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EMPREENDE

NA SUPERA
16ª EDIÇÃO 

GUIA DE
CURSO
SOBRE O CURSO
EMPREENDE
Em quinze edições, o Curso Empreende na SUPERA já capacitou mais
de 600 pessoas.

Com 25h de conteúdo e imersão, o curso apresenta as mais


modernas técnicas de empreendedorismo, utilizadas por diversas
startups em todo o mundo, como Business Model Canvas, Estratégia
do Oceano Azul Design Thinking e Pitch, além de palestras sobre
Competências ao Empreendedorismo e Propriedade Intelectual.
A dinâmica do Empreende se dá por meio de palestras e workshops,
nas quais os empreendedores aprendem na prática técnicas para
validar as suas ideias. O curso trará conteúdo teórico e prático
durante os encontros.

A 16ª Edição do Empreende traz uma novidade: o curso será em


formato HÍBRIDO, iniciando com três sessões em plataforma online
(nos dias 07, 08 e 09/02/2023), e finalizando com duas sessões
presenciais no SUPERA Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão
Preto (nos dias 10 e 11/02/2023).

Aceitar o desafio de empreender não é


fácil e exige planejamento. Esse curso irá
te mostrar as melhores práticas para evitar
alguns tropeços no meio do caminho e te
motivar a seguir em frente!
CRONOGRAMA
18h00 às 18h15: O que é o Supera Parque?
Terça (07/02) - 18h15 às 19h15: Dinâmica de Integração
Plataforma 19h15 às 19h30: Intervalo
Online* 19h30 às 21h30: Quais competências devo possuir para
empreender?

Quarta (08/02) 18h00 às 20h00: Ideação


- Plataforma 20h00 às 20h15: Intervalo
Online* 20h15 às 22h15: Value Proposition Canvas

17h30 às 19h45: Business Model Generation


Quinta (09/02)
19h45 às 20h00: Intervalo
- Plataforma
20h00 às 22h15: Business Model Generation
Online*

*Os links da plataforma online serão informados com antecedência aos inscritos, por e-mail.
CRONOGRAMA
17h00 às 17h30: Credenciamento (entrega de crachás e
material)
Sexta (10/02) -
17h30 às 19h45: Estratégias aplicadas a Modelo de
Presencial no
Negócios
SUPERA 19h45 às 20h00: Intervalo
Parque** 20h00 às 22h15: Estratégias aplicadas a Modelo de
Negócios

Sábado (11/02) - 08h30 às 10h30: Pitch


Presencial no 10h30 às 10h45: Intervalo
SUPERA 10h45 às 12h45: Pitch
12h45 às 13h00: Apresentação Processo Seletivo da
Parque**
SUPERA Incubadora e Encerramento

**Endereço do SUPERA Parque: Avenida Doutora Nadir Aguiar, 1805, Jardim Doutor Paulo
Gomes Romeo, Ribeirão Preto/SP. O local do curso será no espaço do SUPERALab, no 1˚
andar do Prédio 1 do SUPERA Parque.
COMO SERÁ?
A 16ª edição do Curso Empreende na SUPERA será realizado de modo Híbrido,
combinando três sessões online com duas sessões presenciais, conforme o
cronograma apresentado, com o intuito de aproximar os participantes e gerar
maior networking e melhores resultados nas oficinas do curso. Para isso, a
turma poderá ser dividida previamente em grupos. Os(as) membros de cada
grupo trabalharão conjuntamente desenvolvendo as atividades e praticando,
desde já, o networking essencial ao mundo dos negócios. Essas atividades
práticas ocorrerão durante as próprias sessões, não havendo necessidade do
grupo se reunir em momentos externos ao curso.

Para as palestras e reuniões dos grupos online, utilizaremos o Google Meet,


enquanto que para as atividades, será utilizada a plataforma Miro. Assim,
enviaremos por e-mail os convites com o link das chamadas, o qual deve
permanecer sob cuidado e sigilo de cada participante devidamente inscrito no
curso. O compartilhamento do link é expressamente proibido e pedimos esse
respeito com todos os inscritos no Empreende.

É essencial que todas as aulas online sejam assistidas ao vivo para que o
aproveitamento do curso se dê de forma adequada e efetiva. Contudo,
sabemos que imprevistos tecnológicos acontecem, por isso as palestras serão
gravadas e disponibilizadas a todos os inscritos o mais breve possível, com
permissão de acesso até o dia 10 de junho de 2023.

As sessões presenciais ocorrerão no espaço do SUPERALab, no prédio 1 do


SUPERA Parque. O coffee a ser servido nos intervalos, os materiais para
anotações e para a realização das atividades serão fornecidos pela equipe da
Incubadora, sem custo adicional. É facultativo o uso de notebooks durante as
sessões presenciais. As sessões presenciais não serão transmitidas via online
nem gravadas.

Ao fim, o Empreende oferecerá o certificado de capacitação empreendedora a


todos que tiverem presença e participação mínima de 60% nas sessões online
do Curso, o que corresponde a 08 horas, e igual a 100% nas sessões
presenciais. Esse certificado também é pré-requisito para o Processo Seletivo
da Incubadora.
O SUPERA PARQUE
O SUPERA Parque é um ambiente de inovação que promove conhecimento em
diversos tipos de atividades. Responsável por atrair e reter empresas tecnológicas,
o Parque surgiu do convênio entre a USP, a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto
e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do
Estado de São Paulo.

Com uma área de aproximadamente 378 mil m², sendo cerca de 150 mil m²
destinados à instalação de empresas, o SUPERA Parque está dividido em três fases
de implantação.

I.     Fase - Em Atividade

A incubadora de Empresas e o Centro de


Negócios possuem 80 empresas instala-
das, além dos serviços prestados pelo
Centro de Tecnologia. Área construída:
9200m² distribuídos em 2 prédios de três
andares.

II.  Fase - Em Desenvolvimento

Urbanização de toda a infraestrutura dos 150


mil m², onde estão localizados 126 lotes de  500m² a
4.000m², destinados  a empresas consolidadas que desejam
instalar sua Planta Produtiva ou seu Centro de P&D no Parque, valendo-se dos
benefícios fiscais que ele oferece.
ÁREAS DO PARQUE
Incubadora de Negócios: oferece apoio para a criação de novos negócios,
disponibilizando infraestrutura básica para o empreendimento, assessoria, capacitação
e networking para startups. Além disso, promove a integração delas com empresas
brasileiras consolidadas e empresas internacionais.

Centro de Tecnologia: possui objetivo de atuar na prestação de serviços tecnológicos


que envolvam melhoria e desenvolvimento de novos produtos, ensaios para avaliação
de conformidades em equipamentos, certificação de produtos de acordo com as normas
acreditadas pelo INMETRO.

APL'S: Arranjos Produtivos Locais, também conhecidos como Cluster, referem-se a uma
concentração geográfica de empresas que atuam no mesmo setor, tendo que haver
colaboração entre elas e a governança. Em Ribeirão Preto existem três APL’s: da Saúde,
de Software (PISO) e o de Cervejas. Os dois primeiros com sede no SUPERA Parque.

Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT): atua como consultor técnico em projetos de P&D
nas áreas de propriedade intelectual, desenvolvimento tecnológico e transferência de
tecnologia. Isso inclui prospecção tecnológica, elaboração de projetos, captação de
recursos, pedidos de proteção e comercialização de tecnologia.
 
Supera Educa: com   o   objetivo   de   fomentar   iniciativas   de ensino e aprendizagem
em empreendedorismo, o SUPERA Parque desenvolve projetos de educação promovendo
aulas, cursos e redes de aprendizagem, além de oferecer conteúdo de
empreendedorismo, competências empreendedoras e inovação.
 
International Office: através do escritório internacional, o Parque oferece um pacote de
serviços para que os negócios tenham mais chances no mercado, além de
internacionalizar as empresa. Tudo isso com o objetivo de explorar as barreiras
nacionais.
COMO SE TORNAR
INCUBADO(A)?
Para ser incubado(a), o(a) proponente precisa passar por um processo seletivo. Este possui,
no total, 6 etapas, sendo elas:
1) Capacitação em Empreendedorismo: o SUPERA Parque oferece o curso Empreende,
que oferece a certificação necessária ao processo seletivo;
2) Inscrição do Projeto: os pré-requisitos são que a empresa tenha Base Tecnológica;
possua alinhamento com os objetivos da incubadora; e tenha caráter inovador;
3) Entrevistas e Análise Curricular: serão realizadas duas entrevistas - comportamental
(individual e com objetivo de avaliar competências comportamentais); e de negócios
(com a equipe de sócios(as) para avaliar a estruturação e alinhamento da proposta e
equipe). A Análise Curricular levará em conta, principalmente, a capacidade técnica da
equipe e sua complementariedade.
4) Proposta de Incubação: atualização das informações do projeto, as quais serão
avaliadas pelo Conselho Consultivo da SUPERA Incubadora.
5) Banca Final: apresentação de pitch do projeto para uma banca de convidados do
SUPERA Parque, a qual irá avaliar diversos aspectos do Modelo de Negócios.
6) Avaliação Final e Contratação: as propostas finalistas serão avaliadas pelo Conselho
Consultivo da SUPERA Incubadora, que será responsável pela aprovação ou não dos
projetos para o programa de incubação.

MODALIDADES DE INCUBAÇÃO

Pré-incubação (Open Space): obrigatória para todos os aprovados no processo seletivo,


apoiará os empreendedores na estruturação do Modelo de Negócios, captação de recursos,
viabilização de operações, formalização do empreendimento, realização de testes e da
finalização do protótipo do produto. Período de permanência: até 36 meses.

Residência: para empresas que precisam aprimorar seu conhecimento da tecnologia,


dominar o processo de produção, e ter o modelo de negócios bem definido. Período de
permanência: 36 meses (prorrogável por mais 12 meses).

Incubação Virtual: para empresas já constituídas que atuam em negócios de base


tecnológica. Não precisam de espaço físico na incubadora, mas estão interessadas no apoio
e serviços prestados pelo parque Período de permanência: 36 meses (prorrogável por mais
12 meses).
EMPREENDEDORISMO
O QUE É ISSO?
Empreendedorismo é definido como um fenômeno associado à criação de um
negócio, com o propósito de explorar uma oportunidade, envolvendo algum
grau de risco e de retorno. Acredita-se que quanto maior o grau de ineditismo
dos produtos ou serviços, maior é a aceitação dos mesmos pelo mercado e
pelos clientes. Portanto, maiores as chances de expansão e sucesso do
empreendimento (Sebrae, 2018).

A fórmula parece fácil, porém não é. Segundo o Sebrae (2016), cerca de 45% das
microempresas morrem em até 2 anos de existência. Entre os principais
motivos para este alto índice de mortalidade, está a falta de capacitação
gerencial dos(as) empreendedores(as), ocasionando na ausência de
planejamento e gestão do negócio.

5 lições para começar a empreender


Sucesso não é só feito de ideias: enquanto você está tendo uma ideia, muitas
outras pessoas também estão, ter só uma ideia boa não vai te levar ao sucesso
ou ao fracasso. É preciso considerar se o que foi pensado remete a uma real
necessidade do(a) cliente e se ele(a) estará disposto a pagar pela sua ideia.
 
Aprenda com a Jornada do Herói: um herói lendário normalmente é um
fundador de alguma coisa - Uma nova era, uma nova cidade, um novo estilo de
vida. Para fazer algo novo é preciso abandonar o que é antigo, buscar a ideia
ainda latente e fazê-la germinar trazendo à luz o que é inédito. - Joseph
Campbell

O que podemos aprender com a Jornada do Herói?


Empreender exige uma jornada nebulosa. Em cada jornada pode existir um
tipo de obstáculo. Porém, todos que querem empreender passam pela Jornada,
assim existem fases, atividades, ferramentas e processos que são iguais para
todos.
Siga um Mapa: o caminho do sucesso não é uma questão de sorte, ele é
conhecido e pode ser aplicado. Daí a importância de achar o mapa. Muitas
Startups adotam metodologias tradicionais. Entretanto, em startups e grandes
empresas, mais de nove produtos entre dez fracassam (Blank & Dorf, 2014).
 
Isso indica a necessidade de buscar um novo mapa, um modelo não
tradicional. A boa notícia é ele existe e foi proposto por Steve Blank (2005).
Nele os empreendedores precisam reconhecer suas startups como sendo uma
série de hipóteses não testadas que precisam ser submetidas à prova de
seus(uas) clientes.
 
Vá para a rua: a melhor maneira de buscar o modelo de negócios é os(as)
fundadores(as) do empreendimento saírem para as ruas com o intuito de
conseguir um conhecimento profundo sobre as necessidades dos(as) clientes
em potencial, antes de definir um determinado caminho e estabelecer as
especificações do produto.
 
Empreender também é aprender: é de grande importância  reconhecer que
para empreender é necessário estar sempre se capacitando e buscando novos
conhecimentos e apoio. Assim, vale ressaltar que para ter um maior
conhecimento e para colocar em prática o desenvolvimento de Clientes,
existem diferentes teorias e ferramentas que podem ser utilizadas como
apoio, algumas delas são: Startup Enxuta, Business Model Canvas, Design
Thinking etc.

Esperamos que você, futuro empreendedor, adquira os conhecimentos


necessários para conseguir o sucesso da sua startup.
GLOSSÁRIO
Aceleradora: instituições de capital privado que financiam empresas e startups
com alto potencial de desempenho.
Aporte: investimento financeiro investido no empreendimento.
Benchmarking: Método de comparação de serviços, produtos e práticas que
buscam superar a concorrência e aprimorar as funções e processos de uma
empresa.
Brainstorm: Reunião ou conversa feita para trocar e debater ideias.
Break-even: É quando a empresa consegue se sustentar sozinha.
Budget: Orçamento empresarial.
Business Model Canvas: Método de captura e listagem de ideias sobre os
passos que devem ser dados e os desafios que devem ser enfrentados para se
alcançar o objetivo do empreendedor. Aplicado na etapa de criação da
empresa.
Business plan: Plano de negócios.
B2B (Business to business): Comércio feito entre empresas sem a participação
do consumidor final.
B2C (Business to customer): Comércio realizado diretamente entre a empresa e
o consumidor final.
Briefing: Dados e informações que vão dar suporte e criar um roteiro de ação
para determinado trabalho ou atividade.
CEO (Chief executive officer): Cargo mais alto da empresa. Pode ser chamado
também de presidente, diretor geral, entre outros. Quando existem os dois, o
presidente exerce um cargo mais alto.
CFO (Chief financial officer): Diretor de finanças.
Core Business: É o ponto forte ou principal negócio da empresa.
Coworking: Modelo de trabalho que estabelece o compartilhamento de um
espaço por diversas empresas.
CRM (Customer relationship management): Gestão de Relacionamento com o
Cliente. Conjunto de ferramentas que visam criar e manter um bom
relacionamento com o consumidor.
Customer Development: conceito que exige o teste no mercado do
produto/serviço a fim de melhorar sua aceitação.
Deadline: Prazo máximo para a entrega de determinada atividade ou trabalho.
Escalabilidade: capacidade de replicar um produto/ serviço de maneira rápida e
efetiva para atender um grande público.
Gap: Espaço que ainda precisa ser preenchido ou desenvolvido.
Headhunter: Pessoa ou empresa especializada em encontrar profissionais
talentosos.
GLOSSÁRIO
Incubadora: instituições privadas ou governamentais que auxiliam micro e
pequenas empresas com networking, mentorias, capacitações.
Joint venture: Associação de empresas que tem como objetivo explorar
atividades econômicas em comum.
Know-how: Saber como fazer alguma coisa. Ou seja, conhecimento adquirido
através da experiência em determinado tema ou área.
Lean startup: Método de desenvolvimento de produtos e mercados com
agilidade, velocidade e interação com os clientes.
Meetup: Encontro informal de empreendedores ou executivos que procuram
realizar networking e discutir assuntos de negócios de uma maneira
descontraída.
Mentoring: O mentor é como um mestre que ajuda no desenvolvimento
profissional de outra pessoa. O mentoring inclui, por exemplo, conversas,
conselhos e debates.
MVP (Minimum Viable Product): “produto mínimo viável”, ou seja, uma versão
teste do produto/serviço para entender a aceitação do consumidor, eficiência e
utilidade.
Networking: Estabelecer uma rede de contatos que pode ser útil
profissionalmente.
Pitch: Discurso breve e objetivo sobre a natureza de um produto ou serviço
feito pelo empreendedor, geralmente para convencer investidores sobre o
potencial do seu negócio.
Player: Empresa que exerce alguma função em algum mercado.
Product Market Fit (PMF): adequação do produto ao mercado. É o resultado da
análise sobre o que é o seu produto e quem está disposto a pagar por ele.
SAM (Serviceable Available Market): mercado potencial que a empresa pode
atingir.
SOM (Serviceable Obtainable Market): parte do mercado que a empresa, de
fato, atende.
Shareholder: Acionista da empresa.
Seed Capital: aquele capital que se capta quando o negócio está em sua fase
inicial.
Stakeholders: Pessoas impactadas por um negócio: sócios, clientes, acionistas,
funcionários, entre outros.
TAM (Total Available Market): demanda total do mercado por determinado
produto.
Target: Objetivo a ser atingido.
Venture Capital: capital de risco, aquele investimento na fase inicial do
empreendimento.
COMPETÊNCIAS E
EMPREENDEDORISMO

ALEX SOUZA BERTOLDI

Mestre em Ciências e graduado em


Psicologia pela Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP.

Atua como consultor em projetos de


desenvolvimento organizacional
coordenando e executando projetos nas
áreas de Gestão de Pessoas,
Desenvolvimento de Lideranças e
Indicadores para avaliação de potencial e
resultados, Definição de Estrutura
Organizacional, Mapeamento e Melhorias
de Processos.
 
As competências são definidas, como o conjunto de conhecimentos,
habilidades e atitudes (CHA’s) aplicados no contexto de trabalho. A mobilização
de algumas competências específicas favorece a atividade de
empreendedorismo, contribuindo com o sucesso individual e organizacional.
Esse conjunto de CHA´s mobilizados, é o que torna possível que a pessoa
aplique sua visão e estratégia, agindo na criação de um valor para a sociedade.

Alguns autores, como Snell e Lau (1994), propõem que as competências


empreendedoras estão relacionadas ao plano de vida e aos valores do(a)
empreendedor(a). Envolvendo, então motivações, visões e características
pessoais.

Por outro lado, também há aqueles autores, como Bird (1995), que defendem a
separação entre as competências empreendedoras e as características
pessoais empreendedoras (traços de personalidade, motivações, etc). Nesse
caso, as competências empreendedoras referem-se aos comportamentos
observáveis ligados ao desempenho.

As principais atividades no contexto empreendedor são definição e atuação em


ambiente competitivo no qual a organização está situada, gerenciamento de
recursos internos e externos, estabelecimento de metas e tomada de decisões
de acordo com recursos, valores e capacidades disponíveis no ambiente
competitivo.

Em estudo realizado em na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão


Preto - USP, em parceria com a incubadora do Supera Parque de Inovação e
Tecnologia de Ribeirão Preto, foram mapeadas competências- chave para a
realização das principais atividades envolvidas no empreendedorismo.

Competências-chaves

Planejamento em curto prazo: implementar estratégias que viabilizem a


empresa através da formulação e validação de um modelo de negócios,
determinando objetivos e meios para alcançá-los, definindo antecipadamente
recursos, prioridades e ações.

Liderança: traduzir a missão, visão e valores da empresa em práticas de gestão


de pessoas de forma a selecionar, capacitar, avaliar e reconhecer os membros
de sua equipe para o alcance dos resultados organizacionais.
Gestão Administrativa: monitorar processos assegurando a gestão financeira, o
cumprimento dos objetivos organizacionais, o foco na qualidade dos processos,
a eficácia na utilização de recursos e capacidades.

Relacionamento: estabelecer redes de relacionamento com stakeholders para


promover oportunidades e obter recursos e capacidades para o negócio,
fortalecendo a imagem de credibilidade e confiança da empresa na rede.

Visão Empreendedora: identificar as oportunidades de negócio avaliando


espaços de mercado não atendidos, tendências e mudanças de mercado e da
concorrência, de forma a promover estrategicamente o potencial de sucesso e
adaptabilidade da empresa.

Planejamento de Longo Prazo: planejar ações futuras, flexibilizando o modelo


de negócios e os processos da empresa através do estabelecimento e análise de
indicadores de controle do desempenho da empresa, dos cronogramas de
desenvolvimento, das tendências e mudanças de empresas concorrentes, do
mercado e do ambiente.

Aprendizagem empreendedora: buscar continuamente os conhecimentos


pertinentes, adquirir e aplicar novos conhecimentos ao longo da experiência de
gestão, de forma a capacitar-se para gerir o negócio.

Maturidade: autorregular as próprias emoções ao lidar com atividades do dia-a-


dia, com trabalho sob pressão e com situações de conflitos, compartilhando
valores e ética pessoais com a empresa de forma a manter-se motivado.

Comprometimento: manter a dedicação ao negócio, principalmente frente a


resultados desanimadores, participando de tudo o que acontece na
organização, investindo tempo e trabalho próprios para produzir soluções para
o negócio.

Inovação: criar melhorias para os produtos, serviços e/ou modelo de negócios


da empresa a partir da análise dos ambientes externo e interno, inovando na
configuração do negócio, na oferta do produto ou serviço e na experiência do
cliente.

Fonte: Silva, F. H. M. (2019). Análise de processos de aprendizagem individual e organizacional em empresas incubadas
de base tecnológica. Tese de Mestrado, Departamento de Psicologia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Ribeirão Preto, Universidade de São paulo.
IDEAÇÃO E VALUE
PROPOSITION CANVAS

RODRIGO CALDEIRA RAMOS

Administrador de Empresas com diversos


cursos de empreendedorismo e inovação
no Brasil e no Exterior. Já viveu o lado
corporativo em grandes empresas e há
mais de 10 anos mudou para o lado do
empreendedorismo.

É empreendedor e mentor de startups


nas “horas vagas”. Já teve franquias, mas
sua paixão é desenvolver empresas de
base tecnológica.
Design Thinking é uma abordagem que busca solucionar problemas. O
processo se inicia com o mapeamento e análise do problema. Posteriormente é
feita uma idealização de soluções. E por fim, uma prototipagem e validação
destas soluções para que o problema seja resolvido. Podendo depois da última
fase, ser reiniciado processo novamente.

As etapas do processo:

1. Imersão
A Imersão é a primeira fase do processo de Design Thinking, onde você e sua
equipe se aproximará do contexto do proble- ma. Podendo ser dividida em
duas etapas:
1.1 Preliminar
A fase de imersão preliminar tem como finalidade definir qual será o alvo
do seu projeto, quais serão os perfis de usuários e outros stakeholder.
Fazem parte desta etapa, o Reenquadramento, a Pesquisa Exploratória e a
Pesquisa Desk.
1.2 Profundidade
Já a imersão em profundidade consiste em um mergulho na vida dos
stakeholders e do tema que irá trabalhar. Normalmente, foca-se nas
pessoas com o objetivo de obter as seguintes informações: O que as pessoas
falam? Como agem? O que pensam? Como se sentem? Fazem parte desta
etapa, as entrevistas, caderno de sensibilização, sessões generativas e um
dia na vida.
1.3 Análise e Síntese
Após realizar as duas etapas de Imersão, deverá ser feita uma análise e síntese
das informações que foram obtidas. Essa etapa tem como objetivo organizar de
forma que se obtenha padrões e que se crie desafios que ajude na
compreensão do problema. Fazem parte desta etapa, cartões de insights,
diagrama de afinidades, mapa conceitual, critérios norteadores, personas,
mapa de empatia, jornada do usuário e blueprint. Realizado as três etapas da
fase de Imersão, chegou a hora de passar para a próxima fase.

2. Ideação
A segunda fase do processo de Design Thinking é a Ideação, que tem como
propósito gerar ideias inovadoras para o tema abordado no projeto e, para
isso, utilizam-se as ferramentas que foram criadas na fase de análise e síntese
da fase de Imersão, para estimular criatividade e criar soluções para o
problema. Fazem parte dessa fase as seguintes ferramentas, brainstorming,
workshop de cocriação, cardápio de ideias e matriz de posicionamento.

3. Prototipação
A terceira e última fase do processo é a Prototipação,
que tem como finalidade auxiliar a validação das
ideias propostas na fase de Ideação. Por mais
que essa fase esteja como a última do Design
Thinking, ela pode ocorrer ao longo do proje-
to em paralelo com a Imersão e a Ideação. O
protótipo é o momento em que o abstrato, a
ideia, se torna algo físico, que representa a
realidade, para propiciar validações. Fazem
parte desta etapa, protótipo em papel, modelo
de volume, encenação, storyboard e protótipo
de serviços.

Fonte: VIANNA, Maurício; VIANNA, Ysmar; ADLER, Isabel K.; LUCENA, Brenda;
RUSSO, Beatriz. Design Thinking: Inovação em Negócios. Rio de Janeiro: MVJ Press,
2012. Rio de Janeiro: MVJ Press, 2012
BUSINESS MODEL
GENERATION E ESTRATÉGIAS

WAGNER CARVALHO

Analista de Sistemas formado pela


Universidade Paulista, pós-graduado em
Gestão de Projetos pela Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo, pós-
graduado em Sistemas de Informação
Empresarial pela Universidade Paulista.
 
Possui experiência em posições executivas
e também, atua como professor, mentor no
Supera Parque e realiza projetos de
consultoria nas áreas de estratégia,
modelagem de negócios e inovação.
BUSINESS MODEL GENERATION

Business Model Generation é uma ferramenta de gerenciamento estratégico


criada por Alexander Osterwalder, utilizada para esboçar modelos de negócios
novos e já existentes. Como pode ser visto na figura a seguir, possui design
voltado para uma visualização sistêmica, integrada e rápida do negócio.

Segmentos de Clientes: aqui você deverá preencher os seus principais públicos


alvos. Para quem estamos criando valor? Quem são nossos consumidores mais
importantes?

Proposta de Valor: a proposta de valor é a motivação pela qual os clientes


escolhem a empresa. Neste campo você abordará como irá satisfazer uma
necessidade do consumidor, ou seja, o pacote de produtos e serviços que criam
VALOR para o seu Segmento de Clientes. Que valor entregamos ao cliente?
Qual problema estamos ajudando a resolver? Que necessidades estamos
satisfazendo? Que conjunto de produtos e serviços estamos oferecendo para
cada Segmento de Clientes?

Canais: a partir do componente Canais você poderá descrever como sua


empresa irá se comunicar e alcançar seu Segmento de Clientes para entregar a
sua Proposta de Valor. Através de quais Canais nossos Segmentos de Clientes
querem ser contatados? Como os alcançamos agora? Como nossos Canais se
integram? Qual funciona melhor? Quais apresentam melhor custo-benefício?
Como estão integrados à rotina dos clientes?
Relacionamento com Clientes: neste item você irá descrever quais os tipos de
relação que sua empresa estabelecerá com cada Segmentos de Clientes. Que
tipo de relacionamento cada um dos nossos Segmentos de Clientes espera que
estabeleçamos com eles? Quais já estabelecemos? Qual o custo de cada um?
Como se integram ao restante do nosso Modelo de Negócios?

Fontes de Receita: representa a forma que a sua empresa vai gerar dinheiro a
partir de cada Segmento de Clientes que você tiver. Quais valores nossos
clientes estão realmente dispostos a pagar? Pelo que eles pagam atualmente?
Como pagam? Como prefeririam pagar? O quanto cada Fonte de Receita
contribui para o total da receita?

Recursos Principais: aqui você deverá colocar quais são os recursos mais
importantes para que seu Modelo de Negócios funcione. Que Recursos
Principais nossa Proposta de Valor requer? Nossos Canais de Distribuição?
Relacionamento com o Clientes? Fontes de Receita?

Atividades-Chave: são as ações de mais importância que sua empresa tem para
fazer o seu Modelo de Negócios funcionar. A partir delas a sua empresa
consegue criar e oferecer a sua Proposta de Valor. Que atividades-chave nossa
proposta de valor requer? Nossos canais de distribuições? Relacionamento com
os clientes? Fontes de receita?

Parceiros Principais: no componente Parcerias Principais você irá descrever a


sua rede de fornecedores e parceiros que coloca seu Modelo de Negócios para
funcionar. Quem são nossos principais? Quem são nossos fornecedores
principais? Que recursos principais estamos adquirindo dos parceiros? Que
Atividades-Chave os parceiros executam?

Estrutura de Custos: na área de Estrutura de Custo estarão todos os custos


envolvidos na operação do seu Modelo de Negócios. Aqui estarão os custos
mais importantes do seu negócio. Quais são os custos mais importantes em
nosso Modelo de Negócios? Que recursos principais são mais caros? Quais
atividades-chave são mais caras?

Fonte: OSTERWALDER, Alexander; PIGNEUR, Yves. Business Model Generation Inovação em Modelos de Negócios. Rio de
Janeiro: Alta Books, 2011.
ESTRATÉGIAS APLICADAS AO MODELO DE NEGÓCIO

A estratégia do Oceano Azul tem por finalidade propor uma abordagem


inovadora de crescimento de um negócio para se tornar cada vez mais
lucrativos, com o objetivo de se explorar novos mercados, ao invés de disputar
com concorrentes os já saturados.

A estratégia surgiu a partir de um estudo realizado por W. Cham Kim e Renée


Mauborgne, ambos professores do Institu- to Europeu de Administração de
Negócios (INSEAD), que deu origem ao livro “A Estratégia do Oceano Azul”. Os
autores argumentam que, no futuro, as empresas que querem dominar
mercados, não alcançarão o sucesso combatendo os concorrentes, mas sim,
desbravando “oceanos azuis” de espaços de mercado inexplorados, ou seja,
encontrar novos mercados que tenha grande potencial de crescimento, mas
que ainda não foram explorados por outras empresas. Assim como existe os
“oceanos azuis”, também há os “oceanos vermelhos”, que leva esse nome pelo
sangue derramado nas batalhas entres os concorrentes, ou seja, são aqueles
merca- dos que estão extremamente saturados, cheio de concorrência e
soluções.

Agora vamos falar mais sobre as estratégias de se conquistar oceanos azuis.


Antes de mais nada, você tem que conhecer muito bem como funciona o
oceano vermelho, ou seja, o mercado onde seu negócio atuará, pois assim você
conseguirá entender seus concorrentes e consumidores. Por outro lado, é
muito importante também que conheça seus não-consumidores, pois novas
oportunidades de oceanos azuis pode surgir. Outro ponto importante é saber
que os oceanos azuis não são somente aqueles que surgem de inovações
tecnológicas, mas também de inovações de valor, pois agregam grandes saltos
em valor, tanto para a empresa quanto para os consumidores.

DICAS
Não se prenda no desenvolvimento de estratégias de criação de mercado que
sejam voltadas para clientes já existentes.
Não confunda estratégias de criação de novos negócios com estratégias de
nicho.
Tome cuidado para não achar que uma estratégia de criação de novos
mercados está, necessariamente, relacionada à inovação tecnológica.
Criação de um novo mercado não é a mesma coisa que destruição criadora.
A Matriz SWOT, por sua vez, é uma ferramenta de análise estratégica que
funciona como um diagnóstico da sua empresa ou projeto, apresentando
vantagens e desvantagens dos ambientes interno e externo. No Brasil, pode
também ser conhecida por Matriz FOFA, já que mede as forças (stregths),
fraquezas (weakenesses), oportunidades (opportunities) e ameaças (threats). É
uma ferramenta que visa a auxiliar em sua tomada de decisão, uma vez que
analisa a situação do negócio no cenário econômico. Vale ressaltar que as
forças e fraquezas são determinadas pela análise do ambiente interno (que se
tem controle) e as oportunidades e ameaças, pela análise do ambiente externo
(que não se tem controle).

PASSO A PASSO PARA CONSTRUÇÃO DE UMA MATRIZ SWOT


1) Definir quais são as fraquezas do negócio.
Os funcionários possuem as competências que o cargo exige? Quais as
deficiências que os produtos, serviços e, mesmo, funcionários possuem? Por
quê os clientes não compram o produto? Ou por quê não voltam a comprar?

2) Definir quais são os pontos fortes do negócio.


O que se faz de melhor na empresa? De quais recursos o negócio dispõe? O que
diferencia o seu negócio dos concorrentes? O que faz seus clientes retornarem
ao seu serviço?

3) Analisar as oportunidades do ambiente externo (aquele de que não se


consegue controlar).
Quais são as tendências do mercado? Quais as chances de conquistar novos
clientes? O que pode gerar mais receita e valor ao negócio?

4) Analisar as ameaças do ambiente externo.


Há grande entrada de novas empresas no mesmo nicho que o do negócio? Há
queda no padrão de consumo? Os investimentos em tecnologia dos
concorrentes estão altos? O que pode afetar negativamente a receita ou valor
do negócio?

5) Correlacionar fatores.
Quais forças podem potencializar oportunidades? Quais forças podem
combater ameças? Quais fraquezas podem prejudicar oportunidades? Quais
fraquezas podem potencializar ameaças?

Fonte: https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/oceano-azul/https://endeavor.org.br/estrategia-e-gestao/entenda-
matriz-swot
COMO FAZER
UM PITCH?

CRIS MIURA

CEO & Founder da Pontue, especialista em


Linguística e em Tecnologias Educacionais e
vencedora do programa de aceleração do
Founder Institute.
Pitch é uma breve apresentação, com o intuito de despertar interesse na outra
parte. O mais importante do pitch é conhecer o seu público, e assim poder
modelar a apresentação para aquele nicho específico, como a linguagem a ser
utilizada, imagens e conteúdo.

Os modelos de pitch mais usados

Elevetor: como o nome sugere, é como uma conversa de elevador, portanto não
terá muito tempo para se apresentar, geralmente é no máximo 1 minuto. Nele
deverá apresentar o negócio, oferta e seu contato.

Corredor/Café: o tempo é de 2 a 5 minutos no máximo. Nele deve-se apresentar


o negócio, a pessoa envolvida, a oferta, a proposta de valor e o contato.

Apresentação do Negócio: esse leva de 5 a 10 minutos e deve conter


apresentação do negócio, proposta de valor, produto, mercado,
diferencial/concorrentes, estágio atual e equipe/contato.

Sumário Executivo: é o mais extenso com até 20 min de duração, nele deverá
ser apresentado o plano de negócios mais detalhadamente.

Estrutura de um Pitch

Abertura: se apresente e apresente a sua empresa.


Identificação da Oportunidade: fale sobre o problema, sobre a dor que este
problema causa.
Apresente a sua solução: o que fazer para resolver o problema, de maneira
clara.
Diferenciais: apresente a proposta de valor, quais as dores que ela resolve e os
ganhos que ela gera.
Mercado: mostre o tamanho e as características do seu mercado.
Trajetória e projeções: fale como foi para chegar até esse ponto, e o que a
empresa vislumbra para o futuro.
Equipe: fale sobre a equipe, o que fazem e qual a formação.
NOSSAS
PARCERIAS

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