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P1 - Eixo 2 - Conectividade
P1 - Eixo 2 - Conectividade
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APRESENTAÇÃO
1
Especificamente, para atingir uma parcela dos objetivos preconizados para o estudo
completo, este primeiro produto está estruturado para, em seu capítulo 1, oferecer ao
leitor uma compreensão do contexto da realização do estudo e dos seus objetivos,
justificativas e metodologias. O capítulo 2 apresenta as bases conceituais utilizadas no
estudo, abordando as terminologias, definições, tipos de acesso à internet em banda larga
e usos previstos que integram o escopo do estudo, buscando inserir o leitor no tema da
conectividade. O capítulo 3 trata da velocidade e cobertura das conexões disponíveis. O
capítulo 4 está direcionado para construir um retrato sobre a situação da conexão no meio
rural, considerando por um lado, a base de dados do Censo Agropecuário 2017, e por
outro, uma modelagem espacial nova, construída pelo Geolab para este estudo,
possibilitando discutir algumas correlações da conectividade com temas de relevância
para a produção agropecuária. No capitulo 5 o enfoque é o da demanda, sendo
levantados aspectos das necessidades dos médios produtores e a distribuição territorial
das áreas prioritárias para as ações do MAPA, possibilitando a categorização desses
territórios, de modo a melhor compreender os fatores que interferem na conectividade
rural, um dos objetivos centrais deste produto. O capítulo 6 apresenta alguns resultados
com relação à conectividade em escolas rurais e instituições de prestação de serviços de
ATER no meio rural. O capítulo 7, por fim, apresenta as considerações finais desta etapa
inicial do estudo.
2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................................8
2 BASES CONCEITUAIS QUE ORIENTAM O ESTUDO ................................................................................................... 10
2.1 Internet em banda larga ............................................................................................................................... 11
2.2 Terminologias relacionadas à internet em banda larga .......................................................................... 12
2.3 Formas de acesso à internet em banda larga .......................................................................................... 16
Conexão de banda larga fixa ...................................................................................................................... 16
Conexão de banda larga sem fio ................................................................................................................ 17
2.4 Aplicações rurais que necessitam de internet em banda larga de qualidade ..................................... 18
3 COBERTURA E VELOCIDADE DA CONEXÃO À INTERNET NO BRASIL ....................................................................... 22
3.1 Banda larga fixa ............................................................................................................................................ 22
3.2 Telefonia móvel ............................................................................................................................................. 24
4 RETRATO DA CONEXÃO NO MEIO RURAL ............................................................................................................... 29
4.1 O que apontam os dados do Censo Agropecuário 2017 ....................................................................... 29
4.2 Conexão no meio rural segundo modelagem espacial ........................................................................... 36
Dados de entrada do modelo (inputs) e metodologia de processamento ................................................ 37
Passo 1: consolidação do banco de dados geográfico das antenas ........................................................... 38
Passo 2: categorização das antenas em função da frequência .................................................................. 39
Passo 3: Cálculo espacial da potência recebida de sinal ............................................................................ 42
Passo 4: Categorização dos sinais............................................................................................................... 43
4.3 Resultados ..................................................................................................................................................... 44
Qualidade da cobertura 2G, 3G e 4G ......................................................................................................... 44
Uso do solo vs. disponibilidade de sinal ..................................................................................................... 50
5 O MÉDIO PRODUTOR E A CONEXÃO NO MEIO RURAL ........................................................................................... 53
5.1 O conceito de médio produtor rural............................................................................................................ 53
5.2 O médio produtor e a conexão no meio rural: dados do Censo Agropecuário 2006 ......................... 56
5.3 A demanda por conexão pelo médio produtor: resultados de pesquisa de campo ........................... 59
5.4 Áreas prioritárias para as ações voltadas à conectividade no meio rural ............................................ 63
5.5 Microrregiões prioritárias para direcionar as ações voltadas ao médio produtor rural ...................... 66
5.6 Síntese das microrregiões selecionadas e situação quanto à conectividade do meio rural ............. 68
6 INSTITUIÇÕES QUE ATUAM PARA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL:
CONDIÇÕES DE CONEXÃO À INTERNET ........................................................................................................................ 83
6.1 Escolas rurais ................................................................................................................................................ 84
6.2 Escolas Rurais Técnicas.............................................................................................................................. 86
6.3 Instituições de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) ............................................................. 87
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................................... 90
3
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 2. Número médio de empresas de telefonia por município e tecnologia de internet móvel
..................................................................................................................................................... 32
Tabela 10. Síntese das microrregiões selecionadas para as ações de ATER na região Norte ..... 73
Tabela 11. Síntese das microrregiões selecionadas como prioritárias para as ações de ATER na
região Nordeste ............................................................................................................................ 74
Tabela 12. Síntese das microrregiões selecionadas como prioritárias para as ações de ATER na
região Centro-Oeste ..................................................................................................................... 75
Tabela 13. Síntese das microrregiões selecionadas para as ações de ATER na região Sudeste . 77
Tabela 14. Síntese das microrregiões selecionadas como prioritárias para as ações de ATER na
região Sul ..................................................................................................................................... 79
Tabela 15. Síntese das UFs com microrregiões prioritárias para as ações de ATER ................... 82
4
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 4. Diagrama de representação das possibilidades de conexão de banda larga fixa .......... 16
Figura 6. Diagrama ilustrativo das conexões 3G ou 4G/LTE, entre usuários e operadoras .......... 18
Figura 10. Mapa de acessos de Banda Larga Fixa por mil habitantes em 2007 e comparativo
2018. Distribuição de quantil de 2007 ........................................................................................... 23
Figura 11. Mapas de acessos de Banda Larga Fixa por mil habitantes 2007 e 2018. Distribuições
de quantil 2007 e 2018, respectivamente ...................................................................................... 23
Figura 12. Conexão de Banda Larga Fixa, set. 2007 e set. 2018 ................................................. 24
Figura 13. Mapa de acessos de Telefonia Móvel por habitantes em 2009 e comparativo 2018.
Distribuição de quantil de 2009 ..................................................................................................... 25
Figura 14. Mapas de acessos de Telefonia Móvel por habitantes 2009 e 2018. Distribuições de
quantil de 2009 e 2018, respectivamente ...................................................................................... 25
Figura 15. Conexão de Telefonia Móvel, set. 2009 e set. 2018 .................................................... 26
Figura 18. Conectividade, vínculo a associações, ATER e acesso à informação técnica nos
estabelecimentos agropecuários em 2017 .................................................................................... 30
Figura 19. Número de empresas de telefonia atuantes por município e tecnologia de rede móvel
em 2017........................................................................................................................................ 32
5
Figura 20. Quantidade de estabelecimentos e conectividade em 2017 ........................................ 33
Figura 23. Distribuição espacial das 81.282 estações do Brasil. Cada ponto vermelho
transparente representa uma estação. O vermelho mais intenso representa maior concentração de
antenas próximas.......................................................................................................................... 39
Figura 24. Estações 2G no Brasil. Cada ponto vermelho transparente representa uma estação. O
vermelho mais intenso representa maior concentração de antenas próximas ............................... 40
Figura 25. Estações 3G no Brasil. Cada ponto vermelho transparente representa uma estação. O
vermelho mais intenso representa maior concentração de antenas próximas ............................... 41
Figura 26. Estações 4G no Brasil. Cada ponto vermelho transparente representa uma estação. O
vermelho mais intenso representa maior concentração de antenas próximas ............................... 41
Figura 32. Percentual de municípios com cobertura excelente de 4G, por região ........................ 48
Figura 33. Classificação dos municípios brasileiros quanto ao sinal excelente de 4G. Dentre os
municípios que possuem alguma de sinal excelente de 4G, uma divisão foi feita. A metade que
possui menor percentual de cobertura está representada pela cor amarela e a que possui maior
percentual, pela cor verde............................................................................................................. 49
Figura 35. Representação: classes de produtores (IBGE), acesso a crédito rural (Pronaf e
Pronamp) e perfis de médios produtores ...................................................................................... 55
Figura 36. Distribuição espacial dos estabelecimentos que compuseram o universo ampliado de
médios produtores no Brasil, por microrregião .............................................................................. 55
Figura 37. A - Percentual de médios produtores (NÃO-FAMILIAR MÉDIO) sem sinal pelo menos
regular de 4G. B – Percentual de estabelecimentos de NÃO-FAMILIAR MÉDIO nos municípios
brasileiros ..................................................................................................................................... 56
6
Figura 38. Acesso à conectividade por médios produtores .......................................................... 60
Figura 41. Preferência dos médios produtores por canais de comunicação com o MAPA ........... 61
Figura 42. Distribuição dos estabelecimentos de médios produtores prioritários para as ações de
ATER, por microrregião no Brasil .................................................................................................. 65
Figura 43. Síntese do levantamento do público alvo para as ações de ATER a serem fomentados
pelo MAPA .................................................................................................................................... 66
Figura 45. Microrregiões prioritárias para a atuação do MAPA junto aos médios produtores rurais
..................................................................................................................................................... 67
Figura 46. Escolas atendidas por rede móvel, satélites, percentual de escolas com internet e
média de computadores para os alunos em 2017 ......................................................................... 85
Figura 47. Escolas rurais sem energia elétrica em 2017 e o desenvolvimento municipal ............. 86
Figura 48. Percentual de escolas rurais técnicas com acesso a internet e média de computadores
para os alunos em 2017................................................................................................................ 87
7
1 INTRODUÇÃO
8
1) Agricultura de Precisão: a agricultura de precisão e os sistemas
de piloto automático são tecnologias de produção agropecuária que
permitem a redução e utilização mais racional de insumos, diminuindo
assim impactos ambientais. No entanto, o custo da tecnologia ainda
restringe a sua adoção, de forma mais abrangente. Parte deste custo
vem da necessidade de um sinal de GPS com correção diferencial em
tempo real. Sistemas capazes de oferecer este sinal com cobertura em
grandes áreas podem evitar que cada produtor, isoladamente, invista em
estações-base e retransmissoras.
9
2 BASES CONCEITUAIS QUE ORIENTAM O ESTUDO
10
2.1 Internet em banda larga
11
No entanto, esta velocidade de conexão que era plausível no início do século
XXI já é considerada defasada para que o usuário utilize a rede de modo
satisfatório. O surgimento progressivo de novos aplicativos on-line e a
expansão do conteúdo multimídia (vídeo, voz, jogos, animação, transmissões
em streaming, etc.) tornou este número rapidamente obsoleto. Embora ao final
da primeira década uma velocidade de 10 Mb/s fosse razoável para um usuário
comum, esta taxa também já nasceu condenada a se defasar rapidamente.
Tendo em vista este problema, a definição sobre o que é banda larga passou a
considerar mais elementos qualitativos e menos quantitativos. No Programa
Nacional de Banda Larga (PNBL), o conceito de acesso à banda larga
estabeleceu:
[...] um acesso com escoamento de tráfego tal que permita aos consumidores
finais, individuais ou corporativos, fixos ou móveis, usufruírem, com qualidade,
de uma cesta de serviços e aplicações baseada em voz, dados e vídeo (Brasil,
2010, p. 24).
Frequência (Hz)
de Conexão
Roteadores
Usuários
Operadora
Provedor de Rede IP
acesso à
internet
Provedor de
serviço
Backbone
Fronthaul Backhaul
12
Backbone: significa “espinha dorsal” e, por analogia, leva este mesmo
sentido para as telecomunicações, referindo-se à rede central, a infovia
principal que possibilita o tráfego pesado de dados (fibra ótica). Os
backbones são pontos das redes que compõem o núcleo das redes de
Internet. São pontos principais da internet que distribuem pelas redes as
informações baseadas na tecnologia TCP/IP. Existem diferentes níveis
backbones espalhados pelo mundo, e estes são os responsáveis por
distribuir o acesso mundial para a rede de internet.
2
Fonte: www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialinter/pagina_4.asp
13
Figura 2. Diagrama de pares de ligações backbones internacionais e no Brasil
em 2008
14
Figura 3. Municípios com estrutura em fibra ótica para internet
15
do espectro de radiofrequências é a ANATEL (Agência Nacional de
Telecomunicações).
(i) Internet via par trançado: utiliza a rede pública de telefonia para
estabelecer conexão com um provedor e onde o usuário usa um modem
para transmissão de dados. Sua desvantagem é a ocupação da linha
para outras conexões, como voz;
(ii) Internet via cabo coaxial: utiliza a rede dedicada para estabelecer
conexão com um provedor e onde o usuário usa um modem ADSL
(Asymmetric Digital Subscriber Line) para transmissão de dados. A
vantagem é que o tráfego varia pouco, não ocupa a linha de voz, tem
bom desempenho que exigem troca rápida de dados e atualmente o
serviço de acesso tem um preço acessível;
16
desvantagem desta tecnologia é seu alto preço e a necessidade de boa
estrutura de cabos para instalação. Por esse motivo, a internet de fibra
ótica fica mais restrita às zonas urbanas.
17
sinônimo da tecnologia LTE (Long Term Evolution), que partilha da
mesma natureza básica do 3G, porém traz um expressivo aumento da
velocidade de transmissão de dados, por ser mais integrada aos
sistemas baseados no protocolo IP. A rede de antenas ERB (Estação
Rádio Base ligadas umas às outras por uma rede backhaul) oferece
uma grande cobertura nas áreas urbanas e onde existe demanda de
conexão, inclusive em áreas rurais, pois atende até vários quilômetros
de distância. Essa tecnologia tem a vantagem de atender grandes
áreas geográficas e áreas remotas com um custo mais baixo. A Figura
6 traz um diagrama ilustrativo das conexões móveis 3G e 4G/LTE.
18
envolvendo diversos elementos da aplicação da agricultura de precisão e sua
vinculação com a internet em banda larga. A agricultura de precisão é uma
atividade que gera grande volume de dados, demandando conexão de internet
com elevada qualidade.
Internet das Coisas (IoT - Internet of Things): máquinas que se comunicam sem
interferência humana, trocando dados pela rede. Os equipamentos agrícolas
terão cada vez mais sensores conectados à internet. A inteligência artificial
aplicada à agricultura pode melhorar os processos produtivos e apoiar a
tomada de decisão pelo agricultor, reduzindo custos e trazendo mais
rendimento.
Agricultura 4.0: forma pela qual vem sendo denominado o atual estágio de
desenvolvimento da tecnologia na agricultura, cada vez mais conectada
digitalmente, com conexões de softwares e sistemas digitais às máquinas
empregadas na produção agropecuária. Ao ampliar essas conexões é possível
otimizar a gestão do negócio em tempo real diminuindo o tempo de trabalho,
seja no campo, cooperativas ou agroindústrias.
A Figura 8 trata das relações entre a internet das coisas e a agricultura 4.0.
19
Figura 8. Ciclos e relações considerando a internet das coisas e a agricultura
digital, considerando os vínculos entre as atividades de campo e os processos
de gestão dos sistemas agropecuários
20
Figura 9. Tipos de tecnologia de conexão, suas características distintivas
principais e velocidades de transmissão de dados
Fonte: http://www.caminhosdabandalarga.org.br/2012/10/capitulo-1/
21
3 COBERTURA E VELOCIDADE DA CONEXÃO À INTERNET NO BRASIL
3
Dados da ANATEL de setembro de 2018.
22
disto, entre 2011 e 2018 os acessos por fibra ótica cresceram em quase 30
vezes (173.411 para 5.105.955 domicílios)4. Isto mostra que a qualidade da
internet tem se ampliado. A Figura 12Figura 12 mostra que aproximadamente
91% dos acessos em 2007 apresentavam velocidade abaixo de 2 megabit por
segundo (mbps), entretanto, em 2018 este percentual é de 18%. Ao longo do
período as conexões mais lentas foram substituídas por acessos com
velocidade superiores.
Figura 10. Mapa de acessos de Banda Larga Fixa por mil habitantes em 2007
e comparativo 2018. Distribuição de quantil de 2007
Figura 11. Mapas de acessos de Banda Larga Fixa por mil habitantes 2007 e
2018. Distribuições de quantil 2007 e 2018, respectivamente
23
Figura 12. Conexão de Banda Larga Fixa, set. 2007 e set. 2018
5
Dados da ANATEL, atualizados em 01/11/2018, disponíveis em
http://www.anatel.gov.br/dados/acessos-telefonia-movel. Consulta realizada em 16/11/2018.
24
tecnologia de conexão de telefonia móvel, para os anos de 2009 e 2018, por
UF, são apresentados na Figura 15.
Figura 14. Mapas de acessos de Telefonia Móvel por habitantes 2009 e 2018.
Distribuições de quantil de 2009 e 2018, respectivamente
25
precisão, automatização de processos, sensoriamento remoto, monitoramento
agrometeorológico, entre outras técnicas que podem proporcionar maior
produtividade, eficiência, eficácia e mitigação de impactos ambientais da
agropecuária.
6
Especificamente nos casos de oferta de serviço decorrentes dos compromissos de
abrangência estabelecidos nos Editais, existe um parâmetro mínimo de cobertura para que a
Agência ateste o cumprimento, de que, no mínimo, 80% da área urbana do distrito sede tenha
o sinal. Nos demais casos, isto é, municípios onde a oferta da operadora é decorrente de seu
próprio interesse, não há compromisso de cobertura mínima
(http://www.anatel.gov.br/setorregulado/component/content/article/115-universalizacao-e-
ampliacao-do-acesso/telefonia-movel/423-telefonia-movel-municipios-atendidos).
26
Fonte: Elaboração própria com base nos dados da ANATEL (2018)
27
Fonte: Elaboração própria com base nos dados da ANATEL (2017)
28
Na última década houve grande expansão da cobertura e qualidade
da conexão de internet no Brasil. No entanto, os melhores
indicadores de conexão continuam concentrados nas regiões
sudeste e sul.
29
4 RETRATO DA CONEXÃO NO MEIO RURAL
30
banda larga, que apresentam maior velocidade e, portanto, permitem a
utilização de ferramentas importantes para o desenvolvimento rural, como a
agricultura de precisão, que envolve a transmissão de elevado volume de
informação (Big Data).
A B
C D
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do IBGE Censo Agropecuário (2017).
31
incremento do valor agregado, qualidade de vida, produtividade e mitigação de
impactos ambientais no meio rural. Neste sentido, observa-se que a cobertura
de atendimento é melhor nos municípios que possuem como principais
atividades culturas mais dinâmicas, como as commodities, fruticultura, café,
atividades de pecuária integradas à indústria, entre outras. Por sua vez,
apresenta lacunas nas regiões onde predominam as atividades de subsistência
e pecuária de corte (não integrada à indústria).
32
internet móvel está muito aquém daqueles que possuem acesso a telefones
(63%), mostrando que ainda existem muitas oportunidades para ampliação da
conectividade móvel.
A B
C D
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do IBGE Censo Agropecuário (2017) e ANATEL
(2018).
33
A Figura 20 apresenta um resumo da conectividade conforme o Censo
Agropecuário 2017, mostrando que aproximadamente 3,65 milhões de
estabelecimentos não tem acesso à internet. Destaca-se que a conectividade
no meio rural não acompanhou a recente expansão da cobertura de
atendimento urbana. Assim, ainda existem elevados ganhos potenciais em
garantir o acesso à informação na zona rural através da internet, permitindo a
ampliação de disponibilidade de mecanismos para assistência técnica,
comercialização, educação, inovações (agricultura de precisão, monitoramento
agrometereológico, etc.), entre outros fatores essenciais para o
desenvolvimento da agropecuária e qualidade de vida no meio rural.
2.500.000 Norte
2.000.000
Nordeste
1.500.000
Sudeste
1.000.000
Sul
500.000
0 Centro-Oeste
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do IBGE Censo Agropecuário (2017)
34
automatização dos processos produtivos e sensoriamento remoto, além disto,
os processos de formação de preços e de mercado destes produtos
demandam constante acesso à informação.
35
reprodução destes indicadores. Destaca-se ainda que algumas culturas como
as commodities, especificamente a soja, apesar de não abrangerem elevado
percentual de estabelecimentos, apresenta elevada participação na área
colhida e valor da produção. Conforme o Censo Agropecuário de 2006, 7% dos
estabelecimentos de lavouras temporárias produziam soja (217.015
estabelecimentos), mas representavam 35% da área colhida (17,9 milhões de
hectares) e 25% do valor de produção (aproximadamente R$ 19,5 bilhões, em
valores nominais) desta atividade.
RO 8 0 18 12 0 12 50
AC 32 0 31 1 3 7 26
AM 34 0 31 0 7 21 8
Norte RR 26 0 35 0 2 19 17
PA 34 0 23 0 11 7 23
AP 25 0 35 1 12 25 3
TO 25 1 22 0 0 10 43
MA 64 0 5 0 1 6 24
PI 68 0 7 0 0 5 20
CE 63 0 12 0 0 5 19
RN 47 0 12 0 0 9 32
Nordeste PB 48 0 19 0 0 8 25
PE 46 0 19 0 0 12 24
AL 49 0 19 0 0 8 24
SE 28 0 28 0 0 13 31
BA 31 0 34 2 0 10 23
MG 17 0 22 13 0 14 33
ES 11 0 20 34 0 20 15
Sudeste
RJ 11 0 20 2 0 41 27
SP 7 3 9 4 0 37 40
PR 22 15 15 2 0 15 31
Sul SC 21 4 14 0 0 26 35
RS 27 11 26 0 0 7 29
MS 13 7 15 0 0 14 51
Centro- MT 11 4 14 2 0 12 57
Oeste 9 4 8 0 0 13 66
GO
DF 15 2 7 0 0 67 9
36
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do IBGE Censo Agropecuário (2017)).1Arroz,
feijão e mandioca; 2Soja; 3Banana, cacau, coco-da-baía, laranja e uva.
37
Figura 21. Esquematização gráfica da modelagem espacial de disponibilidade
e qualidade da internet no meio rural
PROCESSAMENTO
f(distância, Inputs)
Superfícies (rasters)
Qualidade da CONECTIVIDADE
38
Figura 22. Fluxograma do cálculo espacial do sinal de cada tecnologia
39
essa discriminação no modelo, é necessário analisar individualmente as
frequências de operação das antenas, conforme realizado no passo seguinte.
Figura 23. Distribuição espacial das 81.282 estações do Brasil. Cada ponto
vermelho transparente representa uma estação. O vermelho mais intenso
representa maior concentração de antenas próximas
41
Figura 25. Estações 3G no Brasil. Cada ponto vermelho transparente
representa uma estação. O vermelho mais intenso representa maior
concentração de antenas próximas
42
Passo 3: Cálculo espacial da potência recebida de sinal
𝜆 2
𝑃𝑡 𝐺𝑡 𝐺𝑟 (4𝜋𝑑)
𝑃𝑟 = 10 ⋅ log ( ) [𝑑𝐵𝑚]
10−3
Em que:
10 Em alguns casos, havia mais de uma licença para uma mesma antena, com valores distintos de
potência. Nessas situações, tomou-se o valor médio das entradas no banco de dados para utilização nos
cálculos posteriores.
43
Outras opções comumente utilizadas para este fim, geralmente ficam restritas
por esses critérios mencionados. Exemplos são o modelo de Okumura-Hata,
que é válido apenas para frequências de 150 a 1.500 MHz, estendido até
apenas 2.000 pelo modelo COST-231; e o modelo de Ibrahim e Parsons, onde
fatores como altitude e uso do solo são considerados, porém os parâmetros
são válidos apenas para as áreas urbanas (FUJIMOTO, 2008)11.
Por fim, uma reclassificação dos sinais em classes foi necessária para a
análise. Para esse fim, utilizou-se os valores do Quadro 3, definidos como de
referência pela empresa Teltonika12.
44
4.3 Resultados
45
Figura 29. Superfície de cobertura da tecnologia 4G
46
do território é coberto por sinal excelente para a tecnologia 2G e 15,5% para a
tecnologia 3G (Tabela 6).
47
Figura 30. Percentual de classes da conexão 2G por região
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sem sinal Ruim Médio Alto Excelente
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sem sinal Ruim Médio Alto Excelente
48
decresce rapidamente. Também no Nordeste, apenas 20% dos municípios
possuem cobertura excelente em mais da metade de seus territórios. No Norte,
a região com pior cobertura excelente de 4G, este percentual é muito inferior:
5%.
60%
% de municípios com cobertura excelente de
50%
4G igual ou superior à do eixo horizontal
40%
30%
20%
10%
0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
49
Figura 33. Classificação dos municípios brasileiros quanto ao sinal excelente
de 4G. Dentre os municípios que possuem alguma de sinal excelente de 4G,
uma divisão foi feita. A metade que possui menor percentual de cobertura está
representada pela cor amarela e a que possui maior percentual, pela cor verde
50
cobertura. Nota-se que os municípios mais críticos se concentram sobretudo
nas regiões Norte e Centro-Oeste, pois em ambos os casos há poucos
municípios com altos percentuais e um grande número de municípios sem
qualquer sinal excelente. Na região Sul, muitos dos municípios que não
possuem qualquer sinal se localizam no estado do Paraná, mas a situação é no
geral melhor em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No Sudeste e Nordeste a
situação é menos problemática e geograficamente isso se reflete com a maior
concentração de municípios com altos percentuais de cobertura.
51
Fonte: MapBiomas (2018)
O que essa análise mostra é que além do território não possuir altos
percentuais de cobertura excelente de 4G (
A região Norte é a mais crítica do país, onde apenas 7,4% da área agrícola e
5,9% da área de pastagem possui acesso à qualidade excelente de sinal 4G. A
52
região Centro-Oeste possui valores semelhantes: 7,2% para a área agrícola e
6,3% para a área de pastagem (Tabela 8). Embora seja menor nas demais
regiões a diferença entre o percentual de área coberto por sinal excelente das
áreas urbanas com as áreas de atividade agropecuária, a análise indica que o
território rural é ainda menos provido de sinal de qualidade para essa
tecnologia.
14O uso não totaliza 100% da área das regiões, pois não considera outros usos, corpos d’água e
aquicultura.
53
A análise da conexão em banda larga móvel feita através de
modelagem mostrou que as coberturas 2G e 3G Erro! Fonte de
referência não encontrada.são relativamente satisfatória no país,
porém uma área significativa do país ainda encontra-se
descoberta quanto à tecnologia 4G, mais veloz.
54
5 O MÉDIO PRODUTOR E A CONEXÃO NO MEIO RURAL
"Familiar pronafiano”: produtor que se enquadra nos critérios de Agricultura Familiar da Lei
nº 11.326/2006 e nos critérios de renda para crédito PRONAF. Será aqui denominado
“FAMILIAR pronafiano”.
"Familiar, não pronafiano, classe de médio produtor": produtor que se enquadra nos
critérios de Agricultura Familiar da Lei nº 11.326/2006, mas não nos critérios de renda para
crédito PRONAF. Será aqui denominado “FAMILIAR-MÉDIO”.
"Não familiar, módulo fiscal, classe de médio produtor": não se enquadra nos critérios de
Agricultura Familiar da Lei nº 11.326/2006 e o estabelecimento tem área de 4 a 15 módulos
fiscais (MF). Será aqui denominado “NÃO FAMILIAR-MÉDIO”.
55
I - tenham, no mínimo, 80% (oitenta por cento) de sua renda bruta anual originária da
atividade agropecuária ou extrativa vegetal; (Res 3.987);
II - possuam renda bruta anual até R$1.760.000,00 (um milhão e seiscentos mil reais),
considerando neste limite a soma de 100% (cem por cento) do Valor Bruto de Produção
(VBP), 100% do valor da receita recebida de entidade integradora e das demais rendas
provenientes de atividades desenvolvidas no estabelecimento e fora dele e 100% das
demais rendas não agropecuárias; (Res 4.226 art 7º)
Com base nesse conceito ampliado foi feita uma análise dos dados
desagregados do Censo Agropecuário de 2006, de modo a abranger as três
classes de médio produtor (FAMILIAR- MÉDIO, NÃO FAMILIAR – MÉDIO e
GRANDE – PRONAMPIANO).
16
Nos normativos que regem o acesso ao Pronamp na safra 2018/2019 esse limite mínimo de origem da
renda na agropecuária para caracterização do médio produtor deixou de existir.
56
Figura 35. Representação: classes de produtores (IBGE), acesso a crédito
rural (Pronaf e Pronamp) e perfis de médios produtores
PRONAMP As 3 categorias
Lei 11.326/2006 MCR enquadram-se no
PRONAMP SE no
Agricultura Familiar BACEN
PRONAF mínimo 80% da renda
for originária da
Fomenta as definições do agropecuária ou
IBGE e MCR extração vegetal.
Familiar, Pronafiano
FAMILIAR
57
5.2 O médio produtor e a conexão no meio rural: dados do
Censo Agropecuário 2006
Conforme mencionado no item 4.2, a situação do sinal 4G é a mais crítica no
país. A fim de analisar essa criticidade especificamente para os médios
produtores rurais, uma análise exploratória utilizando a malha fundiária do
país17 foi realizada. Nessa análise, os imóveis rurais dos médios produtores
rurais (categoria “NÃO-FAMILIAR MÉDIO” de acordo com a área do
estabelecimento: 4-15 módulos fiscais), foi utilizada como uma Proxy para todo
o universo de médios. Embora esse grupo “NÃO-FAMILIAR MÉDIO”
represente apenas 5% do total dos estabelecimentos de médios considerados
na conceituação apresentada no item anterior, o grupo também representa
20% de toda a área de estabelecimentos rurais no Brasil (incluindo agricultores
familiares, médios e grandes). Esse grupo também corresponde ao “Não
familiar, módulo fiscal, classe de médio produtor" do IBGE. Um cruzamento do
mapa de médios produtores (grupo “NÃO-FAMILIAR MÉDIO”) com a superfície
de cobertura 4G (Figura 29) foi realizado. Esse procedimento permitiu calcular,
para cada município do país, o percentual de médios sem um sinal ao menos
regular de 4G na propriedade (Figura 37).
B
A
17 FREITAS, F. L. M.; GUIDOTTI, V.; SPAROVEK, G. Nota técnica: Malha fundiária do Brasil, v.170321.
In: Atlas - A Geografia da Agropecuária Brasileira, 2017. Disponível em:
www.imaflora.org/atlasagropecuario
58
A Figura 37 A mostra o baixo acesso à banda larga 4G principalmente na
região Norte e Centro-Oeste do país, embora em grande parte da região Norte
não seja encontrado um grande percentual de médios produtores (Figura 37
B). Entretanto, há áreas significativas nas regiões Centro-Oeste e Sul com
percentual elevado de médios produtores, porém sem acesso à conexão 4G.
A Tabela 8 mostra que a região Norte possui 1,21 milhão de hectares de áreas
com estabelecimentos de 4 a 15 módulos ficais (médio produtor) sem qualquer
cobertura proporcionada pelo sinal 4G, sendo que a situação mais crítica é
encontrada no estado do Amapá, onde 22% dos estabelecimentos de médios
não possuem conexão. O estado com melhor conexão 4G da região é
Rondônia, onde 80% dos médios produtores possuem seus estabelecimentos
com 100% de sinal médio, alto ou excelente. A região Norte possui cerca de
32.674 médios produtores, de acordo com o recorte de área do
estabelecimento.
59
Tabela 8. Cobertura e qualidade do sinal disponível para os médios produtores
Propriedades que possuem
Número Propriedades totalmente Propriedades que
pelo menos 50% da área total Propriedades que estão
Região UF total de cobertas com sinal Médio, Alto
coberta com sinal 'médio', 'alto'
possuem pelo menos 50%
completamente sem sinal
médios ou Excelente da área total sem sinal
ou 'excelente'
Área (mil Área (mil
(%) Área (mil ha) (%) Área (mil ha) (%) (%)
ha) ha)
Acre 621 56 241,94 61 264,43 2 7,21 1 4,90
Amapá 696 37 208,01 41 218,48 22 105,62 19 96,74
Amazonas 2250 49 713,50 52 738,81 10 188,39 9 177,28
Norte Pará 12467 59 3.468,77 63 3.588,18 10 866,93 9 835,20
Rondônia 4730 80 773,97 82 804,30 0 9,94 0 7,46
Roraima 1929 54 310,00 57 325,68 4 98,21 3 85,83
Tocantins 9981 79 3.373,41 82 3.486,78 0 19,27 0 10,17
Alagoas 2507 98 1.126,56 99 1.152,74 0 - 0 -
Bahia 26651 93 4.526,82 94 4.614,80 0 - 0 -
Ceará 2948 93 1.966,17 94 2.028,16 0 - 0 -
Maranhão 8763 76 2.170,95 79 2.214,09 2 76,13 1 59,47
Nordeste Paraíba 4202 99 2.169,29 99 2.220,14 0 - 0 -
Pernambuco 4646 97 2.980,36 98 3.049,56 0 - 0 -
Piauí 6455 94 4.468,37 96 4.563,21 0 - 0 -
Rio Grande do Norte 3954 99 1.449,56 99 1.467,43 0 - 0 -
Sergipe 1659 99 889,45 99 934,60 0 - 0 -
Distrito Federal 451 100 1,78 100 1,78 0 - 0 -
Goiás 28086 87 3.243,46 90 3.359,58 0 - 0 -
Centro-Oeste
Mato Grosso 21259 72 2.026,24 74 2.069,35 5 715,17 5 666,86
Mato Grosso do Sul 12292 78 992,75 80 1.008,03 1 57,57 0 48,72
Espírito Santo 7882 99 1.069,11 99 1.103,63 0 - 0 -
Minas Gerais 55461 94 12.931,94 95 13.252,61 0 - 0 -
Sudeste
Rio de Janeiro 11018 96 969,58 96 998,25 0 - 0 -
São Paulo 37853 91 8.649,52 92 8.840,21 0 - 0 -
Paraná 28544 80 6.665,93 83 6.781,59 0 - 0 -
Sul Rio Grande do Sul 26378 85 5.500,57 87 5.647,55 0 - 0 -
Santa Catarina 9809 90 3.768,83 91 3.859,36 0 - 0 -
Total 333492 86 76.656,85 88 78.593,32 1 2.144,45 1 1.992,62
60
Já a região Sul apresenta, em média, 84% dos estabelecimentos de médios
produtores com 100% de sinal médio, alto ou excelente, o que equivale a
aproximadamente 8 milhões de hectares. A situação menos favorável é
encontrada no estado do Paraná, cujo universo de médios é de 28.544
estabelecimentos (o maior número de médios da região), onde 20% dos
estabelecimentos não apresentam 100% de conexão com sinal médio, bom ou
excelente.
61
Figura 38. Acesso à conectividade por médios produtores
100%
80%
60%
40%
20%
0%
AL AM BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RS SC SP TO
A pesquisa ainda revelou que 88% dos médios produtores possuem aparelhos
celulares e, novamente, os piores índices de acesso a aparelhos celulares
encontram-se nos estados do nordeste. Aproximadamente 50% dos
62
respondentes afirmam que utilizam o aparelho celular para acessar a internet, o
mesmo percentual para o envio de SMS e, 31% para acessar aplicativos.
Quando consultados se utilizariam um aplicativo que o MAPA viesse a adotar,
para disponibilizar informações aos agricultores, coletar opiniões, avaliar suas
ações, 69% dos produtores responderam afirmativamente, percentual bastante
superior ao de produtores que utilizam seus aparelhos para acessar aplicativo
(apenas 31%) (Figura 40Erro! Fonte de referência não encontrada.). Além
disto, perguntados sobre a melhor forma do MAPA fornecer informação,
categorizaram como principais veículos a TV (45%), Rádio (15%), Sites (46%)
e Impresso (43%) (Figura 41). Portanto, o aplicativo de celular seria a
ferramenta de maior abrangência entre os médios produtores. Esses dados
demonstram a importância de políticas de ampliação da conectividade no meio
rural.
Figura 40. Finalidade do uso do celular por médios produtores
100%
80%
60%
40%
20%
0%
GO
TO
ES
PA
PI
PB
AL
MA
PE
PR
RJ
AM
MG
RN
RO
BA
DF
MS
RS
SP
MT
SC
CE
Figura 41. Preferência dos médios produtores por canais de comunicação com
o MAPA
63
Fonte: elaboração própria com dados do MAPA/FEALQ/IICA.
Correlação Spearman
Produtor Produtor
possui possui
Variáveis Recebeu ATER Cooperado Internet Celular Renda
curso curso
técnico superior
Produtor
possui curso 1 0,5208** 0,2332 0,2678 0,4057*** 0,3063 0,0109
técnico
Produtor
possui curso 0,5208** 1 0,3962** 0,42** 0,387*** 0,3992*** 0,0484
superior
Recebeu ATER 0,2332 0,3962** 1 0,7204* 0,4724** 0,5662* 0,7213*
Cooperado 0,2678 0,42** 0,7204* 1 0,5431* 0,6166* 0,6097*
Internet 0,4057*** 0,387*** 0,4724** 0,5431* 1 0,5061* 0,3899***
Celular 0,3063 0,3992*** 0,5662* 0,6166* 0,5061* 1 0,5939*
Renda 0,0109 0,0484 0,7213* 0,6097* 0,3899*** 0,5939* 1
Fonte: elaboração própria com dados do MAPA/FEALQ/IICA. Em andamento. OBS: * Ao
menos 99% de significância estatística; ** Ao menos 95% de significância estatística; *** Ao
menos 90% de significância estatística.
64
São quase 2 milhões de hectares de médios produtores sem
conexão de internet, concentrados nas regiões norte e centro-oeste.
A existência de conexão mostrou-se correlacionada com o
desenvolvimento institucional, de capital humano e renda dos
médios produtores. Assim, ações para expansão da conectividade
nestas regiões apresentam elevados benefícios potenciais.
19Martins, S. P., 2018. Proposta de diretrizes para atuação do MAPA na prestação de serviços de ATER
ao médio produtor. Projeto de Cooperação Técnica Internacional para a Regionalização das Políticas de
Desenvolvimento do Agronegócio e do Cooperativismo Brasileiros”. PCT IICA/BRA/02/2013.
65
Foram aplicados dois filtros para a seleção do público alvo: um filtro de área do
estabelecimento e outro de níveis de produtividade.
Partindo dos 402 mil estabelecimentos pré-selecionados por área, foi calculada
a produtividade média por estado e determinados os níveis de produtividade
(baixa, média ou alta) para cada classe de tamanho (em módulos fiscais) das
propriedades rurais dentro de cada estado.
66
políticas públicas voltadas à conectividade -, resultando numa estimativa de
cerca de 272 mil estabelecimentos agropecuários.
20
Ressalta-se que esse recorte utilizado para a seleção de áreas prioritárias difere do recorte usado no
item anterior (NÃO-FAMILIAR PRONAFIANO, 4-15 módulos fiscais). No recorte anterior o objetivo for
realizar apenas uma prospecção sobre a cobertura 4G para os médios produtores, com base na malha
fundiária brasileira. Já o recorte utilizado para a seleção de áreas prioritárias para o MAPA foi feito a partir
da base de dados do IBGE e utilizou outros filtros.
67
Figura 43. Síntese do levantamento do público alvo para as ações de ATER a
serem fomentados pelo MAPA
Filtro de
Filtro de Tamanho de
Universo de Produtividade
área: 272 mil
Médios Produtores (níveis que
Até 8 MF estabelecimentos
537 mil ainda podem selecionados
402 mil
estabelecimentos ser (Brasil)
estabelecimentos
(Brasil) alavancados
(Brasil)
pela ATER)
68
Figura 44. Distribuição espacial do Pronamp, conforme concentração do
número de contratos entre as safras de 2013/14 até 2016/17, por microrregião
no Brasil
Figura 45. Microrregiões prioritárias para a atuação do MAPA junto aos médios
produtores rurais
69
5.6 Síntese das microrregiões selecionadas e situação quanto à
conectividade do meio rural
70
ainda as escolas rurais profissionalizantes, considerando todas as modalidades
de ensino21 e todos os cursos oferecidos.
Bahia
No estado da Bahia, 93% dos médios imóveis estão totalmente cobertos por
sinal de 4G pelo menos médio. Na microrregião de Jequié, esse percentual é
ligeiramente inferior, com 96,0% de suas 2.179 propriedades completamente
cobertas com sinal de média, alta ou excelente qualidade. Isso ocorre,
sobretudo por conta dos municípios Jequié e Milagres, que são os únicos da
microrregião que não possuem a totalidade dos imóveis com sinal de
qualidade. A microrregião de Jequié, quando comparada à totalidade da Bahia,
só apresentou melhores resultados quanto à conexão nas escolas rurais
(aproximadamente 5,4 pontos percentuais). No entanto, o percentual de
estabelecimentos que recebem ATER ainda é baixo, assim como na UF.
Apesar da boa qualidade de conexão, mostra-se que existe necessidade de
ações para o fortalecimento das instituições da Bahia.
Distrito Federal
Goiás
21
Foram consideradas as variáveis “in_profissionalizante”, “in_comum_medio_integrado”,
“in_esp_exclusiva_medio_integr”, “in_esp_exclusiva_eja_prof” e “in_esp_exclusiva_prof”, disponíveis no
dicionário do Censo Escolar (http://inep.gov.br/censo-escolar).
71
ainda superado no caso das microrregiões Entorno de Brasília e Meia Ponte,
onde 94,4% e 94,1% dos médios imóveis são cobertos por sinal de celular com
a mencionada qualidade, respectivamente. A microrregião de Sudoeste de
Goiás possui um valor ligeiramente inferior, 83,6%, e a microrregião de São
Miguel do Araguaia, 68,4%. Nesta última microrregião, todos os municípios da
possuem um percentual próximo a 55~60% de cobertura de médios
proprietários, com exceção dos municípios de Novo Planalto e São Miguel do
Araguaia, onde todos os imóveis com essas características possuem sinal de
qualidade ao menos média. As microrregiões de Meia Ponte e Sudoeste de
Goiás apresentaram percentuais de estabelecimentos que recebem ATER e
cooperados aproximadamente 50% superiores ao observado na UF. No
entanto, São Miguel do Araguaia mostra um desenvolvimento institucional
aquém da UF. Nas variáveis de conexão nas escolas rurais, como Goiás
apresenta 94,3% de escolas com internet, não houve grandes divergências nos
resultados.
Minas Gerais
Paraná
72
médias propriedades com sinal de qualidade. As regiões prioritárias do Paraná
possuem maior percentual de escolas rurais com conexão, mas apresentam
menores percentuais de estabelecimentos cooperados. Quanto à assistência
técnica, Ponta Grossa apresenta 3 pontos percentuais à mais que o observado
na UF, enquanto em Cascavel esta participação é aproximadamente 6,5 pontos
percentuais inferior.
Pará
O Pará possui 59% de seus médios imóveis com sinal médio, alto ou excelente
de conexão 4G, mas sua microrregião de Altamira apresenta valor
substancialmente menor para os médios produtores, com 55,7% de seus 1.696
imóveis cobertos por sinal de qualidade. Quanto às instituições, a microrregião
de Altamira não apresentou indicadores superiores aos da UF correspondente.
Isto mostra que ainda existe a necessidade de maiores esforços para promover
ações de ATER e ampliação da conectividade nas escolas rurais.
Esta UF apresenta quase 100% das escolas rurais atendidas por redes de
internet. Apesar disto, as microrregiões prioritárias possuem menores
percentuais de produtores que recebem assistência técnica (-11 p.p. em
Campanha Ocidental e -4 p.p. em Pelotas), assim como média de 20 p.p.
inferiores de estabelecimentos associados à cooperativas, que o observado na
UF. Ainda assim, os indicadores das microrregiões são superiores à média do
Brasil. No entanto, o mesmo padrão não se repete para a conexão de celular.
Apesar do estado possuir 85% de seus médios imóveis cobertos por sinal de
média, alta ou excelente qualidade, suas duas microrregiões prioritárias
possuem qualidade muito inferior quando se trata de médias propriedades,
abrangendo apenas 80,8% das 855 propriedades da microrregião de Pelotas e
55,5% das 2.019 propriedades da microrregião de Campanha Ocidental. No
caso de Pelotas, a maior criticidade se localiza em Capão do Leão e Cristal,
enquanto para Campanha Ocidental, o problema se localiza em Alegrete e
Quaraí.
Santa Catarina
O estado possui 90% dos médios imóveis cobertos com sinal adequado para
uso de conexão 4G, valor semelhante ao percentual das médias propriedades
cobertas com esse sinal nas microrregiões de Joaçaba (99,1%) e Canoinhas
(93,3%). A microrregião de Campos dos Lages, no entanto, possui valor muito
interior, 68,7%, sobretudo por conta dos municípios de Anita Garibaldi, Cerro
Negro e Urupema, que possuem menos da metade de seus médios imóveis
cobertos por sinal médio, alto ou excelente de conexão 4G. Campos de Lages
73
apresenta piores resultados em todos os indicadores institucionais, quando
comparada à UF. Em contraste, Joaçaba apresenta todos os resultados
superiores. Por fim, Canoinhas tem menor percentual de cooperados (-10 p.p.),
mas apresenta maiores percentuais de conectividade nas escolas rurais e de
estabelecimentos que recebem orientação técnica. Apesar dos resultados
heterogêneos entre as microrregiões prioritárias, as microrregiões desta UF
possuem melhores indicadores institucionais que o observado no Brasil. Ainda
assim, identificam-se oportunidades para a ampliação de ações de ATER,
principalmente em Campos de Lages.
São Paulo
74
Tabela 10. Síntese das microrregiões selecionadas para as ações de ATER na região Norte
Censo Agropecuário Pronamp Conectividade Instituições
%
UF Cadeias
Universo Recurso Estado/
Prioritário produtivas Qualidade Variável Estabelecimentos/Escolas
Médio Aplicado % com
predominantes
Microrregiões Internet
Pará
Pecuária de corte
Altamira Cooperativas 477 2%
Altamira 2600 1216 Médio/Alto
Escolas Rurais
Cacau/seringueira 3 33,30%
Profissionalizantes
Fonte: Adaptado de Martins, 2018.
75
Tabela 11. Síntese das microrregiões selecionadas como prioritárias para as ações de ATER na região Nordeste
Censo Agropecuário Pronamp Conectividade Instituições
UF %
Universo Cadeias produtivas Recurso Estado/
Prioritário Qualidade Variável Estabelecimentos/Escolas
Microrregiões Médio predominantes Aplicado % com
Internet
Bahia
Escolas Rurais
Pecuária de corte 2 100,00%
Profissionalizantes
Fonte: Adaptado de Martins, 2018.
76
Tabela 12. Síntese das microrregiões selecionadas como prioritárias para as ações de ATER na região Centro-Oeste
UF %
Cadeias
Universo Recurso Estado/
Prioritário produtivas Qualidade Variável Estabelecimentos/Escolas
Microrregiões Médio Aplicado % com
predominantes
Internet
DF
Pecuária leiteira
Entorno de
2.877 1.082 Médio/Alto
Brasília Cocalzinho de
Cooperativas 880 5%
Goiás
Pecuária de
Luziânia Escolas Rurais 122 96,72%
corte
Escolas Rurais
Grãos Planaltina 0 0,00%
Profissionalizantes
Goiás
77
Pecuária de Escolas Rurais
Pontalina 1 100,00%
corte Profissionalizantes
78
Tabela 13. Síntese das microrregiões selecionadas para as ações de ATER na região Sudeste
UF %
Cadeias
Universo Recurso Estado/
Prioritário produtivas Qualidade Variável Estabelecimentos/Escolas
Microrregiões médio aplicado % com
predominantes
Internet
Minas Gerais
Monte Alegre
Cooperativas 2813 27%
Pecuária de Minas
Uberlândia 4095 1920 Alto
leiteira
Prata Escolas Rurais 36 88,89%
Escolas Rurais
Tupaciguara 1 100,00%
Profissionalizantes
Carmo do
Cooperativas 3221 27%
Pecuária Paranaíba
leiteira
Patos de
2280 1625 Alto Lagoa
Minas Escolas Rurais 27 55,56%
Formosa
Patos de
Minas
Escolas Rurais
2 100,00%
Rio Profissionalizantes
Café
Paranaíba
79
Excelente: ATER 1590 39,64%
Pecuária
Gurinhatã Cooperativas 902 22%
leiteira
Ituiutaba 2094 1032 Alto
Santa Vitória Escolas Rurais 8 100,00%
80
Tabela 14. Síntese das microrregiões selecionadas como prioritárias para as ações de ATER na região Sul
Censo Agropecuário Pronamp Conectividade Instituições
UF %
Cadeias
Universo Recurso Estado/
Prioritário produtivas Qualidade Variável Estabelecimentos/Escolas
Microrregiões médio Aplicado % com
predominantes
Internet
Paraná
Médio:
Escolas Rurais
1 100,00%
Pecuária Profissionalizantes
Palmeira
leiteira
Excelente: ATER 8546 38,43%
Grãos
Cascavel Cooperativas 5827 26%
Cascavel 3823 1108 Alto
Pecuária
Corbélia Escolas Rurais 136 93,38%
leiteira
Pecuária de Escolas Rurais
2 50,00%
corte Profissionalizantes
Santa Catarina
Excelente:
Campos de Pecuária de
5020 2956 Alto ATER 5995 37,20%
Lages corte
Lages
81
São Joaquim
Cooperativas 4068 25%
Urubici
Bom Retiro
Escolas Rurais 126 60,30%
Pecuária
Bom:
leiteira Escolas Rurais
1 100,00%
Bom Jardim da Profissionalizantes
Grãos
Serra
Joaçaba 4216 1343 Grãos Alto Herval d’Oeste Escolas Rurais 48 85,42%
Pecuária de
Lebon Régis
corte Escolas Rurais
2 100,00%
Sistema Profissionalizantes
Videiar
Integrado
Excelente: ATER 10274 58,81%
Grãos
Canoinhas Cooperativas 4298 25%
Canoinhas 2488 1340 Alto
Pecuária
Itaiópolis Escolas Rurais 92 85,87%
leiteira
Pecuária de Escolas Rurais
Mafra 1 100,00%
corte Profissionalizantes
Rio Grande do Sul
Campanha Pecuária de
4220 1527 Alto Excelente: ATER 3920 38,67%
Ocidental corte
82
Pecuária
Alegrete Cooperativas 1870 18%
leiteira
Grãos Quaraí Escolas Rurais 62 98,39%
Agricultura Escolas Rurais
São Borja 3 66,67%
irrigada Profissionalizantes
Grãos Médio:
Escolas Rurais
1 100,00%
Pecuária de Profissionalizantes
Canguçu
corte
Fonte: Adaptado de Martins, 2018.
83
Tabela 15. Síntese das UFs com microrregiões prioritárias para as ações de ATER
Conectividade Instituições
Escolas Rurais
ATER Cooperativas Escolas Rurais
UF Profissionalizantes
Qualidade*
% % Com % Com
Estabelecimentos Estabelecimentos % Estadual Escolas Escolas
Estadual Internet Internet
Bahia Excelente 58.431 7,7 14.408 1,9 9.282 54,3 38 71,1
Distrito Federal Excelente 4.035 76,9 553 10,5 82 96,3 4 100,0
Goiás Excelente 33.380 21,9 21.384 14,1 529 94,3 8 100,0
Minas Gerais Excelente 158.771 26,1 92.157 15,2 3.639 71,1 47 91,5
Paraná Alta/Excelente 137.458 45,1 106.213 34,8 1.332 89,6 17 100,0
Pará Média 16.868 6,0 5.501 2,0 7.280 39,3 18 27,8
Rio Grande do Sul Excelente 182.235 49,9 143.393 39,3 2.116 97,2 31 96,8
Santa Catarina Excelente 94.863 51,8 63.647 34,8 1.188 84,1 13 100,0
São Paulo Excelente 77.186 40,9 45.455 24,1 1.299 80,4 29 100,0
Fonte: Elaboração própria com dados do IBGE Censo agropecuário (2017), INEP (2017), ANATEL (2017).
*Diz respeito à qualidade de cobertura dos médios imóveis rurais.
84
6 INSTITUIÇÕES QUE ATUAM PARA PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL: CONDIÇÕES DE CONEXÃO
À INTERNET
85
essencialidade para que o jovem seja estimulado para permanecer no campo.
Para essas, há informações especificas da Anatel que retratam as condições
de conexão à internet.
86
renda, etc.). Como a internet é um importante meio de acesso a informação e
tecnologia, a não expansão da rede para as regiões menos desenvolvidas,
principalmente no norte e nordeste (ver o PIB per capita municipal na Figura
17), aprofunda a heterogeneidade de produtividade e eficiência no uso dos
recursos naturais na agropecuária entre as regiões brasileiras.
Figura 46. Escolas atendidas por rede móvel, satélites, percentual de escolas
com internet e média de computadores para os alunos em 2017
A B
C D
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INEP (2017) e ANATEL (2018)
87
acesso a energia elétrica. Nas escolas públicas urbanas este percentual é de
0,05%.
A B
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INEP (2017) e IBGE (2018)
22
Foram consideradas as variáveis “in_profissionalizante”, “in_comum_medio_integrado”,
“in_esp_exclusiva_medio_integr”, “in_esp_exclusiva_eja_prof” e “in_esp_exclusiva_prof”,
disponíveis no dicionário do Censo Escolar (http://inep.gov.br/censo-escolar).
88
44 e 58, para o Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-oeste, respectivamente,
gerando uma média nacional de 34 computadores por escola, bem superior ao
observado na totalidade das escolas rurais. Estas informações estão
apresentadas na Figura 48 B.
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INEP (2017) e IBGE (2018)
23
Percentual de estabelecimentos que receberam ATER em 2017 e a variação (2007-2018) de
acessos de banda larga fixa com velocidade superior a 2 Mbps por mil habitantes, nos
municípios. Dados do IBGE (2018) e ANATEL (2018). Estatisticamente significativa ao nível de
1%.
90
sustentabilidade socioeconômica e ambiental dos empreendimentos
agropecuários, retroalimentando o desenvolvimento regional.
Desenvolvimento
Regional
Maior
sustentabilidade Desenvolvimento
na produção Institucional
agropecuária
Acesso à
informação e
Conexão no meio
inovações nos
rural
processos
produtivos
91
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
92
melhoria da qualidade da conexão 4G. Atualmente, a conectividade rural é um
aspecto determinante para levar conhecimento aos produtores rurais. Uma vez
definidas as áreas prioritárias para atuação, o MAPA pode planejar e formular
proposições de atuação, identificando parceiros e iniciativas a serem
empreendidas. Assim, a definição de áreas prioritárias de atuação e a análise
da sua condição em termos de conectividade no meio rural assumem
relevância e conferem ao presente produto um caráter aplicado. O que se
verificou foi que as áreas selecionadas dispõem de condições que permitem ao
MAPA dar inicio imediato a ações que requeiram conectividade rural nesses
territórios, sem maiores dificuldades.
Outro enfoque do produto está voltado para a identificação das instituições que
atuam para a promoção do desenvolvimento rural sustentável, tendo sido
atribuído papel de destaque para as instituições de ensino, organizações de
pesquisa e para os órgãos estaduais de ATER, os quais podem contribuir
decisivamente para a criação de um ambiente mais favorável ao intercambio de
conhecimentos, difusão de inovações e troca de saberes com os médios
produtores, fazendo este segmento ampliar sua contribuição para a dinâmica
agropecuária regional.
93