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UNINOVE

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

PROJETO DE PESQUISA “DESENVOLVIMENTO


DE PRODUTO INOVADOR E SUSTENTÁVEL”

Estudo Para Implantação Do


Recolhimento Correto Do Vidro

Desenvolvimento de
Produto Inovador e
Sustentável

1. Amanda Cardoso (3016202038)


2. Arthur Rosseb (3016200083)
3. Fernando Desco (3016200448)
4. Filipe Oliveira (3016109030)
5. Jéssica Rodrigues (3016201127)
6. Murilo Paccola (3016201806
7. Natália Santoros (3016108821)
8. Victor Lemes (3016200965)

MAIO DE 2018
AMANDA CARDOSO DA SILVA
ARTHUR ROSSEB
FERNANDO DESCO
FILIPE OLIVEIRA
JÉSSICA RODRIGUES
MURILO PACCOLA
NATÁLIA SANTOROS
VICTOR LEMES

ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO DO RECOLHIMENTO CORRETO DO


VIDRO

Serviços apresentados como exigência para a


disciplina “Desenvolvimento de Produto/Serviço Inovador e
Sustentável”, do curso de Administração da Universidade
Nove de Julho – UNINOVE.

Prof. Orientador: Jose Carlos Hoelz.

São Paulo
2018
SUMÁRIO

RESUMO EXECUTIVO .............................................................................................. 4


1 DESCOBERTA ....................................................................................................... 6
1.1 Vidro e sua composição ....................................................................................... 7
1.2 Definição de reciclagem ....................................................................................... 8
1.2.1 Mercado da Reciclagem .................................................................................... 9
1.3 Fabricação do vidro .............................................................................................. 9
1.3.1 Produção da garrafa.......................................................................................... 9
1.3.2 Lavagem ......................................................................................................... 10
1.3.3 Tampa ............................................................................................................. 10
1.3.4 Reciclagem ..................................................................................................... 10
1.4 Sobre a empresa entrevistada ........................................................................... 11
1.4.1 Entrevista ........................................................................................................ 11
2 INTERPRETAÇÃO................................................................................................ 13
2.1 Relatos de histórias e depoimentos.................................................................... 13
2.2 Identificações de Significados ............................................................................ 14
2.3 Estruturas de Oportunidades.............................................................................. 15
3 IDEAÇÃO .............................................................................................................. 18
3.1 Geração de ideias .............................................................................................. 18
3.2 Refinamento de ideias........................................................................................ 20
4 EXPERIMENTAÇÃO ............................................................................................. 22
4.1 Elaborações de protótipo ................................................................................... 22
4.2 OBTENÇÃO DE FEEDBACK ............................................................................. 23
5 EVOLUÇÃO .......................................................................................................... 24
5.1 Acompanhamentos do aprendizado ................................................................... 24
5.2 Projeções de avanços futuros ............................................................................ 25
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 26
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Informativo ................................................................................................ 6


Figura 2 – Garrafa reutilizada de novas formas........................................................ 15
Figura 3 – Mapa mental ........................................................................................... 17
4

RESUMO EXECUTIVO

O presente trabalho tem por finalidade propor uma solução inovadora para o
problema encontrado no condomínio Residencial Camilópolis, situado em Santo
André/SP.
A falta de local para descarte do vidro se tornou um problema no Condomínio
Residencial Camilópolis, existem indicações para que os moradores descartem
materiais orgânicos e recicláveis separadamente e no local correto, porém,
recentemente foi proibido que garrafas ou materiais de vidro fossem descartados
pelos moradores, gerando um desconforto com os condôminos que não têm um local
para descartar seu vidro.
Ante esse problema, a descontentação dos moradores se tornou algo comum.
Os condôminos foram informados que o descarte do vidro utilizado em suas
residências deveria ser feito no ponto de coleta da Prefeitura mais próximo do
condomínio, porém, nem todos moradores tem acesso a automóveis, o que gerou um
desconforto pela falta de saída em que se encontraram, ficando dependentes de
parentes ou amigos para realizar o descarte de seu lixo.
Notamos a oportunidade de implementar ações para o auxílio e melhor
comodidade dos moradores, além de contribuir com a preservação do meio ambiente.
Realizamos pesquisas e entrevistas para um melhor entendimento do assunto,
colhendo os relatos por parte dos moradores e responsáveis do condomínio.
Depois de reuniões e longas discussões, após estudarmos melhor as muitas
ideias do grupo, suas possíveis formas de aplicação e as dificuldades que
encontraríamos ao longo da sua execução, chegamos à conclusão de que seria
possível realizar o descarte correto do vidro no próprio condomínio, atendendo as
necessidades dos moradores que se sentiam incomodados com a falta de local para
descarte de seu vidro.
O grupo compartilhou com os responsáveis as ideias obtidas, como também os
custos e materiais necessários para que fosse possível realizar a implantação de
novos modos de descarte. Após a readequação e aprovação das ideias, os moradores
foram informados através de uma assembleia, qual a proposta do condomínio para a
solução deste problema que vinha gerando inúmeras reclamações.
Ficou acordado que prateleiras seriam instaladas em cada andar, para que em
um primeiro momento os vidros (garrafas, potes e vidros em bom estado) fossem
5

descartados pelos moradores, depois, funcionários do setor operacional destinariam


esse material aos seus respectivos locais. Com a coleta deste vidro, serão feitos
workshops educativos, para que o morador aprenda a reutilizar este material o maior
número de vezes possíveis.
O local escolhido para o descarte de vidros estilhaçados foi o estacionamento
do complexo, onde algumas vagas estavam sem utilidade. Caçambas próprias para
este processo foram colocadas em vagas estratégicas, próximas as torres do
condomínio. A empresa Recitotal presta o serviço de coleta desse material,
destinando o para um fim mais sustentável. Após a coleta no condomínio, a Recitotal
encaminha o vidro para empresas que reutilizam o material gerando outros usos,
inclusive produzindo um novo vidro, gerando economia de materiais e processos que
prejudicam o meio ambiente.
Para um maior entendimento e reconhecimento deste projeto, workshops e
palestras foram implementadas, informando e conscientizando sobre a importância de
colaborar com o meio ambiente, para que a longo prazo, as proximidades do local
também adaptem este tipo de ação sustentável.
Após a implantação do projeto, foram realizadas diversas pesquisas para que
pudéssemos ter uma visão ampla de quais eram os resultados obtidos com as
mudanças propostas ao condomínio, quais eram as adaptações a serem feitas e qual
a visão dos moradores referente a este novo modelo de descarte. A princípio os
moradores se mostraram um pouco relutantes com as mudanças, porém, ao serem
realizados workshops educativos e conscientização dos moradores, os mesmos se
mostraram adeptos e satisfeitos ao novo modo de descarte do vidro.
6

1 DESCOBERTA

Este trabalho tem por finalidade propor uma solução inovadora para o problema
encontrado no condomínio Residencial Camilópolis, situado em Santo André/SP.
O condomínio vem encontrando dificuldades na separação correta do lixo,
pensando nisso, o presente trabalho visa realizar um estudo sobre este problema,
descobrir melhores maneiras para saná-lo e entendê-lo.
A falta de local para descarte do vidro se tornou um problema no Condomínio
Residencial Camilópolis, existem indicações para que os moradores descartem
materiais orgânicos e recicláveis separadamente e no local correto, porém,
recentemente foi proibido que garrafas ou matérias de vidro fossem descartados pelos
moradores, gerando um desconforto com os condôminos que não têm um local para
descartar seu vidro.

Figura 1 – Informativo

Fonte: Própria, fotografada por um integrante do grupo.

De acordo com estudos realizados, vemos que o vidro não é um dos materiais
recicláveis mais rentáveis, por isso, muitas pessoas o esquecem quando o assunto é
reciclagem e coleta seletiva, porém, quando descartado incorretamente, o vidro gera
muitos danos ao meio ambiente.
O vidro não é um material biodegradável ou combustível, fundindo-se à
temperatura de 1200°C e transformando-se em cinzas em temperaturas elevadas.
(SANTOS, 2003). Já reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer
7

de volta ao ciclo produtivo o resíduo que seria jogado fora, para que o mesmo seja
usado novamente como matéria-prima. (ADAMS, 2001).

1.1 Vidro e sua composição

O vidro é uma substância inorgânica, amorfa e fisicamente homogênea.


Podendo ser obtido por resfriamento de uma massa em fusão que endurece pelo
aumento contínuo de viscosidade até atingir a condição de rigidez, sem sofrer
cristalização. O vidro não é um material biodegradável ou combustível, fundindo-se à
temperatura de 1200°C e transformando-se em cinzas em temperaturas mais
elevadas. (SANTOS, 2003).
Do ponto de vista físico, o vidro pode ser definido como um líquido subresfriado,
rígido, sem ponto de fusão definido e com uma viscosidade suficientemente elevada,
para impedir a cristalização. Do ponto de vista químico, o vidro é a união de óxidos
inorgânicos não voláteis resultantes da decomposição e da fusão principalmente de
compostos alcalinos, alcalino-terrosos e de areia, formando um produto final com
estrutura atômica desorganizada. (SHEREVE, 1997).
Com relação à composição da massa vítrea, apesar das várias formulações
desenvolvidas nos últimos anos, a cal, a sílica e a soda constituem cerca de 90% de
todo o material utilizado na fabricação do vidro. (SHEREVE, 1997).
A história mais popular da origem do vidro diz que ele foi descoberto
ocasionalmente há mais de 4 mil anos por navegadores fenícios. Ao fazerem uma
fogueira na praia, o calor fez com que a areia, o salitre e o calcário das rochas
reagissem formando o vidro. (CEMPRE, 2003).
No Brasil, a indústria do vidro teve início no século XVII com as invasões
holandesas em Olinda e Recife, em Pernambuco. Em 1810, foi instalada a primeira
indústria de vidro no Brasil, com produção através de processos de sopro e de
prensagem. A fábrica, localizada na Bahia, produzia vidros lisos, frascos, garrafões e
garrafas, mas devido a dificuldades financeiras e a concorrência com produtos
estrangeiros foi fechada em 1825. (DUDAS, 2003).
No início do século XX foram desenvolvidos fornos contínuos que, além de
propiciarem a recuperação de calor, eram equipados com máquinas semi ou
totalmente automáticas para produção em série. (DUDAS, 2003).
8

O alto processo de industrialização do Brasil na década de 50 atraiu


investimentos do exterior para o setor de produção de vidros, aumentando o número
de empresas instaladas e a capacidade produtiva do país nos anos subsequentes,
atingindo em 2002 um total de 200 empresas dedicadas à produção de vidro. (DUDAS,
2003).
O Brasil produziu 890 mil toneladas de embalagens de vidro em 2003, divididas
entre embalagens para bebidas, produtos alimentícios, medicamentos, perfumes e
cosméticos. A metade dos recipientes de vidros fabricados atualmente no Brasil é
retornável e por ser durável e inerte, tem alta taxa de reaproveitamento nas
residências e indústrias. (CEMPRE, 2003).

1.2 Definição de reciclagem

Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao


ciclo produtivo o resíduo que seria jogado fora, para que o mesmo seja usado
novamente como matéria-prima. (ADAMS, 2001).
A reciclagem, portanto, é um processo de transformação de materiais
previamente separados para posterior utilização. Desta forma, os resíduos são
recuperados através de uma série de operações que permitem que materiais já
processados sejam aproveitados como matéria-prima no processo gerador ou em
outros processos. Basicamente, a reciclagem inclui as etapas de separação,
revalorização e transformação do material coletado. A coleta e separação são
atividades iniciais de triagem por tipo de material como papel, metal, plásticos e
madeiras. A revalorização é uma etapa intermediária que prepara os materiais
separados para a etapa de transformação, responsável pelo processamento industrial
dos materiais para a fabricação de novos produtos. (ABRE, 2004).
Entre todas as etapas do processo de reciclagem, a que exige maior atenção é
a etapa de coleta e separação de resíduos, pois dela depende todo o restante do
processo. Ela pode ser efetuada em vários locais, tais como nos pontos de geração,
em domicílios, em usinas de triagem, no processamento industrial e em lixões. Com
o objetivo de facilitar a separação e coleta de embalagens, foram criadas várias
simbologias para a identificação de diversos materiais, o que facilita o processo de
separação e coleta, evitando que a mistura de materiais comprometa o processo de
reciclagem. (SAINT GOBAIN, 2003; ABRE, 2004).
9

Cabe salientar que o local de coleta do material define o tipo de processamento


a ser realizado. Observa-se que o material coletado em lixões apresenta um alto grau
de contaminação, como vestígios de gorduras, tintas, metais pesados e sujeira de
modo geral. A embalagem assim poluída exigirá um dispendioso processo de limpeza,
desvalorizando-a. (ABRE, 2004; SAINT GOBAIN, 2003; SHEREVE, 1997).

1.2.1 Mercado da Reciclagem

No que diz respeito às embalagens de vidro, das 890 mil toneladas produzidas
por ano no Brasil, cerca de um quarto é reciclada na forma de pedaços. Deste total,
40% é oriundo da indústria de envase, 40% do mercado difuso, 10% de bares,
restaurantes e hotéis e 10% do refugo da indústria. (CEMPRE, 2004).

1.3 Fabricação do vidro

A fabricação do vidro pode ser dividida em duas fases, a preparação da


composição e a fusão. Na primeira fase as matérias-primas, extraídas da natureza,
são pesadas e enviadas ao misturador para a homogeneização da massa, que passa
a ser chamada de composição ou mistura vitrificável. (SAINT GOBAIN, 2003).
Na segunda etapa a composição é conduzida ao forno de fusão,
transformando-se em vidro, que após elaborado é conduzido às máquinas de
conformação. (SAINT GOBAIN, 2003).

1.3.1 Produção da garrafa

A fase inicial de produção de garrafas é a conformação. Nesta fase a massa de


vidro fundido é soprada contramoldes de ferro, tomando a forma de garrafa. O método
de conformação depende do tipo de produto, da quantidade que se pretende produzir
e dos recursos disponíveis. (SAINT GOBAIN, 2003).
A fase final de produção de garrafas é o recozimento. Nesta fase as garrafas
percorrem fornos tipo túnel onde ocorre o resfriamento gradual da garrafa até a
temperatura ambiente, com o objetivo de aliviar as tensões que normalmente surgem
10

durante a conformação e que podem quebrar ou fragilizar a peça. (SAINT GOBAIN,


2003).

1.3.2 Lavagem

A garrafa de vidro pronta segue então para o engarrafador, passando por uma
etapa de lavagem para a retirada de pó, sendo encaminhada a seguir para a etapa de
envase. (SAINT GOBAIN, 2003; IBS, 2004).

1.3.3 Tampa

As folhas utilizadas para a fabricação das rolhas metálicas das garrafas de vidro
são fabricadas a partir de aço e têm um revestimento de óxido de cromo para proteção
O disco de vedação da rolha é composto de PVC termoencolhível que impede a saída
de gás do refrigerante. (IBS, 2004).
O aço é uma liga de ferro e carvão produzido a partir da redução de minério de
ferro em alto forno. No final do processo de redução o ferro produzido e o carvão se
fundem, sendo chamados então de ferro gusa ou ferro de primeira fusão. Na etapa
seguinte o ferro gusa é encaminhado para a etapa de refino para a queima de
impurezas, sendo transformado em aço. (SAINT GOBAIN, 2003).
Em seguida o aço em processo de solidificação é encaminhado para a etapa
de laminação, sendo deformado mecanicamente e transformado em chapa. As
chapas são então revestidas com o cromo e óxido de cromo, pintadas, envernizadas
e cortadas no tamanho adequado da rolha metálica. O vedante de PVC é
corretamente fixado e as tampas enviadas ao engarrafador. (SAINT GOBAIN, 2003).

1.3.4 Reciclagem

Na etapa de reciclagem, o vidro bruto estocado em tambores é submetido a um


eletroímã para a separação dos metais contaminantes. O material é lavado em
tanques com água para a remoção de impurezas e depois passa por uma esteira
destinada à separação de impurezas como restos de metais, pedras, plásticos e vidros
indesejáveis que não tenham sido removidos anteriormente. (CEMPRE, 2004).
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Um triturador transforma as embalagens em pedaços de tamanho homogêneo


que são encaminhados para um segundo eletroímã, que separa os metais ainda
existentes nos cacos. Os pedaços de vidro são então armazenados em silos ou
tambores para posterior utilização. (CEMPRE, 2004).

1.4 Sobre a empresa entrevistada

Entrevista realizada em empresa especializada em resíduos de vidro há mais


de 25 anos, a Recitotal atua hoje nos segmentos de reciclagem, transportes gerais,
locação de equipamentos e prestação de serviços com foco em gerenciamento de
subprodutos. (RECITOTAL, 2018).
Nosso maior propósito é a satisfação dos clientes através da busca constante
pela excelência na qualidade dos serviços prestados, trabalhando com equipamentos
diferenciados e soluções inteligentes para o mercado de resíduos. (RECITOTAL,
2018).
Incentivamos a conscientização de nossos colaboradores, clientes e da
sociedade em geral para a preservação do meio ambiente através da preferência por
produtos ecologicamente corretos e o descarte adequado dos resíduos. (RECITOTAL,
2018).

1.4.1 Entrevista

Entrevistador: Como a Recitotal pode ajudar na reciclagem correta do vidro no


meu condomínio?
Entrevistado: O condomínio deve juntar os cacos para leva-lo até à Recitotal,
para retirarmos este vidro, somente acima de 12 toneladas.
Entrevistador: Qual o maior público de cliente a empresa possuí?
Entrevistado: Possuímos cliente fixos como; condomínios, cooperativas e
catadores.
Entrevistador: Quais os tipos de vidro a Recitotal trabalha?
Entrevistado: Somos especializados no comércio de sucata de vidro,
trabalhamos com cacos de vidro oco, planos, laminados, vidraças e moinha de vidro.
Entrevistador: Qual valor de compra do vidro?
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Entrevistado: Vidro misturados tem o valor de 15 centavos o kg. Dentre as


matérias não podem haver tubo de televisão, para-brisa e cerâmica.
Entrevistador: Quais finalidades o vidro reciclado tem para a Recitotal?
Entrevistado: Vendemos o vidro coletado novamente para outras empresas que
reutilizam o vidro, que os transforma em outras matérias. Este material é beneficiado
e tem como destino os maiores produtores de embalagens de vidro, indústrias de
bebidas e de peças de vidro. Todo material que captamos tem destinação correta de
acordo com todas as normas ambientais. Possuímos todas as documentações legais
e licenças necessárias para o comércio, transporte e destino dos materiais e
subprodutos.
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2 INTERPRETAÇÃO

De acordo com o primeiro tema abordado, o trabalho a ser realizado trata - se


do descarte correto do vidro. Identificamos que o Edifício Residencial Camilópolis não
possui local adequado para descarte.
Em uma visita ao condomínio, identificamos que a administração do mesmo
readequou o descarte de lixo para que pudessem tornar o condomínio ecologicamente
correto, porém, em todos os andares foram colocados dois tipos de lixeiras, uma lixeira
para descarte de material orgânico (restos de alimentos, papel de higiene pessoal,
cascas de ovos, saches de café entre outros materiais) e outra lixeira para lixos não
orgânicos (papel, embalagens, latas, plásticos e outros materiais não considerados
orgânicos). Juntamente com as lixeiras em cada andar do edifício, foram fixados
avisos informando aos condôminos de que era proibido o descarte de vidro nas lixeiras
do condomínio.
Com base nestas informações, identificamos uma dificuldade de gerar um
destino apropriado para o vidro utilizado nas residências, tais como garrafas de
cerveja, potes de condimentos, vidros quebrados (copos, pratos, espelho), lâmpadas
e outros materiais de vidro. Desta forma, os moradores ficaram obrigados a se
deslocarem e efetuarem o descarte nas estações de coleta da prefeitura e por ser
distante do local do condomínio, muitas vezes o descarte era feito de forma incorreta
juntamente com o lixo não orgânico.

2.1 Relatos de histórias e depoimentos

Após identificarmos este problema no condomínio, realizamos entrevista com


o morador Rogério Régis. O mesmo nos informou que por diversas vezes após
confraternizações em sua residência, não sabia o que fazer com as garrafas de
cerveja vazias utilizadas. Em um primeiro momento descumpriu o aviso, armazenou
as garrafas em uma caixa de papelão e as colocou juntamente às lixeiras. Foi então
que foi advertido pelo síndico do condomínio que obteve as imagens do sistema
interno de monitoramento e identificou o condômino que fez o descarte indevido. Isto
lhe acarretou em notificação e multa de um salário mínimo.
Em conversa com Francisco Alves, morador do 9º andar do prédio foi relatado
que não possui veículo próprio e armazena o vidro em sua própria residência, não
14

sendo possível levar este material para descarte nas estações de coleta da prefeitura.
O morador depende de seus filhos que o visitam uma vez a cada quinze dias para
levarem seu material para o correto descarte.
Para que pudéssemos entender o outro lado da história, agendamos uma
entrevista com o síndico do condomínio supracitado. Gilberto Fernandes, 52 anos,
síndico na gestão 2016 a 2018 do edifício diz que houve diversas intercorrências com
os funcionários auxiliares de limpeza que ao realizarem a retirada dos sacos de lixo
se machucavam com vidros quebrados descartados ou vidros que se quebravam no
transporte dos sacos de lixo. Estes acidentes, muitas vezes geravam absenteísmo
dos profissionais devido ao acidente de trabalho.
Por outro lado, com a coleta seletiva, o condomínio não possuía um local
adequado para armazenagem e posterior descarte dos vidros. Dificultando assim, o
recebimento e seleção de material de vidro em suas lixeiras.

2.2 Identificações de Significados

Alguns dos temas mais importantes estão ligados à falta de um local ideal para
descarte dos materiais de vidro no edifício, gerando um alto índice de descarte
irregular nas lixeiras que estão destinadas para o lixo orgânico e inorgânico.
Este descarte acarreta em diversas ocorrências de acidentes com os auxiliares
de limpeza, que ao retirarem o lixo se deparam com vidros erroneamente descartados
e que em alguns casos se encontram quebrados. O descarte incorreto do vidro não
ajuda o condomínio em seu objetivo de realizar o descarte e separação correta do lixo
do condomínio.
Avaliamos que o grande índice de descarte incorreto se dá pela falta de
identificação clara nos ambientes das lixeiras, como cores diferentes, adesivos de
identificação da destinação de cada lixeira, e pela falta de um local alternativo para
descarte dos materiais fabricados em vidro. O morador atualmente se sente sem saída
e acaba por eliminar o vidro nas únicas lixeiras que há disponível.
Com base em nosso estudo, é muito mais viável incluir um sistema de descarte
eficiente e correto para materiais de vidro dentro do condomínio. Assim, o morador
descartará seu lixo corretamente e estará satisfeito com o local onde reside. Outro
benefício da instalação de um novo modo de descarte é a garantia da saúde do
colaborador, que não correrá o risco de ter uma lesão por conta do descarte incorreto.
15

Analisamos que em outros edifícios que já trabalham com o descarte correto dos
materiais reduziu-se o índice de acidentes com objetos perfuro cortantes, com esta
redução, o índice de absenteísmo dos colaboradores responsáveis pela limpeza
reduziu drasticamente. Os condomínios que adotaram práticas mais sustentáveis, se
beneficiaram com a isenção de taxas cobradas pela prefeitura, o que trouxe
economias significativas.
Em nossa visita de avaliação da estrutura do condomínio, constatamos que
existem algumas vagas de estacionamento disponíveis que poderiam se tornar o local
ideal para armazenamento e depósito dos vidros. Com este depósito de vidro no
estacionamento, há a possibilidade de realizar uma parceria com cooperativas de
reciclagem de vidro para que realizem a retirada do lixo descartado.
Uma nova forma de trabalhar o reaproveitamento e reutilização do vidro é
realizar um workshop no condomínio para apresentar formas de reutilizar o vidro antes
do descarte, seja transformando garrafas em copos, mosaicos, taças, luminária, vasos
e enfeites em geral.

Figura 2 – Garrafa reutilizada de novas formas

Fonte: (ROSA, 2013)

2.3 Estruturas de Oportunidades

Para que possamos colocar nossos insights em ação, devemos seguir alguns
processos aprofundados que envolvem, reuniões e sugestões para todos os
condôminos, síndicos e subsíndicos. Algumas destas ações são, elaborar um sistema
de dispensação de vidro eficiente em cada andar do edifício, colocando prateleiras ou
16

outro tipo de material que sejam resistentes o suficiente para suportar o vidro e não
promover acidentes. Outra sugestão é a implantação de local para descarte do vidro
em vagas de estacionamento sem utilização.
Após aprovado por síndicos e subsíndicos, propor uma reunião com
condôminos para propor a utilização das vagas disponíveis no estacionamento para
alocar uma estrutura apropriada com separação por cores, a fim de armazenar o vidro
quebradiço, além, das prateleiras fixadas em andar para a coleta de vidros em estado
conservado.
Realizaremos contato com cooperativas que podem atender às necessidades
do edifício, retirando os itens eliminados e gerando o correto descarte para um futuro
reaproveitamento ou reciclagem do vidro. Em reunião com os moradores, sugeriremos
se alguém se oferece a colaborar com os workshops, buscando novidades na área de
reutilização do vidro, novas técnicas e elaboração de novos projetos.
Acreditamos ter muitas oportunidades, e com elas muitos desafios, por isso,
desenvolvemos um mapa mental que nos auxiliará a entender com mais clareza
nossas oportunidades e desafios.
17

Figura 3 – Mapa mental

Fonte: Própria
18

3 IDEAÇÃO

Através dos problemas encontrados e estudos realizados sobre o


vidro, sua composição, os malefícios que o descarte incorreto traz ao meio ambiente
e os meios de realizar sua reciclagem, acreditamos que existem muitas oportunidades
para que o problema apresentado seja sanado ou diminuído, algumas das
oportunidades existentes são:
• Trazer mais comodidade para os moradores que não possuem sequer
um lugar para descartar o vidro, visto que o condomínio informou aos condôminos que
está proibido o descarte do mesmo, devendo somente separar lixos orgânicos e
inorgânicos;
• Contribuir com o meio ambiente que sofre muitos danos com o descarte
incorreto do vidro,
• O condomínio será visto como um condomínio residencial sustentável,
o que pode trazer benefícios visto que algumas pessoas procuram produtos e serviços
que preservem o meio ambiente;
• Criar um local de fácil acesso para o descarte do vidro, sendo fácil de
realizar o descarte;
• Palestras, informativos e divulgação da importância da coleta seletiva,
expandindo para outros condomínios, comunidades, cidades etc;
• Parceria com empresa especializada em resíduos, atuando nos
segmentos de reciclagem e transporte, o que ajudará o condomínio no reuso do vidro,
podendo até mesmo trazer um retorno financeiro.

3.1 Geração de ideias

Para encontrar melhores soluções, utilizamos uma técnica de gerenciamento


chamada Brainstorming, O Brainstorming tem como característica oferecer resultados
menos tendenciosos que as técnicas individuais, estimulando a utilização do potencial
criativo e de originalidade de cada indivíduo e identificar oportunidades ou melhores
alternativas para o aperfeiçoamento (GODOY, 1997).
Alguns dos resultados encontrados com a técnica, foram:
19

• Utilização de vaga de estacionamento sem uso para que o condômino


realize o descarte do vidro, concentrando todo o vidro coletado neste local. Os locais
de descarte serão distribuídos entre o condomínio para que o morador não tenha
dificuldade de se deslocar, estudaremos também o layout do condomínio para que
possamos atender uma maior quantidade de moradores em um só ponto de descarte
implantado, diminuindo os custos sem tirar a comodidade do condômino;
• Instalação de prateleiras para descarte de garrafas de vidro no local
onde já é realizada a coleta do lixo de cada andar, facilitando a separação entre cacos
de vidro e garrafas em bom estado, assim, poderemos dar fins diferentes a elas. Com
as garrafas em bom estado faremos workshops educativos e workshops com a
finalidade de ensinar novas formas de utilizar o vidro, como artesanatos, e com os
cacos de vidro, iremos realizar a venda para a empresa com a qual firmaremos
parceria;
• Usar o vidro coletado para promover workshops bimestrais ensinando
formas de transformar o vidro, como por exemplos, artesanatos;
• Promover conscientização dos moradores para que reutilizem seus
vidros e que, quando necessário realizar o descarte, faça-o do modo correto. Os
moradores precisam ter a consciência do quão importante é reciclar e realizar o
descarte correto do vidro, assim, fica mais fácil de adotar formas corretas de descarte
e reutilização;
• Parceria com empresa de coleta seletiva para compra do vidro e retirada
do material. Existem empresas que realizam compra de cacos de vidro, essas
empresas retiram esse material e cuidam dele de uma maneira mais benéfica para o
meio ambiente. Nosso objetivo é realizar parceria com uma dessas empresas, que
nos auxiliará com a retirada do vidro e o encaminhará para uma empresa que reutiliza
o caco de vidro para a produção de outra embalagem de vidro. Iremos reverter os
ganhos com a venda, realizando melhorias no condomínio;
• Utilizar o retorno financeiro alcançado para beneficiar o condomínio.
Com os ganhos gerados, promover alguma melhoria para o condomínio e para os
moradores, assim teremos mais uma forma de incentivar os moradores.
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3.2 Refinamento de ideias

Analisando os resultados obtidos através do brainstorming, estudando quais as


soluções seriam viáveis e de possível aplicação, além de quais dificuldades
encontraríamos, chegamos as seguintes conclusões:
Acreditamos que o retorno financeiro não ocorrerá rapidamente, por isso,
teríamos que ter um pouco de paciência para utilizá-lo. A princípio gostaríamos de
realizar alguma grande melhoria para o condomínio, porém, visto que o preço do vidro
é baixo para a venda e não sabemos exatamente qual quantidade teremos deste
material, pensamos que uma melhor alternativa seria utilizarmos o retorno financeiro
anualmente, assim, podemos elaborar um informativo para todo o condomínio
mostrando quais foram os benefícios e ganhos deste novo modo de descarte do vidro.
Outro empecilho encontrado é quanto a instalação dos pontos de coleta em
vagas sem utilização, a princípio, nos pareceu uma ótima ideia trazer utilidade a este
local que, muitas vezes traz problemas e gastos ao condomínio por sua inutilização,
porém, um grande problema encontrado foi a exposição deste vidro, o mau cheiro que
poderia causar próximo a garagens que são utilizadas e o incomodo causado ao
morador. Pensando nisso, a solução que acreditamos ser viável é que este lixo seja
encaminhado diariamente ao porão do condomínio onde os lixos orgânicos e
recicláveis já são encaminhados e devidamente separados, o local de descarte deve
ser limpo e fiscalizado. Para que não ocorra nenhum acidente com crianças ou algum
morador, teremos algumas normas de segurança para o descarte deste vidro, para
que os moradores tenham ciência disso, serão realizados workshops, reuniões,
cartilhas e informativos.
Chegamos à conclusão de firmar uma parceria com empresa de coleta
especializada e instalar pontos de descarte em vagas sem utilização, assim, cada
morador terá um lugar para descartar seu vidro. Implantando esta ideia,
economizaremos com funcionários que teriam que retirar este lixo em cada torre e
andar. Com a instalação de pontos de descarte coletivo e em áreas de fácil acesso,
evitaríamos possíveis acidentes ocorridos com auxiliares de limpeza, o mau cheiro
próximo aos apartamentos e o descarte indevido do vidro em lixeiras inapropriadas.
Além de gerar economia no sentido de instalar pontos de descarte coletivos,
abrangendo um maior número de condôminos, visto que atualmente o descarte é feito
por andar para separação do lixo orgânico e reciclável.
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Com a implantação deste sistema, os moradores terão um lugar específico para


jogar seu vidro, visto que antes não podiam descartá-lo, tendo que muitas vezes se
deslocar a lugares distantes para isso. Além disso, o condomínio poderá reverter os
ganhos com a venda do vidro para beneficiar os condôminos e realizar melhorias para
o condomínio.
O condomínio realizará workshops ensinando formas de transformar o vidro
em artesanatos e realizará workshops com o objetivo de conscientizar os moradores
para que reutilizem seus vidros e que quando necessário realizar o descarte, faça-o
do modo correto. Com o morador consciente da importância da sua ajuda,
acreditamos que o mesmo terá mais facilidade de contribuir com as novas práticas
adotadas pelo condomínio, além do mais, ele pode conscientizar outras pessoas,
pode levar práticas mais sustentáveis para seu trabalho e para outros ambientes em
que convive.
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4 EXPERIMENTAÇÃO

Tivemos a ideia do ponto de vista ontológico (que é uma ideia que pode ser
considerada tangível, existente no mundo real).
A equipe chegou à conclusão que a ideia mais plausível de se colocar em
prática é a ideia de instalar nas vagas disponíveis do estacionamento, uma área
reservada exclusivamente para o descarte de materiais feitos de vidro, além da
realização de conscientização dos moradores e workshops para reutilização e
reaproveitamento do vidro.
Para que possamos concretizar esta ideia, será necessário apresentar nosso
projeto a toda a rede de coordenadores do condomínio, a mesma deverá ser exposta
e aceita pelos moradores. Outro ponto de grande importância para a implantação
desta ideia é um estudo detalhado do layout do condomínio, estudo de normas e
maneiras corretas do descarte correto do vidro.

4.1 Elaborações de protótipo

Para obtermos um melhor alcance nesta nova forma de descarte do vidro,


elaboramos um flyer explicativo a respeito do novo formato de descarte do vidro e a
respeito das normas e regras. Este impresso será entregue pelos porteiros
diretamente aos condôminos e junto às correspondências. Além disso, serão feitos
avisos que serão espalhados pelos elevadores, área social e área de descarte de lixo
comum.
Firmaremos parceria com palestrantes para que realizem workshops trimestrais
a fim de instruir os moradores a reutilizarem este vidro descartado, seja realizando
artesanatos ou gerando uma nova utilidade dentro da residência.
Após a implantação do projeto e das formas de incentivar e informar os
moradores, iremos realizar avaliações dentro de trinta dias, realizando teste e
experimentação do formato de coleta dos vidros. Após este teste, serão avaliados os
resultados obtidos neste período. O que foi satisfatório e o que precisará ser
melhorado nesta inovação para os condôminos.
Essas avaliações serão feitas em formas de pesquisas de satisfação e
sugestão, questionários e caixas de sugestão de melhorias ou elogios.
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4.2 Obtenção de feedback

Com a realização do questionário aplicado aos moradores após duas semanas


da implantação do projeto, foi possível verificar qual é a impressão dos moradores
com o novo modo de descarte do vidro no condomínio onde residem. Com a aplicação
da caixa de sugestão e elogios, obtivemos um resultado positivo, muitos condôminos
ficaram satisfeitos em poder descartar seu vidro em sua própria residência, não tendo
que se deslocar para fazê-lo e não sendo punido somente por descartar seu lixo. Os
moradores elogiaram as palestras feitas referente a conscientização e novos modos
de utilização do vidro, inclusive, uma moradora nos informou que está fazendo
artesanatos com diversos materiais, inclusive o vidro, para complementar sua renda.
Através de pesquisa fechada com alguns moradores, 86% dos mesmos nos
informou estar mais conscientes com seu lixo, separação e cuidados a serem tomados.
Nesta mesma pesquisa, 90% dos entrevistados nos diz que acredita que realizar o
descarte correto do lixo é importante. Outro número significativo para nós, é de 78%
dos moradores pesquisados que dizem querer levar as novas práticas adotadas pelo
condomínio para outros ambientes em que vive.
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5 EVOLUÇÃO

Trabalhamos com uma inovação incremental onde melhoramos uma ideia já


existente no mercado, porém, não aplicada em todos os locais. Em elaboração de
planejamento a longo prazo, avaliamos a necessidade de implementar um triturador
de vidro para que desta forma possamos quebrar o vidro em partes menores e assim
reduzirmos a área de armazenamento.
Assim, o foco principal deste projeto inovador foi alcançado, que é a
contribuição com o meio ambiente, reduzindo os impactos causados na natureza pelo
descarte de lixo em aterros sanitários, e a conscientização das pessoas em adotar
práticas mais sustentáveis em suas vidas.

5.1 Acompanhamentos do aprendizado

A definição de sucesso em nosso projeto se dá ao identificarmos que


conseguimos aumentar a quantidade de vidro reutilizado nas residências, evitando o
descarte incorreto dos mesmos. Dar-se- á também com a conscientização dos
moradores do condomínio de que o descarte incorreto acarretará em danos
irreversíveis ao meio ambiente, prejudicando a si e aos próximos. Outro ponto de
grande importância para este projeto é levar mais comodidade para os moradores do
condomínio.
Ao início de nossas pesquisas, encontramos o condomínio Edifício Camilópolis
sem qualquer opção de os moradores realizarem o descarte correto dos vidros
utilizados pelos mesmos. Identificamos então, a necessidade e oportunidade de
implementar uma solução para que pudéssemos evitar que o vidro se destinasse aos
aterros públicos, causando degradação do meio ambiente.
Realizamos uma reunião para identificar quais problemas estavam ocorrendo
no edifício, quais razões tornaram o descarte do vidro inviável no condomínio.
Entendemos que o espaço disponível nas áreas para descarte de lixo comum era
restrito e o risco que os auxiliares de limpeza corriam ao retirarem um saco de lixo
com vidro quebrado em seu interior era alto. A solução disponibilizada pela
administração do condomínio foi para que os moradores se deslocassem aos pontos
públicos de coleta.
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Os pontos de coleta da prefeitura ficam em locais distantes do condomínio, o


que causava desconforto aos moradores. Identificamos então, que a solução para
estes problemas era reutilizar algumas vagas que não tinham uso no estacionamento
e colocar caçambas próprias para descarte de vidro, de forma que os próprios
moradores possam levar seu lixo e descartar de forma correta dentro da garagem do
edifício. No início da implementação, alguns moradores se apresentaram relutantes
quanto à novidade, ainda houve o descarte irregular de vidro por parte dos
condôminos.
Após realização das palestras e workshops tratando sobre a importância do
descarte correto e reutilização dos materiais, foi notado um aumento significativo nos
adeptos a nova mudança no descarte de lixos.

5.2 Projeções de avanços futuros

Em planejamento para o futuro, vemos que há uma grande oportunidade para


que este projeto ganhe proporção ainda maior.
Propomos uma reunião com representantes do bairro para que possamos
reunir todo o vidro descartado em condomínios, residências e comércios locais e
destiná-los ao local correto. É possível também, através de reunião de verbas e
parcerias empresariais, adquirir um triturador de vidro para que seja possível reunir
todo o material do bairro e realizar a quebra em pequenas partículas, evitando assim,
ocupar uma grande área dentro do condomínio.
Com a conscientização da comunidade, o recurso financeiro arrecadado com a
venda do vidro descartado, separado e vendido poderá se transformar em melhorias
para o bairro, como limpeza e revitalização de praças, playground para crianças e
academia ao ar livre. Esta oportunidade identificada, depois de aplicada no bairro
Camilópolis em Santo André, poderá ser implantada em outros bairros e cidades,
tornando assim, um exemplo de sustentabilidade e conscientização.
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REFERÊNCIAS

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Disponível em: <http://www.abre.org.br> Acesso em 30 Mar. 2018.

BLASS, A. Processamento de polímeros. 2.ed. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2001.


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<http://www.cempre.org.br>. Acesso em 2 de Abr. 2018.

ROSA, M. 7 Maneiras de reutilizar o vidro. Disponível em:<


http://ciclovivo.com.br/mao-na-massa/faca-voce-
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DUDAS, l. Educação ambiental: o ciclo do lixo. Curitiba: 3R´s Educação ambiental,


2002. 1 CD-ROM

GODOY, M. H. P. C. Brainstorming – como atingir metas. Belo Horizonte: FCO,


1997.

HOTCHKISS, J. H. Embalagem: criar, produzir, usar e reciclar. Revista Ação


Ambiental. Universidade Federal de Viçosa. Ano III, n.17, abril/maio 2001.p. 5-7

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SAINT GOBAIN VIDROS S.A. Descritivo de processo, São Paulo, 2003.

SANTOS, A. R. Vidro: caracterização do material. São Paulo, 2003. 20f. Trabalho


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Escola Politécnica da USP.

SHREVE, R. N.; BRINK JR, J. A. Indústrias de processos químicos. 4.ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Dois. 1997

SOARES,S.S. Avaliação ambiental de sistemas. Santa Catarina, 2003. 104f.


Monografia (Especialização em Gerenciamento e Tecnologia Ambiental) –
Departamento de Hidráulica e Saneamento, Universidade Federal de Santa Catarina.

SOKA, M. A energia do petróleo. Brasil Sekyo. São Paulo, 7 abr, 2001. Caderno
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TAVARES,A.; JOFRE,E. Análise do ciclo de vida de um produto. Disponível


em<http://gasa3.dcea.fct.unl.pt/assa/projectos/assa1998/assa04>. Acesso em 01 Abr.
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