Nacionalidade: Estados Unidos e Alemanha Ano: 2008
Um adolescente chamado Michael Berg, é acolhido por uma mulher,
Hanna Schmitz que possui o dobro de sua idade. Depois desse encontro casual, eles passam a se ver com certa freqüência e os encontros passaram a ser mais ardentes e o adolescente vive uma fantasia real de ter consigo uma mulher misteriosa, envolvente e decepcionante em relação à sua imaturidade amorosa. Nesses encontros, para o adolescente se resumia unicamente a sua satisfação, a sua necessidade. Do ponto de vista da moça, a relação com o garoto não tinha aspecto de amor romântico, era livre e naturalmente vivida por ela dentro de sua perspectiva; embora seja possível perceber, em alguns momentos, certo romantismo por parte dela – talvez por receio em não frustrar tanto os sonhos do rapaz, ou porque ela mesma estivesse sentido prazer da companhia, o que em sua vida solitária foi coisa rara. A moça que não era muito de conversar e facilmente se cativava pelas leituras de romances e poesias que o adolescente realizava em voz alta, se emocionando. Mas o curioso era o porquê a moça não lia para si mesma os livros, já que gostava tanto assim de livros. O romance termina repentinamente quando Hanna some, sem expliações e sem direito à respostas, e com muitos mistérios e frustrações ao sonho do adolescente. Alguns anos depois, no pós-2ª Guerra, Michael se torna um estudante de Direito e reencontra a misteriosa moça do seu romance de adolescente, diante a um julgamento público: acusação por crime de guerra nazista, em Auschwitz, devido à sobrevivência de uma judia que escreveu um livro sobre o acontecimento no qual delata sobre as guardas alemãs, incluindo a Hanna. O jovem de fica perplexo, mas passa a entender o porquê ela sumiu e o porquê ela pedia para ele ler os livros. Ela preferiu assumir que foi a autora do relatório sobre o acontecimento, “A marcha da morte” (em que mais de 300 judias foram trancadas em uma igreja e depois mortas) do que admitir que era analfabeta. E foi condenada a prisão perpétua. O “kid” (como a moça apelidou o Michael) já adulto manda para a Hanna fitas onde o gravava contando histórias dos livros que lia para ela. Já ela estava idosa e depois que recebe as fitas, ela passou a aprender a escrever por conta própria na prisão. Com muito esforço ela manda bilhetes (de poucas palavras) ao Michael. Michael ao ler o primeiro bilhete, fica muito emocionado. O Michel tentou fazer contato com ela na prisão. Porém, na primeira tentativa, não conseguiu e foi embora. Tempo mais tarde, uma funcionária liga para ele, avisando que a Hanna saíra da prisão e seu único contato era ele. Depois, ele resolve ajudá-la e a reencontra depois de anos e se torna responsável por ela ao sair da cadeia. Mas ao faltar uma semana ela se mata, se enforcando dentro da prisão. Esse filme é de modo geral profundo. Ela preferiu abrir mão de sua liberdade para ficar presa do que admitir que fosse analfabeta, o que ela considerava vergonhoso. E o jovem, apesar da diferença de idade, de certo modo a amava, pois já na vida adulta ele constitui uma família, mas acaba se divorciando e depois que ele passa a ter contato com ela, mandando as fitas com as histórias. Já em relação a Hanna, não dava para saber se gostava dele mesmo ou se estava por causa de suas leituras. E a impressão que deu foi que Hanna vivia a vida por viver, parece que está sempre distante das pessoas e da sociedade. Sempre reservada e meio fria, mesmo com o garoto e que preferiria ter uma vida como a que lia nos livros. E de certa forma, sempre foi dura, severa a si mesma. Isso pelo fato de trocar, durante o julgamento, a sua “não culpa” para esconder que ela é analfabeta e ao se matar na prisão, faltando uma semana para sair de lá. E por fim, um filme que vale a pena assistir sobre esse assunto da época de nazismo é a “Lista de Schindler” (Schindler’s list). Esse filme foi feito no ano de 1993, é de origem norte-americano e feita pela direção de Steven Spielberg. É baseado na vida de Oskar Schindler que foi um empresário alemão durante o período da segunda guerra mundial. Ele fez parte do partido nazista e foi Patrocinado pelos militares, adquirindo uma fábrica para produzir panelas para o exército. Mas, ele passa a contratar mão-de-obra dos judeuses em capôs de concentração por ter, praticamente, custo nenhum. Com o tempo, ele passa a querer contratar cada vez mais o número de funcionários judeuses para ajudá- los a escapar das mãos dos nazistas. E no final, quando a guerra acaba, todos os funcionários que foram salvos por ele o agradece fazendo um anel de ouro.