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planos de saúde
Gestão de planos de saúde
Presidente
Rodrigo Galindo
Conselho Acadêmico
Alberto S. Santana
Ana Lucia Jankovic Barduchi
Camila Cardoso Rotella
Cristiane Lisandra Danna
Danielly Nunes Andrade Noé
Emanuel Santana
Grasiele Aparecida Lourenço
Lidiane Cristina Vivaldini Olo
Paulo Heraldo Costa do Valle
Thatiane Cristina dos Santos de Carvalho Ribeiro
Revisão Técnica
Iara Gumbrevicius
Editorial
Adilson Braga Fontes
André Augusto de Andrade Ramos
Cristiane Lisandra Danna
Diogo Ribeiro Garcia
Emanuel Santana
Erick Silva Griep
Lidiane Cristina Vivaldini Olo
ISBN 978-85-8482-977-4
2017
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário
Unidade 1 | Os sistemas de saúde no Brasil: história, cadeia produtiva e
dados do setor 7
Os sistemas de saúde no
Brasil: história, cadeia
produtiva e dados do setor
Objetivos de aprendizagem
Nesta unidade, iniciaremos nosso estudo compreendendo
a evolução dos sistemas de saúde por meio de uma
abordagem histórica, contemplando sua origem e tipologias
(público e privado). Além desse objetivo principal, há dois
objetivos específicos: i) apresentar a cadeia produtiva dos
sistemas de serviços de saúde privado e ii) os dados do setor
privado em contexto nacional.
• Vigilância sanitária -
• Vigilância epidemiológica -
• Atenção à saúde • Atenção à saúde
• Promoção à saúde • Promoção à saúde
• Prevenção de riscos e doenças • Prevenção de riscos e doenças
• Atenção básica • Atenção básica
• Atenção de média e alta complexidade • Atenção de média e alta complexidade
Figura 1.2 | Taxa de cobertura dos planos privados de assistência médica por
Unidades da Federação (Brasil - junho/2016)
Fique ligado
Nesta primeira unidade, fizemos uma descrição do que são
sistemas de saúde e da forma que eles se subdividem. Identificamos
e descrevemos como ocorreu o surgimento do SUS e do sistema
privado de saúde, apresentando suas respectivas histórias e
características. Ilustramos e descrevemos quais são as organizações
que compõem a cadeia produtiva de serviços privados no país e,
dessa forma, foi possível verificar a diversidade de funções que
podem desempenhar e suas naturezas. Vimos também os dados
do setor da saúde suplementar, que nos permitiu conhecer o
número de operadoras, usuários e como o setor tem respondido à
situação econômica nacional atual. Por fim, demonstramos onde
estão as maiores concentrações de usuários nas regiões e nas
Unidades Federativas do Brasil.
Os modelos de gestão de
saúde privada: termos técnicos
e características
Carlos Eduardo de Lima
Objetivos de aprendizagem
Caro aluno, o objetivo desta unidade é compreender
como está estruturado o setor de saúde suplementar no
Brasil. Para isso, primeiramente, apresentamos a você alguns
termos técnicos que auxiliarão na efetiva gestão dos planos
e seguros-saúde, por considerarmos que o conhecimento
desses conceitos é de fundamental importância para o
gestor da área da saúde. Em seguida, apresentamos os
principais modelos (modalidades) médico-hospitalares que
operam planos e seguros-saúde no Brasil bem como suas
características, incluindo os dados do setor.
Atividades de aprendizagem
2.3 Autogestão
Entende-se por autogestão “a forma na qual as próprias
empresas administram programas de assistência à saúde para seus
empregados. As organizações podem ainda contratar terceiros
para administrar os programas” (UNIDAS, 2005, p. 23). Algumas
dessas empresas arcam com todos os custos dos planos de seus
colaboradores, mas na maioria dos casos, a conta é dividida com os
beneficiários proporcionalmente ao salário recebido e descontada
2.5 Filantropias
A filantropia diz respeito à entidade sem fins lucrativos,
operadora de planos de saúde, que tenha obtido certificado de
entidade filantrópica. Certificado este obtido no Conselho Nacional
de Assistência Social (CNAS), ainda que disponha de declaração
de utilidade pública no Ministério da Justiça ou declaração de
Não
Modalidade Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste Total
ident.
Cooperativa
840.559 2.154.859 9.432.915 4.025.043 1.388.283 8.945 17.850.604
médica
Medicina de
466.224 2.684.775 12.135.178 1.552.477 694.548 374 17.533.576
grupo
Seguradora
especializada 182.572 881.877 4.860.657 378.364 343.338 2.655 6.649.463
em saúde
Fonte: elaborada pelo autor com base na Resolução Normativa 196/2009 (ANS, 2009) e Qualicorp (2017).
Fique ligado
Em nossa segunda unidade, começamos por conhecer termos
técnicos e definições existentes no âmbito da saúde suplementar
no Brasil. É importante que você, futuro gestor atuante na área
da saúde, conheça esse vocabulário específico a fim de melhorar
o desempenho de suas atividades. Na Seção 2, conhecemos as
características e os dados do setor sobre todas as modalidades
médico-hospitalares, além de termos conhecido as localidades
brasileiras onde se encontram a maioria desses modelos. Mas
ainda estamos na metade do caminho. Por isso, convidamos você
a continuar esta trajetória de conhecimento conosco!
Atividades de aprendizagem
1. São algumas das características de diversas operadoras de plano de
assistência à saúde, conforme a Lei 9.656/1998 (BRASIL, 1998):
( ) Ser pessoa jurídica constituída sob a modalidade de sociedade civil
ou comercial, cooperativa, ou entidade de autogestão.
( ) Operar apenas produto, serviço ou contrato de prestação continuada
a partir de preço pré-estabelecido.
( ) Visar a assistência médica, hospitalar e odontológica.
Marque V para verdadeiro ou F para falso nas afirmações apresentadas e
assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
a) V – V – V.
b) F – V – F.
c) F – F – F.
d) V – F – V.
e) V – F – F.
As práticas na gestão de
saúde privada: financiamento,
qualidade e indicadores
Dayane Freire Romagnolo
Objetivos de aprendizagem
Caro aluno, o objetivo desta unidade é apresentar
diversas práticas realizadas no processo de gestão de saúde
privada. Inicialmente, apresentaremos a você como ocorre
o financiamento em saúde, bem como o papel da gestão
nesse cenário. Também buscaremos enfatizar o papel da
qualidade nos serviços de saúde por meio do método de
Gerenciamento da Qualidade Total (GQT) e seus pilares
fundamentais. Por fim, traremos as características do setor
de serviços em saúde e seus indicadores de gestão.
Atividades de Aprendizagem
Atividades de Aprendizagem
Fonte: elaborado pela autora com base em Characteristics of Clinical Indicators (1989 apud Bittar, 2001).
Levantamento
Estabelecimento
das prioridades Escolha das Tomada de
de informações
do plano métricas decisão
relevantes
estratégico
Fique ligado
Atividades de Aprendizagem
Operadora de planos de
saúde: as relações, o papel
da regulação e os aspectos
gerais e fundamentais
Carlos Eduardo de Lima
Objetivos de aprendizagem
Prezado aluno, o objetivo desta unidade é apresentar a
relação do Estado, do mercado e das operadoras de planos
de saúde em face da necessidade de regulação da saúde no
setor de saúde suplementar. Por isso, torna-se necessário
compreender o papel da ANS nesse contexto a partir de
seus aspectos históricos e regulatórios. Procuramos ainda
demonstrar aspectos gerais e fundamentais das operadoras
de planos a partir da segmentação assistencial existente,
os avanços ocorridos com a Lei 9.656/98, alguns desafios
e as características dos serviços diante da satisfação do
consumidor em relação ao serviço de saúde ofertado.
104 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
Pereira (2004) afirma que os agentes econômicos são indivíduos,
grupos ou organismos que formam, do ponto de vista dos aspectos
econômicos, os pontos de decisão e de ações fundamentais de
um determinado setor. A característica mais comum do modelo
regulador envolve a relação entre as agências reguladoras e os
demais agentes. A agência é vista como o principal ator que delega
ao agente (empresa) a tarefa de produzir o serviço de relevância ou
utilidade pública. O interesse da agência é que a empresa atenda
à sua demanda com nível satisfatório de preço e qualidade (LIMA
et al., 2008).
Para Riani (2016), as razões para a regulação pública de
mercados estão relacionadas à existência das chamadas “falhas
de mercado”, que se manifestam de três formas: externalidades,
informação imperfeita (assimétrica) e poder de mercado - cada
uma delas será detalhada a seguir.
As externalidades ocorrem quando a eficiência ou o bem-
estar econômico de um dos agentes econômicos (empresas ou
consumidores) é alterado pela ação de outro agente. Entende-
se assim que, nas atividades econômicas, nem todos os custos e
benefícios decorrentes das suas interações no mercado estão sob o
controle de um único agente (SANTACRUZ, 2010). No contexto dos
cuidados médicos, existe um valor social associado ao consumo,
por exemplo, ao ser vacinado, o cidadão evita que outras pessoas
sejam contaminadas, gerando uma externalidade positiva para a
sociedade (OCKÉ-REIS; ANDREAZZI; SILVEIRA, 2006).
A assimetria de informação ocorre quando os agentes
econômicos estabelecem relação econômica, mas um deles
tem maior acesso a informações que a outra parte. Por exemplo,
uma agência reguladora, representando o Estado, não possui
minuciosamente o acesso aos custos de cada empresa. Desse
modo, não tem acesso às informações suficientes para determinar
um preço que beneficie o consumidor sem prejudicar a viabilidade
econômica de uma organização. A empresa, diante desse aspecto,
tem um forte incentivo de declarar seu custo acima do real para
justificar um preço mais elevado.
A assimetria de informações também nos possibilita constatar
que os vendedores de serviços desconhecem a verdade e o risco de
cada comprador que utiliza seus serviços. Geralmente, os sistemas
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 105
e seguros de saúde absorvem os indivíduos que apresentam maior
risco, pois estes só os procuram quando percebem que precisarão
dele. Desse modo, a operadora cobra um valor mais elevado para
compensar esse fato. Assim, como a operadora cobra preço único,
ocorre transferência de renda entre consumidores de baixo e alto
risco, levando o mercado a funcionar de maneira ineficiente (LIMA
et al., 2008).
Um modelo ideal de economia é aquele em que há um grande
número de ofertantes e demandantes, permitindo uma estrutura
de mercado que seja competitiva, ou de concorrência perfeita,
com completa informação sobre os agentes econômicos e os
produtos, inexistindo barreiras à entrada de novos concorrentes
(RIANI, 2016). Nesse cenário, nenhum ofertante tem poder para
influenciar o preço no mercado.
O poder de mercado pode ser definido como a habilidade das
firmas manterem seus preços acima do custo marginal, com o
intuito da obtenção de lucros (AGUIAR, 2000). De modo geral, o
poder de mercado ocorre por meio de situações de monopólios
e oligopólios que, por concentrarem toda ou grande parte de um
mercado, reduzem a capacidade de novas empresas atuarem em
determinado segmento.
106 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
manutenção da viabilidade econômica e social do setor de saúde
suplementar (ANS, 2009).
O advento da Lei nº 9.656/98 (BRASIL, 1998), que disciplinava
os planos de saúde no Brasil, pode ser considerado um marco no
mercado de saúde suplementar, pois passou a exigir adequação das
empresas que atuam na saúde suplementar à nova legislação (RIANI,
2016). A aprovação da lei ocorreu após inúmeros desdobramentos e
disputas. Tentativas anteriores para o estabelecimento de regras de
relacionamento entre o setor público e o setor de atenção médica
supletiva não foram frutíferos em razão dos problemas operacionais
envolvidos ou pela pressão das entidades representativas das
operadoras e de prestadoras, que não tinham interesse na regulação
(SANTOS; MALTA; MEHRY, 2008).
No ano de 2000, através da Lei nº 9.961/00 (BRASIL, 2000),
foi criada a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que
começou a expedir uma série de atos normativos no intuito de
cumprir seu principal papel, qual seja, a regulação do setor, visando
possibilitar a concorrência leal do mercado e assegurar os direitos
básicos do consumidor de assistência e acesso aos planos de saúde
(RIANI, 2016).
A ANS é uma autarquia ligada ao Ministério da Saúde. Entre suas
características, destacam-se: autonomia política, administrativa
e financeira, expressas por arrecadação própria; decisões em
Diretoria Colegiada, cujos membros têm mandatos definidos em
lei e não coincidentes; e poder legal dado às agências reguladoras
para a efetivação de suas resoluções. A agência tem por finalidade
promover a defesa do interesse público na assistência suplementar
à saúde, regular as operadoras setoriais, contemplando as
relações com prestadores e consumidores e contribuir para o
desenvolvimento das ações de saúde no país (ANS, 2003 apud
ALVES; BAHIA; BARROSO, 2009).
De acordo com Bahia (2003), dois fatores desencadearam o
processo de regulamentação:
1. O aumento da concorrência, pois houve a entrada no
mercado de grandes seguradoras de saúde para disputar os
clientes, demandando regras de competição mais claras e capazes
de permitir a entrada de empresas de capital estrangeiro.
2. A convergência de demandas de consumidores, entidades
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 107
médicas e secretarias de saúde para garantir o fim de restrições às
assistências existentes nos contratos, como era o caso da negativa
de atendimento a pacientes sob certas condições, por exemplo,
portadores do vírus HIV, idosos e pacientes que requeriam
hospitalização por longos períodos.
O “primeiro período de regulação”, assim também denominado,
iniciou-se no ano 2000 e foi caracterizado pela regulamentação
dos aspectos econômicos e financeiros do setor. Entre seus
principais marcos, destacam-se o estabelecimento de regras
mais claras ligadas à entrada e saída de empresas no mercado e
a exigência de garantias financeiras por parte das operadoras de
planos de saúde (ANS, 2009).
A segunda fase, iniciada em 2004, focou a regulação técnica e
assistencial dos planos de saúde. Naquele período, destacou-se a
definição de regras assistenciais com intuito de reduzir a assimetria
de informações presente no setor. Para esse fim, ocorreu a
implantação do Sistema de Informações de Produtos, o estímulo
ao desenvolvimento de programas de promoção da saúde e
prevenção de riscos e doenças, o incentivo ao parto normal, a
definição do rol de procedimentos de cobertura obrigatória e o
Projeto de Diretrizes Clínicas (Ibidem).
Para que a ANS viabilizasse a regulação do setor de saúde
suplementar foi necessário colocar em prática várias ações,
inclusive inovando e interferindo na produção do cuidado e na
qualidade dos serviços prestados (Ibidem). Dentre essas ações,
destacam-se as apresentadas no Quadro 4.1.
108 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
4. Cobrança do cumprimento dos contratos, isto é, o cumprimento da Lei, na
prestação dos serviços pelas operadoras de planos de saúde e fiscalização das
operadoras setoriais, ativamente e reativamente: embora essa seja uma ação
regulatória de cunho consumerista, é possível verificar seu aspecto social e de
qualidade dos serviços prestados.
5. Regulação dos aspectos vinculados à assistência: essa regulação é
também inovadora e vai além do cumprimento dos contratos e do direito
do consumidor. A ANS tem realizado ações que obrigam as operadoras a
enxergarem os consumidores como beneficiários de um produto de saúde e
não como um usuário simples. Dessa forma, a ANS induz que as operadoras
mudem seus modelos assistenciais a partir de ações de promoção, prevenção e
para o cuidado em saúde.
6. Indução da competitividade: todas as ações regulatórias da ANS induzem
fortemente a competitividade, sendo que a regulação da qualidade, por meio
da avaliação do setor, com posterior divulgação dos resultados, permitindo
comparação, tem causado movimentações no setor, de forma, que esse melhore
a sua qualidade. Além de ser uma atividade regulatória propriamente dita, pois
cobra resultados, ela tem demonstrado ser altamente indutora de boas práticas.
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 109
impedimento da entrada de novas empresas nesse mercado, haja
vista que novas barreiras à entrada foram impostas (RIANI, 2016).
Ainda que o advento do surgimento da ANS tenha significado
avanços no que se refere à regulamentação e formulação de diretrizes
para o setor, Bahia e Scheffer (2008) afirmam que o complexo sistema
de regulação é movido pela correlação de forças que envolvem
vários agentes do lado da oferta e da demanda pelos serviços. Para
os autores, o tripé formado pelas operadoras, prestadoras e clientes,
ao mesmo tempo em que não é capaz de equilibrar-se por uma
dinâmica apenas de mercado, também é regido por um arsenal
regulatório confuso e excessivamente fragmentado.
110 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
Riani (2016) salienta que o reajuste será aplicado no mês do
aniversário do contrato do consumidor. Exemplificando, o autor
relata que se o beneficiário adquiriu o plano em setembro de
2015, somente no mês de setembro de 2016, poderá a operadora
reajustar o valor da sua mensalidade, sendo que o índice, divulgado
em junho de 2016, foi de 13,57%.
Variação por faixa etária: de maneira geral, essa variação
ocorre por causas naturais, quanto mais idosa a pessoa for, mais
necessários e frequentes se tornam os cuidados com a saúde (ANS,
2017c). As faixas etárias variam conforme a data de contratação
do plano e os percentuais de variação precisam estar expressos
no contrato (ANS, 2017c). A ANS, com intuito de sintetizar as
formas de variações dessa modalidade, disponibilizou em seu
endereço eletrônico o Quadro 4.2, no qual descreve as datas das
contratações, as faixas etárias e as observações pertinentes.
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 111
Riani (2016) reitera que é legalmente possível ocorrer, no mesmo
ano, aplicação do reajuste por variação de custos e por faixa etária.
Segundo o autor, diante dessa hipótese, deve ser observado o
contrato e, especificamente para os planos individuais, respeitar o
índice divulgado pela ANS.
Aumento por revisão técnica: de acordo com a ANS (2017c),
essa modalidade de reajuste está suspensa. A agência afirma que
é uma exceção destinada a um determinado plano de saúde que
esteja em desequilíbrio econômico. Desse modo, o desequilíbrio
ameaçaria a continuidade dos serviços de saúde aos consumidores
desse plano.
Assim, a operadora que vende o plano é autorizada pela ANS
a aumentar o preço, mas fica obrigada a seguir regras definidas
pela Agência. Segundo a ANS (2017c), primeiramente, é obrigatório
que a operadora ofereça ao consumidor pelo menos duas opções
que levem ao reequilíbrio do plano. Uma das opções tem que ser
sem aumento de mensalidade. As opções têm que ser aprovadas
pela ANS antes de serem propostas ao consumidor, e os ajustes
propostos devem ser oferecidos como opções ao consumidor,
não como obrigação.
Atividades de Aprendizagem
112 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
2. O que é assimetria de informação?
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 113
Seção 2
Aspectos gerais e fundamentais das operadoras
de planos de saúde
Introdução à seção
114 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
deve ser considerado, pois se trata de um bem indisponível: a
vida, o que evidencia a necessidade de regulação de tais serviços
oferecidos (GREGORI, 2010).
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 115
procedimentos realizados em consultório, incluindo exame
clínico, radiografia, prevenção, dentística, endodontia, periodontia
e cirurgia; e todos os tipos de planos aqui apresentados podem ser
comercializados isoladamente ou combinados entre eles.
Ressalta-se que o plano ambulatorial acrescido do plano hospitalar
com atendimento obstétrico não é o plano-referência. Pois, no plano-
referência, o padrão de internação é a enfermaria e o atendimento de
urgência e emergência não está limitado a doze horas.
Segundo Bahia (2010), os membros de uma mesma família
podem apresentar diferentes possibilidades de cobertura dos
planos e seguros de saúde, em que:
116 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
procedimentos ao Ministério da Saúde e às Secretarias de Saúde
(SCHEFFER; AZEVEDO; BAHIA, 2010).
Na área da saúde, a regulação é fortemente pautada por valores
políticos (equidade, direito e justiça) devido à sua importância social
e por sua definição na Constituição brasileira como um direito
básico do cidadão. Portanto, há a discussão de “temas como
o cuidado com a saúde, a equidade de acesso, a eficiência do
mercado, a proteção aos direitos dos consumidores, a qualidade
do serviço e a remuneração das empresas e dos profissionais de
saúde” (Ibidem, p. 253).
Ainda, de acordo com os autores, o setor de saúde possui
elevada variedade de atores e interesses, o que torna as ações
complexas. Atuam na área profissionais, a exemplo dos médicos
e demais especialistas, os prestadores de serviço, como os
laboratórios, hospitais e clínicas, empresas e investidores privados,
produtores de insumos diversos, consumidores, portadores de
doenças especiais, a sociedade em geral e os grupos políticos,
dada a importância pública do tema.
Bahia (2005 apud SCHEFFER; AZEVEDO; BAHIA, 2010) aponta
também para a existência de um sistema que mescla o público
e o privado, que organiza redes de serviços, alvo permanente de
tensões, utilizando-se de recursos públicos para o financiamento
da demanda e instalações utilizadas pelos provedores privados
como os planos de saúde e o trânsito de profissionais entre as
duas áreas, entre outros aspectos.
Atividades de Aprendizagem
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 117
2. Na área da saúde, a regulação é fortemente pautada por valores
políticos devido à sua importância social e por sua definição na
Constituição brasileira como um direito básico do cidadão. Quais são
esses valores? Assinale a alternativa correta.
a) Equidade – dever – justiça.
b) Honestidade – direito – equidade.
c) Equidade – direito – justiça.
d) Força – caráter – honestidade.
e) Iniquidade – dever – justiça.
118 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
Expressões como “seleção adversa” e “risco moral” estão
relacionadas ao comportamento dos consumidores no mercado
de planos:
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 119
O autor especifica que o risco moral é realmente uma
possibilidade no caso de planos de saúde, especialmente em relação
a consultas e exames. Mas, procedimentos como tratamentos,
internações e cirurgias não costumam se encaixar nesse caso, pois
o consumidor não pode optar por esses serviços sem a validação
de um médico. Ainda que pudesse, considera-se que o beneficiário
não se submeteria a tais procedimentos apenas pela oportunidade
de usá-los.
No caso dos prestadores de serviço, como os médicos
e hospitais, o risco moral se dá quando tais atores passam a
recomendar procedimentos e exames além do que é considerado
necessário, seja para reduzir o processo de diagnóstico, seja pela
existência de interesses cruzados (Ibidem).
Mas existem alguns mecanismos que visam minimizar o risco
moral. Pó (Ibidem) garante que, no caso dos consumidores,
sistemas de copagamento, em todos ou em alguns tipos de
procedimentos, são uma solução eficiente para minimizar o risco
moral. Para os prestadores, pode ser realizada a fiscalização, por
parte das autoridades públicas contra práticas desleais de mercado,
e pelo monitoramento e controle das operadoras.
Por sua vez, as empresas, como forma de proteção, além
de aumento da lucratividade, podem fazer a seleção de risco
mediante a criação de obstáculos à entrada de pessoas com
maior risco e elevada taxa de utilização do sistema, como os
portadores de doenças crônicas ou idosos. Aqui, verificamos que
a regulamentação proíbe a exclusão por patologias, apesar de as
empresas poderem impor carências ou restrições. Já no caso dos
idosos, verifica-se que as organizações efetivamente procuram
exercer a seleção de risco ao concentrar os reajustes por idade nas
últimas faixas etárias, encarecendo substancialmente os planos em
um período cuja renda costuma diminuir (Ibidem).
120 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
2.3 Os avanços a partir da Lei 9.656/98
Incursões advindas da Lei 9.656/98 trouxeram reconhecidos
avanços no sentido de melhor definir a dimensão assistencial do
mercado de saúde suplementar. Com o marco regulatório, as
operadoras passaram a se responsabilizar não só pela manutenção,
mas, principalmente, pela qualidade da assistência contratada por
seu cliente (GREGORI, 2010).
A partir da padronização dos planos, conforme aponta a
autora, foi possível informar adequadamente ao consumidor sobre
aquilo que era oferecido no plano de modo mais transparente.
Em um período anterior, cada plano possuía suas peculiaridades,
dificultando a compreensão total sobre quais seriam os
procedimentos cobertos.
Tornou-se necessária a substituição por prestador de serviços
equivalente em caso de descredenciamento da entidade
hospitalar, haja vista que era prática comum das operadoras
contratarem hospitais renomados a fim de atrair novos clientes
e descredenciá-los em seguida. Todas as regras advindas da lei
e de sua regulamentação e impostas às operadoras acerca de
seus aspectos institucionais e econômico-financeiros refletem
indiretamente na proteção do consumidor e, portanto, são
consideradas como avanços da regulação (GREGORI, 2010).
Os avanços se traduzem, entre outros, portanto:
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 121
De acordo com a autora, a nova perspectiva da assistência à
saúde deve ser do âmbito produtor de saúde. Assim, podem ser
elencadas novas responsabilidades para todos os atores da saúde,
tais como:
122 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
universal de identificadores únicos para serviços de saúde, como
uma possível implantação do cartão nacional de saúde, facilitaria
esse processo, além de contribuir simultaneamente para o
aumento da eficiência dos gastos e da qualidade dos serviços
prestados (Ibidem), requisitos fundamentais para qualquer gestor
que vise exercer um bom trabalho.
Os prestadores seriam beneficiados pela simplificação das
atividades dos mecanismos burocráticos de compensação
financeira pelos serviços prestados, o que lhes facilitaria a não
discriminação por capacidade de pagamento. “O Ministério da
Saúde e a ANS deverão estar atentos para desempenhar papéis
integradores mais intensos para darem conta desses desafios”
(Ibidem, p. 176).
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 123
mais no momento em que o cliente, dotado de informações e
consciência do real valor que tal serviço possui, decide recomprá-
lo ou não. É recomendável que, entre esses dois momentos, se
faça uma importante operação de pós-venda, obedecendo às
etapas a seguir, conforme sugerem Spiller et al. (2009):
124 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
Figura 4.1 | Entenda o monitoramento realizado pela ANS
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 125
referente ao desempenho da operadora na dimensão “Atenção à
Saúde”; 30% referente à dimensão “Econômico-Financeiro”; 10%
à “Estrutura e Operação”; e 10% à “Satisfação dos Beneficiários”,
conforme ilustra o Gráfico 4.1. As operadoras têm acesso aos seus
resultados detalhados mediante senha específica (ANS, 2017b).
Gráfico 4.1 | Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS)
126 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
Quadro 4.3 | Tipos de portabilidade
Tipo de
Descrição
Portabilidade
Refere-se à possibilidade de contratar um plano de saúde na mesma
operadora ou em uma diferente e ficar dispensado de cumprir
Portabilidade novos períodos de carência ou de cobertura parcial temporária,
de Carências exigíveis e já cumpridos no plano anterior. Essa possibilidade se dá
nos planos individuais e familiares e nos planos coletivos por adesão,
contratados a partir de dois de janeiro de 1999.
Independentemente do tipo de plano de saúde e da data de assinatura
do contrato, pode ser utilizada em três casos: i) por beneficiário de
operadora que tenha seu registro cancelado pela ANS ou que esteja
em processo de falência; ii) por dependente que perdeu seu vínculo
Portabilidade
com o plano, seja por falecimento do titular, ou em decorrência
Especial
de perda da condição para continuar no plano como dependente;
iii) por ex-empregado demitido ou exonerado sem justa causa ou
aposentado durante o período de manutenção da condição de
beneficiário garantida pelos artigos 30 e 31 da Lei 9.656/98.
É decretada em situações excepcionais, quando há necessidade
Portabilidade de intervenção regulatória para garantir opções ao beneficiário
Extraordinária como nos casos em que os planos disponíveis no mercado são
insuficientes ou incompatíveis com o plano de origem.
Acontece para aqueles que são beneficiários de um plano de
saúde individual ou familiar ou coletivo por adesão contratado
Migração até 1º de janeiro de 1999 e que desejam trocá-lo por outro
plano de saúde, vendido pela mesma empresa que esteja de
acordo com a Lei nº 9.656/98.
É indicado aos usuários de plano de saúde individual ou familiar ou
coletivo por adesão, contratado até a data de 1 de janeiro de 1999, e
Adaptação
que desejam alterar apenas algumas características do seu plano de
saúde, sujeito ao aumento no valor do pagamento.
Corresponde à solicitação de ingresso em um plano coletivo
Ingresso empresarial, contratado por uma empresa ou instituição para seus
em Plano funcionários, com ou sem seus respectivos grupos familiares, com
Coletivo mais de trinta beneficiários em até trinta dias da celebração do con-
Empresarial trato coletivo ou de sua vinculação à pessoa jurídica contratante, em
que não se pode exigir o cumprimento de carência.
Refere-se ao ingresso em um plano coletivo por adesão, contratado
por entidade de classe profissional ou cooperativa para pessoas a
ela vinculadas, com ou sem seus respectivos familiares, em até trinta
Ingresso
dias da assinatura do contrato pela entidade ou cooperativa. Não
em Plano
poderá ser exigido o cumprimento de prazos de carência. Ainda, há
Coletivo por
isenção de carência, caso o ingresso seja realizado no aniversário do
Adesão
contrato, desde que a vinculação do usuário à entidade ou cooper-
ativa tenha ocorrido após o aniversário e a proposta de adesão seja
formalizada até trinta dias da data de aniversário do contrato.
Fonte: elaborado pelo autor com base em ANS (2017a).
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 127
Questão para reflexão
Caso você seja um usuário de seguro ou plano de saúde privados,
reflita: você já pensou em trocar seu plano de saúde? Por quê?
Fique ligado
Em nossa quarta e última unidade, com o estudo da Seção
1, compreendemos aspectos fundamentais relacionados à
regulação do setor de saúde suplementar. Discutimos a relação
do Estado, do mercado e das operadoras de planos de saúde
nesse contexto. Vimos ainda como se deu a institucionalização da
ANS, contemplando questões históricas, econômicas e legais que
subsidiaram o estabelecimento da agência e suas atividades.
Na Seção 2, apresentamos aspectos gerais e fundamentais
presentes nas operadoras de planos de saúde. A segmentação
assistencial e conceitos importantes para as operadoras, como
a aversão ao risco, a seleção adversa e o risco moral foram
apresentados minuciosamente. Alguns avanços advindos da
promulgação da Lei 9.656 de 1998 foram apresentados, assim
como os desafios e os serviços prestados perante a possibilidade
de insatisfação dos consumidores.
Agora, seu caminho está quase completo! Convidamos você a
concluir o estudo desta unidade e, por consequência, deste livro,
elaborado para que você, futuro gestor da saúde, compreenda
os aspectos fundamentais que circundam o mercado privado de
saúde.
128 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
Para concluir o estudo da unidade
Nesta unidade, verificamos os aspectos econômicos sob os
quais se faz necessária a atuação da regulação estatal. No caso do
Brasil, esta atividade é exercida pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS). Desde sua institucionalização, no ano 2000,
o setor tem recebido direcionamentos no intuito de estabelecer
equilíbrio entre os agentes econômicos ligados à oferta e à demanda
de serviços de saúde. Outro ponto abordado refere-se à atuação da
ANS referente ao valor pago pelos usuários dos planos de saúde.
Ainda, vimos aspectos gerais, mas fundamentais, que
permeiam as operadoras de planos de saúde e que são muito
importantes para sua formação acadêmica e profissional. Tais
aspectos vão desde a segmentação assistencial existente até a
insatisfação dos beneficiários em face dos serviços prestados. Por
isso, é tão importante que você compreenda o seu papel como
gestor nesse processo.
Portanto, parabéns! Você completou seu estudo com a
finalização da Unidade 4. Espera-se que os conhecimentos
adquiridos ao longo das unidades sirvam de grande ajuda para sua
profissionalização e atuação como um gestor na área da saúde.
Lembre-se: o conhecimento é algo que ninguém subtrai de você,
por isso, faça valer tudo aquilo que você aprendeu e não deixe
de buscar por mais informações relevantes que possam colaborar
para seu aperfeiçoamento! Sucesso nesta caminhada!
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 129
Para concluir o estudo da unidade
1. Uma das falhas de mercados que fazem com que haja a regulação
do Estado é a assimetria de informação. Qual das alternativas refere-
se à explicação correta do que é assimetria de informação?
a) Assimetria de informação ocorre quando os agentes econômicos
estabelecem uma relação econômica, mas um deles tem maior
acesso a informações que a outra parte.
b) A assimetria de informação ocorre quando todos os agentes
econômicos possuem a mesma informação a respeito de determinado
assunto.
c) A assimetria de informação está ligada à transparência das relações
de transferência apenas de dados comerciais na área da saúde.
d) Assimetria de informação não se refere a uma falha de mercado
e envolve apenas os agentes que ofertam os serviços em razão de
serem aqueles que possuem maior acesso às informações.
e) A assimetria de informação consiste nas atividades desempenhadas
pela Agência Nacional de Saúde Suplementar ao mediar conflito de
interesses entre agentes econômicos.
130 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
3. A regulação no setor de saúde suplementar teve como principal
marco a criação da Agência Nacional da Saúde Suplementar. No
entanto, seu surgimento não foi aleatório, e sim fruto de dois fatores
principais. Quais são esses dois fatores?
a) O aumento da concorrência e a convergência das demandas de
consumidores, entidades médicas e secretarias de saúde.
b) O aumento da concorrência e maior ação do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
c) Diminuição da concorrência no setor e maior ação do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
d) Maior ação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(CADE) e a falta de convergência entre as demandas dos consumidores,
entidades médicas e secretarias de saúde.
e) Maior ação fiscalizatória do Ministério da Saúde e das pressões
pelos Conselhos Federais de Medicina.
U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais 131
6. Leia o trecho a seguir:
Refere-se à possibilidade de contratar um plano de saúde na mesma
operadora ou em uma operadora diferente e ficar dispensado de
cumprir novos períodos de carência ou de cobertura parcial temporária,
exigíveis e já cumpridos no plano anterior.
A qual tipo de portabilidade o trecho apresentado está se referindo?
a) Portabilidade Especial.
b) Adaptação.
c) Migração.
d) Portabilidade Extraordinária
e) Portabilidade de Carências.
132 U4 - Operadora de planos de saúde: as relações, o papel da regulação e os aspectos gerais e fundamentais
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