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IX Encontro Capixaba de Química - SBQ / ES – ENCAQUI

2023

Investigação do processo de remoção de hormônio em água com


aplicação indireta de ultrassom associado a à cerâmica porosa

Isabelly O. R. Silva(1) (IC)*, Ana Teresa M. Lima(2) (PQ), Elcio C. Oliveira(3) (PQ), Renato R. Neto(4) (PQ),
Maria de Fátima P. Santos(1) (PQ), Maristela A. Vicente(1) (PQ).

isabelly.o.silva@edu.ufes.br

1
Universidade Federal do Espírito Santo, Centro Universitário Norte do Espírito Santo, São Mateus, Brasil
2
Technical University of Denmark-DTU—Dinamarca
3
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
4
Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Humanas e Naturais, Vitória, Brasil

Palavras-Chave: 17 α-Etinilestradiol, ultrassom, cerâmica, remoção, água.

Introdução
A remoção de desreguladores endócrinos de água e efluentes é um desafio devido à complexidade das
estruturas e particularidades de cada processo1. O uso de tratamentos alternativos, como adsorção,
apresentaram elevados percentuais de remoção1. A potência acústica é capaz de atingir altas intensidades
e a energia impulsiona a transferência de massa e promove a adsorção das partículas contaminantes no
adsorvente2. O objetivo deste estudo é utilizar cerâmica porosa adsorvida com Fe assistido por aplicação
indireta de ultrassom (US) para avaliar, por meio de planejamento de experimentos e metodologia de
superfície de resposta, a remoção do hormônio sintético 17 α-etinilestradiol (EE2).

Resultados e Discussão
Foram adquiridos no mercado local medicamento contendo EE2. O hormônio foi extraído das amostras com
etanol (5 % v/v). As amostras (1,2 mg L-1 de EE2) foram submetidas a US (37 e 80 kHz, 0-60 min, 100 %
AmplitudeAmplitude) auxiliado por cerâmica porosa adsorvida com Fe, à 30 °C. Após o processo, as
amostras foram analisadas por UV-vis (245nm) e os espectros pré-processados empregando segunda
derivada. Os resultados mostraram que os efeitos frequência e tempo foram significativamente semelhantes
(ANOVA, p>0,05). A cerâmica foi estatisticamente diferente (ANOVA, p<0,05) (Figura 1). As melhores
condições foram definidas como 37 kHz, 60 min, 100 % amplitude com cerâmica porosa com Fe. Observa-
se que a presença do adsorvente apresentou eficiência de remoção de 31,0 %.

Figura 1. Superfície de resposta indicando o efeito de cerâmica-frequência (A), tempo de aplicação de


ultrassom-frequência (B), tempo de aplicação de ultrassom-cerâmica (C)

Conclusões
A metodologia proposta apresentou eficiência de remoção de 31,0 % de EE2 em água. O processo pode
ser utilizado associado a outras metodologias para aumentar a eficiência de remoção. Análises por
cromatografia a gás acoplada à espectrometria de massascom (GCMS) estão sendo realizadas nas
amostras. A metodologia proposta mostra-se promissora para remoção de EE2 em água natural.

Agradecimentos
O presente trabalho foi realizado com apoio da CAPES, CNPq, FAPES
____________________

PÚBL
ICA
IX Encontro Capixaba de Química - SBQ / ES – ENCAQUI
2023
1
Liu, T. et al. J. Mol. Liq. 374, 121144, 2023.
2
Meroni, D., Djellabi, R., Ashokkumar, M., Bianchi, C.L., Boffito, D.C. Chem. Rev. 122, 3219−3258, 2022.

PÚBL
ICA

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