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REVISÃO
Carla Ramos COORDENADORA DE INTELIGÊNCIA DE MERCADO – APEX-BRASIL
Daniel Pirola GESTOR DE CONVÊNIOS – APEX-BRASIL
Adriana Fabrini UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Daniel Polydoro ADUANEIRAS e UNICAMP
Rodrigo Braga Faria GRUPO EDUCACIONAL UNIS
Luciana Leal PEIEX em São Paulo
CONTRIBUIÇÃO
Núcleos do PEIEX: Belo Horizonte (MG); Brasília (DF) – físico e à Distância; Campo Grande (MS); Cascavel (PR); Curitiba (PR); Juiz de Fora (MG); Londrina (PR); Maringá (PR); Porto Velho (RO); São
Leopoldo (RS); São Luís (MA); São Paulo (SP).
Setor de Autarquias Norte, Quadra 5, Lote C CEP – 70040-250 – Brasília – DF Tel.: 55 (61) 2027-0202 www.apexbrasil.com.br E-mail: apexbrasil@apexbrasil.com.br
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Registro internacional de marcas e patentes –
conceitos básicos
• As marcas são sinais visualmente perceptíveis e distintivos que servem para identificar e
diferenciar um produto de outros, principalmente dos concorrentes. Portanto, possibilitam
distinção e contribuem para a definição da percepção de imagem, reputação e confiabilidade
dos produtos:
• Marcas são consideradas ativos para a maioria das empresas, representando um diferencial intangível;
• Servem para a identificação dos atributos do produto e representam valor (inclusive monetário);
• Facilitam a comunicação entre o cliente e o produto e fazem alusão à experiência ou lembrança positiva;
• Permitem que o cliente identifique o produto a partir de sua expectativa de satisfação, ajudando na
decisão de compra;
• Incentivam o investimento na manutenção ou no aprimoramento da qualidade dos produtos;
• Representam perspectivas de benefícios a serem alcançados a partir da compra do produto;
• Podem ser licenciadas, gerando uma fonte direta de receita à empresa (“royalties”).
• Podem ser consideradas como marcas: figura, texto, palavras, expressões, letras, números,
desenhos, formas, cores, logomarcas, rótulos ou demais combinações:
• No caso do Brasil, há limites na regulamentação do que pode ser considerado uma marca: símbolos com
possibilidade de representação gráfica ou visualmente perceptíveis.
• Na exportação, o país de origem do produto também pode exercer grande influência na marca
a partir da percepção gerada no mercado consumidor. Portanto, trata-se de aspecto a ser
analisado com cuidado.
Registro internacional de marcas e patentes –
conceitos básicos
• Por outro lado, de acordo com o INPI, as patentes são um “título de propriedade
temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo Estado aos inventores
ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação”:
• As patentes têm a função de proteção a uma invenção, garantindo ao titular os direitos exclusivos de uso
da mesma por um período limitado de tempo;
• Com esse direito, o inventor ou detentor pode impedir que terceiros produzam, usem, coloquem à venda,
vendem ou importem produto objeto da patente;
• Uma contrapartida requerida do inventor é que revele todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela
patente;
• Toda invenção é patenteável, desde que seja nova, possua atividade inventiva e seja suscetível de
aplicação industrial (Art. 8º da LPI).
• Entende-se que sem uma devida proteção à propriedade intelectual, os incentivos à inovação
tecnológica seriam minados e os produtos legítimos poderiam perder espaço nos mercados
em função de falsificações e cópias sem maiores consequências:
• Assim, a existência de leis e de um sistema capaz de garantir seu cumprimento são importantes para a
competitividade de produtos em mercados estrangeiros.
• Com ele, o solicitante pode requerer o registro de sua marca para vários países e a partir de um
único processo e um único idioma:
• Outras vantagens do Protocolo de Madrid são: maior previsibilidade do tempo da resposta; data única de
prorrogação; concentração do pagamento em uma única moeda, evitando assim a aplicação de múltiplas
taxas de conversão; ausência de obrigatoriedade de constituição de um procurador para depósito nos países
desejados.
• Os pedidos podem ser submetidos diretamente pelo website: http://www.inpi.gov.br/menu-
servicos/marcas/protocolo-de-madri-vigencia-razoes-como-dar-entrada-no-pedido-e-preparo-do-inpi
• A lista dos países ou organizações que ratificaram o Protocolo de Madri pode ser acessada em
https://www.wipo.int/madrid/memberprofiles/#/
• Dentre os signatários, estão: Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, México, Colômbia, Canadá e União Europeia
(o que inclui Espanha, Portugal, Itália, Alemanha e França, por exemplo), dentre outros.
Registro internacional de marcas e patentes –
Convenção da União de Paris (CUP)
• Uma das formas de solicitar a concessão de patentes em outros países é via Convenção da União
de Paris (CUP), que conta com 173 países signatários, incluindo o Brasil.
• A CUP não tem como objetivo a uniformização das leis nacionais, exigindo apenas paridade, ou
seja, que o tratamento conferido a um pedido nacional seja estendido também ao estrangeiro:
• Ao prever a equiparação entre os nacionais dos países da União e os nacionais dos países não participantes
mas que possuem domicílio ou estabelecimentos industriais / comerciais efetivos e reais no território de um
dos países da União, a CUP se traduz em um mecanismo para proteção internacional da propriedade
industrial.
• Uma vez efetuado um depósito simples (pedido de concessão de patentes) em um dos países
membros, a CUP assegura um prazo de salvaguarda para efetuar um depósito similar nos demais
países membros:
• Esse prazo é de 12 meses e, uma vez expirado, perde-se o direito de se reivindicar a data do 1º depósito
como data de prioridade.
Registro internacional de marcas e patentes – Tratado
de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT)
• O Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT) é gerenciado pela WIPO
(Organização Mundial da Propriedade Intelectual – sigla em inglês) e conta com 152 países
signatários, dentre os quais o Brasil.
• O depósito internacional é feito diretamente no INPI e, após os trâmites e a fase inicial, inicia-se
uma etapa de constituição de procuradores nos diversos países de interesse, quando a empresa
solicitante deve providenciar traduções e pagar a taxa básica de depósito (bem como eventuais
demais taxas) cobrada por cada país.
Registro internacional de marcas e patentes –
cuidados
• No tocante à temática de registro internacional, alguns pontos de atenção que precisam ser
levados em consideração:
• No caso dos acordos internacionais, é necessário ficar atento pois estão sempre se atualizando,
gerando modificações;
• Para concessão de patentes, avaliar se o pedido em poucos países (Brasil e mais um, por exemplo) não
é mais fácil via depósitos independentes em cada país ao invés de seguir o trâmite via PCT;
• Em se tratando de marcas, cabe investigar se país permite o registro da marca sem ela nunca ter sido
usada, ou se é necessário comprovar seu uso prévio;
• Ainda na temática “marcas”, é importante verificar se o registro pode ser cancelado após determinado
período sem uso e, em caso afirmativo, qual o trâmite a ser realizado;
• Ter em mente que algumas regras podem variar de país a país e atentar-se para prazos de requisição da
proteção no exterior;
• No mercado de exportação, não divulgar prematuramente os produtos antes de protegê-los;
• Sempre averiguar a disponibilidade de entrada de uma marca ou patente em determinado território
como parte do planejamento à exportação.
Registro internacional de marcas e patentes –
links úteis
• Guia Básico de Patentes – INPI: http://www.inpi.gov.br/servicos/Portal/menu-servicos/patente
• Tmview: https://www.tmdn.org/tmview/welcome.html?lang=pt
• Pode ser usado para: 1) verificar a disponibilidade de uma ideia para o nome de uma marca em diversos
países; 2) descobrir os produtos protegidos por marcas registadas pelos concorrentes da empresa; dentre
outros.
Registro internacional de marcas e patentes –
informações adicionais
• Lei de Propriedade Industrial (LPI): http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9279.htm