a vida dele comparada com a de Shmuel era um paraíso, mas
Shmuel tinha crianças da idade deles dentro da vedação, por isso poderiam brincar umas com as
outras, o que levou Bruno a achar que Shmuel estivesse a exagerar o relato da sua vida.
Muitas mais controvérsias se sucederam até que Bruno recebeu a informação que ele, a sua mãe
e a sua irmã iriam voltar para a sua antiga casa em Berlim por ordem de seu pai.
Por um lado, ficou contente pois ia estar outra vez com os seus três melhores amigos para a vida,
mas, por outro, ficou triste pois os seus três amigos poderiam já nem o reconhecer e também
porque assim nunca mais iria voltar a ver Shmuel. Porém, como a ordem tinha sido dada pelo seu
pai, quer ele gostasse quer não, teria de a respeitar.
Perante este facto, Bruno e Shmuel planearam a sua última aventura! Bruno veste um pijama às
riscas e passa por baixo da vedação, ajudando a procurar o pai de Shmuel, que tinha desaparecido
há uns dias do campo.
Encontrar o pai de Shmuel ía ser uma tarefa complicada, pois toda a gente vestia um pijama às
riscas e era careca. Bruno, por acaso, também estava careca, pois como apanhou piolhos, a mãe
tinha-lhe rapado o cabelo.
Os dois rapazes, juntos e de pijama às riscas, do outro lado da vedação, seguiram o caminho à
procura do pai de Shmuel. O céu começou a escurecer e começou a chover torrencialmente.
Passado algum tempo, Bruno diz a Shmuel que lamentava mas que não o conseguia ajudar a
procurar o seu pai e que era melhor ir para casa. No entanto, viram-se envolvidos numa marcha
comandada por guardas nazis, formando-se um aglomerado de centenas de pessoas. Essa
marcha levaria Bruno, Shmuel e centenas de pessoas a uma câmara de gás, que Bruno pensava
ser um sítio para abrigar as pessoas da chuva.
Ao fim de algum tempo de lá estarem dentro, Bruno diz a Shmuel que quando o fosse visitar a
Berlim lhe apresentaria os seus três melhores amigos para a vida, mas já nem se lembrava dos
nomes deles nem das suas caras, dizendo que Shmuel era o melhor amigo dele para a vida. Bruno
aperta as mãos a Shmuel, convencido que nunca as ia largar, acontecesse o que acontecesse.
Subitamente, as luzes apagam-se e nunca nada mais se soube nada acerca dos dois amigos.
A família de Bruno passou alguns meses à sua procura e, passado um tempo, quando o seu pai foi
ao lugar onde os guardas nazis viram a roupa de Bruno (fora da vedação), descobriu que a
vedação não estava suficientemente presa ao chão como devia e que dava perfeitamente para
uma criança do tamanho de Bruno passar.
Após alguns segundos, o pai de Bruno apercebeu-se que matara o seu próprio filho e que nada
mais poderia fazer para voltar atrás.

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