Você está na página 1de 84

AULA 10

Métodos alternativos de drenagem e Memorial Descritivo


MÉTODOS ALTERNATIVOS

EF TREINAMENTOS 2
MÉTODOS ALTERNATIVOS

• BACIA DE RETENÇÃO
• BACIA DE DETENÇÃO
• PAVIMENTO POROSO
• TELHADO ARMAZENADOR
• TRINCHEIRAS DE INFILTRAÇÃO
• etc
Técnicas Compensatórias ou Sistemas Alternativos
de Drenagem
• Existem 3 tipos distintos de acordo com sua posição de
implantação:

1) Técnicas de controle na fonte: implantadas junto a parcelas ou


pequenos conjuntos de parcelas, associadas a pequenas superfícies
de drenagem. Ex: Poços de infiltração, valas de armazenamento ou
infiltração, telhados armazenadores, dentre outros.
Rain garden
O rain garden além de deter enchente, melhoria da qualidade
das águas pluviais ajuda também a recarga de aquíferos
subterrâneos

EF TREINAMENTOS 5
Poço de infiltração – Seattle
Biblioteca de Maple Valley
Poço de infiltração - França (Baptista 2005)
Valas de armazenamento ou
biovaletas - Seattle
Teto armazenador de águas pluviais com
vegetação - Seattle
A biblioteca pública do bairro Ballard - Seattle
A biblioteca pública do bairro Ballard - Seattle
Técnicas Compensatórias ou Sistemas Alternativos
de Drenagem
2) Técnicas lineares: implantadas junto aos sistemas
viários, como em pátios, estacionamentos, e ruas. Ex:
pavimentos porosos, trincheiras, valas, dentre outros.
Pavimentos Porosos
Trincheiras de infiltração
Trincheiras de infiltração
Vala de infiltração (Certu, 1998)
VALA DE RETENÇÃO

EF TREINAMENTOS 17
EF TREINAMENTOS 18
EF TREINAMENTOS 19
EF TREINAMENTOS 20
BACIA DE DETENÇÃO

Foto tirada pelo Engenheiro Plínio Tomaz. Reservatório de detenção estendido


localizado no Estado da Pensilvânia, Estados Unidos, janeiro de 1991.
Reservatório de detenção estendido vazio e
cheio.
TOMAZ (2009)
Rain garden

EF TREINAMENTOS 22
Rain garden

EF TREINAMENTOS 23
Rain garden

EF TREINAMENTOS 24
Técnicas Compensatórias ou Sistemas
Alternativos de Drenagem

3) Técnicas de controle centralizado: são


usualmente associadas a áreas de drenagem de
grande porte. Ex: bacias de detenção ou
infiltração.
Bacia de detenção (Pompêo, 1998)
• TIPOS DE TÉCNICAS COMPENSATÓRIAS

• Técnicascompensatórias de caráter não


estrutural

• Técnicas compensatórias de caráter estrutural


Técnicas compensatórias de caráter não estrutural

São procedimentos de favorecimento de retardamento


dos escoamentos, tais como, racionalização da ocupação
do solo urbano, com exigência regulamentar de
procedimentos de controle na fonte, como, por exemplo,
a não conexão direta de áreas impermeáveis ao sistema
de drenagem, etc. podem ser incluídos também princípios
de prevenção ligados a ações de educação ambiental.
Técnicas compensatórias de caráter estrutural
Características, vantagens e desvantagens de algumas
Técnicas Compensatórias

As bacias de detenção são estruturas de


acumulação temporária e/ou de infiltração de
águas pluviais utilizadas para atender três
funções principais diretamente relacionadas
com a drenagem urbana de águas pluviais que
são (Baptista et al., 2005):
Técnicas compensatórias de caráter estrutural
Características, vantagens e desvantagens de algumas
Técnicas Compensatórias
• O amortecimento de cheias geradas em
contexto urbano como forma de controle de
inundações;

•A eventual redução de volumes de escoamento


superficial, nos casos de bacias de infiltração;

•A redução da poluição difusa de origem pluvial


em contexto urbano.
Quanto a seu funcionamento, podem ser subdivididas
basicamente em:

• Bacias de retenção, quando a finalidade única é a estocagem temporária das


águas, proporcionando o rearranjo temporal das vazões;

• Bacias de infiltração, com a finalidade de infiltrar a totalidade das águas


pluviais, determinando um volume de escoamento nulo a jusante e;

• Bacias de retenção e de infiltração, que reúne as características das duas


primeiras, infiltrando parte das águas provenientes das chuvas, de forma a
reduzir os volumes escoados a jusante e conseqüentemente proporcionando
o rearranjo temporal das vazões.
Tem como vantagens principais que nas bacias com água, há diluição dos
poluentes e a sedimentação de partículas sólidas.

Em bacias secas, é evitado o choque no curso d’água receptor, com a


restituição lenta das águas a jusante; há também sedimentação das
matérias em suspensão,

EMBORA

A principal função desempenhada pelas bacias de retenção é a proteção


contra inundações, o que já representa uma grande vantagem em
relação aos sistemas clássicos
Vantagens e desvantagens das bacias de detenção
Representação de uma bacia de infiltração
(Brito, (2006) apud Urbonas e Stahre, 1993)
Exemplo de bacia de detenção seca
(Brito, (2006) apud Urbonas e Stahre, 1993)
Esquema de bacias de detenção - Barragem
Pavimentos permeáveis ou porosos

Pavimentos porosos, destinados ao


armazenamento temporário e/ou infiltração,
em áreas de estacionamento e no sistema
viário.
Vantagens e desvantagens dos pavimentos com
estrutura de reservação
Poços de infiltração

São dispositivos pontuais com pequena ocupação de área superficial,


concebidos para evacuar as águas pluviais diretamente no subsolo, por
infiltração (Baptista et al., 2005).
Consistem numa estrutura de armazenamento e favorecimento da
infiltração da água proveniente do escoamento superficial. Trata-se de
uma estrutura semelhante a uma trincheira de infiltração sendo que este
não é uma estrutura linear e sim pontual e vertical, que possibilita a
infiltração na direção radial (CETE, 1993 apud Agra, 2001).
Perfil de um poço de infiltração (Baptista, 2006)
Poços de infiltração
Essa técnica além de permitir a redução dos
volumes a serem drenados pelos sistemas
clássicos apresenta como característica
importante a facilidade de associação com outras
técnicas como trincheiras, pavimentos ou valas
(Certu, 1998).
Vantagens e desvantagens dos poços de infiltração
Telhados armazenadores

Os telhados armazenadores se encarregam do


armazenamento provisório das vazões escoadas. Podem
ainda, ser utilizados em telhados planos ou dotados de
ligeira declividade com a implantação de compartimentos
Esquema de um telhado
Esquema de um telhado
armazenador plano
armazenador inclinado
Vantagens e desvantagens dos telhados
armazenadores
Trincheiras

As trincheiras são técnicas compensatórias lineares, implantadas


junto à superfície ou a pequena profundidade, com a finalidade de
recolher as águas pluviais de influência perpendicular ao seu
comprimento, favorecendo a infiltração e/ou armazenamento
temporário. Apresentam largura e profundidade reduzida,
usualmente não ultrapassando um metro, contrapondo-se as suas
dimensões longitudinais que são bastante expressivas.
Funcionam como reservatório convencional de
amortecimento de cheias, apresentando desempenho
melhorado pelo favorecimento da infiltração e
conseqüentemente da redução dos volumes escoados e
das vazões máximas de enchentes (Agra, 2001; Souza,
2002).
Podem ser revestidas por diferentes tipos de material (asfalto
poroso, concreto, grama, entre outros) e utilizadas em
estacionamentos, calçadas ao longo de uma via ou em jardins.

As trincheiras podem ser classificadas quanto à forma de


evacuação das águas em:

- trincheiras de infiltração quando a evacuação é feita por


infiltração e,
- trincheiras de retenção quando sua evacuação se dá por um
exutório.
Vantagens e desvantagens das trincheiras
Trincheira de infiltração
Trincheira de infiltração
Medidas preventivas
Medidas preventivas
Medidas preventivas
Medidas preventivas para evitar inundações!!!
Medidas preventivas
No geral o ideal para um bom funcionamento do

sistema de drenagem é junção do sistema

clássico com as técnicas compensatórias de

drenagem!!!!!!!!!
Drenagem urbana sustentável Visa!
• SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA

• SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA

• SUSTENTABILIDADE SOCIAL
MICRO RESERVATÓRIO

EF TREINAMENTOS 65
MICRO RESERVATÓRIO
Os microreservatórios de detenção são dispositivos armazenadores da água
precipitada, que permitem o retardo do tempo de concentração, atenuando o pico dos
hidrogramas de saída e possibilitando a recuperação da capacidade de amortecimento
perdida pela bacia devido à impermeabilização.

• Os MR promovem a restauração do armazenamento natural perdido;


• Não transfere problemas para jusante como a maioria dos sistemas faz;
• O sistema é equitativo, porque coloca a responsabilidade do controle e seus custos
para
quem implementa a urbanização e se beneficia dela;
• Problemas são resolvidos na sua origem, e soluções não são postergadas;
EF TREINAMENTOS 66
Fórmula de Muller-Neuhaus
Esta formulação baseia-se na consideração da existência de uma relação entre a
capacidade da bacia de detenção (J) e as vazões envolvidas (Wilken,1978). seguinte
equação empírica:

J = Qa ⋅ tc ⋅ K
onde:
J = volume para o reservatório (m3);
Qa = vazão de pico de entrada no reservatório (m3/s);
tc = tempo de concentração (s);
K = log (Qa / Qe) , onde Qe é a vazão máxima de saída do reservatório .

EF TREINAMENTOS 67
Fórmula de Muller-Neuhaus
Para uma gleba com 12,21ha, calcular o volume de retenção:

Qa=4,07m³/s
Qe=0,61m³/s
Tc= 15 minutos = 900s

K = log (Qa / Qe) = log(4,07/0,61) = 0,82

J = 4,07 ⋅ 900 ⋅ 0,82 = 3003 m3

Formula se aplica apenas para micro reservatórios (tomar este calculo apenas como
exemplo) EF TREINAMENTOS 68
Loteamento Convencional com
bacia de retenção

EF TREINAMENTOS 69
Loteamento com Sistemas
Alternativos

EF TREINAMENTOS 70
Lei das piscinhas
• Histórico: cidade de São Paulo (2002); Estado de
São Paulo (2007); várias cidades do Brasil.
• V= 0,15 x Ai x IP x t
• V= volume do reservatório (m3)
• Ai= área impermeável (m2)
• IP= índice pluviométrico igual a 0,06mh
• t= tempo de duração da chuva igual a 1h

71
MEMORIAL
DESCRITIVO
APRESENTAÇÃO
• Inserir dados do proprietário/ empreendedor;
• Inserir dados do terreno;
• Descrever e justificar o projeto proposto;
APRESENTAÇÃO
• Ex:
“O presente documento tem por objetivo apresentar a EMPRESA BRASILEIRA DE
INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA – INFRAERO – no que respeita aos estudos,
procedimentos, metodologias, análises e resultados foram utilizados na atualização
e complementação do Projeto Executivo de Drenagem e Obras de Arte Corrente
referente à Ampliação do Pátio de Aeronaves “TPS” no Aeroporto Internacional
Afonso Pena – PR, Termo de Contrato n° TC 075-ST/2009/0007 e Ordem de Serviço
datada de 07 de julho de 2009. O projeto visa aumentar a capacidade operacional do
sistema dotando o aeroporto de novas posições remotas para embarque e
desembarque de passageiros, bem como estacionamento de aeronaves por
períodos mais longos.”
Normas Utilizadas
• Indicar a base normativa utilizada para o desenvolvimento dos projetos;
• Não existe NBR para Drenagem Urbana, apresentar legislação vigente do
município, concessionária de rodovias,etc. que possa ser aplicado a seu
projeto;

• Apresentar bibliografia;
Descritivo
• Descrever dados cartográficos e topográficos;

• “As bases utilizadas neste estudo foram obtidas através das plantas contendo o
arruamento e as curvas de nível para a cidade de São José dos Pinhais, na qual foram
lançados os dados topográficos da área em estudo, e verificações “in loco” da drenagem
existente. “

• Definição do sistema de drenagem superficial;

• “Tendo em vista a análise da proposta de drenagem anteriormente


apresentada, e conforme informação da fiscalização de que o
escoamento superficial ao longo da área do pátio existente ocorrer de
forma laminar, sem causar problemas, procedeu-se a captação do fluxo
através de canaleta no final da área preparada. “
Descritivo
• Descrever dados cartográficos e topográficos;

• “As bases utilizadas neste estudo foram obtidas através das plantas contendo o
arruamento e as curvas de nível para a cidade de São José dos Pinhais, na qual foram
lançados os dados topográficos da área em estudo, e verificações “in loco” da drenagem
existente. “

• Definição do sistema de drenagem superficial;

• “Tendo em vista a análise da proposta de drenagem anteriormente


apresentada, e conforme informação da fiscalização de que o
escoamento superficial ao longo da área do pátio existente ocorrer de
forma laminar, sem causar problemas, procedeu-se a captação do fluxo
através de canaleta no final da área preparada. “
ESTUDO HIDROLÓGICO
• Tempo de Concentração

• Intensidade Pluviométrica

• Coeficiente de Deflúvio

• Tempo de Recorrência
ESTUDO HIDRÁULICO

• Métodos de Cálculo

• Velocidade

• Vazão

• Diâmetro
Materiais empregados e métodos
construtivos
• Tubulação
• Poços de visitas
• Caixas de passagens
• Escavação
• Bocas de captação
• Dissipadores
Componentes do processo
• Plantas do projeto de drenagem ( planta, perfil e detalhamento)
• Memorial descritivo e de calculo;
• Planilha de Calculo;
• Planilha de quantificação
• Planilha orçamentária;
• Cronograma;
• ART;
• Cópia da diretriz (se houver)
BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO NETTO, J. M; VILLELA, S. M. Manual de hidráulica. 5. ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 1969.

FESTI, A. V. Equações de chuva brasileira. In: XVI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. Anais, João Pessoa,
Paraíba, 20p, 2005.

PORTO, R. M. Hidráulica básica. 2. ed. São Carlos: EESCUSP,1999. cap. 2, p.13.

ACIOLI, L.A. Estudo experimental de pavimentos permeáveis para o controle do escoamento superficial na
fonte. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos e SaneamentoAmbiental, Porto Alegre,
2005. [145]f.

BAPTISTA, M.; NASCIMENTO, N.; BARRAUD, S. Técnicas compensatórias em drenagem


urbana. Porto Alegre: ABRH, 2005. 266p

BRASIL. Lei nº 9.433 de 08 de janeiro de 1997: institui a Política Nacional de Recursos


Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos.

BRASIL. Lei nº 10.257 de 10 de julho de 2001: Estatuto das cidades – Estabelece diretrizes gerais da política
urbana.

EF TREINAMENTOS 82
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério das Cidades. Programa Drenagem Urbana Sustentável. Manual para
apresentação de propostas. 2006.
PORTO ALEGRE, 2000. Prefeitura Municipal. Secretaria de Planejamento Municipal.
PDDUA : Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre. Porto
Alegre, RS
SILVEIRA, A.L.L. da. Aspectos históricos da drenagem urbana no Brasil. In: Tucci, C.E.M.;
Goldenfum, J.A.; Depettris, C.A.; Pilar, J.V. (Orgs.) Hidrologia urbana na bacia do Prata.
Porto Alegre: ABRH; CAPES; SETCIP; UNNE; IPH/UFRGS, 2000, p.11-17
SOUZA, C.F. Mecanismos técnico-institucionais para a sustentabilidade da drenagem
urbana. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Programa de
Pós-Graduação em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, Porto Alegre, 2005. [174]f.
TUCCI, C.E.M. 1997. Plano Diretor de Drenagem Urbana: Princípios e Concepção. Revista
Brasileira de Recursos Hídricos. ABRH. Vol. 2, nº 2.
TUCCI, C.E.M. 2002. Gerenciamento da drenagem urbana. In: RBRH: Revista Brasileira de
Recursos Hídricos. Porto Alegre,RS Vol. 7, nº 1(2002 jan./mar.), p. 5-27.
TUCCI, C.E.M. Gestão das inundações urbanas. 2005.
TUCCI, C.E.M. 2005. Proposta do Plano Nacional de Águas Pluviais. Ministério das Cidades.
Brasília 120p.
TUCCI, C.E.M.; ORSINI, L.F. Águas urbanas no Brasil: cenário atual e desenvolvimento
sustentável. In: Brasil. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Gestão do território
EF TREINAMENTOS 83 e
manejo integrado das águas urbanas. Brasília: Ministério das Cidades, 2005.
BIBLIOGRAFIA

•http://aquafluxus.com.br/?p=352
•http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2007-
1/drenagem/
•http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/HDren_04.html
•http://www.aguaspluviais.inf.br/recomendacoes.aspx?id=5
&RecId=5
•http://menezesfilho.blogspot.com.br/2010/08/como-
regular-drenagem-urbana.html
•http://blog.rhama.net/

EF TREINAMENTOS 84

Você também pode gostar