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AB +
OT ANOS TA
PREVIDENCIÁRIA
Guia Prático de Atendimento
DESTAQUES:
e Atualizada Lei nº 13.982/2020
com a
EDITORA
RIDEEL
Juliana de Olivezra
Xavier Ribeiro
Doutoranda em Direito Previdene
giário pela Pontificia Universidade.
Católica de São Pauls (PUC-SP),
Doutoranda er Ciências. Jurídicas:
pelá Universidade Autónoma de.
Lisboa (Portugal). Mestre em
reito Previdenciária pela PUC-SP.
Advogada. Coordenadora e profes:
sora de-cursos de Pós-graduação,
em Direito. Persona! e professional
coach.Autora das seguintes obras:
Direito. Previdenciário, esquemati-
zada Direito Previdenciária prá
tico; Prática Previdenciária par
empresas, Auxiio-doeriça aciden»
téria.-.como ficam à empregado
É & empiegador com o NTEP é à
FAP é Salário-matemidade
Eb VOCAC!:
Pird=VIDIEINCIANA q
NIVOCINO:
Pld=DENC1AP1A
Guia irático de
edição
EDITORA
RIDEEL
Quem tem Rideelel tem mai Ss.
Expediente
Fundador talo Amádio (in memoriam)
Diretora Editorial Katia Amadio
Editora Janaina Batista
Editora Assistente Mônica Ibiapino
Projeto Gráfico Sergio A. Pereira
Revisão Valquiria Matiolk
Diagramação Sheila Fahl/Projeto e Imagem
ISBN 978-65-5738-068-0
previdenciário -
Atendimento ao cliente 3. Markeling jurídico |. Título
CDD 651.934
20-2643 CDU 651:34
Índice para catálogo sistemático:
1. Escritórios de advocacia Planejamento
-
EDITORA
RIDEEL sd Rd
e-mail: sacOrideel.com.br
www.editorarideel.com.br
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, especialmente
gráfico, fotográfico, fonográfico, videográfico, internet. Essas proibições aplicam-se também
às caracteristicas de editoração da obra. A violação dos direitos autorais é punível como crime
(art. 14 e parágrafos, do Código Penal, com pena de prisão e multa, conjuntamente com busca e
apreensão e indenizações diversas (artigos 102, 103, parágrafo unico, 104, 105. 106 e 107, incisos
lie Ill, da Lei nº 9.610, de 19/02/1998, Lei dos Direitos Autorais).
135798642
0820
Apresentação da obra
Agradecimento
Prefácio
Sobre a autora
Sumário
Apresentação da obra - N
Agradecimento - VII
Prefácio « « IX
CAPÍTULO 1 -
ASPECTOS PRÁTICOS DA ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA......... 4
CAPÍTULO 2 -
PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO. 13
CAPÍTULO 3 -
SEGURIDADE E ASSISTÊNCIA SOCIAL..cecerceccescrecosccs 45
CAPÍTULO 4 -
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. 65
introdutórios - « 67
CAPÍTULO 5
-
APOSENTADORIA ESPECIAL. ..cccerecoscrrocr socorrer ossos. 83
CAPÍTULO 6 -
BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE......ceccccsresessorcesore 97
CAPÍTULO 7
-
PENSÃO POR MORTE cerco sc o rs coro coro sos 113
Aposentadoria por
invalidez .... oa . 132
ANEXOS. corre cases ce one rs era soros osso eco cerca 147
Anexo 1
-
Dicas para contrato de honorários... - 148
Anexo 2 -
Ficha para atendimento do cliente... 149
CAP TO
ASPECTOS
PRÁTICOS DA
ADVOCACIA
PREVIDENCIÁRIA
CAPITULO 1 -
Hoje, existem vários softwares gratuitos que permitem uma boa gestão, en-
tretanto, uma simples planilha já é o suficiente. Nela, deverão ser lançados todas
as despesas realizadas pelo escritório, os pagamentos recebidos, bem como as res-
pectivas origens.
Ainda que não tenha conhecimento específico para detalhar a planilha por
processos e clientes, uma tabela simples de receitas e despesas já basta para se ter
uma visão geral do seu fluxo financeiro.
É importante ressaltar que esse relatório necessita ser atualizado diariamen-
te, para não haver disparidade nos resultados, possibilitando, deste modo, que, ao
4 ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA -
Guia Prático de Atendimento
final do mês, seja possivel visualizar o rendimento obtido com os serviços presta-
dos.
Somatório R$ 615,00
Somatório R$ 360,00
R$ 255,00
Desta forma, o(a) advogado(a) poderá aplicar seu tempo na busca de novos
clientes, no engajamento pela melhor solução de determinado caso, no estudo
para ampliar seu conhecimento técnico e desenvolver novas teses.
e Por fim, deve-se imprimir uma marca pessoal com características sólidas para
que os clientes saibam da qualidade e seriedade dos serviços prestados. Um
simples papel timbrado já desperta no cliente o senso de profissionalismo.
Localização
A localização do escritório é fator significativo,
Devem ser considerados locais
Fica a dica: o escritório é para
com mais movimentação de pes- o cliente e não
para você!
soas, como próximo ao INSS, rodo-
viária, terminais urbanos, hospitais, igrejas, entre outros. Dê visi-
e bilidade à fachada com seu nome e a área em que atua!. Opte
por desenvolver seu local de trabalho, por exemplo, na área em
que reside ou atua, pois as pessoas já o conhecem.
Recepção do cliente
A secretária é o cartão de visita do seu escritório. Portanto, ela deve ser
simpática e ter responsabilidade e conhecimento básico sobre a matéria do seu
escritório, de acordo com sua orientação. Além de boa formação, tal profissional
deverá desenvolver habilidades que envolvam boa comunicação, paciência e en-
tusiasmo.
Faz-se necessário que os profissionais desse setor tenham algum conhe-
cimento na área previdenciária para realizar um atendimento eficaz do cliente.
Nesse primeiro contato, é fundamental orientar o cliente acerca dos principais
documentos que deverão ser trazidos para o dia do atendimento.
Atendimento ao cliente
O atendimento é um dos atos mais importantes do seu
escritório. É nele que se cria o elo com o cliente, bem como é
o momento de você utilizar o máximo de conhecimento so-
bre a matéria para demonstrar segurança e responsabilidade.
Mantenha sempre o foco em seu cliente.
Fica a dica:
durante o
Comportamento dos colaboradores
atendimento,
O cliente precisa se sentir seguro e à mparado e em se U
desconecte-se do
escritório. Por isso, não deve presenciar discussões entres os mundo exterior!
colaboradores, conversas paralelas nem brincadeiras postu - -
Fica a dica: redija os fatos apresentados pelo seu cliente, bem como liste
todos os documentos trazidos por ele. Em seguida, leia em conjunto, tire
dúvidas e corrija equívocos. Ao final, imprima e colha a assinatura do cliente.
Esse simples ato poderá eximir-lhe de responsabilidades caso venha a ser
verificado que o cliente tenha faltado com a verdade.
Parcerias
Recomenda-se que sejam firmadas parcerias com os de-
mais advogados, cuja atuação seja restrita a outros ramos de
direito, para que possam indicar os respectivos serviços mu-
tuamente, mediante rateio final de honorários advocatícios.
Não obstante a parceria anteriormente menciona-
da, recomenda-se, ainda, que o advogado previdenciarista
trabalhe em conjunto com outro advogado. Isto porque,
na advocacia previdenciária, é necessário que existam dois
perfis de advogados: um que busque parcerias e traga-as para O escritório e outro
que possa exercer as funções internas como atendimento aos clientes e prazos.
Conciliar ambas as funções nem sempre é possivel.
É importante mencionar que há uma grande diferença entre captação de
Meios de divulgação
Outra forma que merece ser observada diz respeito aos meios pelos quais
deverão ser divulgados os serviços prestados. Nesse contexto, itens como placas e
cartões de visita deverão ser confeccionados, explicitando, da forma mais didática
possível, as principais atividades inerentes à área de especialização do escritório,
devendo ser observados os comandos disciplinados no art. 3º, a, b, do Provimento
do CFOAB nº 94/2000.
Mídias sociais como Facebook, Instagram, Twitter e Linkedln também são
úteis. Pode-se criar um perfil para divulgar seu trabalho (arts. 3º, e 5º, parágrafo
único, do Provimento do CFOAB nº 94/2000).
Os perfis profissionais só devem conter publicações de natureza jurídica,
não sendo recomendável, por conseguinte, que o advogado exponha fotos e pu-
blicações de cunho pessoal, devendo ser observadas, ainda, as vedações e orien-
tações disciplinadas nos arts. 3º, $ 10, e 4º do Provimento do CFOAB nº 94/2000.
Nesses perfis, é necessário definir o público-alvo desse meio de divulgação,
assim como a frequência das postagens jurídicas que serão realizadas.
A utilizaçãode WhatsApp para atendimento dos clientes também é auto-
rizada, desde que o respectivo uso não venha a comprometer a privacidade do
advogado/usuário.
Sintetizando
Eis os pilares que devem ser observados para a obtenção do sucesso nesta empreitada:
- --
do Processo Administrativo
matva nº 77, de 21-1-2015, da Previdência
Social, que desempenha papel fundamental
para aqueles que cotidianamente compare- INSTRUÇÃO
LEI NS NORMATIVA
cem às Agências da Previdência Social. 9784/1999 Nº77/2015
O diploma anteriormente citado teve
alguns dos seus dispositivos alterados pelas PORTARIA PORTARIA
Instruções Normativas 79, de 1º-4-2015, MDAS MDAS
85, de 18-2-2016, 86, de 25-4-2016, 88, de Nº 3/1999 Nº 114/2017
Tais alterações trouxeram, entre outros fatores, rotinas para agilizar e unifor-
mizar o reconhecimento de direitos dos segurados e beneficiários da Previdência
Social. Trata-se de normas de caráter cogente que devem ser observadas por to-
dos os servidores públicos da entidade em comento, sob pena de responsabiliza-
ção funcional por eventual descumprimento.
Em complemento, a Portaria MDAS nº 116, de 20-3-2017, consagra o Re-
gimento Interno do Conselho de Recursos do Seguro Social, traçando aspectos
relativos à sua estrutura, Composição e respectiva competência, bem como disci-
plinando os processos que tramitam sob sua égide, julgamentos, decisões e cum-
primento de decisões exaradas pelos órgãos em questão.
Destaca-se que a MP nº 870/2019, convertida na Lei nº 13.844, de 18-6-2019,
altera o CRSS para CRPS Conselho de Recursos da Previdência Social.
-
Siglas diversas
ACAL Avisos de acréscimos legais
ACS Assessoria de Comunicação Social
AEXT-VI Acerto de vínculo extemporâneo indeferido
AEXT-VT Acerto de vínculo extemporâneo validado totalmente
Al Auto de infração.
APS Agência da Previdência Social
É -
Processo administrativo previdenciário -17
UTRP -
Unidades técnicas de reabilitação profissional
Benefícios
B01 Pensão por morte do trabalhador rural
B02 nodo por morte por acidente de trabalho do trabalhador ru-
E
ra
B03 Pensão do empregador rural
B04 Aposentadoria por invalidez do trabalhador rural
BOS Aposentadoria por invalidez acidentária do trabalhador rural
B06. Aposentadoria por invalidez do empregador rural
B07 Aposentadoria porvelhice do trabalhador rural
B08 Aposentadoria por velhice do empregador rural
B09 Complemento acidentário do trabalhadorrural
BIO Auxílio-doença acidentário do trabalhador rural
B11 Amparo previdenciário por invalidez do trabalhador rural
B12 + Amparo previdenciário por velhice do trabalhador rural
B13 Auxilio-doença do trabalhador rural
BIS Auxílio-reclusão do trabalhador rural
B19. Pensão de Estudante (Lei nº 7.004/1982)
B20 Pensão por morte (ex-diplomata)
"Pensão por Morte Previdenciária (LOPS)
B22. "Pensão por morte estatutária (EPU)
B23. Pensão por morte (ex-combatente) (Leis nº 4.297/1963 e
5.698/1971)
B24 Pensão especial (Ato Institucional)
B25 Auxílio-reclusão
B26 Pensão especial (Lei nº593/1948) (EPU)
22 ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA -
Guia Prático de Atendimento
titucional ne 26/1985)
B59 Pensão por morte excepcional (EPU) anistiado Lei
nº 6.683/1979 Emenda Constitucionalnº 26/1985
-
B61. Auxilio-natalidade
B62 *
Auxilio-funeral
B63 Auxílio-funeral do trabalhador rural
É -
Processo administrativo previdenciário -23
Bo4 Auxílio-funeraldo empregador rural
B65 Pecúlio especial de servidor autárquico (Lei nº 3.373/1958)
B66 Pecúlio especial de servidor autárquico (Decreto
nº 28.798-A/1950)
B68 * Pecúlio especial de aposentado
B69 Pecúlio de estudante (Lei nº 7.004/1982)
B70. Pecúlioespecialentrada com mais de 60 anos
Salário-família previdenciário
B72 Aposentadoria por tempo de serviço do Ex-combatente maríti-
mo (Lei nº 1.7/56/1952)
B/3 Salário-família estatutário (Decreto nº 133.833/1974) Ex-lpase
B74 Complemento de pensão à conta da Unido
B/5 Complemento à aposentadoria à conta da União
B76 Salário-família estatutário (Decreto-Lei nº 956/1969) -
REFSA
B77 Salário-família dos servidores (INPS/IAPFEST)
B78. Aposentadoria por idade do ex-combatente marítimo (Lei
nº 1.756/1952)
B79. Vantagens da Lei nº 1.756/1952 a servidor aposentado pela au-
tarquia empregadora
B80 Salário-maternidade
B81 Aposentadoria por idade compulsória (Ex-SASSE)
B82. Aposentadoria por tempo de serviço) (Ex-SASSE)
B83 Aposentadoria por invalidez (Ex-SASSE)
B84 Pensãopormorte (Ex-SASSE)
B85 Pensão mensal vitalícia do seringueiro (Lei nº 7.986/1989)
B86 Pensão mensal vitalícia do dependente de seringueiro (Lei
nº 7.986/1989)
B87 Benefício assistencial Deficiente (LOAS)
B88 Benefício assistencial Idoso(LOAS)
B89 . Pensão espacial por hemodiálise
B90. Simples assistência médica para acidente de trabalho
B91. Auxílio-doençaacidentário
B92 Aposentadoria por invalidez acidentária
B93 Pensão por morte acidentária
B94 Auxílio-acidente
B9s Auxílio-suplementar
B96 Pecúlio por invalidez por acidente de trabalho
B97. Pecúlio por morte por acidente de trabalho
B99 Afastamento até 15
dias por acidente de trabalho
24 ADVOCACIA PREVIDENCIARIA -
Guia Prático de Atendimento
Quadro sinóptico -
Tribunal administrativo
CONSELHO PLENO
CÂMARA DE
JULGAMENTO
JUNTAS DE RECURSO
26 ADVOCACIA PREVIDENCIARIA -
Guia Prático de Atendimento
CAPITULO &
-
Processo administrativo previdenciário -27
Outrossim, de acordo com o art. 2º do Decreto nº 9.094, de 17-7-2017, não
é mais necessário entregar documentos originais nem autenticados, se referido
documento exigido conste na base de dados da administração pública, pois é
responsabilidade do órgão ou entidade que requereu o documento consegui-lo
na base de dados, não podendo mais ser uma exigência do INSS.
A quarta e última indagação diz respeito à qual APS é possível apresentar
o requerimento de benefício previdenciário. Neste sentido, o art. 670 da IN
nº 77/2015, disciplina que todo requerimento de beneficio ou serviço pode ser
protocolado em qualquer unidade da Previdência Social, independentemente do
local de domicílio do segurado.
agenda determinado benefício, mas, na verdade, tem direito a outro e este não
possui a mesma natureza do benefício agendado.
Caso o segurado não consiga realizar o protocolo agendado, em razão de
falha do sistema ou algum problema ocorrido na APS, a data de agendamento po-
derá ser aproveitada, permanecendo o servidor obrigado a protocolar o requeri-
mento para haver aproveitamento do primeiro agendamento, bem como realizar
Ocompetente registro daquele no Sistema de Gestão de Controle e Acompanha-
mento do Protocolo.
Reafirmação da DER
Na data do protocolo, o segurado, ao comparecer à APS, recebe um do-
cumento no qual tem a opção de reafirmar a DER ou não. Caso opte por não
a reafirmar, os efeitos financeiros do procedimento administrativo retroagirão à
data do agendamento, mas, ao optar por reafirmar a DER, os efeitos financeiros do
requerimento formulado se darão a partir da data do protocolo.
CAPITULO é
-
Processo administrativo previdenciário -29
A apresentação de documentação incompleta não constitui, por si só, mo-
tivo para recusa do requerimento de benefício ou serviço, ainda que seja possível
identificar previamente que o segurado não faça jus ao beneficio ou serviço pre-
tendido.
Na hipótese anterior, o INSS deverá proferir decisão administrativa, com ou
sem análise de mérito, em todos os pedidos administrativos formulados, e, quan-
do for o caso, emitirá carta de exigência prévia ao requerente. Dessa forma, encer-
rado o prazo para cumprimento da exigência sem que os documentos solicitados
tenham sido apresentados pelo requerente, o INSS: decidirá pelo reconhecimento
do direito, caso haja elementos suficientes para subsidiar a sua decisão; ou decidirá
pelo arquivamento do processo sem análise de mérito do requerimento, caso não
haja elementos suficientes ao reconhecimento do direito nos termos do disposto
no art. 40 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
Interessante ressaltar que não caberá recurso ao Conselho de Recursos da
Previdência Social da decisão que determine o arquivamento do requerimento
sem análise de mérito decorrente da não apresentação de documentação indis-
pensável ao exame do requerimento,
Caso haja manifestação formal do segurado no sentido de não dispor de
outras informações ou documentos úteis, diversos daqueles apresentados ou dis-
poníveis ao INSS, será proferida a decisão administrativa com análise de mérito do
requerimento.
O arquivamento do processo não inviabilizará a apresentação de novo re-
querimento pelo interessado, que terá efeitos a partir da data de apresentação da
nova solicitação.
O reconhecimento do direito ao benefício com base em documento apre-
sentado após a decisão administrativa proferida pelo INSS considerará como data
de entrada do requerimento a data de apresentação do referido documento. Esse
ponto tem gerado bastante controvérsia, porém ele deverá ser interpretado da
seguinte maneira:
Caso a exigência seja referente a um documento não apresentado ao INSS,
caberá a fixação de nova DER. Porém, caso o INSS já tenha conhecimento deste,
essa nova exigência, seja oriunda de rasuras, seja oriunda de erro, não deverá ser
fixada nova DER.
Espécies de recursos
A primeira espécie de recurso existente na estrutura administrativa previ-
denciária é o recurso ordinário. Seu endereçamento é para as Juntas de Recursos
do CRPS e seu protocolo realizado, preferencialmente, perante a Agência da Previ-
dência Social que proferiu a decisão recorrida (art. 537 da IN nº 77/2015).
Interposto o recurso, será deferido prazo para que o órgão prolator da deci-
são apresente suas contrarrazões.
O segundo recurso cabível na esfera administrativa previdenciária diz respei-
to aos embargos de declaração. Neste sentido, se a decisão da Junta for omissa,
obscura ou contraditória, será possível opor embargo de declaração em face des-
ta, O qual interrompe o prazo para interposição do recurso especial.
A terceira peça recursal admitida na esfera do INSS refere-se ao recurso
especial (art. 30, Portaria MDSA nº 116/2017). Trata-se de recurso, de natureza
excepcional, direcionado a Câmara de Julgamento, passível de interposição pelo
segurado ou pela Autarquia Previdenciária.
Quando interposta pelo INSS, a matéria objeto deste sofrerá limitação, sen-
do admitida apenas quando:
« violarem disposição de lei, de decreto ou de portaria ministerial;
*
divergirem de súmula ou de parecer do advogado-geral da União;
*
divergirem de pareceres da consultoria juridica do MDSA, aprovado pelo
procurador-chefe;
«
divergirem de enunciados editados pelo Conselho Pleno do CRPS;
* tiverem sido fundamentadas em laudos ou pareceres médicos divergentes emitidos pela
assessoria têécnico-médica e pelos médicos peritos do INSS, ressalvados os benefícios de
auxílio-doença, nos termos do inciso do $ 2º, art. 30;
|
CAPITULO é
-
Processo administrativo previdenciário -35
A quinta e última peça recursal se refere à denominada reclamação, medi-
da cabível quando os acórdãos das juntas de Recursos do CRPS ou os acórdãos de
Câmaras de Julgamento infringirem pareceres das consultorias jurídicas do MDSA,
MPS, MTPS ou enunciados editados pelo Conselho Pleno (art. 64, Portaria MDSA
nº 116/2017).
RECURSO
EMBARGOS DE
RECURSO
ESPECIAL
f INCIDENTE DE
NIFORMIZAÇÃO
|
RECLAMAÇÃO
DECLARAÇÃO
ORDINÁRIO
Julgamento do recurso
Inexiste norma especifica que defina o prazo para a Junta de Recursos, bem
como as Câmaras de Julgamento julgarem os recursos de sua competência. Desta
feita, aplica-se subsidiariamente o art. 59, $ 1º, da Lei nº 9.784/1999, diploma que
rege o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, o
qual estipula como prazo máximo para julgamento de recursos o de 30 dias.
O julgamento dos recursos direcionados às Câmaras, bem como as Juntas
de Recursos, pode, do mesmo modo, ser convertido em diligência para que tais
órgãos possam realizar uma pesquisa administrativa antes do julgamento final do
recurso.
As decisões exaradas por esses órgãos decorrem nos seguintes sentidos:
* Não conhecimento;
* Conhecimento e não provimento;
* Conhecimento e parcial provimento;
Conhecimento e provimento;
* De anulação do acórdão recorrido.
Segundo o art. 56, $ 1º, da Portaria MDSA nº 116/2017, o prazo para cum-
primento das decisões do CRPS é de 0
dias, sob pena de responsabilização do
servidor que der causa ao retardamento.
Todavia, conforme estampado no $ 2º desse mesmo artigo, o INSS poderá
deixar de cumprir a decisão se demonstrado que concedeu melhor beneficio ao
segurado e ele tenha concordado com a concessão deste.
36 ADVOCACIA PREVIDENCIARIA -
Guia Prático de Atendimento
estar pautada segundo a lei e demais fontes de direito (art. 659, II, IN
nº 77/2015);
se dar segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé (art. 659, V, IN
-
nº 77/2015);
observar a finalidade do processo administrativo, qual seja, resguardar o direi-
to do segurado (art. 659, VI, IN nº 77/2015);
analisar o dever de informação, fornecendo aos interessados, em todas as
fases do processo, os esclarecimentos necessários para O exercicio dos seus
direitos (art. 659, VII, IN nº 77/2015);
fundamentar as decisões administrativas, indicando os elementos ou do-
cumentos que embasaram a concessão ou indeferimento do beneficio
(art. 659, X, IN nº 77/2015);
38 ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA -
Guia Prático de Atendimento
Têm sido suscitadas algumas dúvidas referentes ao CNIS com relação à pen-
dência de vinculo extemporâneo (PEXT). Isso porque é uma das teses de indefe-
rimento mais usadas pelo INSS e ocorre quando, por exemplo, um empregador
deixa de repassar as contribuições já retiradas do empregado (INSS do emprega-
do) ou deixa de recolher a guia GPS no prazo legal, Diante do exposto, caberá ao
empregado comprovar o referido vinculo mediante apresentação de documentos
como carteira de trabalho, carteira profissional, contrato individual de trabalho,
entre outros.
A finalidade da correção é garantir a contabilização do tempo de contribui
ção ou do valor da remuneração para o cálculo da futura aposentadoria.
As modificações são previstas pelo art. 29-A, $ 28, da Lei nº 8.213/1991. Estas
eram realizáveis por meio de agendamento de uma carta de esclarecimentos, em
que o segurado apresentava a documentação que comprovava as alterações e
estas seriam realizadas de pronto pelo órgão administrativo.
Entretanto, em 2016, o INSS, por meio do Memorando 56, tratou da altera-
ção do fluxo de atendimento do serviço de atualização de tempo de contribuição.
Em seu conteúdo, especificou que o indeferimento administrativo será de-
clarado de imediato se o contribuinte tentar retificar as informações contidas em
seu cadastro antes de possuir direito adquirido de se aposentar ou receber outro
benefício em espécie, isso porque sua modificação só poderá ser realizada no ato
do requerimento de benefício.
Nesta senda, poderá ser impetrada ação de averbação, que buscará a retifi-
cação das novas informações trazidas ao CNIS, ou seja, a averbação do tempo de
contribuição ou de valores remuneratórios.
O pedido judicial que levará à alteração poderá suceder-se de três formas:
ciência para fins de BPC; caso em que deve ser mantido o pagamento, desde que
preenchido também o pressuposto de miserabilidade.
O artigo anteriormente mencionado foi revogado pela MP nº 894/2019,
que institui uma pensão mensal, vitalícia e intransferível, no valor de um salário
minimo.
Essa pensão especial será devida a partir do dia posterior à cessação do be-
nefício de prestação continuada ou indenizações pagas pela União em razão de
decisão judicial sobre os mesmos fatos, pois não poderão ser acumulados com a
pensão.
Essa pensão vitalícia diferente do BPC não dependerá da análise de renda,
mas sim de exame pericial realizado por perito médico federal para constatar a
relação entre a microcefalia e a contaminação pelo Zika virus.
Éimportante destacar que, para fins de concessão do BPC, deve-se entender
como deficiente a pessoa portadora de incapacidade que a impede para a vida
independente e para o trabalho, não se exigindo uma inaptidão total como, por
exemplo, para os atos mais básicos do dia a dia ou mesmo para se expressar ou se
comunicar normalmente.
Nesse sentido, a Súmula nº 29 da TNU:
para os efeitos do art. 20, 5 2º, da Lei nº 8.742, de 1993, incapacidade para a
vida independente não é só aquela que impede as atividades mais elemen-
tares da pessoa, mas também a impossibilita de prover ao próprio sustento.
Deve-se ter em mente ainda que o conceito de deficiência para fins de BPC
é caracterizado por um forte componente social, dada a própria finalidade do
amparo; de tal modo que, se o caso for de incapacidade parcial e o indivíduo em
conjunto obtiver incapacidade social, nada impedirá que o benefício assistencial
seja deferido por essa razão.
Nesse sentido, a Súmula nº 78 da TNU: "Comprovado que o requerente de
benefício é portador do virus HIV, cabe ao julgador verificar as condições pessoais,
sociais, econômicas e culturais, de forma a analisar a incapacidade em sentido
amplo, em face da elevada estigmatização social da doença".
52 ADVOCACIA PREVIDENCIARIA -
Guia Prático de Atendimento
e Salário
e Proventos
e Pensões por morte
e Pensões alimentícias
*
Seguro-desemprego
* Comissões
e Pró-labore
e Outros rendimentos do trabalho não assalariado
e Rendimentos do mercado informal ou autônomo
e Rendimentos auferidos do patrimônio
CAPITULO 3
-
Ainda, a Portaria MPAS/SEAS nº 1.524/2002 (item 2.2, "c") também não con-
sidera renda os apoios financeiros esporádicos recebidos pela família e por seus
integrantes decorrentes da participação em programas sociais, como bolsa-escola,
bolsa-cidada, renda mínima para garantia da educação dos filhos ou erradicação
do trabalho infantil, auxílio-gás, salário-desemprego ou similares, bem como o va-
lor do benefício de prestação continuada da pessoa que está sendo avaliada.
Ressalta-se que o Supremo Tribunal Federal, na Reclamação 4.374, declarou
inconstitucional o critério de miserabilidade previsto no art. 20, $ 3º, da LOAS,
restando atualmente inaplicável no âmbito do Judiciário.
Importante: avós, tios e sobrinhos não são conceituados como família para
efeito de concessão de benefício assistencial,
Neste sentido:
são do benefício assistencial, deve ser definido de acordo com o art. 20,
$ 1º, da Lei nº 8.742/1993, e art. 16, da Lei nº 8.213/1991. Os filhos maio-
Moradores de rua
O cidadão que estiver em situação de rua também pode vir a ter direito à
percepção de benefício assistencial.
Quando o requerente for pessoa em si-
tuação de rua, deve ser adotado, como
referência, o endereço do serviço da rede
socioassistencial pelo qual esteja sen-
do acompanhado, ou, na falta deste, de
pessoas com as quais mantém relação
de proximidade (art. 13, 8 6º, Decreto
nº 6.214/2007).
CAPITULO 3 -
Internados
A teor do art. 6º do Decreto nº 6.214/2007, "a condição de acolhimento em
instituições de longa permanência, como abrigo, hospital ou instituição congêne-
re, não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao Benefício de
Prestação Continuada".
Frise-se que a pessoa curatelada tem direito a receber o LOAS mesmo que
esteja internada em hospital particular; não se exige, porém, a curatela judicial para
que seja concedido o benefício, bastando comprovar tal condição e a incapacida-
de por meio de perícia.
Indígenas
No caso dos indígenas, cumpre observar prelimi-
narmente a sua condição efetiva, pois pode ser que te-
nham direito à aposentadoria rural. Os dois benefícios
são no valor de um salário-minimo, todavia a aposenta-
doria rural é mais vantajosa, uma vez que dá o pagamen-
to de 13º salário e enseja pensão por morte, o que não
ocorre com o benefício assistencial.
Trabalhador portuário
O art. 10-A, da Lei nº 9.719/1998, assegura a percepção de benefício assisten-
cial aos trabalhadores portuários avulsos com mais de 60 anos que não cumprirem
os requisitos para a aquisição das modalidades de aposentadoria, previstas nos
arts. 42, 48, 52 e 57 da Lei nº 8.213/1991, e que não possuam meios para prover a
subsistência.
O benefício, porém, não pode ser cumulado com qualquer outro no âmbito
da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da pen-
são especial de natureza indenizatória.
O benefício assistencial aos trabalhadores portuários traz outros requisitos
diferenciados, além da idade: possuir domicilio no Brasil; possuir 15 anos, no mini-
mo, de cadastro ou registro ativo como trabalhador portuário avulso; comparecer,
no mínimo, a oitenta por cento das chamadas realizadas pelo respectivo OGMO;
comparecer, no minimo, a oitenta por cento dos turnos de trabalho aos quais
tenha sido escalado no periodo.
Porém, o maior diferencial é acerca do requisito de miserabilidade. Diferen-
temente dos demais benefícios de prestação continuada, nos casos dos avulsos
será considerada miserabilidade a renda pessoal inferior a um salário minimo,
calculada sobre a média aritmética simples dos últimos 12 meses anteriores ao
pedido de benefício, incluindo-se o 13º salário.
62 ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA -
Guia Prático de Atendimento
LOAS
LOAS incapacidade + incapacidade
Obs.: admitido pelo INSS
e
quando a pessoa com deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na condição
de microempreendedor individual
e
quando superadas as condições que deram origem ao beneficio ou em caso de morte
do beneficiário (presumida, declarada em juizo)
e
quando se constatar irregularidade na sua concessão ou utilização
e em caso de ausência do beneficiário, judicialmente declarada
gem (art. 21), sendo o beneficiário submetido a perícias regulares para averiguação
de sua condição (incapacidade e/ou miserabilidade).
APOSENTADORIA
POR TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO
CAPÍT 0L0 4 -
tempo.
1
PÁ
A Reforma da Previdência alterou significativamente a legislação previden-
ciária, principalmente quanto às regras de concessão de aposentadoria. Atualmen-
te, não haverá mais aposentadoria por tempo de contribuição nem aposentado-
formando uma só aposentadoria
ria por idade em separado. Estas serão unidas,
hibrida urbana que leva em consideração tanto O prazo minimo de tempo de
contribuição quanto a idade minima como requisitos legais de concessão.
Ano Pontos
2019 81 pontos
2020 82 pontos
2021 -83pontos
2022 84 pontos
2023 85 pontos
2024 86 pontos
2025 87pontos
2026 88 pontos
2027 89 pontos
2028 90 pontos
2029 91 pontos
2030 92 pontos
Ano Pontos
2019 91 pontos
2020 92 pontos
2021 93pontos
2022 94 pontos
2023 95 pontos
2024 96 pontos
2025 97 pontos
2026 98 pontos
2027 99 pontos
2028 100 pontos
CRPTT 0L0 4 -
Vale ressaltar, a titulo informativo, que, neste caso, fizemos a média dos
100% do periodo contributivo a partir de julho de 1994, sem a utilização do fator
previdenciário, com regras de cálculos atuais.
4.3.2.2 Regra de transição 2 Professor
-
Mulher: começa aos 51 anos de idade e sobe seis meses a cada ano até
atingir 57 anos em 2031.
O tempo minimo de contribuição é de 25 anos de contribuição
2021 52 anos
2023 53 anos
2024 93 anos e seis meses.
2025 54 anos
2027 55 anos
2028 55 anos e seis meses
2029 56 anos
2030 6 anos e seis meses
2031 57 anos
Homem: começa aos 56 anos de idade e sobe seis meses a cada ano até
atingir 60 anos, em 2027.
O tempo minimo de contribuição é de 30 anos.
2021 57 anos
2023 58 anos
2025 59 anos
Exemplificando:
Em 2023, João terá 59 anos de idade e 30 anos de contribuição. Ele poderá
se aposentar? Qual será o valor de sua aposentadoria?
Em 2023, segundo a regra 1 de transição, João deverá ter, no mínimo, 58 anos
de idade e 30 anos de contribuição.
Como preencheu os requisitos, tendo em vista possuir 59 anos de idade e
30 anos de contribuição, sua aposentadoria será com base nas regras atuais e terá
o valor de 100% da média dos salários de contribuição.
segurado depois de ter deixado de exercer desde que tenha havido desconto de con-
atividade remunerada que o enquadrava tribuições;
como segurado obrigatório da previdência
social;
ERPÍTUL0 V -
HI o período em que o segurado esteve re- XIV o período em que o segurado tenha
- -
recebendo benefício por incapacidade por segurado esteve exposto a agentes nocivos
acidente do trabalho, intercalado ou não; químicos, físicos, biológicos ou associação
de agentes prejudiciais à saúde ou à
integridade física, observado o disposto nos
arts. 64 a 70;
X o tempo de serviço do segurado
-
XXI -
o tempo de contribuição efetuado
trabalhador rural anterior à competência pelo servidor público de que tratam as
novembro de 1997; alineas 1, J e do inciso do caput do art.
| 9
eo$2º do art. 26, com base nos arts. 8º e
9º, da Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991,
e no art. 2º, da Lei nº 8.688, de 21 de julho
de 1993,
XI o tempo de exercício de mandato
-
XXI -
o tempo exercido na condição de
classista junto a órgão de deliberação aluno-aprendiz referente ao período de
coletiva em que, nessa qualidade, tenha aprendizado profissional realizado em
havido contribuição para a previdência escola técnica, desde que comprovada
social, a remuneração, mesmo que indireta, à
conta do orçamento público e o vínculo
empregatício.
As regras até
momento apresentadas serão utili-
O
zadas nas hipóteses de direito adquirido. São para os se-
gurados que preencherem os requisitos da aposentadoria
até 13 de novembro de 2019, data da publicação da EC
nº 103/2019.
Para os segurados que não se enquadrarem na hi-
pótese acima, teremos que analisar as regras de transição
ou as novas regras, a depender do caso concreto, o que
fará com que aumente a demanda por profissionais habi-
litados em realizar planejamento previdenciário.
CAPÍTULO q -
e f= fator previdenciário;
e Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;
e Tc = tempo de contribuição até momento da aposentadoria;
Cco
d IMPORTANTE
Acrescenta-se ao tempo de contribuição
(art. 22,7 O g75:1009]
Á
|
Ainda,
e Usar sempre a tábua de mortalidade vigente à época da DER da aposentado-
ria;
e Se o fator for acima de este será benéfico ao segurado; mas, se abaixo de
1, 1,
Exemplos:
Fulano completou 61 anos de idade e possui 35 anos de contribuição. Quan-
do se aposentar, não tera a incidência do FP, exceto se este for acima de 1 e
o cálculo for mais vantajoso.
Fulana, por sua vez, completou 56 anos de idade e 30 anos de contribuição.
Da mesma forma, não terá a incidência do FP, exceto se este for acima de 1
e o cálculo for mais vantajoso.
Mulher: começa aos 56 anos de idade e sobe seis meses a cada ano até
2031 62 anos
CAPÍT 0L0 4 -
Aposentadoria por tempo de contribuição 79
Homem: começa aos 61 anos de idade e sobe seis meses a cada ano até
2021 62 anos
2022 62 anos e seis meses
2023 63 anos
2024 63 anos e seis meses
2025 64 anos
2027 65 anos
Exemplificando:
Em 2023, João terá 64 anos de idade e 35 anos de contribuição. Ele poderá
se aposentar? Qual será o valor de sua aposentadoria?
Em 2023, segundo a regra nº 1 de transição, João deverá ter, no minimo, 63
anos de idade e 35 anos de contribuição.
Como preencheu os requisitos, tendo em vista possuir 64 anos de idade e
35 anos de contribuição, sua aposentadoria será com base nas regras atuais e terá
o valor de 100% da média dos salários de contribuição. A RMI será 60% mais 2%
contribuidos além dos 20. Nesse caso, João possui 15 anos, além dos 20 exigidos
como carência. Desta forma, aposentar-se-á com 60% + 15 x 2% = 60% + 30% =
90% do salário de benefício.
Ano Pontos
2019 86 pontos
2020 87 pontos
2021 88 pontos
2022 89 pontos
2023 90 pontos
80 ADVOCACIA PREVIDENCIARIA -
Guia Prático de Atendimento
2024 91 pontos
2025 92 pontos
2026 93 pontos
2027 94 pontos
2028 95 pontos
2029 6 pontos
2030 97 pontos
2031 98 pontos
2032 99 pontos
2033 100 pontos
2019 96 pontos
2020 97 pontos
2021 98 pontos
2022 99 pontos
2023 100 pontos
Para o homem que tenha contribuido por pelo menos 33 anos, precisará
cumprir um pedágio de 50% do tempo que falta para chegar aos 35 anos de con-
tribuição. Não há idade minima.
Uma mulher com 28 anos de contribuição em 2020, para se aposentar na re-
gra de transição nº 3, deverá contar com 50% do tempo que falta para completar
os 30, isto é, 2 anos; 50% de dois anos é igual a 1 ano. Então, só poderá se aposentar
aos 31 anos de contribuição, sem idade minima.
O valor da aposentadoria será igual a 100% da média de todas as contribui-
ções a partir de julho de 1994, com aplicação do fator previdenciário.
4.5.2.4 Regra de transição nº 4
A mulher poderá se aposentar a partir dos 60 anos e 15 anos de contri-
buição, mas serão acrescidos seis meses na idade após 1º de janeiro de 2020 até
chegar à idade de 62 anos.
.2019. 5
0 anos
0 anose seis meses
*
2020
30 1
60anos
902% 61 anos e seis meses
2023: 62 anos
Para fazer jus a tal hipótese, é necessário que o segurado ou servidor público
contribua com um pedágio de 100% do tempo de contribuição faltante na data
da publicação da emenda.
O valor do benefício será de 100% da média aritmética de 100% de todo
o periodo contributivo, nos termos do art. 26, $ 1º,c/c,$ 3º, |, da EC nº 103/2019.
Exemplo: Uma segurada que, em 13 de novembro de 2019, já estava com 25
anos de contribuição, deverá chegar aos 30. Quando tiver completado os 30 anos,
deverá pagar um pedágio de 100%, ou seja, mais 5 anos. Dessa forma, somente po-
derá se aposentar aos 35 anos de contribuição com, no mínimo, 57 anos de idade.
Essa regra também poderá ser aplicada ao professor que comprovar exclusi-
vamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infan-
til e nos ensinos fundamental e médio, sendo reduzidos, para ambos os sexos, os
requisitos de idade e de tempo de contribuição em 5 (cinco) anos.
Ou seja, poderá se aposentar quando preencher, 52 (cinquenta e dois) anos
de idade, se mulher, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se homem; e 25 (vinte
e cinco) anos de contribuição, se mulher, e 30 (trinta) anos de contribuição, se
homem.
APOSENTADORIA
ESPECIAL
CAPÍTULO 5
-
Aposentadoria especial 85
tempo especial, o trabalhador precisa provar que as medidas adotadas pela em-
presa não são suficientes para afastar Os riscos de contaminação.
Aposentadoria especial 87
20 anos 76
25 anos 86
simples, haja vista as peculiaridades dos vínculos mantidos pelo segurado ao longo
de sua história laborativa. Neste sentido, apresentam-se as principais alterações
legislativas ao longo dos anos.
88 ADVOCACIA PREVIDENCIARIA -
Guia Prático de Atendimento
2014
002: ama
MP nº 1.663.10/1908 veda
Qualquer conversão de tempo
especial em camuem Doc. nº 4.032/2001 Dec. nº 4.882/2003 Portaria nº MTEMSMPS nº 9/2014 Pubíca a
Institui O PPP O conceião da Lista de Agentes para
permanência Humanos (LINACH)
Lat nº 8.711/$996 retira a vedação
Bnterior
MP m 1729/1998 / Lei
nº 9.732/1998 Cna alíquotas para O
custeio pela empresa 1LTCAT devo
informar EP
Aposentadoria especial 89
Guarda/vigia/vigilante
Para esta categoria, em específico, há duas corren-
tes jurisprudenciais. A primeira entende a possibilidade
de reconhecimento da atividade especial, inobstante a
ausência de uso de arma de fogo, e a segunda defende a
necessidade de uso de arma de fogo para reconhecimen-
to da atividade como especial.
CRPTT 0L0 5 -
Aposentadoria especial 91
Eletricitário
O tema relacionado elerricidade é
à
um dos pontos mais controversos da legis-
lação previdenciária. Inicialmente, o Decreto
nº 53.831/1964, código 1.1.8, previa como agente
nocivo a exposição aos riscos provocados por
energia elétrica.
Ocorre que, com o advento do Decreto
nº 2.172/1997 (Anexo IV), houve a supressão do
agente eletricidade do rol de agentes nocivos. Con-
tudo, considerando que o citado rol é exemplificativo, a jurisprudência permanece
considerando a exposição ao agente eletricidade atividade especial.
Frentista
Durante a atividade de abastecimento de vei-
culos automotores em geral, os frentistas permane-
cem expostos a hidrocarbonetos aromáticos, bem
como a líquidos inflamáveis.
Como se trata de situação perigosa, o risco
de acidente é inerente à atividade desenvolvida,
não sendo necessária, para sua caracterização, a
comprovação de exposição permanente.
Desta maneira, a sujeição do segurado a
agentes inflamáveis dá ensejo ao reconhecimento da atividade especial.
Frentista garante aposentadoria especial por exposição ao benzeno via ad-
ministrava (Processo 44232.740735/2016-97 (22 Câmara de Julgamento do
CRPS).
92 ADVOCACIA PREVIDENCIARIA -
Guia Prático de Atendimento
Motorista de caminhão/tratorista
A TNU já pacificou entendimento de que o
tratorista pode ser equiparado a motorista de ca-
minhão para fins de reconhecimento de atividade
especial.
Súmula 70 da TNU A atividade de tratorista
-
Desta maneira, sera utilizado o tempo especial para realizar sua conversão
em tempo comum e, posteriormente, efetuar a soma deste com o tempo comum
que o segurado já possuia.
Exemplo: fulana tem 18 anos de contribuição (comum) e 10 anos de contri-
buição relativa a tempo especial (aposentadoria especial de 25 anos). Esses
10 anos de atividade especial serão multiplicados pelo fator 1,20, conforme
tabela anterior, e resultarão em 12 anos a serem somados com os 18 anos
de contribuição de tempo comum.
Já o segurado que tenha exercido várias atividades especiais sem ter comple-
tado o tempo minimo para alguma delas poderá somar esses períodos, utilizando
a seguinte tabela de conversão:
CRPTT 0L0 5 -
Aposentadoria especial 93
Multiplicadores
Tempo a converter Para 15
Para 20 anos Para 25 anos
anos
De 15 anos
De 20 anos 0,75 e
1,25
Formulários
A comprovação da exposição ao agente nocivo resultou em vários formulá-
rios ao longo do tempo, conforme a seguir.
1SS-132 -
Anexo IV, ||, do BS/DG nº 231, de 6-12-1977
$B-40 0S/SB nº 52.5, de 13-8-1979
-
Demonstrações ambientais
Como prova da atividade especial existem, ainda, demonstrações ambien-
tais elaboradas por especialistas técnicos da área.
assinado por engenheiro ou médico do trabalho, que tem como finalidade identificar
Os riscos existentes em um determinado ambiente de trabalho como riscos físicos,
-
Aposentadoria especial 95
Empresa inativa -
Meios de prova
Para as atividades anteriores a 1995, cujo enquadramento de função era es-
tabelecido pelos Decretos nº 53.831/1964 e 83.080/1979, há presunção da agres-
sividade dos agentes especiais a que o segurado tenha sido exposto no exercicio
das funções.
Para os demais casos, deve-se observar:
BENEFÍCIOS POR
INCAPACIDADE
CRPTTUL0 6 -
Benefícios por incapacidade 99
Auxilio-doença previdenciário B3
Auxilio-doença acidentário B91
Doença preexistente
Ao segurado da Previdência Social é garantido o direito a requerer a conces-
são do benefício por incapacidade. Todavia, tal possibilidade só se dará se com-
provado que a incapacidade se deu após a filiação do segurado ao RGPS.
Resta evidenciado que, em regra, se a doença for adquirida antes da filiação
ao RGPS ou durante a perda da qualidade de segurado, este não terá direito ao
beneficio por incapacidade pleiteado.
Excepcionalmente, contudo, será possível a concessão do mencionado be-
nefício caso seja constatada que a doença preexistente sofreu progressão ou agra-
vamento após a filiação do segurado ao RGPS.
100 ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA -
Guia Prático de Atendimento
6.2 Carência
Para cumprimento da carência e possivel concessão do beneficio por inca-
pacidade, o segurado deve contribuir, em regra, pelo periodo minimo de 12 meses
consecutivos para o RGPS.
Contudo, em alguns casos, o segurado ficará dispensado do cumprimento
da citada carência.
nº 2.998/2001, tendo em vista o inciso Il, do art. 26, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de
1991, e o inciso Ill, do art. 30, do Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo
Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, traz um rol de doenças que isentam de carência
para a concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença ou aposentadoria por
invalidez, conforme regramento constante no artigo 1º:
| Tuberculose ativa;
-
Il -
Hanseniase;
-
Alienação mental;
IV Neoplasia maligna;
-
V Cegueira
-
IX Espondiloartrose anquilosante;
-
X = Nefropatia grave;
XI Estado avançado da doença de Paget (osteite deformante);
-
Esse rol de doenças é bastante criticado por não ser atualizado da forma
correta. Eis que existem diversas outras enfermidades que deveriam ter sido inseri-
das e não foram, como dengue hemorrágica, esquistossomose, doença de Chagas,
acidente vascular cerebral, lúpus, artrite reumatoide, esquizofrenia, entre outras.
Ainda que graves, tais doenças não têm proteção social, contudo há entendimen-
tos doutrinários e jurisprudenciais de que essa lista é exemplificativa.
De
18 12019
61.2017 a
12 761174
1762019
Conceito de incapacidade
Pode-se conceituar incapacidade como uma impossibilidade temporária ou
definitiva de o individuo exercer funções laborativas ou ocupacionais e até mesmo
atividades habituais, ocasionadas por modificações provenientes de doenças ou
acidentes, para as quais era habilitado anteriormente.
Incapacidade social
Muitas vezes, O segurado se vê limitado a laudos médicos que ficam adstri-
tos ao conceito de incapacidade física ou psicológica. É importante atentar que
a incapacidade social deve ser também elencada nos quesitos da perícia médica,
bem como nos pedidos da exordial.
A incapacidade social envolve três principais elementos:
JE DO SEGUE
DE TRABALHO
INCAPACIDADE
SOCIAL
6.5 Auxilio-doença
O auxílio-doença é um benefício previden-
ciário previsto nos arts. 59 a 63 da Lei nº 8.213/1991, 00
arts.7 a 80 do Decreto nº 3.048/1999, e art. 201, |,
CLA
da CF/1988.
Esse benefício é devido ao segurado incapa-
citado (física ou psicologicamente), por mais de 15
dias consecutivos ao exercício de suas atividades
habituais, sendo essa incapacidade parcial ou total-
mente ocorrida de forma temporária (passivel de
recuperação pelo segurado) ou na ocorrência de
prescrição médica, como é o caso da gravidez de risco. Nesse sentido, seu fato
gerador é a constatação da incapacidade laborativa passível de recuperação.
Quanto ao termo inicial para a concessão dessa espécie de benefício pre-
videnciário, é necessário esclarecer que, até O 15º dia de afastamento médico por
incapacidade, o pagamento é realizado pelo empregador, que deverá pagar de
forma integral a remuneração do empregado durante esse período. Após o 15º
dia, a obrigação passa a ser do INSS, por meio do pagamento do benefício.
É importante observar que se houver acordo ou convenção coletiva referen-
te à licença remunerada, deverá o empregador efetuar o pagamento da diferença
104 ADVOCACIA PREVIDENCIARIA -
Guia Prático de Atendimento
*
Filiados até 1999 80% maiores
-
menor valor apurado entre as duas opções:
contribuições (desde julho de 1994)
Filiados após 1999 80% maiores
-
contribuições
2) Apuração da média aritmética simples dos
12 últimos salários de contribuição existentes
segurado.
Pode ser considerada, também, quando a ação ou reação da sociedade, por
pré-conceito ou pré-julgamento, trouxer prejuizos ao segurado, por circunstâncias
alheias à sua vontade, não só na esfera financeira, como também na integração
social dele.
Em regra, para a concessão do benefício de
aposentadoria por invalidez, é necessário que a
incapacidade laboral física ou psicológica ou
- -
Grande invalidez
A grande invalidez configura um acréscimo de 25% no valor do benefício
previdenciário de aposentadoria por invalidez, nas hipóteses em que o segurado
necessita de auxilio de terceiros para o desempenho de suas necessidades básicas
cotidianas.
CRPÍTUL0 6 -
Benefícios por incapacidade -107
Cegueira total
* Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta
* Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores
« Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível
« Perda de uma das mãos ou de dois pés, ainda que a prótese seja possível
* Perda de um membro superior ou inferior quando a prótese for impossível
«
Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social
«
Doença que exija permanência continua no leito
*
Incapacidade permanente para as atividades da vida diária
joração promovida pela grande invalidez não se limita ao teto do benefício previ-
denciário, podendo o acréscimo ser superior ao benefício que anteriormente fora
limitado ao teto previdenciário.
É importante salientar que o acréscimo decorrido da grande invalidez é con-
cedido, em regra, aos segurados que se aposentaram por invalidez e que necessi-
tam do auxilio de terceiro para sobreviver.
Todavia, há entendimentos doutrinários e jurisprudenciais que expandem
esse acréscimo a qualquer aposentado que necessite ou venha a necessitar da aju-
da de terceiros aos atos da vida, sob o argumento de que o princípio da dignidade
da pessoa humana, de ordem constitucional, deve se sobrepor à Lei nº 8.213/1991,
inclusive ventilando a ideia de conceder a majoração também aos detentores de
benefícios assistenciais em razão do princípio in dubio pro misero.
Tema 982, ST) Comprovadas a invalidez e a necessidade de assistência
-
Mensalidade de recuperação
Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por
invalidez, será observado o seguinte procedimento (art. 47 da Lei nº 8.213/1991):
108 ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA -
Guia Prático de Atendimento
|
Quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início
-
a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que
desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista,
valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela
Previdência Social; ou
quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual
habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuizo da volta à atividade:
a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a
recuperação da capacidade;
b) com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses;
c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6
(seis) meses, ao término do qual cessará definitivamente
60% +2%
Após.os 20 anos de contribuição a cada ano contribuido
aposentado por invalidez também não passaria mais por perícia médica.
De acordo com o art. 60, $ 8 da Lei nº 8.213/1991, incluído pela Lei
nº 13.457/2017, sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de
auxilio-doença, judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a
duração do beneficio, ou seja, Cla mencionada alta programada.
A principal alteração da do pente-fino estabelece que, na ausência de
lei
PENSÃO POR
MORTE
CRPTT 0L0 ? -
Pensão por morte 115
dependentes
A pensão por morte é o benefício previdenciário destinado aos dependen-
tes do segurado falecido, seja sua morte real, seja presumida, na forma da legisla-
ção civil.
Quanto morte presumida, convêm observar o que dispõe o art. 78 da Lei
à
nº 8.213/1991, que, uma vez declarada pela autoridade judicial competente a
morte, depois de 6 meses de ausência, será concedida pensão provisória,
na seguinte forma:
v
FE
quisitos:
e a ocorrência do evento morte;
e demonstrar a qualidade do segurado falecido na época do óbito, salvo hipóte-
ses de direito adquirido;
e demonstrar condição de dependente do beneficiário.
116 ADVOCACIA PREVIDENCIARIA -
Guia Prático de Atendimento
e
Companheiros
Para os companheiros/conviventes, o gozo da pensão por morte está condi-
cionado à comprovação da união estável perante o INSS em prazo superior a
dois anos, com as seguintes provas do art. 135 da IN nº 77:
|
-
certidão de nascimento de filho havido em comum;
II -
certidão de casamento religioso;
|||
-
declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado
como seu dependente;
IV -
disposições testamentárias;
V -
declaração especial feita perante tabelião;
VI -
prova de mesmo domicílio;
VII -
prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou
comunhão nos atos da vida civil;
MIII -
procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
IX -
conta bancária conjunta;
X -
registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como
dependente do segurado;
XI -
anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados;
XI -
apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a
pessoa interessada como sua beneficiária;
XIII -
ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o
segurado como responsável;
XIV - escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de
dependente;
XV -
declaração de não emancipação do dependente menor de 21 (vinte e um)
anos; ou
XVI -
quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar.
|
0 e 40 anos 15 anos
Mais de 4 Viralicia
Nos termos do art. 77,$ 2º, V, a, da Lei nº 8213/1991, a pensão por morte será
vitalícia para cônjuges e companheiros inválidos ou com deficiência, só cessando se
superada a invalidez ou afastada a deficiência. Assim, se suceder invalidez ao cônjuge
ou companheiro até a DCB da pensão por morte, esta se tornará vitalícia.
CAPÍTULO 7 -
Pensão por morte 119
e
Ex-cônjuge
A pensão por morte poderá ser concedida ao
ex-cônjuge que recebia pensão alimentícia do segu-
rado ou que venha ulteriormente a dele depender.
Nesse caso, concorrerá em igualdade de condições
com todos os dependentes de primeira classe
Esclarece-se, ainda, que, na hipótese de o segura-
do falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado
por determinação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-compa-
nheiro ou ex-companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo remanes-
cente na data do óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior
do benefício (art. 76, $ 3º Lei nº 8.213/1997, com inclusão da Lei nº 13.846/2019).
Ainda, quando ocorrer nova união com cônjuge de regime previdenciário
diverso e para este também sobrevier falecimento, admite-se a cumulação entre
pensões por morte e, se do mesmo regime, opta-se pela pensão mais vantajosa
(art. 124, VI, Lei nº 8.213/1991).
Exemplo: O filho inválido, não casado, com 35 anos de idade que coabita-
va com sua genitora e dela dependia tem direito à pensão por morte com
o falecimento desta, desde que comprove que sua invalidez ocorreu antes
do óbito, mesmo que, ainda, perceba benefício, como aposentadoria por
invalidez.
Referida deficiência intelectual, aliás, pode ser comprovada por meio de lau-
do, inclusão em escola especial, entre outros. Havendo interdição, judicialmente
determinada em juizo cível, a perícia fica dispensada.
Classe Il de dependentes
Participam da classe Il os ascendentes do segurado. Eles deverão comprovar
sua relação de parentesco com este e respectiva dependência econômica, ain-
da que parcial, mas desde que represente um auxílio substancial, permanente e
necessário, sem o qual acarretaria o desequilibrio dos meios de subsistência do
dependente.
Para comprovação da dependência econômica, admitem-se, como meios
de prova, declaração dos dependentes no imposto de renda, plano de saúde e
apólices afins, faturas do cartão de crédito indicando pagamento de despesas para
mantença dos pais, contas mensais obrigatórias (faturas de água, luz e telefone)
do endereço dos pais, entre outros indicativos a colocar o segurado falecido como
arrimo da família.
Art. 77, Lei nº 8.213/1991 A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será
-
[..] V -
para cônjuge ou companheiro:
De 1995 a 1997 (Lei nº 9032/1995) À pensão por morte passou a ser 100% do
salário-benefício.
O valor mensal da pensão por morte passou
a ser 100% do valor da aposentadoria que o
A partir de 1997 (Lei nº 9528/1997)
segurado recebia ou daquela a que teria direito
se estivesse aposentado por invalidez na data
de seu falecimento.
O valor mensal da pensão por morte passou
a ser 50% do s.b, mais 10% a cada dependente,
limite de 100%. O s.b será calculado no valor
A partir de 13-11-2019 (EC nº 103/2019)
da aposentadoria que o segurado recebia
ou daquela a que teria direito se estivesse
aposentado por invalidez na data de seu
falecimento.
CAPIT 0L0 ? -
Pensão por morte 123
Cessação Observação
Se inválido, o pagamento
Filho/irmão 21anos de idade ou emancipação,
perdura até a cessação da
salvo inválido ou com deficiência
invalidez
Cônjuge/companheiro
Idade do beneficiário
na data do óbito do Cessação Observação
segurado
Qualquer idade 4 meses Se falecer antes de ter vertido
18 contribuições mensais ou
casamento/união estável ter, no
minimo, 2 anos de duração
Menos de 21 anos 3 anos Ter vertido 18 contribuições
Entre 21 e 26 anos 6 anos mensais e o casamento/união
estável ter, no mínimo, 2 anos de
Entre 27 e 29 anos 10 anos
duração
Entre 30 e 40 anos I5 anos
60% DO VALOR
QUE EXCEDER 1 SM, ATÉ O DE 2
-
VALOR -
MITE
40% DO VALOR
VALOR QUE EXCEDER 2 SM, ATÉ O LIMITE DE 3
SM = salário mínimo.
CRPI
CARTILHA DE
ATENDIMENTO E
QUESITOS PARA
PERÍCIA MÉDICA
128 ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA -
Guia Prático de Atendimento
Explorar bem este tema, pois aqui está o fundamento que dará
origem ao benefício no INSS.
Verificar se o cliente está no período contributivo, período de graça ou se houve
perda da qualidade de segurado, a fim de saber sobre a carência ou pedágio
6
exigível para tal questão.
Verificar o art. 15 da Lei nº 8.213/1991, bem como a Leinº 13.457/2017.
Verificar se o segurado cumpriu a carência especifica para o beneficio pretendido.
Lembre-se de que há doenças como câncer, aids, hanseniase, que são isentas de
carência (Portaria nº 2998/2001), bem como acidentes de trabalho e acidentes
de qualquer natureza. O conceito de acidentes de qualquer natureza tem grande
7
amplitude, por isso é importante estudá-lo.
É importante ressaltar que a lista de doenças isentas de carência é
um rol exemplificativo. Desta forma, novas doenças, se graves e
incapacitantes, podem ser enquadradas como isentas de carência.
CAPITULO 8
-
Cartilha de atendimento e quesitos para perícia médica -129
Auxílio-doença comum
*
Laudos médicos, indicando CID, data do início da patologia, sintomas, medicamentos
utilizados e se há ou não na opinião do médico-assistente incapacidade para o
- -
*
Cópia do prontuário médico (marcação de DIl).
*
Prova da atividade laborativa ou habitual (CTPS, recibos etc.).
CAPITULO 8
-
Cartilha de atendimento e quesitos para perícia médica -131
7
Qual é a projeção da incapacidade para o futuro?
Auxilio-doença acidentário
Laudos médicos, indicando CID, data do início da patologia, sintomas, medicamentos
utilizados e se há ou não na opinião do médico-assistente incapacidade para o
- -
10
possibilidade do restabelecimento.
Com a operação pente-fino (Lei nº 13.457/2017), tem sido mais frequente o
cancelamento de aposentadoria por invalidez.
Não sendo caso de restabelecimento, verificar se o INSS enquadrou seu cliente
na indenização referente ao art. 47, e ||, da Lei nº 8.213/1991 (mensalidade de
n |
Os portadores do virus HIV também não têm que se submeter à perícia médica,
14
de acordo com a Lei nº 13.847/2019.
134 ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA -
Guia Prático de Atendimento
10
Quando o requerido cessou o pagamento do beneficio previdenciário, já era o
requerente portador desta doença ou lesão?
De acordo com o quesito nº 5, qual atividade poderia ser desenvolvida pelo
11
requerente, levando em conta suas características pessoais (idade, condições
fisicas), principalmente o fato de que sempre desenvolveu todas as suas
atividades de (colocar a profissão)?
Em caso de resposta negativa ao quesito anterior, O sr. perito poderia esclarecer
se os relatórios médicos, anexados aos autos, especialmente aquele datado de
XX-XX-XXXX, encontram-se incorretos, principalmente aquele fornecido pelo
Dr. XX inscrito no CRM n. XX. e com especialidade em XX, os quais indicam
-
17
Em caso negativo, por quê? Houve alguma recuperação da capacidade laborativa
nesse período? Qual é o fundamento utilizado para tal conclusão?
136 ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA -
Guia Prático de Atendimento
A incapacidade é total ou parcial? Por quê? Em caso de ser parcial, seria total
para a atividade habitual de XX? Poderia ele desenvolver outras funções,
18 principalmente segundo o conceito de saúde da OMS e do manual de perícia
médica do INSS? Seria uni, multi ou omniprofissional a incapacidade do
periciando segundo o manual de perícia médica do INSS? Por quê?
Se parcial, poderia ele desenvolver a sua atividade habitual de forma satisfatória,
19 considerando-se os demais elementos socioeconômicos-culturais do caso em
tela, como idade e grau de instrução? Por quê?
A incapacidade do periciando é para apenas uma atividade ou para várias? Em
20 caso de várias, quais são elas? Em caso de uma, para qual? Essa incapacidade, para
uma ou várias atividades, é de forma total para as mesmas ou parcial?
O periciando possui condições de gerir seus bens e sua pessoa diante das patolo-
1
gias diagnosticadas?
O periciando pode praticar sozinho os atos da vida civil? Por quê? É necessário o
2 acompanhamento constante de terceira pessoa? É recomendável que faça sozinho
tais atos sem apresentar perigo para si e para outros?
O autor faz uso de quais medicamentos? Quais os efeitos colaterais deles? Tais
4 efeitos colaterais podem ser considerados incapacitantes para seu trabalho ha-
bitual de XX?
7
Qual é a data do inicio da incapacidade (dia-mês-ano)? Qual é o fundamento
utilizado para essa conclusão?
A incapacidade é total ou parcial? Por quê? Em caso de ser parcial, seria total para a
atividade habitual de XX? Poderia ele desenvolver outras funções, principalmente
9 2.
Ainda em caso de ser temporária, pode vir a ter sequelas que diminuirão sua ca-
1á
pacidade laborativa? Em qual grau?
-
sua capacidade laborativa desde a alta do auxilio-doença, ocorrido em (dia/
a n ? Por quê?
1
Qual é a idade?
Lembre-se de que o requisito para o benefício assistencial (LOAS) é ter 65
anos de idade ou mais.
recebendo aposentadoria rural, a fim de, no futuro, gerar pensão por morte.
A aposentadoria rural é mais atrativa, pois gera direito ao 13º salário, bem
como pode ser transformada em pensão por morte.
10 Identificação da tese para a concessão do benefício assistencial (LOAS).
A discussão sobre a renda per capita pode ser dirimida, levando-se em
consideração a miserabilidade do núcleo familiar, uma vez comprovadas as
despesas reais suportadas (flexibilização do critério econômico).
n Lembre-se de que a lei permite a cumulatividade de benefício assistencial -
LOAS Idade.
A jurisprudência tem sido bastante favorável à cumulatividade de beneficio
previdenciário de salário-mínimo com benefício assistencial LOAS ou até
-
incapacidades.
12 Benefício assistencial LOAS para internado, para estrangeiro e até mesmo para
-
Verificar se, em algum momento, o cliente foi atendido em hospital por alguma
7
intoxicação por produto químico com que trabalha exposto.
previdenciários
Solicitar documentos: CNIS de remunerações e vínculos, carta de concessão,
histórico de crédito (HISCRE), REVSIT e cópia do processo administrativo de
1 concessão.
Caso o INSS não queira conceder cópia do processo administrativo de
concessão, impetrar mandado de segurança.
7
verifique se cabe revisão do beneficio originário para que este tenha reflexo na
pensão por morte. Isto também se aplica à aposentadoria por invalidez e ao
auxilio-acidente.
Revisão Sintese
DIB: out. 1988 a dez. 2003
Emendas Benefícios: limitados ao teto B42 aposentadoria integral
- -
Revisão Sintese
DIB: qualquer concessão posterior a 1*-3-1994 limitada do
MVT global
Benefícios: aposentadoria e benefício por incapacidade
Extensão do Buraco Fundamento: art.21,$ 3º, da Lei nº 8880/1994
Verde Obs.: é mesmo pressuposto do Buraco Verde, para os
o
(80% maiores salários de Fundamento arts. 29, ||, e. 75 da Lei nº 8.213/1991 e 188-A do
contribuição do PBC) Decreto nº 6939/2009
Obs.: verificar na carta de concessão se foram excluidos os
20% menores.
Síntese
DIB: Depois de 28-1-1999 Ler nº 9876/1999
-
Revisão Sintese
Revisão para a DIB: concessão de aposentadoria programada nas regras de
elevação de 10% transição 1, 2 para os homens.
e 5
Anexo 1
-
Dicas para contrato de honorários
Dicas importantes do que deve constar em um contrato de honorários para
propositura de ação judicial.
Estipulação de honorários
Na estipulação dos honorários, é importante deixar claro que, independen-
temente da porcentagem ad exito, minimo a ser cobrado é o estipulado na ta-
0
bela da OAB.
Em geral, a porcentagem ad exito é de 30% do valor total apurado desde a
DER.
Éimportante, também, mencionar no contrato se haverá aumento de ho-
norários em fase recursal, sustentação oral etc.
Para as parcelas vincendas, alguns profissionais estipulam a cobrança de 30%
sobre 12 prestações e dividem esse pagamento em parcelas mensais. Outros, po-
+
rém, estipulam a cobrança em número de benefícios, por exemplo.
Novamente, destaque bem em seu contrato que uma cobrança se destina
as parcelas vencidas e a outra, às parcelas vincendas.
Transparência contratual
Um contrato bem redigido pode minimizar dissabores futuros, por isso
é importante usar termos claros e simples, de fácil leitura e compreensão, bem
como destacar a proteção contratual do Código de Defesa do Consumidor.
Despesas diversas
Estipule o que são despesas judiciais e extrajudiciais e como serão cobradas
de seu cliente. Deixe claro também como sera realizada a comprovação docu-
mental destas.
Multa rescisória
Elabore cláusulas acerca de uma possível rescisão contratual, ofertando um
prazo para o cliente notificá-lo, bem como estipulando um valor de multa, inde-
pendentemente dos honorários devidos.