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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Desenvolvimento de
Produto Inovador e
Sustentável
MAIO DE 2018
AMANDA CARDOSO DA SILVA
ARTHUR ROSSEB
FERNANDO DESCO
FILIPE OLIVEIRA
JÉSSICA RODRIGUES
MURILO PACCOLA
NATÁLIA SANTOROS
VICTOR LEMES
São Paulo
2018
SUMÁRIO
RESUMO EXECUTIVO
O presente trabalho tem por finalidade propor uma solução inovadora para o
problema encontrado no condomínio Residencial Camilópolis, situado em Santo
André/SP.
A falta de local para descarte do vidro se tornou um problema no Condomínio
Residencial Camilópolis, existem indicações para que os moradores descartem
materiais orgânicos e recicláveis separadamente e no local correto, porém,
recentemente foi proibido que garrafas ou materiais de vidro fossem descartados
pelos moradores, gerando um desconforto com os condôminos que não têm um local
para descartar seu vidro.
Ante esse problema, a descontentação dos moradores se tornou algo comum.
Os condôminos foram informados que o descarte do vidro utilizado em suas
residências deveria ser feito no ponto de coleta da Prefeitura mais próximo do
condomínio, porém, nem todos moradores tem acesso a automóveis, o que gerou um
desconforto pela falta de saída em que se encontraram, ficando dependentes de
parentes ou amigos para realizar o descarte de seu lixo.
Notamos a oportunidade de implementar ações para o auxílio e melhor
comodidade dos moradores, além de contribuir com a preservação do meio ambiente.
Realizamos pesquisas e entrevistas para um melhor entendimento do assunto,
colhendo os relatos por parte dos moradores e responsáveis do condomínio.
Depois de reuniões e longas discussões, após estudarmos melhor as muitas
ideias do grupo, suas possíveis formas de aplicação e as dificuldades que
encontraríamos ao longo da sua execução, chegamos à conclusão de que seria
possível realizar o descarte correto do vidro no próprio condomínio, atendendo as
necessidades dos moradores que se sentiam incomodados com a falta de local para
descarte de seu vidro.
O grupo compartilhou com os responsáveis as ideias obtidas, como também os
custos e materiais necessários para que fosse possível realizar a implantação de
novos modos de descarte. Após a readequação e aprovação das ideias, os moradores
foram informados através de uma assembleia, qual a proposta do condomínio para a
solução deste problema que vinha gerando inúmeras reclamações.
Ficou acordado que prateleiras seriam instaladas em cada andar, para que em
um primeiro momento os vidros (garrafas, potes e vidros em bom estado) fossem
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1 DESCOBERTA
Este trabalho tem por finalidade propor uma solução inovadora para o problema
encontrado no condomínio Residencial Camilópolis, situado em Santo André/SP.
O condomínio vem encontrando dificuldades na separação correta do lixo,
pensando nisso, o presente trabalho visa realizar um estudo sobre este problema,
descobrir melhores maneiras para saná-lo e entendê-lo.
A falta de local para descarte do vidro se tornou um problema no Condomínio
Residencial Camilópolis, existem indicações para que os moradores descartem
materiais orgânicos e recicláveis separadamente e no local correto, porém,
recentemente foi proibido que garrafas ou matérias de vidro fossem descartados pelos
moradores, gerando um desconforto com os condôminos que não têm um local para
descartar seu vidro.
Figura 1 – Informativo
De acordo com estudos realizados, vemos que o vidro não é um dos materiais
recicláveis mais rentáveis, por isso, muitas pessoas o esquecem quando o assunto é
reciclagem e coleta seletiva, porém, quando descartado incorretamente, o vidro gera
muitos danos ao meio ambiente.
O vidro não é um material biodegradável ou combustível, fundindo-se à
temperatura de 1200°C e transformando-se em cinzas em temperaturas elevadas.
(SANTOS, 2003). Já reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer
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de volta ao ciclo produtivo o resíduo que seria jogado fora, para que o mesmo seja
usado novamente como matéria-prima. (ADAMS, 2001).
No que diz respeito às embalagens de vidro, das 890 mil toneladas produzidas
por ano no Brasil, cerca de um quarto é reciclada na forma de pedaços. Deste total,
40% é oriundo da indústria de envase, 40% do mercado difuso, 10% de bares,
restaurantes e hotéis e 10% do refugo da indústria. (CEMPRE, 2004).
1.3.2 Lavagem
A garrafa de vidro pronta segue então para o engarrafador, passando por uma
etapa de lavagem para a retirada de pó, sendo encaminhada a seguir para a etapa de
envase. (SAINT GOBAIN, 2003; IBS, 2004).
1.3.3 Tampa
As folhas utilizadas para a fabricação das rolhas metálicas das garrafas de vidro
são fabricadas a partir de aço e têm um revestimento de óxido de cromo para proteção
O disco de vedação da rolha é composto de PVC termoencolhível que impede a saída
de gás do refrigerante. (IBS, 2004).
O aço é uma liga de ferro e carvão produzido a partir da redução de minério de
ferro em alto forno. No final do processo de redução o ferro produzido e o carvão se
fundem, sendo chamados então de ferro gusa ou ferro de primeira fusão. Na etapa
seguinte o ferro gusa é encaminhado para a etapa de refino para a queima de
impurezas, sendo transformado em aço. (SAINT GOBAIN, 2003).
Em seguida o aço em processo de solidificação é encaminhado para a etapa
de laminação, sendo deformado mecanicamente e transformado em chapa. As
chapas são então revestidas com o cromo e óxido de cromo, pintadas, envernizadas
e cortadas no tamanho adequado da rolha metálica. O vedante de PVC é
corretamente fixado e as tampas enviadas ao engarrafador. (SAINT GOBAIN, 2003).
1.3.4 Reciclagem
1.4.1 Entrevista
2 INTERPRETAÇÃO
sendo possível levar este material para descarte nas estações de coleta da prefeitura.
O morador depende de seus filhos que o visitam uma vez a cada quinze dias para
levarem seu material para o correto descarte.
Para que pudéssemos entender o outro lado da história, agendamos uma
entrevista com o síndico do condomínio supracitado. Gilberto Fernandes, 52 anos,
síndico na gestão 2016 a 2018 do edifício diz que houve diversas intercorrências com
os funcionários auxiliares de limpeza que ao realizarem a retirada dos sacos de lixo
se machucavam com vidros quebrados descartados ou vidros que se quebravam no
transporte dos sacos de lixo. Estes acidentes, muitas vezes geravam absenteísmo
dos profissionais devido ao acidente de trabalho.
Por outro lado, com a coleta seletiva, o condomínio não possuía um local
adequado para armazenagem e posterior descarte dos vidros. Dificultando assim, o
recebimento e seleção de material de vidro em suas lixeiras.
Alguns dos temas mais importantes estão ligados à falta de um local ideal para
descarte dos materiais de vidro no edifício, gerando um alto índice de descarte
irregular nas lixeiras que estão destinadas para o lixo orgânico e inorgânico.
Este descarte acarreta em diversas ocorrências de acidentes com os auxiliares
de limpeza, que ao retirarem o lixo se deparam com vidros erroneamente descartados
e que em alguns casos se encontram quebrados. O descarte incorreto do vidro não
ajuda o condomínio em seu objetivo de realizar o descarte e separação correta do lixo
do condomínio.
Avaliamos que o grande índice de descarte incorreto se dá pela falta de
identificação clara nos ambientes das lixeiras, como cores diferentes, adesivos de
identificação da destinação de cada lixeira, e pela falta de um local alternativo para
descarte dos materiais fabricados em vidro. O morador atualmente se sente sem saída
e acaba por eliminar o vidro nas únicas lixeiras que há disponível.
Com base em nosso estudo, é muito mais viável incluir um sistema de descarte
eficiente e correto para materiais de vidro dentro do condomínio. Assim, o morador
descartará seu lixo corretamente e estará satisfeito com o local onde reside. Outro
benefício da instalação de um novo modo de descarte é a garantia da saúde do
colaborador, que não correrá o risco de ter uma lesão por conta do descarte incorreto.
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Analisamos que em outros edifícios que já trabalham com o descarte correto dos
materiais reduziu-se o índice de acidentes com objetos perfuro cortantes, com esta
redução, o índice de absenteísmo dos colaboradores responsáveis pela limpeza
reduziu drasticamente. Os condomínios que adotaram práticas mais sustentáveis, se
beneficiaram com a isenção de taxas cobradas pela prefeitura, o que trouxe
economias significativas.
Em nossa visita de avaliação da estrutura do condomínio, constatamos que
existem algumas vagas de estacionamento disponíveis que poderiam se tornar o local
ideal para armazenamento e depósito dos vidros. Com este depósito de vidro no
estacionamento, há a possibilidade de realizar uma parceria com cooperativas de
reciclagem de vidro para que realizem a retirada do lixo descartado.
Uma nova forma de trabalhar o reaproveitamento e reutilização do vidro é
realizar um workshop no condomínio para apresentar formas de reutilizar o vidro antes
do descarte, seja transformando garrafas em copos, mosaicos, taças, luminária, vasos
e enfeites em geral.
Para que possamos colocar nossos insights em ação, devemos seguir alguns
processos aprofundados que envolvem, reuniões e sugestões para todos os
condôminos, síndicos e subsíndicos. Algumas destas ações são, elaborar um sistema
de dispensação de vidro eficiente em cada andar do edifício, colocando prateleiras ou
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outro tipo de material que sejam resistentes o suficiente para suportar o vidro e não
promover acidentes. Outra sugestão é a implantação de local para descarte do vidro
em vagas de estacionamento sem utilização.
Após aprovado por síndicos e subsíndicos, propor uma reunião com
condôminos para propor a utilização das vagas disponíveis no estacionamento para
alocar uma estrutura apropriada com separação por cores, a fim de armazenar o vidro
quebradiço, além, das prateleiras fixadas em andar para a coleta de vidros em estado
conservado.
Realizaremos contato com cooperativas que podem atender às necessidades
do edifício, retirando os itens eliminados e gerando o correto descarte para um futuro
reaproveitamento ou reciclagem do vidro. Em reunião com os moradores, sugeriremos
se alguém se oferece a colaborar com os workshops, buscando novidades na área de
reutilização do vidro, novas técnicas e elaboração de novos projetos.
Acreditamos ter muitas oportunidades, e com elas muitos desafios, por isso,
desenvolvemos um mapa mental que nos auxiliará a entender com mais clareza
nossas oportunidades e desafios.
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Fonte: Própria
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3 IDEAÇÃO
4 EXPERIMENTAÇÃO
Tivemos a ideia do ponto de vista ontológico (que é uma ideia que pode ser
considerada tangível, existente no mundo real).
A equipe chegou à conclusão que a ideia mais plausível de se colocar em
prática é a ideia de instalar nas vagas disponíveis do estacionamento, uma área
reservada exclusivamente para o descarte de materiais feitos de vidro, além da
realização de conscientização dos moradores e workshops para reutilização e
reaproveitamento do vidro.
Para que possamos concretizar esta ideia, será necessário apresentar nosso
projeto a toda a rede de coordenadores do condomínio, a mesma deverá ser exposta
e aceita pelos moradores. Outro ponto de grande importância para a implantação
desta ideia é um estudo detalhado do layout do condomínio, estudo de normas e
maneiras corretas do descarte correto do vidro.
5 EVOLUÇÃO
REFERÊNCIAS
SOKA, M. A energia do petróleo. Brasil Sekyo. São Paulo, 7 abr, 2001. Caderno
Cultura C4, Edição 1.598.