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LIVROS

- A menina que roubava livros

Diferente de outros livros, esse é narrado por uma personagem peculiar: a morte. O livro se passa no
período da Segunda Guerra e mostra como era a vida dos alemães nesse tempo pela perspectiva de
Liesel Meminger, uma menina que precisa ir morar com pais adotivos, pois os seus eram pobres e, por
isso, não podiam ficar com ela.
A vida da menina pode ser resumida da seguinte maneira: 14 livros, 6 roubos e 3 cores. Ao longo do
livro, percebemos o carinho da narradora pela protagonista, que, antes de levá-la consigo, teve 3
encontros com ela. O primeiro deles foi definido pela cor branca. Aconteceu quando Liesel estava
viajando de trem com sua mãe e irmão para ir ao encontro da família adotiva. Durante o trajeto o
menino acaba não resistindo às condições e morre, então elas precisam parar no meio do caminho
para enterrá-lo na neve (por isso a cor branca). Nesse primeiro encontro com a morte também
acontece o primeiro roubo de livro, que foi o “Manual do Coveiro”. O coveiro que estava enterrando o
irmão da menina deixa o livro cair de seu bolso e, sem pensar duas vezes, ela pega e esconde, mesmo
que ainda não saiba ler nem escrever.
Chegando na casa nova, ela conhece a família com quem vai ficar, Rosa e Hans Hubermann, um casal
muito educado e gentil. Os livros nessa história têm um papel importante, pois é através deles que a
menina cria uma maior relação afetiva com o pai, que a ensina a ler e escrever no porão de casa. A
partir daí ela não para de ter mais amor pela leitura e está sempre à procura de um livro novo,
momento em que os demais roubos acontecem. Um lugar que foi muito decorrente de roubos foi a
biblioteca da casa do prefeito.
Uma coisa marcante do livro é que, em todo tempo, ele não só mostra a situação de miséria e pobreza
que o país estava enfrentando, mas também como os alemães que não eram nazistas tiveram que
passar por esse período. Eles eram obrigados a fazer a saudação à Hitler e não podiam ter sequer o
mínimo contato com qualquer judeu que já eram tratados com desdém também. Liesel percebe o
poder que as palavras têm quando ela vê o Fuhrer usando-as da maneira certa para “encantar” outros
alemães inocentes, fazendo-os segui-lo cegamente. A menina, que sempre estava em busca de livros
para ler, todos roubados, algumas vezes até roubou das fogueiras, nas quais os soldados queimavam
livros, pois o partido proibia até mesmo a leitura de muitas obras.
O segundo encontro com a morte é representado pela cor preta, pois acontece minutos antes da
alvorada, quando um avião cai e o piloto morre. A menina vai ver quem estava lá junto com seu
melhor amigo, Rudy Steiner, e levam um urso para ele. Por fim, o último encontro se dá pela cor
vermelha, pois era assim que o ambiente se encontrava, do céu ao chão coberto de sangue. Havia
acontecido um bombardeio na rua em que ela morava e, absolutamente, todos morreram, exceto ela,
que tinha ficado no porão lendo e quando saiu se deparou com todo aquele caos, seus amigos e
familiares mortos e ela era a única que passava pelo maior sofrimento e angústia: perder quem ama.
Essas três cores do encontro com a morte formam a bandeira nazista.
No final do livro, quando a morte aparece para busca-la e já não existe mais guerra, a narradora conta
que Liesel teve uma boa vida, viveu muito e foi feliz, mesmo com os traumas pelos quais passou, e
partiu em paz.

DICAS:
- Poder nazista
- Livros
- Alemanha devastada
- Cores
- Bandeira nazista
- Pobreza, miséria
- Morte
- Biblioteca
- Fogueira
- Pai
- Leitura
- Acordeão
- Porão
- Pintor

- O menino do pijama listrado

O livro conta a história de Bruno, um menino alemão de 8 anos, filho de um comandante nazista, que,
após o pai ser promovido para supervisionar um campo de concentração em outra cidade, precisa se
mudar de Berlim com a família. A princípio ele tem uma recusa, pois não aceita a ideia de deixar seus
três amigos e os seus avós, por quem também tinha carinho. Mesmo com essa "insistência" de querer
ficar, afinal a mudança foi repentina, ele precisa ir para um lugar totalmente novo e afastado de tudo,
onde sua única companhia é sua irmã, que alguns anos mais velha já não quer mais brincar com ele,
seus pais, os colegas de trabalho do pai e os antigos e novos criados (que são judeus).

Logo ao chegar na casa nova, Bruno, que ama a ideia de ser um explorador, sai pra conhecer o lugar e,
da janela de seu quarto, percebe que há um local próximo dali, onde existem várias pessoas morando
e, por isso, ele julga ser uma fazenda, onde tem crianças brincando e homens trabalhando, mas ele
acha o comportamento deles estranho, pois eles só andam de pijama. Ele desce correndo para contar
isso à sua mãe e perguntar se podia ir brincar com as crianças de lá; ela estranha o pedido, visto que
sabia que estava em um local afastado e não poderia haver uma fazenda ali perto. De repente, entra
um judeu na cozinha e o menino fala pra sua mãe que era desses homens que ele estava falando,
aquele era um fazendeiro. Sua mãe, entendendo a situação, diz que ele não poderia sair dali e deveria
brincar com sua irmã.

Decidido a descobrir mais do lugar, Bruno sai em mais uma aventura para explorar e, dessa vez,
conhece um menino, Shmuel, um judeu também de 8 anos. Nesse momento, eles começam uma
amizade inocente, ambos sem ter plena noção do que acontece na vida um do outro. O filho do
comandante continua acreditando que aquele lugar é uma fazenda e as pessoas que moram lá são
trabalhadores, é um lugar lindo e cheio de animais, mas ainda não entende o porquê de usarem
pijamas listrados. Já o menino judeu tem noção da situação em que se encontra, de que o país está em
guerra e ele, somente por ser judeu, está preso lá com sua família, a única coisa que ele não sabe é o
objetivo de estarem e do que fazem lá, entretanto ele não sabe que Bruno é filho de um comandante
alemão, e sonha em ter sua vida: livre, pra fora da cerca, podendo comer e brincar muito. Com o
tempo, o desejo de brincarem juntos vai aumentando, afinal, eles não têm outros amigos e ainda são
crianças, então os encontros, que ainda são divididos pela cerca elétrica, tornam-se mais recorrentes.

Um dia, quando Ralf, pai de Bruno, estava com outros soldados analisando a propaganda que tinham
feito para falar do campo de concentração, o menino acaba espiando e vê o filme, que mostra um
lugar lindo, onde tem uma praça para as crianças brincarem, várias coisas divertidas e interessantes
para fazer, etc. Depois disso, ele sai para mais um encontro com o menino judeu, que, dessa vez, está
triste, pois seu pai desapareceu e ele queria encontrá-lo. Determinado a ajudar seu amigo a encontrar o
pai (porque Bruno está em um conflito interno consigo mesmo da imagem que tem do seu, não
entende o que ele faz, se é uma pessoa boa ou não e o real motivo de estarem lá), ele diz para Shmuel
levar um pijama para ele no dia seguinte que ele passaria da cerca para ajudá-lo. No dia seguinte,
assim que entra, a primeira coisa que Bruno diz é que quer ir na praça que havia visto na propaganda,
brincar lá com outras crianças antes, Shmuel diz que não tem praça nenhuma e que eles precisam ir
procurar seu pai logo porque, se algum soldado perceber eles, iriam ser capturados. Quando menos
esperam já estão sendo obrigados a andar atrás de outros homens e o final daí é trágico: são presos em
uma câmara de gás.

DICAS:
- Propaganda nazista
- Campo de concentração
- Judeu
- Nazista
- Cerca
- Banho
- Fazenda
- Pijama
- As espiãs do dia D

O livro se passa mais para o final da Segunda Guerra, especificamente, nove dias antes do Dia D.
Uma agente britânica, Felicity Clairet, também conhecida por Flick, que é ex-tradutora, precisa
formar uma equipe de mulheres, a equipe Jackdaws, para entrar no palácio sob disfarce de faxineiras,
afinal, ninguém presta atenção nelas. O objetivo é explodir a maior central telefônica da Europa, que é
controlada pela polícia secreta nazista e fica em um palácio na cidade de Sainte-Cécile, na França;
porém existe um problema, além de ser altamente vigiado, o ponto estratégico é à prova de
bombardeios, o que torna a missão mais perigosa ainda.
Antes de formar a equipe, Flick e Michel, seu marido que é um dos líderes da Resistência Francesa,
tentam um ataque direto, mas ele é baleado e seu grupo é dizimado. A agente fica abalada e frustrada,
pois acabou de perder seu grande amor e, além disso, sua credibilidade foi posta em questão por seus
superiores. Mesmo assim, recebe uma última chance, que é a de formar a equipe de disfarce.
A Jackdaws, nome original do livro inclusive, é formada por 6 espiãs com personalidades
completamente diferentes entre si e sem nenhum treinamento específico para tal função; foram
escolhidas apenas por uma razão em comum: falam francês fluentemente. Nesse período escasso que
tinham, ainda tiveram que usar um tempo para passar por um treinamento básico, mais para
sobrevivência mesmo, afinal, essas não eram suas especialidades, faziam coisas completamente
diferentes disso em suas vidas anteriores e foram voluntárias, somente, pela habilidade linguística.
Felicity, inspirada na agente francesa Pearl Witherington, é muito esperta, inteligente e bem
articulada, mas, ao decorrer da narrativa, se vê em situações muito difíceis e complicadas, até mesmo
sobre sua vida pessoal. O livro bem fala sobre como os nazistas não se importavam com a dignidade
humana. É uma perspectiva dos alemães na guerra. Ele passa para o leitor o medo que os alemães
tinham de serem perseguidos, torturados, abordados ou prisioneiros em seu próprio país, pelos
nazistas.
A narrativa mostra tanto o lado dos britânicos, através das espiãs, quanto o lado dos nazistas, através
do agente alemão, que, diga-se de passagem, é posto como o vilão do livro, afinal é um torturador, e
tem, inclusive, uma mulher que pode ser considerada sua escrava sexual. Mesmo sendo um agente
nazista, para ele toda a situação de guerra é como se fosse uma aventura para os demais, pois ele tem
uma teoria dentro de si muito doida e deturpada, mas que é bem definida e faz total sentido para ele.

DICAS:
- Espiãs
- Agente secreta
- França durante guerra
- Medo dos alemães
- Comunicação nazista
- Mulheres na guerra
- Idioma francês

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