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Sistema de Sinais para Operações Day Trade - Sisodt

Ricardo Alves Monteiro1 , André Constantino da Silva1 , Adriano da Silva Ferreira1


1
Instituto Federal de São Paulo (IFSP) - câmpus Hortolândia
Avenida Thereza Ana Cecon Breda, N.º 1896, Vila São Pedro
Hortolândia – SP – Brazil
ramonteiro83@gmail.com, andre.constantino@ifsp.edu.br,

adriano.ferreira@ifsp.edu.br

Abstract. The Signal System for Day Trade Operations (Sisodt) was developed
with the objective of seeking opportunities to buy or sell the mini index based
on indicators such as financial volume, number of trades and support and re-
sistance disruptions, and managing the investment capital through Martingale
method, consistently targeting short-term profits. The functionalities of this soft-
ware were developed independently and being coupled to each other after the
end of each development cycle, ending the development process with the desig-
ning of the user interface. Through the heuristic evaluation, it was possible to
find and correct problems on user interface, improving its usability and reaching
the final version of Sisodt.

Resumo. O Sistema de Sinais para Operações Day Trade (Sisodt) foi desen-
volvido com o objetivo de buscar oportunidades de compra ou venda do mini-
ı́ndice baseadas em indicadores como volume financeiro, número de negócios e
rompimentos de suportes e resistências, gerenciando o capital de investimento
através do método Martingale, visando de forma consistente os lucros de curto
prazo. As funcionalidades deste software foram sendo desenvolvidas de forma
independente e sendo acoplada uma a outra após o término de cada ciclo de
desenvolvimento, terminando o desenvolvimento com o design da interface de
usuário. Aplicando a avaliação heurı́stica foi possı́vel encontrar e corrigir pro-
blemas na interface, melhorando sua usabilidade e chegando à versão final do
Sisodt.

1. Introdução
O mercado de ações possui um comportamento imprevisı́vel. Segundo a Nelógica (c2019)
essa imprevisibilidade pode estar ligada a diversos fatores como momento da economia
(PIB, Inflação, Taxa de juros), acontecimentos ao redor do mundo como o COVID-19
(Lora Jones, David Brown e Daniele Palumbo, 2020), manipulação de mercado (Bona,
2019) e mais outras causas (Live Capital, 2018). Os investidores/especuladores geral-
mente costumam se apoiar em duas técnicas de análise para identificar uma boa oportu-
nidade de compra ou venda de ações: Análise Fundamentalista e Análise Técnica (Bona,
2018).
Embora hajam diversas ferramentas para utilizar em sua análise (Bona, 2018),
o mercado financeiro provavelmente jamais estará livre de riscos. Falsos sinais sempre
irão ocorrer, fazendo com que uma operação resulte em um lucro menor que o esperado
ou até em prejuı́zo. Tais sinais são gerados porque o movimento do mercado acontece
de forma imprevisı́vel, sendo impossı́vel adivinhar com exatidão o próximo movimento.
Além das técnicas de análises citadas acima, existem diversas formas do investidor ou es-
peculador gerir o capital. Os mais conservadores buscam diversificar seus investimentos
olhando para o longo prazo, dividindo parte do seu capital em empresas diferentes ou até
segmentos diferentes enquanto um investidor mais arrojado pode alocar o seu capital em
uma única operação ou até fracionar o seu capital em várias partes afim de usar métodos
como o Preço Médio ou Martingale (Kamal, 2016). Esse perfil de investidor busca efe-
tuar operações de curto prazo no mercado tentando aproveitar a oscilação de mercado e
algumas de suas operações são iniciadas e finalizadas no mesmo dia caracterizando assim
uma operação Day Trade (Sasaki, s.d.). Atualmente os sistemas de mercado possuem no
geral as mesmas caracterı́sticas que são as indicações de compra ou venda baseadas em
vários indicadores mas não considerando a forma de gestão desse capital.
O objetivo deste trabalho é desenvolver um sistema focado em operações do tipo
Day Trade buscando encontrar as oportunidades de compra ou venda baseadas no vo-
lume financeiro, número de negócios e rompimentos de suportes e resistências, gerindo o
capital de investimento através do método Martingale.
Este texto está dividido nas seguintes seções: na Seção 2 apresentamos concei-
tos básicos assim como a estrutura técnica do projeto, Projeto Centrado no Usuário e a
Avaliação Heurı́stica. Na Seção 3 encontramos a metodologia empregada para desen-
volvimento. Na Seção 4 temos os detalhes de desenvolvimento do projeto. Na Seção 5
falamos sobre as considerações finais e trabalhos futuros.

2. Fundamentação Teórica
2.1. Análise Fundamentalista e Análise Técnica
A Análise Fundamentalista busca, através de fundamentos como preço por ação / lucro
por ação, dividendo por ação, ı́ndice de liquidez, endividamento e outros, a razão para
comprar ou vender uma ação conseguindo determinar através deles se o preço da ação ou
está caro ou barato em relação ao preço atual que é oferecido no mercado (Lima u. a.,
2009).
A Análise Técnica (AT) de acordo com Bona (2018): ”é o estudo dos movimentos
de preço no mercado financeiro com objetivo de encontrar pontos de compra e venda. Sua
principal base é a análise gráfica.”

2.2. Mini ı́ndice


Para entender o que é mini-ı́ndice citaremos Medeiros (2019):

”Contrato futuro é um instrumento financeiro cujo preço deriva de uma com-


modity (soja, café, boi) ou de outro instrumento financeiro como o Índice Bo-
vespa e o dólar. Nesse tipo de contrato, a compra e a venda são estabelecidas
para ocorrer em uma data futura. Logo, todo contrato futuro tem uma data de
vencimento.”

Como o próprio nome sugere, o ”mini”nada mais é do que o ı́ndice Bovespa


(também conhecido com ı́ndice futuro) citado acima porém fracionado, equivalendo a
20% dele, tanto em quantidade que compõem um lote assim como o valor ganho com sua
oscilação. Enquanto o ı́ndice futuro é composto por um lote de 5 contratos e a oscilação
de um ponto equivale a R$ 1,00 por contrato. O mini-ı́ndice é composto por apenas um
contrato e a oscilação de 1 ponto equivale a R$ 0,20 por contrato. Para negociá-lo é ne-
cessário ter uma margem financeira de garantia na conta de sua corretora. As Figuras 1 e 2
exemplificam duas operações diferentes com os contratos de ı́ndice futuro e mini-ı́ndice.

Figura 1. Contratos por lote, valor de oscilação do contrato e exemplo de


operação com lote mı́nimo.

Figura 2. Contratos por lote, valor de oscilação do contrato e exemplo de


operação com 3 lotes.

2.3. Trader
Segundo Sasaki (s.d.):

”O trader é o investidor de perfil mais arrojado, que aceita maiores exposições


ao risco. Podemos dizer que se trata de um sinônimo mais discreto para espe-
culador. Suas negociações buscam lucrar na flutuação dos preços que ocorrem
durante o perı́odo de sua posição.”

O trader executa operações de compra e/ou venda na bolsa de valores com a fi-
nalidade de lucrar na movimentação dos preços. Essas operações podem ser compradas
(executa a compra acreditando na valorização do preço para vender em seguida) ou ven-
didas (executa a venda acreditando na desvalorização do preço para comprar mais barato
em seguida). O trader se protege através de stops sendo que o stop gain protege o seu
lucro caso esteja em uma operação vencedora e o stop loss encerra suas perdas em caso
de uma operação perdedora (Clear, s.d.).

2.4. Martingale

É um sistema de gestão de capital (ou banca para apostadores) que funciona da seguinte
forma (Kamal, 2016): ao realizar uma aposta, temos dois resultados esperados que é
ganhar ou perder. Se perder, é necessário fazer uma nova aposta com o dobro do valor
anterior para cobrir os prejuı́zos e resultar em um lucro no final. Caso haja um novo
prejuı́zo, a próxima aposta também deve ser dobrada para cobrir prejuı́zos e obter lucro.
Assim que o apostador obter o primeiro ganho, ele deve zerar a sua progressão e retornar
para o valor da primeira aposta. Na Figura 3 ilustra-se melhor o cenário de martingale no
mundo das apostas.
Figura 3. Ilustração de tabela martingale para apostas.

2.5. Projeto Centrado no Usuário


Este projeto foi desenvolvido de acordo com o Projeto Centrado no Usuário, definido na
norma ISO 9241-11, que de maneira simplificada, significa priorizar todas as necessidades
e/ou desejos do usuário no momento da concepção do produto. De acordo com Benyon
(2011, pag. 6), ser centrado no usuário é:

”Colocar as pessoas em primeiro lugar; é projetar sistemas interativos que


favoreçam as pessoas e dos quais elas possam usufruir. Ser centrado no hu-
mano é: pensar no que as pessoas querem fazer em vez do que a tecnologia
pode fazer; projetar novas maneiras de conectar pessoas; envolver as pessoas
no processo de design; projetar para a diversidade.”

Benyon (2011) aborda também o quanto esse processo pode ser custoso em ter-
mos tempo e dinheiro. Mesmo considerando esses fatores, o resultado final impacta nas
duas vertentes. Prestar atenção às necessidades das pessoas e a usabilidade do produto
resulta em menos ligações para as linhas de atendimento ao cliente, menos material de
treinamento, mais rendimento, mais vendas e assim por diante (Benyon, 2011, p. 6).

2.6. Avaliação Heurı́stica


O método de Avaliação Heurı́stica foi utilizado para identificar os problemas de usabili-
dade do sistema. Este método conta com uma lista de itens a serem avaliados e apontados
caso seja encontrada uma não conformidade. Ela envolve um pequeno conjunto de ava-
liadores examinando a interface e julgando suas caracterı́sticas em face de reconhecidos
princı́pios de usabilidade, denominados heurı́sticas (Nielsen, 1993). Esse método indica
que essa avaliação seja feita por 3 a 5 pessoas pois acredita-se que uma única pessoa não
será capaz de encontrar todos os problemas.
O primeiro passo da Avaliação Heurı́stica acontece com a reunião dos inspeto-
res para compreender o contexto da aplicação, objetivo e visão geral dos usuários. No
segundo passo os inspetores avaliam individualmente as interfaces de usuário para con-
frontar as heurı́sticas de usabilidade. No terceiro passo os inspetores se reúnem para com-
pilar a lista única de potenciais problemas de usabilidade. No quarto passo os inspetores
atribuem individualmente uma severidade para os potenciais problemas encontrados. No
quinto passo os inspetores se reúnem para chegar a um consenso sobre a severidade de
cada um dos problemas (Nielsen, 1994).
As heurı́sticas são regras gerais que objetivam descrever propriedades comuns
de interfaces usáveis (Nielsen, 1994). Além disso, existem os graus de severidade dos
problemas encontrados que vão de 0 a 4, onde 0 é menor impacto e 4 o de maior impacto.
2.7. Personas

Segundo Siqueira (2020), persona é:

“a representação fictı́cia do cliente ideal de um negócio. Ela é baseada em


dados reais sobre comportamento e caracterı́sticas demográficas dos clientes,
assim como uma criação de suas histórias pessoais, motivações, objetivos, de-
safios e preocupações. A persona guia as estratégias de criação de conteúdo e
de marketing digital”

O processo de Design Centrado no Usuário aborda o tema de Concepção do


produto que por sua vez destaca a importância em se conhecer os seus usuários. Mui-
tos fatores podem influenciar o design do produto: nacionalidade, formação educacio-
nal, preferências, circunstâncias pessoais, deficiência fı́sica ou mentais, podemos ter um
usuário novato ou especialista, um casual ou frequente e com tudo isso, a maneira como
a interação é projetada pode ser afetada. As personas são descrições ricas de usuários
tı́picos do produto em desenvolvimento e não descrevem uma pessoa real e não são idea-
lizadas, mas sim realistas. Cada persona é caracterizada por um conjunto único de obje-
tivos, deve possuir uma descrição de habilidades, atitudes, tarefas e ambiente do usuário.
As personas possuem nome, podem ter fotografia, alguns dados pessoais e hobbies. Ge-
ralmente um produto exigirá um pequeno conjunto de personas em vez de apenas uma
e o estilo dessas personas pode variar (PREECE u. a. 2013). Desta forma, acredito
que quanto mais personas diferentes forem envolvidas na concepção do produto, melhor
poderá ser a usabilidade do produto.

2.8. Sistemas correlatos

As ferramentas MetaTrader, Tryd e ProfitPro possuem o mesmo propósito, que é facilitar


a compra e venda de ações na Bovespa. Elas oferecem um conjunto de ferramentas que
auxiliam o trader na tomada de decisão.
O MetaTrader (Figura 4) é um software da MetaQuotes e tem uma grande comu-
nidade de usuários que trocam informações e oferecem serviços para desenvolvimento de
algoritmos personalizados. O Tryd (Figura 5) pertence a TRYD TRADING SOLUTIONS
e seu grande diferencial é a possibilidade de roteamento das ordens via Excel. O ProfitPro
(Figura 6) da Nelógica é mais leve que o Tryd, tornando sua utilização mais agradável.
Os sistemas apresentados acima são similares. Entre eles, o que é mais diferente
é o MetaTrader, que permite o usuário com conhecimentos avançados em programação
produzir algoritmos de negociação personalizado. Por ter o foco voltado para esse tipo
de automação, o MetaTrader não oferece alguns recursos que estão presentes no Tryd e
no Profit Pro como o conjunto de ferramentas para o tape reading (técnica utilizada no
mercado para efetuar a leitura do fluxo de negócios). Já o Tryd e o Profit Pro, estão bem
próximos em todos os quesitos. A maior diferença entre eles é o preço, sendo o Profit
Pro é mais caro em sua mensalidade. A Tabela 1 compara algumas funcionalidades entre
essas ferramentas.
O Tryd e o Profit Pro permitem a troca de dados por meio do Dynamic Data
Exchange - DDE que, segundo a Tryd (s.d.):
Figura 4. MetaTrader. Fonte: Retirada do site https://www.metatrader5.com/pt/
trading-platform

Figura 5. Tryd. Fonte: Retirada do site https://www.tryd.com.br/tryd.html

“DDE é a sigla para Dynamic Data Exchange (troca dinâmica de dados). É


uma tecnologia para a comunicação entre múltiplas aplicações criada pela Mi-
crosoft em 1987. A função primordial do DDE é permitir que aplicações Win-
dows compartilhem dados. Por exemplo, uma célula do Microsoft Excel pode
ser ligada a um valor de outra aplicação, e quando o valor é alterado ele é auto-
maticamente atualizado na planilha eletrônica. O DDE continua funcionando
em qualquer versão do Excel lançada após a criação da tecnologia.”

3. Metodologia
As etapas realizadas para o desenvolvimento do Sisodt foram:
1 - Pesquisa dos trabalhos correlatos e integração de plataformas
2 - Estudo sobre indicadores do mercado
3 - Especificação das funcionalidades e elaboração do diagrama de casos de uso
4 - Desenvolvimento do back-end
Figura 6. Profit Pro. Fonte: Retirada do site https://www.nelogica.com.br/
produtos/profit-pro

Tabela 1. Comparativo de sistemas correlatos

5- Integração do sistema com o Tryd


6 - Desenvolvimento das personas
7 - Desenvolvimento do diagrama do fluxo de janelas e da primeira versão de telas
8 - Identificação de problemas de usabilidade por meio da Avaliação Heurı́stica e
correção dos problemas

4. Desenvolvimento
Nesta Seção iremos descrever como foram realizadas atividades descritas na metodolo-
gia. A atividade 1 não será detalhada pois os trabalhos correlatos foram apresentados na
Subseção 2.8.

4.1. Estudo sobre indicadores do mercado


A idéia do software é trazer ganhos diários aos usuários, independente de como o mercado
esteja se comportando. Esse processo teve que ser executado com bastante cuidado pois
um indicador pode funcionar muito bem durante uma tendência forte e definida mas trazer
resultados desastrosos em um movimento lateral de mercado. O contrário, também é ver-
dadeiro pois existem diversos indicadores que trazem ganhos altı́ssimos em um mercado
lateral mas durante uma tendência mais forte acabam sendo ruins. O mercado é defi-
nido quando os preços ficam oscilando dentro de uma faixa de preço, não ultrapassando
para cima um topo de referência e não ultrapassando para baixo um fundo de referência
(Galvão, s.d.).
Após a análise dos indicadores, escolhi como base do sistema o Volume pois ele é
o único que consegue mostrar com mais facilidade para qual direção está indo os preços,
auxiliando na decisão de compra ou venda. Volume é um indicador gráfico que tenta
mostrar o comportamento dos grandes investidores no preço de algum ativo. O volume é
originado após um negócio ser concretizado, ou seja, um comprador encontrou um ven-
dedor e o negócio foi fechado. O volume pode ser sobre a quantidade de ações que foram
negociadas, sobre o volume financeiro negociado ou sobre a quantidade de negócios fe-
chados (Vieira, 2018).

4.2. Especificação das funcionalidades e elaboração do diagrama de casos de uso


Segundo Sommerville (2018, pág. 108), “Os casos de uso são uma maneira de descrever
as interações entre usuários e um sistema usando um modelo gráfico e um texto estrutu-
rado... Em sua forma mais simples, um caso de uso identifica os atores envolvidos em
uma interação e nomeia esse tipo de interação”. A Figura 7 apresenta os casos de uso
identificados para o Sisodt:

Figura 7. Diagrama de casos de uso elaborado para a aplicação Sisodt

Abaixo uma breve explicação das funcionalidades do caso de uso:


- Consultar histórico de indicações - Permite ao usuário efetuar a consulta de todos
os trades indicados pelo Sisodt;
- Configurar sinais de Entrada - Permite ao usuário realizar a configuração do
sistema para se adequar ao seu perfil de trades, podendo ser do conservador ao arrojado;
- Realizar estudo de abertura Bovespa - Funcionalidade que acompanha os movi-
mentos de preço durante a abertura da bolsa e caso encontre uma oportunidade, realiza a
indicação desse trade ao usuário;
- Realizar estudo de abertura Dow Jones - Funcionalidade que acompanha os mo-
vimentos de preço durante a abertura do ı́ndice Dow Jones e caso encontre uma oportuni-
dade, realiza a indicação desse trade ao usuário;
- Realizar estudo de número de negócios - Funcionalidade que acompanha os
números de negócios que vem sendo realizado a cada segundo. Ao validar uma anor-
malidade na média de número de negócios, realiza a indicação desse trade ao usuário;
- Realizar estudo de alto volume - Funcionalidade que acompanha o volume fi-
nanceiro que vem acontecendo a cada segundo. Ao validar uma anormalidade na média
no volume financeiro, realiza a indicação desse trade ao usuário.
4.3. Desenvolvimento do back-end do Sisodt
O primeiro passo dado para iniciar o desenvolvimento, foi analisar as bases de dados das
cotações passadas para tentar encontrar padrões a serem aplicados no Sisodt. Padrões
como melhor horários para negociar, volume histórico, tamanho de movimentos e rompi-
mento de preços.
Após a análise da base de dados, foi iniciada a construção do Sisodt com a lin-
guagem VBA (Microsoft, 2019), com a criação do módulo de coleta das cotações. As
informações extraı́das por esse módulo são: cotação atual do mini ı́ndice, nome do ativo
que a cotação foi extraı́da, o horário que foi extraı́do e o volume de negócios acumulado
até o momento. Esses dados são coletados uma vez por segundo. Além da coleta, o
módulo ficou responsável por organizar essas informações em uma planilha, para posteri-
ormente poderem ser consultadas e estudadas. A organização dos dados é feita de acordo
o horário da coleta de dados, sendo classificada da mais antiga (primeira linha) para a
mais nova (última linha). Essa planilha mantém registrada todas as cotações extraı́das do
dia e ao iniciar um novo dia, esse histórico é apagado.
A próxima etapa do desenvolvimento foi a criação da primeira regra de negócio
utilizada pelo Sisodt: Volume de Negócios. Essa regra analisa o comportamento médio do
volume negócios afim de encontrar uma grande entrada de dinheiro no mercado, fazendo
com que os preços se movimente, gerando assim a oportunidade de compra ou venda.
Após o desenvolvimento dessa parte lógica, foi desenvolvido um método para
aplicar o conceito de Martingale a esse modelo. Ao entrar na operação e obter um
prejuı́zo, o sistema aplica o método, aumentando o número de contratos da operação, para
cobrir a perda anterior na próxima operação de sucesso. Dessa forma, o Sisodt sempre faz
a primeira operação com 1 contrato e em caso de perda, a próxima será 2 e caso ocorra
uma nova perda ocorre um novo aumento de posição para 4 contratos e assim sucessiva-
mente. A falha desse modelo é que não existe recursos financeiros infinitos, portanto esse
aumento é limitado até um certo número de contratos. Para tornar viável a utilização do
Sisodt é permitido a utilização de até 16 contratos para uma operação. Chegando a esse
limite e não acontecendo um trade vencedor, o sistema fecha a posição com o prejuı́zo
acumulado de todos os trades anteriores e aguarda a próxima oportunidade para iniciar
com 1 contrato novamente. O mesmo ocorre quando a operação é lucrativa, voltando a
aguardar a próxima oportunidade para iniciar com 1 contrato.
A última etapa de desenvolvimento desse módulo de regra de negócio foi a criação
de um método que controla o horário que é permitido negociar, pois durante os estudos
realizados nas bases de dados, foi notável a diferença de desempenho de determinados
horários. A faixa de horário para negociação dessa regra foi estipulada entre 09:25:00 e
12:40:00. Qualquer movimento que ocorre fora dessa faixa de horário, o método impede
a negociação.
O próximo passo foi a criação da segunda regra de negócio chamada Rompimento
Abertura. Essa regra monitora o comportamento dos preços durante a abertura do pregão
para encontrar oportunidades de compra ou venda.
Em seguida foi criado a terceira regra de negócio que foi chamada de Abertura
Dow Jones, que aplica o mesmo conceito da regra Rompimento Abertura, porém monito-
rando os preços durante a abertura do mercado norte americano.
A última regra criada recebeu o nome de Fluxo de Negócios, pois analisa o número
de negocios que vem acontecendo para tomar a decisão de compra ou venda.
O apêndice I explica detalhadamente o racional por trás das regras de negócio
apresentadas acima, que foram desenvolvidas para a tomada de decisão das compras e
vendas do Sisodt.
Após a criação de todas essas regras de negócio foi a vez da criação do módulo
de envio de ordens. Esse módulo fica como responsável de gerenciar os envios de ordem
do Sisodt para o Tryd que está integrado via DDE. Foram criados três métodos diferentes
para o escalonar aumento de contratos em caso de falhas nos trades. O primeiro método
criado foi o de modelo Martingale tradicional que vai dobrando sua posição anterior. O
segundo método criado um modelo Martingale mais agressivo, triplicando a sua posição
superior. O terceiro método foi criado se baseando na sequência de Fibonacci (Figura 8).

Figura 8. Tabela de exemplificação do escalonamento de contratos dos métodos


criados no módulo de envio de ordens.

Após a criação dos métodos e simulações desses modelos, eles acabaram não
sendo usados ou por razão de baixo retorno ou por razão de alto risco, deixando como
único método utilizado o Martingale (tradicional). Após o desenvolvimento desse módulo
foi necessário testar a integração Sisodt com Tryd e nesse momento foi descoberto que
as ordens não eram enviadas caso o Sisodt não fosse interrompido por um tempo. A
solução foi a implementação da regra de 1 segundo, que foi implementada no primeiro
módulo desenvolvido (Coleta de dados). Antes dessa implementação, o Sisodt coletava
as cotações do Tryd aproximadamente 18 vezes por segundo e após essa implementação
de pausa, sua coleta passou a ser 1 vez por segundo para atender esse requisito e permitir
o envio de ordem.
Durante esse teste percebi que o usuário era obrigado a usar todas as regras de
negócio no dia, o que é incorreto. Para solucionar tal problema foi criado um toggle para
cada regra de negócio e para cada regra de envio de ordem, dando ao usuário flexibilidade
na utilização do Sisodt.
4.4. Integração do sistema com o Tryd
Inicialmente, o Sisodt foi pensado para apenas fornecer os sinais de compra e venda,
sem a possibilidade de enviar ordens automaticamente. Ao realizar uma pesquisa das
plataformas disponı́veis no mercado, me deparei com o Tryd que tinha uma seção cha-
mada ’Automatizador’ em sua apresentação. Ao me aprofundar no tema, vi que seria
possı́vel realizar essa automação pois o Tryd entrega em sua plataforma essa integração
já pré-configurada. O principal requisito é mapear uma planilha do Excel para interagir
com o Tryd através da tecnologia DDE. Para realizar essa integração foi necessário criar
um arquivo de Excel com uma planilha que deveria ter a ordem das colunas que foram
estipuladas pelo Tryd. A ordem da colunas solicitadas está descrita no Apêndice II.
Ao finalizar essa configuração, foi necessário inserir no Tryd o nome e cami-
nho desse arquivo e o nome da planilha que foi mapeado as colunas solicitadas. Assim,
quando ocorre uma oportunidade de negócio de compra ou venda, o Sisodt lança nesta
planilha as informações solicitadas e troca o conteúdo do campo de Condição de Compra
ou Condição de Venda de Falso para Verdadeiro e um segundo depois, atribui novamente
ao campo o valor de Falso, fazendo com que a ordem seja liberada no Tryd, que por sua
vez, a lança no mercado.

4.5. Desenvolvimento das personas


O próximo passo, foi a criação de personas como modelos de usuários do sistema. Para
tal criação, em busca da diversidade de perfis, as personas foram elaboradas observando
principalmente sua idade, a situação econômica e os objetivos com os investimentos. Es-
sas caracterı́sticas foram observadas pois a idade pode determinar se seus objetivos são de
curto prazo ou longo prazo, a situação econômica pode indicar qual o tamanho do risco
que um determinado usuário está disposto a correr em seus trades e seus objetivos com
os investimentos que mostram se será utilizado como forma de complemento de renda
ou como algo aumento de patrimônio. Para atender os pontos abordados acima, foram
criadas 4 personas: Fernanda, Augusto, John e Luzia. Os detalhes das personas estão
disponı́veis no Apêndice III.

4.6. Desenvolvimento do diagrama do fluxo de janelas e da primeira versão da


interface de usuário
Os diagramas de fluxo da interface do usuário são normalmente usados para modelar as
interações que os usuários têm com seu software. Eles permitem que se obtenha uma
visão geral de alto nı́vel da interface do usuário para o aplicativo. Essa visão geral de alto
nı́vel permite entender a interface de usuário completa de um sistema (Ambler, c2003). O
usuário poderá navegar entre as telas conforme o diagrama da Figura 9.

Figura 9. Diagrama de fluxo de janelas elaborado para a aplicação Sisodt

A tela principal é a tela encarregada de chamar as outras telas. O usuário poderá ir


para tela de Histórico de Operações ou para tela de Configurações. Uma vez que estiver
em uma dessas duas telas, sua única opção de navegação será voltar para tela Principal.
A tela principal é a tela inicial do sistema. Quando o Sisodt for aberto, essa é a tela que
será exibida para o usuário. Essa tela é onde o usuário deve passar grande parte do tempo,
pois ela é a responsável por sinalizar os momentos de compra e/ou venda de contratos do
mini-ı́ndice. A tela de Histórico tem a função de registrar todas as operações indicadas no
dia. A tela Configurações tem a função de configurar o Sisodt com parâmetros diferentes.
Na tela principal (Figura 10) o usuário terá informações importantes como número
de contratos a ser utilizado naquela negociação, qual a cotação de entrada da operação,
qual a cotação para saı́da em caso de prejuı́zo, a cotação de saı́da em caso de lucro, tipo de
operação que pode ser de compra ou venda, estado que a operação se encontra que pode
ser aberta ou fechada, qual foi seu horário de inı́cio, qual o resultado financeiro estimado
no dia e a informação se o sistema está parado ou em execução. No topo da tela, o usuário
terá na tela o preço atual, a máxima e a mı́nima do mini-ı́ndice atingida no dia, data e
horário atual.

Figura 10. Tela Principal em seu estado inicial elaborada para a aplicação Sisodt

A função da tela principal é sinalizar as operações para o usuário, as informações


financeiras foram descartadas, focando apenas nas informações de entrada e saı́da das
operações. Os dados foram colocados nessa ordem para ajudar e facilitar o usuário no
entendimento das informações. Os rótulos Preço Atual, Máxima do dia e Mı́nima do dia,
que ficam no topo da tela, permitem ao usuário filtrar de forma rápida se uma operação
deve ser feita ou não caso sua indicação ocorra próximo ao preço mı́nimo ou máximo do
dia; a data serve para sinalizar ao usuário o horário atual que também podem influenciar
nos negócios; a coluna das regras de negócio Rompimento Abertura, Distanciamento do
preço, Abertura Dow foram colocadas nessa ordem pois existem regras diferentes para
os horários de negociação de cada uma delas. Geralmente as oportunidades de negócios
aparecem nesta ordem, sendo a primeira em Rompimento Abertura e última Volume de
Negócios.
Os rótulos de Quantidade contratos, preço entrada, preço stop, preço saı́da, tipo
operação, estado operação e horário de inı́cio foram organizados dessa forma pois é co-
mum pensar ou se questionar nesse fluxo de ordem: Quanto estou arriscando? Quando
eu devo arriscar? Quando devo parar minhas perdas caso tudo dê errado? Quando devo
garantir meu lucro? O que tenho que fazer para chegar a esse resultado? Feito tudo isso,
como anda o que planejei? Quando que tudo isso foi pensado? A ordem dessas perguntas,
se encaixam na ordem dos rótulos colocados na tela.
Por fim os botões foram colocados assim para sinalizar ao usuário que primeiro,
ele deve iniciar o sistema para ver as indicações e caso queira, pode parar em seguida.
Além disso você poderá ver o histórico das indicações e configurar seu sistema. No final
da tela a label de consolidado do dia irá mostrar o resultado acumulado do dia de maneira
fácil para que o usuário não precise trocar de tela para ver essa informação. As ações
que o usuário terá nesta tela será: botão Iniciar Sistema - Responsável por iniciar o Sisodt
para coletar as cotações e fornecer os sinais de compra e/ou venda; botão Parar Sistema
- Responsável por parar o Sisodt, interrompendo a coleta as cotações e fornecimento dos
sinais; botão Histórico - Direciona o usuário para a tela de histórico das operações; botão
Configurações - Direciona o usuário para a tela de configurações.
Sempre que houver uma nova operação, a tela Histórico (Figura 11) é alimentada
permitindo que o usuário consulte todas operações indicadas pelo Sisodt no momento
que desejar. Essa tela irá apresentar as seguintes informações: Qual a regra de negócio foi
utilizada naquela operação, quantidade de contratos utilizados, preço de entrada, preço
de saı́da, qual o tipo de operação, quantidade de pontos ganhos/perdidos, saldo em Reais,
horário de inı́cio da operação e o resultado financeiro estimado no dia. Essa tela apresenta
o campo pontos pois através dele é possı́vel mensurar a quantidade de dinheiro que foi
ganho ou perdido em uma operação.

Figura 11. Tela Histórico de operações em seu estado inicial elaborada para a
aplicação Sisodt.

A organização dessa tela foi pensada para responder as seguintes perguntas: Apre-
sentar o financeiro referente às operações indicadas; Qual técnica foi usada para ter aquele
plano de trade? Qual foi o tamanho do risco utilizado? Quando que eu aceitei o risco e
entrei na operação? Quando sair da operação? Como ele ganhou aquela operação? Foi
comprado ou foi vendido? Qual foi o saldo final de pontos da operação? Quantos reais
esses pontos equivalem? Quando tudo isso aconteceu? Assim, a ação que o usuário terá
nesta tela será: Botão voltar - Direciona o usuário para a tela principal.
Tela de Configurações (Figura 12) permite ao usuário configurar parâmetros di-
ferentes no seu perfil de investidor, sendo ele do arrojado até o moderado. As ações
disponı́veis nesta tela são:

Figura 12. Tela Configurações em seu estado inicial elaborada para a aplicação
Sisodt.

Em ’perfil de indicações’, o usuário pode escolher opção entre Conservador, Mo-


derado e Arrojado. Em ’habilitar regra de negócio’, o usuário pode escolher desde ne-
nhuma das opções até todas elas. As possibilidades são as seguintes: Rompimento Aber-
tura, Distanciamento do preço, Abertura Dow Jones e Volume de Negócios. Ao habilitar
a regra de negócio, o sistema passa a monitorá-la e exibe as oportunidades de negócio
dessa regra na tela principal. Com ’Habilitar envio de ordens automático’, o usuário tem
a opção de deixar todas desabilitadas assim como todas habilitadas. Ao habilitar o envio
de ordens automático, além do sistema exibir na tela principal a oportunidade de negócio,
ele irá disparar a ordem de compra ou venda para tal evento, permitindo que o usuário
aproveite todas as oportunidades mesmo se não estiver acompanhando a tela do sistema.
Enquanto que o botão ’Salvar configurações’ permite salvar as mudanças feitas nesta tela
antes do usuário sair dela e o botão ’voltar’ direciona o usuário para a tela principal.
A organização das informações desta tela foi com o seguinte pensamento: A pri-
meira coisa, é definir qual o perfil de operações do usuário? Aceita um risco menor ou um
risco maior? Em seguida, o usuário pode escolher quais métodos vão lhe proporcionar
as possibilidades de ganhos ou perdas e se ele prefere ou não que essas indicações sejam
automaticamente negociadas pelo Sisodt ou não. Após fazer essas escolhas, ele poderá
salvar as alterações e voltar pra tela principal.

4.7. Identificação de problemas de usabilidade por meio da Avaliação Heurı́stica e


correção dos problemas
Na avaliação da interface de usuário foram envolvidas três pessoas com conhecimento
do mercado financeiro e plataformas de negociação e 1 (uma) outra que não tinha tanto
conhecimento desse segmento, totalizando assim 4 (quatro) pessoas como avaliadores.
Foram encontrados 21 problemas de usabilidade com a Avaliação Heurı́stica, sendo que
todos os problemas identificados encontram-se no Apêndice IV. Percebe-se que a maioria
dos problemas encontrados (42,86%) foram considerados de grau 2, ou seja, um problema
de usabilidade menor que, segundo o método de Avaliação Heurı́stica, possuem prioridade
baixa para correção. Se somados aos problemas encontrados de grau 1, temos um total
de 71,43% de defeitos encontrados que não possuem grande impacto no sistema. Foi
identificado somente um problema catastrófico, ou seja, de grau 4. Dessa lista de 21
itens, foram separados 11 para correção para entrega final das telas. O critério de decisão
para seleção dos problemas a serem corrigidos foi o grau de dificuldade para alteração do
código ou ajustes de layout. A correção dos demais problemas ficam como sugestão para
trabalhos futuros.

4.8. A nova interface de usuário do SisODT


Após a Avaliação Heurı́stica, as telas acabaram sofrendo algumas mudanças para soluci-
onar os problemas encontrados.
Problemas encontrados na tela principal que foram corrigidos, gerando a nova
versão da tela principal (Figura 13): (1) Rótulo do botão ”Historico”não possui acento;
(2) O usuário pode clicar no botão ”Parar sistema”mesmo quando o status do sistema
estiver ”parado”;(3) O usuário pode clicar no botão ”Iniciar sistema”mesmo quando o
status do sistema estiver ”Em execução”.

Figura 13. Redesign da tela principal do Sisodt com sistema em funcionamento.

Problemas encontrados na tela histórico de operações e corrigidos, gerando nova


versão da tela (Figura 14): (1) A palavra ”método”não aparece nas outras telas; (2) Preços
não estão formatados.
Problemas encontrados na tela de configurações e sua correção geraram a nova
versão da tela (Figura 15): (1) Rótulo da caixa de opções ”Habilitar regra de nego-
cio”não possui acento; (2) Rótulo da caixa de opções ”Habilitar envio de ordens automa-
tico”não possui acento; (3) Não ficou claro a co-relação entre perfil e regras de negócio;
(4) O rótulo ”sim”pode confundir o usuário, acreditando que está habilitado o item; (5)
Usuário pode não se lembrar se realizou modificações. Sugestão: deixar o botão ”Salvar
configuração”habilitado somente se o usuário modificar alguma configuração. E, quando
salvar, desabilitar o botão; (6) Caso o usuário altere uma configuração e clique no botão
”Voltar”não recebe feedback avisando que as alterações não foram salvas.
Figura 14. Redesign da tela de histórico de operações do Sisodt.Exemplo de tela
em funcionamento.

Figura 15. Redesign da tela de configurações do Sisodt.

5. Considerações Finais
O objetivo deste trabalho foi desenvolver um sistema focado em operações do tipo Day
Trade gerindo o capital de investimento através do método Martingale, visando os lucros
de curto prazo de forma consistente. O motivo para sua implementação foi para propor-
cionar aos usuários liberdade por não precisar estar presente durante as negociações e a
isenção da tomada de decisão para comprar ou vender o mini-ı́ndice.
O Sisodt foi desenvolvido e integrado à aplicação Tryd através da conexão DDE,
para viabilizar o envio automático de ordens via Sisodt tendo enfoque na usabilidade. Para
isso, foram desenvolvidas personas, diagrama de fluxo de janelas, o design da interface de
usuário e realizada uma avaliação heurı́stica que apontou problemas de usabilidade que
foram corrigidas, gerando uma nova versão da interface com melhor usabilidade.
Pelo curto espaço de tempo para desenvolvimento do Sisodt, foram priorizadas
algumas funcionalidades e configurações, permitindo que o usuário conseguisse negociar
com êxito apenas o mini-ı́ndice. Atualmente a Bolsa de Valores (B3) é composta por
centenas de empresas e todas poderiam ser negociadas através do Sisodt, porém seria ne-
cessário um grande tempo para implementação de novas regras de negócio assim como
suas devidas calibrações para tornar o trade vencedor. A forma de enviar ordens no mer-
cado (via integração com Tryd) se mostrou, em algumas vezes, ineficiente para a proposta
do Sisodt, pois nas operações Day Trade, um décimo de segundo pode fazer a diferença e
o disparo via Tryd acabava consumindo 1 segundo para sua realização. Acredito que hoje
a melhor plataforma para o Sisodt ser desenvolvido seria mobile (Android e iOS), assim
daria mais flexibilidade em sua utilização.
As disciplinas empregadas para desenvolvimento do Sisodt foram: Linguagem de
programação I e II, inglês técnico, Matemática, Interação Humano-Computador, Metodo-
logia de Pesquisa Cientı́fica e Tecnológica, Gestão de Projetos, Projeto de Sistemas I e II,
entre outras.
Como trabalhos futuros, acredito ser necessária a implementação de mais opções
de negociações no Sisodt, não se limitando apenas ao mini-ı́ndice. Uma lista interessante
para ser negociada além do Mini-ı́ndice seria Dólar, Petrobrás, Vale, Itaú, Bradesco, Am-
bev e Magazine Luiza. Além disso, implementar uma interface para visualizar o gráfico
do ativo que desejar, criar um banco de dados para armazenar o histórico dos dias ante-
riores e a configuração de indicadores de compra e venda que estão presentes nos outros
aplicativos deste segmento, que são: Estocástico, MACD, Bandas de Bollinger e IFR.

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6. Apêndice I - Regras de negócio do Sisodt
6.1. Volume de Negócios
O nome foi escolhido pois ela parte de princı́pio que quando o volume de negócios se
comporta acima de média, um provável movimento de preço está por vir. A média es-
colhida para ser analisada nessa regra foi a de 5 perı́odos, ou seja, ela extrai a média de
negócios fechados nos últimos 5 segundos. Assim que isso acontece, o Sisodt coleta qual
foi a cotação do momento em que houve o rompimento do volume médio, acrescenta 60
pontos para cima (para iniciar uma operação de compra) e 60 pontos para baixo (para ini-
ciar um operação de venda). Cheguei ao valor de 60 pontos estudando o comportamento
passado do mini-ı́ndice. Em outras palavras, se no momento de rompimento do volume
a cotação for de 95.000 pontos, o Sisdot aguarda os pontos ultrapassarem 95.060 para
iniciar uma operação de compra e no caso da operação de venda, ele aguarda a cotação
ser inferior a 94.940. Um ponto importante a se lembrar é que cada movimento do mini-
ı́ndice equivale a 5 pontos. Dessa forma, o primeiro preço depois dos 95.060 será o 95.065
e assim sucessivamente. Para essa regra de negócio, o ganho estabelecido é de 250 pontos
referente a cotação que excedeu o volume médio. Para o exemplo citado acima em que
a cotação de rompimento foi 95.000, o objetivo de pontos para encerrar a operação de
compra seria 95.250. No caso da venda, o objetivo seria 94.750. Considerando que a
entrada da operação são de 60 pontos para cima ou para baixo, desconta-se esse valor no
final para obter qual o ganho real de pontos da operação que seria 250 - 60, resultado em
190 pontos que precisa subtrair os 5 pontos da entrada, chegando ao final de 185 pontos
de lucro. Caso a cotação vá para direção contrária da sua operação, a saı́da fica sempre no
objetivo de entrada da operação inversa. Em outras palavras, se sua operação é de compra
e você tem um prejuı́zo, sua cotação de saı́da é a cotação de entrada para operação de
venda. Logo no exemplo acima, o prejuı́zo seria de 130 pontos, pois a compra aconteceu
aos 95.065 e a venda aos 94.935 que nos leva aos 130 pontos. Na Tabela 2 é apresen-
tado um exemplo considerando essa regra de negócio caso o rompimento acontecesse aos
95.000 pontos.

Tabela 2. Tabela de exemplificação das cotações de negociação da regra Volume


de Negócios.

Na (Tabela 3). é possı́vel observar que se tiver um Gain na primeira operação, o


lucro será de R$ 37,00. Na segunda operação o lucro seria de R$ 48,00 e na próxima R$
96,00 até chegar ao limite de R$ 384,00. Porém caso tudo dê errado, o prejuı́zo será de
R$ 806,00 nesse trade, mas para isso acontecer será necessário 5 perdas consecutivas. A
operação se dá por finalizada quando se tem um lucro ou quando ocorre a perda da 5º en-
trada. Em ambos os casos, o Volume de Negócios volta a procurar uma nova oportunidade
de negócio se iniciando da 1º entrada novamente.
Tabela 3. Tabela de exemplificação das operações com Martingale no Volume de
Negócios.

6.2. Rompimento Abertura


O nome escolhido se deve a sua estratégia de operar em um rompimento de preço durante
a abertura do pregão que tende a ser bem volátil. A regra aplicada a esse modelo é
registrar, durante os primeiros dez segundos de pregão, qual foi o preço máximo e o
preço mı́nimo obtido. Esses preços servem como base de rompimento para compra ou
para venda e tem como objetivo de ganho 200 pontos. Vamos usar um exemplo aqui
que durante esses dez segundos de pregão, o preço máximo foi 92.000 pontos e o preço
mı́nimo foi 91.970. A Tabela 4 exemplifica esse modelo de negociação:

Tabela 4. Tabela de exemplificação das operações com Martingale no Rompi-


mento abertura.

A grande diferença deste modelo é que ele seleciona um intervalo de perı́odo (os
primeiros dez segundos de pregão) para extrair o ponto de compra e venda. Por essa
diferença, foi necessário criar um novo método para validar o tamanho dessa oscilação de
abertura, pois dependendo do tamanho desse movimento, o trade se torna inviável (stop
loss muito alto). Não compensaria tentar extrair 200 pontos de lucro caso sua variação
para stop loss ser de 400 pontos, por exemplo. Nos estudos realizados o tamanho máximo
de oscilação aceitável para negociar é de 110 pontos. Caso a diferença entre a cotação
máxima e a cotação mı́nima seja superior a 110 pontos, o método de validação não irá
permitir a negociação naquele dia. Os parâmetros de horário de negociação para o Rom-
pimento abertura também são diferentes. Ele pode acontecer entre 09:00:00 e 16:30:00,
porém apenas uma única vez no dia. Ao conseguir uma operação lucrativa ou atingir a
perda máxima da 5º entrada, ele interrompe as negociações para o restante do dia.

6.3. Abertura Dow Jones


Nome dado pois essa regra só trabalha durante a abertura da bolsa de Nova York. O ı́ndice
Dow Jones está presente na bolsa americana e quando começa o seu pregão, um grande
volume financeiro entra a Bolsa Brasileira. Esse volume é responsável por movimentar
os preços e essa regra tenta aproveitar essa onda de dinheiro no mercado. Seu modelo de
negociação é bem similar ao anterior (Rompimento Abertura) que trabalha na abertura da
Bolsa Brasileira. As suas grandes diferenças são:
1 - O perı́odo utilizado para extrair o preço máximo e o preço mı́nimo passa de 10
segundos para 3 minutos, ou seja, sua abertura acontece às 10:30:00 horário de Brası́lia
e a regra Abertura Dow Jones obtém entre 10:27:00 e 10:30:00 qual foi a maior e menor
cotação para usar como base de compra e venda;
2 - O objetivo de ganho também é maior pois o volume é superior ao da abertura
da Bovespa. Para esse modelo é utilizado um objetivo de 275 pontos;
3 - O stop loss dessa regra de negócio ficou definida em 150 pontos;
4 - Seu horário de análise e indicações fica entre 10:30:00 e 16:30:00.
A Tabela 5 fornece um exemplo com essa regra de negociação, imaginando que
entre 10:27:00 e 10:30:00 a cotação máxima foi de 91.500 e a mı́nima de 91.400:

Tabela 5. Tabela de exemplificação das operações com Martingale na Abertura


Dow Jones.

A similaridade em relação a quantidade de negócios no dia permanece, ou seja,


obtendo um ganho ou atingindo a perda máxima consecutiva do dia, essa regra é inter-
rompida e só voltará a fornecer sinais no próximo pregão.

6.4. Fluxo de Negócios


A última regra criada recebeu esse nome pois considera a quantidade de negócios reali-
zados para indicar a compra ou venda. Essa regra faz a soma dos números de negócios
realizados nos últimos 3 segundos, e caso esse número seja superior a 8.000, indica que
houve um número elevado de negócios e possivelmente um movimento de preço irá se
iniciar. Após obter esse número de negócios como trigger, ele busca nos últimos 20 se-
gundos a maior e menor cotação para ser usada como base de compra e venda. Além
disso, essa diferença entre o máximo e o mı́nimo também é utilizada para calcular o ta-
manho do objetivo de Gain. Esse objetivo será 1,5 vezes o valor dessa diferença. Para
exemplificar pegamos do intervalo dos últimos 20 segundos a maior cotação de 93.700 e
a menor cotação de 93.600. Logo a compra acontece após o rompimento dos 93.700 e a
venda ocorre após a perda dos 93.600. A diferença da máxima e da mı́nima, equivale a
100 pontos e o objetivo será de 100 x 1,5, ficando como objetivo da compra 93.850 e o
objetivo da venda em 93.450. A Tabela 6 exemplifica esse modelo.

Tabela 6. Tabela de exemplificação das operações com Martingale no fluxo de


negócios.
Suas particularidades são:
- O horário de negociação permitido nesta regra é de 09:25:00 até 13:59:59;
- Oscilação máxima entre a maior cotação e menor cotação não pode ser superior
a 130 pontos;
- Oscilação mı́nima entre a maior cotação e menor cotação não pode ser inferior a
45 pontos.
7. Apêndice II - Ordem de colunas para roteamento de ordens no Tryd
Ordem das colunas para a integração do Sisodt e Tryd para o roteamento das ordens.
- Papel - Recebe o código do que será negociado, no caso do Sisodt, o código do
mini-ı́ndice; - Código Cliente - Código de cliente fornecido pela corretora após aprovação
do cadastro;
- Condição de compra - Mapeia se deve ou não enviar a ordem de compra. Tra-
balha com dois valores (Falso e Verdadeiro) onde o Falso, não executa nenhuma ação o
Verdadeiro, autoriza o Tryd enviar a ordem de compra;
- Máx. Qtd. Compra - Limita qual deve ser o máximo de exposição que o usuário
irá aceitar no envio automático ao comprar, no caso do Sisodt, era limitado pelo número
de contratos que são 16;
- Qtd. Apar. Compra - Utilizado para inserir uma ordem de compra podendo ser
invisı́vel aos outros traders no mercado ou não;
- Qtd. Compra - Quantidade de contratos a serem comprados;
- Preço Compra - Valor da cotação que o usuário deseja comprar;
- Preço Venda - Valor da cotação que o usuário deseja vender;
- Qtd. Venda- Quantidade de contratos a serem vendidos;
- Qtd. Apar. Venda - Utilizado para inserir uma ordem de venda podendo ser
invisı́vel aos outros traders no mercado ou não;
- Máx. Qtd. Venda - Limita qual deve ser o máximo de exposição que o usuário
irá aceitar no envio automático ao vender, no caso do Sisodt, era limitado pelo número de
contratos que são 16;
- Condição de venda - Mapeia se deve ou não enviar a ordem de venda. Traba-
lha com dois valores (Falso e Verdadeiro) onde o Falso, não executa nenhuma ação o
Verdadeiro, autoriza o Tryd enviar a ordem de venda.
8. Apêndice III - Personas
Neste trabalho foram desenvolvidas quatro personas
Fernanda, a jovem estudante que quer começar a investir
Fernanda tem 18 anos e está no primeiro semestre do curso de Ciências
Econômicas de uma universidade particular. Ela é solteira, não tem filhos e mora com
seus pais. Atualmente mora na cidade de São Paulo e sua fonte de renda vem de uma
mesada que ganha de seus pais. Pertence a uma famı́lia de classe média.
Seus pais pagam todos os seus custos além de sua mesada. Sonhando em ter sua
independência financeira, procura por programas de estágio e desde já quer começar a
investir o pouco que juntou, pois sempre ouviu dizer que quanto mais cedo começar, mais
cedo irá ter sua independência. Já assistiu alguns vı́deos ensinando formas de investir e
negociar na bolsa, mas tem receios de perder seu dinheiro. Adora ficar em casa assistindo
filmes e séries. Utiliza seu Facebook para conversar com amigos, usa o Youtube para se
distrair e aprender várias coisas. Embora não seja uma pessoa da área de tecnologia, tem
grande facilidade em utilizar a grande maioria dos softwares.
Augusto, o persistente
Augusto tem 35 anos e possui o ensino médio completo. Ele é casado, não tem
filhos e mora com sua esposa que atualmente está desempregada. Vive em Campinas e
trabalha como vendedor em uma loja de móveis.
Começou a trabalhar desde os seus 18 anos e sempre acreditou que o empreende-
dorismo e investimentos seriam melhores do que estudos. Desde que começou a trabalhar,
planeja o que irá fazer com o dinheiro para que renda mais dinheiro. Já tentou morar fora
do Brasil mas não obteve sucesso. Seu sonho é viver da renda de seus trades. Já ten-
tou várias técnicas ensinadas na internet mas todas levaram ao mesmo resultado, a perda
do seu capital. Atualmente Augusto busca um novo método para voltar aos trades na
Bolsa de Valores. Seu passatempo favorito é jogos de computador. Segue jovens traders
no Instagram e pensa em fazer cursos que esses traders vendem para aumentar seu co-
nhecimento. Utiliza o Youtube principalmente para assistir replay de mercados e vı́deos
motivacionais. Seu conhecimento na área de tecnologia é básico, limitando a utilização
de mı́dias sociais e navegação na internet. Quando precisa de algo além disso, pede ajuda
a amigos.
John, o indeciso
Jhon tem 30 anos. É divorciado, não tem filhos e mora em uma kitnet próxima ao
seu trabalho. Vive em São Paulo e trabalha como supervisor de telemarketing em um call
center. Começou a fazer o curso de Ciência da Computação e parou no terceiro semestre
por acreditar que um curso de gestão financeira seria mais aproveitado dentro da empresa
que trabalha, por isso iniciou o curso de Gestão Financeira mas também não concluiu.
Começou a trabalhar com 18 anos e não planejava muito bem o que fazer. Vivia
trocando de emprego buscando o de melhor remuneração. Já foi caixa de supermercado,
ajudante de oficina, vendedor, atendente e já foi dono de uma pequena locadora que não
deu certo. John é uma pessoa que é facilmente influenciado por outras pessoas. Vive
ouvindo coisas dos companheiros de trabalho e primos. Em uma dessas conversas, ouviu
sobre investimento na Bolsa com pouco valor. Passou a estudar o assunto e gostou da
ideia. Como John não tem muito dinheiro, ele passa seu tempo livre fazendo simulações
com técnicas diferentes para encontrar uma que seja consistente. Seu sonho é se tornar
milionário com seus investimentos. Gosta muito de tecnologia e se relaciona muito bem
com ela. Twitter, Instagram, Youtube, Facebook, Linkedin entre outros são ferramentas
que o John utiliza. Utilizar o computador e softwares diferentes é bem normal para John
que, de vez em quando, se arrisca fazendo alguns programas em Java ou C + +.
Luzia, a empreendedora e investidora
Luzia tem 50 anos e é formada em Engenharia Elétrica há muitos anos. Atual-
mente é casada e tem 3 filhos. Vive em Florianópolis com seu marido e seus filhos. Dona
de uma pizzaria de grande sucesso, um restaurante e um salão de beleza. Tem uma vida
financeira estável.
Como Luzia conquistou sua independência financeira, passou a fazer investimen-
tos com o dinheiro extra. Rodeada de amigos que investem dinheiro, Luzia há 10 anos
efetua investimentos de longo prazo e sempre diversificou sua carteira de investimen-
tos pois acredita que essa é a melhor forma de proteger seu dinheiro. Preocupada com
seus filhos, ela sonha em deixar um grande patrimônio para eles, para que nunca falte
algo. Como Luzia diversifica seu dinheiro, ela investe em empresas grandes e pequenas
de diversos segmentos e agora busca também montar uma carteira de investimentos com
algoritmos oferecidos por empresas especializadas. Adora viajar e seu destino favorito
é a Europa, que vai pelo menos uma vez por ano com sua famı́lia. É uma pessoa muito
ocupada e não tem muito tempo para aprender coisas novas, por isso se limita a poucas
coisas relacionadas a tecnologia. Usa Facebook e Instagram somente para divulgação de
negócios e para acompanhar a imagem de sua pizzaria. Sempre que precisa de qualquer
coisa como instalar um novo software ou baixar qualquer coisa da internet chama um de
seus filhos.
9. Apêndice IV - Problemas encontrados durante a avaliação heurı́stica
A figura 16 mostra todos os problemas encontrados na avaliação heurı́stica, assim como
a heurı́stica que foi violada e o seu grau de severidade.

Figura 16. Consolidado dos problemas encontrados durante a avaliação


heurı́stica
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Documento Digitalizado Público


Anexo I - TCC - aluno Ricardo Alves Monteiro - HT1520318

Assunto: Anexo I - TCC - aluno Ricardo Alves Monteiro - HT1520318


Assinado por: Andre Constantino
Tipo do Documento: Outro
Situação: Finalizado
Nível de Acesso: Público
Tipo do Conferência: Documento Digital

Documento assinado eletronicamente por:


Andre Constantino da Silva, PROFESSOR ENS BASICO TECN TECNOLOGICO, em 13/01/2021 20:20:09.

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