Você está na página 1de 357

Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 16932
Primeira edição
30.11.2020

Redes e sistemas de comunicação para


automação de sistemas de potência —
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Orientações sobre engenharia de rede


Communication networks and systems for power utility automation —
Network engineering guidelines

ICS 33.200 ISBN 978-65-5659-638-9

Número de referência
ABNT NBR 16932:2020
337 páginas

© ABNT 2020
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

© ABNT 2020
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT.

ABNT
Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br

ii © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Sumário Página

Prefácio xviii
Introdução...........................................................................................................................................xx
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................2
3 Termos, definições, abreviaturas e convenções..............................................................4
3.2 Abreviaturas........................................................................................................................9
3.3 Convenções.......................................................................................................................12
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

4 Visão geral de redes de acordo com a IEC 61850..........................................................14


4.1 Alocação lógica de funções e interfaces........................................................................14
4.2 Camadas de protocolos IEC 61850..................................................................................16
4.2.1 Generalidades....................................................................................................................16
4.2.2 Classes de tráfegos na IEC 61850...................................................................................17
4.2.3 Protocolo MMS..................................................................................................................18
4.2.4 Protocolo GOOSE.............................................................................................................19
4.2.5 Protocolo SV......................................................................................................................20
4.3 Barramento de estação e barramento de processo.......................................................21
5 Lista de verificação de projeto da rede...........................................................................23
5.1 Princípios de projeto.........................................................................................................23
5.2 Fluxo de engenharia de projeto.......................................................................................23
5.3 Lista de verificação a ser observada...............................................................................24
5.3.1 Resumo..............................................................................................................................24
5.3.2 Questões ambientais........................................................................................................25
5.3.3 Imunidade à interferência eletromagnética (EMI)..........................................................25
5.3.4 Fatores de forma...............................................................................................................25
5.3.5 Meio físico..........................................................................................................................26
5.3.6 Aplicação da subestação e topologia de rede...............................................................26
5.3.7 Redundância......................................................................................................................26
5.3.8 Confiabilidade, disponibilidade e manutenabilidade.....................................................26
5.3.9 Fluxos lógicos de dados e padrões de tráfego..............................................................27
5.3.10 Latências (atrasos) para os diferentes tipos de tráfego................................................27
5.3.11 Desempenho......................................................................................................................27
5.3.12 Gerenciamento das redes................................................................................................27
5.3.13 Supervisão da rede...........................................................................................................27
5.3.14 Sincronismo de tempo e precisão...................................................................................27
5.3.15 Conectividade remota.......................................................................................................27
5.3.16 Segurança cibernética......................................................................................................28
5.3.17 Escalabilidade, capacidade de atualização e preparação para o futuro......................28
5.3.18 Testes.................................................................................................................................28
5.3.19 Custos................................................................................................................................29
6 Tecnologia Ethernet para subestações...........................................................................29
6.1 Subconjunto Ethernet para automação de subestações..............................................29

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados iii


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

6.2 Topologia...........................................................................................................................29
6.3 Camada física....................................................................................................................31
6.3.1 Meio físico e taxa de dados..............................................................................................31
6.3.2 Comunicação full-duplex e autonegociação..................................................................31
6.3.3 Cabeamento de cobre a 100 Mbit/s.................................................................................32
6.3.4 Cabeamento em fibra óptica a 100 Mbit/s (100BASE-FX)..............................................33
6.3.5 Cabeamento óptico a 1 Gbit/s (1000BASE-LX)...............................................................35
6.3.6 Cabeamento de cobre a 1 Gbit/s......................................................................................35
6.4 Camada de link..................................................................................................................35
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

6.4.1 Endereços MAC unicast e multicast...............................................................................35


6.4.2 Camada de enlace e switches..........................................................................................36
6.4.3 Nós de ligação...................................................................................................................36
6.4.4 Prevenção de loops e RSTP.............................................................................................36
6.4.5 Controle de tráfego em switches.....................................................................................38
6.4.6 Filtragem unicast por endereço MAC..............................................................................38
6.4.7 Filtragem por meio de endereçamento MAC de multicast............................................39
6.4.8 Controle de tráfego por meio de LAN virtuais (VLAN)..................................................40
6.4.9 Comparação entre VLAN e filtragem multicast..............................................................45
6.4.10 Protocolos redundantes de camada 2............................................................................46
6.5 Camadas de rede...............................................................................................................50
6.5.1 Protocolo de Internet........................................................................................................50
6.5.2 IP público e endereços privados.....................................................................................51
6.5.3 Máscaras de sub-rede.......................................................................................................51
6.5.4 Tradução de endereços de rede......................................................................................52
7 Topologias de redes e subestações................................................................................53
7.1 Regras gerais.....................................................................................................................53
7.2 Topologias de referência e redundância de redes.........................................................54
7.3 Topologias de referência..................................................................................................59
7.3.1 Topologias para o barramento de estação.....................................................................59
7.3.2 Barramento de processo e conexão de equipamentos primários...............................76
7.3.3 Conexão entre barramento de estação e barramento de processo.............................92
8 Endereçamento na subestação.......................................................................................99
8.1 Planejamento de endereços IP de rede para subestação.............................................99
8.1.1 Estrutura geral...................................................................................................................99
8.1.2 Alocação de endereços IP do campo “NET”................................................................100
8.1.3 Alocação de endereços IP (Bay)....................................................................................101
8.1.4 Alocação de endereços IP de dispositivos...................................................................101
8.1.5 Alocação de endereços IP para dispositivos com protocolo PRP.............................102
8.2 Roteadores e tráfego GOOSE/SV..................................................................................103
8.3 Comunicação fora da subestação.................................................................................103
9 Parâmetros de aplicação................................................................................................103
9.1 Parâmetros MMS.............................................................................................................103
9.2 Parâmetros GOOSE........................................................................................................104

iv © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

9.3 Parâmetros SV.................................................................................................................104


10 Desempenho....................................................................................................................105
10.1 Desempenho do barramento de estação......................................................................105
10.1.1 Fluxo lógico de dados e padrões de tráfego................................................................105
10.1.2 Estimativa do tráfego de mensagens GOOSE..............................................................107
10.1.3 Estimativa do tráfego de mensagens MMS..................................................................107
10.1.4 Medições no barramento de estação............................................................................108
10.2 Desempenho do barramento de processo................................................................... 110
11 Tempo de resposta.......................................................................................................... 111
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

11.1 Requisitos de aplicação................................................................................................. 111


11.2 Requisitos de tempo de resposta máximo (latência) para diferentes tipos de
tráfego.............................................................................................................................. 112
11.2.1 Requisitos de tempo de resposta máximo na IEC 61850-5......................................... 112
11.2.2 Tempo de resposta de caminhos físicos...................................................................... 112
11.2.3 Tempo de resposta de switches (latências)................................................................. 112
11.2.4 Contagem do tempo de resposta (latência) e da quantidade de nós......................... 113
11.2.5 Tempos de resposta (latência) permitidos na rede de comunicação........................ 114
11.2.6 Exemplos de atrasos de tráfego.................................................................................... 114
11.2.7 Projeto de engenharia de rede IEC 61850 para proteção............................................ 115
12 Controle de tráfego na rede .......................................................................................... 115
12.1 Fatores que influem no desempenho............................................................................ 115
12.1.1 Fatores de influência...................................................................................................... 115
12.1.2 Redução do tráfego......................................................................................................... 116
12.1.3 Exemplo de sistemas de redução de tráfego............................................................... 116
12.1.4 Domínios multicast em uma rede combinada com barramento de estação e
barramento de processo................................................................................................ 118
12.2 Controle de tráfego por meio de VLAN.........................................................................120
12.2.1 Redução do tráfego no tronco por meio de VLAN.......................................................120
12.2.2 Utilização de VLAN..........................................................................................................120
12.2.3 Operação da VLAN no IED.............................................................................................120
12.2.4 Exemplo de configuração correta de VLAN.................................................................120
12.2.5 Exemplo de configuração incorreta de VLAN..............................................................121
12.2.6 Retenção de prioridade por meio de toda a rede.........................................................123
12.2.7 Filtragem de tráfego com VLAN.....................................................................................124
12.3 Controle de tráfego por filtragem multicast.................................................................125
12.3.1 Redução de tráfego no tronco por filtragem multicast...............................................125
12.3.2 Gerenciamento multicast e de VLAN e redundância por protocolo de
reconfiguração................................................................................................................126
12.3.3 Topologias físicas e implicações em gerenciamento multicast.................................126
12.4 Apoio para configuração por meio de programas e arquivos SCD...........................129
13 Dependabilidade..............................................................................................................130
13.1 Requisitos de resiliência................................................................................................130
13.2 Requisitos de disponibilidade e de confiabilidade......................................................131

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados v


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

13.3 Requisitos de tempo de recuperação...........................................................................131


13.4 Requisitos de manutenabilidade...................................................................................131
13.5 Cálculo de dependabilidade...........................................................................................132
13.6 Análises de risco relacionadas com “eventos não desejados”.................................132
14 Serviços de tempo..........................................................................................................133
14.1 Sincronismo de tempo e requisitos de precisão.........................................................133
14.2 Fontes de tempo globais................................................................................................133
14.3 Escalas de tempo e segundos de compensação (leap seconds)...............................134
14.4 Época................................................................................................................................135
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

14.5 Escalas de tempo na IEC 61850.....................................................................................136


14.6 Métodos de sincronismo na IEC 61850.........................................................................138
14.6.1 Protocolos de sincronismo de tempo...........................................................................138
14.6.2 1 PPS (1 pulso por segundo).........................................................................................139
14.6.3 IRIG-B...............................................................................................................................140
14.6.4 Sincronismo de tempo NTP/SNTP para a IEC 61850-8-1 (barramento de estação).....140
14.6.5 Sincronismo com o protocolo PTP (IEC 61588)...........................................................142
14.6.6 Sincronismo de tempo PTP e IEC 62439-3:2012..........................................................147
14.6.7 Perfil IEEE C37.238-2011 para sistemas elétricos de potência...................................151
14.7 Engenharia de redes PTP...............................................................................................152
14.7.1 Localização do relógio de referência PTP....................................................................152
14.7.2 Conexão PTP do barramento de estação e do barramento de processo..................154
14.7.3 Sincronização nas merging units..................................................................................154
15 Segurança nas redes......................................................................................................154
16 Gerenciamento de redes................................................................................................154
16.1 Protocolos para gerenciamento de redes.....................................................................154
16.2 Ferramentas para o gerenciamento de redes...............................................................155
16.3 Ferramentas para os diagnósticos de redes................................................................156
17 Conectividade remota.....................................................................................................157
18 Ensaios das redes...........................................................................................................157
18.1 Introdução aos ensaios..................................................................................................157
18.2 Ensaios de tipo ambientais............................................................................................159
18.3 Ensaios de conformidade...............................................................................................159
18.3.1 Protocolos sujeitos aos ensaios de conformidade.....................................................159
18.3.2 Ensaio de aceitação e verificação do integrador.........................................................160
18.3.3 Montagem simples para ensaios de verificação..........................................................160
18.3.4 Ensaio simples de operação de VLAN..........................................................................161
18.3.5 Ensaio simples de tagueamento de prioridade............................................................161
18.3.6 Ensaio simples de manipulação multicast...................................................................162
18.3.7 Ensaio simples de recuperação com protocolo RSTP................................................162
18.3.8 Ensaio simples com protocolo HSR..............................................................................164
18.3.9 Ensaio simples com protocolo PRP..............................................................................164
18.3.10 Ensaio simples com protocolo PTP..............................................................................164
18.4 Teste de aceitação em fábrica e em campo..................................................................165

vi © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

19 Switches em redes IEC 61850 e modelo de objeto de porta ......................................166


19.1 Objetivo............................................................................................................................166
19.2 Modelamento de switch..................................................................................................166
19.2.1 Modelamento simples.....................................................................................................166
19.2.2 Encadeamento de Logical Node de switch...................................................................168
19.3 Modelo de relógio............................................................................................................169
19.3.1 Datasets da IEC 61588....................................................................................................169
19.3.2 Objetos de relógio...........................................................................................................170
19.3.3 Modelo de relógio simples.............................................................................................170
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

19.3.4 Encadeamento de objetos de relógio............................................................................172


19.4 Objetos IEC 61850 autogerados....................................................................................172
19.4.1 Generalidades..................................................................................................................172
19.4.2 Termos abreviados utilizados em nomes de dados de objetos.................................172
19.4.3 Logical Nodes..................................................................................................................173
19.4.4 Semântica dos dados.....................................................................................................192
19.4.5 Tipo de atributos de dados numerados........................................................................197
19.4.6 Numerações na linguagem SCL....................................................................................199
19.4.7 Especificações de classes de dados comuns..............................................................199
19.4.8 Tipos enumerados..........................................................................................................208
19.4.9 Enumerações na linguagem SCL..................................................................................208
19.5 Mapeamento de objetos de switch de acordo com o protocolo SNMP.....................209
19.5.1 Mapeamento de atributos de LLN0 e LPHD de acordo com o protocolo SNMP.......209
19.5.2 Mapeamento de atributos LBRI de acordo com o protocolo SNMP para switches.....210
19.5.3 Mapeamento de atributos LPCP de acordo com o protocolo SNMP para switches....211
19.5.4 Mapeamento de atributos LPLD para switches SNMP................................................212
19.5.5 Mapeamento de link de entidade de redundância HSR/PRP de acordo com o
SNMP................................................................................................................................213
19.6 Mapeamento de objetos de relógio de acordo com a C37.238 SNMP MIB................214
19.7 Descrição de leitura por máquina dos objetos switch................................................218
19.7.1 Método e exemplos.........................................................................................................218
19.7.2 Switch de quatro portas.................................................................................................218
19.7.3 IED simples com PTP......................................................................................................230
19.7.4 RedBox com HSR............................................................................................................238
Anexo A (informativo) Estudo de caso – Configuração de barramento de processo
para sistema de proteção de barramento.....................................................................246
A.1 Generalidades..................................................................................................................246
A.1.1 Barramento de processo para proteção de barramento de força..............................246
A.1.2 Precondições para os estudos de caso........................................................................246
A.1.3 Estudos de caso..............................................................................................................247
A.1.4 Cálculos para o esquema do estudo de caso 1-a........................................................248
A.1.5 Soluções potenciais........................................................................................................249
A.2 Reduzindo a quantidade de dados................................................................................249
A.2.1 Redução da taxa de amostragem..................................................................................249

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados vii


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

A.2.2 Velocidade de transmissão mais elevada.....................................................................249


A.2.3 Controle de tráfego.........................................................................................................249
A.2.4 Dividindo a rede..............................................................................................................250
A.2.5 Conclusões......................................................................................................................250
Anexo B (informativo) Estudo de caso – Topologias simples (Transener/Transba, Argentina)....251
B.1 Arquitetura e topologia para Transba – Subestações de 132 kV................................251
B.2 Arquitetura e topologia Transener – Subestações de 500 kV.....................................253
B.3 Arquitetura SAS Transener – Esperanza......................................................................254
B.4 Arquitetura SAS Transener – El Morejón......................................................................255
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Anexo C (informativo) Estudo de caso – Barramento de processo IEC 61850 (Powerlink,


Austrália)..........................................................................................................................260
C.1 Aspectos normativos......................................................................................................260
C.2 Arranjo e topologias da subestação.............................................................................260
C.2.1 Subestação de referência: 275 kV/132 kV (alta-tensão/média tensão)......................260
C.2.2 Tamanhos das subestações...........................................................................................261
C.2.3 Considerações sobre o arranjo físico da instalação...................................................261
C.2.4 Arranjo do painel para um bay.......................................................................................262
C.2.5 Módulos de edifícios de alta-tensão..............................................................................262
C.3 Requisitos para a rede de comunicação.......................................................................263
C.3.1 Classes de requisitos.....................................................................................................263
C.3.2 Requisitos de conectividade..........................................................................................263
C.3.2.1 Funcionalidade de suporte ao barramento de estação...............................................263
C.3.2.2 Funcionalidade de suporte à proteção.........................................................................264
C.3.2.3 Funcionalidade de suporte ao controle e monitoração dos sistemas de potência.. 264
C.3.2.4 Funcionalidade de suporte para o SCADA, gateway e IHM........................................264
C.3.2.5 Funcionalidades de acesso de suporte a engenharia.................................................264
C.3.3 Requisitos de redundância............................................................................................264
C.3.3.1 Requisitos básicos..........................................................................................................264
C.3.3.2 Requisitos de independência de proteção X e Y.........................................................264
C.3.4 Requisitos de qualidade de serviços ...........................................................................265
C.3.4.1 Qualidade do serviço para mensagens prioritárias de trip (GOOSE Tipo 1A)..........265
C.3.4.2 Qualidade do serviço para MMS....................................................................................265
C.3.4.3 QoS e jitter.......................................................................................................................265
C.3.5 Componentes (hardware e software)............................................................................265
C.4 Seleção de equipamentos .............................................................................................265
C.4.1 Critérios............................................................................................................................265
C.4.1.1 Fornecedor único versus multifornecedores...............................................................265
C.4.1.2 Utilização de características de fornecedores específicos.........................................265
C.4.2 Links físicos.....................................................................................................................266
C.4.3 Conexão dos nós............................................................................................................266
C.4.4 Firewall do roteador central...........................................................................................266
C.4.5 Switches do núcleo.........................................................................................................266
C.5 Topologias da rede de dados.........................................................................................267

viii © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

C.5.1 Rede de dados separada e comum...............................................................................267


C.5.2 Barramento de estação (funções de estação) ou gateway SCADA/IHM....................270
C.5.3 Núcleo da estação...........................................................................................................271
C.5.4 Proteção do transformador por meio da rede..............................................................272
C.5.5 Reguladores automáticos de tensão (AVR)..................................................................272
C.5.6 Conexões externas.........................................................................................................272
C.5.7 Requisitos de segmentação...........................................................................................272
C.5.8 Barramento de estação e domínios de bay..................................................................273
C.5.9 Filtragem multicast.........................................................................................................275
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

C.5.10 Utilização de VLAN.........................................................................................................275


C.5.11 Endereçamento de IP......................................................................................................275
C.6 Estimativa do fluxo de tráfego.......................................................................................275
C.6.1 Tipos de tráfego..............................................................................................................275
C.6.2 GOOSE.............................................................................................................................276
C.6.3 Estimativa do tráfego MMS............................................................................................276
C.6.4 Outros serviços...............................................................................................................276
C.7 Tempos de resposta (latências).....................................................................................277
C.8 Conclusão........................................................................................................................277
Anexo D (informativo) Estudo de caso – Barramento de estação com VLAN
(Trans-Africa, África do Sul)...........................................................................................278
D.1 Generalidades..................................................................................................................278
D.1.1 Aspectos normativos......................................................................................................278
D.1.2 Contexto...........................................................................................................................278
D.1.3 Visão geral da rede elétrica............................................................................................278
D.1.4 Visão geral das subestações de comunicação............................................................279
D.1.5 Projeto e objetivos do projeto........................................................................................279
D.2 Projeto conceitual...........................................................................................................280
D.2.1 Redes de automação nas subestações........................................................................280
D.2.2 Parâmetros de projeto....................................................................................................280
D.2.3 Topologia e redundância da rede..................................................................................281
D.2.4 Padrões de interfaces.....................................................................................................283
D.2.4.1 Cabeamento por fibra.....................................................................................................283
D.2.4.2 Conexões da rede...........................................................................................................283
D.2.4.3 Instalação dos painéis de terminações ópticas...........................................................283
D.2.4.4 Velocidade dos switches na LAN e configuração duplex...........................................283
D.2.4.5 Numeração das VLAN.....................................................................................................283
D.2.4.6 Alocação dos endereços MAC.......................................................................................284
D.2.5 Roteamento de inter-VLAN.............................................................................................284
D.2.6 Políticas de qualidade de serviço da rede....................................................................285
D.2.7 Priorização de tráfego IP e serviços diferenciados (DiffServ)....................................285
D.2.8 Classificação dos pacotes.............................................................................................286
D.2.9 Marcação dos pacotes....................................................................................................286
D.2.10 Endereçamento de IP da rede e alocação de dispositivos.........................................288

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados ix


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

D.2.11 Gerenciamento de endereços IP....................................................................................290


D.2.12 Acoplamento de rede.....................................................................................................290
D.2.13 Requisitos de roteamento e interfaceamento com a WAN..........................................290
D.2.14 Sincronismo de tempo na rede.....................................................................................290
D.2.15 Protocolo de tempo de rede (NTP)...............................................................................290
D.2.16 Filosofia de gerenciamento de dispositivos................................................................290
D.2.16.1 Gerenciamento................................................................................................................290
D.2.16.2 Sistema de gerenciamento das redes...........................................................................291
D.2.16.3 Gerenciamento e monitoramento SNMP.......................................................................291
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

D.3 Projeto detalhado: solução de especificação para a subestação A...........................292


D.3.1 Generalidades..................................................................................................................292
D.3.2 Ambiente físico................................................................................................................293
D.3.2.1 Alimentação.....................................................................................................................293
D.3.2.2 Invólucro dos equipamentos.........................................................................................293
D.3.2.3 Refrigeração....................................................................................................................293
D.3.2.4 Monitoramento do ambiente..........................................................................................293
D.3.2.5 Cabeamento.....................................................................................................................293
D.3.2.6 Nomeação dos dispositivos...........................................................................................294
D.3.2.7 Endereçamento e alocação das interfaces...................................................................294
D.3.2.8 NTP...................................................................................................................................294
D.3.2.9 Alocação SNMP...............................................................................................................295
D.3.3 Local Area Network (LAN)..............................................................................................295
D.3.3.1 Visão geral.......................................................................................................................295
D.3.3.2 Tabela de hardware.........................................................................................................296
D.3.3.3 Fontes de alimentação....................................................................................................296
D.3.3.4 Nomeação de dispositivo...............................................................................................296
D.3.3.5 Versões de firmware e de software...............................................................................297
D.3.3.6 Endereçamento e alocação das interfaces...................................................................297
D.3.3.7 Definições de VLAN e de endereçamento de IP...........................................................298
D.3.3.8 Roteamento de IP............................................................................................................299
D.3.3.9 QoS...................................................................................................................................299
D.3.3.10 DHCP................................................................................................................................300
D.3.3.11 Agregação de tronco e de link.......................................................................................300
D.3.3.12 Velocidade de portas de switch na LAN e configuração duplex................................300
D.3.3.13 Ajustes de segurança de porta de switch na LAN.......................................................301
D.3.3.14 Rapid Spanning Tree Protocol (RSTP)..........................................................................302
D.3.3.15 Melhorias na segurança da rede....................................................................................302
D.3.3.16 Link Layer Discovery Protocol (LLDP)..........................................................................303
D.3.3.17 Autenticação....................................................................................................................303
Anexo E (informativo) Logical Nodes típicos para as funções de proteção, medição,
intertravamento, supervisão ou controle......................................................................304
Anexo F (informativo) Barramento de estação em sistemas industriais com VLAN
e teste de interoperabilidade..........................................................................................313

x © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

F.1 Generalidades..................................................................................................................313
F.1.1 Aspectos normativos......................................................................................................313
F.1.2 Contexto e panorama geral............................................................................................313
F.1.3 Descrição geral do sistema elétrico industrial da Refinaria de Petróleo...................313
F.1.3.1 Subestação principal de entrada em 230 kV ...............................................................313
F.1.3.2 Subestação da “Central de Utilidades” em 13.8 kV e 69 kV........................................314
F.1.3.3 Subestação GIS em 69 kV..............................................................................................314
F.1.3.4 Subestações de distribuição em 69 kV.........................................................................314
F.1.3.5 Subestações de área em 13.8 kV, 4.16 kV e 0.48 kV....................................................314
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

F.1.4 Descrição geral do sistema elétrico industrial do polo petroquímico.......................316


F.2 Topologia e redundância da rede do sistema de automação elétrico industrial......318
F.3 Descrição geral da automação do sistema elétrico industrial da refinaria de
petróleo............................................................................................................................318
F.4 Componentes gerais da automação do sistema elétrico industrial da refinaria de
petróleo............................................................................................................................319
F.5 Enlace de comunicação de dados com base na IEC 61850........................................320
F.6 Limitação de quantidade de conexões entre IED.........................................................322
F.7 Utilização de VLAN na rede de comunicação da automação elétrica........................323
F.8 Sincronismo de tempo entre os IED..............................................................................323
F.9 Sistema de descarte seletivo de cargas.......................................................................324
F.10 Sistema de engenharia e de manutenção do sistema de supervisão e controle
(SSC) para a automação do sistema elétrico industrial..............................................324
F.11 Integração do sistema de automação elétrica com o SSC de processo e os
sistemas de supervisão das plantas.............................................................................325
F.11.1 Generalidades..................................................................................................................325
F.11.2 Descrição das lógicas de proteção e controle utilizadas em sistemas elétricos
industriais implantadas nos IED de acordo a Série IEC 61850...................................326
F.11.3 Transferência automática de alimentadores por subtensão (PTUV/F. 27).................326
F.11.4 Seletividade lógica (PIOC/F. 68).....................................................................................328
F.11.5 Função de monitoração de falha de disjuntor – Breaker failure (PIOC/F. 50BF).......329
F.11.6 Paralelismo momentâneo de alimentadores (Função 43)...........................................329
F.11.7 Transferência de Trip (Função 94)................................................................................330
F.12 Ensaios de interoperabilidade entre diferentes fabricantes de IED...........................331
Bibliografia........................................................................................................................................334

Figuras
Figura 1 – Simbologia para redes.....................................................................................................13
Figura 2 – Símbolos das portas........................................................................................................13
Figura 3 – Símbolo de switches como um retângulo......................................................................14
Figura 4 – Símbolo de switches como um barramento..................................................................14
Figura 5 – Níveis e interfaces lógicas em sistemas de automação de subestações...................15
Figura 6 – Camadas de protocolos da IEC 61850...........................................................................17

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados xi


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Figura 7 – Gráfico de tempo/distância do protocolo MMS.............................................................18


Figura 8 – Gráfico tempo/distância do protocolo GOOSE.............................................................20
Figura 9 – Gráfico de tempos do protocolo GOOSE.......................................................................20
Figura 10 – Exemplos de tráfego de SV (4 800 Hz).........................................................................21
Figura 11 – Barramento de estação, barramento de processo e exemplos de tráfego...............22
Figura 12 – Exemplo de fluxo de engenharia..................................................................................24
Figura 13 – Rede de área local Ethernet (com links redundantes)................................................30
Figura 14 – Switch com portas para cabos de cobre (RJ45).........................................................31
Figura 15 – Diagrama de um conector do tipo RJ45.......................................................................32
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 16 – Conector do tipo LC.......................................................................................................34


Figura 17 – Switch com cabos ópticos (conectores do tipo LC)...................................................34
Figura 18 – Princípio do protocolo RSTP.........................................................................................37
Figura 19 – Formato de frame (IEEE 802.3) sem e com o tagueamento de VLAN.......................41
Figura 20 – Princípio do protocolo PRP...........................................................................................48
Figura 21 – Princípio do protocolo HSR...........................................................................................49
Figura 22 – Acoplamento de redes com protocolos HSR e PRP (multicast)................................50
Figura 23 – Mapeamento de um sistema elétrico para topologia de rede de dados...................53
Figura 24 – Barramento de estação como um switch único..........................................................59
Figura 25 – Barramento de estação em uma arquitetura em estrela............................................60
Figura 26 – Barramento de estação com arquitetura em estrela com protocolo PRP................62
Figura 27 – Barramento de estação com arquitetura em anel com switches com protocolo
RSTP...................................................................................................................................63
Figura 28 – Barramento de estação como barramentos separados Principal 1 (Barra 1)
e Principal 2 (Barra 2).......................................................................................................65
Figura 29 – Barramento de estação com switches em anel com protocolo HSR........................66
Figura 30 – Barramento de estação em anel com subanéis com protocolo RSTP......................68
Figura 31 – Barramento de estação como anéis paralelos contendo nós de interligação.........70
Figura 32 – Barramento de estação como anéis HSR em paralelo...............................................71
Figura 33 – Barramento de estação como anéis hierárquicos contendo nós de conexão
RSTP...................................................................................................................................72
Figura 34 – Barramento de estação como anéis hierárquicos contendo nós de conexão HSR...74
Figura 35 – Barramento de estação em anel com subanéis com HSR.........................................75
Figura 36 – Seção de barramento duplo com sensores diretamente conectados......................77
Figura 37 – Bay de barra dupla com SAMU e barramento de processo.......................................78
Figura 38 – Bay com barra dupla com TC e TP eletrônicos e barramento de processo.............79
Figura 39 – Sistema de disjuntor e meio com dispositivos convencionais não redundantes...80
Figura 40 – Sistema de 1 ½ disjuntor com SAMU e barramento de processo.............................81
Figura 41 – Sistema de disjuntor e meio com TC e TP eletrônicos e barramento de processo....82
Figura 42 – Barramento de processo como conexão de PIA e PIB (proteção não redundante)....83
Figura 43 – Barramento de processo como uma estrela simples (proteção não redundante)..85
Figura 44 – Barramento de processo como estrela dupla.............................................................87
Figura 45 – Barramento de processo como um switch único (sem proteção redundante)........88
Figura 46 – Barramento de processo como LAN separadas para a entrada 1 e entrada 2.........90

xii © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Figura 47 – Barramento de processo como anel de nós HSR.......................................................91


Figura 48 – Barramento de processo como estrela a merging units e barramento de estação
como anel RSTP................................................................................................................93
Figura 49 – Barramento de estação e barramento de processo como anéis conectados
a um roteador....................................................................................................................95
Figura 50 – Barramento de estação e barramento de processo em anel com HSR....................97
Figura 51 – Barramento de estação como anel PRP duplo e barramento de processo
como anel HSR..................................................................................................................98
Figura 52 – Barramento de estação utilizado para medições......................................................109
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 53 – Padrão de tráfego típico (pacote/s) no barramento de estação ............................. 110


Figura 54 – Domínios genéricos multicast.................................................................................... 116
Figura 55 – Padrões de tráfego na automação de sistemas elétricos........................................ 118
Figura 56 – Domínios multicast para barramento de processo e barramento
de estação combinados.................................................................................................. 119
Figura 57 – Switches (bridges) com configuração adequada de VLAN......................................121
Figura 58 – Switches com configuração deficiente de VLAN......................................................122
Figura 59 – Pontes (“bridges”) com segmentação de tráfego por meio de configuração de
VLAN.................................................................................................................................124
Figura 60 – Barramento de estação separado em domínios multicast por nível de
tensão do sistema elétrico de potência........................................................................125
Figura 61 – Tráfego multicast em uma rede em anel com protocolo RSTP................................127
Figura 62 – Barramento de estação com protocolo RSTP e rede em anel com protocolo
HSR...................................................................................................................................128
Figura 63 – Barramento de estação com protocolo RSTP e barramento de processo
com protocolo HSR.........................................................................................................129
Figura 64 – Canais de sincronismo de tempo...............................................................................139
Figura 65 – Sincronismo no padrão 1 PPS....................................................................................140
Figura 66 – Sincronismo de tempo SNTP e atraso na medição...................................................141
Figura 67 – Elementos do protocolo PTP......................................................................................143
Figura 68 – Sincronização de tempo PTP em “uma etapa” e atraso de medição......................144
Figura 69 – Sincronização de tempo PTP em “duas etapas” e atraso de medição...................146
Figura 70 – Relógios em uma rede PRP acoplada por BC com um anel HSR............................150
Figura 71 – TLV específico do C37.238..........................................................................................152
Figura 72 – Hierarquia de relógios.................................................................................................153
Figura 73 – Estágios da gestão da qualidade (transcritos da IEC 61850-4)...............................158
Figura 74 – Montagem para ensaios de verificação.....................................................................160
Figura 75 – Modelo de dispositivo multiporta...............................................................................167
Figura 76 – Interligação de objetos de switches...........................................................................169
Figura 77 – Modelo de relógio.........................................................................................................171
Figura 78 – Encadeamento de objetos de relógio.........................................................................172
Figura 79 – Diagrama da classe LogicalNodes_90_4::LogicalNodes_90_4...............................174
Figura 80 – Diagrama da classe LNGroupL::LNGroupLExt.........................................................175
Figura 81 – Diagrama da classe LNGroupL::LNGroupLNew.......................................................176

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados xiii


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Figura 82 – Utilização de filtragem por VLAN................................................................................180


Figura 83 – Utilização de referências de relógios.........................................................................190
Figura 84 – Diagrama da classe do DetailedDiagram::DOEnums_90_4.....................................199
Figura 85 – Diagrama da classe CommonDataClasses_90_4::CommonDataClasses_90_4....200
Figura 86 – Diagrama da classe CDCStatusInfo::CDCStatusInfo................................................200
Figura 87 – Diagrama da classe CDCStatusSet::CDCStatusSet..................................................205
Figura 88 – Switch de quatro portas..............................................................................................219
Figura 89 – IED simples com PTP, mas sem suporte a LLDP......................................................230
Figura 90 – RedBox com LLDP, mas sem PTP..............................................................................239
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura A.1 – Precondições para o barramento de processo do exemplo de configuração......247


Figura B.1 – Primeira rede de automação de subestação Transba com base em Ethernet.....252
Figura B.2 – Arquitetura SAS Transba...........................................................................................253
Figura B.3 – Rede Transener para automação de subestações..................................................254
Figura B.4 – Arquitetura SAS Transener – ET Esperanza............................................................256
Figura B.5 – Arquitetura Transener 500 kV – El Morejón..............................................................257
Figura B.6 – Topologia de um quiosque de 500 kV.......................................................................258
Figura B.7 – Topologia de um quiosque de 33 kV.........................................................................259
Figura C.1 – Exemplo de diagrama unifilar e IED – 275 kV/132 kV..............................................261
Figura C.2 – Bay de alta-tensão e módulos dos painéis..............................................................262
Figura C.3 – Áreas de dados da rede.............................................................................................267
Figura C.4 – Topologia da LAN da subestação.............................................................................269
Figura C.5 – SAS Gen1 – Fluxo de tráfego de alto nível...............................................................270
Figura C.6 – Conexão SCADA & gateway......................................................................................271
Figura C.7 – Núcleo da subestação................................................................................................271
Figura C.8 – Aplicações gerais de VLAN.......................................................................................273
Figura C.9 – Três domínios.............................................................................................................273
Figura C.10 – Um domínio por área, zona de barramento de força e de proteção
de transformador.............................................................................................................274
Figura D.1 – Topologia conceitual da rede local da subestação com redundância..................282
Figura D.2 – Detalhamento da topologia da rede local da subestação com redundância........282
Figura D.3 – Octeto original do tipo de serviço (ToS) IPv4..........................................................287
Figura D.4 – Campo de código de ponto de serviços diferenciados (DiffServ).........................287
Tabela D.5 – Exemplo de DSCP de acordo com o mapeamento de classe de serviço..............288
Figura F.1 – Diagrama unifilar geral simplificado da refinaria de petróleo.................................315
Figura F.2 – Diagrama unifilar geral simplificado do polo petroquímico....................................317
Figura F.3 – Topologia simplificada do sistema de supervisão e controle para a automação
dos sistemas elétricos industriais da refinaria de petróleo e do polo
petroquímico....................................................................................................................318
Figura F.4 – Exemplo de tráfego de mensagens GOOSE no sistema de automação do sistema
elétrico industrial, utilizando diferentes VLAN para diferentes subestações...........323
Figura F.5 – Configuração típica de disjuntores de entrada e de interligação de barras
em painéis do tipo centro de distribuição de cargas (CDC)......................................326

xiv © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Figura F.6 – Lógica da função de transferência automática de alimentadores por subtensão,


implantada por mensagens prioritárias do tipo GOOSE (IEC 61850)........................327
Figura F.7 – Vista parcial dos IED de diferentes fabricantes instalados em barramento
de estação, utilizados nos ensaios de interoperabilidade..........................................333
Figura F.8 – Vista parcial dos IED de diferentes fabricantes instalados em barramento
de estação, utilizados nos ensaios de interoperabilidade..........................................333

Tabelas
Tabela 1 – Definições de interfaces da IEC 61850-5........................................................................16
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Tabela 2 – Exemplo de tabela de configuração de porta de entrada.............................................44


Tabela 3 – Exemplo de configuração de porta de saída.................................................................45
Tabela 4 – Vantagens e desvantagens entre VLAN versus filtragem multicast...........................47
Tabela 5 – Blocos privados de endereços IP IANA (copiados da RFC 1918)...............................52
Tabela 6 – Exemplos de endereços IP e de máscara......................................................................53
Tabela 7 – Resumo das topologias de referência para redundância de redes.............................56
Tabela 8 – Topologias de referência e protocolos de referência utilizados.................................58
Tabela 9 – Barramento de estação como um switch único............................................................60
Tabela 10 – Barramento de estação com arquitetura em estrela...................................................62
Tabela 11 – Barramento de estação com arquitetura em estrela duplicada.................................63
Tabela 12 – Barramento de estação com arquitetura em anel.......................................................64
Tabela 13 – Barramentos de estação com proteção de barramentos como proteções
separadas Principal 1 (Barra 1) e Principal 2 (Barra 2)..................................................66
Tabela 14 – Barramento de estação com switches em anel com protocolo HSR........................68
Tabela 15 – Barramento de estação em anel com subanéis..........................................................69
Tabela 16 – Barramento de estação como anéis paralelos............................................................71
Tabela 17 – Barramento de estação como anéis HSR paralelos...................................................72
Tabela 18 – Barramento de estação como anéis de anéis com RSTP..........................................74
Tabela 19 – Barramento de estação como anel de anéis com HSR..............................................75
Tabela 20 – Barramento de estação como anel e subanéis com HSR..........................................76
Tabela 21 – Barramento de processo como conexão de PIA e PIB...............................................84
Tabela 22 – Barramento de processo como uma estrela única.....................................................86
Tabela 23 – Barramento de processo como estrela dupla.............................................................88
Tabela 24 – Barramento de processo como um switch único.......................................................89
Tabela 25 – Barramento de processo como LAN separadas.........................................................91
Tabela 26 – Barramento de processo como anel simples..............................................................92
Tabela 27 – Vantagens e desvantagens da separação física.........................................................93
Tabela 28 – Vantagens e desvantagens da separação lógica........................................................94
Tabela 29 – Barramento de processo como estrela a merging units............................................95
Tabela 30 – Conexão de barramento de estação ao barramento de processo
por meio de roteadores....................................................................................................97
Tabela 31 – Conexão de barramento de processo por meio de RedBoxes..................................98
Tabela 32 – Conexão de barramentos de estação duplicados a barramento de processo por
meio de RedBoxes..........................................................................................................100

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados xv


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 33 – Exemplo de alocação de endereços IP do campo “NET”........................................101


Tabela 34 – Exemplo de alocação de endereços “BAY”...............................................................102
Tabela 35 – Exemplos de alocação de endereços IP de dispositivos.........................................103
Tabela 36 – Exemplos de alocação de endereços IP de switches no protocolo PRP...............103
Tabela 37 – Interfaces de tráfego na IEC 61850-5..........................................................................107
Tabela 38 – Tipo de mensagem e endereços.................................................................................107
Tabela 39 – Requisitos de tempo de transferência da IEC 61850-5............................................. 113
Tabela 40 – Tempo decorrido para um frame IEEE 802.3 atravessar o meio físico................... 113
Tabela 41 – Atraso para um frame de acordo com a IEEE 802.3 para entrar ou sair de uma
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

porta................................................................................................................................. 114
Tabela 42 – Tempos de resposta (latência) causada pela espera de um frame de baixa
prioridade para sair de uma porta................................................................................. 115
Tabela 43 – Classes de sincronismo da IEC 61850-5....................................................................134
Tabela 44 – Representações de tempo em sistemas de automação...........................................138
Tabela 45 – Normas utilizadas para os elementos da rede..........................................................160
Tabela 46 – Abreviações normativas para nomes de dados de objetos.....................................174
Tabela 47 – Dados dos objetos do LNGroupL::LPHDExt.............................................................178
Tabela 48 – Dados dos objetos do LNGroupL::LBRI....................................................................180
Tabela 49 – Dados dos objetos do LNGroupL::LCCF...................................................................182
Tabela 50 – Dados dos objetos do LNGroupL::LCCHExt.............................................................183
Tabela 51 – Dados dos objetos do LNGroupL::PortBindingLN...................................................184
Tabela 52 – Dados dos objetos do LNGroupL::LPCP...................................................................185
Tabela 53 – Dados dos objetos do LNGroupL::LPLD...................................................................187
Tabela 54 – Dados dos objetos do LNGroupL::LBSP...................................................................188
Tabela 55 – Dados dos objetos do LNGroupL::LTIMExt...............................................................189
Tabela 56 – Dados dos objetos do LNGroupL::LTMSExt.............................................................191
Tabela 57 – Dados dos objetos do LNGroupL::LTPC...................................................................192
Tabela 58 – Dados dos objetos do LNGroupL::LTPP....................................................................193
Tabela 59 – Atributos definidos para as classes do pacote LogicalNodes_90_4......................193
Tabela 60 – Termos da DOEnums_90_4::ChannelRedundancyKind...........................................198
Tabela 61 – Termos da DOEnums_90_4::LeapSecondKind.........................................................199
Tabela 62 – Termos da DOEnums_90_4::RstpStateKind..............................................................199
Tabela 63 – Definição da classe de dados comuns para o estado
do relógio grandmaster (CGS) ......................................................................................202
Tabela 64 – Definição da classe de dados comuns para o estado da porta do relógio............204
Tabela 65 – Definição da classe de dados comuns para ajustes de relógio comum................206
Tabela 66 – Definição de classe de dados comuns para filtros de VLAN...................................208
Tabela 67 – Termos de DAEnums_90_4::VlanTagKind.................................................................209
Tabela 68 – Mapeamento dos atributos de LLN0 e LPHD de acordo com o protocolo SNMP....210
Tabela 69 – Mapeamento de atributos LBRI e LBSP de acordo com o SNMP para switches.....211
Tabela 70 – Mapeamento de atributos LPCP de acordo com o protocolo SNMP para
switches...........................................................................................................................212
Tabela 71 – Mapeamento de atributos LPLD de acordo com o SNMP para switches...............213

xvi © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 72 – Mapeamento de atributos LCCH para SNMP para LRE dos tipos HSR/PRP..........214
Tabela 73 – Mapeamento de objetos de relógio nas IEC 61850, IEC 61588
e IEEE C37.238.................................................................................................................215
Tabela A.1 – Resumo dos tempos de atraso esperados..............................................................249
Tabela C.1 – Categorias das instalações de alta-tensão .............................................................262
Tabela C.2 – Categorias das instalações de média tensão .........................................................262
Tabela C.3 – Módulos das edificações...........................................................................................264
Tabela C.4 – Módulos da rede.........................................................................................................269
Tabela C.5 – Designação de domínio para três domínios............................................................275
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Tabela C.6 – Designação de domínio para um domínio por área................................................275


Tabela C.7 – Resumo dos tempos de resposta esperados..........................................................278
Tabela C.8 – Tipos de tráfego e carga esperada na rede..............................................................278
Tabela D.1 – Numeração e alocação das VLAN.............................................................................285
Tabela D.2 – Priorização da seleção para várias aplicações........................................................286
Tabela D.3 – Mapeamento de aplicações para níveis de serviço.................................................287
Tabela D.4 – Lista de valores de campo de código de ponto (DiffServ.......................................288
Tabela D.6 – Exemplo de mapeamento DSCP...............................................................................290
Tabela D.7 – Mapeamento típico de endereços IP na subestação (Faixa de IP: 10.0.16.0/21)..290
Tabela D.8 – SNMP MIB aplicáveis aos dispositivos da subestação..........................................293
Tabela D.9 – Exemplos de nomeação de dispositivos..................................................................295
Tabela D.10 – Exemplos de endereçamento e alocação das interfaces.....................................295
Tabela D.11 – Exemplos de acesso aos dispositivos e alocação SNMP.....................................296
Tabela D.12 – Exemplo de identificação de hardware..................................................................297
Tabela D.13 – Exemplo de tabela de nome de dispositivos.........................................................298
Tabela D.14 – Exemplo de tabela de firmware e de hardware......................................................298
Tabela D.15 – Exemplo do endereçamento e alocação da interface...........................................299
Tabela D.16 – Exemplo de detalhes de switch de rede.................................................................299
Tabela D.17 – Exemplos de definições de VLAN...........................................................................300
Tabela D.20 – Exemplo de tabela de agregação de tronco e de link (vazio)...............................301
Tabela D.21 – Velocidade de portas de switch na LAN e configuração duplex..........................301
Tabela D.22 – Ajustes de segurança de porta de switch na LAN................................................302
Tabela D.23 – Exemplo de monitoramento DHCP.........................................................................304
Tabela E.1 – Grupos de Logical Nodes, de acordo com a IEC 61850-7-4...................................305
Tabela E.2 – Logical Nodes para funções de proteção, medição, intertravamento, supervisão
ou controle mais utilizadas na automação de sistemas elétricos de acordo
com as IEC 61850-5 e IEC 61850-7-4.............................................................................306
Tabela F.1 – Exemplo de mapa de comunicação de IED com mensagens GOOSE
e MMS na Série IEC 61850..............................................................................................322

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados xvii


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 3.


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 16932 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissão
de Estudo de Gerenciamento e Intercâmbio de Informação Associada a Sistemas de Potência
(CE-003:057.001). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 05, de 22.05.2020
a 22.06.2020.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16932 é o seguinte:

Scope
This Standard is intended for an audience familiar with network communication or IEC 61850-based
systems and particularly for substation protection and control equipment vendors, network equipment
vendors and system integrators.

This Standard focuses on engineering a local area network limited to the requirements of IEC 61850-
based substation automation. It outlines the advantages and disadvantages of different approaches
to network topology, redundancy, clock synchronization, etc. so that the network designer can make
educated decisions. In addition, this Standard outlines possible improvements to both substation
automation and networking equipment.

This Standard addresses the most critical aspects of IEC 61850, such as protection related to
tripping over the network. This Standard addresses in particular the multicast data transfer of large
volumes of Sampled Values (SV) from Merging Units (MUs). It also considers the high precision
clock synchronization and “seamless” guaranteed transport of data across the network under failure
conditions that is central to the process bus concept.

This Standard is not a tutorial on networking or on IEC 61850. Rather, it references and summarizes
standards and publications to assist the engineers. Many publications discuss the Ethernet technology
but do not address the networks in terms of substation automation. Therefore, many technologies

xviii © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

and options have been ignored, since they were not considered relevant for a future-proof substation
automation network design.

This Standard does not address network security.

This Standard does not address substation-to-substation communication, or substation to control


centre communication. Inter-substation communication involves WAN technologies other than Ethernet.
For inter-substation communication which uses exclusively the routable Internet Protocol, more
adapted guidelines are in discussion within IEC TC 57, especially in documents IEC/TR 61850-90-1,
IEC/TR 61850-90-2, and IEC/TR 61850-90-5, which will be addressed in the WAN engineering
guidelines, IEC/TR 61850-90-12.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

This Standard does not dispense the responsible system integrator from an analysis of the actual
application configuration, which is the base for a dependable system.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados xix


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Introdução

O crescente sucesso na aplicação da série IEC 61850 requer orientações sobre engenharia de redes
Ethernet. A série IEC 61850 especifica os requisitos básicos para as redes de comunicação para
automação de sistemas elétricos de potência, mas não como alcançá-los. Em vez disso, a série
IEC 61850 tem como foco o modelamento e intercâmbio de dados, não focando nos detalhes das
interconexões físicas, as quais, no entanto, são necessárias para a completa interoperabilidade.

Esta Norma apresenta definições, orientações e especificações para a engenharia de redes para
a automação de sistemas elétricos de potência com base na IEC 61850.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Esta Norma aborda temas como tecnologia Ethernet, topologias de redes, redundância, tempos de
resposta no tráfego (latência) e qualidade do serviço, gerenciamento de tráfego por comunicação
multicast e VLAN (Virtual LAN), sincronismo de tempo com base na rede e testes da rede.

Esta Norma não aborda temas relacionados com a segurança cibernética das redes de comunicação.

Esta Norma tem como base as normas existentes sobre semântica, serviços, protocolos, linguagem de
configuração de sistemas e arquitetura de redes de comunicação. Este documento tem como base os
trabalhos executados pelos Grupos de Trabalho WG 10 do IEC/TC 57 (Power system IED communication
and associated data models) e WG 15 da IEC TC 57 (Data and communications security), sobre as
IEC 61918 (Industrial communication networks – Installation of communication networks in industrial
premises), IEC 62439 (Industrial communication networks – High-availability automation networks)
e IEC 61588 (Precision clock synchronization protocol for networked measurement and control
systems), sobre os trabalhos executados pelo Grupo de Trabalho IEEE 802.1, o UCA International
Users Group 9-2LE e o IEEE Power System Relaying Committee (PSRC), bem como em contribuições
feitas por outras diversas empresas.

O conteúdo desta Norma foi elaborado de modo coordenado com os Grupos de Trabalho que elaboram
as normas das séries IEC 62439 e IEC 62351 e com o IEEE PSRC.

NOTA É reconhecida a necessidade de qualificação, treinamento e competências pessoais dos


profissionais envolvidos com projetos de automação de sistemas elétricos de potência com base na série
IEC 61850, em assuntos relacionados não somente com os aspectos de proteção, medição, controle e
intertravamentos, mas também com aspectos relacionados com as redes de comunicação, incluindo
topologias de redes, tempos de resposta (latência), configuração de VLAN (Virtual LAN), configuração de
parâmetros de aplicação dos protocolos MMS (Manufacturing Message Specification), GOOSE (Generic
Object Oriented Substation Event) e SV (Sampled Values), serviços de sincronismo de tempo por meio
de Ethernet, segurança cibernética (cyber-security) e atividades de Testes de Aceitação em Fábrica (TAF),
montagem, comissionamento e Testes de Aceitação em Campo (TAC) de sistemas de supervisão e controle
para automação de sistemas elétricos de potência.

xx © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16932:2020

Redes e sistemas de comunicação para automação de sistemas de


potência — Orientações sobre engenharia de rede

1 Escopo
Esta Norma é destinada a leitores familiarizados com as redes de comunicação e/ou com os sistemas
com base na série IEC 61850 e particularmente aos fornecedores e usuários de equipamentos de
proteção e controle para subestações, fornecedores e usuários de equipamentos para redes e para
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

integradores de sistemas. Esta Norma tem como foco a engenharia de detalhamento de projeto de
redes de automação local, aplicáveis aos requisitos de automação de sistemas elétricos de potência
com base na IEC 61850.

Esta Norma apresenta as vantagens e desvantagens de diferentes abordagens de topologia de


redes, redundância, sincronismo de relógios etc., de modo que o projetista da rede possa tomar
decisões adequadas e orientadas. Além disso, esta Norma apresenta possíveis melhorias tanto para
a automação de subestações quanto de equipamentos da rede.

Esta Norma aborda os aspectos mais críticos e importantes da IEC 61850, como as funções de
proteção relacionadas com os desligamentos (trips) por meio da rede de comunicação. Esta
Norma aborda também, em particular, as transferências multicast de grandes de volume de
dados de valores amostrados (SV – Sampled Values) provenientes de Merging Units (MU). Esta
Norma também aborda as técnicas de sincronismo de tempo de alta precisão e os protocolos de
transporte garantido de dados contínuo ou “sem interrupção” (“seamless”), por meio das redes
de comunicação em eventos de falha, que se trata de uma característica fundamental para
o conceito do barramento de processo.

Esta Norma não representa um tutorial sobre as redes de comunicação ou sobre a IEC 61850.
Em vez disso, este documento faz referência e resume outras normas e publicações. Diversas
publicações detalham as características da tecnologia Ethernet, mas não abordam as redes de
automação aplicadas à automação de sistemas elétricos de potência. Desta forma, muitas tecnologias
e opções não são abordadas nesta Norma, uma vez que essas não foram consideradas pertinentes
para projeto de redes de sistemas elétricos de potência “à prova de futuro”.

Esta Norma não aborda os detalhes de segurança das redes.

NOTA Requisitos para a segurança cibernética de redes de automação são abordados na Série
IEC 62351, Power systems management and associated information exchange – Data and communications
security. Especificamente para a automação de sistemas elétricos de potência, existe a IEC/TS 62351-6,
Power systems management and associated information exchange – Data and communications security –
Part 6: Security for IEC 61850.

Esta Norma não aborda comunicação de subestação para subestação e comunicação entre uma
subestação e o centro de controle. A comunicação entre subestações envolve tecnologias de WAN,
além da tecnologia Ethernet. Para a comunicação entre subestações que utilizem exclusivamente
o protocolo Internet, outras orientações estão sendo elaboradas pelo IEC TC 57, especialmente nos
documentos IEC/TR 61850-90-1, IEC/TR 61850-90-2 e IEC/TR 61850-90-5, os quais serão abordados
nas orientações para engenharia de WAN, apresentadas na IEC/TR 61850-90-12 .

Esta Norma não dispensa o responsável pela integração do sistema de uma análise das configurações
para a aplicação real, que é a base para um sistema confiável.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 1


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR IEC 61000-4-4, Compatibilidade eletromagnética (EMC) – Parte 4-4: Ensaios e técnicas
de medição – Ensaio de imunidade a transiente elétrico rápido/salva

ABNT NBR IEC 61000-4-5, Compatibilidade eletromagnética (EMC) – Parte 4-5: Ensaios e técnicas
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

de medição – Ensaio de imunidade a surtos

IEC 60050 (all parts), International Electrotechnical Vocabulary (Disponível em: http://www.electropedia.org)

IEC 60834-1, Teleprotection equipment of power systems – Performance and testing – Part 1:
Command systems

IEC 60870-2-2, Telecontrol equipment and systems – Part 2: Operating conditions – Section 2:
Environmental conditions (climatic, mechanical and other non-electrical influences)

IEC 61000-6-2, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6-2: Generic standards – Immunity for
industrial environments

IEC 61508-4, Functional safety of electrical/electronic/programmable electronic safety-related systems –


Part 4: Definitions and abbreviations

IEC 61588:2009, Precision clock synchronization protocol for networked measurement and control
systems

IEC 61754-2, Fibre optic connector interfaces – Part 2: Type BFOC/2,5 connector family

IEC 61754-20, Fibre optic interconnecting devices and passive components – Fibre optic connector
interfaces – Part 20: Type LC connector family

IEC 61800-3, Adjustable speed electrical power drive systems – Part 3: EMC requirements and specific
test methods

IEC 61850-3, Communication networks and systems for power utility automation – Part 3: General
requirements

IEC 61850-4, Communication networks and systems for power utility automation – Part 4: System and
project management

IEC 61850-5:2013, Communication networks and systems for power utility automation – Part 5:
Communication requirements for functions and device models

IEC 61850-6:2009, Communication networks and systems for power utility automation – Part 6:
Configuration description language for communication in electrical substations related to IEDs

IEC 61850-7-1:2011, Communication networks and systems for power utility automation – Part 7-1:
Basic communication structure – Principles and models

2 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

IEC 61850-7-2:2010, Communication networks and systems for power utility automation – Part 7-2:
Basic information and communication structure – Abstract communication service interface (ACSI)

IEC 61850-7-3, Communication networks and systems for power utility automation – Part 7-3: Basic
communication structure – Common data classes

IEC 61850-7-4:2010, Communication networks and systems for power utility automation – Part 7-4:
Basic communication structure – Compatible Logical Node classes and data object classes

IEC 61850-8-1:2011, Communication networks and systems for power utility automation – Part 8-1:
Specific communication service mapping (SCSM) – Mappings to MMS (ISO 9506-1 and ISO 9506-2)
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

and to ISO/IEC 8802-3

IEC 61850-9-2:2011, Communication networks and systems for power utility automation – Part 9-2:
Specific communication service mapping (SCSM) – Sampled values over ISO/IEC 8802-3

IEC/TR 61850-90-1, Communication networks and systems for power utility automation – Part 90-1:
Use of IEC 61850 for the communication between substations

IEC/TR 61850-90-5, Communication networks and systems for power utility automation – Part 90-5:
Use of IEC 61850 to transmit synchrophasor information according to IEEE C37.118

IEC 61869-9, Instrument transformers – Part 9: Digital interface for instrument transformers

IEC 62351 (all parts), Power systems management and associated information exchange – Data and
communications security

IEC/TS 62351-6, Power systems management and associated information exchange – Data and
communications security – Part 6: Security for IEC 61850

IEC 62439-1:2010, Industrial communication networks – High availability automation networks – Part 1:
General concepts and calculation methods – Amendment 1:2012

IEC 62439-3:2012, Industrial communication networks – High availability automation networks – Part 3:
Parallel Redundancy Protocol (PRP) and High availability Seamless Redundancy (HSR)

IEC 81346 (all parts), Industrial systems, installations and equipment and industrial products –
Structuring principles and reference designations

ISO/IEC 8326:1996, Information processing system – Open Systems Interconnection – Session service
definition

ISO/IEC 8649, Information technology – Open Systems Interconnection – Service definition for the
Association Control Service Element

ISO/IEC 8802-2, Information technology – Telecommunications and information exchange between


systems – Local and metropolitan area networks – Specific requirements – Part 2: Logical link control

ISO/IEC 8824-1, Information technology – Abstract Syntax Notation One (ASN.1): Specification of
basic notation

ISO 9506-1:2003, Industrial automation systems – Manufacturing Message Specification – Part 1:


Service definition

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 3


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

ISO 9506-2:2003, Industrial automation systems – Manufacturing Message Specification –Part 2:


Protocol specification

IEEE 802.1AB:2005, IEEE standard for Local and metropolitan area networks – Station and Media
Access Control Connectivity Discovery

IEEE 802.1D:2004, IEEE standard for Local and metropolitan area networks – Common specifications –
Media Access Control (MAC) Bridges

IEEE 802.1Q:2011, IEEE standard for Local and metropolitan area networks – Media Access Control
(MAC) Bridges and Virtual Bridge Local Area Networks
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

IEEE 802.3, Local Area Network (LAN) protocols

IEEE 1344, IEEE Standard for Synchrophasors for Power Systems (replaced by IEEE C37.118)

IEEE 1613:2009, IEEE Standard – Environmental and Testing Requirements for Communications
Networking Devices Installed in Electric Power Substations

IEEE C37.118.1:2011, IEEE Standard for Synchrophasor Measurements for Power Systems

IEEE C37.118.2:2011, IEEE Standard for Synchrophasor Data Transfer for Power Systems

IEEE C37.238:2011, IEEE Standard Profile for Use of IEEE 1588 Precision Time Protocol in Power
System Applications

RFC 793:1981, DARPA Internet Program, Transmission Control Protocol, Protocol Specification, 1981

RFC 1006:1987, Network Working Group, ISO Transport Service on top of the TCP Version:3

RFC 1305:1992, Network Working Group, Network Time Protocol (Version 3)

RFC 2328:1998, The Internet Society, OSPF Version 2

RFC 2661:1999, The Internet Society, Layer Two Tunneling Protocol “L2TP”

RFC 3416:2002, The Internet Society, Version 2 of the Protocol Operations for the Simple Network
Management Protocol (SNMP)

RFC 4330:2006, The Internet Society, Simple Network Time Protocol (SNTP) Version 4 for IPv4, IPv6
and OSI

RFC 4836:2007, IETF Trust, Definitions of Managed Objects for IEEE 802.3 Medium Attachment Units
(MAUs)

TIA/EIA 568A, Commercial building telecommunications cabling standard set (contains: TIA-568-C.0,
TIA-568-C.1, TIA-568-C.2, TIA-568-C.3 AND TIA-568-C.4 – with addendums and erratas)

3 Termos, definições, abreviaturas e convenções


3.1 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da IEC 60050-191:1990 e os


seguintes.

4 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

3.1.1
switch (bridge)
dispositivo de rede que conecta segmentos da rede na camada de enlace de comunicação de dados
(camada 2) do modelo OSI, de acordo com a IEEE 802.1D, Seção 7

NOTA Um switch é frequentemente referido como sendo um “switch de camada 2” (camada de


enlace ou de ligação de dados). Neste documento, o termo “ponte” (“bridge”) é utilizado para designar
a lógica utilizada para enviar um frame de uma porta para outra na camada 2 (enlace), enquanto que o termo
“switch” é utilizado para designar um dispositivo com funcionalidades adicionais.

3.1.2
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

domínio de broadcast
conjunto de todos os nós de rede que recebem frames na camada 2 (enlace) com endereço de destino
broadcast

NOTA O domínio broadcast é a sub-rede da camada 2 completa.

3.1.3
avalanche broadcast
condição em uma rede quando existe um elevado tráfego anormal de broadcast, que consome os
recursos da rede e a torna incapaz de transportar o seu tráfego normal

3.1.4
barramento
meio de comunicação que suporta a difusão para vários receptores (broadcast), tanto fisicamente (por
exemplo, rádio ou cabos) quanto logicamente (por exemplo, uma rede com switch na camada 2), ao
contrário dos links, que são conexões do tipo ponto a ponto

3.1.5
cut-through
operação básica de um switch, na qual os frames que entram são encaminhados diretamente para
as portas apropriadas de saída, antes que o frame inteiro tenha sido recebido, com base em seu
cabeçalho (header)

NOTA O método “cut-through” é uma ação diferente de “store-and-forward”.

3.1.6
nó duplamente conectado (DAN - Doubly Attached Node)
nó que possui duas portas de comunicação para a finalidade de operação redundante

[FONTE: IEC 62439-1:2010, 3.1.11]

3.1.7
camada 2
camada de enlace ou de ligação de dados do modelo OSI (Open Systems Interconnection)

NOTA 1 Na camada 2, os pacotes de dados são codificados e decodificados em bits. A camada 2 é dividida
em subcamadas: Media Access Control (MAC) e Logical Link Control (LLC). A subcamada MAC controla
a forma como um nó de rede obtém acesso ao meio e a subcamada LLC controla o fluxo de dados e a
verificação de erros. A Ethernet é uma tecnologia de rede de comunicação de camada 2 do modelo OSI.

NOTA 2 De acordo com a ISO/IEC 7498-1: Information technology ‒ Open Systems Interconnection ‒ Basic
Reference Model: The Basic Model, o modelo OSI (Open System Interconnection) é um modelo de rede de
computador, referência da ISO/IEC, dividido em camadas de funções, com objetivo de representar um padrão

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 5


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

para protocolos de comunicação entre os diversos sistemas em uma rede local (Ethernet), assegurando
a comunicação entre dois sistemas computacionais (end-to-end).

Este modelo divide as redes de computadores em sete camadas, de modo a se obterem camadas de abstração.
Cada protocolo realiza uma funcionalidade assinalada a uma determinada camada. Esse padrão informa
a funcionalidade de cada camada. O Modelo OSI permite a comunicação entre máquinas heterogêneas
e define diretivas genéricas para a construção de redes de computadores (seja de curta, média ou longa
distância), independentemente da tecnologia utilizada.

As camadas de funções (layers) são empilhadas na seguinte ordem ascendente: 1. Camada física (physical);
2. Camada de enlace de dados (data link); 3. Camada de rede (network); 4. Camada de transporte (transport);
5. Camada de sessão (session); 6. Camada de apresentação (presentation); 7. Camada de aplicação
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

(application).

[FONTE: ISO/IEC 7498-1:1994]

3.1.8
camada 3
camada de rede de comunicação de dados do modelo OSI

NOTA Na camada 3, os pacotes de dados são transportados com base em seus endereços IP,
por meio de qualquer dispositivo ou método com tecnologia de camada 2, por exemplo, a Ethernet ou
a comunicação sem fio. A utilização de domínios broadcast é limitada na camada 3 do modelo OSI.

[FONTE: ISO/IEC 7498-1:1994]

3.1.9
topologia lógica
caminho real por meio do qual os dados passam de um nó da rede para outro

NOTA ”Topologia lógica” é diferente de “topologia física”, a qual é um conjunto de caminhos físicos
possíveis.

3.1.10
switch gerenciável
switch que inclui a funcionalidade básica de, como definido na IEEE 802.1D, Seção 7.1, além de
uma variedade de características configuráveis, como interface com o usuário, gerenciamento SNMP,
protocolos de redundância e suporte a VLAN, entre outros

NOTA Os documentos publicados pelo IEEE utilizam o termo “ponte” em vez do termo mais comumente
utilizado, “switch”, para comunicação na camada 2.

3.1.11
merging unit
1) dispositivo lógico, uma unidade que gera tráfego de SV (Sampled Values) de oito valores do
processo (quatro valores de tensão e quatro valores de corrente) de maneira sincronizada, permitindo
a correlação desses valores amostrados [UCA 61850-9-2LE]

merging unit
2) dispositivo físico (IED de acordo com a IEC 61850-2) no qual um dispositivo lógico de conexão
é implantado [IEC 61869-9]

NOTA Uma SAMU (Stand-Alone Merging Unit) é um caso particular de uma PIA (Process Interface
Analog) que contém um Dispositivo Lógico da Merging Unit e que utiliza valores analógicos padronizados
como dados de entrada.

6 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

3.1.12
domínio multcast
conjunto de todos os nós que recebem frames na camada 2 com um endereço de destino multicast

NOTA O domínio multicast é igual ao domínio broadcast, com a diferença de que é aplicada uma filtragem
de tráfego multicast.

3.1.13
nó da rede
entidade ou componente da rede conectada a um ou mais links da rede
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

[FONTE: IEC 62439-1:2010, 3.1.35]

3.1.14
PHY (Dispositivos Físicos/Physical Devices)
dispositivo de camada física que efetua a interface com um meio de interface independente

NOTA PHY são normalmente circuitos integrados que codificam e decodificam um fluxo de bits de dados
para a transmissão e recepção do meio físico e que podem executar funções adicionais, como supervisão da
linha e estampagem de tempo.

3.1.15
interface de processo
dispositivo físico que efetua a interface com a tecnologia primária e que é conectado ao barramento
de processo

NOTA 1 Uma PI Analógica (PIA - Process Interface Analog) é um dispositivo de medição que gera amostras
sincronizadas para valores medidos de corrente ou tensão.

NOTA 2 Uma PI Binária (PIB - Process Interface Binary) é um dispositivo de entrada e saída para valores
binários que pode enviar sinais de controle para a tecnologia primária, como sinais de desligamento (trips)
ou sinais para um comutador de taps de transformador de potência.

NOTA 3 Ver também: merging unit, 3.1.11.

NOTA 4 Uma PIA não é uma SAMU, de acordo com a IEC 61869-9, uma vez que uma SAMU aceita
também entradas não padronizadas.

3.1.16
topologia física
conjunto de todos os caminhos possíveis entre os nós da rede

NOTA ”Topologia física” é diferente de “topologia lógica”, a qual é um conjunto de todos os caminhos
reais da rede.

3.1.17
barramento de processo
rede de comunicação que conecta os IED no nível primário de equipamentos

NOTA Originalmente, o barramento de processo era especificado somente como o meio de transporte
do tráfego de mensagens do protocolo SV, de acordo com a IEC 61850-9-2, mas ele pode transportar
também outros tipos de tráfego de mensagens, como as mensagens dos protocolos MMS e GOOSE,
de acordo com a IEC 61850-8-1 ou FTP (File Transfer Protocol - Protocolo de Transferência de Arquivos).

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 7


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

3.1.18
QuadBox (dispositivo com quatro portas)
switch de camada 2 de quatro portas, que conecta dois anéis HSR

3.1.19
RedBox
switch de camada 2 conectada a nós de conexão única e duas LAN com arquitetura de acordo com o
protocolo PRP ou entre uma LAN com arquitetura de acordo com o protocolo HSR e nós de conexão
única
NOTA RedBox é uma abreviação de “Redundancy box”.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

3.1.20
roteador
dispositivo de interconexão da camada de comunicação de dados 3

[FONTE: IEEE 610.7:1995]

3.1.21
nó unicamente conectado (SAN - Singly Attached Node)
nó que possui uma única porta para conexão com a LAN

[FONTE: IEC 62439-1:2010, 3.1.55]

3.1.22
protocolos de árvore de abrangência
família de protocolos executados por switches (pontes) que autoconfiguram uma rede com topologia
na forma de árvore, na inicialização e em eventos de alterações, incluindo o RSTP (Rapid Spanning
Tree Protocol, sem reconhecimento de VLAN) e o MSTP (Multiple Spanning Tree Protocol, com
reconhecimento de VLAN)

3.1.23
barramento de estação
rede de comunicação que conecta o IED no nível de equipamentos do sistema elétrico de potência
(bay) e o IED no nível de estação
NOTA Originalmente, o barramento de estação era especificado como o responsável pelo transporte
do tráfego de mensagens nos protocolos MMS e GOOSE (IEC 61850-8-1), porém esse barramento pode
transportar também mensagens no protocolo SV (IEC 61850-9-2), bem como os tráfegos de outros tipos de
mensagens.

3.1.24
store-and-forward
operação básica de um switch, na qual os frames na chegada são completamente armazenados antes
do encaminhamento para as portas de saída apropriadas
NOTA Store-and-forward é diferente de encaminhamento direct-cut-through.

3.1.25
switch
dispositivo de interconexão entre partes da rede, por exemplo, um simples repetidor (hub), um
dispositivo de conexão na camada 2 de enlace (switch) ou um dispositivo de conexão na camada 3 de
rede (router), ou uma combinação desses tipos de dispositivos

NOTA Este documento utiliza o termo geral “switch” para designar dispositivos com operações complexas
em redes de comunicação, enquanto que o termo “bridge” refere-se às funcionalidades da IEEE 802.1D.

8 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Equipamentos elétricos de manobra podem ser designados por “switchgear” (dispositivo de manobra), “circuit
breaker” (disjuntor) ou “disconnector” (chave seccionadora).

3.1.26
dispositivo de manobra
dispositivo de manobra no sistema elétrico de potência, como disjuntor, contator ou chave seccionadora

3.1.27
switch não gerenciável
switch que possui apenas a funcionalidade básica da IEEE 802.1D
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

NOTA Um switch não gerenciável tipicamente não possui capacidade alguma de configuração, não possui
capacidade de SNMP, não possui interface de usuário e não é capaz de suportar protocolos de redundância,
prioridades de mensagens, VLAN ou qualquer outra função mais avançada na camada 2.

3.2 Abreviaturas

AIS Air Insulated Switchgear (em subestações ao tempo isoladas pelo ar, diferentes das
subestações do tipo GIS)

APPID Application ID in GOOSE and SV messages

ASN.1 Abstract Syntax Notation

AVR Automatic Voltage Regulator

BC Boundary Clock (relógio de fronteira)

BCU Bay Control Unit

BMCA Best Master Clock Algorithm

BP Busbar protection

BPDU Bridge Protocol Data Unit

BPU Bay Protection Unit

CPU Central Processing Unit

CT Current Transformer (para medição) – Transformador de Corrente (TC)

DAN Doubly Attached Node

DANH Doubly Attached Node using HSR

DANP Doubly Attached Node using PRP

DANR Doubly Attached Node using RSTP

DHCP Dynamic Host Configuration Protocol

DNS Domain Name Server

DMC Designated Master Clock

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 9


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

ECT Electronic Current Transformer

EHV Extra High Voltage

EIT Electronic Instrument Transformer

EMC Electro-Magnetic Compatibility

EMI Electro-Magnetic Interference

EVT Electronic Voltage Transformer


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FEFI Far End Fault Indication

FMEA Failure Mode and Effect Analysis

FTP File Transfer Protocol

GIS Gas Isolated Switchgear (em subestações subterrâneas ou subestações compactas,


diferentes de subestações ao tempo isoladas pelo ar - AIS)

GNSS Global Navigation Satellite System (inclui os sistemas GPS, GLONASS e Galileo)

GMC Grandmaster Clock

GMRP Generic Multicast Registration Protocol

GoID GOOSE message identifier, string

GVRP Generic VLAN Registration Protocol

HC Hybrid Clock

HMI Human-Machine Interface

HSR High-availability Seamless Redundancy

IANA Internet Assigned Numbers Authority, que gerencia os endereços IP em todo o mundo

ICD IED Capability Description, arquivo de descreve um objeto em um IED

IED Intelligent Electronic Device

IRIG-B Inter-Range Instrumentation Group time code B

ICMP Internet Control Message Protocol

IP Internet Protocol

LAN Local Area Network

LLDP Link Layer Discovery Protocol

MAC Media Access Control

10 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

MC Multicast

MC Master Clock

MIB Management Information Base (utilizada pelo protocolo SNMP - Simple Network Management
Protocol)

MMRP Multiple MAC Registration Protocol

MSTP Multiple Spanning Tree Protocol


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

MTBR Mean Time Between Repairs (Tempo Médio entre Reparo)

MTTR Mean Time To Repair or Mean Time To Recovery (Tempo médio para reparo ou Tempo
médio para recuperação)

MTTF Mean Time To Fail (Tempo médio para falhar)

MU Merging Unit (Logical Device), merging unit (physical device)

MVRP Multiple VLAN Registration Protocol

NAT Network Address Translation

NTP Network Time Protocol, NTPv4

OC Ordinary Clock

OAM Operation, Administration, Maintenance

OSI Open System Interconnection

PCP Priority Code Point carried in the tag

PFD Probability to Fail on Demand

PI Process Interface (Primary technology to/from process bus)

PIA Process Interface Analog

PIB Process Interface Binary

PICS Protocol Implementation Conformance Statement

PIO Process Interface Output (to the Primary Technology)

PMC Protection, Measurement and Control combined IED

PPCP Port Priority Code Point, default port priority

PPS Pulse Per Second (tempo de sincronização 1 PPS)

PRP Parallel Redundancy Protocol

PTP Precision Time Protocol (versão 2)

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 11


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

PVID Port VLAN identifier

PVMS Port VLAN member set

QB QuadBox

RB RedBox

RSTP Rapid Spanning Tree Protocol

SAN Singly Attached Node


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

SAMU Stand-Alone Merging Unit

SCADA Supervisory Control And Data Acquisition

SCD Substation Configuration Description

SCL Substation Configuration Language

SLD Single Line Diagram

SNMP Simple Network Management Protocol

SNTP Simple Network Time Protocol

STP Spanning Tree Protocol

SSH Secure SHell

SV Sampled (measurement) values

TC Transparent clock

TCP Transmission Control Protocol

TLV Type-Length-Value, estrutura ASN.1 utilizada, por exemplo, em mensagens MMS e PTP

UDP User Datagram Protocol

VID VLAN identifier

VLAN Virtual Local Area Network

VT Voltage Transformer (para medição)

WAN Wide Area Network

3.3 Convenções

3.3.1 Símbolos para diagramas de redes


Os símbolos apresentados na Figura 1 são utilizados ao longo deste documento para proporcionar
uma consistência entre os diagramas. Estes símbolos são combinados, em alguns casos, para criar
nós de redes mais avançados. Isso permite a ilustração de conceitos complexos em um diagrama
simples e descomplicado.

12 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 1 – Simbologia para redes

3.3.2 Símbolos para portas e links

Para especificar as portas e links, os símbolos da Figura 2 são utilizados ao longo deste documento.

Figura 2 – Símbolos das portas

3.3.3 Símbolos para switches


Os switches podem ser representados como um retângulo, de modo a simplificar os desenhos, como
apresentado na Figura 3.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 13


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 3 – Símbolo de switches como um retângulo

Para simplificar diagramas de redes complexos ou carregados, os switches podem ser representados
como uma linha, embora uma rede Ethernet com switches não seja uma tecnologia com barramentos,
como mostrado na Figura 4.

Figura 4 – Símbolo de switches como um barramento

4 Visão geral de redes de acordo com a IEC 61850


4.1 Alocação lógica de funções e interfaces

A IEC 61850-5 especifica três diferentes níveis de aplicação (estação, bay e processo) e a alocação
lógica de funções e interfaces. Esta parte é repetida aqui por conveniência. A Figura 5 apresenta estes
tipos de tráfegos e fluxos de dados.

14 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 5 – Níveis e interfaces lógicas em sistemas de automação de subestações

A nuvem indicada na Figura 5 simboliza uma WAN fora da subestação. O significado das interfaces
é detalhado na Tabela 1.

Tabela 1 – Definições de interfaces da IEC 61850-5 (continua)


IF Definição na IEC 61850-5 Comentário
Troca de dados para proteção entre o bay (vão) O IHM/Gateway do sistema SCADA não é
1
e o nível de estação envolvido com funções de proteção
Troca de dados para proteção entre o nível
GOOSE por túnel, como definido no
2 de bay e a proteção remota (fora do escopo
IEC/TR 61850-90-1
desta Norma)
Relacionado com o barramento de
3 Troca de dados dentro do nível de bay
estação (station bus)
Relacionado com o barramento de
Troca instantânea de dados medidos por
processo (process bus) que não são
4 TC e TP (especialmente amostras) entre os
considerados no barramento de estação
equipamentos primários e o nível de bay
(station bus)
Relacionado com o barramento de
Troca de dados para controle entre os processo (process bus) que não é
5
equipamentos primários e o nível de bay considerado no barramento de estação
(station bus)

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 15


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 1 (conclusão)
IF Definição na IEC 61850-5 Comentário
Troca de dados para controle entre os níveis de Comunicações de barramento de estação
6
bay e de estação para a IHM/Gateway do sistema SCADA
Configuração e monitoração externos de
Troca de dados entre os níveis de estação e a
7 IED e IHM/Gateway do sistema SCADA,
estação de engenharia remota
como a partir de estação de engenharia
Troca direta de dados entre os bays
Relacionado com o barramento de
8 especificamente para funções rápidas, como
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

estação (station bus)


intertravamentos
Comunicações com a IHM/Gateway do
9 Troca de dados dentro do nível de estação
sistema SCADA
Troca de dados de controle entre a estação Comunicações entre a IHM/Gateway do
10 (dispositivos) e o centro de controle remoto sistema SCADA e o centro de controle
(fora do escopo desta Norma) remoto
Troca de dados de controle entre
subestações, por exemplo, sinais binários para Comunicação de subestação para
11
intertravamentos ou outros automatismos entre subestação, a IEC/TR 61850-90-1
subestações

4.2 Camadas de protocolos IEC 61850

4.2.1 Generalidades

A Figura 6 apresenta as camadas básicas de protocolos da IEC 61850. Os protocolos são divididos
entre a camada de tempo real de elevada precisão (hard real-time), suportando os serviços de
valores amostrados, GOOSE e PTP, e uma camada de tempo real de baixa precisão (soft real-time),
suportando o sincronismo de tempo por meio da rede SNTP, a comunicação MMS e os serviços
auxiliares indicados na IEC 61850-8-1. Estes protocolos dependem dos serviços da camada MAC,
que podem suportar VLAN e prioridades 802.1Q, redundância e possivelmente segurança de dados
(não mostrada nesta Norma).

NOTA Foi publicada pela IEC, em 2016, a IEC/IEEE 61850-9-3, Communication networks and systems
for power utility automation ‒ Part 9-3: Precision time protocol profile for power utility automation.

16 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 6 – Camadas de protocolos da IEC 61850

4.2.2 Classes de tráfegos na IEC 61850

A IEC 61850-8-1 e a IEC 61850-9-2 especificam três tipos de tráfegos:

● Tráfego de mensagens MMS, especificado na IEC 61850-8-1, o qual permite que um cliente
MMS, como o sistema SCADA, um servidor OPC ou um gateway acesse “verticalmente” todos
os objetos dos IED. Esse tráfego flui tanto no barramento de estação (station bus) quanto no
barramento do processo (process bus), no entanto alguns IED do barramento de processo não
suportam MMS.

● Tráfego de mensagens GOOSE, especificado na IEC 61850-8-1, o qual permite que os IED
troquem dados “horizontalmente” entre os bays ou “verticalmente” entre o nível de processo
e o nível de bay, especificamente para os sinais de estado e sinais de desligamento (trip) e
frequentemente para intertravamentos. Este tráfego flui normalmente sobre o barramento de
estação e/ou o barramento do processo.

● Tráfego de mensagens SV, especificado na IEC 61850-9-2, o qual transporta valores amostrados
de sinais de corrente e tensão. Esse tráfego flui normalmente sobre o barramento de processo,
mas pode também trafegar sobre o barramento de estação, por exemplo, para a proteção de
barramento e para medição de fasores.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 17


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

4.2.3 Protocolo MMS

O protocolo MMS é um protocolo do tipo cliente/servidor que opera na camada de rede (camada 3).
Desta forma, este protocolo opera com os endereços IP e pode trafegar por meio de roteadores.
Em um de seus modos de operação, o cliente MMS (geralmente o sistema SCADA ou um gateway)
envia uma solicitação para um dado específico para o servidor MMS de um IED, identificado pelo seu
endereço IP. O servidor retorna o dado solicitado em uma mensagem de resposta para o endereço
IP do cliente. Em outro modo de operação, o cliente pode instruir o servidor a enviar uma notificação
espontaneamente no caso de ocorrência de um evento (ver Figura 7).

Para assegurar que nenhum evento seja perdido, o protocolo MMS se baseia no protocolo TCP para
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

a detecção e recuperação de erros.

Um servidor MMS pode suportar diversos clientes simultaneamente, sendo cada cliente tratado de
maneira individual.

Figura 7 – Gráfico de tempo/distância do protocolo MMS

18 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

4.2.4 Protocolo GOOSE

As mensagens GOOSE são trocadas na camada 2 (camada de link), se beneficiando da funcionalidade


multicast proporcionada pelas redes com padrão Ethernet. A comunicação GOOSE consiste em uma
transmissão rápida de mensagens com base na ocorrência de eventos e em uma transmissão cíclica
lenta, como apresentado na Figura 8 (gráfico de tempo/distância) e na Figura 9 (gráfico de tempo).

No caso da ocorrência de uma condição de evento pré-configurada, um IED envia imediatamente


uma mensagem GOOSE, que transporta os valores das variáveis a serem comunicadas na ocorrência
deste evento.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Uma vez que as mensagens GOOSE são do tipo multicast, elas não são confirmadas pelo seu
dispositivo de destino. De modo a evitar a ocorrência de erros transitórios, a mesma mensagem
GOOSE é retransmitida diversas vezes em sequência, em intervalos de tempo T1, depois T2 e depois
T3 (especificado pela aplicação).

Para confirmar a presença da fonte das mensagens, as mensagens GOOSE são retransmitidas em
uma baixa taxa T0.

Uma vez que as mensagens GOOSE operam na camada 2, elas não deixam a LAN e podem não
transpor os roteadores. Estas mensagens são identificadas pelo endereço MAC de sua fonte e por um
identificador (cabeçalho) na mensagem.

O protocolo GOOSE opera com base no princípio publicador/assinante (publisher/subscriber).


Os novos valores recebidos substituem os valores anteriores, ao invés de serem enfileirados
(queuing), no caso de um valor anterior não ter sido processado a tempo. Entretanto, a sobrescrita
não é obrigatória, de modo que o enfileiramento também pode ser utilizado.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 19


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 8 – Gráfico tempo/distância do protocolo GOOSE

A Figura 9 apresenta o mesmo protocolo GOOSE por meio de um gráfico no tempo.

Figura 9 – Gráfico de tempos do protocolo GOOSE

4.2.5 Protocolo SV

O protocolo de valores amostrados (SV), especificado na IEC 61850-9-2, é utilizado principalmente


para transmitir valores analógicos amostrados (corrente e tensão), oriundos de sensores para os IED.

O protocolo SV, de modo similar ao protocolo GOOSE, utiliza a camada 2 multicast, as mensagens
são identificadas pelo endereço MAC de seu emissor (e possivelmente pela identificação VLAN ID)
e um identificador (cabeçalho incluído no corpo da mensagem)

NOTA A IEC 61850-9-2 também prevê a transmissão unicast de mensagens SV, mas isto é raramente
utilizado.

20 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

De modo similar às mensagens GOOSE, não existe um protocolo de retransmissão de mensagens


SV: um valor amostrado que for perdido é sobrescrito pelo próximo valor que chegar com sucesso.

As mensagens do tipo SV, diferentemente das mensagens GOOSE, são transmitidas unicamente de
forma cíclica, em elevada frequência. O padrão UCA 61850-9-2 LE especifica um período de 250 μs
para sistemas elétricos de potência com frequência de 50 Hz e de 208,3 μs para sistemas elétricos de
potência com frequência de 60 Hz.

Com um tamanho típico de 160 octetos, uma mensagem SV leva cerca de 12 μs a 100 Mbit/s (6 % da
largura de banda a 4 800 mensagens SV por segundo [15] 1). Convém que o período inclua o tamanho
máximo de mensagem FTP de 123 μs a 100 Mbit/s (60 % da largura de banda a 4 800 mensagens SV
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

por segundo), limitando assim a quantidade de emissores de mensagens SV conectados em um barra-


mento a cerca de seis emissores. Desta forma, as mensagens do tipo SV devem ser mantidas pequenas.

Para evitar engarrafamentos espúrios de mensagens SV, convém que todas as fontes de SV sobre
o mesmo barramento operem no mesmo período e, preferencialmente, possuam um esquema de
divisão multiplex, como o exemplo mostrado na Figura 10.

Figura 10 – Exemplos de tráfego de SV (4 800 Hz)

4.3 Barramento de estação e barramento de processo

As duas principais interfaces na IEC 61850 são o barramento de estação e o barramento de processo
(ver Figura 11). A IEC 61850-5 utiliza os mesmos termos, “barramento de estação” e “barramento de
processo”, sem uma definição específica. O entendimento geral destes conceitos é:

● O barramento de estação interconecta uma subestação completa e proporciona a conectividade


entre um gerenciamento centralizado e os bays ou cubículos individuais. Esse barramento de
estação também conecta os dispositivos de proteção e de controle existentes dentro do bay ou
dos cubículos, bem como os bays ou cubículos entre si, além de conectar os bays ou cubículos
com o sistema SCADA ou com o gateway de controle do sistema elétrico. O barramento de
estação conecta até centenas de IED. Em grandes redes de comunicação, o barramento de
estação é segmentado, embora todos os segmentos façam parte do mesmo barramento. Diversos
barramentos de estação fisicamente distintos são frequentemente utilizados, por exemplo, um
barramento para cada nível de tensão, com ou sem conexão horizontal. O barramento de estação
tipicamente transporta o tráfego das mensagens do tipo GOOSE (camada 2 multicast) e o tráfego
TCP/UDP (unicast) (como MMS, SNTP, SNMP e FTP), bem como o tráfego de mensagens que

1 Os números entre parênteses são indicados na Bibliografia.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 21


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

não fazem parte da IEC 61850, como as imagens do sistema de supervisão de vídeo (Circuito
Fechado de Televisão – CFTV). O barramento de estação proporciona, de modo geral, somente
serviço de qualidade de sincronismo de tempo de baixa resolução, ou seja, é aceitável algum
atraso (jitter) na entrega das mensagens.

● O barramento de estação também pode transportar o tráfego de mensagens SV (camada 2 multicast),


por exemplo, para proteção de barra e, nesse caso, ele proporciona a mesma qualidade de serviço do
barramento de processo. Pode também ser benéfica a separação do barramento de estação em duas
redes de comunicação, sendo uma rede dedicada ao tráfego de mensagens do tipo SV e a outra ao
tráfego de mensagens que requeiram baixa resolução de sincronismo de tempo.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● O barramento de processo conecta a medição primária e os equipamentos de controle aos IED.


O barramento de processo pode ser realizado em diferentes topologias, desde uma configuração
com várias ligações ponto a ponto até uma rede clássica. O barramento de processo é geralmente
limitado a um bay ou cubículos do sistema elétrico de potência; em aplicações particulares, como
na proteção de barra e na proteção diferencial, o barramento de processo abrange diversos bays
ou cubículos. O barramento de processo transporta tipicamente o tráfego das mensagens do
tipo SV (multicast), GOOSE (multicast) e frequentemente o tráfego MMS (unicast). É esperada
do barramento de processo uma qualidade de serviço de sincronismo de tempo de elevada
resolução, isto é, a transmissão assegura um tempo de entrega adequado mesmo na situação
mais desfavorável. A forma de como prover a rede deste tipo de qualidade de serviço está fora
do escopo deste documento.

NOTA O termo “barramento” possui uma aplicação histórica e somente significa que cada “barramento” é um
domínio broadcast.
A Figura 11 apresenta uma estrutura típica; o bay ou cubículo mais à esquerda possuindo o barramento
de processo é conectado a processadores de I/O para valores analógicos (PIA) e processadores de
I/O para valores binários (PIB).

Figura 11 – Barramento de estação, barramento de processo e exemplos de tráfego

22 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Embora seja possível integrar o barramento de estação e o barramento de processo em uma única
estrutura de rede de comunicação, se uma largura de faixa (bandwidth) suficiente for disponível (por
exemplo, 1 Gbit/s), é prudente que esses barramentos sejam separados por diversas razões, como,
por exemplo, para reduzir o carregamento de tráfego no barramento de estação devido ao tráfego
de mensagens do tipo SV ou para evitar a ocorrência de pontos únicos de falha quando acoplar
fortemente o barramento de processo ao barramento de estação.

5 Lista de verificação de projeto da rede


5.1 Princípios de projeto
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

O projeto da rede de comunicação para automação tem que satisfazer os requisitos de um sistema
de alto nível, bem como os requisitos detalhados do projeto para cada aplicação. Um projeto adequado de
rede de automação requer a compreensão de todos os requisitos funcionais e não funcionais do sistema.
O projeto da rede de comunicação para automação pode ser executado de acordo com os requisitos
específicos para cada aplicação, como a utilização mandatória de GOOSE para a troca de sinais entre
os IED para as funções de desligamento (trip). A capacidade de interface dos IED restringe o projeto.
O estabelecimento de princípios de projeto contribui para a solução de requisitos conflitantes (como, por
exemplo, a segurança pode ser considerada um critério mais importante que o custo).

5.2 Fluxo de engenharia de projeto

O processo de engenharia de comunicação de uma subestação é um equilíbrio entre os aspectos de:

● requisitos de aplicação;

● restrição de topologia e de projeto;

● disponibilidade de produtos;

● custos.

Existem diversos fluxos de engenharia; um exemplo é apresentado na Figura 12. As partes destacadas
estão relacionadas diretamente aos componentes da rede.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 23


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 12 – Exemplo de fluxo de engenharia

5.3 Lista de verificação a ser observada

5.3.1 Resumo

Uma rede de subestações com base na IEC 61850 é projetada, levando em consideração diversos
critérios, dos quais os principais são indicados e detalhados em 5.3.2 a 5.3.19:

● questões ambientais;

● imunidade a interferências eletromagnéticas (EMI);

● fator de forma;

● meio físico;

● aplicação de subestações e topologia de rede;

● redundância;

24 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● confiabilidade, disponibilidade e manutenabilidade;

● fluxos lógicos de dados e padrões de tráfego;

● requisitos de latência (atraso) para os diferentes tipos de tráfegos;

● desempenho;

● gerenciamento da rede;

● supervisão da rede;
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● sincronismo de tempo e precisão;

● conectividade remota;

● segurança cibernética (cyber-security);

● escalabilidade, capacidade de atualização e preparação para o futuro:

● testes;

● custos.

Estes critérios são desenvolvidos após a definição da arquitetura básica da rede.

5.3.2 Questões ambientais

Altos níveis de poluição, sal, umidade, mudanças bruscas de temperatura etc. impõem a utilização de
equipamentos de rede resistentes ou proteção adequada em gabinetes e locais abrigados.

Dispositivos para instalação ao tempo, como interfaces de barramento de processo montadas pró-
ximas aos equipamentos primários, requerem invólucros especiais ou elevado grau de proteção
e conectores adequados. Isto limita a opção de dispositivo disponível ou impõe a realocação.
Os requisitos se aplicam a todos os componentes envolvidos, não apenas aos dispositivos de rede.

As condições ambientais válidas para equipamentos de subestação são especificadas na IEC 61850-3.
Este aspecto não é desenvolvido com mais detalhes neste documento.

5.3.3 Imunidade à interferência eletromagnética (EMI)

Os dispositivos de rede operam sob interferência, causada, por exemplo, pela conexão de carga
indutiva, descargas atmosféricas, descargas eletrostáticas do contato humano, interferência da radio-
frequência devido ao pessoal que usa telefones portáteis, ascensão potencial à terra resultando da
elevação condições de falha atuais etc. A IEC 61850-3 especifica os requisitos de imunidade. Este
aspecto não é mais desenvolvido.

5.3.4 Fatores de forma

A limitação do espaço disponível para a instalação dos equipamentos da rede determina a utilização
de dispositivos com fatores de forma pequenos ou opções de montagens específicas (em trilho DIN
etc.), limitando a escolha de equipamentos. Quando da utilização de equipamentos montados em
rack do tipo 19”, é necessário deixar um espaço suficiente na parte traseira dos painéis, de modo
a assegurar um fluxo de ar adequado. Este aspecto não é desenvolvido com mais detalhes neste
documento.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 25


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

5.3.5 Meio físico

O meio físico é escolhido com base nas condições de EMI, tráfego esperado, distâncias para viagens
e custo. O meio é a fiação de cobre ou fibra óptica, enquanto a taxa de dados é ou 100 Mbit/s ou
1 Gbit/s. Orientações são apresentadas em 6.3.

5.3.6 Aplicação da subestação e topologia de rede

A aplicação da subestação, em particular a proteção do barramento, intertravamento e desligamento


entre subestações, bem como a presença de um sistema de controle remoto da subestação, o método
de conexão dos equipamentos primários etc., determinam os fluxos de dados. A aplicação, portanto,
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

influencia a escolha de rede e a topologia.

A topologia do sistema elétrico de potência, a quantidade níveis de tensão, o método de conexão


dos equipamentos primários (por meio de fiação convencional, mesclando unidade ou por meio de
interfaces com o barramento de processo), a tecnologia dos equipamentos do sistema elétrico de
potência (Isolação a ar/AIS ou Isolação a gás/GIS) e, a localização dos painéis e do sistema de controle
determinam a topologia física da rede de comunicação para automação. Orientações adicionais são
apresentadas na Seção 7 e nos estudos de casos apresentados nos Anexos A, B, C e D.

5.3.7 Redundância

O valor do equipamento protegido para a operação determina o nível de redundância a ser observado.
Um requisito usual é que seja evitada a ocorrência de qualquer ponto de falha em comum, o que
implica na introdução de redundâncias.

Orientações são apresentadas em 7.2 e 13.1.

5.3.8 Confiabilidade, disponibilidade e manutenabilidade

A redundância por si só não assegura um elevado nível de disponibilidade. A operação do sistema


elétrico pode ser prejudicada devido a longos tempos de recuperação e devido a falhas de manutenção.
Os equipamentos devem ser instalados de modo a simplificar a manutenção e para reduzir o tempo
médio para reparo - MTTR (Mean Time To Repair).

● As empresas concessionárias desejam estimar a frequência com que a automação de uma


subestação ou um bay é encerrada devido a uma falha dos IED e à frequência com que um
elemento elétrico não seja capaz de operar quando solicitado (PFD = probabilidade de falha
demanda; ver IEC 61508-4).

● As empresas concessionárias desejam estimar a frequência com que qualquer componente do


sistema de automação falha (MTTF = tempo médio para falhar) e com que frequência uma equipe
de reparo deve ser enviada para substituir as partes com falha (MTBR = tempo médio entre
reparos). O MTBR pode exceder o MTTF quando existir redundância.

● A contribuição da indisponibilidade da rede para a dependabilidade da subestação deve ser


avaliada com base na análise de função a função.

● Os requisitos aplicáveis à rede como um todo ou partes da rede são especificados como o MTTF
desejado, MTBR e MTTR.

Métodos como o FMEA permitem a detecção de pontos fracos.

Orientações são apresentadas em 13.2.

26 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

5.3.9 Fluxos lógicos de dados e padrões de tráfego

Os fluxos de dados lógicos dependem de cada aplicação e são especificados pelo arquivo SCD, que
permite definir o tráfego em regime estacionário, enquanto que operações típicas, como transferência
de barramento, definem os padrões de pico de tráfego. A orientação é dada em 10.1.1.

5.3.10 Latências (atrasos) para os diferentes tipos de tráfego

As aplicações de proteção e controle definem os requisitos de latência. Isto influencia a segmentação


da rede e o número permitido de dispositivos em cascata. Isto é detalhado na Seção 11.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

5.3.11 Desempenho

Para evitar ou minimizar sobrecargas, os dispositivos e elementos de rede devem manipular o tráfego
previsto. Isso influencia a escolha dos elementos. O tráfego desnecessário pode ser limitado definindo
os domínios de multicast ou VLAN. A orientação é dada na Seção 8.

5.3.12 Gerenciamento das redes

O gerenciamento das redes está relacionado à configuração da rede e à alocação dos endereços e,
ao mesmo tempo, limitando o tráfego por meio dos domínios do multicast ou da VLAN.

As ferramentas de gerenciamento de rede estabelecem os parâmetros dos switches, em particular


filtros multicast e VLAN.

5.3.13 Supervisão da rede

As ferramentas e aplicativos de supervisão monitoram a rede de comunicação para automação para


detectar a presença ou a ausência de dispositivos, falhas de links de comunicação ou degradação do
desempenho. Isso permite a geração de mapas de visualização da rede e monitoração de estado dos
dispositivos. As orientações encontram-se na Seção 16.

5.3.14 Sincronismo de tempo e precisão

O método de sincronismo de relógio depende da precisão requerida por uma determinada aplicação.
A precisão da estampa de tempo para valores amostrados é muito maior do que para a estampa de
tempo para eventos simples. Mais detalhes são encontrados na Seção 14.

5.3.15 Conectividade remota

O estado e eventos da subestação são comunicados para entidades externas, como um centro de
controle, por exemplo, por meio de linhas dedicadas ou por meio de redes de comunicação públicas
ou privadas (tema fora do escopo deste Relatório Técnico). Um gateway pode manter uma imagem da
subestação, de modo que o acesso aos IED não seja necessário.

Algumas operadoras requerem que os IED sejam acessíveis externamente às subestações para
fins de manutenção ou de atualização. Para essa finalidade, os IED possuem um endereço IP
externo (público) que deve ser mapeado para um endereço IP interno (privado), dentro da rede de
comunicação para automação da subestação. Esse mapeamento é executado, preferencialmente, por
um gateway dedicado ou por um roteador com a funcionalidade de firewall. A conectividade remota
não é considerada com mais detalhes neste documento.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 27


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

5.3.16 Segurança cibernética

Quando a rede da subestação é conectada a uma WAN corporativa ou remotamente acessada,


a segurança cibernética deve ser assegurada. Uma forma adequada é não permitir o acesso externo,
com exceção da utilização de gateways controlados, quando esse acesso remoto é necessário.
Mesmo quando a rede de comunicação de automação é completamente isolada e nenhum equi-
pamento remoto é conectado, são recomendados mecanismos de segurança cibernética nos equi-
pamentos da rede, por meio de controle de acessos ao sistema de automação (syslogs), rastrea-
mento de auditoria de segurança, senhas, controle de acesso, segurança das portas de comunicação
e encriptação, uma vez que esses mecanismos de segurança também aumentam a resiliência contra
erros de configuração e de instalação.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Enquanto a encriptação de mensagens pode ser requerida externamente às subestações, no interior


do ambiente adequadamente protegido de uma subestação, a segurança por meio da autenticação
é considerada suficiente. Uma avaliação de risco completa é recomendada antes da definição das
medidas de segurança cibernética, em função da complexidade adicional na realização e no geren-
ciamento, que resultam em custos.

Informações sobre a segurança cibernética são apresentadas nas IEC 61850-8-1, IEC 61850-9-2,
IEC/TR 61850-90-5 e IEC 61588:2009, Anexo K, embora a maior parte dos trabalhos seja em nível
experimental. Um problema em particular é a conciliação da maior complexidade do sistema devido
à segurança cibernética com os elevados tráfegos de comunicação e os pequenos atrasos requeridos
para as funções de comunicação em tempo real.

Detalhes podem ser encontrados na IEC/TS 62351-6. Os detalhes podem ser encontrados na
IEC/TS 62351-6; a segurança cibernética não é mais detalhada neste documento.

5.3.17 Escalabilidade, capacidade de atualização e preparação para o futuro

Para atualização de firmware ou de hardware, bem como para inclusão de novas aplicações ou de
novos bays ou cubículos, sem que sejam necessárias modificações significativas da infraestrutura
básica, a rede de comunicação para automação deve ter uma capacidade de reserva (por exemplo,
pela utilização de links Ethernet de 1 Gbit/s entre os switches, quando à princípio 100 Mbit/s poderiam
ser suficientes) e deve ser adequadamente segmentada. A seleção dos equipamentos com suporte
interno (built-in) para atualizações facilita a execução de futuras expansões. Este aspecto é considerado
nas topologias apresentadas na Seção 7.

5.3.18 Testes

Uma vez que a rede tenha sido projetada, a sua conformidade com os requisitos necessita ser testada,
primeiramente por meio de uma verificação de projeto, posteriormente por meio de Testes de Aceitação
em Fábrica (TAF) e finalmente por meio de Testes de Aceitação em Campo (TAC). Orientações sobre
isso são apresentadas na Seção 18.

NOTA 1 Os ensaios de conformidade estão fora do escopo deste Relatório Técnico, sendo especificados
na ABNT NBR IEC 61850-10.

NOTA 2 A ABNT NBR IEC 62381 apresenta requisitos sobre sistemas de automação de processos
industriais – Testes de Aceitação em Fábrica (TAF), Testes de Aceitação em Campo (TAC) e Testes de
Integração em Campo (TIC).

NOTA 3 Com relação a requisitos de testes funcionais e de comissionamento de sistemas de automação


elétricos, encontra-se em elaboração pelo TC 57 da IEC (Power systems management and associated

28 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

information exchange) a IEC 61850-10-3, Communication networks and systems for power utility automation ‒
Part 10-3: Functional testing of IEC 61850 based systems.

NOTA 4 O termo “teste” foi utilizado ao longo desta Norma em vez do termo “ensaio” em função da realidade
de sua aplicação prática, consolidada e consagrada ao longo do tempo no Brasil por parte das empresas,
entidades, associações e profissionais brasileiros envolvidos com as atividades de execução e supervisão de
TAF, TAC e TIC, de acordo com a ABNT NBR IEC 62381.

5.3.19 Custos

Os custos da rede de comunicação para automação do sistema elétrico estão condicionados ao


orçamento disponível. Os custos são normalmente divididos em custos de investimento e custos
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

de manutenção. Os cálculos econômicos devem considerar os custos de materiais e custos de


engenharia, oriundos da complexidade do projeto da rede e da sua configuração, bem como os custos
de manutenção e de sobressalentes. Por exemplo, a economia por meio da utilização de cabos de
cobre mais baratos pode ser perdida pelos custos devido ao tempo requerido para a localização de
falhas nos cabos e conexões. Este aspecto não é mais desenvolvido.

6 Tecnologia Ethernet para subestações


NOTA Após a publicação do IEC TR 61850-90-4 Ed. 1.0, em 2013, foram publicadas as seguintes normas
internacionais sobre o padrão Ethernet:

ISO/IEC/IEEE 8802-3, Information technology ‒ Telecommunications and information exchange between


systems – Local and metropolitan area networks ‒ Specific requirements ‒ Part 3: Standard for Ethernet;

ISO/IEC/IEEE 8802-3-1, Standard for Management Information Base (MIB) – Definitions for Ethernet

6.1 Subconjunto Ethernet para automação de subestações

Existe um grande número de tutoriais sobre a tecnologia Ethernet, e esta Seção 6 não é substituto para
eles. A automatização da subestação, entretanto, contempla somente um subconjunto dos protocolos
do Ethernet e do Internet e ignora limitações do legado.

Portanto, os engenheiros precisam estar cientes apenas de algumas opções, que são resumidas
nesta Seção 6.

Uma vez que a maior parte da Seção 6 pode ser aplicada a qualquer rede de automação industrial,
o aplicativo para IEC 61850 ou subestações está contido em notas, que apontam para as explicações
detalhadas específicas do aplicativo correspondente.

6.2 Topologia

A Ethernet é uma “rede conectada por switches”, consistindo em “nós” e “switches” conectados a links
ponto ao ponto, como mostrado na Figura 13.

Os switches que operam na camada 2 (somente com endereço MAC) são denominados “bridges”
(pontes), de modo que o termo “bridge” é utilizado sempre que se referir a uma funcionalidade de
camada 2 de um switch.

NOTA Hubs são repetidores de sinal ainda mais simples do que switches não gerenciáveis, mas eles não
estão mais em uso, ao contrário de switches, eles podem não impedir colisões.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 29


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Na Figura 13, a nuvem amarela representa a parte da rede local (LAN) que não seja um nó, mas
incluindo os switches (pontes). Os nós são conectados por links terminais, enquanto os switches
(pontes) são conectados entre si com um link de tronco (trunk), que transporta tráfego maior que
os links terminais e, portanto, requerem maior largura de faixa. As interligações dos nós da rede
introduzem links redundantes (como qualquer dos links de tronco indicados na Figura 13) e demandam
a existência de um protocolo, como o RSTP, para evitar a ocorrência de “loops”, isto é, que frames de
dados circulem indefinidamente.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 13 – Rede de área local Ethernet (com links redundantes)

Os nós denominados como “nós de conexão” (“bridging nodes”) incorporam a funcionalidade de switch
(ponte) para um número limitado de portas (normalmente duas). Estes dispositivos, em particular os
DANH (Doubly Attached Nodes) em rede HSR, combinam as propriedades de nós e de switch (ponte),
permitindo um encadeamento de dispositivos, como mostrado na Figura 13 (lado direito).

Os switches são nós de conexão que possuem múltiplas portas e replicam o tráfego recebido em
uma porta para uma ou mais portas, se nenhuma filtragem for aplicada. Os switches podem possuir
funcionalidades adicionais, como SNMP e sincronismo de relógio.

O tempo de resposta (latência) aumenta com a quantidade de switches em série multiplicada pelo
atraso no encaminhamento, de modo que a quantidade de saltos (hops) é limitada em uma rede.
Alguns protocolos, como o RSTP, limitam a quantidade de switches (pontes) em cerca de 40.

A Figura 14 mostra um switch (ponte) com links conectados às portas.

30 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 14 – Switch com portas para cabos de cobre (RJ45)

NOTA A IEC 61850 não define precisamente a tecnologia Ethernet, a fim de levar em consideração a
evolução da tecnologia e os progressos técnicos, embora a utilização de Ethernet conectada por switches
esteja implícita.

6.3 Camada física

6.3.1 Meio físico e taxa de dados

Uma rede de comunicação normalmente inclui links com diferentes velocidades. Por exemplo, é
considerada adequada a conexão dos nós terminais a switches (pontes) com links de 100 Mbit/s
e a conexão entre switches (trunk) com 1 Gbit/s. A distância que pode ser coberta por uma rede de
comunicação diminui com o aumento da taxa de transmissão, uma vez que o produto largura de faixa
x distância representa um limite fundamental de cada meio físico de transmissão (cabos de fibra óptica
ou cabos de cobre).

NOTA A IEC 61850 considera duas camadas físicas (fibra óptica e cabos de cobre) e duas taxas de
transmissão de dados (100 Mbit/s e 1 Gbit/s). As futuras ampliações de maiores taxas de transmissão são
possíveis. Casos especiais, como as comunicações entre as subestações, requerem diferentes velocidades
de taxas de transmissão ou mesmo protocolos de LAN. Enquanto os cabos de cobre puderem ser utilizados
dentro de painéis e cubículos, cabos de fibra óptica do tipo multimodo representam a escolha adequada
quando a isolação galvânica for necessária. Aplicações específicas caracterizadas por grandes distâncias
entre os IED, como a aplicação de proteção diferencial entre as subestações ou entre as torres de geradores
eólicos, separadas por dezenas de quilômetros, requerem a conexão por meio de modems especiais ou
conexões por rádio ou por meio de cabos de fibra óptica do tipo monomodo.

6.3.2 Comunicação full-duplex e autonegociação

Os controladores Ethernet operam em modo full-duplex, o que significa que eles podem enviar e
receber simultaneamente em um mesmo link. Alguns tipos “antigos” de controladores Ethernet são
inicializados, por padrão, em modo half-duplex, o que representa uma possível fonte de erro de
configuração a ser verificada.

No modo full-duplex, a limitação de 100 m especificada na ISO/IEC/IEEE 8802-3 (IEEE 802.3), imposta
pelos atrasos de propagação de sinais do modo half-duplex, não mais se aplica, uma vez que colisões
de comunicações não são esperadas.

Os controladores Ethernet podem detectar a taxa de transmissão e os ajustes duplex de outros


dispositivos da rede em um link de comunicação com autonegociação (auto-negotiation). Essa

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 31


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

funcionalidade é geralmente relacionada com a capacidade de detectar corretamente a polaridade dos


cabos e circuitos, isto é, de evitar a utilização de cabos com conexões cruzadas (“crossed cables”).
São necessários cuidados, uma vez que os ajustes incorretos podem causar erros de comunicação
duplex, levando a perda de frames.

NOTA 1 Extensões de carrier, de modo a estender o tamanho do slot (frame de dados) para 512 bytes, são
requeridas somente para transmissão half-duplex 1000BASE-X e não são aplicáveis neste caso.

NOTA 2 A Série IEC 61850 leva em consideração que a comunicação seja sempre do tipo full-duplex
e autonegociada (auto-negotiated), isto é, as portas dos pares são configuradas para reconhecer automati-
camente a polaridade das conexões, o ajuste duplex e a velocidade de transmissão comum mais elevada.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

6.3.3 Cabeamento de cobre a 100 Mbit/s


O cabeamento de cobre é um meio rentável, suportado pela maioria dos PC, mas somente pode ser
utilizado quando a separação galvânica não for necessária. De fato, o transformador de acoplamento
com isolação galvânica oferece somente uma separação limitada da tensão.
O cabeamento em cobre pode ser considerado um meio de conexão de baixo custo, suportado
por muitos computadores pessoais (tipo PC), mas somente pode ser utilizado quando a separação
galvânica não for necessária. De fato, pode ser verificado que os transformadores de isolação e de
acoplamento oferecem uma limitada separação galvânica de tensão.
O cabo de cobre de conexão recomendado é o de categoria Cat5e, o qual contém dois pares trançados
e permite um encaminhamento de cerca de 100 m de comprimento.
Os conectores recomendados são do tipo RJ45 (do qual somente quatro pinos são utilizados), como
apresentado na Figura 15.

Figura 15 – Diagrama de um conector do tipo RJ45


NOTA 1 Os conectores do tipo RJ45 são considerados “populares”, embora não sejam devidamente
robustos, podendo ser desconectados em casos de vibração e se não suportarem fortes esforços sobre eles,
como uma pisada de sapato. Conectores com maior robustez, como os conectores do tipo M12, são previstos

32 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

para instalações expostas ao tempo, embora não possa ser imposta a sua utilização em subestações.
A solução prática é fixar os cabos por meio de instalação de canaletas ou leitos de cabos, em vez de utilizar
capas para proteção dos conectores.

Somente cabos com conexão do tipo direta podem ser utilizados (ao invés de cabos com conexões
cruzadas do tipo “crossover cables”), uma vez que a maioria dos switches (pontes) é capaz de
reconhecer o par de transmissão (TX) e de recepção (RX) em um par de cabos, uma característica
conhecida como Auto-MDI(X).

Em casos de distâncias menores que 100 m, os cabos de cobre são mais limitados por fatores
relacionados com a compatibilidade eletromagnética (EMC) do que pela atenuação causada pelos
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

cabos. É recomendado que este tipo de cabeamento seja utilizado somente entre os dispositivos que
possam ser conectados galvanicamente e onde os distúrbios eletromagnéticos sejam baixos.

Existem basicamente dois tipos de cabos: os fios (unipolares ou singelos) para instalações fixas
em paredes, para conexão de tomadas, e os cabos do tipo multipolar (multicabos) para instalação
entre conectores e em equipamentos móveis, como em computadores. A fiação unipolar pode
ser considerada de menor custo que a fiação multipolar, nos casos de instalações domésticas ou
comerciais, mas a sua utilização não é recomendada, uma vez que não é adequada para casos de
ocorrência de vibração e pode não ser utilizada em conectores do tipo RJ45.

NOTA 2 Na IEC 61850, a utilização de cabeamento de cobre pode ser recomendada para instalação no
interior dos painéis ou cubículos, por exemplo, para a conexão direta entre os IED, onde a ocorrência de
distúrbios eletromagnéticos é menor e onde a separação galvânica não é crítica.

6.3.4 Cabeamento em fibra óptica a 100 Mbit/s (100BASE-FX)

6.3.4.1 Fibra

A tecnologia 100BASE-FX utiliza um par de fibras, permitindo distâncias de cerca de 2 000 m para
fibras do tipo multimodo e de cerca de 10 000 m para fibras do tipo monomodo.

Os cabos ópticos recomendados são os pares de fibras multimodo de 50 μm (50/125).

A cor da capa dos cabos não é especificada na IEC 61850. Em instalações com redes ou dispositivos
redundantes, é recomendada a utilização de cabos com cores e tonalidades diferentes para cada LAN,
por exemplo, cabos com capa na cor laranja e azul claro. Em redes de comunicação com arquitetura
em anéis do tipo HSR, têm sido utilizados cabos com capa na cor amarela.

NOTA 1 Os cabos ópticos individuais que utilizam conectores ST ainda são amplamente utilizados, o
que requer a rotulagem individual das fibras. A mudança para cabos emparelhados e conectores LC facilita
a identificação correta das fibras.

NOTA 2 Fibras do tipo 62,5 μm (62,5/125) proporcionam, de alguma forma, um desempenho de largura
de faixa x distância um pouco menor do que as fibras do tipo 50 μm, então elas são intercambiáveis com
as fibras do tipo 50 μm, embora não em todas as aplicações. Manter as fibras ópticas padronizadas do tipo
50 μm em estoque assegura uma substituição adequada das fibras, quando necessário.

NOTA 3 Fibras do tipo monomodo são capazes de serem instaladas em distâncias de 10 km ou mais,
embora requererem que a fibra, o dispositivo de envio e o dispositivo de recepção sejam apropriados
(casados). Este tipo de fibra é utilizado normalmente para links de tronco (trunk) entre áreas remotas, quando
as condições requererem a sua utilização, uma vez que elas possuem um custo mais elevado, possuem
menor confiabilidade e requerem conjunto receptor e transmissor especial.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 33


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Os cabos múltiplos da fibra óptica do núcleo podem ser vantajosos para topologias em estrela
e conexões reservas.

6.3.4.2 Conectores

É recomendada a utilização de conectores ópticos do tipo LC (IEC 61754-20), como mostrado na


Figura 16.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 16 – Conector do tipo LC

NOTA 1 Conectores ST do tipo baioneta (IEC 61754-2) eram os conectores preferidos na IEEE 802.3
e ainda são amplamente utilizados, mas os conectores do LC têm um fator de forma menor e evitam a
inversão da fibra. Fibras de remendo com conector ST em uma extremidade e LC na outra permitem conectar
switches e nós de tipo diferente.

NOTA 2 Além dos conectores dos tipos ST e LC, existem também os conectores dos tipos SC e MTRJ, os
quais não são recomendados. Os conectores do tipo SC possuem os mesmos tipos de problemas com relação
ao tipo ST, sobre a necessidade de identificação dos cabos. Os conectores do tipo MTRJ possuem caracterís-
ticas de projeto e mecânicas mais complexas do que o tipo LC e, desta forma, são mais suscetíveis a perdas
(atenuação) e baixo desempenho, especialmente em taxas de transmissão mais elevadas, como 1 Gbit/s.

A Figura 17 apresenta um exemplo de switch (bridge) com três portas conectadas por conectores do
tipo LC.

Figura 17 – Switch com cabos ópticos (conectores do tipo LC)

NOTA Na Série IEC 61850, os cabos ópticos são usados sempre que a separação galvânica for necessária,
por exemplo, entre painéis ou cubículos separados, ou entre edificações.

34 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

6.3.5 Cabeamento óptico a 1 Gbit/s (1000BASE-LX)

Cabos do tipo 1000BASE-LX são recomendados para links de tronco (trunk).

A interface óptica 1000BASE-LX10 pode utilizar as mesmas fibras da interface 100BASE-FX.

O tipo de cabo de fibra óptica recomendado é o tipo multimodo 50 μm (50/125), para distâncias de
até 550 m, ou monomodo, para distâncias de até 10 000 m. Os dois tipos de cabos de fibra óptica
possuem símbolos diferentes nos diagramas de rede.

6.3.6 Cabeamento de cobre a 1 Gbit/s


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Este tipo de cabeamento não é previsto na IEC 61850-8-1 ou na IEC 61850-9-2.

NOTA A utilização de fiação em cobre para 1 Gbit/s é possível, caso sejam utilizados cabos de alta
qualidade, embora esse tipo de aplicação não seja recomendado devido a problemas práticos, como a
compatibilidade eletromagnética (EMC) e um tempo de recuperação de link da ordem de 500 ms, após uma
interrupção da rede. Além disto, manter dois tipos de cabos de cobre fisicamente similares em estoque pode
causar confusão. A utilização de cabos de fibra óptica é recomendada, em vez de cabos de cobre.

6.4 Camada de link

6.4.1 Endereços MAC unicast e multicast

Cada frame transporta endereços de 48 bits da origem e do destino, sendo que o endereço do destino
pode ser unicast (destinatário único), multicast (conjunto de destinatários) ou broadcast (enviados
para todos os nós da rede da área local - LAN). A IEEE 8802.3 aloca os endereços da fonte para os
fabricantes de dispositivos e os endereços multicast para os organismos de normalização.

Endereços multicast são reconhecidos porque o bit menos significativo do primeiro octeto é designado,
por exemplo, 01-1B-19-00-00-00 para o protocolo PTP.

Alguns endereços multicast são reservados e muitos não são encaminhados pelos switches. Esses
endereços são relacionados na IEEE 802.1Q – Tabela 8-1. Estes endereços são principalmente
reservados para o tráfego de comunicação entre pares, como RSTP, LLDP ou PTP.

Um domínio multicast é o conjunto de todos os dispositivos que recebem um determinado endereço


multicast.

Um controlador Ethernet decodifica o endereço de destino de um frame e somente encaminha esse


frame para a sua aplicação se coincidir com o seu próprio endereço ou, sendo um endereço multicast,
pertencente à sua tabela de endereços de assinantes. Entretanto, nem todos os controladores Ethernet
realizam a filtragem multicast.

A configuração do controlador em um modo indiscriminado - não seletivo ou “promíscuo” (por exemplo,


para monitoramento de tráfego) - faz com que ele receba todo o tráfego, com o correspondente
carregamento do processador.

NOTA Na série IEC 61850, como mostra a Tabela 38, o tráfego de mensagens nos protocolos MMS
e FTP utiliza endereços unicast; o tráfego das mensagens nos protocolos GOOSE, SV e PTP utiliza endereços
multicast; outros poucos protocolos, como o ARP, utilizam endereços broadcast.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 35


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

6.4.2 Camada de enlace e switches

Assume-se que todas as portas dos switches operem no modo full-duplex.

Os switches operam com base nos endereços MAC e parcialmente no frame Ethernet de dois octetos
Ethertype.

A princípio, um switch repete um frame recebido em uma porta para todas as suas outras portas. Esse
tipo de operação pode ser, entretanto, restringido por meio de diversos mecanismos, como:

● prevenção de ocorrência loop (por exemplo, pela execução de protocolo RSTP);


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● filtragem de endereço MAC, na qual um switch “aprende” o endereço MAC dos dispositivos
conectados a uma porta e somente replica um frame unicast para aquela porta – esse mecanismo
pode não ser desabilitado;

● filtragem de tráfego multicast ou por VLAN;

● controle de redundância (por exemplo, protocolos HSR ou PRP).

6.4.3 Nós de ligação

Os nós de ligação executam um subconjunto de funcionalidades de pontes; eles, no mínimo, permitem


um encaminhamento do tráfego e podem, em algumas ocasiões, evitar a ocorrência de laços (loops).

NOTA Na Série IEC 61850, os protocolos de nós de ligação considerados são RSTP e HSR. O protocolo
PRP não é, por si só, um protocolo de ponte ou anel.

6.4.4 Prevenção de loops e RSTP

Switches com interfaces Ethernet permitem mais do que um caminho desde uma fonte até um destino,
criando caminhos redundantes, intencionais ou não. Isso cria loops físicos na rede de comunicação.
Tais loops podem provocar uma “avalanche de broadcast”, na qual frames broadcast ou multicast
podem circular indefinidamente e criar cópias, consumindo toda a largura de faixa e inundando a rede
de comunicação. Isso pode também ser aplicável a frames unicast no momento da inicialização do
sistema. Para evitar a ocorrência destas situações, um protocolo executado pelos switches mantém
uma estrutura lógica ramificada sem loops, assegurando que o melhor caminho seja utilizado. Este
protocolo também assegura uma recuperação, no caso de ocorrência de uma falha de um switch ou
de um link.

O protocolo RSTP é um protocolo bastante utilizado para evitar a ocorrência de loops.

O protocolo RSTP é executado por switches da rede e não por dispositivos terminais.

O protocolo RSTP converte arbitrariamente uma rede fisicamente em malha para uma topologia lógica
em formato de árvore, pelo bloqueio de portas que poderiam provocar loops no nível da camada física
(ver Figura 18).

36 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 18 – Princípio do protocolo RSTP

Para isso, são atribuídas prioridades aos switches e custos são atribuídos aos links, dependendo
de sua velocidade de transmissão. Cada switch também possui um único endereço MAC. Cada
switch envia mensagens entre pares para os seus dispositivos vizinhos, denominadas BPDU (Bridge
Protocol Data Units), que indicam para os seus vizinhos a sua prioridade e o percurso para alcançar o
switch raiz (root bridge). Os BPDU são trocados periodicamente entre switches para detectar e corrigir
alterações na topologia da rede.

Inicialmente, os switches decidem entre eles mesmos qual switch executa o papel de “switch raiz”.
O switch com a prioridade mais baixa é eleito o switch raiz. Em caso de dois ou mais switches possuírem
a mesma prioridade, o switch com o mais baixo endereço MAC é eleito como switch raiz.

O switch raiz se posiciona no topo da hierarquia (independentemente de sua localização física na rede
de comunicação).

O custo do caminho considera a quantidade de switches intermediários até o switch raiz a velocidade
de comunicação do link entre os switches.

Quando um switch pode alcançar o switch raiz por meio de diversas de suas portas, ele escolhe
a porta com o menor custo como a porta-raiz e bloqueia as outras portas, as quais se tornam “portas
alternativas”. A porta do outro lado da porta-raiz se torna a “porta designada”. Se os custos dos
caminhos forem iguais, o número da porta é utilizado para quebrar o empate.

No caso de um switch detectar que um link para a sua porta designada se tornou inativo (sem mais
BPDU ou falha na conexão física), o switch desbloqueia a porta alternativa com o menor percurso
para a raiz e encaminha o tráfego por meio dessa porta. Entretanto, se o nó-raiz falhar, o switch sem
conexão para a raiz considera que ele mesmo é a nova raiz e envia BPDU anunciando o custo zero
para a raiz (ele mesmo). Uma vez que diversos nós são capazes de reagir da mesma forma ao mesmo
tempo, quando dois nós pretenderem ser o nó raiz, aquele com a prioridade mais baixa e com o menor
endereço MAC rebaixa o outro.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 37


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

O protocolo RSTP considera que os switches são configuráveis. A designação do switch raiz eleva
o desempenho e reduz o tempo de reconfiguração, no caso de ocorrência de falha de um switch ou
de um link.

A utilização do RSTP como um protocolo de redundância é detalhada em 6.4.10.2.

NOTA A Série IEC 61850 considera como protocolos para a quebra de loops os protocolos RSTP e HSR
(ver 6.4.10.4), os quais possuem diferentes princípios de funcionamento.

6.4.5 Controle de tráfego em switches


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

O controle de tráfego tem como objetivo diferentes finalidades:

● redução do tráfego de um dispositivo terminal lido, fazendo com que o switch envie somente a
parte aplicável do tráfego para o dispositivo terminal. Os dispositivos terminais normalmente não
filtram o tráfego, exceto se o hardware ou o controlador for capaz de decodificar os endereços
MAC;

● redução do tráfego em links compartilhados (trunk) e segmentação da rede;

● atribuição de prioridade à classe do tráfego.

6.4.6 Filtragem unicast por endereço MAC

Para reduzir o tráfego, todos os switches filtram o tráfego unicast em direção às respectivas portas de
saída. Para que isso seja realizado, um switch “aprende” o endereço MAC dos dispositivos que estão
conectados a cada uma de suas portas.

Quando o switch recebe um frame em uma determinada porta de entrada, ele registra o seu endereço
MAC no seu “banco de dados de filtragem” (filtering database). Ele então procura em seu banco de
dados de filtragem para verificar se o endereço MAC do dispositivo de destino relacionado com o
frame recebido se encontra registrado e para qual porta. Se o endereço MAC estiver registrado, o
switch direciona este frame, de modo unicast, somente para aquela porta específica; caso contrário, o
switch envia o frame para todas as suas portas de saída.

Os nós conectados às outras portas do switch, desta forma, não são sobrecarregados por qualquer
tráfego que não seja endereçado a eles, após a troca do primeiro frame. A filtragem por endereço MAC
é efetuada de maneira automática pelos switches e normalmente pode não ser desabilitada.

O switch não aplica a filtragem por endereço MAC para tráfego do tipo multicast, uma vez que, neste
caso, todos os nós da rede são o destino.

A filtragem por endereço MAC evita que um dispositivo de monitoração conectado a uma porta obtenha
acesso a todo o tráfego da rede. Para fins de manutenção da rede, é utilizado o espelhamento de
porta.

NOTA 1 Na IEC 61850, a filtragem por endereço MAC somente reduz o tráfego de mensagens do tipo MMS
ou outros tipos de tráfego com endereço IP, não reduzindo ou filtrando o tráfego de mensagens dos tipos
GOOSE e SV, que são do tipo multicast.

NOTA 2 O desempenho da filtragem de tráfego por endereço MAC depende da tecnologia utilizada pelos
switches para “aprender” o endereço MAC dos frames que ingressam. Os switches que endereçam ou
reduzem (hash) endereços MAC com 48 bits para um número menor de bits são afetados por eventuais
colisões de endereçamento (hash), o que faz com que alguns frames sejam enviados de modo broadcast, ao

38 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

invés de modo unicast. Os switches que utilizam endereçamento do tipo CAM (Content Addressable RAM)
ou do tipo listas de endereços organizadas (sorted-lists) não apresentam esse tipo de problema.

6.4.7 Filtragem por meio de endereçamento MAC de multicast

6.4.7.1 Princípios da filtragem multicast

Em um modo de operação padrão, uma porta de switch encaminha todos os frames de modo multicast.

Nos casos em que o tráfego multicast for significativo, a filtragem multicast pode reduzir o carregamento
de processamento dos dispositivos finais da rede, deixando passar somente aqueles endereços
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

multicast para os dispositivos finais de rede envolvidos ou relacionados. Os dispositivos finais da rede
não possuem normalmente a capacidade de efetuar uma filtragem multicast, de modo que a porta de
borda do switch efetua a filtragem em seu lugar.

Para reduzir o tráfego multicast, uma porta de um switch gerenciável tem que possuir uma tabela de
filtragem multicast configurável, a qual relaciona quais endereços multicast podem sair por essa porta.

Uma filtragem multicast sobre uma porta é sempre associada a uma VLAN, uma vez que um mesmo
endereço multicast poderia ser indicado em diferentes VLAN (ver 6.4.8). Isso ressalta o fato de que
um domínio multicast representa um subconjunto de uma VLAN. A filtragem multicast, no entanto, não
requer a utilização de VLAN na rede, podendo operar com um valor padrão VID = 1 (identificador de
VLAN de gerenciamento) por meio da respectiva LAN.

A filtragem multicast pode também ser aplicada a portas-tronco (trunk), de modo a limitar o tráfego de
domínios multicast.

Portanto, é importante atribuir corretamente os endereços de multicast no estágio de engenharia.

NOTA A atribuição de domínios de multicast para regiões de automação de subestação é descrita em


12.3. Na IEC 61850-6, o multicast endereça IED de recebimento, o que pode ser deduzido dos arquivos SCD
e CID.

6.4.7.2 Gerenciamento multicast estático

Em um gerenciamento multicast do tipo estático, os filtros multicast das portas do switch são
configurados explicitamente durante a etapa de engenharia de detalhamento de projeto da rede.

Os switches são configurados pela utilização de programas dos respectivos fabricantes (até que
sejam disponíveis no mercado programas genéricos de configuração). O carregamento dos dados
de configuração de um switch ocorre, por exemplo, por meio de comunicação serial, ou por meio de
interface de web ou por meio de protocolo do tipo SNMP.

Os switches são configurados utilizando as ferramentas do fabricante (até que surjam ferramentas
de configuração genéricas). O carregamento da configuração de um switch ocorre, por exemplo, por
meio de uma linha serial, por meio de uma interface da Web ou por meio do protocolo SNMP.

NOTA A Seção 19 apresenta o modelamento de switches com objetos de acordo com a IEC 61850
e apresenta modos de configurações genéricos de switches. Este tipo de configuração genérica permite
configurar switches por meio de mensagens do tipo MMS. Para os IED que são capazes de filtragem multicast,
a configuração pode ser alterada por meio do carregamento ao IED do respectivo arquivo do tipo CID.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 39


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

6.4.7.3 Gerenciamento multicast dinâmico

Se os dispositivos terminais forem configurados com os endereços de multicast para os quais eles são
endereçados, podem reivindicar a filtragem da porta da ponte que é anexada para utilizar protocolos de
gerenciamento por meio de GMRP ou de MMRP, que constroem uma árvore de transmissão múltipla.

NOTA O protocolo GMRP (GARP Multicast Registration Protocol) foi substituído pelo protocolo MRP
(Multiple Registration Protocol), em 2007. O protocolo GARP (Generic Attribute Registration Protocol) foi
substituído pelo protocolo MVRP (Multiple VLAN Registration Protocol), em 2005.

Para efetuar esta filtragem, todos os dispositivos terminais necessitam implementar, pelo menos,
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

a funcionalidade de “simples inscrição”.

Enquanto este método permite um certo “plug-and-play”, o tráfego de rede resultante dificilmente pode
ser previsto.

A utilização de protocolos de controle multicast dinâmico não é recomendada para parte de profis-
sionais que não sejam experientes nesse tipo de aplicação. Na realidade, para assegurar uma ope-
ração previsível, o tráfego total necessita ser calculado antes da planta ser colocada em operação.
A introdução de domínios de multicast dinâmico poderia sobrecarregar a rede, especialmente quando
a rede está sendo reconfigurada, após uma falha ou após reinicialização. Na realidade, tais protocolos
iniciam a operação com todos os filtros multicast removidos e estabelecem as limitações de tráfego na
medida em que os nós anunciam as suas necessidades de transmissão.

NOTA O gerenciamento multicast dinâmico apresenta alguns benefícios, como a rápida substituição
de IED ou de switches, embora isso seja mais complexo sob o ponto de vista de detalhamento de projeto
de engenharia, apresentando menor previsibilidade e maiores dificuldades de correção de erros.

6.4.8 Controle de tráfego por meio de LAN virtuais (VLAN)

A configuração de VLAN é um método utilizado para segregar tipos de tráfegos que compartilhem
a mesma rede, como, por exemplo:

● Gerenciamento de tráfego;

● Tráfego da automação de subestações;

● Tráfego de vídeo da câmera de vigilância;

● Tráfego de sistemas de automação industrial em plantas com diversos sistemas de automação.

As VLAN operam somente para separar ou segregar os tráfegos na rede, não representando um
método de reduzir o tráfego em seu tronco (trunk). Normalmente, os links de tronco possuem uma
largura de faixa maior que os links de ponta, de modo que não é necessária a sua segmentação.

A princípio, um dispositivo que esteja conectado na VLAN 1 não pode se comunicar com um dispositivo
que esteja conectado na VLAN 2. Dispositivos em diferentes VLAN causam influências entre si
somente devido à largura de faixa que eles consomem, uma vez que compartilham o mesmo meio
físico. Se necessário, a comunicação entre as VLAN pode ser efetuada em um roteador na camada 3
(camada de rede).

As VLAN separam ou segregam os domínios broadcast de camada 2 (os quais definem como ocorre
o tráfego de comunicação broadcast, multicast ou unicast), servindo como uma primeira barreira de
segurança cibernética, uma vez que o acesso a uma VLAN é totalmente controlado pelos switches.

40 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Um dispositivo conectado inadvertidamente a uma porta incorreta não será capaz de se comunicar.
Entretanto, as VLAN proporcionam somente uma pequena segurança de dados, uma vez que qualquer
configuração incorreta da rede representa uma brecha e a configuração não é supervisionada.

Os dispositivos terminais da rede conectados às portas de borda normalmente não possuem


conhecimento de VLAN.

Para possibilitar a utilização de VLAN, os frames de acordo com a ISO/IEC/IEEE 8802.3 carregam
um cabeçalho identificador, denominado tag da VLAN (VLAN tag), que, de acordo com a ISO/IEC/
IEEE 802.1Q, tem duas funções:
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● priorização do tráfego;

● segregação lógica do tráfego.

● O tag da VLAN é anunciado por uma mensagem específica do tipo Ethertype (0x8100), seguido
por um campo de prioridade de 3 bits, denominado Ponto de Código de Prioridade (PCP), por
um indicador com formato canônico (padronizado) de 1 bit (que pode ser dispensado neste caso)
e por um campo de 12 bits contendo o identificador da VLAN, ou VID (ver Figura 19).

Figura 19 – Formato de frame (IEEE 802.3) sem e com o tagueamento de VLAN

Os switches tipicamente são capazes de operar 64 VLAN, sendo que alguns possuem capacidade de
até 255 VLAN simultaneamente. Diversos valores de VLAN são reservados para utilização específica:

● VID = 1 é a configuração-padrão da VLAN para switches capazes de reconhecer a VLAN. Por


padrão, as portas dos switches são membros da VLAN 1 e são configuradas para enviar frames
não tagueados. Isto permite que os switches possam operar sem necessidade de configurações
adicionais, após terem sido retirados da embalagem, com configuração de fábrica. A utilização
de VID = 1 em uma LAN apresenta o mesmo comportamento, como se não existisse VLAN, com
a exceção de que os switches assim configurados são capazes de reconhecer prioridades.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 41


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● VID = 0 é um caso particular, uma vez que isso significa que o frame não pertence a qualquer VLAN,
mas mesmo assim carrega um tag de prioridade. Tais frames são denominados “tagueamento
de prioridade”.

● VID = 4095 é uma VLAN reservada, que não pode ser utilizada.

NOTA 1 Na Série IEC 61850, frames dos tipos GOOSE e SV são frames com tagueamento de prioridade
(ver 6.4.8.1 e 6.4.8.2).

NOTA 2 A aplicação destes conceitos para a configuração de redes de subestações é descrita em 12.2.1.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

NOTA 3 O duplo tagueamento (Q-in-Q) é um caso especial, no qual os frames transportam dois tags,
os quais não são detalhados neste documento, mas mencionados na IEC/TR 61850-90-1.

6.4.8.1 Prioridade e qualidade de serviço (QoS)

A atribuição de alta prioridade a determinados frames privilegia uma determinada classe de tráfego.
Entretanto, a prioridade, por si só, não assegura um tempo de entrega de ponta a ponta, podendo
somente reduzir o atraso médio que um determinado tráfego possa sofrer. A alta prioridade é necessária,
mas não é suficiente para assegurar a devida qualidade do serviço.

Prioridade significa que o switch que recebe diversos frames simultaneamente encaminha
preferencialmente um frame com tag de prioridade, enquanto os demais frames permanecem na fila
de encaminhamento. Para esse propósito, os switches utilizam uma fila de envio por prioridade por
porta. Alguns switches têm uma fila distinta por prioridade. O suporte a um grande número de filas (oito
prioridades são permitidas pela IEEE 802.1Q) impõe uma carga nos switches, portanto, a maioria dos
switches suporta apenas quatro filas, para as quais as prioridades são mapeadas.

O tagueamento de prioridade e VLAN é especificado na IEEE 802.1Q, embora represente conceitos


separados que compartilham o mesmo tag. A prioridade por si é frequentemente referenciada pela
IEEE 802.1p (priorização), que é uma publicação cancelada e que agora faz parte da IEEE 802.1Q-
2011.

Se um frame não transportar tag de prioridade especificado na IEEE 802.1Q, a porta do switch atribui
a esse frame uma prioridade-padrão, o PPCP e a sua identificação VLAN PVID.

Para atribuir a alguns frames uma alta prioridade sem associá-los a uma VLAN diferente do padrão da
porta, o dispositivo fonte envia esses frames como “com tag de prioridade”, com um valor de PCP > 0
e VID = 0 (ver 6.4.8.1 e 6.4.8.2).

NOTA A série IEC 61850 especifica que frames dos tipos GOOSE e SV são frames com tag de prioridade,
assim os switches tratam esses frames de modo especial, mas não especificam as VLAN. Desta forma, o
ajuste-padrão dos frames GOOSE e SV é VID = 0 (sem VLAN). As prioridades são atribuídas na etapa de
engenharia de detalhamento de projeto, sendo registradas no arquivo do tipo SCD.

6.4.8.2 Comportamento de um switch VLAN

6.4.8.2.1 Entrada em um switch

De qual VLAN um switch aceita frames em suas portas de entrada depende da configuração da porta.
De acordo com a IEEE 802.1Q-2011, Seção 6.9, uma porta de switch opera sob um dos seguintes
modos:

● Admissão somente de frames com tag de VLAN;

42 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● Admissão somente de frames não tagueados ou com tag de prioridade;

● Admissão de todos os frames (sem reconhecimento de VLAN).

Para aceitar tráfego de mensagens dos IED que enviam frames com tag de prioridade (dos tipos
GOOSE ou SV) e frames sem tag de prioridade (MMS ou de outros protocolos), a opção-padrão é
“admissão de todos os frames”.

O tagueamento de frames não tagueados e de frames tagueados com prioridade é feito com base
na identificação VLAN ID da Porta, denominada PVID, e em sua configuração de prioridade-padrão
PPCP.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

NOTA 1 Mesmo nos casos em que a prioridade configurada em uma porta específica de um switch for
“melhor” ou “mais elevada” do que o PCP recebida em um frame, o switch ainda utiliza o PCP recebido no
frame e não a prioridade da porta PPCP para o encapsulamento da VLAN.

NOTA 2 Uma porta de entrada de um switch com reconhecimento de VLAN sempre coloca um tag no
tráfego interno do switch.

NOTA 3 O método da IEEE 802.1Q denominado “filtragem de entrada” permite que as portas dos switches
com filtragem de entrada habilitada descartem todos os frames que não possuam uma VLAN ID que seja
uma VLAN membro na configuração do PVMS daquela porta. Esta característica é utilizada para descarregar
os switches, por exemplo, evitando que o tráfego de VLAN com tag seja introduzido no switch quando este
não possuir porta-membro alguma configurada para aquela VLAN em particular, uma vez que o tráfego
introduzido poderia ser de qualquer modo descartado no interior do switch. Esta característica tem sido
ignorada na medida em que a maior parte do tráfego é não reconhecida.

Quando uma porta com reconhecimento de VLAN recebe um frame, ela considera três casos:

a) O frame possui tag de VLAN com VID ≠ 0. Nesse caso, a porta aceita o frame (a menos que
a porta efetue uma filtragem de entrada, a qual é ignorada nesse caso; ver Nota 3). Esta é a situ-
ação normal em portas de tronco de rede (trunk);

b) O frame possui apenas tag de prioridade (com VID = 0). A porta ignora o seu próprio PPCP e herda
a prioridade do frame, inserindo o seu PVID, a fim de formar o tag da VLAN. Isto é apresentado na
Figura 57, onde tanto os frames GOOSE quanto os MMS oriundos do SAN-A sãos encapsulados
na VLAN 3.

c) O frame não é tagueado. A porta pré-fixa o frame com um tag de VLAN com o seu próprio PVID
e prioridade do PPCP; o frame passa a ser transportado com um tag de VLAN.

O tagueamento de frames não tagueados e a configuração de prioridade para frames tagueados


é feito com base na identificação VLAN ID da porta, denominada PVID, e em sua configuração de
prioridade padrão PPCP.

A Tabela 2 apresenta um exemplo de uma tabela de entrada de um switch com os modos e propriedades
de portas.

Tabela 2 – Exemplo de tabela de configuração de porta de entrada (continua)


VID Ingresso PVID PPCP
Porta 1 Admite todos 1 4
Porta 2 Admite somente tagueados 3 6

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 43


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 2 (conclusão)
VID Ingresso PVID PPCP
Porta 3 Admite somente tagueados 3 6
Porta 4 Admite somente tagueados 3 4
Porta 5 Admite somente tagueados 3 5
Porta 6 Admite somente não tagueados 2 5
Porta 7 Admite todos 1 4
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Porta 8 Admite todos 1 4

NOTA 4 Legenda: VID: VLAN Identifier; PVID: Port VLAN identifier; PPCP: Port Priority Code Point.

6.4.8.2.2 Saída de um switch

Uma vez que um frame tenha entrado no switch, ele é encaminhado para todas as outras portas do
switch, caso o frame tenha um endereço de destino dos tipos broadcast ou multicast, ou para uma
porta específica, se o frame possuir um endereço MAC unicast que o switch já tenha registrado, como
explicado em 6.4.5.

A saída de uma porta de um switch é controlada pela configuração de membro de VLAN (PVMS), que
define a partir de quais VLAN esta porta irá enviar os frames, e se os frames serão enviados com ou
sem tag.

— Uma porta de saída envia um frame somente se o VID pertencer à lista de membros configurada
no PVMS. Desta forma, se nenhuma porta tiver sido configurada como sendo um membro de uma
determinada VLAN, o tráfego da rede nessa VLAN é descartado dentro do switch.

— Uma porta pode encaminhar frames com ou sem tag. Se a porta for configurada para encaminhar
frames tagueados, a porta envia o frame sem alterações. Se a porta for configurada para
encaminhar frames não tagueados, a porta remove o tag de VLAN, incluindo o código de prioridade
PCP – (e recalcula a sequência de verificação do frame – FCS).

— Se um identificador de VLAN (VID) e uma prioridade tiverem que ser preservadas por meio
da rede de comunicação, convém que o encaminhamento de mensagens não tagueadas seja
utilizado somente se a porta for uma porta de borda conectada a um nó que não possa interpretar
frames com tagueamento de VLAN.

Normalmente, o PVMS é definido como uma matriz porta/VLAN, como mostrado na Tabela 3.

Tabela 3 – Exemplo de configuração de porta de saída


VLAN Tipo de tráfego Porta 1 Porta 2 Porta 3 Porta 4 Porta 5 Porta 6 Porta 7 Porta 8
1 Gerenciamento U, D ‒ ‒ ‒ ‒ ‒ T, D T, D
2 Vídeo U ‒ ‒ ‒ ‒ T, D T T
3 Aplicativos U U, D U, D U, D U, D ‒ T T
U: Envio não tagueado (Untagged)
T: Envio tagueado
‒: frame não enviado
D: padrão (PVID)

44 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

No exemplo da Tabela 3:

● A Porta 1 é membro de três VLAN, PVMS = {1, 2, 3}, seu PVID é 1 e sua prioridade padrão é 4.
Esta porta pode representar um dispositivo de gerenciamento. Este dispositivo pode não acessar
o tráfego de vídeo e de aplicativos.

● As Portas 2 a 5 enviam tráfego não tagueado de aplicativos. Esta porta não envia tráfego de
gerenciamento nem tráfego de vídeo.

● A Porta 6 é destinada a tráfego de vídeo; seu tráfego é tagueado.


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● As portas 7 e 8 são portas de tronco da rede (trunk), enviando todo o tráfego tagueado, e incluem
todas as VLAN.

6.4.8.3 Configuração de VLAN

A complexidade da configuração de VLAN depende da topologia da rede de comunicação e da


quantidade de nós e switches. Assistência por meio de uma ferramenta de engenharia é altamente
recomendada.

A configuração estática de VLAN utilizando uma ferramenta de gerenciamento e configuração de


rede atribui explicitamente a prioridade e VID a todas as portas do dispositivo. Para isso, a ferramenta
avalia os caminhos (redundantes) de um editor para todos os assinantes (ver 12.3.1).

A configuração dinâmica de VLAN por meio de registro de protocolos, como GVRP ou MVRP, evita a
configuração explícita dos switches, uma vez que todos os dispositivos enviam suas configurações
de VLAN de modo broadcast (os quais têm que ter sido previamente configurados por programas
e ferramentas de configuração). Dessa forma, a substituição de switches se torna simplificada. A
alocação dinâmica de VLAN requer que todos os switches e nós sejam capazes de operar esse
tipo de protocolo. No entanto, pode ser considerada elevada a dificuldade de prever a ocorrência de
avalanche de tráfego durante a inicialização e a reconfiguração de switches desta forma configurados.

Convém que o projeto da automação de sistemas elétricos de potência evite a configuração dinâmica
de VLAN. Regras para configurações de VLAN são apresentadas em 12.2.

6.4.8.4 VLAN e protocolos do tipo árvore de abrangência

Os fornecedores de switches utilizam os protocolos de árvores de abrangência em formas diferentes,


como uma árvore de abrangência para todas as VLAN ou uma árvore de abrangência para uma
quantidade definida de VLAN, ou uma árvore de abrangência para cada VLAN. Convém que seja
utilizada uma árvore de abrangência para todas as VLAN, sempre que possível. Uma árvore de
abrangência por VLAN, como, por exemplo, padronizado no protocolo MSTP, é aplicável para casos
específicos, porém deve ser ressaltado que a perda de um switch pode afetar diversas VLAN, uma vez
que as VLAN compartilham o mesmo hardware da rede.

Convém que a automação da subestação evite a realização de diversas árvores de abrangência, caso
isso não seja especificamente requerido para o caso particular de aplicação.

6.4.9 Comparação entre VLAN e filtragem multicast

A filtragem por VLAN e a filtragem multicast representam conceitos complementares, em níveis


diferentes. A filtragem multicast é aplicada dentro de um domínio broadcast de uma VLAN.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 45


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

A Tabela 4 resume os prós e os contras da filtragem de VLAN e multicast.

Tabela 4 – Vantagens e desvantagens entre VLAN versus filtragem multicast


Vantagens da filtragem multicast Vantagens da utilização de VLAN
Sem necessidade de suporte 802.1Q nos IED
Opera com ajustes padrão dos switches Aplicável a todo o tráfego, incluindo unicast.
(VID=1, PCP=0) A separação das redes por VLAN assegura
Facilidade de utilização e supervisão sem um nível inicial de segurança cibernética, ou
espelhamento de porta pelo menos alguma proteção contra falhas na
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Endereços multicast são sempre utilizados e configuração.


representam o tráfego bruto da rede
Desvantagens da filtragem multicast Desvantagens da utilização de VLAN
Partição rígida da rede.
Os dispositivos de alto nível, como os
dispositivos do sistema SCADA, devem enviar
É útil somente quando uma grande parte dos
frames com tag de VLAN, de forma a se
tráfegos é tráfego multicast.
comunicar com dispositivos em diferentes VLAN.
Requer grandes esforços de engenharia de
detalhamento de projeto.

6.4.10 Protocolos redundantes de camada 2

6.4.10.1 Visão geral

Para aumentar a confiabilidade, elementos de rede adicionais, como switches e links, são introduzidos.
Esses elementos redundantes não seriam necessários no estado livre de falhas, mas apresentam um
impacto negativo nos custos das atividades de suprimento e de manutenção.

A redundância apresenta um forte impacto na infraestrutura da rede, uma vez que, em casos
específicos, a redundância implica na duplicação de todos os elementos e dispositivos da rede. A
redundância se limita apenas à possibilidade da topologia da rede de evitar a ocorrência de um único
ponto de falha, o que também provoca um impacto nas partes não redundantes da rede.

Convém que a rede seja projetada desde o seu início com total redundância, porém de uma forma que
a redundância possa ser removida para partes do sistema que não necessitam dela. A abordagem
reversa requer, em muitos casos, uma completa reengenharia da rede.

Diversos protocolos proporcionam uma redundância de rede parcial ou total, sendo os conceitos
apresentados na IEC 62439-1.

A parte a seguir desta Seção 6 apresenta uma visão geral dos diferentes protocolos de redundância
de rede, os quais são posteriormente aplicados na Seção 7.

NOTA Na IEC 61850-8-1, os protocolos de redundância são RSTP, PRP e HSR; na IEC 61850-9-2,
estes protocolos são somente PRP e HSR.

46 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

6.4.10.2 Protocolo RSTP e IEC 62439-1

Embora o protocolo RSTP seja destinado primariamente à configuração automática da LAN e para
evitar a ocorrência de loops de comunicação, este protocolo proporciona uma redundância no caso
de ocorrência de falhas em switches ou em links. Este protocolo não proporciona, entretanto, uma
resiliência ou tolerância contra falhas que possam ocorrer em links para dispositivos terminais. A perda
de um switch normalmente ocasiona a perda de todos os dispositivos a este conectados.

Embora o protocolo RSTP não proporcione um tempo de recuperação zero, sem interrupção em caso
de falha de um switch ou de link de tronco, este protocolo proporciona um tempo de reconfiguração
rápido o suficiente como sendo adequado para a maior parte das aplicações que utilizem o barramento
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

de estação.

A IEC 62439-1:2010 apresenta a metodologia de como deve ser calculado o tempo de recuperação
do protocolo RSTP para o pior caso da rede, em uma topologia mista ou em árvore, com base na
topologia da rede em operação; pode ser calculada durante a etapa do projeto a quantidade dos
dispositivos da rede (número de dispositivos participantes da reconfiguração) e desta forma o tempo
máximo de recuperação pode ser calculado.

A IEC 62439-1:2010 mostra que o protocolo RSTP pode atingir tempos de recuperação no caso de
uma falha de um switch-raiz, que são adequados para o tráfego de dados de acordo com a IEC 61850-
1, em determinadas topologias, desde que diversos parâmetros, em particular o tempo de atraso de
resposta aos BPDU e a desativação do protocolo RSTP em portas que não estejam conectadas em
anel, sejam restritos, além dos requisitos da IEEE 802.1D-2011.

EXEMPLO O protocolo RSTP específica um tempo de inatividade de 2 s por switch, o que não é aceitável
para a automação de subestações. Entretanto, no caso de todos os switches responderem a um BPDU
em menos que 5 ms, como a maioria dos switches atuais, um anel contendo tais switches apresenta, por
exemplo, um tempo de recuperação menor que 200 ms para um anel contendo 40 switches.

6.4.10.3 Protocolo PRP e IEC 62439-3

PRP é um protocolo da redundância da camada 2 que proporciona uma operação com tempo de inter-
rupção zero em caso da perda de todo o link ou switch. O PRP é especificado na IEC 62439-3:2012,
Seção 4.

O protocolo PRP tem como base a completa duplicação da LAN (ver Figura 20). As duas LAN operam
em paralelo e cada rede individualmente pode também utilizar o protocolo RSTP.

Um nó em uma configuração PRP (denominados nós com dupla conexão ou DANP) possui duas
portas de comunicação, sendo que cada porta é conectada em cada uma das LAN redundantes.
Dentro de um nó, ambas as portas são interligadas na camada de enlace (link) e se apresentam, para
as camadas superiores do protocolo no modelo OSI, como uma única interface de rede.

Um dispositivo DANP emissor envia o mesmo frame para as duas LAN redundantes, incluindo na
carga da mensagem uma informação de seis octetos, a qual contém um identificador de protocolo
e um número de sequência.

Os nós de destino recebem o primeiro frame de um par e descartam o frame duplicado, com base no
seu endereço de fonte e no seu número de sequência.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 47


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 20 – Princípio do protocolo PRP

A informação de seis octetos do protocolo PRP é ignorada por dispositivos de conexão simples SAN
e encaminhada pelos switches. Para que isto seja realizado, todos os dispositivos na rede devem ser
capazes de operar com frames com tamanhos mais elevados. Embora a IEEE 8802.3 especifique um
tamanho máximo de frame de 1 518 octetos, todos os atuais controladores de Ethernet e switches
são capazes de operar com frames com tamanhos maiores que 1 528 octetos ou mais. Cuidados são
necessários para dispositivos com tecnologias mais antigas.

O protocolo PRP é, desta forma, transparente para as camadas superiores do modelo OSI. O protocolo
PRP pode ser implantado por meio de software com dois controladores Ethernet padrão, uma vez que
um nó não envia frames de uma porta para a outra.

Uma vez que ambas as portas de um dispositivo do tipo DANP utilizam o mesmo endereço MAC,
as duas LAN não podem estar conectadas entre si, uma vez que os dispositivos no protocolo PRP
regularmente enviam frames de supervisão, de forma a detectar uma eventual configuração incorreta.

Os nós que não atendam ao protocolo PRP, com uma única porta (SAN), como as impressoras de
prateleira ou laptops, podem ser conectados a qualquer uma das duas LAN e se comunicar dentro
daquela determinada LAN com todos os outros dispositivos, porém sem se beneficiar da redundância.
Os switches não necessitam reconhecer o protocolo PRP.

Os nós que não atendem ao protocolo PRP podem ser conectados a ambas as LAN redundantes por
meio de uma, e somente uma RedBox (RB).

NOTA Na série IEC 61850, o protocolo PRP é principalmente aplicado ao barramento de estação em
sistemas elétricos de potência complexos, devido à presença de diversos nós conectados de forma simples
(SAN), à coexistência de segmentos de rede duplicados e não duplicados, bem como à capacidade de
expansão da rede.

48 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

6.4.10.4 Protocolo HSR e IEC 62439-3

O protocolo HSR é especificado na IEC 62439-3:2012, Seção 5, e proporciona um tempo de


recuperação zero. O protocolo HSR aplica o mesmo princípio de duplicação dos frames utilizados no
protocolo PRP, para redes de nós em anel, obtendo a redundância somente com um link adicional
(sem a necessidade de duplicação de toda a rede). Os nós no protocolo HSR devem possuir (no
mínimo) duas portas; os nós são interligados em cadeia anel, sendo cada um dos nós conectados aos
seus dois nós vizinhos, sendo o último nó conectado ao primeiro nó, com o fechamento da rede em
uma rede física com estrutura em anel (ver Figura 21).
NOTA 1 O protocolo HSR não é restrito a uma topologia em anel.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Para a obtenção da redundância com tempo de recuperação zero, um nó envia o mesmo frame em
ambas as “direções” do anel e os nós de destino recebem – em caso de ausência de falha – dois
frames duplicados em ambas as portas de conexão à rede.

De forma a atingir este objetivo, um nó HSR (denominado nó duplamente conectado ou DANH) tem
que possuir duas portas, uma para envio de frames em cada “direção” do anel. Dentro de um nó,
ambas as portas são interligadas na camada de enlace (link) e se apresentam, para as camadas
superiores do protocolo no modelo OSI, como uma única interface de rede. Desta forma, o protocolo
HSR é transparente para as camadas superiores da rede.

Desde que o protocolo HSR envie frames da porta a porta em menos de 5 μs, este protocolo é supor-
tado pelo hardware.

Para permitir uma operação do tipo “cut-through”, frames HSR utilizam um tag especial que não
é entendido pelos dispositivos com configuração padrão ou comum; desta forma, dispositivos do tipo
SAN devem ser conectados por meio de uma RedBox.

O protocolo HSR pode operar sem a existência de switches dedicados, desta forma reduzindo
a quantidade de hardware.

Figura 21 – Princípio do protocolo HSR

NOTA 2 Na Série IEC 61850, o protocolo HSR é principalmente aplicado a pequenas subestações e ao
barramento de processo.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 49


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

6.4.10.5 Dispositivos de redundância nos protocolos HSR/PRP (Redundancy Boxes – RedBoxes)

A IEC 62439-3:2012 especifica como deve ser feita a conexão de segmentos ou dispositivos de rede
não redundantes a redes PRP e anéis HSR, por meio de dispositivos de redundância PRP/HSR
(RedBox – Redundancy Box). Estes dispositivos assumem uma função determinada para todos os
dispositivos ou segmentos não PRP ou não HSR, em redes que estão “além” da respectiva RedBox.
Estes dispositivos podem também ser utilizados para a conexão de redes HSR a redes PRP ou de
redes HSR a redes HSR, como mostrado na Figura 22.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 22 – Acoplamento de redes com protocolos HSR e PRP (multicast)

6.5 Camadas de rede

6.5.1 Protocolo de Internet

Roteadores interconectam LAN na camada 3, usando os endereços IP. Os roteadores são fronteiras
de domínios broadcast/multicast da camada 2, bloqueando, desta forma, a transmissão de mensagens
de multicast da camada 2.

50 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Os roteadores executam o Protocolo de Internet e encaminham as mensagens pela Internet. Os dis-


positivos terminais da rede somente executam um pequeno subconjunto do Protocolo de Internet.

O protocolo de Internet versão 4 (IPv4) tem sido a espinha dorsal da Internet desde 1981. Ele tem um
tamanho de endereço de 32 bits. Ele está sendo substituído pelo IPv6, que oferece um espaço de
endereçamento mais amplo e serviços adicionais, como a segurança cibernética.

NOTA 1 Sobre este requisito foi publicada pela IEC, em 2015, a IEC 62357-200, Power systems management
and associated information exchange – Part 200: Guidelines for migration from Internet Protocol version 4
(IPv4) to Internet Protocol version 6 (IPv6).
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

NOTA 2 Dentro de uma subestação, o IPv4 é suficiente. O IPv6 só é considerado fora da subestação; ver 8,3.

6.5.2 IP público e endereços privados

Os endereços IPv4 têm um tamanho de 32 bits. O IPv4 distingue endereços públicos (Internet)
e endereços privados (Intranet). Os endereços privados são reutilizáveis em vários lugares, mas não
são reconhecidos pela Internet, enquanto os endereços públicos são exclusivos em todo o mundo
e registrados com a IANA. Endereços públicos IPv4 agora estão esgotados, a IANA aloca apenas
endereços IPv6.

Os endereços IP privados são retirados do bloco alocado pela IANA, conforme especificado na
RFC 1918 (Tabela 5).

Tabela 5 – Blocos privados de endereços IP IANA (copiados da RFC 1918)


Bloco Faixa Tipo de bloco Quantidade de dispositivos
A 10.0.0.0 a 10.255.255.255 Bloco de 24 bit 16 777 214 (224)
B 172.16.0.0 a 172.31.255.255 Bloco de 20 bit 1 114 111 (220)
C 192.168.0.0 a 192.168.255.255 Bloco de 16 bit 65 535 (216)

O tamanho dos blocos de endereços privados depende do número de dispositivos que necessitam ser
conectados.

Um bloco do tipo C é utilizado para a maioria das instalações, embora muitas empresas utilizem
um endereço 10.X.X.X. para a sua Intranet, enquanto que ambientes de desenvolvimento utilizem
normalmente bloco do tipo A, embora isso não seja recomendado, se a parte de produção for para ser
mantida separada da parte administrativa.

NOTA A Série IEC 61850 especifica o protocolo MMS que tem como base os protocolos IP/TCP e utiliza
endereços da camada 3 (camada de rede). O endereço IP é selecionado de forma a estar de acordo com
a partição da rede (ver 8.1).

6.5.3 Máscaras de sub-rede

As máscaras de sub-rede IPv4 são utilizadas para determinar se o endereço IP de destino está dentro
da mesma sub-rede (domínio multicast de camada 2), casos estes em que os frames são enviados
diretamente ao endereço MAC do dispositivo, ou, se o frame for enviado para o roteador, casos em
que o frame é enviado para o endereço MAC do roteador.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 51


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Uma máscara de sub-rede é um bit padrão que age como um filtro para tráfegos de entrada e de
saída. Os dispositivos de rede podem somente se comunicar diretamente (via endereços MAC de
camada 2), se os bits do endereço IP que corresponde aos “1” da máscara forem idênticos.

Uma vez que a máscara é uma característica local, todos os dispositivos que necessitam se comunicar
devem ser configurados com a mesma máscara de sub-rede. Os dispositivos localizados em diferentes
sub-redes podem se comunicar somente por meio de um roteador, cujo endereço deve pertencer
à mesma sub-rede.

Como exemplo, a Tabela 6 mostra que o Dispositivo X pode fazer um teste de “ping” no Dispositivo Y,
mas não no Dispositivo Z.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Tabela 6 – Exemplos de endereços IP e de máscara


Endereço IP Endereço IP Endereço IP
Dispositivo
(decimal) (hexadecimal) (binário)
Dispositivo X
Endereço IP 192.168.1.15 C0.A8.01.0F 11000000 10101000 00000001 00001111
Máscara de
255.255.255.224 FF.FF.FF.E0 11111111 11111111 11111111 11100000
rede (Net mask)
Dispositivo Y
Endereço IP 192.168.1.16 C0.A8.01.10 11000000 10101000 00000001 00010000
Máscara de
255.255.255.224 FF.FF.FF.E0 11111111 11111111 11111111 11100000
rede (Net mask)
Dispositivo Z
Endereço IP 192.168.1.128 C0.A8.01.40 11000000 10101000 00000001 01000000
Máscara de
255.255.255.224 FF.FF.FF.E0 11111111 11111111 11111111 11100000
rede (Net mask)

NOTA Em uma subestação, a máscara de sub-rede é selecionada de forma a corresponder com a partição
da rede; ver 8.1.

6.5.4 Tradução de endereços de rede

Se uma sub-rede utilizar um endereço privado, esta sub-rede pode somente ser acessada a partir de
fora da rede, pela introdução, entre a Intranet e a Internet, de um roteador que execute o método de
remapeamento de endereços IP, denominado NAT (Network Address Translation), isto é, mapeia os
endereços da Intranet para endereços temporários de Extranet.

Os remapeamentos NAT e DHCP foram originalmente introduzidos para permitir a reutilização de


endereços IPv4, os quais eram escassos, levando em consideração que somente poucos usuários em
uma sub-rede poderiam necessitar do acesso à Internet ao mesmo tempo. Essa limitação não mais
existe atualmente no protocolo IPv6.

O remapeamento NAT permite a separação dos endereços utilizados dentro da sub-rede privada
a partir de endereços visíveis fora da subestação. Por exemplo, duas subestações poderiam utili-
zar internamente exatamente os mesmos endereços privados IP, na medida em que programas de

52 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

engenharia acessam estas redes a partir de diferentes endereços públicos a partir de fora da rede.
O remapeamento é executado pelo roteador.

No entanto, os usuários são alertados de que tal roteador apresenta uma ameaça de segurança e que
convém que ele seja utilizado somente se necessário e, se utilizado, que seja protegido por firewalls
e outras proteções de intrusão. Os gateways proxy permitem limitar o acesso a usuários e funções
autorizados e agregar dados.

NOTA O uso de gateways proxy e segurança na subestação é abordado nas IEC/TR 61850-90-1
e IEC 62351-6.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

7 Topologias de redes e subestações


7.1 Regras gerais

A topologia elétrica da subestação é relacionada com o nível da tensão e a aplicação da proteção.


A disposição preliminar do equipamento e a posição física do IED fazem determinadas topologias de
rede mais apropriadas.

Embora a Ethernet possa ser configurada livremente, a topologia do sistema de comunicação espelha
em geral a topologia da subestação elétrica. Por exemplo, existe idealmente um grupo de IED por
bay conectados a um switch e um segmento da rede para cada nível da tensão, como mostrado na
Figura 23, como um exemplo.

Figura 23 – Mapeamento de um sistema elétrico para topologia de rede de dados

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 53


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

As exceções a essa regra são, entretanto, numerosas, sendo a mais comum aquela em que diversos
níveis da tensão podem ser tratados pela mesma sub-rede e os IED podem servir a diversos bays.

A interligação entre os IED varia entre os extremos de uma topologia em estrela (radial) para uma
encadeada ou anel, com muitas variantes. Geralmente, os IED situados nos painéis são conectados
em estrela aos switches, enquanto os switches são conectados para formar um anel.

Em um caso extremo de um parque eólico, a alocação geográfica de torres eólicas favorece as topologias
em cadeia ou em anel. Às vezes, a topologia física não é visível externamente, por exemplo, no caso
de cabos ópticos de fibra do tipo multicabos que são dispostos fisicamente como um barramento, mas
proporciona uma conexão em estrela a um dispositivo central.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

7.2 Topologias de referência e redundância de redes

Como uma estrutura para engenharia de redes, em 7.3 são analisadas várias topologias de referência
de rede para o barramento de estação, o barramento de processo e a conexão do barramento de
estação com os barramentos de processos.

Estas topologias de referência foram escolhidas com base na prática comum em sistemas de
automação de subestações, os quais variam desde pequenos sistemas de distribuição até grandes
subestações de múltiplos níveis de tensão. Estas topologias são representativas dos vários problemas
de rede que são abordados neste documento.

Inúmeras outras topologias podem ser implantadas em redes IEC 61850 reais. Não existe qualquer
topologia de rede “melhor” e qualquer protocolo de redundância “melhor”. Todas as topologias
apresentam pontos fortes e fracos, e a escolha correta para uma determinada aplicação depende de
muitos fatores.

Cada topologia de referência retrata a rede graficamente, bem como várias características da topologia,
incluindo:

● benefícios e desvantagens;

● habilidade para suportar pontos de falha;

● adequação à aplicação;

● dependências de protocolos;

● custo relativo;

● questões de administração;

● redundância.

A Tabela 7 apresenta as topologias de referência em termos de:

● simplicidade da topologia (configuração, número de nós e de links);

● controle de tráfego;

● tempo de resposta (latência);

54 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● redundância;

● especificidade (peculiaridade) de um dispositivo ou de um protocolo;

● limitações.

NOTA As vantagens são indicadas em termos relativos, todas estas arquiteturas foram usadas com sucesso.

A Tabela 8 relaciona as topologias de referência detalhadas em 7.3 em termos de protocolos de


redundância.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Tabela 7 – Resumo das topologias de referência para redundância de redes (continua)


Baixo Baixo custo
Facilidade
tempo de (com relação à
Topologia de controle Disponibilidade
resposta simplicidade e
de tráfego
(latência) especificidade)
Barramento de estação
como um único switch + + − +
(7.3.1.1.1).
Barramento de estação
em estrela hierárquica + + − +
(7.3.1.1.2)
Barramento de estação em
dupla-estrela com PRP e + + + −
RSTP (7.3.1.1.3)
Barramento de estação em
anel de switches em RSTP 0 0 0 0
(7.3.1.2.1)
Barramento de estação

Barramento de estação em
switches separados para
0 0 + 0
proteção 1 (principal) e 2
(secundária) (7.3.1.2.2)
Barramento de estação
em anel de nós de ligação − 0 + +
(7.3.1.2.3)
Barramento de estação em
anel e sub-anéis com RSTP 0 0 0 0
(7.3.1.3.1)
Barramento de estação em
0 + + 0
anéis em paralelo (7.3.1.3.2)
Barramento de estação em
0 + + 0
anel de anéis (7.3.1.3.3)
Barramento de estação em
anel e sub-anéis com HSR 0 0 + +
(7.3.1.3.6)

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 55


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 7 (conclusão)
Baixo Baixo custo
Facilidade
tempo de (com relação à
Topologia de controle Disponibilidade
resposta simplicidade e
de tráfego
(latência) especificidade)
Barramento de processo em
conexão de Merging Units + + − +
(7.3.2.3.4)
Barramento de processo em
+ + − 0
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

estrela simples (7.3.2.3.5)


Barramento de processo

Barramento de processo em
+ + − +
switch simples (7.3.2.3.5)
Barramento de processo
em LAN separadas para
+ + + −
proteção 1 (principal) e 2
(retaguarda) (7.3.2.3.8)
Barramento de processo em
estrelas duplas redundantes + + + −
(7.3.2.3.6)
Barramento de processo em
− − + 0
anel de HSR (7.3.2.3.9)
“+“ significa que esta topologia possui uma relativa vantagem na coluna em questão;
“0” significa que esta topologia possui características similares àquelas de outras topologias;
“−” significa que esta topologia possui uma relativa desvantagem na coluna em questão;
NOTA Os custos refletem as despesas de capital, não as despesas operacionais ou de facilidade de
manutenção.

56 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 8 – Topologias de referência e protocolos de referência utilizados (continua)


Topologia Redundância Comentário
Barramento de estação
em switch simples nenhuma Sem redundância
(7.3.1.1.1)
Barramento de estação
em estrela hierárquica nenhuma Sem redundância
(7.3.1.1.2)

Barramento de estação RSTP RSTP não necessário em uma topologia em estrela


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

em estrela dupla com Dispositivos sem interface PRP utilizam RedBoxes


PRP e RSTP (7.3.1.1.3) PRP
PRP para comunicação com ambas as LAN
Barramento de estação
Reconfiguração determinística, de acordo com a
em anel de switches RSTP
IEC 62439 1:2010.
(7.3.1.2.1)
Barramento de estação
Barramento de estação

em switches separados
Reconfiguração determinística, de acordo com a
para proteção RSTP
IEC 62439-1:2010.
1 (principal) e de proteção
2 (secundária) (7.3.1.2.2)
Reconfiguração determinística de acordo com a
RSTP
Barramento de estação IEC 62439 1:2010.
em anel de nós de ligação Dispositivos não HSR necessitam ser conectados via
HSR
RedBoxes.
Barramento de estação
Ver a IEC 62439-1:2010 para aspectos de engenharia
em anel e subanéis com RSTP
de redes de comunicação e tempos de recomposição.
RSTP (7.3.1.3.1)
Barramento de estação
Ver a IEC 62439-1:2010 para aspectos de engenharia
em anéis paralelos RSTP
de redes de comunicação e tempos de recomposição.
(7.3.13.2)
Barramento de estação
Ver a IEC 62439-1:2010 para aspectos de engenharia
em anel de anéis RSTP
de redes de comunicação e tempos de recomposição.
(7.3.1.3.3)
Barramento de estação
em anel e subanéis com HSR Acoplamento de anéis deve ser feito por QuadBoxes.
HSR (7.3.13.6)

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 57


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 8 (conclusão)
Topologia Redundância Comentário
Barramento de processo
em conexão merging units NA Sem redundância.
(7.3.2.3.4)
Barramento de processo
em topologia em estrela NA Sem redundância.
simples (7.3.2.3.5)
Barramento de processo
Barramento de processo
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

em switch simples NA Sem redundância.


(7.3.2.3.7)
Barramento de processo
em LAN separadas para
redundância na Redundância é proporcionada por meio da duplicação
proteção 1 (principal) e
aplicação de sensores, IED, switches Ethernet e links.
proteção 2 (secundária)
(7.3.2.3.8)
Barramento de processo
redundância na Redundância é proporcionada por meio da duplicação
em estrela dupla
aplicação de sensores, IED, switches Ethernet e links.
redundante (7.3.2.3.6)
Dispositivos não HSR precisam ser conectados
Barramento de processo
HSR via RedBoxes (nós de ligação com RSTP não
em anel HSR (7.3.2.3.9)
proporcionam tempo de failover igual a zero).
Barramento de estação Pode ser usado no barramento de estação em anel.
em anel e barramento Ver a IEC 62439-1:2010 para aspectos de engenharia
RSTP
de processo separado, de redes de comunicação utilizados no RSTP e tempos
baseados em múltiplos de recomposição.
links ponto a ponto
(7.3.3.1) HSR Pode ser aplicado no barramento de estação em anel.
Barramento de processo e de subestação

Barramento de estação Ver a IEC 62439-1:2010 para aspectos de engenharia


RSTP
separado e barramento de redes de comunicação e tempos de recomposição.
de processo em anel Segmentos do barramento de processo podem ser
(7.3.3.3) HSR
isolados por meio QuadBoxes.
Anéis devem ser acoplados com QuadBoxes (nós
Combinação entre HSR de conexão com RSTP não proporcionam tempo de
barramento de estação e failover igual a zero).
de processo acoplado em
anel HSR (7.3.3.4) PRP pode ser utilizado para conectar de modo
PRP
redundante os dispositivos simples na rede HSR.
Somente como protocolo de redundância no
RSTP
barramento de estação em anel.
Dispositivos sem interfaces HSR, necessitam utilizar
Barramento de estação
HSR RedBoxes HSR para comunicação com ambas as
em anel duplo e
LAN.
barramento de processo
em anel HSR (7.3.3.5) Dispositivos sem interfaces PRP necessitam de
RedBoxes PRP para comunicação com ambas as
PRP
LAN. Podem ser utilizados para barramento de estação
em anel redundante.

58 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

7.3 Topologias de referência

7.3.1 Topologias para o barramento de estação

7.3.1.1 Topologias em estrela para o barramento de estação

7.3.1.1.1 Barramento de estação como switch único

A mais básica das topologias de barramento de estação é aquela composta por um único switch, como
mostrado na Figura 24, a qual pode somente ser aplicada em subestações muito simples. Mesmo
mais simples, um switch pode ser implantado em dispositivo SCADA multiportas, resultando em uma
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

topologia em estrela de um único nível.

Figura 24 – Barramento de estação como um switch único

As características desta topologia são resumidas na Tabela 9.

Tabela 9 – Barramento de estação como um switch único (continua)


Propriedade Característica
Topologia muito simples com um switch único.
Simplicidade
O número de links para o switch é igual ao número de nós terminais.
Assegura facilmente a largura de banda adequada. Exceto durante o
descobrimento inicial da rede, a comunicação entre bays não é afetada por
outras comunicações entre bays.
Controle de
Dentro de uma sub-rede, a comunicação ponto a ponto entre dois dispositivos
tráfego
não é afetada por outra comunicação de mesmo tipo.
Entretanto, o switch se torna um “gargalo” quando o número de IED for grande,
porque o tráfego converge para uma determinada porta.
Tempo de Tempo de resposta muito baixo, porque a quantidade de saltos de switch
resposta (“hops”) é somente um.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 59


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 9 (conclusão)
Propriedade Característica
Nenhuma redundância. Uma única falha de um link, de um switch ou de um nó
Redundância
terminal interrompe a comunicação.
Especificidade
de um
Sem equipamento especial de comunicação.
dispositivo ou
protocolo
O switch se torna um “gargalo” quando o número de IED é grande. O número de
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Limitações
portas por switch é limitado.

7.3.1.1.2 Barramento de estação com estrela hierárquica

Uma rede com arquitetura em estrela hierárquica, como mostrado na Figura 25, não possui caminhos
ou loops redundantes; sua estrutura física é idêntica à sua estrutura lógica.

O maior benefício de uma topologia em estrela é a sua simplicidade. Aplicações simples operam com
switches não gerenciáveis, reduzindo custos e serviços de engenharia e aumentando a confiabilidade.
Entretanto, grandes redes de comunicação exigem meios de se limitar o tráfego na rede, e, portanto,
necessitam de switches gerenciáveis.

A desvantagem de uma topologia em estrela simples é a ausência de um caminho redundante na


rede. Qualquer ponto único de falha, seja um cabo, porta de switches ou o switch inteiro, interrompe o
caminho com a subsequente perda da funcionalidade da automação. Devido à ausência de redundância,
uma arquitetura em estrela simples é somente aplicada quando o tempo de indisponibilidade da
comunicação é tolerável, isto é, não é crítico para aplicações envolvendo SCADA.

Figura 25 – Barramento de estação em uma arquitetura em estrela

60 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

As características desta topologia são resumidas na Tabela 10.

Tabela 10 – Barramento de estação com arquitetura em estrela


Propriedade Característica
Topologia simples. Se adequa bem a uma instalação física em painéis.
Bays podem ser facilmente desconectados.
Simplicidade
O número de links é aproximadamente igual ao número de nós terminais
mais o número de switches.
Assegura facilmente a largura de banda adequada. Bridges não
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Controle de gerenciáveis são utilizados em redes de comunicação pequenas.


tráfego Em grandes redes de comunicação, o tráfego pode ser reduzido por meio
de ilhamento multicast.
Baixo tempo de resposta. A quantidade de saltos (hops) não é afetada
Tempo de
pela quantidade de nós terminais, diferentemente do que ocorre na
resposta
topologia em anel.
Sem caminhos para redundância. Uma simples falha, seja um link,
Redundância um switch ou um nó terminal, interrompe a comunicação daquele link
específico.
Especificidade Não requer equipamento de comunicação especial.
Requer grande número de switches, porque a quantidade de switches é
Limitações
proporcional ao número de sub-redes.

7.3.1.1.3 Barramento de estação como estrela duplicada

Quando a rede requer uma disponibilidade muito elevada (sem pontos únicos de falhas), convém que
cada dispositivo crítico esteja relacionado a duas LAN independentes, preferencialmente utilizando o
protocolo PRP. Cada uma destas redes deve estar em conformidade com os requisitos de propagação
que existiria se somente uma rede estivesse em operação. Equipamentos não críticos podem ser
relacionados a somente uma única LAN. Também é possível relacionar a proteção principal a uma
LAN e a proteção de retaguarda a outra LAN, de forma a se conseguir independência de falhas, de
acordo com o apresentado na Figura 26.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 61


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 26 – Barramento de estação com arquitetura em estrela com protocolo PRP

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 11.

Tabela 11 – Barramento de estação com arquitetura em estrela duplicada


Propriedade Característica
Configuração simples (cada LAN PRP é configurada como uma LAN simples).
Simplicidade Dispositivos ligados individualmente podem ser relacionados a diferentes LAN.
Segmentos duplicados e não duplicados podem coexistir.
Desde que LAN A e LAN B sejam independentes, as características do tráfego
Controle de não são afetadas pela redundância.
tráfego As LAN individuais podem ser operadas com o protocolo RSTP quando
caminhos redundantes forem utilizados.
Mesmas características da topologia com switches em hierarquia. Na média,
Tempo de
a redundância acelera levemente a comunicação, uma vez que um caminho é
resposta
mais veloz que outro.
Tempo de recuperação zero entre DANP. Os dispositivos SAN podem fornecer
Redundância redundância por meio de redundância de dispositivos, como os relógios na
Figura 26.
Especificidade DANP ou RedBoxes são necessários para a redundância.
Duplicar a infraestrutura da rede de comunicação para redundância completa,
Limitações
requer dispositivos apropriados para o protocolo PRP.

62 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

7.3.1.2 Topologias em anel simples

7.3.1.2.1 Barramento de processo como anel de switches RSTP

Em uma rede com configuração em anel, cada switch é conectado a dois e somente dois switches
vizinhos, formando um elo físico (loop) (ver Figura 27). As redes com configuração em anel
proporcionam uma redundância completa nos casos de ocorrência de falhas de links, embora não
proporcionem redundância contra falhas na porta de borda ou em casos de falhas de switches,
a menos que cada dispositivo possua duas portas de comunicação e que seja duplamente conectado
a switches diferentes.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Um protocolo de redundância, como o RSTP, assegura que os frames não circulem indefinidamente.

Uma topologia considerando um switch para cada bay é um arranjo muito comum.

Figura 27 – Barramento de estação com arquitetura em anel com switches com protocolo RSTP

As características desta topologia são resumidas na Tabela 12.

Tabela 12 – Barramento de estação com arquitetura em anel (continua)


Propriedade Características
Topologia simples. A quantidade de switches é proporcional ao número de bays
da subestação.
O número de links é determinado pelo número de nós terminais e quantidade de
Simplicidade switches.
Adaptam-se bem em instalações em painéis de pátio.
Um bay pode ser removido da rede de comunicação para serviços de
manutenção, com efeito mínimo nos demais bays.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 63


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 12 (conclusão)
Propriedade Características
Ligeiramente difícil assegurar uma largura de banda adequada. A comunicação
Controle de entre bays é afetada por outras comunicações entre bays, devido ao tráfego ser
tráfego encaminhado sobre links compartilhados.
O número de sub-redes apresenta um impacto em assegurar a largura de banda.
O tempo de resposta aumenta com o aumento da quantidade de switches em
série, no pior caso, a quantidade de saltos (hops) será N-1 da quantidade de
Tempo de switches na rede.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

resposta
De forma diferente de anéis com DANH, a quantidade de saltos (hops) não
depende da quantidade de nós terminais.
Proporciona uma redundância para links de tronco no anel. Entretanto, como
mostrado na IEC 62439-1:2010, o aumento da disponibilidade é desprezível,
Redundância
uma vez que predomina a indisponibilidade dos links aos dispositivos terminais e
switches.
De forma a reduzir o tempo de resposta, são requeridos switches com operação
Especificidade do tipo cut-through, embora isso melhore somente o tempo de resposta médio,
não o tempo de resposta para o pior caso.
Limitações Não é flexível quando a instalação dos cabos requer outra topologia.

7.3.1.2.2 Barramento de estação como switches separados para proteções 1 (principal) e


2 (secundária)

Aplicações mais exigentes requerem uma redundância de dispositivos de proteção (1 = proteção


principal e 2 = proteção de retaguarda) que não apresentem um ponto único de falha. De forma
a assegurar uma independência de falhas de ambas as proteções 1 e 2, estes dispositivos são
conectados a switches diferentes, de acordo com o mostrado na Figura 28.

NOTA O Barramento 1 e a Barramento 2 se referem à redundância de aplicação (proteção principal e


retaguarda), cada um com a sua respectiva rede (ver Figura 28), ao passo que LAN A e LAN B se referem ao
caminho redundante dentro da mesma rede PRP; ver Figura 26.

Cada separação reduz consideravelmente os modos de falha comum, porém algumas conexões entre
o Barramento 1 e o Barramento 2 ainda existem, pois tanto os dispositivos do Barramento 1 como
aqueles do Barramento 2 são controlados pelo mesmo SCADA e recebem as mesmas mensagens
GOOSE. Tanto o Barramento 1 como o Barramento 2 são tratados como diferentes bays.

A Figura 28 assume que tanto o Barramento 1 como o Barramento 2 estão conectados na camada 2
por meio de switches diferentes, que são conectados entre si por meio do barramento de estação,
introduzindo um possível ponto único de falha.

Isso representa um caso limite entre redundância de rede (por meio do link redundante no anel)
e redundância de dispositivos (por meio da presença de um segundo switch). Ele também apresenta
um caso de fronteira do barramento de processo, pois os Barramentos 1 e 2 podem transportar tráfego
do barramento de processo (ver o PI na Figura 28).

64 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 28 – Barramento de estação como barramentos separados Principal 1 (Barra 1)


e Principal 2 (Barra 2)

As características desta topologia são resumidas na Tabela 13.

Tabela 13 – Barramentos de estação com proteção de barramentos como


proteções separadas Principal 1 (Barra 1) e Principal 2 (Barra 2)
Propriedade Características
Simplicidade Mesma característica de 7.3.1.2, utilizando somente dois switches por bay.
Controle de Similar a 7.3.1.2, porém o pior caso de tráfego no tronco é mais difícil de avaliar,
tráfego pois os switches também transportam tráfego do barramento de processo.
Tempo de Tempo de resposta maior do que o de 7.3.1.2, uma vez que a quantidade de
resposta switches em série é duplicada.
Mesmo de 7.3.1.2, com a vantagem adicional de que a separação dos
Redundância Barramentos 1 e 2 proporciona uma alta disponibilidade das funções de
proteção.
Especificidade Mesmo de 7.3.1.2.
Mesmo de 7.3.1.2.
Limitações A engenharia de rede necessita tomar cuidado com a conexão entre o
Barramento 1 e o Barramento 2.

7.3.1.2.3 Barramento de estação como anel de nós interligados

Uma topologia em anel economiza a fiação e os switches; ela não é utilizada primariamente para
redundância. Ela é muito adequada para subestações de distribuição e industriais, em média tensão,
tipicamente um IED por cubículo ou por bay.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 65


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Nós de ligação, por exemplo, utilizando HSR, reduzem a quantidade de switches e ainda fornecem
redundância completa de rede, como mostrado na Figura 29.

Nós de ligação que utilizam o cut-through reduzem a média do atraso de encaminhamento dos frames,
embora o cut-through não melhore o pior caso, que ocorre quando os switches encaminham frames
longos ao mesmo tempo. O cut-through necessita de hardware para suporte.

A quantidade de nós por anel é limitada pelo tempo de latência acumulada pelo tipo de nós de ligação,
sendo o tempo de resposta máximo definido pela função da aplicação.

Por exemplo, se cada nó introduzir um retardo em pior caso de 123 μs (comprimento máximo dos
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

frames em trânsito a 100 Mbit/s), colocando 50 nós em série, isso resulta em um retardo de pior caso
de 6,159 ms, que é aceitável somente se dispositivos atenderem à classe de transferência de tempo
TT4 ou menor (ver IEC 61850-5:2013, 11.1.3).

Uma vez que cada nó introduz um retardo de uma porta para a outra, convém que o número de nós
por anel seja mantido pequeno.

Em subestações de média tensão, um único IED combina normalmente as funções de proteção,


medição e controle, ao contrário das subestações de transmissão em alta e extra alta-tensão, que
aplicam vários IED para tais funções. Desta forma, nas subestações de distribuição e industriais, pode
ser reduzida a quantidade de dispositivos no anel.

Figura 29 – Barramento de estação com switches em anel com protocolo HSR

66 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

As características desta topologia são resumidas na Tabela 14.

Tabela 14 – Barramento de estação com switches em anel com protocolo HSR


Propriedade Características
Topologia simples.
Número menor de switches dedicados.
Redução de fiação da rede.
Adapta-se bem a instalações em painéis, geralmente no pátio da subestação.
Simplicidade
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

O IED de um bay ou a seção da subestação podem ser desconectados


da rede para serviços de manutenção, caso a perda da redundância seja
tolerada durante este período.
Menor número de nós e de links. A quantidade de links é determinada pela
quantidade de DAN e de RedBoxes (ou de switches com o protocolo RSTP)
Dificuldade de avaliar a largura de banda.
Controle de Compartilhamento de tráfego de DAN e de RedBoxes. Comunicação entre
tráfego bays e entre IED de mesmo bay é afetada pela comunicação de outros bays e
outros nós. A quantidade de DAN possui um impacto crítico para assegurar a
largura de banda.
O tempo de resposta aumenta com a quantidade de switches em série,
Tempo de embora isso não seja crítico para barramentos de estação.
resposta A utilização de dispositivos com operação do tipo “cut-through” reduz o tempo
de resposta, embora não melhore seu pior caso.
Resiliência contra qualquer falha simples de link e falhas de alguns switches.
Redundância Um RedBox seria um ponto único de falha, porém pode ser aplicado como um
par.
Requer IED com duas portas de comunicação, hardware que suporte manter
o tempo de resposta baixo e possivelmente um dispositivo de by-pass.
Especificidade
No caso de protocolo HSR, RedBoxes HSR são necessárias para conectar os
dispositivos SAN.
Não tem flexibilidade quando o roteamento da fiação exige outra topologia.
É recomendado o fatiamento do anel quando a quantidade de bays for
grande, por exemplo, um anel por nível de tensão.
Limitações
Quando se utilizar mais de um IED por bay, os switches do anel necessitam
ser substituídos por RedBoxes HSR com múltiplas portas e o anel necessita
transportar tráfego HSR.

NOTA Se um maior tempo de resposta for suportado no barramento de estação, os nós dos switches
podem utilizar o protocolo RSTP, porém a conexão de IED utilizando o protocolo RSTP é mais complexo do
que utilizar o protocolo HSR.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 67


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

7.3.1.3 Barramento de estação como topologia de anéis múltiplos

7.3.1.3.1 Barramento de estação como anel e subanéis com topologia RSTP

Uma topologia em hierarquia de dois anéis utiliza um anel no nível de estação (anel principal ou
primário) e outro para cada nível de tensão (anel secundário). A Figura 30 mostra esta topologia
implantada com o protocolo RSTP.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 30 – Barramento de estação em anel com subanéis com protocolo RSTP

As características desta topologia são resumidas na Tabela 15.

Tabela 15 – Barramento de estação em anel com subanéis (continua)


Propriedade Características
Complexidade moderada, arranjo convencional com um switch por bay ou cubículo.
Grande número de switches. O número de switches no anel secundário é o número de
bays ou cubículos mais dois. O número total de switches é o número de switches de
Simplicidade
anéis secundários mais o número de outros switches no anel primário.
O número de links é aproximadamente o número de nós finais mais o número de
switches mais o número de subanéis.
O tráfego é segmentado pelos switches (filtros multicast).
A prioridade do switch deve ser configurada para assegurar que o switch raiz esteja no
anel superior.
Controle de Ligeiramente fácil de assegurar largura de banda adequada, a menos que o tráfego de
tráfego diversos anéis secundários seja encaminhado para o anel primário.
A comunicação entre bays ou cubículos em cada anel secundário é afetada pela
comunicação não relacionada apenas entre bays ou cubículos do mesmo anel
secundário.

68 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 15 (conclusão)
Propriedade Características
Tempo de Reduz levemente o tempo de resposta, se a quantidade de switches que formam o anel
resposta primário ou secundário for pequena e o tráfego não for desviado.
Um caminho de redundância nos anéis.
Redundância É vantajoso utilizar dois switches por bay ou cubículo para conectar o anel Principal 1 e
o anel Principal 2, independentemente do barramento de estação.
A utilização de switches do tipo cut-through colabora com a redução do tempo de
Especificidade
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

resposta.
A engenharia da conexão entre os níveis de tensão é difícil.
Limitações
A localização dos switches não é óbvia.

7.3.1.3.2 Barramento de estação como anéis paralelos

Esta topologia expande o anel simples e provê redundância por meio de múltiplos anéis com dois
switches externos ao anel e integrado aos IED pontes, utilizando interligação óptica, como mostrado
na Figura 31.

Os dois switches principais asseguram um tempo curto de propagação. Se o RSTP for utilizado,
convém que os switches principais sejam designados como Switch Raiz 1 e Switch Raiz 2 para menor
tempo de recuperação em momentos de falha de um switch raiz. Eles também podem ser conectados
diretamente para assegurar menores atrasos.

Em aplicações reais, os subanéis são tão pequenos quanto forem as restrições do arranjo da instalação.

A estrutura de rede de comunicação e consequentemente o tamanho do anel são determinados pelas


estruturas física e lógica das aplicações. Anéis podem ser configurados baseados nas estruturas dos
bays ou no nível de tensão da subestação. Alguns projetos distribuem as funções dos IED entre os
bays, de modo que, na perda de um anel, partes do bay ainda sejam visíveis.

O sistema SCADA e o seu back-up também são do tipo DAN, implantando RSTP ou ao menos um
subconjunto daquele protocolo.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 69


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 31 – Barramento de estação como anéis paralelos contendo nós de interligação

As características desta topologia estão resumidas na Tabela 16.

Tabela 16 – Barramento de estação como anéis paralelos


Propriedade Características
Topologia moderadamente complexa. O número de switches é dois. O número de links é
igual ao número de nós finais mais o número de switches.
Simplicidade Reduz o custo total de instalação utilizando o IED com funcionalidade de switch
incorporada.
Suporta vários anéis.
Controle de Difícil de avaliar, já que parte do tráfego circular é encaminhada entre os switches sobre
tráfego o link comum de alta velocidade, criando uma dependência entre os anéis.
Tempo de
O tempo de resposta aumenta com a quantidade de DAN em um anel.
resposta
Redundância Redundância de um caminho com dependência de um link de backup.
Precisa de nós duplamente anexados no anel, com um suporte para pelo menos um
subconjunto RSTP.
Especificidade
Para reduzir o tempo de resposta, os dispositivos DAN podem se beneficiar de suporte
de hardware do tipo cut-through.
Embora os switches de extremidade possam ser conectados por links de alta
Limitações
capacidade, eles podem se tornar um gargalo.

70 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

7.3.1.3.3 Barramento de estação como anéis HSR em paralelo

A Figura 32 mostra uma estrutura de barramento de estação na qual um anel HSR serve a cada
bay. Para reduzir a tempo de resposta do pior caso, convém que ambas as metades do anel tenham
o mesmo número de IED.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 32 – Barramento de estação como anéis HSR em paralelo

As características dessa topologia estão resumidas na Tabela 17.

Tabela 17 – Barramento de estação como anéis HSR paralelos (continua)


Propriedade Características
Topologia moderadamente complexa. O número de switches/RedBoxes é dois.
O número de links é igual ao número de nós finais mais dois para cada anel,
mais o dobro do número de dispositivos finais no PRP.
Simplicidade
Reduz o custo total de instalação utilizando IED com funcionalidade de switch
incorporada.
Suporta vários anéis.
Difícil de avaliar, já que parte do tráfego circular é encaminhada entre os
Controle de
switches sobre o link comum de alta velocidade, criando uma dependência
tráfego
entre os anéis.
Tempo de O tempo de resposta aumenta com a quantidade de DANH em um anel, embora
resposta seja mantido baixo por HSR utilizando cut-through”.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 71


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 17 (conclusão)
Propriedade Características
Redundância Redundância total dentro dos anéis.
Especificidade Necessita de DANH no anel.
Embora os switches de extremidade possam ser conectados por links de alta
Limitações
capacidade, eles podem se tornar um gargalo.

7.3.1.3.4 Barramento de estação como anel de anéis


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

A topologia Anel-Anel, apresentada na Figura 33, mostra uma rede com um anel primário e anéis
secundários conectados ao anel primário. Esta topologia também pode ser considerada como sendo
uma topologia ramificada e ilustra uma das variantes possíveis deste tipo de topologia.

Esta topologia segue a maneira como um sistema tradicional de proteção e controle é instalado em
subestações elétricas, ou seja, bay por bay. Cada subanel pode representar um bay da subestação.

A topologia Anel-Anel proporciona redundância adicional, além do anel simples. A topologia Anel-Anel
é mais adaptável do que o anel simples, pois pode mapear as restrições físicas de cabeamento de
qualquer aplicação.

O Anel-Anel é uma topologia mais complexa que requer um protocolo de redundância mais sofisticado
para o seu gerenciamento, quando tempos determinísticos de recuperação de rede necessitam
ser obtidos.

Figura 33 – Barramento de estação como anéis hierárquicos contendo nós de conexão RSTP

72 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 18.

Tabela 18 – Barramento de estação como anéis de anéis com RSTP


Propriedade Características
Esta topologia pode mapear para restrições físicas da fiação de qualquer
aplicação e é adequada para subestações muito grandes.
Topologia complexa. Alguns switches são necessários para a construção de
Simplicidade
anéis primários e secundários.
O número de links é determinado aproximadamente pelo número de nós finais
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

mais o número de links que formam o anel principal.


Filtragem multicast nos switches. A avaliação da largura de banda é difícil,
Controle de
uma vez que a comunicação entre bays é afetada pela comunicação não
tráfego
relacionada a isso.
Tempo de O tempo de resposta é reduzido nos casos em que a quantidade de DAN for
resposta pequena.
Tolera pelo menos uma única falha e tolera algumas falhas múltiplas sem perda
Redundância
de conectividade.
Dispositivos DAN com hardware que suporte “cut-through” são necessários
Especificidade
para reduzir o tempo de resposta médio.
Necessita de cuidados especiais para alcançar um tempo de recuperação
determinístico com o RSTP.
Se o RSTP for aplicado ao anel primário, o protocolo deve ser desativado nos
links que conectam os anéis secundários; caso contrário, isso introduziria loops
na rede.
Se o RSTP estivesse ativo nos links para o anel secundário e se o domínio
Limitações RSTP fosse estendido do anel primário para os anéis secundários, o tempo de
reconfiguração da rede só seria determinável como um valor limite superior,
conforme descrito na IEC 62439-1:2010.
Existem várias soluções específicas de fornecedor que permitem a
implementação de uma topologia, como mostrado na Figura 33, com tempos
de recuperação determinísticos, mas depender deles complica a engenharia de
sistemas heterogêneos.

7.3.1.3.5 Barramento de estação como anel de anéis com HSR

A topologia Anel-Anel da Figura 33 pode ser aplicada aos nós de switch HSR. Ver Figura 34.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 73


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 34 – Barramento de estação como anéis hierárquicos contendo nós de conexão HSR

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 19.

Tabela 19 – Barramento de estação como anel de anéis com HSR


Propriedade Características
Esta topologia pode mapear para restrições físicas de fiação de qualquer
aplicação e é adequada para subestações muito grandes.
Topologia complexa. Switches combinados com RedBoxes são necessários para
Simplicidade
a construção de anéis primários e secundários.
O número de links é determinado aproximadamente pelo número de nós finais
mais o número de links que formam o anel principal.
Filtragem multicast nos switches. A avaliação da largura de banda é difícil, uma
Controle de
vez que a comunicação entre bays é afetada pela comunicação não relacionada
tráfego
a isso.
Tempo de
O tempo de resposta é reduzido, se a quantidade de DANH for pequena.
resposta
Tolera pelo menos uma única falha e tolera algumas falhas múltiplas sem perda
Redundância
de conectividade.
Dispositivos DAN com hardware que suporte “cut-through” permitem a redução
Especificidade
do tempo de resposta médio.
Limitações Disponibilidade de switches especiais com suporte modular a HSR.

74 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

7.3.1.3.6 Barramento de estação como anel e subanéis com HSR

A Figura 35 mostra uma hierarquia em anel de três níveis com anéis HSR e RedBoxes/QuadBoxes
como elementos de acoplamento. O nível superior é de toda a estação, o segundo específico para um
nível de tensão, enquanto o terceiro está confinado a um bay.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 35 – Barramento de estação em anel com subanéis com HSR

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 20.

Tabela 20 – Barramento de estação como anel e subanéis com HSR


Propriedade Características
Topologia adequada para grandes subestações.
Simplicidade
Grande número de QuadBoxes.
Permite a segmentação do tráfego e o confinamento do tráfego a um anel.
Controle de
tráfego Fácil de assegurar a largura de banda adequada, a menos que uma quantidade
grande de tráfego seja encaminhada para anéis secundários ou anel primário.
Tempo de O tempo de resposta é relativamente baixo, se a quantidade de DANH for
resposta pequena.
Fornece redundância em todos os níveis.
Redundância É vantajoso conectar o barramento 1 (principal) e o barramento 2 (secundário)
a diferentes QuadBoxes
Especificidade DANH e RedBoxes são necessários.
Utiliza arquitetura convencional (uma ponte por bay).
Limitações
Engenharia complicada da conexão entre os níveis de tensão.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 75


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

7.3.2 Barramento de processo e conexão de equipamentos primários

7.3.2.1 Peculiaridades do barramento de processo

As arquiteturas do barramento de processo ainda estão em estudo e atualmente existem vários


projetos-piloto em andamento. Portanto, 7.3.2 descreve algumas das possíveis arquiteturas para o
barramento de processo com um nível de detalhes superior ao do barramento de estação.

A estrutura do barramento de processo pode ser bastante diferente do barramento da estação, devido
ao tráfego elevado que ele tem que transportar. Como mostrado em 10.2 e no Anexo A, um segmento
Ethernet de 100 Mbit/s pode suportar aproximadamente seis dispositivos produzindo tráfego SV a
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

uma taxa de transmissão de 4 800 kHz.

Para o caso especial de proteção de barra, o barramento de processo segue a estrutura do


barramento de estação. Para detectar faltas na barra, o valor instantâneo da corrente de todos os
bays pertencentes à barra é somado e, normalmente, convém que esta soma seja zero. O barramento
de processo interconecta todos os bays conectados ao mesmo barramento e usa o mesmo meio de
rede, similar ao barramento da estação, ou utiliza uma fiação paralela. Quando o número de bays se
torna grande, o barramento de processo deve ser segmentado, e os diferentes segmentos conectados
hierarquicamente a um hub da proteção de barra, ou horizontalmente, caso em que as diferentes zonas
trocam informações de fasores em vez de valores amostrados. Esta aplicação não é considerada
além desse ponto, uma vez que não é simples de alcançar a interoperabilidade entre os dispositivos.

Primeiramente é descrito como uma introdução um arranjo de barra dupla, com um único bay e, em
seguida, é detalhado um arranjo mais complexo de disjuntor e meio.

7.3.2.2 Bay de barra dupla

7.3.2.2.1 Bay de barra dupla sem barramento de processo (convencional)

Os bays convencionais usam transformadores de tensão e corrente que normalmente têm núcleos
múltiplos e independentes, sendo cada núcleo utilizado para uma função separada, como apresentado
na Figura 36. A conexão convencional é feita por cabeamento direto.

76 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 36 – Seção de barramento duplo com sensores diretamente conectados

7.3.2.2.2 Bay de barra dupla com merging units e proteções 1 (principal)/2 (secundária)

Para permitir um “retrofit” (atualização) da medição analógica para digital, a IEC 61869-9 propõe a
conexão da saída analógica dos transformadores de instrumentação aos SAMU, de acordo com o
mostrado na Figura 37.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 77


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 37 – Bay de barra dupla com SAMU e barramento de processo

Existem dois barramentos de processo, um para a proteção 1 (principal) e outro para a proteção
2 (secundária); os barramentos de processo não são duplicados e seus tráfegos são distintos.

A Figura 37 apresenta as conexões da proteção de barra com o barramento de processo e com o


barramento da estação.

Devido ao pequeno número de portas, é possível conectar o SAMU diretamente aos IED, por exemplo,
utilizando SAMU de várias portas, tendo como consequência a economia de switches.

7.3.2.2.3 Bay de barra dupla com TC e TP eletrônicos

Transformadores de corrente eletrônicos (ECT) e transformadores de potencial eletrônicos (EVT)


podem ser conectados diretamente ao barramento de processo, como mostrado na Figura 38, se eles
forem PIA.

NOTA A série IEC 61869, Instrument transformers estabelece requisitos para TC e TP eletrônicos e para
transformadores de instrumentos de baixa potência (LPIT – Low Power Instrument Transformers), como
LVCT (Low Voltage Current Transformers) e LVPT (Low Voltage Potential Transformers).

78 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 38 – Bay com barra dupla com TC e TP eletrônicos e barramento de processo

Se EVT/ECT trifásicos forem utilizados, a quantidade de conexões para os IED é pequena, então
é possível utilizar um switch ao invés de um IED. Se a conexão for por fase, o número dos PIA
conectados ao barramento de processo é seis por switch.

7.3.2.3 Instrumentos associados ao sistema de 1 ½ disjuntor

7.3.2.3.1 Sistema de disjuntor e meio com conexão convencional a IED (sem barramento de
processo e sem redundância)

A referência é uma área de abrangência (diâmetro) de disjuntor de 1 ½ (2 linhas). Esta configuração é


considerada o pior caso para a conexão de transformadores de instrumentos.

A proteção convencional consiste em duas de proteção de linhas de e uma proteção de barra. Devido
ao acoplamento, os IED necessitam dos valores de corrente e tensão da linha e dos dois alimentadores.
Os sinais de controle (trip) dos disjuntores não são mostrados.

A Figura 39 apresenta a estrutura de uma proteção não redundante para explicar os fluxos de dados
básicos. Para uma comparação adequada com as topologias antigas e posteriores, convém que os
núcleos de medição sejam detalhados e os IED duplicados, como apresentado na Figura 40.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 79


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 39 – Sistema de disjuntor e meio com dispositivos convencionais não redundantes

7.3.2.3.2 Topologia de SAMU para arranjo de disjuntor e meio com proteções principal 1
e principal 2 redundantes

Para conectar transformadores de instrumentos legados, os SAMU podem ser conectados a um


barramento de processo diferente para as proteções principais 1 e principais 2 (ver Figura 40).

80 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 40 – Sistema de 1 ½ disjuntor com SAMU e barramento de processo

7.3.2.3.3 Arranjo de disjuntor e meio com TC e TP eletrônicos e proteções principal 1


e principal 2 redundantes

A Figura 41 apresenta o arranjo quando os transformadores de instrumento eletrônicos são utilizados.


A fiação em relação à Figura 40 é simplificada e os transformadores de instrumento eletrônicos são
duplicados para redundância.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 81


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 41 – Sistema de disjuntor e meio com TC e TP eletrônicos e barramento de processo

7.3.2.3.4 Barramento de processo para sistema de disjuntor e meio em estrela com interfaces
de processo (PI)

A versão mais simples do barramento de processo é uma conexão direta de Interfaces de Processo
(PI) aos IED, de acordo com o mostrado na Figura 42. Transistores de instrumentos convencionais
(CIT) e não convencionais (NCIT) são conectados aos PIA. Os PIA possuem uma saída de barramento
de processo conectada diretamente aos IED, que substitui os switches. Os PIA estão localizados
próximos à tecnologia primária e convertem sinais analógicos dos sensores de corrente e tensão em
painéis SV. Os PIB entendem e geram frames GOOSE. Não existe expectativa de tráfego de PIA para
PIA e existe um tráfego pequeno de PIB para PIB.

82 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Legenda

CIT transformadores de instrumento “tradicionais” (conventional instrument transformer)


NCIT transformadores de instrumento de “baixa potência” (non-conventional instrument transformer)
PIA medição de tensão e de corrente
PIB controle de disjuntores e de chaves seccionadoras

Figura 42 – Barramento de processo como conexão de PIA e PIB (proteção não redundante)

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 21.

Tabela 21 – Barramento de processo como conexão de PIA e PIB (continua)


Propriedade Características
Topologia simples.
Retrofit simples, uma vez que os transformadores de corrente e tensão podem
ser substituídos por transformadores de instrumentos não convencionais sem
Simplicidade
alteração da interface.
Com o acoplamento trifásico, o número de portas nos IED é pequeno e é
possível colocar os switches internos aos IED, reduzindo os custos.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 83


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 21 (conclusão)
Propriedade Características
Controle de Permite links de 100 Mbit/s entre MU e IED.
tráfego Facilidade de avaliar a largura de banda.
Tempo de resposta baixo.
Tempo de
resposta Não existem switches entre os dispositivos no nível de processo e os
dispositivos no nível dos equipamentos ou cubículos
Redundância Sem redundância.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Necessidade de IED com um grande número de portas e alto poder de


Especificidade processamento.
Todas as interfaces de processo (PIA, PIB) são específicas.
A localização física dos dispositivos primários (IED) determina a topologia.
Limitações Número de dispositivos limitados pelo tráfego SV.
Dispositivos monofásicos requerem um grande número de portas.

7.3.2.3.5 Barramento de processo de sistema de disjuntor e meio como estrela simples (ponto
a ponto)

A topologia pode ser simplificada se os PIA e PIB puderem ser integrados nos transformadores de
instrumento e se incorporarem aos equipamentos primários (por exemplo, montados diretamente em
um disjuntor).

De acordo com o mostrado na Figura 43, se o IED for um dispositivo combinado de Proteção, Medição
e Controle (PMC), um PI necessita apenas de um único link para esse IED e o barramento de processo
é reduzido para vários links ponto a ponto. O IED realiza a função switches, devido a um pequeno
tráfego horizontal entre os PI.

84 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Legenda

PMC Protection, Measurement and Control IED (IED para Proteção, Medição e Controle)

Figura 43 – Barramento de processo como uma estrela simples (proteção não redundante)

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 22.

Tabela 22 – Barramento de processo como uma estrela única (continua)


Propriedade Características
Topologia simples.
Simplicidade
Não há necessidade de switches autônomos no barramento de processo.
Facilidade de assegurar uma largura de banda adequada.
Controle de Permite links de 100 Mbit/s entre PI e IED.
tráfego O produto do número de PI e da taxa de amostragem é limitado apenas pela
capacidade dos IED de absorver o tráfego.
Tempo de Tempo de resposta muito baixo. Não existem switches entre os dispositivos no
resposta nível de processo e os dispositivos no nível dos equipamentos ou cubículos.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 85


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 22 (conclusão)
Propriedade Características
Redundância Sem redundância.
O IED precisa de um grande número de portas Ethernet e se torna bastante
complexo.
Apenas um IED por compartimento, proteção e controle foram mesclados no
Especificidade mesmo dispositivo (nem sempre aceito).
O IED deve executar a função de um switch e filtrar o tráfego multicast.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Se os PI forem dispositivos simples, o IED deve atuar como proxy, o que


aumenta a complexidade.
O número de portas por IED é limitado.
A conexão de dispositivos monofásicos é difícil.
Limitações
A aceitação de dispositivos PMC é limitada, pois alguns preferem dispositivos
independentes para proteção, medição e controle.

7.3.2.3.6 Sistema de disjuntor e meio com barramento de processo como estrela dupla
(Proteções principal 1 e principal 2)

Esta topologia difere da apresentada em 7.3.2.3.6 pela separação das proteções principal 1 e principal 2
em canais independentes, conectados a dois IED redundantes separados, de acordo com o mostrado
na Figura 44.

86 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 44 – Barramento de processo como estrela dupla

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 23.

Tabela 23 – Barramento de processo como estrela dupla


Propriedade Características
Simplicidade O mesmo que em 7.3.2.3.5.
Controle de
O mesmo que em 7.3.2.3.5.
tráfego
Tempo de
O mesmo que em 7.3.2.3.5.
resposta
Redundância Redundância total e independente no nível da aplicação.
Especificidade O mesmo que em 7.3.2.3.5, “failover” específico para aplicativo de controle.
O mesmo que em 7.3.2.3.5.
Limitações A comunicação entre o barramento de processo 1 e o barramento de
processo 2 deve ser cuidadosamente projetada, uma vez que envolve a
comunicação entre o PMC1 e o PMC2.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 87


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

7.3.2.3.7 Sistema de disjuntor e meio com barramento de processo como switch simples

Quando o cliente não aceita o PMC e quando o número de portas nos IED se torna grande, uma
estrutura de switch é vantajosa, como mostrado na Figura 45. O barramento de processo é restrito
à conexão entre os dispositivos de proteção e controle e os dispositivos PI. O SCADA acessa os
dispositivos PI diretamente ou de outra forma, utilizando os IED como proxies.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 45 – Barramento de processo como um switch único (sem proteção redundante)

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 24.

88 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 24 – Barramento de processo como um switch único


Propriedade Características
Topologia simples, um único switch é suficiente.
Simplicidade
O switch permite um número variável de portas.
Fácil de avaliar a largura de banda.
Como a maior parte do tráfego é dos PI para os IED, os PI podem ser
anexados com links de 100 Mbit/s, se o multicast for filtrado corretamente.
Controle de O produto do número de PI e da taxa de amostragem é limitado pela
tráfego
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

capacidade do switch e, no caso de ser suficiente, pela capacidade dos IED


de absorver o tráfego.
O switch pode conectar o barramento do processo e o barramento da
estação, se uma filtragem multicast adequada for aplicada.
Tempo de
Baixo tempo de resposta – apenas um switch como nó na rede.
resposta
Sem redundância – o switch é um ponto único de falha (mas isso pode ser
Redundância resolvido com um esquema principal 1/principal 2, como apresentado em
7.3.2.3.8).
PIA e PIB são específicos para a tecnologia primária.
Especificidade
Se os IED estiverem atuando como seus proxies, eles devem ser adaptados.
No caso de um número significativo de PI, especialmente com a conexão
monofásica de PIA, os IED precisam de uma conexão de 1 Gbit/s.
A filtragem multicast deve ser eficaz durante a inicialização e/ou
Limitações
recuperação.
Se os dispositivos PI forem dispositivos simples, os IED devem atuar como
proxy, o que aumenta a complexidade.

7.3.2.3.8 Sistema de disjuntor e meio com barramento de processo como switch duplo
(proteções principal 1 e principal 2)

Esta topologia é similar àquela descrita em 7.3.2 com a diferença de que a proteção principal 1 e a
proteção principal 2 possuem sua própria rede, switch e sensores, de acordo com o apresentado na
Figura 46. Com proteção duplicada, não há incentivo para duplicar cada barramento de processo.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 89


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 46 – Barramento de processo como LAN separadas para a entrada 1 e entrada 2

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 25.

Tabela 25 – Barramento de processo como LAN separadas


Propriedade Características
Topologia duplicada de 7.3.2.3.7.
Simplicidade
Duplicação de sensores, duplicação de switches e links
Controle de
O mesmo que em 7.3.2.3.7.
tráfego
Tempo de
O mesmo que em 7.3.2.3.7.
resposta
A total independência das proteções principal 1 e principal 2 assegura a
Redundância
disponibilidade em nível de aplicação.
Especificidade O mesmo que em 7.3.2.3.7.
A conexão do tráfego LAN1 e LAN2 e a operação de failover são difíceis de
Limitações
projetar, já que isso é específico da aplicação.

90 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

7.3.2.3.9 Barramento de processo como anel simples

O barramento de processo pode ser construído como um anel HSR, conforme ilustrado na Figura 47.
Neste caso, todas os dispositivos PI suportam o protocolo IEC 61850-9-2. Um barramento de processo
do tipo anel HSR pode ser conectado ao barramento de estação por um IED ou por uma RedBox HSR.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 47 – Barramento de processo como anel de nós HSR

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 26.

Tabela 26 – Barramento de processo como anel simples (continua)


Propriedade Características
Topologia simples.
Simplicidade
Sem a utilização de switches.
Dificuldade de avaliar a largura de banda.
O produto do número de PI e a taxa de amostragem limitam o número de PI ou
MU no anel, uma vez que todo o tráfego flui por meio de cada dispositivo; ver
Controle de
10.2.
tráfego
Para cumprir com a taxa de amostragem do UCA 9-2LE, cerca de seis
dispositivos são suportados a 100 Mbit/s; caso contrário, é necessária uma
conexão de 1 Gbit/s, exceto se a taxa de amostragem for reduzida.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 91


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 26 (conclusão)
Propriedade Características
Tempo de
O tempo de resposta aumenta com a quantidade de PI no anel.
resposta
Redundância Fornece redundância com apenas um link adicional.
Conexões com duplo IED e de dispositivos PI são necessários.
Especificidade Os IED devem executar a função de um switch e filtrar o tráfego multicast. Se
os dispositivos PI não suportarem o MMS, o IED deve atuar como seu proxy, o
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

que aumenta a sua complexidade.


O número de dispositivos no anel é limitado pelo tráfego SV.
Simplicidade O projeto cuidadoso deve excluir falhas no modo comum, como dispositivos
com defeito, gerando tráfego intenso.

7.3.3 Conexão entre barramento de estação e barramento de processo

7.3.3.1 Separando versus conectando o barramento de estação e o barramento de processo

As principais razões para separar o barramento da estação e o barramento de processo são as


seguintes.

● Exceto em subestações muito pequenas, o barramento da estação é incapaz de carregar a soma


do tráfego SV de todas as barras de processo conectadas a ele.

● Segmentar a rede em vários domínios de redundância aumenta a resiliência da rede. Um anel


tolera uma falha, mas não uma segunda falha, que se torna mais provável à medida que aumenta
o número de dispositivos e links no anel. Se a rede estiver separada em vários anéis, sendo cada
anel seu próprio domínio de redundância, uma segunda falha não afeta os outros anéis.

O barramento da estação e o barramento de processo podem ser separados física ou logicamente:

● Separação física significa que existem duas redes de comunicação separadas sem conectividade.
O barramento de processo torna-se um domínio privado de alguns IED, e o SCADA pode não
acessar diretamente os dispositivos de barramento de processo. Para dar ao SCADA algum
controle sobre estes dispositivos, um IED pode implementar um Logical Node de proxy que mapeia
o modelo de dados dos dispositivos de barramento de processo para objetos IEC 61850-7-4:2010.
Esta solução é útil no caso de merging unit e interfaces de processo sem a pilha do protocolo
MMS, mas também aumenta a complexidade do IED proxy. As vantagens e desvantagens são
resumidas na Tabela 27.

Tabela 27 – Vantagens e desvantagens da separação física


Vantagens Desvantagens
Proxy IED necessário.
Independência de falhas
Nenhum acesso interoperável para baixar o firmware.
Os dispositivos de
Difícil introduzir um proxy redundante.
barramento de processo
podem ser muito simples Nenhum procedimento padronizado, no caso de existir um proxy
que represente vários dispositivos ou vários proxies.

92 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● Separação lógica significa que o barramento de processo e o barramento de estação pertencem


à mesma rede de comunicação. Os switches filtram o tráfego entre os domínios do barramento
de estação e do barramento de processo, permitindo que alguns dispositivos troquem tráfego
específico entre os domínios. Um switch é necessário quando houver troca de mensagens GOOSE
ou SV. Um switch com capacidade de filtragem multicast ou um roteador de camada 3 separa
os domínios de barramento de processo e barramento de estação e, por padrão, impede que as
mensagens GOOSE e SV transitem, exceto por meio de um gateway de protocolo. A solução de
camada 3 requer que todos os dispositivos de barramento de processo sejam capazes de realizar
comunicação na camada 3, o que exclui PI simples. As vantagens e desvantagens são resumidas
na Tabela 28.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Tabela 28 – Vantagens e desvantagens da separação lógica


Vantagens Desvantagens
Dispositivos do barramento de processo devem
IED mais simples implementar uma pilha IP
Opera também quando o IED está Dispositivos do barramento de processo, switches ou
inoperante roteadores precisam de uma configuração cuidados
minuciosa

7.3.3.2 Barramento de estação e barramento de processo com links ponto a ponto

O barramento de processo pode ser implantado como múltiplos links ponto a ponto, como apresentado
na Figura 48. Um MU com múltiplas portas pode ser conectado a vários IED, o que permite a recepção
pelos múltiplos IED dos dados SV enviados por cada MU. As MU não podem implantar um switch
interno, pois isso gera loops.

Figura 48 – Barramento de processo como estrela a merging units e barramento de estação


como anel RSTP

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 93


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 29.

Tabela 29 – Barramento de processo como estrela a merging units


Propriedade Características
Controle de
Topologia ligeiramente complicada. Conexões ponto a ponto exigem mais links.
tráfego
Facilidade de assegurar largura de banda adequada.
Links de 100 Mbit/s são suficientes para conexões de MU.
Tempo de
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

resposta Alto desempenho, mesmo em aplicações muito grandes, pois os links ponto a
ponto são determinísticos.
Não é sensível à taxa de amostragem.
Tempo de resposta muito baixo entre os dispositivos do nível de processo e os
Redundância
dispositivos no nível dos equipamentos ou dos cubículos.
Se necessário, a redundância do barramento de processo pode ser alterada
conectando MU ou IED adicionais a eles com vários links ponto a ponto. No
Especificidade entanto, as MU ou IED precisam ter mais interfaces para vários links ponto a
ponto.
No barramento de estação, a redundância é fornecida pela topologia em anel.
O número de portas e links ponto a ponto é limitado, o que torna essa topologia
Simplicidade de flexibilidade limitada.
Necessita de IED e MU multiportas.
Controle de
Número de conexões limitadas pelo número de portas.
tráfego

7.3.3.3 Anéis separados para barramento de estação e barramento de processo

Este é um caso de utilização que combina uma rede em anel do barramento de estação com uma rede
em anel do barramento de processo.

A separação dos anéis do barramento de estação e do barramento de processo evita inundar o


barramento da estação com alto tráfego gerado pelos publicadores de SV, como as merging units.
Os IED possuem portas separadas para o barramento da estação e para o barramento de processo.
A implantação interna de ambas as interfaces em cada IED é específica do fornecedor. As duas
interfaces do IED não podem interligar frames, pois isso gera loops na rede. Se eles implantarem
switch no barramento - supondo que eles utilizem o RSTP no barramento de estação ou no lado do
barramento de processo, esses switches integrados acoplariam os anéis do barramento de processo
e do barramento de estação, aumentando o tempo de convergência possivelmente além dos valores
toleráveis.

Essa configuração de rede separa efetivamente o barramento de estação e o barramento de processo


em duas redes físicas completamente separadas. Para permitir um alcance (se necessário) do
SCADA, engenharia ou outras aplicações do nível 3 para os dispositivos do barramento de processo,
por exemplo, as MU, um roteador IP conecta as duas redes de camada 2 por meio de uma conexão
de camada 3. Na Figura 49, um roteador IP está indicado no diagrama da topologia por meio de linhas
pontilhadas. As linhas pontilhadas representam a conexão do roteador nas duas LAN. Essas conexões
e o roteador podem ser projetados de forma redundante (utilizando, por exemplo, o Virtual Router

94 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Redundancy Protocol - VRRP) para fornecer tolerância a falhas, se desejado. Alternativamente, os


switches de filtragem multicast podem ser utilizados.

Barramento de estação: é recomendado o protocolo RSTP.

Barramento de processo: utilizar o protocolo HSR, conectado por meio de RedBoxes ou utilizar
interfaces dedicadas com clientes HSR no lado do barramento de processo dos IED para as funções
de proteção ou controle. A Figura 50 apresenta um sistema com RedBoxes HSR com switches
integrados. As merging units e os IED de proteção ou controle são conectados ao anel HSR por meio
de links simples, sem redundância. De forma a possibilitar a redundância de link para a merging unit,
esta M.U. necessita implantar a interface HSR e deve estar diretamente integrada ao anel.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 49 – Barramento de estação e barramento de processo como anéis conectados


a um roteador

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 30.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 95


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 30 – Conexão de barramento de estação ao barramento de processo


por meio de roteadores
Propriedade Características
Dificuldade de assegurar a largura de banda adequada no barramento de
processo, porque todo o tráfego é compartilhado no anel. No barramento de
Controle do
estação, é fácil assegurar uma largura de banda adequada, a menos que
tráfego
grandes quantidades de tráfego, como o tráfego SV, sejam encaminhadas
entre os switches.
Tempo de Baixo tempo de resposta, se a quantidade de switches em série no anel for
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

resposta pequena.
Redundância de caminho é realizada nos anéis do barramento de processo e
Redundância do barramento de estação. No entanto, a redundância no nível de aplicativo
precisa de MU redundantes, IED de disjuntores e IED.
Complexidade moderada. Alguns switches são necessários para a construção
Simplicidade
de anéis.
Os IED equipados com uma porta para o barramento de processo e uma porta
para o barramento de estação são necessários.
Especificidade As MU são necessárias.
Necessita de um roteador para interconectar os dois níveis. (A filtragem
multicast pode produzir o mesmo nível de recursos)
Suporta esquema de proteção diferencial (2 a N bays).
Outros
Permite transmitir a tensão SV para vários bays.

7.3.3.4 Barramento de processo e barramento de estação combinados por anéis HSR acoplados

A estrutura básica de 7.3.3.4 é mantida, com a exceção de que esta topologia é projetada especificamente
para uso de HSR, tanto no barramento de estação quanto no barramento de processo. Os anéis
HSR do barramento de processo e o anel HSR do barramento da estação são interconectados via
QuadBoxes, de maneira redundante.

● Rede de barramento da estação: para conexão dos DAN no barramento de estação, os protocolos
HSR e o PRP podem ser usados. Dependendo da interface do cliente, por exemplo, o servidor
NTP na Figura 50, os componentes de conexão Switch/RedBox têm que ser RedBoxes no modo
de operação HSR ou no modo de operação PRP. As SAN podem ser conectadas às RedBoxes. A
escolha das conexões HSR para as DAN no nível da estação não oferece desvantagem alguma,
apenas a vantagem da flexibilidade de utilização, seja como nó no padrão PRP ou nó no padrão
HSR.

● Rede de barramento de processo: apenas os nós HSR estão presentes nos anéis HSR do
barramento de processo. Os QuadBoxes interconectando os anéis individuais devem implantar
filtros multicast para evitar inundações desnecessárias de tráfego para toda a rede.

96 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 50 – Barramento de estação e barramento de processo em anel com HSR

NOTA O SCADA não necessita de redundância permanente; na Figura 50, links duplos (espera a quente)
são apresentados.

O switch HSR é combinado com uma RedBox integrada, funcionando no modo de operação PRP A/B
ou HSR, dependendo das interfaces de rede dos dispositivos clientes da rede, representados neste
exemplo pelos dispositivos SCADA e NTP.

Para que essa topologia funcione de maneira eficiente, é necessário assegurar que o tráfego SV do
barramento de processo não seja propagado desnecessariamente no barramento da estação. Isso
pode ser feito pela filtragem de multicast nos QuadBoxes.

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 31.

Tabela 31 – Conexão de barramento de processo por meio de RedBoxes (continua)


Propriedade Características
Em anéis HSR, uma filtragem de multicast é necessária para assegurar uma
Controle do
adequada largura de banda. Na rede PRP do barramento da estação, a
tráfego
princípio é fácil de assegurar a largura de banda adequada.
Tempo de Tempo de resposta relativamente alto, a menos que a quantidade de nós no
resposta anel seja pequena.
Redundância Uma redundância de caminho é fornecida pelo HSR ou PRP.
Topologia ligeiramente simples.
Simplicidade
O número de QuadBoxes é determinado pelo dobro do número de bays.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 97


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 31 (conclusão)
Propriedade Características
Os DAN são necessários.
Os QuadBoxes são necessários.
Especificidade
Para conectar SAN ao anel, são necessárias RedBoxes.
A filtragem multicast permite separar o tráfego GOOSE e SV.
Adapta-se principalmente ao esquema de proteção diferencial (2 a N bays).
Outros
Também se encaixa no caso de transmitir SV da tensão para vários bays.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

7.3.3.5 Hierarquia com princípios diferentes de redundância

Essa topologia mostra uma combinação da rede do barramento de estação e da rede de barramento
de processo, mas também pode ser um barramento de estação de segundo nível.

A alta disponibilidade em toda a rede do barramento de estação e do barramento de processo é obtida


utilizando uma rede LAN dupla no barramento da estação e um anel de nós finais do switch de acordo
com o protocolo HSR (IEC 62439-3:2012) no barramento do processo, como apresentado na Figura 51.

As redes redundantes A e B podem ser fechadas em uma estrutura em anel utilizando RSTP (mas a
complexidade adicionada não é justificada). As redes estão conectadas aos anéis por meio de caixas
de redundância (RedBox) trabalhando no modo PRP “A” e “B”.

NOTA Com as RedBoxes conectando as redes do barramento de estação e do barramento de processo


trabalhando no modo HSR-PRP, o loop de frames originados de uma SAN na LAN A ou LAN B é evitado por
meio da conexão das RedBoxes HSR-PRP como um par de RedBox acoplada. Os frames injetados no anel
do barramento de estação por meio da RedBox A não serão refletidos de volta ao barramento de estação por
meio da RedBox B e vice-versa.

Figura 51 – Barramento de estação como anel PRP duplo e barramento de processo


como anel HSR

98 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Alternativas: as LAN A e LAN B podem também ser interligadas a um anel HSR, como apresentado
na Figura 50.

As características desta topologia são apresentadas na Tabela 32.

Tabela 32 – Conexão de barramentos de estação duplicados


a barramento de processo por meio de RedBoxes
Propriedade Características
Topologia simples.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Um link mais um no barramento de processo, sem switches. Duas RedBoxes


Simplicidade
por bay.
Para o barramento de estação, o PRP pode ser utilizado.
Filtragem de multicast pelas RedBoxes é necessária para evitar que o
tráfego SV do barramento de processo seja injetado desnecessariamente no
Controle de barramento de estação.
tráfego
As RedBoxes operam no modo “HSR-PRP” para evitar loops originados de nós
conectados nos anéis do barramento da estação.
Tempo de Tempo de resposta relativamente alto, a menos que a quantidade de nós no
resposta anel seja pequena.
Redundância No caso de DAN, uma redundância de caminho é fornecida.
Para redundância, os nós precisam ter duas portas Ethernet compatíveis com o
Especificidade protocolo HSR ou o protocolo PRP.
RedBoxes são necessárias.
O compartilhamento de valores dos sensores requer uma porção significativa
Limitações
do tráfego do barramento de processo.

8 Endereçamento na subestação
8.1 Planejamento de endereços IP de rede para subestação

8.1.1 Estrutura geral

Dentro de uma subestação, somente endereços IP privados são utilizados. Isso permite configurar
um plano de endereço e atribuir os endereços IP de acordo com o mesmo esquema em todas as
subestações.

Convém que a alocação de endereços IP seja realizada após a atribuição de nomes a objetos primários,
de acordo com a IEC 81346. É a primeira medida para organizar e particionar a rede. A fiação dos
dispositivos de acordo com as estruturas dadas na Seção 7 é reduzida a partir desta estrutura de rede.

O esquema proposto aqui pode não ser aplicável a todos os tipos de topologia.

O endereçamento IP e as máscaras IP são de propriedade de cada dispositivo. No caso de falha de


um dispositivo, o dispositivo substituto recebe o mesmo endereço IP.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 99


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Os endereços IP são registrados no arquivo SCD e nos respectivos arquivos CID; convém que estes
endereços IP não sejam alocados dinamicamente.

Convém que o endereço IP seja estruturado para refletir a planta física da seguinte forma:

172.NET.BAY.DEVICE:

NOTA Métodos como DHCP e servidores de nome de domínio são amplamente usados para atribuir
endereços IP dinamicamente, endereçar os dispositivos por seus nomes e deduzir o seu endereço IP do
nome para mais trocas de dados. A atribuição de endereço IP dinâmico, entretanto, não é utilizada na série
IEC 61850 por diversas razões:
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

a) Os IED são servidores. O DHCP se aplica aos clientes, não aos servidores aos quais os administradores
atribuem um endereço IP fixo, como impressoras ou armazenamentos de dados. O DHCP requer um
servidor de nomes de domínio. No entanto, não há qualquer identificador exclusivo ou URL para IED.

b) Os arquivos SCD da IEC 61850 atribuem um endereço IP fixo aos dispositivos. Isto permite que um
dispositivo possa ser encontrado de acordo com a sua localização. Isto também facilita os trabalhos de
debugging e a substituição de dispositivos que tenham apresentado falha.

c) Um planejamento de endereçamento IP, como é recomendado neste documento, não poderia ser possível
com a designação dinâmica de endereços IP. Este planejamento de endereçamento IP permite ao pessoal
de manutenção saber a localização física dos dispositivos.

d) A automação de sistemas elétricos não é uma atividade de natureza dinâmica; as alterações das
configurações são raras e necessitam ser planejadas, aprovadas e aceitas.

8.1.2 Alocação de endereços IP do campo “NET”

O campo “NET” acima indicado é alocado de acordo com o exemplo apresentado na Tabela 33,
utilizando as seguintes regras:

● Os IED são alocados a diferentes “NET”, dependendo do nível de tensão;

● O primeiro “NET” inicia pelo nível de tensão mais elevado disponível na respectiva subestação;

● Os diferentes “NET” são considerados fisicamente independentes (mesmo que exista uma
conexão cruzada).

Tabela 33 – Exemplo de alocação de endereços IP do campo “NET”


Endereço IP Rede
172.16.xxx.xxx Nível de tensão 1, C1
172.17.xxx.xxx Nível de tensão 1, D1
172.18.xxx.xxx Nível de tensão 2, E1
172.19.xxx.xxx Nível de tensão 3, H1
172.20.xxx.xxx Nível de tensão 4, K1
172.30.xxx.xxx Tráfego em toda a estação (comunicação não IEC 61850)

100 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

No caso de subestações de pequeno porte, o sistema SCADA utiliza uma única placa Ethernet e uma
máscara de 255.240.0.0.

No caso de subestações de maior porte, o sistema SCADA mantém as redes de comunicação


separadas por meio da utilização de placas Ethernet com diferentes endereços, por exemplo,
172.16.xxx.xxx, 172.17.xxx.xxx etc., todos utilizando a mesma máscara 255.255.0.0.

8.1.3 Alocação de endereços IP (Bay)

O campo “BAY” é alocado de acordo com o exemplo mostrado na Tabela 34.


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● O “bay” com endereço 0 é utilizado para o nível de estação ou função dedicada de dispositivos
do sistema;

● O “bay” com endereços 201 até 250 é utilizado para switches IEC 61850 no nível de estação;

● O “bay” com endereços 170 até 179 é utilizado para bays “virtuais” (para substituição de dispositivos
reais por meio de simulação ou cálculo; ver IEC 61850-6).

Tabela 34 – Exemplo de alocação de endereços “BAY”


Endereço IP BAY
172.16.0.xxx* Nível de tensão 1, Nível de estação (PC etc.)
172.16.201.xxx Nível de tensão 1, Bay 201 (switches IEC 61850 no nível de estação)
172.16.1.xxx Nível de tensão 1, Bay 1 -> D1Q01
172.16.2.xxx Nível de tensão 1, Bay 2 -> D1Q02
172.16.x.xxx Nível de tensão 1, Bay x -> D1Q0x
172.17.0.xxx* Nível de tensão 2, Nível de estação (PC etc.)
172.17.1.xxx Nível de tensão 2, Bay 1 -> E1Q01
172.17.2.xxx Nível de tensão 2, Bay 2 -> E1Q02
172.18.n.xxx Nível de tensão 3, Bay n -> E1Q0n
172.30.0.xxx* LAN da estação (comunicação não IEC 61850)
* O endereço BAY 0 é reservado para equipamentos de comunicação no nível da estação.

8.1.4 Alocação de endereços IP de dispositivos

O endereço do dispositivo é alocado de acordo com o exemplo da Tabela 35.

O endereço está relacionado com a funcionalidade de um IED, na seguinte ordem:

● IED de controle, AVR ou circuitos de alimentação (“feeders”) terminais;

● Proteção principal;

● Proteção de retaguarda (“back-up”);

● O endereço do dispositivo de um bay ou switch do nível da estação é 100.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 101


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 35 – Exemplos de alocação de endereços IP de dispositivos

Endereço IP Dispositivo
172.16.1.100 Nível de tensão 1, Bay 1, switch no nível do bay -> D1Q01
172.16.1.1 Nível de tensão 1, Bay 1, 1. IED de controle -> D1Q01A1
172.16.1.2 Nível de tensão 1, Bay 1, IED principal de proteção -> D1Q01FP1
172.16.1.3 Nível de tensão 1, Bay 1, IED principal de proteção -> D1Q01FP1
172.16.2.100 Nível de tensão 1, Bay 2, switch no nível do bay -> D1Q02
172.16.2.1 Nível de tensão 1, Bay 2, 1. IED de controle -> D1Q02A1
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

172.16.2.2 Nível de tensão 1, Bay 2, 2. IED de controle -> D1Q02A2


172.16.2.3 Nível de tensão 1, Bay 2, IED principal de proteção -> D1Q02FP1
172.16.2.4 Nível de tensão 1, Bay 2, IED de proteção de backup -> D1Q02FP2
172.17.1.100 Nível de tensão 2, Bay 1, switch no nível do bay -> H1Q01
172.17.201.100 Nível de tensão 2, Bay 201, switch no nível de estação IEC 61850

Convém que o octeto menos significativo de um endereço “host” seja diferente de “0”, de forma
a evitar a ocorrência de confusão com endereços de rede.

8.1.5 Alocação de endereços IP para dispositivos com protocolo PRP

Nos casos de utilização de protocolo de redundância PRP, as LAN similares operam em paralelo.

Cada dispositivo duplamente conectado possui o mesmo endereço IP, da mesma forma como ele
utilizaria para uma rede não redundante em suas duas portas.

Os componentes presentes em uma LAN somente, em particular os switches e as RedBoxes, devem


ter um endereço IP distinto.

A regra geral utilizada é adicionar 100 para o número da unidade do switch da LAN A, como apresentado
no exemplo na Tabela 36.

Tabela 36 – Exemplos de alocação de endereços IP de switches no protocolo PRP


Endereço IP Switch
172.16.1.100 Nível de tensão 1, Bay 1, Switch de nível de bay -> D1Q01 -> LAN A
172.16.1.200 Nível de tensão 1, Bay 1, Switch de nível de bay -> D1Q01 -> LAN B
172.17.1.100 Nível de tensão 2, Bay 1, Switch de nível de bay -> H1Q01-> LAN A
172.17.1.200 Nível de tensão 2, Bay 1, Switch de nível de bay -> H1Q01-> LAN B
172.17.201.100 Nível de tensão 2, Bay 201 (Switch de nível de estação IEC 61850) ->LAN A
172.17.201.200 Nível de tensão 2, Bay 201 (Switch de nível de estação IEC 61850) ->LAN B
172.17.202.100 Nível de tensão 2, Bay 202 (Switch de nível de estação IEC 61850) ->LAN A
172.17.202.200 Nível de tensão 2, Bay 202 (Switch de nível de estação IEC 61850) ->LAN B

102 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

8.2 Roteadores e tráfego GOOSE/SV

Os protocolos GOOSE e SV operam unicamente com base nos endereços MAC (camada 2). Somente
dispositivos muito simples operam somente com tráfego GOOSE ou SV, como, por exemplo, os nós
de interface do processo.

Entretanto, mensagens GOOSE e/ou SV podem ser intencionalmente distribuídas para o barramento
de estação. De forma a permitir o by-pass do tráfego GOOSE e SV pelo roteador, um switch de
camada 2 (IEEE 802.1D) pode ser utilizado em paralelo ao roteador (ver 7.3.3). Tal tipo de switch
provavelmente apresenta capacidades de filtragem.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Desta forma, a utilização de um roteador somente para a limitação do domínio de broadcast e a existência
de um switch em paralelo para o tráfego das mensagens GOOSE/SV podem ser consideradas mais
complicadas do que simplesmente utilizar um switch gerenciável. Os esforços para o gerenciamento
dos filtros MAC no switch são comparáveis ao filtro de configuração no switch.

8.3 Comunicação fora da subestação

A subestação se comunica com o mundo exterior na camada de rede, por meio de um ou mais rote-
adores ou gateways. A IEC 61850 contempla diversos tipos de comunicação da automação de uma
subestação para o mundo externo, relacionadas a seguir:

a) Comunicação de subestação para subestação, utilizando comunicação na camada 2 e na camada 3,


descrita no IEC/TR 61850-90-1;

b) Comunicação entre as unidades de Medição Fasorial e os concentradores de Dados Fasoriais,


como descrito no IEC/TR 61850-90-5;

c) Comunicação para configuração remota, monitoração e gerenciamento de ativos. Para este tipo
de comunicação, os IED podem atuar adicionalmente ao MMS como servidores de web.

d) Para comunicação fora da subestação, as versões do protocolo IP são consideradas: IPv4


(legado) e IPv6.

O tráfego da camada 2 (GOOSE e SV) pode ser emitido diretamente na camada 2, se existir um trajeto
dedicado, ou então pode ser também encaminhado encapsulado sobre a camada 3.

Quando outros protocolos, além daqueles para Ethernet, estão envolvidos, podem ser aplicados
métodos como o encapsulamento na Layer-2, por exemplo, com RFC 2661 L2TP.

9 Parâmetros de aplicação
9.1 Parâmetros MMS

É recomendada a utilização somente dos valores default dos parâmetros.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 103


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Um conjunto de parâmetros recomendados (representação de arquivo SCL) é apresentado a seguir:

<P type = “OSI-AP-Title”>1,3,9999,23</P>

<P type = “OSI-AE-Qualifier”>23</P>

<P type = “OSI-PSEL”>00000001</P>

<P type = “OSI-SSEL”>0001</P>

<P type = “OSI-TSEL”>0001</P>


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

9.2 Parâmetros GOOSE

As mensagens GOOSE têm uma estrutura fixa indicada no arquivo SCD. De forma a reduzir os
trabalhos de codificação e decodificação, é recomendada a utilização de campos com tamanhos fixos
(sempre codificar os valores com o número máximo de octetos).

As mensagens GOOSE possuem diversos identificadores:

● Os endereços multicast seguem na IEC 61850-8-1:2011, Anexo B. Convém que estes endereços
sejam alocados de tal forma que permitam uma filtragem multicast.

● O APPID (16 bits) identifica a aplicação que gera a mensagem. A IEC 61850-8-1 define somente
seus 2 bits mais significativos. Convém que o AAPID seja único dentro de um sistema elétrico ou
subestação (ver IEC 61850-8-1:2011, Anexo C). O AAPID pode ser utilizado como um filtro de
14 bits para selecionar as mensagens GOOSE aplicáveis, desta forma reduzindo o trabalho do
processador.

● O datSet (VisibleString 129) identifica o conjunto de dados cujos valores são transmitidos, de
acordo com o definido no arquivo SCD.

● O goCBRef (VisibleString 129) referencia o GOOSE control block, de acordo com o definido no
arquivo SCD.

● O goID (VisibleString 129) é aplicável a todo o sistema de automação elétrico, com identificação
única da aplicação para a qual a mensagem GOOSE pertence (por exemplo, aplicação de
“intertravamento”). Ver IEC 61850-7-2 e IEC 61850-8-1. O valor do goID é denominado “appID”
no arquivo SCD (ver IEC 61850-6) e o GOOSEID no GOOSE control block (ver IEC 61850-7-2).
A sua utilização é deixada por conta do usuário, mas, uma vez que é mandatória, pelo menos
um placeholde é inserido na mensagem. O goID é redundante com o APPID de 16 bits, o qual é
também único ao longo de todo o sistema.

9.3 Parâmetros SV

As mensagens SV têm vários identificadores:

● Os endereços multicast seguem a IEC 61850-8-1:2011, Anexo B (que é o mesmo Anexo B da


IEC 61850-8-1:2011). Convém que estes endereços sejam alocados de tal forma que permitam
uma filtragem multicast.

● O APPID (16 bits) identifica a aplicação que gera a mensagem. A IEC 61850-9-2 define
somente seus 2 bits mais significativos. O AAPID necessita ser único dentro de uma sub-rede

104 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

(ver IEC 61850-9-2:2011, Tabela 8 e 5.3.3.4.2). O AAPID pode ser utilizado como um filtro de 14 bits
para selecionar as mensagens SV aplicáveis, desta forma reduzindo o trabalho do processador.

● O DatSet (VisibleString 129) identifica o conjunto de dados cujos valores são transmitidos, de acordo
com o definido no arquivo SCD. O parâmetro DatSet é opcional para mensagens do tipo SV.

● O MsvID (VisibleString 129) é aplicável a todo o sistema, com identificação única da mensagem do
tipo sampled value a ser utilizada para manipular o recebimento da aplicação (ver IEC 61850-9-
2). O MsvID é mapeado de acordo com o MulticastSampledValueID (ver IEC 61850-7-1, 6.4.3.5).

Os frames do tipo SV representam uma elevada carga de processamento, na forma de strings da


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

aplicação. Convém que estes frames do tipo SV sejam reduzidos a um tamanho mínimo que permita
a distinção dos frames SV ao longo de todo o sistema de automação elétrico, por exemplo, deixando
em branco o DatSet opcional, reduzindo a identificação mandatória MsvID para poucos caracteres e
utilizando o AAPID como identificação única da mensagem SV.

10 Desempenho
10.1 Desempenho do barramento de estação

10.1.1 Fluxo lógico de dados e padrões de tráfego

O conhecimento e a análise dos fluxos de dados e dos padrões de tráfego permitem a detecção de
“gargalos” e o planejamento da segmentação da rede, bem como da filtragem e da segregação do
tráfego.

Os fluxos dos dados lógicos são determinados pela aplicação das funções de proteção e de controle.
O projeto de engenharia define as seguintes relações entre as comunicações, em particular, entre os
Logical Devices e os IED.

● que data-sets são utilizados para relatórios de mensagens GOOSE, SV e MMS;

● quais IED se comunicam com quais clientes IEC 61850;

● quais IED são assinantes para cada mensagem GOOSE publicada; e

● quais IED são assinantes para cada mensagem SV publicada.

Estas informações extraídas do arquivo SCD permitem determinar a carga de base de tráfego
no estado estacionário. Além disso, os picos de tráfego podem ser estimados para determinadas
condições, como falha na barra de barramento ou atualização geral.

A Tabela 37 apresenta os tráfegos esperados na IEC 61850.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 105


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 37 – Interfaces de tráfego na IEC 61850-5


Atraso Largura
Função Interface
Protocolo máximo de banda Prioridade Aplicação
Tipo/Mensagem (Tabela 1)
ms (Bandwidth)

1A. Trip GOOSE 3, 8 L2 Multicast 3 Baixa Alta Proteção

1B. Outro GOOSE 3, 8 L2 Multicast 10 a 100 Baixa Média/Alta Proteção

2. Velocidade
MMS 6 IP/TCP < 100 Baixa Média/Alta Controle
média
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

3. Velocidade
MMS 6 IP/TCP < 500 Baixa Média/Alta Controle
baixa

Barramento
4. Dados brutos SV 4 L2 Multicast 4 Alta Alta de processo
(Process Bus)

5. Transferência
MMS 6, 7 IP/TCP/FTP > 1 000 Média Baixa Gerenciamento
de arquivos

6. Sincronismo Sincronismo IP (SNTP) Geral


Baixa Média/Alta
de tempo de tempo L2 (PTP) Fasores, SV

7. Comandos MMS 6 IP Baixa Média/Alta Controle

Entretanto, o tráfego de mensagens não definido na IEC 61850 não é modelado nem considerado nos
arquivos SCD. Outras aplicações podem ser apresentadas na rede de comunicação, por exemplo, para
registros de distúrbios, gerenciamento da rede, sincronismo de tempo, monitoração por imagens de
vídeo etc. Dispositivos de utilização em tempo parcial (por exemplo, para atividades de manutenção)
podem também influenciar o desempenho da rede de comunicação. A Tabela 38 apresenta um resumo
do tráfego esperado especificado na documentação IEC 61850 em um sistema elétrico ou subestação,
embora outros tráfegos possam também coexistir.

Tabela 38 – Tipo de mensagem e endereços (continua)


Ethertype /
Tráfego Tipo comprimento Endereçamento Descrição
(hex)

IEEE 802.3 / 01-0C-CD-01-00-00 até


GOOSE 88B8
Multicast 01-0C-CD-01-01-FF

IEEE 802.3 / 01-0C-CD-04-00-00 até


SV 88BA
Multicast 01-0C-CD-04-01-FF

MMS TCP/IP 0800 TCP/102 Usos

Sincronismo de tempo
UDP/IP 0800 UDP/123
– SNTP

Sincronismo de tempo IEEE 802.3 / 01-1B-19-00-00-00


88F7 IEC 61588 em camada 2
– PTP Multicast 01-80-C2-00-00-0E

ARP 0806 ICMP/Echo


Monitoração – Ping Ping de switches e IED
ICMP 0800 ICMP Echo-Reply

106 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 38 (conclusão)
Ethertype /
Tráfego Tipo comprimento Endereçamento Descrição
(hex)

RSTP IEEE 802.2 length / LLC BPDU para configuração

Gerenciamento de
Monitoração – SNMP UDP/IP 0800 UDP/161
dispositivos

Monitoração –
UDP/IP 0800 UDP/162 Eventos dos switches
SNMPTRAP
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Monitoração – SYSLOG UDP/IP 0800 UDP/514 Logs dos switches

Transferência de
IP/TCP/FTP 0800 TCP/20 Logs de eventos dos IED
arquivos

Gerenciamento dos
Administração – SSH TCP/IP 0800 TCP/22
switches

HSR IEEE 802.3 892F NA Tag HSR

Supervisão PRP – HSR IEEE 802.3 88FB NA IEC 62439-3:2012

10.1.2 Estimativa do tráfego de mensagens GOOSE

Embora as mensagens GOOSE sejam menores do que as mensagens do MMS, o tráfego GOOSE
impacta mais o barramento da estação. GOOSE transmite mensagens ciclicamente e retransmite
mensagens espontaneamente, geralmente duas vezes, para superar possíveis perdas de quadros.
Isso aumenta o tráfego sobre o que é realmente necessário. Uma vez que os links têm uma taxa de
perda muito baixa, o mecanismo de recuperação de GOOSE realmente aumenta a probabilidade de
perder quadros devido ao congestionamento nos switches. O tamanho do buffer nos switches deve
ser dimensionado de acordo.

Uma mensagem GOOSE “curta” incorpora apenas uma informação de estado digital (um valor Boleano
e o string relacionado de Qualidade) no seu data-set e possui um tamanho aproximado de 124 octetos.
O tamanho real depende dos parâmetros configurados no GOOSE control block, como GoID, nome
do data-set e referência do objeto do GOOSE control block. Tipicamente, o tamanho das mensagens
GOOSE fica entre 92 octetos e 250 octetos.

Uma aplicação GOOSE em um IED gera cerca de 1 kbit/s em estado estacionário e cerca de 1 Mbit/s
durante distúrbios ou eventos. Os distúrbios ou eventos são frequentemente correlacionados, uma
vez que uma operação de chaveamento, por exemplo, pode disparar diversos frames de mensagens
GOOSE.

10.1.3 Estimativa do tráfego de mensagens MMS

O tráfego MMS gerado pelos IED consiste em parte de varredura a partir de um sistema SCADA e
em parte decorrente de eventos, os quais dependem dos relatórios que os servidores MMS enviam
para os clientes MMS. Um IED envia valores digitais e contadores de dados utilizando relatórios
disparados pela alteração de dados (eventos), pela alteração da qualidade ou pela atualização do
dado. Os IED podem também ser configurados para enviar relatórios de integridade com valores
digitais, como forma adicional de mecanismo de verificação, sendo que o intervalo entre tais relatórios
fica normalmente entre 60 s e 300 s.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 107


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Os sinais de medições são comumente enviados de forma previsível por meio de Relatórios de
Integridade, com intervalos de aproximadamente 1 s, embora os IED possam também ser configurados
para enviar sinais de medições disparados por alterações dos dados medidos. Este último método
mencionado é utilizado de forma menos frequente, uma vez que ele requer a configuração de faixas
mortas para cada valor analógico medido. O tamanho do relatório enviado por meio de mensagens
MMS depende da quantidade de elementos no data-set, bem como da configuração dos parâmetros
dos report control block, como OptFIds, RptID e do comprimento das referências dos objetos.

10.1.4 Medições no barramento de estação

A Figura 52 apresenta uma interconexão de 10 bays.


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

108 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Q01 Q02 Q03 Q04 TH4 Q05 Q06 Q07 Q08 Q09 Q10 CU

172.17.2.1 172.17.3.1 172.17.4.1 172.0.124 172.17.5.1 172.17.6.1 172.17.7.1 172.17.8.1 172.17.9.1 172.17.10.1 172.17.100.1
172.17.1.1
C C C C C C C C C C B

Q01 Q02 Q03 Q04 XY Q06 Q07 Q01 Q09 Q10

172.17.2.2 172.17.3.2 172.17.4.2 172.17.0.127 172.17.6.2 172.17.7.2 172.17.8.2 - -


172.17.1.2
C C C C L L L MU MU

Q02 Q03 Q04 TH1 Q06 Q07 Q09 Q10

172.17.2.3 172.17.3.3 172.17.4.3 172.17.0.121 - 172.17.7.3 172.17.9.2 172.17.10.2

C C C C L S L T

Q02 Q03 Q04 XY Q09 Q10

172.17.2.4 172.17.3.4 172.17.4.4 172.17.0.128 172.17.9.3 172.17.10.3

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


C C C C D T

172.17.201.0 172.17.203.0

172.17.202.0 172.17.204.0

Figura 52 – Barramento de estação utilizado para medições


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

109
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

O tráfego desta subestação em estado estacionário (sem operação de chaveamento) e sem condições
de intermitência (transferência de barramento simulada) é mostrado na Figura 53.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 53 – Padrão de tráfego típico (pacote/s) no barramento de estação

Isto mostra que a rede dificilmente se torna um gargalo nesta configuração e que nenhuma medida
especial deve ser tomada neste caso.

Como uma regra básica, o tráfego MMS gerado por um único IED em um barramento de estação,
em caso de estado estacionário, fica abaixo de 10 kbit/s. Uma vez que o tráfego MMS não é do tipo
multicast, ele influencia somente na largura de banda entre os links da rede entre o servidor MMS
e o cliente MMS e não influencia os links de fronteira com outros IED.

10.2 Desempenho do barramento de processo

O barramento de processo interconecta os dispositivos de I/O, como os sensores e as merging units


no nível de campo ou de processo, por exemplo, em um bay ou cubículo individual. Cada bay ou
cubículo normalmente possui o seu próprio barramento de processo, o qual é acoplado ao barramento
de estação. O tráfego típico nestes casos consiste em tráfego multicast de mensagens IEC 61850 do
tipo SV e GOOSE, tráfego de mensagens MMS e tráfego de mensagens PTP.

Enquanto o tráfego das mensagens dos tipos GOOSE e MMS apresenta requisitos similares sobre a
rede do barramento de processo ou em redes de barramento de estação, o tráfego de mensagens do
tipo SV é mais elevado, embora seja facilmente previsível.

Como exemplo, um frame SV, como especificado no Guia UCA Guideline 9-2LE [15], com uma taxa
de amostragem de 80 amostras por ciclo, transmitidas a 4,0 kHz (para um sistema elétrico de 50 Hz)
ou a 4,8 kHz (para um sistema elétrico de 60 Hz), possui um tamanho de aproximadamente 140 bytes,
consumindo uma largura de banda de aproximadamente 5 Mbit/s (50 Hz) ou 6 Mbit/s (60 Hz) para
cada IED de fonte de sinais de medição.

NOTA O tamanho real depende dos valores de MsvID e OptFlds, bem como dos comprimentos dos
objetos de referência de Multicast Sampled Value Control Block (MSVCB) e do nome do data set.

Desta forma, um barramento de processo a 100 Mbit/s dificilmente suporta mais do que seis dispositivos,
caso necessite ser deixado tempo para as mensagens MMS mais longas (123 μs). Até 20 dispositivos
podem ser interligados, caso o barramento de processo a 100 Mbit/s seja dedicado ou exclusivo para
o tráfego das mensagens do tipo SV. Isto mostra que o barramento de processo necessita possuir seu
próprio domínio multicast ou domínio de VLAN, de forma a separar o seu tráfego de mensagens do
tipo SV do tráfego de mensagens do barramento de estação.

110 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Para o barramento de processo, algum tipo de limitação de taxa de transferência (limitação de taxa
em switches) necessita ser aplicado ao tráfego em tempo real (como comunicação de sinais de voz
e imagens); devido à sua alta prioridade, estas mensagens em tempo real podem “monopolizar” ou
sobrecarregar a rede de comunicação. Isto é um requisito aplicado aos IED, ao invés de requisitos
aplicáveis à rede.

Em aplicações quando o barramento de estação também transporta tráfego de mensagens do tipo


SV, deve ser proporcionada para este barramento a mesma qualidade de serviço do barramento de
processo.

O Anexo A apresenta uma estimativa de tráfego para o barramento de processo, utilizada em um


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

sistema de automação para a proteção de barramentos.

11 Tempo de resposta
11.1 Requisitos de aplicação

Caso um frame IEC 61850 não seja recebido em um tempo adequado, ele perde a sua utilidade;
e caso seja recebido de forma tardia, pode representar uma situação pior que a sua perda. Atrasos,
em especial “jitters”, também afetam o sincronismo do relógio de tempo.

Três medidas são observadas:

● Latência da rede de comunicação, que é o atraso de tempo entre o momento em que o dado está
pronto para a transmissão e o momento em que ele é completamente recebido em seus destinos.
Este é o pior atraso de todas as associações possíveis.

● Taxa de transferência, que é a quantidade de dados que podem ser transportados por unidade de
tempo, mantendo a determinada qualidade de serviço, para qualquer associação, e sob o caso
de condições mais desfavoráveis.

● Confiabilidade, que é a probabilidade que um frame seja perdido em função de congestionamento


da rede, e não causado por uma falha física na rede de comunicação. De fato, as falhas decorrentes
de falhas físicas podem ser tratadas por meio de redundâncias, porém uma sobrecarga de tráfego
pode afetar ambos os caminhos redundantes.

Para o atendimento destes requisitos de desempenho, o termo “dependabilidade” tem sido tradicional-
mente utilizado para a proteção da comunicação de dados, embora o termo QoS (Quality of Service)
seja mais comumente utilizado no momento na área de comunicação, motivo pelo qual é o termo
utilizado aqui.

O tempo de envio requerido depende de cada caso de aplicação, sendo a aplicação mais rigorosa
da ordem de poucos milissegundos, requerida para funções de proteção por meio da rede de
comunicação. Por exemplo, a IEC 60834-1 requer que 99,99 % dos comandos de esquemas de
proteção de intertravamento sejam enviados dentro de 10 ms.

O projeto adequado de uma rede de comunicação a ser utilizada com os protocolos especificados
na IEC 61850 requer o conhecimento dos requisitos da aplicação, além de conhecimento sobre os
tempos de resposta por meio de diversos elementos e dispositivos da rede.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 111


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

11.2 Requisitos de tempo de resposta máximo (latência) para diferentes tipos de tráfego

11.2.1 Requisitos de tempo de resposta máximo na IEC 61850-5

A IEC 61850-5:2013 apresenta os requisitos de desempenho para diferentes tipos de mensagens e


especifica os requisitos de desempenho básicos para cada tipo de mensagem, os quais são transcritos,
por facilidade, na Tabela 39.

Tabela 39 – Requisitos de tempo de transferência da IEC 61850-5


Classe de tempo Tempo de transferência Exemplo de aplicação, para a
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

de transferência ms transferência de:


TT0 > 1 000 Arquivos, eventos, conteúdo de logs
TT1 1 000 Eventos, alarmes
TT2 500 Comandos de operação
TT3 100 Interações automáticas lentas
TT4 20 Interações automáticas rápidas
TT5 10 Aberturas, alterações de estado
TT6 3 Desligamentos (trips), bloqueios

11.2.2 Tempo de resposta de caminhos físicos

Um atraso de caminho é causado pela limitação da velocidade das ondas eletromagnéticas pelo meio
físico: cabos de cobre, cabos de fibra óptica ou links de comunicação sem fio. De forma a levar estes
atrasos em consideração, dados sobre os atrasos médios de conversores devem ser adicionados,
como mostrado na Tabela 40.

Tabela 40 – Tempo decorrido para um frame IEEE 802.3 atravessar o meio físico
Meio físico Tempo para atravessar um link
Cabos CAT-5 e CAT 6 0,55 μs por 100 m (5,5 μs/km)
Cabos de fibra óptica (Corning smf28) 0,49 μs por 100 m (4,9 μs/km)
Ar livre (wireless) 0,33 μs por 100 m (3,3 μs/km)

11.2.3 Tempo de resposta de switches (latências)

Sempre que um frame chega na porta de entrada de um switch, muitos switches esperam para que
o frame completo seja recebido, de forma a verificar a sua integridade (utilizando o seu campo FCS
(CRC)), antes que ele seja encaminhado. Uma tecnologia menos utilizada, denominada “cut-through”,
evita este tipo de atraso, embora requeira um suporte de hardware.

O tempo de resposta de switches com operação do tipo store-and-forward inclui o tempo decorrido
na entrada e saída (dependendo da velocidade do link), tempo de atraso do processamento interno,
em particular o processamento dos protocolos e atrasos de enfileiramento (queuing). Os atrasos para
diversos comprimentos de frames e velocidades de portas são apresentados na Tabela 41, ao qual
atraso de frame o atraso interno é para ser adicionado.

112 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 41 – Atraso para um frame de acordo com a IEEE 802.3 para entrar ou
sair de uma porta
Duração do pacote a Duração do pacote a
Comprimento do frame
100 Mbit/s 1 Gbit/s
64 octetos (mínimo permitido) 7 μs 0,7 μs
300 octetos (por exemplo, pacote
25 μs 2,5 μs
compacto de GOOSE)
800 octetos (por exemplo, pacote
64 μs 6,4 μs
grande de GOOSE)
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

1 530 octetos (máximo) 124 μs 12,4 μs

No modo de operação em “cut-through”, o atraso indicado na Tabela 41 não se aplica; ele é substituído
por um atraso fixo, que o switch necessita para reconhecer o tag da VLAN, na ordem de 1 μs
a 100 Mbit/s ou 0,1 μs a 1 Gbit/s.

Sempre que um frame chega na porta de saída do switch que esteja ocupado encaminhando outro
frame, o frame que chegou deve aguardar em uma “fila” (buffer). Todos os switches possuem filas
de saída para efetuar este “enfileiramento”, sendo que existem switches gerenciáveis que possuem
filas separadas para frames com diferentes níveis de prioridade (normalmente 2, 4 ou 8 níveis de
prioridade são suportados).

Para cada frame “bufferizado” na fila da porta de saída, que possua a mesma ou uma prioridade mais
alta, o tempo decorrido para a espera aumenta com os tempos mostrados na Tabela 41.

11.2.4 Contagem do tempo de resposta (latência) e da quantidade de nós

Em uma rede não congestionada, o tempo de resposta mínimo a 100 Mbit/s é estimado em 32 μs.

NOTA O tempo de resposta é calculado da forma apresentada a seguir. Os switches normalmente operam
no modo store-and-forward, o que significa que o frame completo é recebido antes que seja enviado. Uma
mensagem GOOSE típica de 300 octetos possui 2 400 bits e provoca um atraso de 24 μs em uma rede
a 100 Mbit/s.

Os frames GOOSE ou SV podem ser alocados com alta prioridade na rede de comunicação e, desta
forma, possuem um tempo de espera mínimo para o tamanho de frame maior possível.

O tempo de resposta da rede de comunicação é causado primariamente pelo enfileiramento de saída


(queuing), ou seja, a quantidade de tempo de espera antes de um frame ser transmitido. O tempo
de resposta do encaminhamento é afetado pelo QoS e pelo tamanho dos frames. Se nenhum QoS
for utilizado, então os frames são encaminhados no método de FIFO (First In First Out). No caso de
assistência de QoS, os frames podem ser priorizados e encaminhados com base nesta prioridade.
Desta forma, caso um frame de baixa prioridade esteja sendo enviado no momento em que um frame
de alta prioridade é enviado, o pacote de alta prioridade pode, em essência, “pular” a fila de saída e ser
o próximo frame a ser enviado, embora ele necessite ainda esperar o término da transmissão corrente.
O tempo de resposta (latência) na condição de pior caso por switch, desde que a fila de frames de alta
prioridade esteja vazia, é de 124 μs, com base em um frame de 1 530 octetos a 100 Mbit/s.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 113


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

11.2.5 Tempos de resposta (latência) permitidos na rede de comunicação

A Tabela 42 apresenta o melhor e o pior casos de tempos de resposta (latência) tendo como base um
pacote de 300 octetos que tenha recebido uma alta prioridade na rede de comunicação e o mesmo
caso com o atraso de um frame de 1 530 octetos esperando na fila de saída para cada nó da rede. O
pior caso para o total da cadeia da rede ocorre quando um frame com 1 530 octetos aguarda em cada
um dos switches, embora seja baixa a probabilidade que isto ocorra.

Tabela 42 – Tempos de resposta (latência) causada pela espera


de um frame de baixa prioridade para sair de uma porta
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Tempo Tempo de
Tempo médio Tempo de espera
de espera espera máximo,
Quantidade de espera, com máximo, com
mínimo congestionamento
de switches congestionamento congestionamento
somente em um
(sem espera) variável em cada switch
switch
1 32 μs 156 μs 156 μs 156 μs
2 64 μs 188 μs 250 μs 312 μs
3 96 μs 220 μs 344 μs 468 μs
4 128 μs 252 μs 438 μs 624 μs
5 160 μs 284 μs 532 μs 780 μs
6 192 μs 316 μs 626 μs 936 μs
7 224 μs 348 μs 720 μs 1 092 μs
8 256 μs 380 μs 814 μs 1 248 μs
9 288 μs 412 μs 908 μs 1 404 μs

O tempo de resposta total para um trip rápido é de 3 ms, de acordo com a Classe T6 da IEC 61850-5.
Levando em consideração um tempo de processamento máximo para da IED de 1,2 ms e dois IED
envolvidos, isto deixa para a rede um tempo de resposta de 3 ms – (2 × 1,2 ms) = 0,6 ms. Desta forma,
para um trip rápido, convém que a quantidade de nós na rede (hops) entre os IED envolvidos seja
baixa, ou igual a 5, de acordo com a Tabela 42.

NOTA O tempo de resposta mínimo pode ser melhorado utilizando switches com “encaminhamento
direto” (“cut-through”), mas não o tempo de resposta máximo.

11.2.6 Exemplos de atrasos de tráfego

Em cada porta de saída de um switch, um frame de alta prioridade tem que esperar, no pior caso, pela
saída do frame de maior comprimento e de prioridade mais baixa.

Se o atraso de um nó da rede (hop) for de 124 μs a 100 Mbit/s (ou 12,4 μs a 1 Gbit/s), um atraso
potencial adicional de 2 ms pode, desta forma, ser introduzido em um caminho da rede que contenha
16 nós a 100 Mbit/s (ou que contenha 160 nós a 1 Gbit/s).

114 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

11.2.7 Projeto de engenharia de rede IEC 61850 para proteção

A engenharia de proteção necessita conhecer quais são os tempos de resposta a serem utilizados para
os diversos eventos de proteção, a fim de que estes eventos possam estar corretamente coordenados.

De forma a atender aos requisitos da IEC 60834-1, a rede de comunicação deve ser projetada de
forma que os tempos de resposta dos frames críticos de proteção GOOSE sejam menores que 10 ms,
em 99,99 % do tempo. Isto requer que sejam tomadas as seguintes providências:

● Identificação de todas as portas de saída dos switches no caminho do circuito que conduz o
tráfego crítico GOOSE para mensagens de proteção;
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● Identificação de todos os circuitos que compartilham estas portas de saída críticas (por exemplo,
sistema SCADA, sistema de monitoração de imagens de vídeo, sistemas corporativos);

● Classificação de todos os circuitos na forma de padrão conhecido ou padrão não conhecido


(sendo o padrão estatísticas do tamanho e as lacunas entre os frames);

● Caso todos os circuitos sejam de padrão não conhecido, estes devem ser designados como
sendo de baixa prioridade;

● A menos que estes padrões sejam conhecidos, convém que o tráfego de mensagens MMS seja
designado com uma prioridade mais baixa do que o tráfego das mensagens críticas para proteção;

● Para os circuitos com padrões conhecidos, utilizar as Tabelas 40, 41 e 42 para o cálculo da
probabilidade para que o tempo de resposta de um frame seja superior a 10 ms. Caso seja pior
que 99,99 %, então:

— designar diversos níveis de prioridade para os circuitos com padrões conhecidos (isto é,
tráfego para mensagens GOOSE críticas para proteção com a prioridade mais alta), ou

— utilizar (mais) VLAN de forma a restringir frames multicast e broadcast para somente os
caminhos necessários da rede, ou

— rearranjar a rede de comunicação de dados,

— implantar uma política que assegure que o desempenho não seja comprometido por alterações
futuras da rede (como a introdução de novas fontes de tráfegos, alterações na topologia da
rede etc.).

12 Controle de tráfego na rede


12.1 Fatores que influem no desempenho

12.1.1 Fatores de influência

O desempenho e a resposta em tempo real de uma comunicação de ponta a ponta são afetados por:

● Número de saltos (switches e roteadores) e a intensidade de tráfego na camada 2 de rede que


afetam a latência e a variação do atraso (jitter);

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 115


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● A razão de carga do tráfego das portas de borda para as portas de tronco com base em padrões.
Por exemplo, tráfego de 100 Mbit/s entre os dispositivos e os switches e de 1 Gbit/s para a comu-
nicação entre os switches;

● Utilização de filtragem multicast para confinar o tráfego dentro de domínios multicast e utilização
de VLAN para segregar o tráfego;

● Utilização de parâmetros de QoS para atender aos requisitos de tempo real de diferentes fluxos
de tráfego;

● Capacidade dos dispositivos finais para lidar com o tráfego. Este último ponto não é considerado
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

um problema relacionado com a rede; ver 6.4.7.

12.1.2 Redução do tráfego

Remover gargalos nos links de tronco requer uma análise cuidadosa para configurar corretamente os
switches na rede.

O tráfego Cliente/Servidor (C/S, unicast) somente pode ser reduzido por VLAN e pela filtragem natural
dos switches utilizando a filtragem dos endereços MAC de origem.

A maior parte do tráfego IEC 61850 consiste, no entanto, em mensagens multicast do tipo GOOSE e SV.

O tráfego multicast pode ser filtrado ou restrito a domínios específicos na rede utilizando VLAN e filtros
Multicast, no diagrama genérico da Figura 54. Esta filtragem será detalhada na sequência.

Figura 54 – Domínios genéricos multicast

12.1.3 Exemplo de sistemas de redução de tráfego

A Figura 55 mostra um cenário “completamente detalhado”, utilizando todos os mecanismos de


comunicação da IEC 61850: MMS Cliente/Servidor (C/S), GOOSE (GO) e de valores amostrados
(SV). A rede de comunicação da subestação é separada em um barramento de estação dedicado e
em um barramento de processo dedicado.

116 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

O barramento da estação transporta principalmente tráfego C/S entre o controle da estação e os


dispositivos de bay (IED) para fins de controle e supervisão (SCADA), e mensagens GOOSE entre os
dispositivos de bay.

O barramento de processo transporta a comunicação em tempo real, que são os SV e as mensagens


GOOSE enviados das merging units (MU) para os dispositivos de bay. Mensagens GOOSE são
trocadas entre os dispositivos ao nível de bay e entre os dispositivos de bay e os IED próximos ao
processo (PIB). Os dispositivos ao nível de bay (IED de proteção), por exemplo, publicam comandos
de disparo das proteções por GOOSE para os PIB, que por sua vez também publicam GOOSE com
as posições do disjuntor no qual está associado.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Quando SV não são utilizados, o barramento de processo dedicado possivelmente não existe e a
comunicação ponto a ponto via GOOSE entre os dispositivos do bay também trafega pelo barramento
de estação.

No caso de carregamento elevado de tráfego devido ao SV, pode ser necessário limitar os domínios de
broadcast no barramento de processo. Isso é indicado na Figura 55 pela segmentação do barramento
de processo, que é conectado pelo switch 2 e pelo switch 3. O link entre estes switches é permeado por
mensagens GOOSE, enquanto filtros são aplicados para SV, para separar os fluxos que atravessam
o link daqueles confinados a um dos segmentos do barramento de processo.

Os PIB se comunicam não somente com os dispositivos de bay por GOOSE, mas também com o
controle da estação por comunicação C/S. As tarefas típicas são enviar relatórios com a posição de
disjuntor (CB) para o controle da estação, enquanto o controle da subestação comanda os PIB para
desarmar ou fechar os disjuntores (CB).

Desta forma, a comunicação C/S deve atravessar verticalmente do controle da subestação para o
nível do processo por meio de todas as camadas. Para acomodar isto, é fornecido o link entre o switch
1 e o switch 2, respectivamente o switch 3. Esse link pode ser implantado de diferentes maneiras.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 117


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 55 – Padrões de tráfego na automação de sistemas elétricos

12.1.4 Domínios multicast em uma rede combinada com barramento de estação e barramento
de processo

Um mecanismo de filtragem ou segregação nos switches permite restringir o tráfego multicast apenas
aos IED que são assinantes do tráfego GOOSE ou SV. Se essa filtragem não for aplicada, a rede
é inundada por mensagens multicast, o que resulta em consumo excessivo de largura de banda e
sobrecarga de IED pelo processamento desnecessário de tráfego indesejado. A Figura 56 mostra
uma representação dos domínios multicast em uma rede combinada de barramento de estação e
barramento de processo.

118 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 56 – Domínios multicast para barramento de processo e barramento


de estação combinados

NOTA As PI (Process Interfaces) são apresentadas em 7.3.2.

Carregar toda a rede com multicast como o SV pode sobrecarregar os switches e dispositivos que
não conseguem lidar com este tipo de tráfego. Se, por exemplo, o tráfego SV tem de passar por meio
do barramento de estação, por exemplo, de um barramento de processo para outro, este tráfego
é rigorosamente restrito ao caminho de rede que ele precisa percorrer. Se vários destes tráfegos
utilizarem o segmento de barramento da estação, eles podem sobrecarregar este barramento da
estação.

Em subestações de grande porte, torna-se necessário limitar o domínio multicast a dispositivos que
devem se comunicar entre si.

Convém que os switches entre os domínios multicast segreguem o tráfego GOOSE com base no
endereço multicast dos frames.

Normalmente, os IED de um determinado nível de tensão formam um domínio multicast específico.

Quando utilizados para a comunicação entre domínios multicast, convém que os frames GOOSE
sejam configurados com um endereço específico de domínio multicast global.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 119


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

12.2 Controle de tráfego por meio de VLAN

12.2.1 Redução do tráfego no tronco por meio de VLAN

NOTA As VLAN são apresentadas em 6.4.8.

As VLAN podem reduzir a quantidade de mensagens que os dispositivos finais devem processar, mas
isso não é considerado um problema relacionado com o tráfego de rede.

As VLAN reduzem o tráfego da rede somente quando zonas distintas podem ser construídas. Isso
requer uma análise cuidadosa, já que a rede pode se autoreconfigurar após a falha de um link e a
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

filtragem de VLAN restritiva pode apresentar dificuldades para reestabelecer a comunicação.

12.2.2 Utilização de VLAN

Os VLAN requerem engenharia e implantação cuidadosas, devendo ser evitadas, a menos que
justificado.

A IEC 61850 não menciona nem exige a utilização de VLAN. Requer que sejam enviados os frames
GOOSE e SV como frames tagueados com prioridade para assegurar estas prioridades. A preservação
dessas prioridades requer pelo menos o suporte de uma VLAN padrão.

O IEC/TR 61850-90-1 recomenda a utilização de VLAN para encapsular a comunicação de subestação


para subestação, para evitar que as situações de avalanche se propaguem para outra subestação.

Para reduzir a carga de tráfego nos dispositivos finais, a filtragem multicast é geralmente suficiente, já
que grande parte da comunicação IEC 61850 é multicast.

12.2.3 Operação da VLAN no IED

A IEC 61850-8-1:2011 requer que um IED envie as mensagens GOOSE e SV com um tag 802.1Q; o
IED pode enviar mensagens MMS sem tag. Outro tipo de tráfego não é especificado.

Um IED também pode enviar mensagens com tags de VLAN, caso em que o switch trata as mensagens
como indicado em 6.4.8.2

Na recepção, a porta terminal do switch à qual o IED está conectado é para ser configurada para
remover os tags 802.1Q, mas isso não é requerido.

Um IED é requerido a aceitar frames tagueados de VLAN, independentemente do tag de VLAN, para
qualquer mensagem, enquanto o IED pode identificar e utilizar internamente o campo de prioridade.

12.2.4 Exemplo de configuração correta de VLAN

A Figura 57 mostra uma rede adequadamente configurada, onde a prioridade é preservada, em que o
nó A2 envia o tráfego MMS como não tagueado e o tráfego GOOSE tagueado com prioridade (VID =
0; PCP = 4) para uma porta no switch A com (PVID = 3; PPCP = 0) e configurado com “Admitir todos
os frames” e filtragem de ingresso desativada.

120 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 57 – Switches (bridges) com configuração adequada de VLAN

A porta de ingresso encapsula o frame que transporta o tráfego MMS com um tag de VLAN com (VID
= 3; PCP = 0), herdando a configuração da porta. A porta encapsula o frame carregando o tráfego
GOOSE com (VID = 3; PCP = 4), preservando a prioridade.

O switch A encaminha o GOOSE e o frame MMS pela porta do tronco em direção ao switch B. Esta
porta é configurada para manter o frame tagueado. Assim, os dois frames (MMS e GOOSE) retêm
o tag VLAN com seus respectivos VID e PCP. A porta também é membro da VLAN 3, mas isso é
irrelevante quando a filtragem de ingresso não é utilizada.

A porta de tronco receptora no switch B é configurada para “aceitar todos os frames”. Assim, aceita
os dois frames, independentemente do seu tag. O switch B encaminha internamente os frames na
direção da porta terminal na qual o nó B1 está conectado. Esta porta é um membro da VLAN 3 e está
configurada para destaguear os frames.

Desta forma, a porta de saída remove o tag da VLAN dos frames MMS e GOOSE. Estes frames
perdem suas informações de prioridade, mas, neste caso, isto somente é necessário se o nó for capaz
de encaminhar frames como o nó B2, mostrado na Figura 57, p qual encaminha os frames VID padrão,
de acordo com o seu tagueamento.

12.2.5 Exemplo de configuração incorreta de VLAN

Diversos parâmetros configurados incorretamente podem impedir a recepção correta dos frames do
nó A no SAN B. Um exemplo é mostrado na Figura 58.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 121


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 58 – Switches com configuração deficiente de VLAN

O primeiro erro de configuração aparece na porta de tronco do switch A. A porta não é uma porta-
membro da VLAN 3. Isto significa que os frames MMS e GOOSE do SAN A não são encaminhados
por esta porta.

Um segundo erro de configuração é levar em consideração que a porta de tronco está configurada
corretamente para ser membro da VLAN 3, mas também para retirar o tag de todos os frames.
Isso remove todas as informações da VLAN (VID e PCP) em todos os frames enviados desta porta
e também as informações de prioridade das mensagens GOOSE. A porta de entrada colocaria tag nos
frames GOOSE e MMS que entram no switch com seu PVID e PPCP (VID = 1; PCP = 0). A porta do
switch B encaminha para o SAN B1, no entanto, ainda está configurada para ser uma porta-membro
da VLAN 3 apenas, o que significa que os frames são descartados, impedindo, desta maneira,
a comunicação de ponta a ponta entre os dispositivos SAN A2 e B1.

Outros erros podem ser os seguintes (esta lista não relaciona todos os erros possíveis):

● A porta do switch conectado ao nó A2 pode ser configurada para aceitar tipos de frame como
“Admitir somente VLAN tagueadas”. Neste caso, o switch descarta tanto os frames MMS quanto
os frames GOOSE, já que considera os frames tagueados com prioridade com um VID diferente
de zero como “não tagueados”

● A porta de tronco no switch B conectada ao switch A pode ser configurada como “Admitir somente
sem tag”. Nesse caso, o switch B descarta todos os frames tagueados do switch A;

● A porta no switch B conectada ao nó terminal B2 pode ser configurada para ser uma porta-
membro na VLAN 3 e envia frames com tag VLAN em vez de frames “destagueados”. No entanto,
se a segunda porta do nó B2 não for capaz de interpretar frames com um tag de VLAN 3, a porta
não encaminhará os frames.

122 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Para evitar estes tipos de configurações indevidas, convém que as diretrizes de configuração sejam
observadas. Convém que tais diretrizes priorizem:

— Permitir a conectividade de ponta a ponta, preservando as prioridades (por exemplo, para agilizar
a entrega de frames GOOSE em comparação com frames MMS);

— Restringir os fluxos de tráfego por VLAN.

12.2.6 Retenção de prioridade por meio de toda a rede

As seguintes regras de projeto permitem enviar o tráfego dos IED dentro da mesma VLAN X e preservar
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

a prioridade dos frames GOOSE multicast por meio de toda a rede:

● Escolher um VID = X que deve ser utilizado por todos os dispositivos para todo o tráfego de rede
(por exemplo, VID = 1);

● Configurar todas as portas terminais às quais os IED estão conectados, como:

— “Aceitar todos os frames”;

— PVID = X;

— PPCP = 0 (default).

● Configurar todas as portas de tronco do switch conectado a outros switches na rede com os
seguintes parâmetros:

— para ser porta membro da VLAN X;

— para “aceitar todos os frames”;

— para manter os tags na saída.

● Configurar todas as portas do switch às quais os IED estão conectados para enviar frames
não tagueados. Convém que a única exceção para esta regra seja se um IED específico puder
interpretar apenas o tráfego com tag de VLAN; neste caso, convém que a porta seja configurada
para enviar frames tagueados.

● Configurar os IED conectados às portas do switch com reconhecimento de VLAN para enviar
tráfego de alta prioridade com VID = X ou tag de prioridade (com VID = 0) e com os valores
de PCP conforme necessário, de acordo com o tráfego (por exemplo, PCP = 4 para GOOSE).
Convém que tráfego de baixa prioridade seja enviado sem tag.

O valor de PCP dentro de cada frame é dado pelo IED. Convém que o tráfego de alta prioridade seja
enviado tagueado (prioridade ou VLAN) e que o tráfego de baixa prioridade seja enviado sem tag.

NOTA Se um IED não for capaz de enviar VLAN ou frames com tag de prioridade, todo o tráfego deste
IED é mapeado automaticamente para a classe de melhor esforço (caminho de rede). A configuração da
prioridade de porta pode ser utilizada para mapear todo o tráfego desse IED para uma prioridade mais alta
na entrada em um switch, mas isso pode ter um impacto negativo no desempenho geral.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 123


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

12.2.7 Filtragem de tráfego com VLAN

Além de permitir que as prioridades sejam retidas em toda a rede, as VLAN também podem ser
utilizadas para separar o fluxo de tráfego em toda a rede. No entanto, a filtragem de tráfego pode
não ser aplicada às portas em anel de um anel, pois uma reconfiguração do anel tornaria as partes
inacessíveis.

O mapeamento de tráfego específico de diferentes blocos de controle GOOSE para VLAN individuais
e a configuração destas VLAN apenas em switches que precisam encaminhar estes frames pode ser
um meio eficaz de limitar o tráfego para partes específicas de uma rede.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 59 – Pontes (“bridges”) com segmentação de tráfego por meio


de configuração de VLAN

A Figura 59 mostra esta configuração de exemplo. O nó A está conectado ao switch A, que tem a
sua porta do switch de conexão configurada para PVID = 3 e o PPCP padrão. O nó A envia tráfego
MMS sem tag e tráfego para dois blocos de controle GOOSE, GOOSE 1 e 2. GOOSE 1 tem tag de
prioridade, enquanto GOOSE 2 tem tag de VLAN. Após o ingresso no switch, os três frames possuem
a seguinte configuração:

● MMS: (VID = 3, PCP = 0)

● GOOSE 1: (VID = 3, PCP = 4)

● GOOSE 2: (VID = 2, PCP = 4

A porta do switch que conecta o switch A ao switch B, portanto, deve ser configurada para ser um
membro nas duas VLAN 2 e 3, de forma a possibilitar que GOOSE 1 e 2 passem para o switch B.

No switch B, o tráfego MMS e o tráfego GOOSE 1 são encaminhados apenas para a porta de borda
conectada ao nó B. A porta de tronco que conecta a switch B ao switch C é configurada para ser

124 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

uma porta-membro apenas da VLAN 2. Assim, GOOSE 1 tráfego multicast é restrito aos A e B
sem consumir largura de banda no switch C. O tráfego GOOSE 2 é encaminhado para o switch C
e subsequentemente para o nó C.

NOTA Se as VLAN precisarem ser utilizadas para filtragem multicast GOOSE/SV, os IED necessitam
possuir a capacidade de transmitir diferentes tipos de tráfego com diferentes encapsulamentos de VLAN, por
exemplo, um ID de VLAN distinto para cada bloco de controle GOOSE. Se isto não puder ser assegurado,
o controle de tráfego por meio de filtros multicast é o preferido.

12.3 Controle de tráfego por filtragem multicast


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

12.3.1 Redução de tráfego no tronco por filtragem multicast

A IEC 61850 utiliza o tagueamento de prioridade 802.1Q para privilegiar o tráfego no barramento de
tempo crítico para aplicações pertinentes de proteção sobre o tráfego MMS de baixa prioridade e o
tráfego de gerenciamento.

Os frames GOOSE e SV utilizam tráfego multicast na camada 2. Este tráfego se propaga em toda a
rede, atingindo todos os switches e todos os IED. Este tráfego afeta a largura de banda de todos os
links na rede e adiciona latência aos tempos de processamento em todos os switches e em todos os IED.

Portanto, quando o barramento de estação se estende a vários dispositivos, é aconselhável dividi-lo


em segmentos separados por switches que podem filtrar o tráfego multicast. Uma maneira natural
é dividir o barramento da estação de acordo com os diferentes níveis de tensão (do sistema elétrico
de potência), como mostrado na Figura 60.

Figura 60 – Barramento de estação separado em domínios multicast por nível de


tensão do sistema elétrico de potência

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 125


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

12.3.2 Gerenciamento multicast e de VLAN e redundância por protocolo de reconfiguração

Quando o tráfego de multicast for restrito por meio de controle multicast ou de VLAN, uma reconfiguração
de redundância de rede pode separar dispositivos ou uns segmentos de rede inteiros. Por exemplo,
uma árvore multicast.

Para o controle de VLAN e multicast, os pontos de transição entre o barramento de estação e o barra-
mento de processo precisam ser identificados. Os pontos de transição são provavelmente elementos
de rede redundantes, como caixas de redundância (RedBox) HSR ou switches de rede que empre-
gam acoplamento redundante, que devem ser equipados com as mesmas informações de controle
multicast. Além disso, as topologias físicas reais necessitam ser levadas em consideração, como
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

explicado em 12.4.

12.3.3 Topologias físicas e implicações em gerenciamento multicast

12.3.3.1 Anel

Em um anel, o multicast pode não ser controlado nas portas em anel, pois um publicador multicast
pode não determinar em que local do anel físico uma porta de rede foi bloqueada por um protocolo
de controle de redundância. Portanto, o publicador tem que enviar o tráfego multicast em ambas as
direções dentro do anel para alcançar todos os possíveis assinantes (ver Figura 61).

Para implantação real, isso significa que a filtragem multicast MAC específica pode não ser feita nas
portas em anel dos dispositivos do anel. Se o gerenciamento multicast for feito via VLAN, todas as
VLAN contendo grupos multicast devem ser configuradas em todas as portas em anel dos dispositivos
do anel (de forma análoga ao gerenciamento dinâmico de MC via GMRP/MMRP, o encaminhamento
deve ser implantado nas portas em anel).

Isso se aplica aos anéis RSTP, enquanto nos anéis HSR a transmissão de frames é feita
automaticamente. Como cada frame já está sendo transmitido por dois caminhos de rede pelo próprio
protocolo HSR, apenas as VLAN necessitam ser configuradas. O gerenciamento multicast é feito nas
portas não pertencentes ao anel, conectando dispositivos assinantes (únicos) ou conexão de outro
segmento de rede.

126 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 61 – Tráfego multicast em uma rede em anel com protocolo RSTP

12.3.3.2 Topologia paralela

Em topologias paralelas, duas redes independentes distintas fornecem caminhos redundantes da


origem ao destino. No caso do PRP, as redes são operadas completamente em paralelo. Isso significa
que as redes redundantes precisam ser configuradas de maneira idêntica em relação à filtragem
multicast nos pontos de junção com outros sistemas de rede e em relação aos nós finais assinados.

Por exemplo, o ponto de transição do barramento de processo para a LAN A é configurado de forma
idêntica ao outro ponto de transição para a LAN B em termos de filtragem multicast. A LAN A e a LAN
B devem assegurar que a transmissão de mensagens multicast ou VLAN tagueada seja transparente
para as redes externas e para os publicadores ou assinantes. No caso de redes paralelas não serem
idênticas, a configuração multicast deve ainda verificar que um nó final de assinante duplamente
ligado em redes diferentes recebe as mensagens multicast de um grupo MC por ambas as redes em
ambas as interfaces.

12.3.3.3 Separação do barramento do processo do barramento de estação

A Figura 62 mostra uma estrutura de rede genérica: no nível da estação, um anel RSTP é utilizado
e, no nível primário de equipamento, um anel HSR é conectado redundantemente por meio de duas
caixas de redundância (RedBox) HSR que fazem parte da estrutura em anel RSTP e ao mesmo
tempo são participantes no anel HSR. As caixas de redundância (RedBox) HSR são, portanto, os
pontos de interconexão entre o barramento de processo e o barramento de estação e, portanto, uma
configuração multicast tem que ser feita nestes dispositivos.

Por exemplo, o tráfego multicast SV da rede HSR do barramento de processo não pode ser
transmitido para a rede RSTP do barramento de estação. Portanto, para todos os endereços multicast
configurados, as entradas de filtragem precisam ser adicionadas na configuração de ambas as caixas
de redundância (RedBox). Se a configuração multicast for feita via VLAN, os VID correspondentes

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 127


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

somente podem ser configurados nas interfaces em anel HSR, não nas interfaces em anel RSTP,
restringindo assim o tráfego SV ao anel HSR. Por outro lado, o tráfego GOOSE dos dispositivos de
proteção no barramento de estação não precisa ser encaminhado para o anel HSR.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 62 – Barramento de estação com protocolo RSTP e rede em anel


com protocolo HSR

A Figura 63 mostra uma rede de barramento de estação de nível superior com RSTP (duplamente
conectada usando o protocolo SRP a dois switches) e dois anéis HSR redundantemente acoplados
no barramento de processo. Os dados SV do HSR 1 precisam ser transmitidos para o HSR 2. Isso
significa que uma segmentação rígida de multicast na transmissão no barramento da estação e no
barramento de processo não é possível. Portanto, uma configuração multicast restrita no anel ao nível
do barramento de estação RSTP precisa ser implantada para o tráfego SV. O tráfego SV não sai para
o anel redundante no nível superior.

128 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 63 – Barramento de estação com protocolo RSTP e barramento de processo


com protocolo HSR

Os pontos de junção entre anéis individuais é o único local para avaliar se um grupo específico de
multicast precisa passar de um segmento de rede para outro. Qual grupo de multicast tem que ser
transmitido para qual segmento depende dos dispositivos situados em cada segmento. Com essas
informações, os pontos de junção entre os segmentos de rede podem ser configurados para não
encaminhar o tráfego multicast para segmentos de rede onde não há assinantes. A configuração de
rede pode ser feita, por exemplo, com uma ferramenta de gerenciamento de rede que visualize a
estrutura da rede.

NOTA É necessário cuidado em estruturas de rede com vários anéis encadeados e nem todos diretamente
interconectados, por exemplo, quando um ou vários anéis não contêm assinantes para um grupo multicast
específico, mas um anel mais a jusante faz isso. Neste caso, os anéis intermediários são anéis de trânsito;
a configuração multicast tem que ser realizada de acordo com a topologia da rede.

12.4 Apoio para configuração por meio de programas e arquivos SCD

O controle de tráfego pode ser projetado com ferramentas de engenharia de rede que possam visualizar
ou editar graficamente uma topologia de rede, possam avaliar e modificar arquivos SCD e extrair os
IED que estão inscritos em quais grupos multicast. Se o arquivo SCD ainda não contiver uma seção
de comunicação com topologia física, o projetista deve conectar os switches e os IED graficamente,
identificando as portas e concluindo a seção de comunicação do arquivo SCD.

A ferramenta de configuração do sistema pode configurar os dispositivos de conexão (VLAN ou


endereços multicast) automaticamente baseados exclusivamente no arquivo SCD.

Para este propósito, convém incluir no arquivo SCD os seguintes requisitos:

● A topologia da rede na seção de comunicação;

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 129


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● Seção “Entradas” no LLN0 e outros Logical Nodes, como descrito na IEC 61850-6:2009, 9.3.13
(não é necessário se todos os blocos de controle tiverem uma lista completa de assinantes);

● para cada bloco de controle, a lista de assinantes (a qual pode ser obtida da seção de entrada de
todos os outros IED, caso não estejam presentes);

● para cada bloco “GSEControl” e “SampledValueControl” definidos na seção IED, os elementos


“P” do tipo “MAC-Address”, “APPID”, “VLAN-PRIORITY” e “VLAN-ID” na seção de comunicação.

13 Dependabilidade
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

13.1 Requisitos de resiliência

O comportamento requerido de um sistema de automação de subestação na ocorrência de falha


de uma de suas partes depende da consequência daquela falha. Em geral, o nível de tensão e a
importância das cargas alimentadas determinam os requisitos de dependabilidade.

Um critério comum é o “N-1”, o que significa que a funcionalidade completa é mantida quando da
falha de qualquer um dos componentes individuais. O requisito “N-1” aplicado à rede de comunicação
como um todo estabelece que a conectividade da rede seja mantida, apesar da ocorrência de uma
única falha.

Uma análise mais detalhada identifica as funções individuais afetadas no caso de ocorrência de uma
falha do sistema de automação e por quanto tempo a sua parada é tolerada, e quais são as perdas
de produção resultantes.

Por exemplo, um requisito de tolerância à falha menos rigoroso é que a perda de qualquer elemento
individual afeta somente um equipamento de campo.

A consequência da ocorrência de uma função não pretendida é um problema relacionado com a


segurança.

Esta análise resulta no nível de redundância esperado na rede de comunicação, de forma a superar a
ocorrência de falha de um de seus componentes.

A redundância da rede deve estar separada da redundância dos dispositivos finais. A falha de um
dispositivo somente pode ser superada por um dispositivo alternativo (back-up). A redundância de
dispositivos permite, por exemplo, a proteção adequada de um disjuntor por dois IED independentes
(proteção principal 1/proteção principal 2). Isto não é requerido quando existir uma redundância
suficiente na hierarquia de proteção, de forma que outro IED possa desligar o disjuntor, se o respectivo
IED estiver momentaneamente fora de operação.

A independência de falha dos dois dispositivos em cada aplicação não pode ser prejudicada por uma
falha da rede de comunicação.

Tipicamente, o nível de redundância requerido para o barramento de estação e para barramento de


processo é diferente, dependendo das consequências de uma perda de comunicação em cada caso
de aplicação.

Convém que todas as falhas permanentes sejam detectadas e alarmadas ao SCADA e ao sistema de
gerenciamento da rede.

130 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

13.2 Requisitos de disponibilidade e de confiabilidade

As empresas concessionárias raramente especificam valores para a disponibilidade e confiabilidade


somente para rede de comunicação. Valores concretos devem ser obtidos a partir dos requisitos de
dependabilidade funcionais.

Em alguns casos, somente um arranjo redundante da rede de comunicação é requerido.

Os requisitos de dependabilidade em subestações são descritos na IEC 61850-5.

Ver Seção 13 para mais detalhes.


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

13.3 Requisitos de tempo de recuperação

Um parâmetro-chave é por quanto tempo uma aplicação de uma subestação tolera uma interrupção
da comunicação devido ao tempo de reconfiguração decorrente de uma falha, sem consequências
para as instalações.

A falha no envio de informações no tempo requerido devido ao congestionamento de tráfego na rede


é tratada como um problema de desempenho (ou de segurança).

A IEC 61850-5 especifica em particular os diferentes requisitos sobre o tempo de recuperação entre
o barramento de estação (ou mais precisamente sobre o tráfego especificado na IEC 61850-81-1)
e o barramento de processo (ou mais precisamente sobre o tráfego especificado na IEC 61850-9-2).

Em um barramento de estação, a recuperação de uma falha necessita estar concluída dentro de um


curto tempo, suficiente para que o tráfego GOOSE não tenha um atraso além dos limites críticos. Em
uma rede de comunicação devidamente projetada, um limite superior para este tempo de recuperação
necessita ser calculado, sendo baixo o suficiente para atender aos requisitos especificados na
IEC 61850-5. O protocolo RSTP é um protocolo utilizado que atende a muitos requisitos quando existem
restrições em especificar os requisitos de alta disponibilidade da IEC 62439-1:2010. Os protocolos
HSR e PRP proporcionam recuperação de falhas sem tempo de interrupção e desta forma podem ser
utilizados em barramentos de estação para aplicações com elevados requisitos de disponibilidade.

Em um barramento de processo, o tempo de interrupção tolerado deve ser curto o suficiente de forma
que o tráfego de mensagens do tipo SV não seja prejudicado. Este requisito implica em um esquema
de redundância que proporcione uma recuperação de falha sem interrupção. Para o barramento
de processo, a redundância de rede necessita ser abordada não somente com base em tempo de
recuperação, mas também com base em um conceito de redundância que apresente nenhum tempo
de recuperação.

13.4 Requisitos de manutenabilidade

As atividades de manutenção são pré-requisitos para atingir a dependabilidade. De acordo com o critério
“N-1”, os cálculos de dependabilidade são influenciados pela probabilidade de que um dispositivo que
apresente falha não seja reparado durante o tempo de ocorrência de falha de um segundo dispositivo.

Desta forma, uma estratégia abrangente de detecção de falha e de manutenção permite minimizar
o tempo de reparo.

O custo de manutenção de uma subestação depende da criticidade de cada aplicação e em restrições


geográficas. Por exemplo, o custo de manutenção de subestações em instalações remotas ou em
campos eólicos marítimos é tipicamente dez vezes maior do que os casos de subestações onde
a equipe esteja sempre disponível.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 131


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

13.5 Cálculo de dependabilidade

A IEC 62439-1:2010, Seção 7, define os modelos de disponibilidade e os métodos de cálculo para


as redes de comunicação. Estes modelos e métodos de cálculo podem ser aplicados a redes de
comunicação para automação de sistemas elétricos de potência.

As seguintes preocupações devem ser abordadas ao calcular a confiabilidade:

● Quais são os critérios para considerar a rede como estando operacional, em caso de nem todos
os elementos serem redundantes (o critério N-1 trata de forma restrita se todos os elementos
forem redundantes)?
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● Modos de operação de rede degradada são permitidos (por exemplo, a perda de um equipamento
de campo é menos severa do que a perda de toda a subestação ou de um nível de tensão)?

● Existe, pelo contrário, um requisito de dependabilidade mais elevado que implique na utilização
de um critério “N-2” para partes do sistema de automação?

● Os requisitos de disponibilidade ou confiabilidade devem ser calculados com base em funções


elétricas (proteção ou controle) ou com base em dispositivos da rede de comunicação (switch,
link, IEC)?

● Os IED são especificados como dispositivos IEC 61850 com um determinado SIL (Safety Integrity
Level) e um determinado PDF (Probability to Fail On Demand)?

● Em que extensão o tráfego crítico é misturado como tráfego não crítico de tráfego não previsto,
como tráfego HTTP, embora ainda mantendo o risco de falha capaz de ser medido?

● Quais são as capacidades proporcionadas para detectar uma falha de rede? Qual é o tempo de
duração da falha?

● Qual é o tempo de atuação típico de manutenção a ser considerado no campo para recuperação
de um dispositivo com falha, a partir do momento em que a falha foi detectada?

Estas perguntas devem ser respondidas no quadro de uma implementação real e contrato.

13.6 Análises de risco relacionadas com “eventos não desejados”

O nível de confiabilidade requerido para a rede de comunicação depende também do nível de risco
aceitável relacionado com “eventos não desejados”.

Os “eventos não desejados” que são encontrados pelos sistemas de automação devem estar cla-
ramente especificados, de acordo com o nível de risco aceitável pelo usuário (probabilidade de
ocorrência).

O resultado de tal análise de riscos influencia o nível de confiabilidade a ser alocado a cada parte do
sistema, incluindo:

● requisito de confiabilidade relacionado com a rede de comunicação como um todo e os modos


de falha;

● requisito de confiabilidade relacionado com o link de dispositivos dedicados para a rede de


comunicação e os modos de falha;

● requisito de confiabilidade do próprio dispositivo e os modos de falha.

132 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

14 Serviços de tempo
14.1 Sincronismo de tempo e requisitos de precisão

Existem diversos relógios de precisão em muitos níveis de automação de subestações, em particular


para a estampagem de tempo de medições, sequenciais de eventos e registros transitórios. Estes
relógios necessitam estar sincronizados.

Funções de proteção como proteção diferencial de barramento e proteção diferencial de linha requerem
um sincronismo de tempo relativo. Sincrofasores, no entanto, requerem um sincronismo absoluto com
uma referência de tempo global.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Um relógio é caracterizado por sua

● precisão, que é o erro médio em relação ao relógio de referência expresso em unidades de


tempo, por exemplo, 1 μs;

● precisão, que é o desvio do erro em relação à média, também expresso em unidades de tempo,
por exemplo, 1 ns (o relógio pode ter um desvio de 1 μs ± 1 ns);

● estabilidade, que é a variação da precisão no tempo, expressa em µs/s.

A IEC 61850-5 define classes de sincronismo de tempo para diferentes aplicações. As classes são
relacionadas na Tabela 43, transcrita da IEC 61850-5 por conveniência:

Tabela 43 – Classes de sincronismo da IEC 61850-5


Classe Precisão Utilização
T1 ± 1 ms Log de eventos.
Cruzamento por zero para verificação distribuída de
T2 ± 100 μs
sincronismo.
T3 ± 25 μs Funções de proteção classe P1.
Funções de proteção classe P2 (por exemplo, função proteção
T4 ± 4 μs diferencial de barramento) e classe M1.
Esta é a classe de precisão especificada em [15].
T5 ±1 μs Funções de proteção classe P3 e classes M2/3.

A precisão indicada na Tabela 43 inclui a imprecisão do dispositivo. Por exemplo, a IEC 61869-6 define
as classes de precisão de transformadores de instrumentos que compõem toda a cadeia de medição
do transformador à saída digital, assumindo que as mensagens de sincronismo via rede aplicadas ao
dispositivo têm uma precisão melhor que 1 μs.

14.2 Fontes de tempo globais

A fonte de tempo primária (chamada estrato 0 no NTP) se baseia no tempo transmitido por relógios
atômicos.

Um servidor de tempo dedicado na subestação recebe o sinal de tempo externo, por exemplo, por
meio de ondas longas de rádio WVBB (EUA), DCF77 (Alemanha), MSF-60 (Reino Unido) ou ondas

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 133


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

curtas (WWV) ou micro-ondas (GNNS: GPS, GLONASS, Galileo) de satélites, as quais fornecem
a maior precisão.

Quando a distribuição de tempo absoluto é crítica, convém que a subestação conte com dois servidores
de tempo redundantes. Algumas subestações perdem o seu sinal de referência por um longo
período devido à sua posição geográfica (por exemplo, em um vale profundo). Além disso, podem
ocorrer engarrafamentos em sinais GNNS (intencionais ou não). Tempestades solares desativam
satélites GPS. Desta forma, convém que os dois servidores de tempo sejam de tipos diferentes,
e é recomendada a utilização de um relógio atômico como backup. Relógios de rubídio são disponíveis
a preços acessíveis. Diversos tipos de relógio podem ser utilizados, desde que a hierarquia entre os
relógios seja a mesma para todos os dispositivos.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

O relógio local em um dispositivo mantém o tempo dentro de uma tolerância somente durante um
determinado tempo após a perda do relógio de referência, chamado tempo de “holdover”. Este tempo
depende da qualidade do quartzo e das condições ambientais.

Para aumentar o tempo de “holdover”, os relógios em cada nó necessitam ser sintonizados (ajustados
na mesma frequência) e não apenas sincronizados (definidos para o mesmo tempo). Isto proporciona
um tempo de espera mais longo para a ativação do relógio de backup após a perda do relógio master.
Para aplicações da IEC 61850-9-2 (SV), um tempo de “holdover” de cerca de 5 s é suficiente para
superar a falha de um servidor de tempo, assumindo que um servidor “hot standy” esteja disponível.

Para sincronismo de tempo relativo, o tempo absoluto não é crítico enquanto todos os relógios estive-
rem sincronizados ao mesmo relógio master.

A maioria das aplicações não precisa de alta precisão, e uma análise de custo/benefício é recomendada.

14.3 Escalas de tempo e segundos de compensação (leap seconds)


Existem diversas escalas absolutas de tempo, em particular o Tempo Atômico Internacional (TAI -
Temps Atomique International) e o Tempo Universal Coordenado (UTC - Coordinated Universal Time).

A TAI é uma escala de tempo científica. Ela é continuamente incrementada e nunca será reiniciada ou
interrompida.

A UTC é a escala de tempo legal. Ela é a base para os relógios de todos os países. Ela indica
aproximadamente 12:00:00 no meio-dia solar em Greenwich, no equinócio da primavera (anteriormente
ela era denominada GMT - Greenwich Mean Time). O Bureau International des Poids et Mesures, em
Paris, é o responsável pela definição da UTC.

UTC e TAI avançam exatamente na mesma taxa; ambas foram idênticas até 1961. Desde 1961,
a rotação da Terra reduziu levemente e os dias se tornaram mais longos. Frações adicionais de
segundos foram regularmente inseridas até 1972, quando então foi decidida a inserção somente de
segundos inteiros, denominados de segundos de compensação (leap seconds). Desde então, quando
a diferença entre a UTC e o meio-dia solar excede 0,9 s, o que ocorre após alguns anos, o Bureau
International des Poids et Mesures ajusta a UTC de todos os relógios, inserindo 1 s de compensação,
de forma que o último minuto de um dia (a princípio, 31 de dezembro ou 30 de junho) tenha a duração
de 61 s. O caso reverso é teoricamente possível, porém não é provável que a Terra comece a rotacionar
de forma mais rápida.

A inclusão dos segundos de compensação pode não ser antecipada, uma vez que as irregularidades
na rotação da Terra são imprevisíveis. Após 30 de junho de 2012, a UTC se atrasou 35 s em
relação à TAI, então quando o tempo TAI indica 2012-10-17 12:00:00, o tempo UTC indica somente
2012-10-17 11:59:25.

134 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Quando o segundo de compensação é inserido, o contador de tempo é atrasado em 1 s (ou o


contador de segundos não é incrementado no final do último segundo de 1 min). Desta forma, durante
a introdução de 1 s de compensação, a estampa de tempo pode possuir o mesmo valor daquele
indicado no segundo anterior. Isto significa que a medição feita poucos milissegundos antes do
segundo de compensação ser inserido apresentará uma estampa de tempo posterior a uma medição
tomada poucos milissegundos após a inserção.

Para deduzir o tempo da TAI a partir do UTC, é necessária uma tabela com todos os segundos de
compensação decorridos. O tempo na UTC pode não ser deduzido a partir da escala TAI, uma vez
que a introdução dos segundos de compensação é uma decisão arbitrária. O sistema com segundos
de compensação ainda está sujeito à discussão e pode ser revisado em 2015, de acordo com as
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

decisões da União Internacional de Telecomunicações (ITU ‒ International Telecommunication Union),


em janeiro de 2012.

NOTA É transcrito a seguir o Boletim C 52 da International Earth Rotation and Reference Systems Service
(IERS), emitido em 06/06/2016, sobre o sistema com segundos de compensação.
Paris, 6 July 2016 - Bulletin C 52. To authorities responsible for the measurement and distribution of time:
UTC TIME STEP on the 1st of January 2017: A positive leap second will be introduced at the end of December
2016. The sequence of dates of the UTC second markers will be:
2016 December 31, 23h 59m 59s
2016 December 31, 23h 59m 60s
2017 January 1, 0h 0m 0s
The difference between UTC and the International Atomic Time TAI is:
from 2015 July 1, 0h UTC, to 2017 January 1 0h UTC: UTC-TAI = - 36s
from 2017 January 1, 0h UTC, until further notice: UTC-TAI = - 37s
Leap seconds can be introduced in UTC at the end of the months of December or June, depending on the
evolution of UT1-TAI. Bulletin C is mailed every six months, either to announce a time step in UTC or to
confirm that there will be no time step at the next possible date.
Christian Bizouard / Head Earth Orientation Center of IERS / Observatoire de Paris, France
https://datacenter.iers.org/data/16/bulletinc-052.txt

Alguns protocolos, como o NTP/SNTP e IRIG-B, transmitem o tempo UTC e indicam se 1 s de


compensação será aplicado no final do minuto corrente. Infelizmente, eles indicam o número de
segundos de compensação acumulados, assim o cálculo das diferenças de tempo geradas durante um
longo período requer uma tabela atualizada contendo todos os segundos de compensação decorridos
e a data na qual eles foram introduzidos. Além disso, um relógio que não foi conectado alguns minutos
antes do segundo de compensação não será informado do salto e sofrerá um atraso na sincronização.

Protocolos mais recentes, como o PTP e GPS, usam a escala de tempo TAI (com desvios diferentes,
mas constantes). Ambos indicam o número acumulado de segundos de compensação e se 1 s de
compensação está pendente, para que o UTC possa ser deduzido do TAI.

14.4 Época

Quando expresso em formato digital, o tempo é contado a partir de uma data arbitrária, chamada
época (epoch). Por exemplo, em uma máquina Unix, a época do contador é 1º de janeiro de 1970,
00:00:00. Uma vez que o tamanho do contador é limitado, em um certo ponto no tempo ele volta ao
valor inicial e uma nova época tem início.

Por exemplo, o Unix utiliza um contador sinalizado de 32 bits para os segundos, o qual volta ao valor
inicial no dia 19 de janeiro de 2038, por volta das 03:14:08 UTC. O NTP é representado por um número

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 135


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

inteiro não sinalizado de 32 bits para os segundos e um número inteiro não sinalizado de 32 bits para
as frações de segundo binárias. O NTP tem a época de 1º de janeiro de 1900, 0 h e seu contador de
32 bits dos segundos e voltará ao valor inicial no dia 7 de fevereiro de 2036, isto é, antes do Unix.

NOTA Na realidade, o NTP utiliza a escala TAI com a época de 1.º de janeiro de 1900, embora engenheiros
da área de informática a interpretem como UTC. Alguns pedem para que ele volte à escala TAI.

O padrão IRIG-B transporta a data no formato BCD, de forma que a época é o dia zero do calendário
juliano.

A época do PTP é 1º de janeiro de 1970, 0 h, enquanto a época do GPS é 6 de janeiro de 1980, 0 h,


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

o dia em que o primeiro satélite foi lançado.

14.5 Escalas de tempo na IEC 61850

Ao projetar uma subestação, é essencial utilizar apenas uma base de tempo, preferivelmente a TAI,
uma vez que apenas a TAI permite uma estampagem de tempo não ambígua, inclusive durante os
segundos de compensação e o acúmulo das diferenças de tempo decorrentes de sua aplicação.
Convém que qualquer outra escala de tempo seja derivada da TAI.

Convém que a escala de tempo UTC seja utilizada para exibição humana, mas não para estampagem
de tempo ou registro de sequenciais de eventos. Convém que o UTC transmitido pelas mensagens da
IEC 61850 seja corrigido pela quantidade de segundos de compensação (indicados pelos protocolos
de sincronismo de tempo). De fato, sistemas de área ampla utilizando fasores ou esquemas de
proteção diferencial podem sofrer interrupções quando os relógios das diferentes unidades de medição
aplicarem 1 s de compensação aproximadamente no mesmo instante.

A IEC 61850-7-2:2010 define duas representações de tempo:

● Estampa de tempo (TimeStamp) conta os segundos e as frações de segundo binárias em


um contador de 56 bits desde 01/01/1970, 00:00:00, além de possuir 8 bits para indicação da
qualidade de tempo, que informam se a escala UTC ou a TAI (LeapSecondsKnown=false) está
em uso, se o relógio está em operação, se o relógio está sincronizado a uma referência de tempo
global e qual precisão (número de dígitos significativos) ele possui.

● Tempo de entrada (EntryTime), o qual assume-se que seja uma representação de tempo interna
com uma época de 01/01/1984, 00:00:00. Essa representação é utilizada apenas para log de
entradas. Não transporta qualidade de tempo.

A IEC 61850-8-1:2011, Anexo E, descreve o mapeamento de

● Estampa de tempo para MMS tipo UtcTime (ASN.1 Tipo OCTET STRING [8]), a qual é um contador
de 64 bits que conta múltiplos de 2-32 s desde 01/01/1970, 00:00:00, mas deixa o uso dos 8 bits
menos significativos indefinido, possivelmente aleatório.

● Tempo de entrada para MMS tipo TimeOfDay (ASN.1 Tipo Btime6 ou OCTET STRING [6]), o qual
conta os milissegundos desde a meia-noite e dias desde 01/01/1984 na escala GMT.

O IEC/TR 61850-90-5 (Transmissão de Sincrofasores) e o IEC/TR 61850-90-1 utilizam TimeStamp.

NOTA UTC Time é uma extensão das ISO 9506-1 e ISO 9506-2 definida na IEC 61850-8-1; TimeOfDay
é definida nas ISO 9506-1 e ISO 9506-2.

136 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Medição de sincronização de acordo com as IEEE C37.118-1 e IEEE C37.118-2 utiliza uma
representação similar a TimeStamp, mas a escala é sempre UTC e a informação de qualidade
é codificada de forma diferente e em um outro lugar da mensagem.

A representação de tempo por IRIG-B é complexa, uma vez que ela transporta o número de segundos
a partir da meia-noite e o mesmo campo de qualidade de tempo conforme a IEEE C37.118. Não
há fração de segundo, uma vez que o IRIG-B é enviado sempre exatamente quando 1 s começa.
A recepção do cabeçalho indica o segundo.

A Tabela 44 compara as diferentes representações de tempo utilizadas na automação de sistemas.


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Tabela 44 – Representações de tempo em sistemas de automação (continua)


Protocolo Escala Representação do tempo Época Término

Tempo da recepção contido na mensagem, expresso como


RFC 1305 UTC
Inteiro sinalizado de 32 bits: segundos desde a época 01/01/1900 2036
(NTP) (TAI)
Inteiro sinalizado de 32 bits: frações de segundo binárias

UTC
Unix Inteiro sinalizado de 32 bits: segundos desde a época 01/01/1970 2038
(TAI)

Tempo da recepção contido na mensagem, expresso como


Em 9
IEC 61588 Inteiro não sinalizado de 48 bits: segundos desde a época
TAI 01/01/1970 milhões
(PTP) Inteiro não sinalizado de 32 bits: contador em escala de de anos
nanossegundo

Estampa de Inteiro não sinalizado de 32 bits: segundos desde a época


tempo UTC & Inteiro não sinalizado de 24 bits: frações de segundo binárias
01/01/1970 2106
IEC 61850-7-2 TAI TimeQuality de 8 bits (UTC/TAI, travado, dígitos significativos)
IEC 61850-8-1 ‘ssssssssssssssssssssssssssssssssffffffffffffffffffffffffqqqqqqqq’B

IEC 61850-8-1 Inteiro não sinalizado de 32 bits: segundos desde a época


UTC Time
UTC & Inteiro não sinalizado de 32 bits: frações de segundo binárias
mapeamento 01/01/1970 2106
TAI (utilização dos 8 bits menos significativos indefinida)
da estampa
de tempo ASN.1 Octet String [8]

IEC 61850-7-2 Inteiro não sinalizado de 32 bits: contador de milissegundos


UTC 01/01/1984 2163
EntryTime Inteiro não-sinalizado de 16 bits: contador de dias

Contador de milissegundos de 32 bits


ISO 9506-1
Contador de dias de 16 bits (opcional)
ISO 9506-2
UTC ‘0000tttttttttttttttttttttttttttt’B ou 01/01/1984
TimeOfDay 2163
‘0000ttttttttttttttttttttttttttttdddddddddddddddd’B
BINARY-TIME
ASN.1 Octet String [4|6]

IEC 61850-8-1 Contador de milissegundos de 32 bits


TimeOfDay Contador de dias de 16 bits (opcional)
UTC 01/01/1984 2163
mapeamento Octet String [6]
do EntryTime ‘0000ttttttttttttttttttttttttttttdddddddddddddddd’B

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 137


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 44 (conclusão)
Protocolo Escala Representação do tempo Época Término

Inteiro não sinalizado de 32 bits: segundos SOC desde a


IEEE C37.118 época
Medição e Qualidade do tempo de 8 bits (formato especial).
transmissão UTC 01/01/1970 2106
Inteiro não sinalizado de 24 bits: fração de segundo
de
FRACSEC
sincrofasores
‘ssssssssssssssssssssssssssssssssqqqqqqqqffffffffffffffffffffffff’B

Segundo definido pela recepção do sinal, tempo expresso


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

IRIG-B UTC nenhum nenhum


Representação BCD de data e número direto de segundos

ISO 8824-1
String visível
ASN.1 qualquer nenhum nenhum
não ser confundido com UTC Time
UTCtime

14.6 Métodos de sincronismo na IEC 61850

14.6.1 Protocolos de sincronismo de tempo

As IEC 61850-8-1 e UCA 61850-9-2 LE [15] recomendam, respectivamente, os seguintes protocolos


de sincronismo:

● 1 PPS (ver 14.6.2);

● IRIG-B (ver 14.6.3);

● SNTP (ver 14.6.4);

● PTP (ver 14.6.5).

A Figura 64 apresenta um exemplo de diversas arquiteturas de sincronismo de tempo em uma


subestação.

O receptor GPS indicada o tempo absoluto, sendo que um relógio atômico backup protege contra uma
eventual perda de sinal pelo GPS. Estes relógios podem gerar um sinal do tipo 1 PPS sobre uma rede
dedicada ou enviar a informação de tempo sobre uma rede Ethernet, nos protocolos SNTP ou PTP.

As merging units no barramento de processo são sincronizadas por sinal 1 PPS, utilizando rede
dedicada, como considerado na UCA 61850-9-2 LE.

A IEC 61869-9 (Instrument transformers – Part 9: Digital interface for instrument transformers) considera
que as merging units são sincronizadas por meio do protocolo PTP, por meio de relógios transparentes
ou um relógio de fronteira no IED que interliga o barramento de estação com o barramento de processo.
Este IED pode se tornar a fonte do sinal de tempo no caso da distribuição de tempo no barramento de
estação se tornar indisponível. Ao invés disto, um switch dedicado pode ser utilizado (como indicado
no dispositivo à esquerda na Figura 64).

138 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Legenda

BC Relógio de fronteira (com capacidade de master) (Boundary Clock (master-capable))


MC Relógio com capacidade master (Master-Capable clock)
OC Relógio comum (Ordinary Clock)
TC Relógio transparente (Transparent Clock)

Figura 64 – Canais de sincronismo de tempo

14.6.2 1 PPS (1 pulso por segundo)

1 PPS é uma sincronização frequentemente utilizada que envia um trem contínuo de pulsos com
uma frequência de um pulso por segundo sobre um par de fios trançados ou uma fibra óptica.
O protocolo 1 PPS não carrega o tempo absoluto. A borda de subida e a duração são especificadas na
IEC 60044-8:2002, 6.2, de acordo com o mostrado na Figura 65.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 139


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Figura 65 – Sincronismo no padrão 1 PPS


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

A UCA 61850-9-2LE [15] especifica uma classe de precisão de T4 e a sincronização por um sinal
de 1 PPS gerado por um receptor GPS e possivelmente transportado em uma rede dedicada, por
exemplo, links de fibra óptica diretos para cada dispositivo que necessita de sincronização precisa
(por exemplo, merging units).

O UCA 61850-9-2LE faz uma distinção entre a precisão da fonte de sincronismo, que é de 1 μs,
e a precisão do tempo real de estampagem dos dados, que é de 4 μs.

A IEC 61869-9 define que a sincronização por 1 PPS não pode apresentar mais que ±2 μs de
imprecisão. Também especifica que uma largura de pulso Th maior que 5 μs implica que a fonte seja
um relógio de referência global, enquanto uma largura de pulso menor que 1,1 μs indica um relógio
de referência local.

14.6.3 IRIG-B

O IRIG-B é um protocolo de sincronização de tempo que define um conjunto de pulsos que codifica
a data UTC como números BCD, com indicação adicional da rastreabilidade e qualidade do relógio.
Este trem de pulsos pode ser modulado por um sinal de rádio ou enviado demodulado por um simples
par de fios trançados ou fibra óptica. Topologias de barramento e ponto a ponto são usadas com
diferentes tipos de links.

Existem muitas variantes do protocolo IRIG-B. Os padrões de medição e transmissão de sincrofasores


C37.118-1 e C37.118-2 (anteriormente IEEE 1344) definem o uso do IRIG-B 200-04 com a adição
de um campo de qualidade de tempo contínuo que indica a imprecisão quando o sinal de referência
é perdido. Estes documentos contêm uma descrição extensiva do protocolo.

A UCA 61850-9-2LE [15] indica o IRIG-B como uma alternativa ao 1 PPS.

14.6.4 Sincronismo de tempo NTP/SNTP para a IEC 61850-8-1 (barramento de estação)

A IEC 61850-8-1 especifica que a sincronização é para ser atingida por meio do protocolo SNTP.
O SNTP é uma versão simplificada do protocolo NTP; ambos utilizam os mesmos formatos de mensagem.

O SNTP usa uma hierarquia de relógio de vários níveis, chamada “estrato”. O estrato mais alto está
ligado a um relógio atômico de referência.

O SNTP é implementado na maioria dos PC como parte da pilha de comunicação. Implementações


usuais fornecem uma precisão de cerca de 1 ms dentro de uma LAN de subestação.

O SNTP transporta UTC, embora alguns interpretem como TAI. As estampas de tempo utilizadas pelo
NTP consistem em um contador de segundos de 32 bits e uma segunda parte fracionária de 32 bits,

140 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

conferindo ao NTP uma escala de tempo que volta ao valor inicial a cada 232 s (136 anos) e uma
resolução teórica de 2−32 s (233 ps). O SNTP tem uma época de 1º de janeiro de 1900. A primeira volta
ao valor inicial ocorrerá no ano de 2036, antes do problema UNIX do ano 2038 (ver IETF RFC 4330),
introduzindo um intervalo de 200 ps, no qual o tempo é inválido (todo zero).

Essa volta ao valor inicial ocorrerá dentro da vida útil dos dispositivos comercializados atualmente.
Portanto, a menos que um protocolo NTPv.4 seja utilizado, são recomendados testes e soluções
alternativos.

NOTA Como provavelmente não existem estampas de tempo NTP arquivadas antes do bit 0 ser definido
em 1968, uma maneira conveniente de estender a vida útil das estampas de tempo NTP é a seguinte
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

convenção: se o bit 0 (MSB - Most Significant Bit) estiver definido, o horário UTC está no intervalo [1968 ...
2036], e a hora UTC é contada a partir de 0 h 0 m 0 s UTC em 1º de janeiro de 1900. Se o bit 0 não estiver
definido, o tempo estará no intervalo [2036 ... 2104] e o tempo UTC será contado a partir de 6 h 28 m 16 s
UTC em 7 de fevereiro de 2036.

O SNTP opera sobre UDP/IP (camada 3), utilizando a porta 123 e, portanto, trafega por roteadores.

A sincronização do relógio por SNTP é iniciada pelo cliente (relógio escravo), que envia uma solicitação
de horário ao servidor (relógio master, estrato superior), que responde com a hora atual, conforme
mostrado na Figura 66.

Figura 66 – Sincronismo de tempo SNTP e atraso na medição

O cliente precisa compensar os atrasos na rede calculando o atraso de ida e volta entre o relógio
servidor e ele próprio. Para esse efeito, o cliente registra o seu horário local ao enviar a solicitação
(transmitir estampa de tempo) e registra o seu horário local ao receber a resposta (receber estampa
de tempo). O servidor também registra a sua hora local quando recebeu a solicitação e inclui esse

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 141


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

tempo na resposta, junto com a hora em que enviou a resposta. O cliente adiciona à hora do relógio
o atraso de rede δ, que estima como:

δ=
(t 4 – t1 ) – (t3 – t 2 )
2
onde

t1 é a hora em que o cliente enviou a solicitação;

t2 é a hora em que o servidor recebeu a solicitação;


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

t3 é a hora em que o servidor enviou a resposta;

t4 é a hora em que o cliente recebeu a resposta.

Este cálculo assume que os atrasos na rede são simétricos, isto é, que a solicitação e a resposta
seguem o mesmo caminho e que cada roteador leva o mesmo tempo para tratar cada mensagem.
Por exemplo, a parte inferior da Figura 66 mostra um atraso de ida e volta assimétrico que leva a
uma estimativa incorreta do atraso da rede. Os algoritmos mais inteligentes consideram a média ao
longo de várias medições e assimetrias conhecidas. Este método é limitado pela incerteza devida à
transmissão assimétrica e variados atrasos de residência nos roteadores e switches, possivelmente
devido à sobrecarga. Esta incerteza acumula com o número de saltos. Os atrasos de residência no
NTP são imprecisos, porque o protocolo NTP é tratado em software na camada 3 e a estampagem de
tempo é feita sem suporte de hardware.

Para uma sincronização precisa usando SNTP, convém que os engenheiros de rede atentem para que
a rede apresente um comportamento simétrico em relação ao caminho que uma solicitação e uma
resposta de horário trafegam. Isso é melhor garantido se os roteadores utilizarem rotas preestabelecidas
em vez de rotas escolhidas, dependendo do carregamento da rede.

14.6.5 Sincronismo com o protocolo PTP (IEC 61588)

NOTA Com relação à aplicação do protocolo PTP (Precision Time Protocol) para o sincronismo pela rede
na automação de sistemas elétricos, foi publicada pela IEC, em 2016, a IEC/IEEE 61850-9-3: Communication
networks and systems for power utility automation – Part 9-3: Precision time protocol profile for power utility
automation.

14.6.5.1 Elementos do protocolo PTP

O PTP distingue os seguintes elementos, conforme mostrado na Figura 67:

● Relógio grande master (GMC – Grand Master Clock), que é o relógio master de mais alto nível
que controla um domínio de tempo e que é usualmente conectado a um sinal de referência (GPS
ou relógio atômico).

● Relógios master (MC – Master Clock), que são os relógios que estão enviando a mensagem de
sincronização Sync dentro de um subdomínio, como relógio grande master ou relógio de fronteira
(em nome do grande master).

● Relógios comuns (OC – Ordinary clocks), que podem ser os relógios escravos ou master. Relógios
com capacidade master podem se tornar master (de um subdomínio) ou grandes master (do
subdomínio superior).

142 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● Relógios transparentes (TC – Transparent clocks), que encaminham as mensagens Sync e


corrigem a hora avaliando o atraso com o seu par e o atraso de residência das mensagens Sync.

● Relógios híbridos (HC – Hybrid clocks), que combinam relógio transparente e relógio comum.

● Relógios de fronteira (BC – Boundary clocks), que possuem uma porta escrava sincronizada por
um relógio master e uma porta master que controla um subdomínio de tempo. Mesmo que seja
um switch, eles não encaminham as mensagens que recebem do master de nível superior para
os seus subdomínios, mas enviam as suas próprias mensagens PTP, possivelmente com um
período diferente.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Legenda

MC Relógio master (Master Clock)


OC Relógio comum (Ordinary Clock)
TC Relógio transparente (Transparent Clock)

Figura 67 – Elementos do protocolo PTP

14.6.5.2 Operação do protocolo PTP

Ao contrário do SNTP, que conta com um esquema cliente-servidor no qual o cliente toma a iniciativa
de perguntar o horário ao servidor, o PTP conta com um esquema mestre-escravo, no qual o mestre
de tempo toma a iniciativa de transmitir o tempo, sem conhecimento dos escravos.

O master de tempo transmite periodicamente (por exemplo, a cada 1 s) uma mensagem Sync contendo
o seu tempo de referência. Esta mensagem Sync trafega pela rede e sofre um atraso de rede que

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 143


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

consiste nos atrasos de links λ e de residência ρ nos switches, antes de atingir os relógios escravos.
A Figura 68 mostra o relógio PTP (de um passo) para explicar o princípio.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 68 – Sincronização de tempo PTP em “uma etapa” e atraso de medição

Enquanto o protocolo SNTP se comunica na camada 4 (UDP - User Datagram Protocola), o perfil
do protocolo PTP para aplicação em sistemas elétricos de potência utiliza unicamente comunicação
multicast na camada 2. Isso significa que roteadores devem possuir a implementação de relógios de
fronteira para manter os segmentos de rede sincronizados.

NOTA 1 O PTP também considera uma comunicação multicast e unicast UDP, mas dentro de uma
subestação somente a comunicação na camada 2 fornece a precisão suficiente.

Ao contrário do SNTP, cada relógio da rede calcula o atraso do link para os seus vizinhos. Isso é
chamado de mecanismo de “atraso de ponto a ponto”. Todos os dispositivos devem ser compatíveis
com o PTP.

NOTA 2 O PTP também considera um cálculo de “atraso de ponto a ponto” similar ao SNTP, mas dentro de
uma subestação somente o cálculo do “atraso ponto a ponto” pode fornecer a precisão requerida.

Um relógio calcula o atraso λ do link para o próximo nó enviando um Pdelay_Request, para o qual o
outro nó responde com um Pdelay_Response contendo o tempo entre a recepção do Pdelay_Request
e o Pdelay_Response. O relógio calcula o atraso λ do link como:
(t − t ) − (t 3 − t 2 )
λ= 4 1
2
Como a assimetria de um link é muito pequena (alguns nanossegundos), o atraso pode ser melhor
estimado do que no NTP.

144 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Cada switch contém um relógio transparente que calcula um valor de correção como a soma do atraso
de seu link λ com o relógio do qual recebeu a mensagem Sync, de qualquer correção κ recebida com
a mensagem Sync e do próprio atraso de residência ρ:

NOTA 3 As estampas de tempo para o cálculo do atraso de residência são tomadas do relógio local do nó.
Como esses atrasos de residência acumulados são utilizados por um escravo para ajustar o tempo fornecido
por um master, erros resultantes de diferenças nas taxas do master e dos relógios transparentes devem ser
insignificantes. Por exemplo, se as taxas dos relógios master e local diferirem em 0,01 %, o erro introduzido
pode atingir 0,01 % do tempo de residência medido. Para um atraso de residência de 1 ms, o erro máximo
equivale a 100 ns em cada ponte (um tempo de residência de 1 ms é um caso pessimista a 100 Mbit/s,
quando o PTP não tem a prioridade mais alta). Essa imprecisão se acumula em uma cadeia de relógios
transparentes. Portanto, pode ser necessário sintonizar os relógios locais de relógios transparentes e de
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

fronteira para obter a precisão necessária.

Os relógios comuns (escravos) recebem a mensagem Sync e compensam o tempo de referência


recebido pelo atraso da rede.

Existem dois métodos para corrigir o tempo transmitido, os relógios de “uma etapa” e de “duas etapas”.

14.6.5.3 Correção de relógios PTP em “uma etapa”

Cada relógio transparente adiciona a sua correção (λ + ρ + κ) ao campo de correção da mensagem


Sync, enquanto o frame está sendo transmitido pela porta de saída. Esse método requer um hardware
dedicado para estampar o início da mensagem, calcular e modificar o campo de correção e a soma de
verificação do frame Sync de saída e inseri-lo no corpo da mensagem enquanto partes da mensagem
já foram transmitidas. Esta correção “on-the-fly” pode ser aplicada para switches do tipo “cut-through”
e do tipo “store-and-forward” (ver Figura 68).

14.6.5.4 Correção de relógios PTP em “duas etapas”

Para evitar um hardware dedicado para modificar a mensagem Sync “on-the-fly”, um relógio de dois
passos registra a hora exata em que recebeu esta mensagem, a encaminha com o tempo não corrigido
e registra a hora exata de envio. Existem chips PHY dedicados que estampam mensagens dentro de
alguns nanossegundos. O envio da mensagem Sync não é de tempo crítico, podendo ser feito por
uma CPU.

O relógio transparente de “duas etapas” calcula o campo de correção como a soma da correção da
mensagem Sync de entrada κ, do atraso de residência ρ e do atraso com seu par λ (previamente
medido) e envia uma mensagem Follow Up com uma nova correção de tempo κ, conforme mostrado
na Figura 69. O mesmo esquema se aplica ao cálculo do atraso entre pares.

O receptor assume que as mensagens Sync e Follow_Up estão emparelhadas; elas têm o mesmo
número de sequência PTP.

NOTA O PRP e o HSR apresentam um caso especial explicado em 14.6.6.2, uma vez que o emparelhamento
das mensagens Sync, Follow_Up e Anúncio (Announce) deve ser observado.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 145


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 69 – Sincronização de tempo PTP em “duas etapas” e atraso de medição

A atividade de engenharia se depara com dois métodos de sincronização, dependendo da capacidade


de seus dispositivos. Relógios comerciais utilizam principalmente o PTP de “duas etapas”; poucos
oferecem relógios de “uma etapa”. Os dois sistemas podem ser misturados se os dispositivos aceitarem
relógios de uma e de “duas etapas”.

14.6.5.5 Algoritmo BMC do protocolo PTP versus master alternativo

Inicialmente, o Algoritmo Melhor Relógio Master (BMCA - Best Master Clock Algorithm) elege um
relógio master entre os relógios com capacidade master participantes da rede. Para este fim, cada
relógio master envia mensagens Anúncio broadcast que contêm informações de qualidade de seu
relógio. O relógio com a melhor qualidade vence e se torna o master, enquanto os outros dispositivos
com capacidade master continuam ouvindo suas mensagens Anúncio, mas não enviam as suas
próprias, a menos que ocorra uma falha.

Quando um relógio master falha ou degrada (perda de satélites no GPS), um relógio master backup
assume o controle. O relógio backup detecta falha ou degradação do master ouvindo as suas
mensagens Anúncio. Um tempo-limite nas mensagens Anúncio faz com que os relógios master
backups (se houver vários deles) concorram ao papel de master aplicando o algoritmo BMC.

Para acelerar a eleição, é recomendada a opção alternativa master definida pela IEC 61588. Esta
opção permite master alternativos que não são os melhores master no momento a trocar informações
de temporização PTP com portas escravas, e para uma porta escrava adquirir conhecimento das
características do caminho de transmissão entre ela e cada master alternativo, mesmo que não
a utilize no momento. Isto permite uma transição rápida para um master alternativo com uma pequena
excursão de fase quando o master falha.

146 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Para acelerar o restabelecimento, o master backup preferido é configurado com um tempo-limite de


inatividade (time-out) das mensagens Anúncio menores do que o tempo-limite de inatividade (time-
out) destas mensagens em outros relógios comuns com capacidade master (por exemplo, para 2,0 s).
Tal mecanismo reduz colisões no caso de vários relógios master tentarem se tornar master após uma
falha do master responsável.

14.6.5.6 Tempo de holdover e intervalo de anúncio PTP

Em caso de perda do master, é necessário que um relógio escravo continue funcionando com uma
precisão suficiente durante um tempo de “holdover” (5 s) até que o relógio backup assuma o controle.
Isto implica que, além da sincronização, os nós devem sintonizar os seus relógios (ajustar a sua
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

frequência).

14.6.5.7 Domínio de tempo PTP

É recomendado considerar a subestação como um único domínio de tempo e não utilizar bases de
tempo definidas pelo usuário.

14.6.5.8 Migração de protocolos antigos para PTP

Relógios escravos PTP podem ser utilizados para fornecer um sinal de 1 PPS para equipamentos
antigos, sem a necessidade de receptores GPS adicionais ou de uma rede de tempo separada.

O processo de migração para sistemas com sincronismo de tempo com base em protocolo PTP requer
um período de transição quando os dispositivos de rede têm que suportar o novo protocolo PTP em
paralelo com SNTP ou IRIG-B. Leva algum tempo até que os IED de proteção e controle recebam a
funcionalidade PTP escravo. Portanto, uma rede habilitada para PTP poderia deixar o switch funcionar
como um relógio de fronteira, escravo PTP em um lado e master SNTP, 1 PPS ou IRIG-B em direção
aos dispositivos antigos. Tal cenário tem a vantagem de ser à prova do futuro, como no caso de
atualizações de IED para o PTP, onde nenhuma modificação seria requerida para os switches em
todos os painéis de proteção e controle, pois eles já são habilitados para PTP.

14.6.6 Sincronismo de tempo PTP e IEC 62439-3:2012

14.6.6.1 Perfil PTP na IEC 62439-3:2012

A IEC 62439-3:2012, Anexo B, fornece um perfil da IEC 61588 adequado para as redes de automação
industriais que consideram as peculiaridades do PRP e do HSR.

A IEC 62439-3:2012, Anexo B, tem por objetivo alcançar uma precisão de 1 μs em uma rede de
tamanho máximo consistindo em uma série de até 16 relógios transparentes.

Cada relógio transparente utiliza um oscilador local com um desvio inferior a 15 µs/s que, uma vez
sintonizado, espera-se que mantenha uma precisão de 1 µs/s dentro do tempo de holdover de 5 s.

Espera-se que a precisão do relógio master de acordo com a IEC 61588:2009, 7.6.2.5, seja melhor do
que a classe 0x20 (25 ns) durante o tempo de “holdover”.

O perfil da IEC 62439-3: 2012 é caracterizado da seguinte forma:

a) todos os elementos de rede (master, nós finais, switches, conversores de mídia etc.) suportam
relógios transparentes;

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 147


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

b) podem existir relógios de fronteira nos arredores do domínio multicast do grande master;

c) cada relógio transparente introduz menos de 50 ns de imprecisão no campo de correção das


mensagens Sync encaminhadas;

d) os conversores de mídia (por exemplo, de fibra óptica para cabos de cobre) introduzem menos
de 50 ns de jitter cada;

e) a assimetria de cabos não excede 25 ns;

f) somente comunicação Ethernet de camada 2 é utilizada (comunicação UDP não é utilizada);


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

g) somente mensagens multicast são utilizadas (mensagens unicast não são utilizadas);

h) apenas os atrasos ponto a ponto são calculados (computação de atraso de caminho ponta a
ponta não é utilizada);

i) ambas as sincronizações de “uma etapa” e “duas etapas” são permitidas (“uma etapa” é preferida);

j) o algoritmo do Melhor Relógio Master se aplica a todos os relógios (incluindo os relógios escravos);

k) as configurações-padrão são especificadas como:

— Período das mensagens Anúncio (logSyncInterval=0): uma vez a cada 1 s,

— Período das mensagens Sync (logAnnounceInterval=0): uma vez a cada 1 s,

— Tempo-limite de inatividade para mensagens “Anúncio” (announceReceiptTimeout=3):


esperar 3 s (pode ser ajustado para 2 s para o master redundante preferido),

— Período de Pdelay_Request (logMinDelayReqInterval=0): uma vez a cada 1 s,

— Tempo de holdover: precisão mantida superior a 1 μs após a perda do sinal de referência:


pelo menos 5 s

— Priority1 é 128 para dispositivos com capacidade grande master, 255 para dispositivos
somente escravos,

— Priority2 é 128 para dispositivos com capacidade grande master, 255 para dispositivos
somente escravos,

— A classe do relógio grande master (clockClass) é 6 ou 7 (quando degradado), respectivamente,

— O número do domínio (DomainNumber) é 0.

14.6.6.2 Sincronismo de tempo PTP em PRP

O conceito de redundância PRP considera que o relógio grande master (grandmaster) é conectado
duplamente a ambas as LAN, seja como DANP ou por meio de uma RedBox.

Também é possível que dois relógios master diferentes apareçam, um em cada LAN. Este cenário
pode ocorrer em uma situação degradada, na qual o link para o master falha em uma LAN e um
master backup é eleito nesta LAN. Também pode ocorrer quando relógios de fronteira são utilizados.

148 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Relógios comuns têm duas portas (esta é a única diferença com a IEC 61588:2009, 3.1.22) e também
são conectados a ambas as LAN.

Um relógio comum recebe as mensagens Sync (e possivelmente Follow-Up) e Anúncio de cada LAN
de forma independente. O descarte duplicado não se aplica, uma vez que os relógios transparentes
intermediários (por exemplo, nos switches) não estão cientes do “trailer” de redundância e podem
remover o “trailer” com o seu número de sequência ao encaminhar a mensagem Sync após a
modificação.

Como indicado na IEC 61588:2009, 9.3, todos os relógios comuns PRP implantam o BMCA especificado
em ambas as portas para selecionar o seu master. Em condições normais, eles recebem o mesmo
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

master nos dois canais e aceitam ambas as mensagens Sync de PTP.

Mesmo se PRP-A e PRP-B tiverem contagens de saltos extremamente diferentes, a correção de


tempo em cada LAN assegura que a estampa de tempo seja precisa, com apenas um jitter maior da
LAN com o maior número de saltos. O algoritmo de controle do relógio pode atribuir diferentes pesos
às informações de tempo, dependendo da magnitude da correção de tempo.

Um relógio escravo comum trata, portanto, cada lado como um relógio diferente, mas desde que os
relógios de ambos os lados tenham a mesma identidade do grande master, ele combina as mensagens
de sincronização recebidas para melhorar a sua precisão. O relógio escravo pode usar para este
propósito os números de sequência das mensagens PTP. Caso contrário, ele seleciona o master de
melhor qualidade.

14.6.6.3 Sincronismo de tempo PTP em HSR

Quando o relógio master é um dispositivo HSR, cada nó HSR recebe normalmente duas mensagens
Sync com atrasos diferentes (e, portanto, conteúdos diferentes) de lados opostos do anel. Portanto,
em uma rede HSR, o esquema de descarte duplicado não se aplica às mensagens PTP. Cada direção
é tratada como um relógio separado, os nós utilizam ambas as mensagens Sync para sincronizar
e sintonizar os seus relógios. Quando a correção do relógio em “duas etapas” é utilizada, um nó
agrega as mensagens Sync e Follow-Up de cada direção separadamente.

Do ponto de vista do PTP, um nó HSR atua como um relógio transparente e como um relógio comum;
isso é chamado de relógio híbrido. Um relógio transparente pode introduzir um atraso de até 125 μs
(mesmo se o relógio transparente tratar as mensagens PTP com a prioridade mais alta), já que as
transmissões em andamento podem não ser interrompidas. Não convém que a imprecisão no tempo
de um relógio transparente para o pior caso, de acordo com o indicado em sua folha de dados (PICS)
ou MIB, exceda 50 ns.

Como um anel pode ter até 50 nós em série, o atraso (6,25 ms no pior caso em anel) e o jitter (2,5 μs no
pior caso em anel) podem se tornar significativos. De fato, as unidades de medição fasorial requerem
uma imprecisão de tempo de menos de 1,0 μs. Portanto, o tempo da rede deve ser verificado no
momento da engenharia e, se insuficiente para a aplicação, o anel deve ser dividido.

É recomendada a instalação de master redundantes em diâmetros opostos do anel para limitar


o número de saltos (hops).

14.6.6.4 Acoplamento de relógios PRP e HSR

Ao acoplar uma rede PRP a um anel HSR, as duas RedBoxes processam as mensagens Sync
provenientes do relógio grande master. Portanto, no caso de a rede PRP operar com correção do
relógio em “duas etapas”, as RedBoxes convertem as mensagens do relógio de “duas etapas” Sync +

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 149


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Follow_Up em uma mensagem Sync de “uma etapa” no anel do HSR. Convém que as RedBoxes no
anel HSR estejam idealmente localizadas em posições opostas, a fim de limitar o número de saltos
(ou relógios transparentes) para cada nó do anel em condição normal, como mostrado na Figura 70.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 70 – Relógios em uma rede PRP acoplada por BC com um anel HSR

As RedBoxes podem implementar um relógio de fronteira ou um relógio transparente.

Um relógio de fronteira resulta em apenas um relógio enviando sobre o anel HSR, com o outro relógio
atuando como backup, porque o algoritmo de Melhor Relógio Master (BMCA) é aplicado e permite que
apenas um relógio envie mensagens no anel. A tag HSR deve conter um número de sequência que,
junto com o endereço MAC do RedBox, identifica os duplicados.

NOTA As duas RedBoxes têm endereços MAC e IP diferentes para todo o tráfego para o qual são origem
ou (único) destino.

Se as RedBoxes implementarem cada uma um relógio transparente, então quatro mensagens Sync
circulam pelo anel e os nós HSR devem, portanto, lidar com todas as quatro. As mensagens Sync
enviadas por meio do anel HSR recebem um número de sequência HSR próprio e o endereço MAC
da RedBox, para que possam ser removidas do anel. O endereço MAC do master atual é perdido, mas
pode ser recuperado por meio do conteúdo da mensagem (sourcePortIdentity).

150 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

14.6.7 Perfil IEEE C37.238-2011 para sistemas elétricos de potência

14.6.7.1 Configurações-padrão do IEEE C37.238-2011

A arquitetura IEEE C37.238 e as configurações-padrão são idênticas às da IEC 62439-3 (14.6.6).

14.6.7.2 MIB no IEEE C37.238-2011

A IEEE C37.238 define objetos de gerenciamento SNMP que correspondem à IEC 61588. Além disso,
a IEEE C37.238 inclui objetos para gerenciar a identidade do grande master e a imprecisão de tempo
durante o projeto de engenharia; ver 19.3 e 19.6.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

14.6.7.3 TLV no IEEE C37.238-2011

Cada master acrescenta dois TLV (parâmetros) obrigatórios às mensagens “Anúncio”, o TLV
ALTERNATE_TIME_OFFSET_INDICATOR compatível com IEC 61588 mencionado em 14.6.7.3.1 e
um TLV específico do perfil para sistemas elétricos de potência.

14.6.7.3.1 ALTERNATE_TIME_OFFSET_INDICATOR na IEEE C37.238-2011

A IEEE C37.238-2011 especifica que cada master acrescente às suas mensagens “Anúncio” o TLV
ALTERNATE_TIME_OFFSET_INDICATOR, definido pela IEC 61588, que carrega o deslocamento
do relógio em relação ao UTC. Isso facilita a configuração da IHM dos IED no início e no final dos
períodos de horário de verão.

NOTA O IEEE ainda não decidiu se o deslocamento é em relação à UTC ou TAI. Uma proposta é assumir
que um valor que é um múltiplo exato de 1 800 é um deslocamento para UTC, enquanto que um valor que
tem um resíduo da divisão por 1 800 é relativo à TAI, por exemplo, 3 600 seria relativo ``a UTC e 3 632 seria
relativo à TAI.

14.6.7.4 TLV específico do perfil IEEE C37.238-2011

O IEEE C37.238-2011 especifica que cada master acrescente às suas mensagens “Anúncio” um TLV
específico do C37.238 que contém dois campos: grandmasterID e timeInaccuracy.

a) O campo grandmasterID de 16 bits carrega em seu octeto menos significativo um identificador


curto (8 bits) do atual grande master para ser copiado para o campo smpSynch da IEC 61850-7-2:
2010, 19.4.8. Embora cada mensagem “Anúncio” carregue um grandMasterIdentifier de 64 bits, o
campo smpSynch acomoda apenas 8 bits.

Na IEC 61850-9-2: 2011, smpSynch especifica que os valores 5 a 254 identificam o grandmasterID.

b) O campo timeIncuracy de 64 bits, que carrega opcionalmente uma estimativa do valor absoluto
da imprecisão do relógio local, é dividido em dois campos:

— o grandmasterTimeInaccuracy de 32 bits, um valor mais preciso do clockAccuracy do campo


clockQuality especificado na Tabela 6 da IEEE Std 1588:2009, expresso em nanossegundos;

— o networkTimeInaccuracy de 32 bits, que é configurado no grande master, é definido como 0


por padrão. Este valor pode ser definido como TimeInaccuracy acumulado no pior caminho
da rede, expresso em nanossegundos. O campo “networkTimeInaccuracy” é fornecido para
fins experimentais e seu uso é indefinido.

O TLV é mostrado na Figura 71.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 151


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 71 – TLV específico do C37.238

14.7 Engenharia de redes PTP

14.7.1 Localização do relógio de referência PTP

A utilização do PTP é um balanço (trade-off) entre os custos adicionais de switches compatíveis com
PTP e o número de IED em uma subestação a ser sincronizado com alta precisão. Um número muito
pequeno desses IED sugere uma solução ponto a ponto com IRIG-B ou 1 PPS, enquanto um número
maior justifica uma rede de switches compatíveis com PTP.

Ao projetar uma rede, o primeiro passo é localizar os relógios de referência para minimizar a imprecisão
do relógio. Cada relógio transparente apresenta uma imprecisão de tempo – cujo valor no pior caso
LocTimeInacc é especificado em sua folha de dados. No caminho do master para um IED: a imprecisão
de tempo dos diferentes relógios transparentes por meio dos quais a mensagem Sync transita aumenta
pelo valor de cada relógio transparente. Este valor em um determinado nó é o NetTimeInacc. O pior
valor de NetTimeInacc é a soma do LocTimeInacc de todos os relógios transparentes no caminho
menos favorável de qualquer master para este nó.

A Figura 72 mostra que a mensagem Sync do servidor de horário GPS para o IED z atravessa oito
relógios transparentes no pior dos casos, o que ocorre quando o RSTP bloqueia a porta direita
do primeiro switch. Se cada relógio transparente introduzir uma imprecisão de 50 ns no pior caso,
a imprecisão total no pior caso ao longo deste caminho é de 400 ns.

No caso de o relógio do grande master (por exemplo, conectado ao GPS) falhar, um relógio backup
de rubídio assume o controle. A Figura 72 mostra que mais um relógio transparente deve ser cruzado
e o NetTimeInacc para o IED z sobe para 450 ns.

O valor real do NetTimeInacc pode ser medido para cada IED, isto é, comparando o sinal 1 PPS
gerado pelo grande master e o sinal 1 PPS gerado pelo relógio comum do IED z, conforme mostrado
na Figura 72. Para realizar esta medição, é recomendado gerar o sinal de 1 PPS em todos os relógios
pelo menos para testes.

152 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

A imprecisão máxima do relógio permitida em um IED é um parâmetro de engenharia denominado


EngTimeInacc. Esta estimativa conservativa da imprecisão considera o quanto precisa é a estampa
de tempo de um evento em um determinado IED. Por isso, considera a soma de:

● imprecisão do tempo na rede (que varia de dispositivo para dispositivo);

● imprecisão do grande master (que varia e é indicada nas mensagens Sync);

● qualquer imprecisão introduzida pelos sensores ou pelo próprio IED.

O erro real na estampagem de tempo pode ser calculado gerando um evento em um IED em um
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

determinado momento, por exemplo, sincronizado com o 1 PPS do relógio de referência e comparando-o
com o valor da estampa de tempo do frame correspondente recebido pelo SCADA ou um analisador
de rede.

Árvore RSTP

Mensagem Sync

Anel RSTP

Anel HSR Anel HSR

Legenda

GMC relógio grande master (Grand-Master Clock)


BMC relógio master backup (Backup Master Clock)
TC relógio transparente (Transparent Clock)

Figura 72 – Hierarquia de relógios

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 153


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

14.7.2 Conexão PTP do barramento de estação e do barramento de processo

Embora os requisitos de temporização mais rigorosos se apliquem ao barramento de processo,


convém que o relógio de referência esteja localizado no barramento de estação e que os dispositivos
do barramento de processo estejam sincronizados com ele. O dispositivo que conecta o barramento
de estação e o barramento de processo (switch Ethernet ou IED com funcionalidade de switch) atua
como um relógio transparente PTP, sincronizando os dispositivos de barramento de processo.

No entanto, quando o relógio de referência no barramento de estação se torna indisponível, convém


que um dispositivo no barramento de processo, preferencialmente o dispositivo de conexão, assuma
como um grande master, tanto em direção ao barramento de estação (se ainda estiver operando)
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

quanto em direção ao barramento de processo. Quando o barramento de estação retoma a operação,


o dispositivo de conexão renuncia a sua função de master para o relógio de referência.

Recomenda-se localizar os relógios redundantes de modo que uma situação de falha comum a ambos
seja improvável e para que o pior número de relógios transparentes no caminho para um relógio
comum seja menor ou igual ao relógio do grande master original (por exemplo, em diâmetros opostos
em uma topologia em anel).

14.7.3 Sincronização nas merging units

O sincronismo de tempo no nível de processo depende da aplicação considerada e da arquitetura


e topologia de rede. De fato, no caso de funções de proteção local, como sobrecorrente, os dados
pertinentes são geralmente coletados pela mesma merging unit e nenhuma sincronização externa
é requerida. Se os dados forem provenientes de diferentes merging units, por exemplo, função de
proteção diferencial, as merging units têm que ser sincronizadas. Quantas merging units são requeridas
para executar uma determinada função depende não apenas da disponibilidade exigida em caso de
perdas, mas também da distância geográfica e do arranjo físico da subestação. Convém que o número
de merging units sincronizadas seja minimizado, por exemplo, utilizando ilhas de sincronização. Tais
ilhas de sincronização podem ser adequadas para topologias de barramento de processo baseadas
em múltiplos anéis ou em múltiplas estrelas, bem como em múltiplos links ponto a ponto. O último
caso é mais complexo, pois requer que cada merging unit física hospede diversos dispositivos lógicos
merging unit para que eles pertençam a diferentes ilhas de sincronização ao mesmo tempo.

15 Segurança nas redes


Consultar a IEC 62351.

NOTA Especificamente sobre segurança nas redes para a automação de sistemas elétricos de acordo
com a Série IEC 61850, existe a IEC/TS 62351-6, Power systems management and associated information
exchange – Data and communications security – Part 6: Security for IEC 61850.

16 Gerenciamento de redes
16.1 Protocolos para gerenciamento de redes

Quando da escolha dos elementos de uma rede, convém que sejam levadas em consideração a sua
capacidade de proporcionar informações contínuas sobre o estado de integridade, além da capacidade
de transportar o tráfego em suas portas de entrada.

154 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

O tráfego de mensagens do tipo MMS na IEC 61850 proporciona somente um intervalo de tempo
determinado sobre o reconhecimento de mensagens para monitorar o estado de integridade do
caminho da comunicação. Métodos mais sofisticados podem ser utilizados, caso um relógio de tempo
comum esteja disponível, que permita uma estimativa das latências do caminho. Entretanto, apenas
a verificação de atraso total não permite distinguir falhas de comunicação, sobrecarga de switches ou
erros de aplicação, e, desta forma, convém que ferramentas para a avaliação do estado de integridade
da rede sejam utilizadas, que se baseiam na capacidade dos dispositivos de monitorar as suas
conexões da rede.

Duas técnicas estão disponíveis para monitorar os dispositivos, SNMP e IEC 61850.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● O protocolo SNMP é o protocolo-padrão para gerenciamento da rede para dispositivos de conexão,


mas sua implantação é comum a todos os dispositivos. Quando um dispositivo suporta o SNMP,
este dispositivo informa “gerenciável”. A informação disponibilizada é estruturada em MIB, que é
um tipo de base de dados utilizada para gerenciar os dispositivos em uma rede de comunicação
de dados. A lista das MIB padronizados e a especificação do seu conteúdo que é suportado pelo
dispositivo dependem da escolha do vendedor do dispositivo. Além disto, “MIB privadas” são
suportadas por alguns dispositivos, de forma a proporcionar informações detalhadas específicas
do vendedor (descritas pela MIB fornecida pelo vendedor do dispositivo). O conteúdo das MIB
é descrito utilizando a gramática ASN.1 (Abstract Syntax Notation One) e, portanto, podem ser
facilmente importado pela ferramenta de gerenciamento de redes. Uma MIB SNMP foi definida
também para os protocolos PRP e HSR. Isto requer que os nós em nível do sistema SCADA
suportem o protocolo SNMP, pelo menos por meio de um servidor OPC.

● Uma alternativa para a utilização do protocolo SNMP para o gerenciamento da rede em


subestações é a utilização dos serviços do protocolo MMS da IEC 61850, nos casos em que
os elementos utilizem este protocolo. Tais serviços permitem uma integração sem barreiras dos
dispositivos da rede nos sistemas de controle e monitoração de subestações que não possuam
as funcionalidades do protocolo SNMP. Para que o protocolo MMS possa ser utilizado nestes
casos, os objetos foram devidamente definidos na IEC 61850-7-4:2010 para representar as
propriedades de comunicação. Um modelamento adicional é proposto na Seção 19 para estender
as capacidades de configuração e de monitoramento dos dispositivos. Isto requer que os switches
suportem o protocolo MMS, embora não sejam considerados IED “clássicos”.

Este monitoramento contínuo está sendo atualmente reconhecido como a tecnologia para mitigar
ou atender aos requisitos estabelecidos por entidades regulatórias, de forma que as redes de
comunicação de dados possam ser consideradas fora das necessidades de aplicação de testes
anuais de manutenção.

16.2 Ferramentas para o gerenciamento de redes

O monitoramento do estado de integridade das redes de comunicação é essencial, na medida em que


as redes processam funções críticas distribuídas e que mecanismos de redundância são implantados
para superar a ocorrência de uma primeira falha.

Desta forma são consideradas de grande importância a utilização de ferramentas de gerenciamento


de redes de comunicação que possam monitorar de forma contínua a integridade da rede e dos
dispositivos de conexão, bem como a detecção da ocorrência de uma falha na rede.

Mais globalmente, são indicados a seguir os benefícios esperados na utilização de uma ferramenta
de monitoramento de rede:

● Confiança de que as redes estejam operando da forma esperada.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 155


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● Considerando que algumas propriedades avançadas da Ethernet têm sido utilizadas para geren-
ciar o fluxo de dados, este tipo de ferramenta de gerenciamento de redes colabora com a valida-
ção de que os dispositivos da rede estejam devidamente configurados e que, desta forma, o fluxo
de dados seja distribuído da forma pretendida.

● Redução no tempo de inatividade – aumento da produtividade.

● Identificação fácil e visual de falhas nas redes.

● Compreensão mais rápida e precisa da causa de um problema e como repará-lo.


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● Implementação de mecanismos (“traps” ou “armadilhas”) para o monitoramento de degradação


e de distúrbios intermitentes, de forma a prever a ocorrência de eventuais falhas futuras;

● Colaboração para a quebra de barreiras que eventualmente possam existir sobre os requisitos
de conhecimentos entre o pessoal da área de eletricidade e o pessoal da área de tecnologia da
informação (TI)

16.3 Ferramentas para os diagnósticos de redes

As principais funções potenciais das ferramentas para os diagnósticos das redes são os seguintes:

● Recuperação das informações de diagnósticos das redes e verificação da integridade dos


dispositivos.

● Descoberta e identificação de todos os dispositivos conectados na rede Ethernet (tanto dos dis-
positivos de campo ou de processo, como dos dispositivos de infraestrutura das redes).

● Recuperação da rede IEC 61850 e da comunicação relacionada com a informação de todos os


dispositivos.

● Recuperação das MIB de todos os dispositivos gerenciáveis.

● Aprendizado das capacidades e dos parâmetros dos dispositivos, tão logo estes dispositivos
estejam disponíveis remotamente por meio de dos protocolos da rede IEC 61850 ou pelo protocolo
SNMP.

● Colaboração na validação dos ajustes adequados utilizados para o gerenciamento do fluxo de


dados, como os ajustes da filtragem de endereços multicast e dos ajustes das VLAN;

● Identificação de todos os links de comunicação existentes entre os dispositivos, mesmo se


estiverem funcionalmente desabilitados;

● Comparação da topologia descoberta com relação à topologia especificada no projeto de enge-


nharia, definida no arquivo SCD, ou com relação à topologia anteriormente salva, isto é, execu-
ção de busca por dispositivos faltantes ou existência de links com parâmetros diferentes;

● Nos casos de redes redundantes, verificação da integridade efetiva, isto é, se o tráfego flui da
forma prevista. Geração de alarme tão logo a rede tenha se alterado em relação ao seu estado
de fluxo normal.

● Proporcionamento ao operador de uma análise sintética da integridade da rede.

156 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● Apresentação dos alarmes e de suas estampas de tempo na tela da ferramenta de gerenciamento


de redes, tão logo os alarmes tenham sido gerados (incluindo as informações da fonte do alarme,
sua descrição, o horário em que ele ocorreu e a sua situação);

● Fácil localização, sobre o mapa de configuração da rede, do dispositivo ou do link responsável


pela geração do alarme.

● Análise do fluxo de dados na rede e identificação de problemas nos níveis de comunicação.

● Análise do fluxo de dados na rede e identificação no nível de aplicação (utilizando os tags do nível
de aplicação e as funções de nomes de identificação).
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

17 Conectividade remota
O acesso de ferramentas de engenharia permite a execução de atualizações gerais do sistema
(upgrades), gerenciamento, backup ou recuperação dos arquivos de configuração.

Pode haver um requisito para acesso remoto, para que certos ou todos os IED possam se comunicar
de/para um centro de controle, outra subestação ou de qualquer lugar na rede de utilidades corporativas
ou de fora desta rede. A comunicação entre subestações, a subestação para a comunicação do centro
de controle ou o acesso remoto seguro estão fora do escopo deste documento.

NOTA As atualizações gerais requerem que sejam feitas considerações com relação à taxa de transfe-
rência e à segurança da rede de comunicação.

18 Ensaios das redes


18.1 Introdução aos ensaios

Os componentes da rede representam uma parte vital da automação do sistema elétrico, uma vez que
as suas falhas causam impactos nas funções de controle e mesmo nas funções de proteção. Desta
forma, a qualidade da rede de comunicação e dos switches deve atingir um nível similar daquele
proporcionado pelos dispositivos de proteção. A IEC 61850-4 define diversos estágios, de forma
a assegurar a qualidade da rede, os quais são reproduzidos na Figura 73.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 157


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 73 – Estágios da gestão da qualidade (transcritos da IEC 61850-4)

Na etapa de desenvolvimento de produto, um fabricante desenvolve o produto e executa os ensaios


para a liberação dos produtos.

Um laboratório independente executa os ensaios de tipo, os quais basicamente asseguram que


o tipo de dispositivo opera de acordo com as especificações e atende aos requisitos mecânicos,
eletromagnéticos e ambientais das normas aplicáveis.

Durante a etapa de aprovação de mercado, o integrador do sistema executa ensaios de verificação, de


forma a selecionar os produtos. Estes ensaios verificam se o produto atende aos requisitos funcionais
e de desempenho nas condições mais desfavoráveis. Os ensaios de verificação também verificam se
os diferentes componentes da rede de comunicação apresentam as interoperacionalidades de forma
adequada, mesmo para os maiores sistemas previstos.

Durante a etapa de projeto executivo, a rede de um projeto específico de automação de sistema


elétrico é submetida a ensaios de aceitação em fábrica e ensaios de aceitação em campo.

Durante a etapa de operação, uma parte dos ensaios continua a monitorar o tráfego da rede, de forma
a detectar falhas e substituir rapidamente os dispositivos em falha.

As subseções 18.2 a 18.4 descrevem com mais detalhes os ensaios da rede para cada uma destas
etapas.

158 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

18.2 Ensaios de tipo ambientais

Os ensaios de tipo da rede de comunicação e de outros dispositivos eletrônicos verificam a imunidade


eletromagnética (EMC), emissão eletromagnética e resiliência mecânica e ambiental, sob as condições
do ambiente do sistema de automação elétrico.

Os ensaios de tipo ambientais são definidos na IEC 61850-3.

18.3 Ensaios de conformidade

18.3.1 Protocolos sujeitos aos ensaios de conformidade


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Os ensaios de conformidade verificam se o equipamento de rede está em conformidade com os


padrões as normas aplicáveis. Este Relatório Técnico não define os procedimentos de ensaios de
conformidade, uma vez que estes pertencem às respectivas normas aplicáveis.

A descrição dos protocolos e dos ensaios de conformidade de comunicação aplicáveis a um switch


Ethernet típico é relacionada na Tabela 45.

Tabela 45 – Normas utilizadas para os elementos da rede


Protocolo Norma de referência Ensaio de conformidade
Priority queuing IEEE 802.1Q-2011 –
Virtual LAN IEEE 802.1Q-2011 –
Rapid Spanning Tree IEC 62439-1: 2010, Seção 8 –
IEEE 802.1D-2004
Protocol (RSTP) measure RSTP performance
Simple Network
Management Protocol RFC 3416 –
(SNMP)
Simple Network Time
RFC 2030 –
Protocol (SNTP)
Multiple MAC Registration
IEEE 802.1Q-2011 –
Protocol (MMRP)
Multiple VLAN Registration
IEEE 802.1Q-2011 –
Protocol (MVRP)
Precision Time
synchronization Protocol
IEEE C37.238 ISPCS Plug fest
(PTP) para sistemas
elétricos
Parallel redundancy protocol
IEC 62439-3:2012, Seção 4 IEC 62439-1:2010, Seção 4
(PRP) (RedBox)
High-availability Seamless
IEC 62439-3:2012, Seção 5 IEC 62439-1:2010, Seção 4
Redundancy (HSR)

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 159


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

18.3.2 Ensaio de aceitação e verificação do integrador

Os ensaios de verificação e de aceitação do integrador verificam se os produtos atendem aos


requisitos funcionais e de desempenho para a configuração pretendida da rede de comunicação, para
as condições mais desfavoráveis.

Tais ensaios são repetidos para diversos produtos e, com base nos resultados dos relatórios de
ensaios, o integrador decide quais produtos utilizar em seus futuros projetos.

Para comparar o desempenho dos diferentes produtos, os ensaios necessitam ser executados
diversas vezes, sob procedimentos e condições bem definidas e reproduzíveis, de forma a obter
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

dados estatísticos comparáveis, como desempenho médio, mínimo e máximo.

Uma vez que o integrador utiliza estes produtos em diferentes projetos, estes ensaios asseguram
que um conjunto de produtos seja aplicável, até mesmo para os projetos de maior porte e de maiores
requisitos.

18.3.3 Montagem simples para ensaios de verificação

A Figura 74 apresenta uma montagem simples para ensaios como referência para os ensaios apre-
sentados a seguir. Esta montagem simples não substitui o ensaio do sistema completo, mas é utili-
zada para especificar as etapas necessárias.

A montagem para ensaio é otimizada para minimizar a quantidade de switches.

Figura 74 – Montagem para ensaios de verificação

A montagem para ensaio consiste nos seguintes componentes:

● Quatro switches Ethernet (utilizando o protocolo RSTP) em uma configuração em anel para
o ensaio;

● Publicador de mensagens GOOSE IEC 61850 com porta de 100 Mbit/s;

160 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● Leitor de mensagens GOOSE IEC 61850 com porta de 100 Mbit/s;

● Analisador IEC 61850 com uma ou mais portas a 100 Mbit/s;

● Gerador de tráfego de fundo com porta de 100 Mbit/s;

● Publicador de mensagens SV;

● Diversos dispositivos e switches com funcionalidades HSR ou PRP;

● Um ou dois relógios master do tipo PTP.


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

O gerador de tráfego permite a geração das condições mais desfavoráveis, consistindo em 98 %


de carga da rede com baixa prioridade e 2 % de tráfego da rede com alta prioridade, com grandes
mensagens GOOSE (ver 11.2.3) enviadas com um intervalo de 1 ms.

Um gerador de mensagens do tipo SV pode também ser utilizado para simular múltiplos publicadores
de mensagens SV. Cada publicador cria uma carga na rede de cerca de 4 % de mensagens SV,
enviadas com um período de 250 μs em um sistema com frequência de 50 Hz.

Para calcular os resultados mínimo e máximo dos ensaios, o procedimento é repetido pelo menos
cinco vezes.

18.3.4 Ensaio simples de operação de VLAN

Este ensaio de manipulação VLAN simples verifica o manuseio de VLAN usando mensagens GOOSE
com diferentes VID.

ID Procedimento de ensaio Resultado


Verificar se o tag da VLAN está correto na mensagem GOOSE,
VLAN1
após passar por pelo menos dois switches.
Verificar se uma mensagem tagueada com uma VLAN aparece
VLAN2
somente na porta correspondente.
Verificar se uma mensagem tagueada com VID=0 é reescrita para a
VLAN3
identificação-padrão (default) da correspondente VLAN (VID).

18.3.5 Ensaio simples de tagueamento de prioridade

Este ensaio simples de tagueamento de prioridade verifica se mensagens tagueadas com prioridades
mais altas são prevalecem sobre mensagens com prioridade mais baixa. Em uma rede com frames
com prioridades diferentes, nenhuma mensagem com alta prioridade pode ser perdida ou sofrer
atrasos.

ID Procedimento de ensaio Resultado


O simulador de mensagens GOOSE envia 1 000 mensagens dentro de
Prio1 um intervalo de 1 s, com prioridade BAIXA (priority=LOW), com a rede
sem tráfego ou com menos de 5 % de carregamento de tráfego.
O simulador de mensagens GOOSE envia 1 000 mensagens dentro de
Prio2 um intervalo de 1 s, com prioridade MÉDIA (priority=MEDIUM), com a
rede sem tráfego ou com menos de 5 % de carregamento de tráfego.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 161


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

ID Procedimento de ensaio Resultado


O simulador de mensagens GOOSE envia 1 000 mensagens dentro de
Prio3 um intervalo de 1 s, com prioridade ALTA (priority=HIGH), com a rede
sem tráfego ou com menos de 5 % de carregamento de tráfego.
O simulador de mensagens GOOSE envia 1 000 mensagens dentro
Prio4 de um intervalo de 1 s, com prioridade mais baixa do que 98 % do
carregamento de tráfego existente, em uma VLAN separada.
O simulador de mensagens GOOSE envia 1 000 mensagens dentro
Prio5 de um intervalo de 1 s, com a mesma prioridade do que 98 % do
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

carregamento do tráfego existente, em uma VLAN separada.


O simulador de mensagens GOOSE envia 1 000 mensagens dentro
Prio6 de um intervalo de 1 s, com uma prioridade mais alta do que 98 % do
carregamento do tráfego existente, em uma VLAN separada.
O simulador de mensagens GOOSE envia 1 000 mensagens dentro
Prio7 de um intervalo de 1 s, com prioridade mais baixa do que 98 % do
carregamento do tráfego existente, na mesma VLAN.
O simulador de mensagens GOOSE envia 1 000 mensagens dentro
Prio8 de um intervalo de 1 s, com a mesma prioridade do que 98 % do
carregamento do tráfego existente, na mesma VLAN.
O simulador de mensagens GOOSE envia 1 000 mensagens dentro
Prio9 de um intervalo de 1 s, com uma prioridade mais alta do que 98 % do
carregamento do tráfego existente, na mesma VLAN.

18.3.6 Ensaio simples de manipulação multicast

Este ensaio simples de manipulação de multicast verifica se mensagens multicast específicas (SV ou
GOOSE) são recebidas nas portas configuradas e não recebidas nas outras portas.

ID Procedimento de ensaio Resultado


Verificar se as mensagens do tipo MC (MultiCast) são recebidas nas
Mcg1 portas configuradas após a desconexão e reconexão de um cabo de
tronco da rede de comunicação (backbone).
Verificar se as mensagens do tipo MC (MultiCast) não são recebidas
Mcg2 nas outras portas (não configuradas) após a desconexão e reconexão
de um cabo do tronco da rede de comunicação (backbone).
Verificar se as mensagens com um multicast “desconhecido” são
Mcg3
recebidas em todas as portas.

18.3.7 Ensaio simples de recuperação com protocolo RSTP

Este ensaio simples não tem por objetivo substituir os ensaios de conformidade da IEEE 802.1D nem
as orientações da IEC 62439-1:2010.

162 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Este ensaio simples do protocolo RSTP verifica a recuperação da rede após a ocorrência de uma
única falha e mede o tempo de recuperação, bem como a quantidade de frames perdidos, em função de:

● Tamanho dos frames;

● Carregamento da rede;

● Conexão/desconexão do anel backbone.

O tempo de recuperação medido é a diferença entre a estampa de tempo (timestamp) da última


mensagem recebida antes da falha da rede de comunicação e a estampa de tempo da primeira
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

mensagem recebida após a ocorrência da falha da rede. A perda do frame é a diferença no número de
sequência da última e primeira mensagens recebidas do GOOSE.

Medições
ID Procedimento de ensaio Resultado
(mín/máx.)
Ensaio de desconexão de cabo com tráfego de grandes
Rsp1 mensagens GOOSE e cerca de 98 % do carregamento
do tráfego no tronco principal da rede (backbone).
Ensaio de desconexão de cabo com tráfego de pequenas
Rsp2 mensagens GOOSE e cerca de 98 % do carregamento
do tráfego no tronco principal da rede (backbone).
Ensaio de desconexão de cabo com tráfego de
Rsp3 grandes mensagens GOOSE, sem tráfego na rede de
comunicação.
Ensaio de desconexão de cabo com tráfego de
Rsp4 pequenas mensagens GOOSE, sem tráfego na rede de
comunicação.
Ensaio de conexão de cabo com tráfego de grandes
Rsp5 mensagens GOOSE e cerca de 98 % do carregamento
do tráfego no tronco principal da rede (backbone).
Ensaio de conexão de cabo com tráfego de pequenas
Rsp6 mensagens GOOSE e cerca de 98 % do carregamento
do tráfego no tronco principal da rede (backbone).
Ensaio de conexão de cabo com tráfego de grandes
Rsp7 mensagens GOOSE, sem tráfego na rede de
comunicação
Ensaio de conexão de cabo com tráfego de pequenas
Rsp8 mensagens GOOSE, sem tráfego na rede de
comunicação

NOTA A IEC 61850-5 requer uma classe de desempenho P1 para mensagens do tipo 1B, com um tempo
de recuperação menor que 5 ms por switch. A obtenção deste desempenho é possível, de acordo com
a IEC 62439-1:2012, Seção 8, com exceção de ocorrência de perda do switch raiz (root bridge).

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 163


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

18.3.8 Ensaio simples com protocolo HSR

Este ensaio simples é aplicável aos switches que utilizam o protocolo HSR, o que implica que o switch
opere como uma RedBox. Os dispositivos são submetidos a uma maior quantidade de ensaios de
conformidade, com base nos requisitos especificados na IEC 62439-3:2012.

Este ensaio simples de protocolo HSR verifica que no caso de ocorrência de uma falha, nenhum frame
seja perdido ou atrasado.

ID Procedimento de ensaio Resultado


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Verificar se o mecanismo HSR funciona em um backbone


Hsr1
desconectando um link com vários editores SV em uma rede.
Verificar se o mecanismo HSR funciona em um backbone
Hsr2
reconectando o link com vários editores SV em uma rede.

18.3.9 Ensaio simples com protocolo PRP

Em uma LAN que opera com o protocolo PRP, os switches normalmente operam como elementos de
acordo com a IEEE 802.1D, de forma que, a princípio, nenhum ensaio é necessário. O ensaio PRP
é utilizado somente para assegurar que os switches não removem as informações de PRP. Se um
switch for utilizado como uma RedBox, este switch é conectado a duas LAN PRP e o ensaio é aplicado.

Este ensaio simples verifica que no caso de ocorrência de uma falha, nenhum frame seja perdido ou
atrasado.

ID Procedimento de ensaio Resultado


Verificar se o mecanismo PRP funciona em um backbone
Prp1
desconectando um link com vários editores SV em uma rede.
Verificar se o mecanismo PRP funciona em um backbone
Prp2
reconectando o link com vários editores SV em uma rede.

18.3.10 Ensaio simples com protocolo PTP

Este ensaio é aplicado quando os switches são cientes da existência do protocolo PTP, isto é, operam
como um relógio transparente. É requerido que ensaios completos de conformidade tenham sido
anteriormente executados.

Este ensaio simples verifica o desempenho do protocolo PTP, a transição do relógio master e da
convergência de tempo na partida. Para medir o desvio de tempo, comparado ao padrão 1 PPS, são
requeridos hardware e software específicos.

ID Procedimento de ensaio Resultado


Verificar se o desvio de tempo máximo PTP e a imprecisão do
Ptp1 tempo, comparado com uma referência diretamente conectada,
estão dentro de 50 ns.
Ptp2 Verificar a transição de um relógio master para outro e vice-versa.
Ptp3 Verificar a convergência do tempo na partida.

164 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

18.4 Teste de aceitação em fábrica e em campo

Durante o estágio de execução do projeto, a rede de comunicação de dados de um projeto em particular


é submetida, primeiramente, a testes de aceitação em fábrica (TAF) e depois a testes de aceitação em
campo (TAC).

NOTA A ABNT NBR IEC 62381 apresenta requisitos sobre sistemas de automação de processos
industriais – Testes de Aceitação em Fábrica (TAF), Testes de Aceitação em Campo (TAC) e Testes de
Integração em Campo (TIC).

Enquanto os testes de aceitação em fábrica são tipicamente testes em montagens parciais que testam
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

somente partes da rede de comunicação, os testes de aceitação em campo verificam a totalidade. Desta
forma, convém que os testes de aceitação em fábrica sejam utilizados para avaliar os procedimentos
a serem utilizados nos testes de aceitação local.

Um primeiro teste é verificar se todos os switches estão configurados corretamente com os respectivos
endereços IP, às configurações das portas, ao multicast e ao VLAN que filtram e ajustes de pulso de
sincronismo de tempo, se aplicável. Isto pode ser feito usando o acesso remoto por meio SNMP ou
objetos de acordo com a IEC 61850. Este teste também verifica a conectividade dos switches.

Um segundo teste verifica a conectividade de todos os outros dispositivos. Isso pode ser feito
simplesmente por fazer um ping dos dispositivos com mensagens ICMP.

Outro teste de conectividade e de configuração a ser executado é a verificação da presença da camada


(“stack”) para as mensagens MMS e de suas funções em cada dispositivo. Existem ferramentas para
verificar se todos os IED no arquivo SCD estão presentes e configurados corretamente.

Um terceiro teste a ser executado é de verificação de que os dispositivos enviam as mensagens


GOOSE e SV especificadas no arquivo SCD. Existem ferramentas para verificar se todos os IED no
arquivo SCD estão presentes e configurados corretamente.

Um quarto teste verifica se todos os dispositivos inscritos recebem o GOOSE e o SV configurados. Para
dar suporte a isso, convém que os dispositivos que recebem estas mensagens sejam configurados
para indicar um erro (por exemplo, enviando um relatório IEC 61850) caso as mensagens GOOSE e/
ou SV não sejam recebidas ou não como esperado.

Convém que o teste de resiliência também seja realizado removendo cabos ou comutadores para
verificar se o tráfego continua fluindo e se o erro é relatado.

Uma ferramenta de monitoramento de rede pode ser utilizada para verificar a carga de rede esperada
em cada porta durante a operação normal.

Um analisador de rede pode ser utilizado para verificar perdas de frames em caso de desconexão ou
reconexão de um link.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 165


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

19 Switches em redes IEC 61850 e modelo de objeto de porta 2


19.1 Objetivo

O gerenciamento da rede analisa o estado dos dispositivos e configura as suas propriedades. Estas
atividades são tradicionalmente executadas com o protocolo SNMP, o qual descreve os dispositivos
como um conjunto de dados de objetos conhecidos como a base de gerenciamento da informação
MIB. O protocolo SNMP também especifica um protocolo de acesso com base em UDP. Dentro de uma
subestação com base na Série IEC 61850, um protocolo de acesso já existe na forma do protocolo
MMS. O gerenciamento da rede acessa os dispositivos da rede sobre o protocolo MMS utilizando
o equivalente de um MIB na forma de um conjunto de Logical Nodes.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

A subseção 19.2 descreve um modelo de um dispositivo multiporta na forma de um objeto IEC 61850
que corresponde a um MIB SNMP. Este modelo é aplicável a switches, pontes (bridges) e também
a IED simples que suportem um subconjunto de funções de switch, em particular dispositivos que
operam os protocolos HSR e PRP.

Este modelo não contém todas as informações que são normalmente disponíveis nos MIB SNMP, mas
seleciona as variáveis de configuração e de estado aplicáveis no contexto da automação de sistemas
elétricos.

A subseção 19.3 define o modelo de um relógio com base na IEC 61588, em termos de Logical Nodes.

A subseção 19.4 define os Logical Nodes e as Classes de dados comuns para conexão e relógio. Esta
subseção é gerada automaticamente pelo modelo UML e será transferida para a IEC 61850-7-4. Até
lá, esta subseção é para ser considerada como informações informais e definidas somente no âmbito
dos nomes desta Norma.

A subseção 19.5 apresenta um mapeamento a partir de um modelo de switch IEC 61850 para um switch
padronizado MIB, quando aplicável. Se nenhum MIB padronizado estiver disponível, uma descrição
de dados de objetos e atributos permite ao fabricante do switch mapeá-los para seus próprios objetos
MIB individuais.

A subseção 19.6 apresenta um mapeamento a partir de um modelo IEC 61850 para os objetos das
IEC 61588 e IEEE C37.238.

NOTA Um mapeamento de duas vias entre IEC 61850 e SNMP é proposto, o qual pode ser utilizado para
esta finalidade. Infelizmente os nomes dos objetos não são mantidos devido às diferentes convenções de
nomeação.

19.2 Modelamento de switch

19.2.1 Modelamento simples

Um dispositivo físico multiporta que tem uma funcionalidade de switch de camada 2 de acordo com
a IEEE 802.1D implanta uma matriz de chaveamento. A funcionalidade de switch não é restrita

2 Os Logical Nodes indicados nesta Seção 19 serão transferidos como requisitos normativos para a
IEC 61850-7-4, em uma revisão futura. Os Logical Nodes e objetos relacionados foram copiados de um modelo
gerado UML (Unified Modelling Language) e não é possível que seja alterado neste documento.
NOTA A revisão da IEC 61850-7-4 está sendo elaborada pelo WG-10 do TC-57 da IEC.

166 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

a switches dedicados de Ethernet. Por exemplo, um IED pode atuar como um switch entre o barramento
de estação e o barramento de processo ou implementar uma porta adicional para conexão para um
dispositivo de serviço. Mesmo um IED simples com redundância de acordo com o protocolo HSR
representa um pequeno switch, uma vez que que este IED encaminha os frames de uma porta para
a outra.

Em uma rede ramificada, um switch pode implantar o protocolo RSTP de forma a manter os dados
na rede livres de loops e permitir a sua reconfiguração em casos de falhas na rede de comunicação.
Switches de ethernet podem também executar VLAN e filtragem de endereços multicast.

As funções de switch são frequentemente estendidas pela IEEE 802.1AB (Link Layer Discovery
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Protocol) que compila informações sobre nós adjacentes.

Estas funções básicas de switch são modeladas como mostrado na Figura 75.

Figura 75 – Modelo de dispositivo multiporta

O modelo de switch consiste de um conjunto de Logical Nodes.

● O Logical Node LPHD definido na IEC 61850-7-4:2010, representa as propriedades do dispositivo


físico (por exemplo, a ausência de falha do dispositivo físico). Uma vez que um Logical Node

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 167


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

pode existir somente dentro de um Logical Device, o Logical Node LPHD faz parte de um Logical
Device LPHD. O LPHD tem sido ampliado para suportar as funções de bridge, como definido em
19.4.3.2.2.

● O Logical Node LLN0, definido na IEC 61850-7-4:2010 representa as propriedades (por exemplo,
operação local ou remota) do Logical Device, muitas das quais podem existir em um dispositivo
físico. De forma típica, um dado de switch hospeda somente um único Logical Device.

NOTA De acordo com a IEC 61850-7-4, o Logical Node “zero” (LLN0) é utilizado para indicar especificações
relacionadas com os Logical Devices. Por exemplo, o LLN0 contém informações comuns relacionadas
aos LD (Logical Device), como integridade (“health”), modo, beh (“behaviour”) e NamPlt (Nameplate do
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Logical Node).

● O Logical Node LBRI (para “bridge”), definido em 19.4.3.2.3, representa uma funcionalidade
básica de bridge, de acordo com a IEEE 802.1D (Bridging and Rapid Spanning Tree Protocol);

● O Logical Node LCCF (para “Canal de Filtragem da Comunicação”) definido em 19.4.3.2.4


representa a VLAN e a filtragem de endereços multicast, caso o canal suporte a IEEE 802.1Q.

● O Logical Node LCCH ‒ Physical Communication Channel Supervision (para “Canal de


Comunicação”), definido na IEC 61850-7-4 e complementado em 19.4.3.2.5, representa cada
canal. Um canal pode consistir de uma porta física ou duas portas pareadas em redundância.
Por exemplo, um IED simples com um canal redundante de acordo o protocolo PRP implementa
uma instância do Logical Node LCCH e duas instâncias do Logical Node LPCP (Physical
Communication Port).

● O Logical Node LPCP ‒ Physical Communication Port (para “Porta de Comunicação Física”)
definido em 19.4.3.2.7, é iniciado para cada porta e representa as propriedades práticas de uma
porta (por exemplo, taxa de bit). Cada porta é identificada por seu número de porta PorNum (por
exemplo, 3), um nome de porta PorNam (por exemplo, “J013”) e por endereço de porta MAC (por
exemplo, 00-02-03-AB-04-BC);

● O Logical Node LPLD (para “Descobrimento de Camada de Porta), definido em 19.4.3.2.8,


é iniciado para cada porta e representa as propriedades do dispositivo remoto que foi descoberto
pelo LLPD (EEEE 802.1AB).

● O Logical Node LBSP (para “Protocolo de Porta de Ramificação”), definido em 19.4.3.2.9,


é iniciado para cada porta e representa as propriedades do RSTP da porta (por exemplo, estado
da porta RSTP: enviando).

NOTA Com exceção do protocolo LPHD, todos os sistemas de Logical Nodes (Grupo L) que pertencem
ao mesmo IED são definidos no mesmo dispositivo lógico (LD), de acordo com a IEC 61850-7-1:2011, 8.2.1).

Um arquivo do tipo ICD para um bridge contém um Logical Node LLN0, um Logical Node LN LPHD
e um LBRI. Este arquivo ICD tem tantas instâncias do Logical Node LN LPCP quanto as portas
do bridge e tantas instâncias do Logical Node LN LCCH quanto canais lógicos o dispositivo tiver,
de acordo com os exemplos apresentados em 19.7.

19.2.2 Encadeamento de Logical Node de switch

Os Logical Nodes são encadeados utilizando referências, como mostrado na Figura 76.

168 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 76 – Interligação de objetos de switches

19.3 Modelo de relógio

19.3.1 Datasets da IEC 61588

A IEC 61588 apresenta as propriedades de relógio em diferentes datasets:

a) defaultDS: descreve o relógio local de um dispositivo;

b) currentDS: descreve o caminho entre o relógio escravo e um relógio master ou grande master;

c) parentDS: descreve o relógio que sincroniza o relógio local, tanto o relógio master (relógio de
fronteira) ou relógio grande master;

d) timepropertiesDS: uma extensão do parentDS para considerar as diferentes escalas de tempo;

e) portDS: aplicável a cada porta de um relógio.

Estes datasets são referenciados na MIB especificada na IEEE C37.238, que se encontra disponível
em: http://standards.ieee.org/downloads/C37/C37.238-2011/C37.238-2011_MIB-D5-8.mib

Em princípio, os objetos MIB rotulados como “somente para leitura” (“read-only”) representam
situações, enquanto que objetos MIB rotulados como “leitura e escrita” (“read-write”) representam
ajustes.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 169


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

19.3.2 Objetos de relógio

O modelo de um relógio de acordo com a IEC 61588 tem a forma de Dados de Objetos (Data Objects)
e de Classes de dados comuns (Common Data Classes) que correspondem aos datasets da IEC 61588
indicados em 19.3.1 e as extensões da IEEE C37.238 MIB, representando, como por exemplo:

● Regras nas quais o nó pode ser configurado (master-enabled, slave-only);

● Número do domínio;

● Identidade do relógio;
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● Qualidade do relógio;

● Prioridade 1 do relógio;

● Prioridade 2 do relógio;

● Intervalo de anúncio quando o relógio é master (em termos de potência de 2 s de 1 s (por exemplo:
24 = 16 s, 2–2 = 250 ms);

● Anúncio de tempo excedido em múltiplos do intervalo de anúncio;

● Intervalo de Pdelay Request (potência de dois de 1 s), por porta;

● Intervalo de sincronismo quando o relógio é master (potência de dois de 1 s);

● Desvio atual em relação ao UTC;

● Correção do tempo: um passo ou dois passos;

● GrandmasterId;

● OffsetFromMaster;

● TimeInaccuracy.

19.3.3 Modelo de relógio simples

Um relógio geral na IEC 61588 se baseia em um dispositivo multiporta. A estrutura do relógio é similar
àquela de um dispositivo de conexão, de acordo com o definido em 19.2, como mostrado na Figura 77.

170 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 77 – Modelo de relógio

● O Logical Node LTIM, definido na IEC 61850-7-4:2010, representa o relógio disponível para as
aplicações. A fonte daquele relógio não é visível no LN LTIM. As extensões do LN LTIM indicadas
em 19.4.3.2.10 permitem representar ambas as escalas de tempo UTC e TAI.

● O Logical Node LTMS, definido na IEC 61850-7-4:2010, representa a fonte de sincronização


de relógio, o qual pode ser NTP, IEC 61588, IRIG-B ou outros. As extensões do LN LTMS
apresentadas em 19.4.3.2.11 indicam a fonte de relógio pela qual a sincronização é recebida.

● O Logical Node LTPC, definido em 19.4.3.2.12, representa:

— os ajustes básicos de relógio da IEC 61588 naquele nó, isto é, o relógio que controlaria
o nó, no evento de ausência de sincronização externa, que poderia ser um relógio master
do domínio do tempo, o que é considerado como o melhor relógio master se isto acontecer;

— o estado do relógio grande master da IEC 61588, que representa a fonte primária de tempo
do domínio do tempo, da forma como visto naquele nó;

O LN LTPC possui um Dado de Objeto indicando de que portas a sincronização IEC 61588 é recebida.

● O Logical Node LTPP definido em 19.4.3.2.13 representa as propriedades da IEC 61850 da porta,
por exemplo, a medição do atraso em relação a dispositivos pares. Cada porta de um par em
redundância possui um objeto de relógio, mesmo se a redundância for aplicada, uma vez que
a IEC 62439-3 especifica que o descarte de um dado duplicado não se aplica à sincronização
do relógio IEC 61588.

NOTA A IEC 61588:2009 indica que um relógio comum possui somente uma porta, mas isto é válido
somente quando não existir a redundância.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 171


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

19.3.4 Encadeamento de objetos de relógio

Os objetos de relógios são encadeados ou interligados utilizando referências, como mostrado na


Figura 78.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 78 – Encadeamento de objetos de relógio

19.4 Objetos IEC 61850 autogerados

19.4.1 Generalidades

NOTA Os dados apresentados nesta Seção foram automaticamente gerados a partir do arquivo-modelo
‘wg10uml02v13-wg18uml02v10c-wg17uml02v10a-jwg25uml02v02c.eap’, versão G10UML02v13. A definição
do espaço do nome para esta especificação é do IEC TR 61850-90-4:2012.

19.4.2 Termos abreviados utilizados em nomes de dados de objetos

A Tabela 46 apresenta os termos normativos que são combinados para criar os nomes de dados
de objetos.

172 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 46 – Abreviações normativas para nomes de dados de objetos


Termo Descrição
Addr Address
Admin Administrative
Altn Alternate
Chs Chassis
Clk Clock
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Desc Description
Dft Default
Gm Grandmaster
Hello Sinal “Eu estou vivo” enviado por um dispositivo
Ldp Link discovery protocol
Leap Leap (segundo de compensação)
Mac Endereço MAC
Mau Medium access unit
Mir Mirror (espelho)
Ngt Negotiation
Ord Ordinary
Path Path
Port Porta
Prio Prioridade/Priority
Rem Remote
Rstp Rapid spanning tree priority
Topo Topologia/Topology
Trunk Trunk (Tronco)
Utc UTC (Coordinated Universal Time)
Vid VLAN identification/Idenfificação da VLAN
Vlan VLAN
Vld Válido/Valid

19.4.3 Logical Nodes

19.4.3.1 Generalidades

A Figura 79 apresenta o diagrama de classe do Logical Node LogicalNodes_90_4.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 173


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 79 – Diagrama da classe LogicalNodes_90_4::LogicalNodes_90_4

19.4.3.2 Logical Nodes de sistema LN Grupo: L

19.4.3.2.1 Generalidades

Esta subseção é um espaço reservado até que o modelo de objeto seja movido para IEC 61850-7-4.

A Figura 80 apresenta o diagrama de classe do Logical Node LNGroupLExt.

174 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 80 – Diagrama da classe LNGroupL::LNGroupLExt

Este diagrama apresenta os Logical Nodes existentes (na parte superior do diagrama) e suas extensões
propostas (na parte inferior do diagrama). As extensões foram introduzidas de forma a suportar
o modelamento de switches e de relógio, de acordo com o definido no ABNT IEC/TR 61850-90-4.

A Figura 81 apresenta o diagrama de classe para o Logical Node LNGroupLNew.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 175


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 81 – Diagrama da classe LNGroupL::LNGroupLNew

Este diagrama de classe apresenta os Logical Nodes completamente “novos”, que foram
definidos para suportar o modelamento de switch e de relógio, de acordo com o definido no
nesta Norma.

Convém que estes Logical Nodes também sejam movidos para o Grupo L da IEC 61850-7-4, em uma
próxima edição.

176 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

19.4.3.2.2 LN: Extensão do dispositivo físico Nome: LPHDExt

Este Logical Node contém novos dados de objetos estendidos propostos, a serem movidos para
o LPHD, após o que este Logical Node deve ser removido.

A Tabela 47 apresenta todos os dados de objetos do LPHDExt.

Tabela 47 – Dados dos objetos do LNGroupL::LPHDExt (continua)


NOTA BRASILEIRA Legenda para abreviações indicadas nas Tabelas a seguir, de acordo com as
definições indicadas na IEC 61850-7-4: M-O-C: Dado do objeto é: Mandatório – Opcional – Condicional.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

LPHDExt
Nome do Classe
dado do de dados T Explanação M-O-C nds/ds
objeto comuns
Descrições
PhyNam DPL Herdado do LN: LPHD M / NA
Informação do estado
Se “verdadeiro“, a
temperatura excedeu o
TmpAlm SPS O / NA
ajuste do nível de alarme
‘TmpAlmSpt’.
Tipo de identificação do
LocChsIdTyp INS chassi local ‘LocChsId’, de AllOrNonePerGroup(1) / NA
acordo com a IEEE 802.1AB.
Identificação do chassi local.
Interpretação é apresentada
LocChsId VSS AllOrNonePerGroup(1) / NA
em ‘LocChsIdTyp’, de acordo
com a IEEE 802.1AB.
Tipo do endereço do sistema
de gerenciamento local
LocAddrTyp INS AllOrNonePerGroup(1) / NA
‘LocAddr’, de acordo com a
IEEE 802.1AB.
Endereço do sistema
de gerenciamento local.
LocAddr VSS Interpretação é apresentada AllOrNonePerGroup(1) / NA
em ‘LocAddrTyp’, de acordo
com a IEEE 802.1AB.
ENS
PhyHealth Herdado do LN: LPHD M / NA
(HealthKind)
OutOv SPS Herdado do LN: LPHD O / NA
Proxy SPS Herdado do LN: LPHD M / NA
InOv SPS Herdado do LN: LPHD O / NA

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 177


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 47 (conclusão)
LPHDExt
Nome do Classe
dado do de dados T Explanação M-O-C nds/ds
objeto comuns
OpTmh INS Herdado do LN: LPHD O / NA
NumPwrUp INS Herdado do LN: LPHD O / NA
WrmStr INS Herdado do LN: LPHD O / NA
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

WacTrg INS Herdado do LN: LPHD O / NA


PwrUp SPS T Herdado do LN: LPHD O / NA
PwrDn SPS T Herdado do LN: LPHD O / NA
PwrSupAlm SPS Herdado do LN: LPHD O / NA
Controles
RsStat SPC T Herdado do LN: LPHD O / NA
Sim SPC Herdado do LN: LPHD O / NA
Ajustes
Ajuste do nível de alarme da
TmpAlmSpt ASG O / NA
temperatura
Se “verdadeiro”, o dispositivo
físico suporta o protocolo de
descobrimento de camada
LdpEna SPG AllOrNonePerGroup(1) / NA
de link (LLDP - Link Layer
Discovery Protocol), caso
esteja habilitado.

19.4.3.2.3 LN: bridge Nome: LBRI

Este Logical Node é utilizado para o modelamento de bridges. Este Logical Node contém dados de
objetos de forma a suportar o IEEE 802.1Q e o IEEE 802.1D, uma vez que ambos os protocolos são
normalmente associados com os dispositivos de pontes de conexão.

A Tabela 48 apresenta todos os dados de objetos do LBRI.

178 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 48 – Dados dos objetos do LNGroupL::LBRI (continua)


LBRI
Nome do dado Classe de dados
T Explanação M-O-C NDS/DS
do objeto comuns
Descrições
NamPlt LPL Herdado do: DomainLN O / NA
Estado da informação
Endereço MAC do switch, na forma de
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

MacAddr VSS números hexadecimais separados por O / NA


um “traço” (“-“).
Se “verdadeiro”, este switch é um
RstpRoot SPS switch do tipo “raiz” no protocolo M / NA
“spanning tree”.
Número de alterações da topologia
que tenham ocorrido desde da última
reinicialização (reset) do dispositivo e
RstpTopoCnt INS a estampa de tempo desde o último O / NA
evento registrado de alteração da
topologia, com base no relógio local do
switch.
ENS
Beh Herdado do: DomainLN M / NA
(BehaviourModeKind)
Health ENS (HealthKind) Herdado do: DomainLN O / NA
Controles
ENC
Mod Herdado do: DomainLN O / NA
(BehaviourModeKind)
Ajustes
Referente à porta “n” do protocolo
PortRef ORG RSTP (instância LBSP – Port Spanning M / NA
tree Protocol) à qual o switch pertence.
Ajuste da prioridade do switch, de
RstpPrio ING M / NA
acordo com a IEEE 802.1D.
Tempo de “alô / “hello”) (tipicamente
RstpHelloTm ING O / NA
em [s]).
Tempo máximo do RSTP (tipicamente
em [s]). Pode ser aumentado,
RstpMaxAgeTm ING O / NA
dependendo do tamanho ou do porte
da rede.
Se “verdadeiro”, o protocolo RSTP está
RstpEna SPG M / NA
habilitado.
Referente ao teste de porta (Instância
TestPortRef ORG O / NA
LPCP - Physical Communication Port).

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 179


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 48 (conclusão)
LBRI
Nome do dado Classe de dados
T Explanação M-O-C NDS/DS
do objeto comuns
Referente à porta espelhada “n”
MirPortRef ORG Omulti / NA
(Instância LPCP).
InRef ORG Herdado do: DomainLN Omulti / NA
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

19.4.3.2.4 LN: Filtragem de canais de comunicação Nome: LCCF

Este Logical Node é utilizado para VLAN e para filtragem multicast, de acordo com a IEEE 802.1Q.
Quando as portas são pareadas para a redundância, as duas portas possuem os mesmos ajustes
de VLAN e de multicast.

A Figura 82 apresenta um diagrama customizado utilizado para a filtragem por VLAN.

Figura 82 – Utilização de filtragem por VLAN

Este diagrama ilustra o uso pretendido da classe de dados comuns VLN para vários filtros VLAN,
modelado com o objeto de dados ‘VlanFil’.

A Tabela 49 apresenta todos os dados de objeto do LCCF.

180 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 49 – Dados dos objetos do LNGroupL::LCCF


LCCF
Nome do
Classe de dados
dado do T Explanação M-O-C NDS/DS
comuns
objeto
Descrições
NamPlt LPL Herdado do: DomainLN O / NA
Estado da informação
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ENS
Beh Herdado do: DomainLN M / NA
(BehaviourModeKind)
Health ENS (HealthKind) Herdado do: DomainLN O / NA
Controle
ENC
Mod Herdado do: DomainLN O / NA
(BehaviourModeKind)
Ajustes
Referente ao canal (LCCH - Physical
ChRef ORG Communication Channel Supervision) M / NA
ao qual o filtro pertence.
Porta-padrão (default) de
DftPortVid ING M / NA
identificação da VLAN (VLAN ID)
DftPortPrio ING Prioridade-padrão (default) da porta M / NA
Informação para o filtro “n” VLAN
suportado. Convém que pelo menos
um filtro de VLAN correspondente MmultiRange
VlanFil VLN
ao canal-padrão (default) VLAN (1,255) / NA
ID, mesmo se nenhuma VLAN for
utilizada.
InRef ORG Herdado do: DomainLN Omulti / NA

19.4.3.2.5 LN: Extensão do LCCH   Nome: LCCHExt

Este Logical Node contém novos dados de objetos estendidos propostos, a serem movidos para o
Logical Node LCCH, após o que este Logical Node deve ser removido.

A Tabela 50 apresenta todos os dados de objetos do LCCHExt.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 181


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 50 – Dados dos objetos do LNGroupL::LCCHExt


LCCHExt
Nome do
dado do Classe de dados comuns T Explanação M-O-C nds/ds
objeto
Descrições
NamPlt LPL Herdado do: DomainLN O / na
Estado da informação
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ChLiv SPS Herdado do: LCCH M / na


RedChLiv SPS Herdado do: LCCH MFcond(1) / na
OutOv SPS Herdado do: LCCH O / na
InOv SPS Herdado do: LCCH O / na
FerCh INS Herdado do: LCCH O / na
RedFerCh INS Herdado do: LCCH OF(RedChLiv) / na
RxCnt BCR Herdado do: LCCH O / na
RedRxCnt BCR Herdado do: LCCH OF(RedChLiv) / na
TxCnt BCR Herdado do: LCCH O / na
Beh ENS (BehaviourModeKind) Herdado do: DomainLN M / na
Health ENS (HealthKind) Herdado do: DomainLN O / na
Controles
Mod ENC (BehaviourModeKind) Herdado do: DomainLN O / na
Ajustes
Referente à instância da porta
PortRef ORG M / na
LPCP (Porta A, se pareada).
Referente à instância da porta
RedPortRef ORG MF(RedChLiv) / na
LPCP (Porta B, se pareada)
ENG
RedCfg Protocolo de redundância de porta. M / na
(ChannelRedundancyKind)
Identificação (ID) do caminho
para a funcionalidade de RedBox
RedPathId ING MF(RedChLiv) / na
ou QuadBox (aplicável para os
protocolos PRP ou HSR).
ApNam VSG Herdado do: LCCH O / na
ChLivTms ING Herdado do: LCCH O / na
InRef ORG Herdado do: DomainLN Omulti / na

182 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

19.4.3.2.6 <<abstract>> LN: Ligação de porta de comunicação Nome: PortBindingLN

Tipo abstrato, aguardando por atributos comuns a todas as portas de comunicação.

A Tabela 51 apresenta todos os dados de objetos do PortBindingLN.

Tabela 51 – Dados dos objetos do LNGroupL::PortBindingLN


PortBindingLN
Nome do
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

dado do Classe de dados comuns T Explanação M-O-C nds/ds


objeto
Descrições
NamPlt LPL Herdado do: DomainLN O / na
Estado da informação
Beh ENS (BehaviourModeKind) Herdado do: DomainLN M / na
Health ENS (HealthKind) Herdado do: DomainLN O / na
Controles
Mod ENC (BehaviourModeKind) Herdado do: DomainLN O / na
Ajustes
Referente à porta (instância
PortRef ORG LPCP) a qual esta conexão se M / na
aplica.
InRef ORG Herdado do: DomainLN Omulti / na

19.4.3.2.7 LN: Porta de comunicação física Nome: LPCP

Este Logical Node é utilizado para o modelamento de portas de comunicação.

A Tabela 52 apresenta todos os dados de objetos do LPCP.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 183


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 52 – Dados dos objetos do LNGroupL::LPCP (continua)


LPCP
Nome do
Classe de dados
dado do T Explanação M-O-C nds/ds
comuns
objeto
Descrições
Dados nominais do Logical Node. Nota:
Este dado de objeto foi adicionado
temporariamente porque este Logical
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Node não é oriundo do DomainLN (o qual


possui NamPlt), mas existe a necessidade
NamPlt LPL de especificar o dado de espaço do nome O / na
(NamPlt.lnNs), no comprimento em que se
encontra, diferente de como apresentado na
IEC 61850-7-4. Tão logo este Logical Node
tenha sido incorporado na IEC 61850-7-4,
este dado de objeto será removido.
Dados nominais do dispositivo físico
PhyNam DPL M / na
(Physical Device).
Estado da informação
Reflete o estado do dispositivo físico
PhyHealth ENS (HealthKind) (Physical Device), relacionado com o M / na
hardware e o software.
Se “verdadeiro”, ocorreu um estouro de
empilhamento (buffer overflow) no buffer
de saída e informações importantes podem
ter sido perdidas. O estado volta para
OutOv SPS O / na
“falso” quando o buffer tiver retornado
para operação normal. Uma interrogação
geral é recomendada ou uma varredura de
integridade é iniciada automaticamente.
Se “verdadeiro”, ocorreu um estouro de
empilhamento no buffer de entrada e
informações importantes podem ter sido
perdidas. O estado volta para “falso”
InOv SPS O / na
quando o buffer tenha retornado para
operação normal. Uma interrogação geral
é recomendada ou uma varredura de
integridade é iniciada automaticamente.
Quantidade de mensagens recebidas desde
RxCnt BCR O / na
a última reinicialização.
Quantidade de mensagens enviadas desde
TxCnt BCR O / na
a última reinicialização (reset).

184 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 52 (conclusão)
LPCP
Nome do
Classe de dados
dado do T Explanação M-O-C nds/ds
comuns
objeto
Taxa de erro de frames nesta porta, definida
FerPort INS como a contagem de mensagens incorretas O / na
para cada 1 000 mensagens recebidas.
Se “verdadeiro”, a porta está configurada
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

AutoNgt SPS M / na
para autonegociação.
Mau INS Estado da unidade de acesso ao meio. M / na
Ajustes
PortNam VSG Rótulo do terminal do dispositivo. O / na
PortNum ING Número do terminal no dispositivo. M / na
Endereço MAC da porta, na forma de
PortMac VSG números hexadecimais separados por O / na
“traço” (“-”).
Se “verdadeiro”, a porta está configurada
AutoNgtCfg SPG M / na
para autonegociação.
Valor correntemente suportado do
MauCfg ING ‘MauCfgCap’; válido somente se M / na
‘AutoNegCfg’=falso.
Unidade de acesso ao meio suportada
(Supported Medium Access Unit - MAU)
com ajuste “n”. O valor corresponde à
posição do bit da lista do tipo MAU em RFC
MauCfgCap ING Mmulti / na
4836 (Network Working Group - Request
for Comments). Por exemplo, o valor 16
corresponde ao modo 100BASE-TX full
duplex.
Se “verdadeiro”, a porta está
AdminCfg SPG administrativamente ativa, de outra forma M / na
está inativa.

19.4.3.2.8 LN: Descoberta de porta Nome: LPLD

Este Logical Node é utilizado para modelar o protocolo de descobrimento de camada de acordo com a
IEEE 802.1AB. Este dado de objeto contém dados pertinentes para a porta remota conectada à porta
local.

A Tabela 53 apresenta todos os dados de objeto para o LPLD.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 185


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 53 – Dados dos objetos do LNGroupL::LPLD (continua)


LPLD
Nome do dado Classe de dados M-O-C
T Explanação
do objeto comuns nds/ds
Descrições
NamPlt LPL Herdado do: DomainLN O / na
Estado da informação
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Descrição textual da porta


RemPortDesc VSS remota, de acordo com a M / na
IEEE 802.1AB.
Descrição textual da porta local,
LocPortDesc VSS M / na
de acordo com a IEEE 802.1AB.
Tipo de identificador da porta
RemPortIdTyp INS remota ‘RemPortId’, de acordo M / na
com a IEEE 802.1AB.
Tipo de identificador da porta
LocPortIdTyp INS local ‘LocPortId’, de acordo com M / na
a IEEE 802.1AB.
Identificador da porta remota.
A interpretação é apresentada
RemPortId VSS M / na
por meio do ‘RemPortIdTyp’, de
acordo com a IEEE 802.1AB.
Identificador da porta local.
Interpretação é apresentada
LocPortId VSS M / na
por meio do ‘LocPortIdTyp’, de
acordo com a IEEE 802.1AB.
Tipo do identificador do chassi
RemChsIdTyp INS da porta remota ‘RemChsId’, de M / na
acordo com a IEEE 802.1AB.
Identificador do chassi da
porta remota. Interpretação
RemChsId VSS é apresentada por meio de M / na
‘RemChsIdTyp’, de acordo com
a IEEE 802.1AB.
Descrição textual do nome do
RemSysDesc VSS sistema, de acordo com M / na
a IEEE 802.1AB
Tipo do endereço do sistema
de gerenciamento remoto
RemAddrTyp INS M / na
‘RemAddr,’ de acordo com
a IEEE 802.1AB.

186 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 53 (conclusão)
LPLD
Nome do dado Classe de dados M-O-C
T Explanação
do objeto comuns nds/ds
Endereço do sistema de
gerenciamento remoto. A
RemAddr VSS interpretação é apresentada M / na
por meio do ‘RemAddrTyp’, de
acordo com a IEEE 802.1AB.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ENS
Beh Herdado do: DomainLN M / na
(BehaviourModeKind)
Health ENS (HealthKind) Herdado do: DomainLN O / na
Controles
ENC
Mod Herdado do: DomainLN O / na
(BehaviourModeKind)
Ajustes
PortRef ORG Herdado do: PortBindingLN M / na
InRef ORG Herdado do: DomainLN Omulti / na

19.4.3.2.9 LN: Bridge spanning tree port   Nome: LBSP

Este Logical Node é utilizado para modelar o protocolo “rapid bridge spanning tree protocol”, de acordo
com a IEEE 802.1AB.

A Tabela 54 apresenta todos os dados de objeto para o LBSP.

Tabela 54 – Dados dos objetos do LNGroupL::LBSP


LBSP
Nome do
Classe de dados
dado do T Explanação M-O-C nds/ds
comuns
objeto
Descrição
NamPlt LPL Herdado do: DomainLN O / na
Estado da informação
RstpSt ENS (RstpStateKind) Estado da porta no protocolo RSTP. O / na
ENS
Beh Herdado do: DomainLN M / na
(BehaviourModeKind)
Health ENS (HealthKind) Herdado do: DomainLN O / na
Controles
ENC
Mod Herdado do: DomainLN O / na
(BehaviourModeKind)

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 187


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 54 (conclusão)
LBSP
Nome do
Classe de dados
dado do T Explanação M-O-C nds/ds
comuns
objeto
Ajustes
Se “verdadeiro”, a porta está
configurada para participar do
RstpTrunk SPG protocolo RSTP (faz parte do tronco), M / na
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

de outra forma, é uma porta terminal


de interconexão (edge).
PortRef ORG Herdado do: PortBindingLN M / na
InRef ORG Herdado do: DomainLN Omulti / na

19.4.3.2.10 LN: Extensão de gerenciamento de tempo Nome: LTIMExt

Este Logical Node contém novos dados de objetos de extensão propostos, a serem movidos para
o LTIM, após o que este Logical Node deve ser removido deste documento.

A Tabela 55 apresenta todos os dados de objetos do LTIMExt.

Tabela 55 – Dados dos objetos do LNGroupL::LTIMExt (continua)


LTIMExt
Nome do dado Classe de dados M-O-C
T Explanação
do objeto comuns nds/ds
Descrições
NamPlt LPL Herdado do: DomainLN O / na
Estado da informação
Atraso de tempo atual em relação ao TAI,
CurUtcOfsTms INS M / na
de acordo com a IEC 61588:2009, 8.2.4.2.
Se “verdadeiro”, ‘CurUtcOfsTms’ é válido,
CurUtcOfsVld SPS M / na
de acordo com a IEC 61588:2009, 8.2.4.3.
Se “verdadeiro”, a referência de
RefTmTrk SPS tempo é rastreável, de acordo com a M / na
IEC 61588:2009, 8.2.4.6.
Se “verdadeiro”, a referência à frequência
é rastreável, isto é, pode ser utilizada
RefFqTrk SPS M / na
para o protocolo 1PPS, de acordo com a
IEC 61588:2009, 8.2.4.7.
Indica se um segundo de compensação
ENS foi introduzido e, em caso afirmativo, se foi
Leap M / na
(LeapSecondKind) adicionado ou subtraído, de acordo com a
IEC 61588.

188 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 55 (conclusão)
LTIMExt
Nome do dado Classe de dados M-O-C
T Explanação
do objeto comuns nds/ds
Desvio (offset) alternativo de tempo
(da forma como carregado em
AltnOfsTms INS M / na
AlternateTimeOffset), de acordo com a
IEC 61588:2009, 16.3.3.4.
Nome alternativo de tempo (da forma
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

como carregado em AlternateTimeOffset),


AltnTmNam VSS M / na
de acordo com a IEC 61588:2009,
16.3.3.4.
Tamanho da próxima descontinuidade
JmpTms INS (jumpSeconds), de acordo com a M / na
IEC 61588:2009, 16.3.3.5.
Segunda parte do transmissor de tempo,
quando a próxima descontinuidade irá
NxtJmpTms INS M / na
ocorrer (timeOfNextJump), de acordo com
a IEC 61588:2009, 16.3.3.6.
TmDT SPS Herdado do: LTIM M / na
ENS
Beh Herdado do: DomainLN M / na
(BehaviourModeKind)
Health ENS (HealthKind) Herdado do: DomainLN O / na
Controles
ENC
Mod Herdado do: DomainLN O / na
(BehaviourModeKind)
Ajustes
TmOfsTmm ING Herdado do: LTIM M / na
TmUseDT SPG Herdado do: LTIM M / na
TmChgDayTm TSG Herdado do: LTIM O / na
TmChgStdTm TSG Herdado do: LTIM O / na
StrWeekDay ENG (WeekdayKind) Herdado do: LTIM O / na
InRef ORG Herdado do: DomainLN Omulti / na

19.4.3.2.11 LN: Time master supervision extension Nome: LTMSExt

Este Logical Node contém novos dados de objetos de extensão propostos, a serem movidos para
o LTMS, após o que este deve ser removido.

A Figura 83 apresenta um diagrama customizado de utilização de referências de relógio.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 189


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Figura 83 – Utilização de referências de relógios

Este diagrama ilustra a utilização de dados de objetos ‘ClkRef’ e ‘TmSrcId’, bem como eles se
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

enquadram com os dados de objetos.

A Tabela 56 apresenta todos os dados de objetos do LTMSExt.

Tabela 56 – Dados dos objetos do LNGroupL::LTMSExt (continua)


LTMSExt
Nome do
Classe de dados M-O-C
dado do T Explanação
comuns nds/ds
objeto
Descrições
NamPlt LPL Herdado do: DomainLN O / na
Estado da informação
Identifica a fonte do tempo em ‘TmSrc’, de
TmSrcId INS M / na
acordo com a IEC 61588:2009, 8.2.4.9.
TmAcc INS Herdado do: LTMS O / na
TmSrc VSS Herdado do: LTMS M / na
TmSyn ENS (ClockSyncKind) Herdado do: LTMS O / na
TmChSt SPS Herdado do: LTMS Omulti / na
ENS
Beh Herdado do: DomainLN M / na
(BehaviourModeKind)
Health ENS (HealthKind) Herdado do: DomainLN O / na
Controles
ENC
Mod Herdado do: DomainLN O / na
(BehaviourModeKind)
Ajustes
Referente ao relógio “n” (por exemplo, instância
LTPC), proporcionando a sincronização, em
ordem de preferência; isto corresponde ao
ClkRef ORG Mmulti / na
‘TmSrcSet’ “n”. Neste momento, a única fonte de
tempo que possui seu modelo de Logical Node é
aquela especificada na IEC 61588.
TmSrcSet VSG Herdado do: LTMS Omulti / na
InRef ORG Herdado do: DomainLN Omulti / na

190 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

19.4.3.2.12 LN: Relógio PTP Nome: LTPC

Este Logical Node é utilizado para modelar o relógio de acordo com o protocolo de tempo de precisão
IEC 61588, consistindo na configuração de relógio (local) ordinária (defaultDS) e do status do relógio
Grandmaster (pai) (currentDS, parentDS). Os atributos de Grandmaster são status desde que
representam o relógio remoto, mesmo se o pulso de disparo master acontece ser o mesmo pulso de
disparo local, neste caso os objetos têm o mesmo valor que para as configurações de relógio local.

NOTA Foi publicada pela IEC, em 2016, a IEC/IEEE 61850-9-3, Communication networks and systems
for power utility automation – Part 9-3: Precision time protocol profile for power utility automation.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

A Tabela 57 apresenta todos os dados de objetos do LTPC.

Tabela 57 – Dados dos objetos do LNGroupL::LTPC


LTPC
Nome do
Classe de dados M-O-C
dado do T Explanação
comuns nds/ds
objeto
Descrição
NamPlt LPL Herdado do: DomainLN O / na
Estado da informação
Estado do relógio grandmaster, de
GmClkSt CGS M / na
acordo com a IEEE C.37.238.
ENS
Beh Herdado do: DomainLN M / na
(BehaviourModeKind)
Health ENS (HealthKind) Herdado do: DomainLN O / na
Controles
ENC
Mod Herdado do: DomainLN O / na
(BehaviourModeKind)
Ajustes
Configuração do relógio comum (local),
OrdClkCfg COG M / na
de acordo com a IEEE C37.238.
Referente à porta de sincronização “n”
ClkPortRef ORG Mmulti / na
(instância LTPP).
InRef ORG Herdado do: DomainLN Omulti / na

19.4.3.2.13 LN: Relógio PTP de uma porta Nome: LTPP

Este Logical Node é usado para modelar as propriedades de relógio de uma porta, estendendo os
portDS na IEC 61588 por objetos MIB 37.238 IEEE C.

A Tabela 58 apresenta todos os dados de objetos do LTPP.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 191


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 58 – Dados dos objetos do LNGroupL::LTPP


LTPP
Nome do
M-O-C
dado do Common data class T Explanação
nds/ds
objeto
Descrições
NamPlt LPL Herdado do: DomainLN O / na
Estado da informação
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ClkPort CPS Estado da porta do relógio. M / na


ENS
Beh Herdado do: DomainLN M / na
(BehaviourModeKind)
Health ENS (HealthKind) Herdado do: DomainLN O / na
Controles
ENC
Mod Herdado do: DomainLN O / na
(BehaviourModeKind)
Ajustes
PortRef ORG Herdado do: PortBindingLN M / na
InRef ORG Herdado do: DomainLN Omulti / na

19.4.4 Semântica dos dados

A Tabela 59 apresenta todos os atributos definidos para as classes do pacote LogicalNodes_90_4.

Tabela 59 – Atributos definidos para as classes do pacote LogicalNodes_90_4 (continua)


Nome Tipo (Logical Node onde é utilizado) Descrição
(LPCP) Se “verdadeiro”, a porta está
AdminCfg SPG administrativamente ativa, caso contrário está
inativa.
(LTIMExt) Desvio (offset) alternativo de tempo (da
AltnOfsTms INS forma como carregado em AlternateTimeOffset),
de acordo a IEC 61588:2009, 6.3.3.4.
(LTIMEext) Nome alternativo de tempo (da forma
AltnTmNam VSS como carregado em AlternateTimeOffset), de
acordo a IEC 61588:2009, 16.3.3.4.
(LPCP) Se “verdadeiro”, a porta está configurada
AutoNgt SPS
para auto negociação
(LPCP) Se “verdadeiro”, a porta está configurada
AutoNgtCfg SPG
para auto negociação
(LCCF) Referente ao canal (LCCH) ao qual o filtro
ChRef ORG
pertence.

192 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 59 (continuação)
Nome Tipo (Logical Node onde é utilizado) Descrição
ClkPort CPS (LTPP) Estado da porta do relógio.
(LTPC) Referente à porta de sincronização “n”
ClkPortRef ORG
(instância LTPP).
(LTMExt) Referente ao relógio “n” (por exemplo,
instância LTPC), proporcionando a sincronização,
em ordem de preferência; isto corresponde ao
ClkRef ORG
‘TmSrcSet’ “n”. No presente momento, a única
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

fonte de tempo que possui seu modelo de Logical


Node é aquela especificada na IEC 61588.
(LTIMEExt) Atraso de tempo atual em relação ao
CurUtcOfsTms INS TAI (Temps Atomique International), de acordo
com a IEC 61588:2009, 8.2.4.2.
(LTIMEExt) Se “verdadeiro”, ‘CurUtcOfsTms’ é
CurUtcOfsVld SPS
válido, de acordo com a IEC 61588:2009, 8.2.4.3.
DftPortPrio ING (LCCF) Prioridade-padrão (default) da porta.
(LCCF) Identificação-padrão (default) da VLAN
DftPortVid ING
(VLAN ID).
(LPCP) Taxa de erro de frames nesta porta,
FerPort INS definida como a contagem de mensagens
incorretas para cada 1 000 mensagens recebidas
(LTPC) Estado do relógio grandmaster, de acordo
GmClkSt CGS
com a IEEE C.37.238
(LPCP) Se “verdadeiro”, ocorreu um estouro
de empilhamento (buffer overflow) no buffer de
entrada e informações importantes podem ter
sido perdidas. O estado volta para “falso” quando
InOv SPS
o buffer tiver retornado para operação normal.
Uma interrogação geral é recomendada ou
uma varredura de integridade (Integrity scan) é
iniciada automaticamente
(LTIMExt) Tamanho da próxima descontinuidade
JmpTms INS (jumpSeconds), de acordo com a
IEC 61588:2009, 16.3.3.5.
(LPHDExt) Se “verdadeiro”, o dispositivo físico
suporta o protocolo de descobrimento de camada
LdpEna SPG
de link (LLDP - Link Layer Discovery Protocol),
caso esteja habilitado.
(LTIMEExt) Indica se 1 s de compensação foi
introduzido e, em caso afirmativo (“yes”), se
Leap ENS (LeapSecondKind)
foi adicionado ou subtraído, de acordo com a
IEC 61588.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 193


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 59 (continuação)
Nome Tipo (Logical Node onde é utilizado) Descrição
(LPHDExt) Endereço do sistema de
gerenciamento local. Interpretação é apresentada
LocAddr VSS
em ‘LocAddrTyp’, de acordo com
a IEEE 802.1AB.
(LPHDExt) Tipo do endereço do sistema de
LocAddrTyp INS gerenciamento local ‘LocAddr’, de acordo com
a IEEE 802.1AB.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

(LPHDExt) Identificação do chassi local.


LocChsId VSS Interpretação é apresentada em ‘LocChsIdTyp’,
de acordo com a IEEE 802.1AB.
(LPHDExt) Tipo de identificação do chassi local
LocChsIdTyp INS
‘LocChsId’, de acordo com a IEEE 802.1AB.
(LPLD) Descrição textual da porta local, de
LocPortDesc VSS
acordo com a IEEE 802.1AB.
(LPLD) Identificador da porta local. Interpretação
LocPortId VSS é apresentada por meio de ‘LocPortIdTyp’, de
acordo com a IEEE 802.1AB.
(LPLD) Tipo de identificador da porta local
LocPortIdTyp INS
‘LocPortId’, de acordo com a IEEE 802.1AB.
(LBRI) Endereço MAC do switch, na forma de
MacAddr VSS
números hexadecimais separados por um “traço” (“-”).
(LPCP) Estado da unidade de acesso ao meio
Mau INS
(Medium access unit).
(LPCP) Valor correntemente suportado
MauCfg ING do ‘MauCfgCap’; válido somente se
‘AutoNegCfg’=falso.
(LPCP) Unidade de acesso ao meio suportada
(Supported Medium Access Unit - MAU) ajuste “n”.
O valor corresponde à posição do bit da lista do
MauCfgCap ING
tipo MAU em RFC 4836 (Network Working Group
- Request for Comments). Por exemplo, o valor 16
corresponde ao modo 100BASE-TX full duplex.
(LBRI) Referente à porta espelhada “n” (Instância
MirPortRef ORG
LPCP).
(LPCP) Dados nominais do Logical Node.
NOTA Este dado de objeto foi adicionado tempo-
rariamente porque este Logical Node não é oriundo
do DomainLN (o qual possui NamPlt), mas existe a
NamPlt LPL necessidade de especificar o dado de espaço do nome
(NamPlt.lnNs), no comprimento em que se encontra,
diferente de como apresentado na IEC 61850-7-4.
Tão logo este Logical Node tenha sido incorporado na
IEC 61850-7-4, este dado de objeto será removido.

194 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 59 (continuação)
Nome Tipo (Logical Node onde é utilizado) Descrição
(LTIMEExt) Segunda parte do transmissor de
tempo, quando a próxima descontinuidade irá
NxtJmpTms INS
ocorrer (timeOfNextJump), de acordo com a
IEC 61588:2009, 16.3.3.6.
(LTPC) Configuração do relógio comum (local),
OrdClkCfg COG
de acordo com a IEEE C37.238.
(LPCP) Se “verdadeiro”, ocorreu um estouro
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

de empilhamento (buffer overflow) no buffer de


saída e informações importantes podem ter sido
perdidas. O estado volta para “falso” quando
OutOv SPS
o buffer tiver retornado para operação normal.
Uma interrogação geral é recomendada ou
uma varredura de integridade (Integrity scan) é
iniciada automaticamente.
(LPCP) Reflete o estado do dispositivo físico
PhyHealth ENS (HealthKind) (Physical Device), relacionado com hardware e
software.
(LPCP) Dados nominais do dispositivo físico
PhyNam DPL
(Physical Device).
(LPCP) Endereço MAC da porta, na forma de
PortMac VSG
números hexadecimais separados por “traço” (“-”).
PortNam VSG (LPCP) Rótulo do terminal do dispositivo.
PortNum ING (LPCP) Número do terminal no dispositivo.
(LCCHExt) Referente à instância da porta LPCP
(Porta A, se pareada).
(LBRI) Referente à porta “n” do protocolo RSTP
PortRef ORG (instância LBSP – Port Spanning tree Protocol) à
qual o switch pertence.
(PortBindingLN) Referente à porta (instância
LPCP) à qual esta conexão se aplica.
ENG
RedCfg (LCCHExt) Protocolo de redundância de porta.
(ChannelRedundancyKind)
(LCCHExt) Identificação (ID) do caminho para a
RedPathId ING funcionalidade de RedBox ou QuadBox (aplicável
para os protocolos PRP ou HSR).
(LCCHExt) Referente à instância da porta LPCP
RedPortRef ORG
para porta redundante (Porta B, se pareada).
(LTIMExt) Se “verdadeiro”, a referência à
frequência é rastreável, isto é, pode ser utilizada
RefFqTrk SPS
para o protocolo 1PPS, de acordo com a
IEC 61588:2009, 8.2.4.7.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 195


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 59 (continuação)
Nome Tipo (Logical Node onde é utilizado) Descrição
(LTIMEExt) Se “verdadeiro”, a referência
RefTmTrk SPS de tempo é rastreável, de acordo com a
IEC 61588:2009, 8.2.4.6.
(LPLD) Endereço do sistema de gerenciamento
remoto. A interpretação é apresentada por
RemAddr VSS
meio do ‘RemAddrTyp’, de acordo com a
IEEE 802.1AB.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

(LPLD) Tipo do endereço do sistema de


RemAddrTyp INS gerenciamento remoto ‘RemAddr,’ de acordo com
a IEEE 802.1AB.
(LPLD) Identificador do chassi da porta remota.
RemChsId VSS Interpretação é apresentada por meio de
‘RemChsIdTyp’, de acordo com a IEEE 802.1AB.
(LPLD) Tipo do identificador do chassi da
RemChsIdTyp INS porta remota ‘RemChsId’, de acordo com a
IEEE 802.1AB.
(LPLD) Descrição textual da porta remota, de
RemPortDesc VSS
acordo com a IEEE 802.1AB.
(LPLD) Identificador da porta remota. A
RemPortId VSS interpretação é apresentada por meio de do
‘RemPortIdTyp’, de acordo com a IEEE 802.1AB.
(LPLD) Tipo de identificador da porta remota
RemPortIdTyp INS
‘RemPortId’, de acordo com a IEEE 802.1AB.
(LPLD) Descrição textual do nome do sistema, de
RemSysDesc VSS
acordo com a IEEE 802.1AB.
(LBRI) Se “verdadeiro”, o protocolo RSTP está
RstpEna SPG
habilitado.
RstpHelloTm ING (LBRI) Tempo de “alô / “hello”) (tipicamente em [s]).
(LBRI) Tempo máximo do RSTP (tipicamente
RstpMaxAgeTm ING em [s]). Pode ser aumentado, dependendo do
tamanho ou do porte da rede.
(LBFI) Ajuste da prioridade do switch, de acordo
RstpPrio ING
com a IEEE 802.1D
(LBRI) Se “verdadeiro”, este switch é um switch
RstpRoot SPS
do tipo “raiz” no protocolo “spanning tree”.
RstpSt ENS (RstpStateKind) (LBSP) Estado da porta no protocolo RSTP.
(LBRI) Número de alterações da topologia que
tenham ocorrido desde da última reinicialização
RstpTopoCnt INS do dispositivo e a estampa de tempo desde
o último evento registrado de alteração da
topologia, com base no relógio local do switch.

196 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 59 (conclusão)
Nome Tipo (Logical Node onde é utilizado) Descrição
(LBSP) Se “verdadeiro”, a porta está configurada
para participar do protocolo RSTP (faz parte do
RstpTrunk SPG
tronco), de outra forma, é uma porta terminal de
interconexão.
(LPCP) Quantidade de mensagens recebidas
RxCnt BCR
desde a última reinicialização.
(LBRI) Referente ao teste de porta (Instância
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

TestPortRef ORG
LPCP - Physical Communication Port).
(LTMSExt) Identifica a fonte do tempo em
TmSrcId INS ‘TmSrc’, de acordo com a IEC 61588:2009,
8.2.4.9.
(LPHDExt) Se “verdadeiro”, a temperatura
TmpAlm SPS
excedeu o ajuste do nível de alarme ‘TmpAlmSpt’.
(LPHDExt) Ajuste do nível de alarme da
TmpAlmSpt ASG
temperatura.
(LPCP) Quantidade de mensagens enviadas
TxCnt BCR
desde a última reinicialização.
(LCCF) Informação para o filtro “n” VLAN
suportado. Convém que haja pelo menos um
VlanFil VLN filtro de VLAN correspondente ao canal-padrão
(default) VLAN ID, mesmo se nenhuma VLAN for
utilizada.

19.4.5 Tipo de atributos de dados numerados

19.4.5.1 Generalidades

A subseção 19.4.5 contém definições explícitas dos tipos numerados utilizados nesta Norma.

19.4.5.2 Redundância de canais (Numeração ChannelRedundancyKind)

Tipos de redundância de canais.

A Tabela 60 apresenta todos os termos do ChannelRedundancyKind.

Tabela 60 – Termos da DOEnums_90_4::ChannelRedundancyKind


ChannelRedundancyKind
Termo Valor Descrição
None 1 Nenhuma porta redundante.
Protocolo de redundância em paralelo (PRP), com dois
Prp 2
canais operando em paralelo.
Redundância em paralelo com conexão, isto é, com
Hsr 3
transmissão de uma porta para outra.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 197


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

19.4.5.3 Numeração LeapSecondKind

Considerações sobre o “segundo de compensação”

A Tabela 61 apresenta todos os termos do LeapSecondKind.

Tabela 61 – Termos da DOEnums_90_4::LeapSecondKind


LeapSecondKind
Termo Valor Descrição
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

None 1 Sem segundo de compensação.


removeLeapSecond 2 O último minuto do dia possui duração de 59 s.
addLeapSecond 3 O último minuto do dia possui duração de 61 s.

19.4.5.4 Estado do protocolo RSTP (Numeração RstpStateKind)

Estados do protocolo RSTP.

A Tabela 62 apresenta todos os termos do RstpStateKind.

Tabela 62 – Termos da DOEnums_90_4::RstpStateKind


RstpStateKind
Termo Valor Descrição
disabled 1 A porta está desabilitada no STP, descartando o RSTP.
blocking 2 A porta está bloqueando o SPT, descartando o RSTP.
listening 3 A porta está ouvindo o STP, descartando o RSTP.
learning 4 A porta está aprendendo tanto o STP como o RSTP.
forwarding 5 A porta está encaminhando tanto o STP como o RSTP.
unknown 6 A porta está em estado não conhecido.

19.4.5.5 Pacote DetailedDiagram

19.4.5.5.1 Generalidades

A Figura 84 apresenta o diagrama de classe do DOEnums_90_4.

198 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 84 – Diagrama da classe do DetailedDiagram::DOEnums_90_4

19.4.6 Numerações na linguagem SCL

<EnumType id=“ChannelRedundancyKind”>
<EnumVal ord=“1”>none</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>prp</EnumVal>
<EnumVal ord=“3”>hsr</EnumVal>
</EnumType>
<EnumType id=“LeapSecondKind”>
<EnumVal ord=“1”>none</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>removeLeapSecond</EnumVal>
<EnumVal ord=“3”>addLeapSecond</EnumVal>
</EnumType>
<EnumType id=“RstpStateKind”>
<EnumVal ord=“1”>disabled</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>blocking</EnumVal>
<EnumVal ord=“3”>listening</EnumVal>
<EnumVal ord=“4”>learning</EnumVal>
<EnumVal ord=“5”>forwarding</EnumVal>
<EnumVal ord=“6”>unknown</EnumVal>
</EnumType>

19.4.7 Especificações de classes de dados comuns

19.4.7.1 Generalidades

Esta subseção é um local utilizado para a apresentação dos modelos de objetos até que estes sejam
movidos para a IEC 61850-7-3.

A Figura 85 apresenta o diagrama de classe CommonDataClasses_90_4.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 199


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Figura 85 – Diagrama da classe CommonDataClasses_90_4::CommonDataClasses_90_4

19.4.7.2 Especificações das classes de dados comuns para informações de estados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

19.4.7.2.1 Generalidades

Esta subseção é um local utilizado para a apresentação dos modelos de objetos até que estes sejam
movidos para a IEC 61850-7-3.

A Figura 86 apresenta o diagrama de classe CDCStatusInfo.

Figura 86 – Diagrama da classe CDCStatusInfo::CDCStatusInfo

200 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

19.4.7.2.2 Estado do relógio grandmaster (CGS)

Esta classe de dados comuns é utilizada para o modelamento do estado do relógio grandmaster, de
acordo com a IEC 61588 e a IEEE C37.238. Este modelamento reflete as configurações currentDS,
parentDS e timePropertiesDS da IEC 61588.

A Tabela 63 define a classe de dados comuns “clock grandmaster status”.

NOTA Legenda para abreviações indicadas nas Tabelas a seguir, de acordo com as definições indicadas
na IEC 61850-7-4: FC = Functional Constraints; ST = Status; M/O/C: Dado do objeto é: Mandatório/Opcional/
Condicional.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Tabela 63 – Definição da classe de dados comuns para o estado


do relógio grandmaster (CGS) (continua)
Nome
atribuído ao Tipo FC TrgOp (Valor/Faixa de valores) Descrição M/O/C
dado
Estado
Identificação do relógio master EUI-
parentClkId OCTET_STRING64 ST dchg 64, de acordo com a IEC 61588:2009, M
8.2.3.2.
Identidade do relógio grandmaster
gmClkId OCTET_STRING64 ST dchg EUI-64, de acordo com a M
IEC 61588:2009, 8.2.3.6.

(faixa=[0...255]) prioridade1 do relógio


gmClkPrio1 INT8U ST dchg grandmaster, de acordo com a M
IEC 61588:2009, 8.2.3.8.

(faixa=[0...255]) prioridade2 do relógio


gmClkPrio2 INT8U ST dchg grandmaster, de acordo com a M
IEC 61588:2009, 8.2.3.9.
Classe do relógio grandmaster,
gmClkClass INT8U ST dchg de acordo com a IEC 61588:2009, M
8.2.3.7.
Classe de precisão do relógio
gmClkAcc INT8U ST dchg grandmaster, de acordo com a M
IEC 61588:2009, 8.2.3.7.
Identificação curta do grandmaster,
gmShortId INT16U ST dchg de acordo com a IEEE C37.238, M
5.9.6.
Imprecisão de tempo grandmaster,
gmInacc INT32U ST dchg de acordo com a IEEE C37.238:2011, M
5.13.
Imprecisão de tempo da rede, de
netInacc INT32U ST dchg acordo com a IEEE C37.238:2011, M
5.13.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 201


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 63 (conclusão)
Nome
atribuído ao Tipo FC TrgOp (Valor/Faixa de valores) Descrição M/O/C
dado
Desvio do tempo UTC [s], de acordo
utcOffset INT32 ST dchg M
com a IEC 61588:2009, 8.2.4.2.
Se “verdadeiro”, o desvio do
utcOffsetVld BOOLEAN ST dchg UTC é válido, de acordo com a M
IEC 61588:2009, 8.2.4.2.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Quantidade de caminhos percorridos


entre o caminho do relógio atual e o
numPath INT8U ST dchg M
relógio grandmaster, de acordo com a
IEC 61588:2009, 8.2.2.2.
Desvio em relação ao tempo master
mstOffset INT64 ST dchg [ns], oriundo da IEC 61588:2009, M
8.2.2.3.
Atraso do caminho médio, oriundo da
meanPathDl INT64 ST dchg M
IEC 61588:2009, 8.2.2.4.
Fonte de tempo, de acordo com a
tmSrc INT8U ST dchg M
IEC 61588:2009, 8.2.4.9.
Configuração, descrição e extensão
VISIBLE_
d DC Herdado de: BasePrimitiveCDC O
STRING255
UNICODE_
dU DC Herdado de: BasePrimitiveCDC O
STRING255
VISIBLE_
cdcNs EX Herdado de: BasePrimitiveCDC MOcdcNs
STRING255
VISIBLE_
cdcName EX Herdado de: BasePrimitiveCDC MOcdcNs
STRING255
VISIBLE_
dataNs EX Herdado de: BasePrimitiveCDC MOdataNs
STRING255

19.4.7.2.3 Estado da porta do relógio (CPS)

Esta Classe de dados comuns é utilizada para o modelamento do estado da porta do relógio, de
acordo com a IEC 61588 e a IEEE C37.238.

A Tabela 64 define a classe de dados comuns “clock port status”.

202 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 64 – Definição da classe de dados comuns para o estado da porta do relógio (continua)
Estado da porta do relógio (CPS)
Nome
(Valor/Faixa de valores)
atribuído ao Tipo FC TrgOp M/O/C
Descrição
dado
Estado
Estado, de acordo com a
stVal INT8U ST dchg M
IEC 61588:2009, 8.2.5.3.1.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Identificação da porta “peer”


peerId OCTET_STRING64 ST dchg O
EUI-64.
Atraso do caminho
peerMpd INT64 ST dchg médio, de acordo com a M
IEC 61588:2009, 8.2.5.3.3.
Identificador da porta do
id OCTET_STRING64 ST dchg relógio, de acordo com a M
IEC 61588:2009, 8.2.5.2.1.
Número da porta do
num INT16U ST dchg relógio, de acordo com a M
IEC 61588:2009, 8.2.5.2.1.
Número da revisão,
revNum INT8U ST dchg de acordo com a M
IEC 61588:2009, 8.2.5.4.6.
Ajustes
Ajuste do intervalo de log de
logAnnIntvl INT8 SP dchg anúncio, de acordo com a M
IEC 61588:2009, 8.2.5.4.1.
Ajuste de tempo excedido
(timeout) de recebimento de
annRcvTimeout INT8U SP dchg M
anúncio, de acordo com a
IEC 61588:2009, 8.2.5.4.2.
Ajuste de intervalo de log
sincronizado, de acordo
logSynchIntvl INT8 SP dchg M
com a IEC 61588:2009,
8.2.5.4.3.
Ajuste de mecanismo de
dlMechanism INT8 SP dchg atraso, de acordo com a M
IEC 61588:2009, 8.2.5.4.4.
Ajuste do intervalo de
requisição do log de
logMpdReqIntvl INT8 SP dchg atraso (delay) do caminho M
mínimo, de acordo com a
IEC 61588:2009, 8.2.5.4.5.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 203


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 64 (conclusão)
Nome
(Valor/Faixa de valores)
atribuído ao Tipo FC TrgOp M/O/C
Descrição
dado
Se “verdadeiro”, ajuste
ena BOOLEAN SP dchg habilitado, de acordo com M
C37.238.
Ajuste da assimetria do
dlAsym INT64 SP dchg atraso, de acordo com M
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

C37.238.
Identificador do perfil, de
profileId INT8U SP dchg M
acordo com C37.238.
Identificador de VLAN
IEEE 802.1Q para utilização
em mensagens PTP de
saída, de acordo com
vlan INT16U SP dchg O
C37.238. Caso ‘vlan’=0
e ‘prio’=0, as mensagens
PTP não são tagueadas
(estampadas).
Prioridade IEEE 802.1Q
para utilização em
mensagens PTP de saída,
prio INT8U SP dchg de acordo com C37.238. O
Caso ‘vlan’=0 e ‘prio’=0, as
mensagens PTP não são
tagueadas (estampadas).
Configuração, descrição e extensão
VISIBLE_ Herdado de:
d DC O
STRING255 BasePrimitiveCDC
UNICODE_ Herdado de:
dU DC O
STRING255 BasePrimitiveCDC
VISIBLE_ Herdado de:
cdcNs EX MOcdcNs
STRING255 BasePrimitiveCDC
VISIBLE_ Herdado de:
cdcName EX MOcdcNs
STRING255 BasePrimitiveCDC
VISIBLE_ Herdado de:
dataNs EX MOdataNs
STRING255 BasePrimitiveCDC

19.4.7.3 Especificações de classes de dados comuns para ajustes de estado

19.4.7.3.1 Generalidades

Esta subseção é um local utilizado para a apresentação dos modelos de objetos até que estes sejam
movidos para a IEC 61850-7-3.

204 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

A Figura 87 apresenta o diagrama de classe CDCStatusSet.


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 87 – Diagrama da classe CDCStatusSet::CDCStatusSet

19.4.7.3.2 Ajustes de relógios comuns (COG - Clock ordinary settings)

Esta Classe de dados comuns é utilizada para o modelamento de configurações de relógio comum,
de acordo com a IEC 61588 e a IEEE C37.238. Este modelamento reflete as configurações defaultDS
da IEC 61588.

A Tabela 65 define a classe de dados comuns “clock ordinary settings”.

Tabela 65 – Definição da classe de dados comuns para ajustes de relógio comum (continua)
Ajustes de relógios comuns (COG)
Nome do
atributo do Tipo FC TrgOp (Valor/Faixa de valores) Descrição M/O/C
dado
Ajustes
Se “verdadeiro”, o relógio é do tipo
twoStep BOOLEAN SP dchg “dois passos” (two-step), de acordo M
com a IEC 61588:2009, 8.2.1.2.1.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 205


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 65 (continuação)
Ajustes de relógios comuns (COG)
Nome do
atributo do Tipo FC TrgOp (Valor/Faixa de valores) Descrição M/O/C
dado

(range=[1...255]) Quantidade de
portas de relógio neste dispositivo,
numPorts INT8U SP dchg de acordo com a IEC 61588:2009, M
8.2.1.2.3, com a exceção de que a
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

quantidade pode ser maior que 1.


Prioridade de relógio 1 (Clock
clkPrio1 INT8U SP dchg priority1), de acordo com a M
IEC 61588:2009, 8.2.1.4.1.
Prioridade de relógio 2 (Clock
clkPrio2 INT8U SP dchg priority2), de acordo com a M
IEC 61588:2009, 8.2.1.4.1.
Classe do relógio, de acordo com a
clkClass INT8U SP dchg M
IEC 61588:2009, 8.2.1.3.1.1.
Classe de precisão de tempo do
clkAcc INT8U SP dchg relógio, de acordo com 8.2.1.3.1.2 M
da IEC 61588:2009.
Domínio do tempo, de acordo com a
domainNum INT8U SP dchg M
IEC 61588:2009, 8.2.1.4.3.
Se “verdadeiro”, o relógio não pode
se tornar um relógio master, de
slaveOnly BOOLEAN SP dchg M
acordo com a IEC 61588:2009,
8.2.1.4.4.
Identificador curto do grandmaster,
gmShortId INT16U SP dchg M
de acordo com IEEE C37.238.
Imprecisão de tempo grandmaster
netInacc INT32U SP dchg da rede [ns], de acordo com O
IEEE C37.238.
Imprecisão de tempo da rede de
engInacc INT32U SP dchg engenharia [ns], de acordo com O
IEEE C37.238.
Contribuição local para a imprecisão
locInacc INT32U SP dchg de tempo da rede [ns], de acordo M
com IEEE C37.238.
Limite de desvio máximo (offset)
offsetMstLim INT32U SP dchg M
com relação ao master [ns].
Configuração, descrição e extensão
Identidade EUI-64 do relógio, em
clkId OCTET_STRING64 CF dchg M
formato binário.

206 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 65 (conclusão)
Ajustes de relógios comuns (COG)
Nome do
atributo do Tipo FC TrgOp (Valor/Faixa de valores) Descrição M/O/C
dado
d VISIBLE_STRING255 DC Herdado de: BasePrimitiveCDC O
UNICODE_
dU DC Herdado de: BasePrimitiveCDC O
STRING255
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

cdcNs VISIBLE_STRING255 EX Herdado de: BasePrimitiveCDC MOcdcNs


cdcName VISIBLE_STRING255 EX Herdado de: BasePrimitiveCDC MOcdcNs
dataNs VISIBLE_STRING255 EX Herdado de: BasePrimitiveCDC MOdataNs

19.4.7.3.3 Filtros de VLAN (VLN)

Esta classe de dados comuns é utilizada para o modelamento de um conjunto de endereços


multicast associados com uma VLAN, incluindo filtragem por tag e por prioridade. De acordo com
a IEEE 802.1Q, um filtro multicast pertence a uma VLAN mesmo se nenhuma VLAN for utilizada na
rede de comunicação (um canal-padrão (default) VLAN ID pode ser utilizado neste caso).

A Tabela 66 define a classe de dados comuns “vlan filters”.

Tabela 66 – Definição de classe de dados comuns para filtros de VLAN (continua)


VLN
Nome do
(Valor/Faixa de valores)
atributo do Tipo FC TrgOp M/O/C
Descrição
dado
Ajustes

(range=[0...4095]) Identificador
vid INT16U SP dchg M
da VLAN.
ARRAY of [0...
Matriz de endereços multicast
mcAddrFil maxMcAddr-1] of SP dchg O
relacionados à VLAN.
VISIBLE_STRING64
ENUMERATED
tagFil SP dchg Filtro de tagueamento da VLAN. M
(VlanTagKind)
Configuração, descrição e extensão

(range=[0...maxMcAddr-1])
numMcAddr INT16U CF dchg M
Tamanho atual de ‘mcAddrFil[]’.
Tamanho máximo suportado
maxMcAddr INT16U CF dchg M
para ‘mcAddrFil[]’.
d VISIBLE_STRING255 DC Herdado de: BasePrimitiveCDC O
dU UNICODE_STRING255 DC Herdado de: BasePrimitiveCDC O

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 207


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 66 (conclusão)
VLN
Nome do
(Valor/Faixa de valores)
atributo do Tipo FC TrgOp M/O/C
Descrição
dado
cdcNs VISIBLE_STRING255 EX Herdado de: BasePrimitiveCDC MOcdcNs
cdcName VISIBLE_STRING255 EX Herdado de: BasePrimitiveCDC MOcdcNs
dataNs VISIBLE_STRING255 EX Herdado de: BasePrimitiveCDC MOdataNs
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

19.4.8 Tipos enumerados

19.4.8.1 Generalidades

Esta subseção é um local utilizado para a apresentação dos modelos de objetos até que estes sejam
movidos para a IEC 61850-7-3.

19.4.8.2 Tagueamento da VLAN (Enumeração VlanTagKind)

Estado para o tagueamento da VLAN.

A Tabela 67 apresenta os termos da VlanTagKind.

Tabela 67 – Termos de DAEnums_90_4::VlanTagKind


VlanTagKind
Termo Valor Descrição
tagged 0 A porta encaminha com tag de VLAN.
untagged 1 A porta remove o tag da VLAN e encaminha os frames.
A porta não encaminha frames com aquela identificação
forbidden 2
VLAAN ID.

19.4.9 Enumerações na linguagem SCL

Esta subseção é um local utilizado para a apresentação dos modelos de objetos até que estes sejam
movidos para a IEC 61850-7-3.

<EnumType id=“VlanTagKind”>
<EnumVal ord=“0”>tagged</EnumVal>
<EnumVal ord=“1”>untagged</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>forbidden</EnumVal>
</EnumType>

208 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

19.5 Mapeamento de objetos de switch de acordo com o protocolo SNMP

19.5.1 Mapeamento de atributos de LLN0 e LPHD de acordo com o protocolo SNMP

A Tabela 68 apresenta a sugestão de um mapeamento de parâmetros RFC1213-MIB de acordo com


o protocolo SNMP para os dados de objetos do LLN0 e LPHD.

NOTA De acordo com a IEC 61850-7-4, o Logical Node “zero” (LLN0) é utilizado para indicar especificações
relacionadas com os Logical Devices. Por exemplo, o LLN0 contém informações comuns relacionadas aos
LD (Logical Device), como integridade (“health”), modo, beh (“behaviour”) e NamPlt (Nameplate do Logical Node).
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Tabela 68 – Mapeamento dos atributos de LLN0 e LPHD de acordo


com o protocolo SNMP (continua)
Acesso SNMP
Atributo de dados
Identificador do objeto no Protocolo SNMP (Leitura/
IEC 61850
Escrita)
Específico do vendedor
LLN0.NamPlt.vendor Leitura
Nome fixo do vendedor.
Específico do vendedor:
LLN0.NamPlt.swRev Versão de software do switch (firmware & sistema Leitura
operacional)
1.3.6.1.2.1.1.5:
LLN0.NamPlt.d Leitura/Escrita
(sysName).
LPHD.PhyNam. 1.3.6.1.2.1.1.2 (proveniente / derived):
Leitura
vendor (sysObjectID).
LPHD.PhyNam. Específico do vendedor
Leitura
serNum Número de série do switch, informado pelo fabricante.
1.3.6.1.2.1.1.1:
LPHD.PhyNam.model Leitura
(sysDescr).
LPHD.PhyNam. 1.3.6.1.2.1.1.6:
Leitura/Escrita
location (sysLocation).
Específico do vendedor
Informações básicas do dispositivo.
Tipo de atributo stVal é Enum
LPHD.PhyHealth. (INT8 no nível MMMS), de forma que uma
Leitura
stVal representação básica é apresentada a seguir:
1 = bom,
2 = alerta (perda de redundância),
3 = alarme.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 209


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 68 (conclusão)
Acesso SNMP
Atributo de dados
Identificador do objeto no Protocolo SNMP (Leitura/
IEC 61850
Escrita)
Específico do vendedor
Informação de estado de alimentação de força do
switch
LPHD.PwrSupAlm.
FALSO (0) = todas as fontes de alimentação Leitura
stVal
(redundantes) estão com boa integridade,
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

VERDADEIRO (1) = uma das fontes de alimentação


está em falha.
Específico do vendedor
Informação da temperatura do switch.
Alerta se a temperatura do dispositivo está fora
LPHD.TmpAlm.stVal da faixa de temperatura que o fabricante definiu Leitura
como adequada. O tipo de atributo de stVal é
boleano. FALSO (0) = temperatura dentro dos limites
adequados, VERDADEIRO (1) = temperatura fora dos
limites adequados.
NOTA 1 Somente foram mapeados aqui os atributos de dados mandatórios e opcionais mais importantes.
NOTA 2 Quando um atributo simples não puder ser mapeado do protocolo SNMP para os protocolos da
IEC 61850, uma descrição do dado de atributo específico do vendedor é apresentada.
NOTA 3 Uma “alteração de dado” necessita ser comunicada na forma de um disparo de evento e alerta do
protocolo SNMP para alerta nos protocolos da IEC 61850, tanto por meio de armadilhas (trap) no SNMP para
o gateway ou internamente, por meio de alarme integrado ao IEC 61850, dependendo do caso de aplicação.

19.5.2 Mapeamento de atributos LBRI de acordo com o protocolo SNMP para switches

A Tabela 69 apresenta uma sugestão de mapeamento de parâmetros SNMP BRIDGE-MIB para dados
de objeto do LBRI

Tabela 69 – Mapeamento de atributos LBRI e LBSP de acordo


com o SNMP para switches (continua)

Atributos de dados Acesso SNMP


Identificador do objeto no Protocolo SNMP
MMS (Leitura/Escrita)
1.3.6.1.2.1.17.1.1
LBRI.MacAddr.stVal Leitura
Endereço MAC do switch raiz designado
1.3.6.1.2.1.17.2.5 (valor proveniente/derivado)
Switch raiz designado
O atributo do dado stVal é do tipo boleano.
LBRI.RstpRoot.stVal Leitura
VERDADEIRO = o MAC do switch raiz é igual ao
endereço de gerenciamento MAC do switch.
FALSO = qualquer outro caso.

210 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 69 (conclusão)
Atributos de dados Acesso SNMP
Identificador do objeto no Protocolo SNMP
MMS (Leitura/Escrita)
1.3.6.1.2.1.17.2.2
LBRI.RstpPrio.stVal prioridade do switch-raiz, de acordo com a Leitura/Escrita
IEEE 802.1D.
LBRI.RstpTopoCnt. 1.3.6.1.2.1.17.2.4
Leitura
stVal Contador de alterações da topologia.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

LBRI.RstpTopoCnt.t Específico do vendedor (ver Nota de Rodapé 3). Leitura


1.3.6.1.2.1.17.2.15.1.3.x (x = número da porta)
LBSP.RstpSt.stVal Leitura
Estado Bridgeport (R)STP

19.5.3 Mapeamento de atributos LPCP de acordo com o protocolo SNMP para switches

A Tabela 70 apresenta uma sugestão de mapeamento de parâmetros SNMP MIB para dados de objeto
do LPCP.

Tabela 70 – Mapeamento de atributos LPCP de acordo com o protocolo


SNMP para switches
Atributos de Identificador do objeto (Object Identifier) no Acesso SNMP
dados MMS Protocolo SNMP (Leitura/Escrita)
1.3.6.1.2.1.2.2.1.20.x (x = número da porta)
Taxa de erro do frame.
LPCP.FerCh.stVal Leitura
(Contador de erro de pacote convertido em taxa de erro
de frame)
1.3.6.1.2.1.26.2.1.1.3.x.1 (x = número da porta)
LPCP.Mau.stVal Leitura
Valor de Bridgeport Duplex
LPCP.RxCnt. 1.3.6.1.2.1.2.2.1.11.x (Bridgeport Duplex) e
Leitura
actVal 1.3.6.1.2.1.2.2.1.12.x (valor proveniente)

LPCP.TxCnt. 1.3.6.1.2.1.2.2.1.17.x (x = número da porta) e


Leitura
actVal 1.3.6.1.2.1.2.2.1.18.x
LPCP.AdminCfg.
1.3.6.1.2.1.2.2.1.7.x (x = número da porta) Leitura/Escrita
stVal

3 Adicionalmente ao Contador de alteração de topologia Bridgeport e da estampa de tempo (LBRI.


TopoChgCnt.stVal e LBRI.TopoChgCnt.t): O OID 1.3.6.1.2.1.17.2.3 apresenta TimeTicks (em centésimos de
segundo), contado desde o evento da última modificação da topologia. De forma a apresentar uma estampa
de tempo no formato UTC, quando este DA (Data Attribute) é acessado, o tempo local do bridge necessita ser
subtraído do tempo decorrido, proporcionado pelo TimeTicks sob este OID. O resultado é a estampa de tempo
que é proporcionada por meio DO (Data Object) LBRI.TopoChgCnt.t.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 211


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

19.5.4 Mapeamento de atributos LPLD para switches SNMP

A Tabela 71 apresenta uma sugestão de mapeamento de parâmetros SNMP LLDP-MIB para dados
de objetos de LPLD.

Tabela 71 – Mapeamento de atributos LPLD de acordo com o SNMP para switches (continua)
Atributos de dados Acesso
SNMP OID (Object Identifier)
MMS SNMP
1.0.8802.1.1.2.1.4.1.1.8.x.y.z
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

(x=lldpRemTimeMark;
LPLD.RemPortDesc.stVal y=lldpRemLocalPortNum; Leitura
z=lldpRemIndex)
– ver LLDP-MIB::lldpRemTable para detalhes
1.0.8802.1.1.2.1.4.1.1.6.x.y.z
(x=lldpRemTimeMark;
LPLD.RemPortIdTyp.stVal y=lldpRemLocalPortNum; Leitura
z=lldpRemIndex)
– ver LLDP-MIB::lldpRemTable para detalhes
1.0.8802.1.1.2.1.4.1.1.7.x.y.z
(x=lldpRemTimeMark;
LPLD.RemPortId.stVal y=lldpRemLocalPortNum; Leitura
z=lldpRemIndex)
– ver LLDP-MIB::lldpRemTable para detalhes
1.0.8802.1.1.2.1.4.1.1.4.x.y.z
(x=lldpRemTimeMark;
LPLD.RemChsIdTyp.stVal y=lldpRemLocalPortNum; Leitura
z=lldpRemIndex)– ver LLDP-MIB::lldpRemTable para
detalhes
1.0.8802.1.1.2.1.4.1.1.5.x.y.z
(x=lldpRemTimeMark;
LPLD.RemChsId.stVal y=lldpRemLocalPortNum; Leitura
z=lldpRemIndex)
– ver LLDP-MIB::lldpRemTable para detalhes
1.0.8802.1.1.2.1.4.1.1.9.x.y.z
(x=lldpRemTimeMark;
LPLD.RemSysDesc.stVal y=lldpRemLocalPortNum; Leitura
z=lldpRemIndex)
– ver LLDP-MIB::lldpRemTable para detalhes

212 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 71 (conclusão)
Atributos de dados Acesso
SNMP OID (Object Identifier)
MMS SNMP
1.0.8802.1.1.2.1.4.2.1.1.v.w.x.y.z
(v=lldpRemTimeMark; w=lldpRemLocalPortNum;
LPLD.RemAddrTyp.stVal x=lldpRemIndex; y=lldpRemManAddrSubtype; Leitura
z=lldpRemManAddr)
– ver LLDP-MIB::lldpRemManAddrTable para detalhes
1.0.8802.1.1.2.1.4.2.1.2.v.w.x.y.z (v=lldpRemTimeMark;
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

w=lldpRemLocalPortNum; x=lldpRemIndex;
LPLD.RemAddr.stVal y=lldpRemManAddrSubtype; z=lldpRemManAddr) Leitura
– ver LLDP-MIB::lldpRemManAddrTable para detalhes

NOTA Em relação aos atributos de dados que são mapeados para variáveis do protocolo LLDP: Dados
LLDP de Sistemas Remotos e Endereços LLDP para gerenciamento remoto são ambas as tabelas que
contém os dados recebidos de nós adjacentes. Existem tantas entradas na tabela quanto a quantidade de
portas no dispositivo. Os dados mapeados a partir desta tabela para um LPLD em particular necessitam
serem alinhados com a PortNum de seu LPCP referenciado, isto é, PortNum da LPCP necessita ser o mesmo
da ldpRemLocalPortNum.

19.5.5 Mapeamento de link de entidade de redundância HSR/PRP de acordo com o SNMP

Os nós com protocolos HSR e PRP possuem duas portas e implantam uma funcionalidade reduzida
de um switch.

Na medida em que um switch normalmente é um dispositivo autossuficiente, com seu próprio


invólucro, fonte de alimentação, etc. (apesar da existência de variações de dispositivos embutidos),
LRE HSR/PRP são interfaces normalmente menos complexas que são integradas no interior de outros
dispositivos e em suas respectivas interfaces de gerenciamento.

Isto é refletido na especificação SNMP MIB das interfaces das LRE é descrito na IEC 62439-3.
A estrutura desta MIB se assemelha, de forma aproximada, àquela da IETF IF-MIB: Cada
LRE HSR/PRP em um dispositivo é adicionada à lista de interface da rede.

NOTA Mais informações sobre a IETF (Internet Engineering Task Force) estão disponíveis em
https://www.ietf.orghttps://www.ietf.org/

As portas HSR/PRP são mapeadas de acordo com a Tabela 72.

Tabela 72 – Mapeamento de atributos LCCH para SNMP para LRE dos tipos HSR/PRP (continua)
Acesso SNMP
Atributo de dados MMS SNNP OID (Object identifier)
(Leitura/Escrita)
1.0.62439.2.1.0.1.0.1.1.10.x
LCCH.ChLiv.stVal Leitura
(x = LRE number / redundantInterfaceIndex)
1.0.62439.2.1.0.1.0.1.1.11.x
LCCH.RedChLiv.stVal Leitura
(x = LRE number / redundantInterfaceIndex)

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 213


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 72 (conclusão)
Acesso SNMP
Atributo de dados MMS SNNP OID (Object identifier)
(Leitura/Escrita)
1.0.62439.2.1.1.1.0.1.1.8.x
LCCH.FerCh.stVal Leitura
(x = LRE number / redundantInterfaceIndex)
1.0.62439.2.1.1.1.0.1.1.9.x
LCCH.RedFerCh Leitura
(x = LRE number / redundantInterfaceIndex)
1.0.62439.2.1.1.1.0.1.1.6.x
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

LCCH.RxCnt.actVal Leitura
(x = LRE number / redundantInterfaceIndex)
1.0.62439.2.1.1.1.0.1.1.7.x
LCCH.RedRxCnt.actVal Leitura
(x = LRE number / redundantInterfaceIndex)
1.0.62439.2.1.1.1.0.1.1.2.x
LCCH.TxCnt.actVal Leitura
(x = LRE number / redundantInterfaceIndex)
1.0.62439.2.1.0.1.0.1.1.3.x
LCCH.RedCfg.stVal Leitura/Escrita
(x = LRE number / redundantInterfaceIndex)

NOTA 1 O OID da IEC 62439-3 é, neste momento, 1.0.62439.2.

NOTA 2 Para verificação de identificadores da IEC 62439-3, ver http://oidref.com/1.0.62439.

19.6 Mapeamento de objetos de relógio de acordo com a C37.238 SNMP MIB

A Tabela 73 apresenta a correspondência entre os objetos de relógios nos Logical Nodes da


IEC 61850, nos datasets da IEC 61588 e na IEEE C37.238 MIB.

Tabela 73 – Mapeamento de objetos de relógio nas IEC 61850, IEC 61588


e IEEE C37.238 (continua)
Seção da
Nome na Nome na
IEC 61588 Nome na IEC 61588
IEC 61850 IEEE C 37.238 MIB
ou C37.238
LN LTPC (OCG) 8.2.1.2 defaultDS ieeeC37238defaultDS
- 8.2.1.2.1 .twoStepFlag TwoStepFlag
OrdClkCfg.clkId 8.2.1.2.2 .clockIdentity ClkIdentity
OrdClkCfg.numPorts 8.2.1.2.3 .numberPorts NumberPorts
OrdClkCfg.clkClass 8.2.1.3.1.1 .clockQuality.clockClass ClkClass
OrdClkCfg.clkAcc 8.2.1.3.1.2 .clockQuality.clockAccuracy ClkAccuracy
8.2.1.3.1.3 .offsetScaledLogVariance OfsScdLogVar
OrdClkCfg.clkPrio1 8.2.1.4.1 .priority1 Priority1
OrdClkCfg.clkPrio2 8.2.1.4.2 .priority2 Priority2

214 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 73 (continuação)
Seção da
Nome na Nome na
IEC 61588 Nome na IEC 61588
IEC 61850 IEEE C 37.238 MIB
ou C37.238
OrdClkCfg.
8.2.1.4.3 .domainNumber DomainNumber
domainNum
OrdClkCfg.slaveOnly 8.2.1.4.4 .slaveOnly SlaveOnly
OrdClkCfg.
C:5.9.6 - GMIdentity
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

gmShortId
OrdClkCfg.netInacc C:5.12.2 - NetTimeInacc
OrdClkCfg.engInacc C:5.12.2 - EngTimeInacc
OrdClkCfg.locInacc C:5.13 - LocTimeInacc
OrdClkCfg.
C: 5.5.1 - OfstFrMLimit
offsetMstLim
8.2.2 currentDS ieeeC37238currentDS
GmClkSt.numPath 8.2.2.2 .stepsRemoved StepsRemoved
GmClkSt.mstOffset 8.2.2.3 .offsetFromMaster OfstFrMaster
GmClkSt.
8.2.2.4 .meanPathDelay -
meanPathDl
C: 5.13 - LocTimeInacc
LN LTPG 8.2.3 parentDS ieeeC37238parentDS
GmClkSt.parentClkId 8.2.3.2 .parentPortIdentity.clockIdentity ClkIdentity
8.2.3.2 .parentPortIdentity.portNumber PortNumber
8.2.3.3 .parentStats Stats
8.2.3.4 .observedParentOffsetScaledLogVariance ObsOfstScdLVar
8.2.3.5 .observedParentClockPhaseChangeRate ObsPhChgRate
GmClkSt.gmClkId 8.2.3.6 .grandmasterIdentity GMClkIdentity

GmClkSt. .grandmasterClockQuality
8.2.3.7 GMClkClass
gmClkClass .clockClass
.grandmasterClockQuality
GmClkSt.gmClkAcc 8.2.3.7 GMClkAccuracy
.clockAccuracy
.grandmasterClockQuality
8.2.3.7 GMOfstScdLVar
.offsetScaledLogVariance
GmClkSt.gmClkPrio1 8.2.3.8 .grandmasterPriority1 GMPriority1
GmClkSt.gmClkPrio2 8.2.3.9 .grandmasterPriority2 GMPriority2
GmClkSt.gmShortId C: 5.9.6 - GMIdentity
GmClkSt.gmInacc C: 5.12.2 - GMTimeInacc

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 215


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 73 (continuação)
Seção da
Nome na Nome na
IEC 61588 Nome na IEC 61588
IEC 61850 IEEE C 37.238 MIB
ou C37.238
GmClkSt.netInacc C: 5.12.2 - NetTimeInacc
LN LTIM 8.2.4 timePropertiesDS ieeeC37238timePropDS
CurUtcOfsTms 8.2.4.2 .currentUtcOffset CurUTCOfst
CurUtcOfsVld 8.2.4.3 .currentUtcOffsetValid CurUTCOfstVd
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Leap 8.2.4.4 .leap59 Leap59


Leap 8.2.4.5 .leap61 Leap61
RefTmTrk 8.2.4.6 .timeTraceable TmeTraceable
RefFqTrk 8.2.4.7 .frequencyTraceable FrqTraceable
8.2.4.8 .ptpTimeScale PTPTimescale
AltnOfsTms 16.3.3.4 TLV currentOffset LocalTCurOfs
JmpTms 16.3.3.5 TLV jumpSeconds LocalTJumpS
NxtJmpTms 16.3.3.6 TLV timeOfNextJump LocalTNtJump
AltnTmNam 16.3.3.7 TLV displayName LocalTName
LeapEvLatest
UTCOfstNext
LeapEvExpiry
LN LTMS 8.2.4 timePropertiesDS ieeeC37238PortDS
TmSrcId 8.2.4.9 .timeSource TimeSource
LN LTPP 8.2.5 portDS ieeeC37238PortDS
ClkPort.id 8.2.5.2.1 .portIdentity.clockIdentity ClkIdentity
ClkPort.num 8.2.5.2.1 .portIdentity.portNumber PortNumber
8.2.5.3.1 .portState PortState
8.2.5.3.2 .logMinDelayReqInterval unused
ClkPort.peerMpd 8.2.5.3.3 .peerMeanPathDelay MPathDly
ClkPort.logAnnIntvl 8.2.5.4.1 .logAnnounceInterval LogAnnounceInt
ClkPort.
8.2.5.4.2 .announceReceiptTimeout AnnounceRctTout
annRcvTimeout
ClkPort.logSyncIntvl 8.2.5.4.3 .logSyncInterval LogSyncInt
ClkPort.dlMechanism 8.2.5.4.4 .delayMech DelayMech
ClkPort.
8.2.5.4.5 .logMinPdelayInterval LogMinPdlyRInt
logMpdReqIntvl

216 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 73 (continuação)
Seção da
Nome na Nome na
IEC 61588 Nome na IEC 61588
IEC 61850 IEEE C 37.238 MIB
ou C37.238
ClkPort.revNum 8.2.5.4.6 .versionNumer VersionNumber
ClkPort.ena PortEnabled
ClkPort.dlAsym DlyAsymmetry
ClkPort.profileId ProfileId
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

NetProtocol
ClkPort.vlan - VlanId
ClkPort.prio - Priority
ClkPort.peerId -
N.A. 8.3.2 transparentClockDefaultDS ieeeC37238TCDefaultDS
8.3.2.2.1 clockIdentity ClkIdentity
8.3.2.2.2 numberPorts NumberPorts
8.3.2.3.1 delayMech DelayMech
8.3.2.3.2 primaryDomain PriDomain
Syntonize
C: 5.9.6 - CurGMaster
8.2.1.2.1 TwoStepFlag
GMIdentity GMIdentity
NetProtocol NetProtocol
VlanId VlanId
Priority Priority
GMTimeInacc
NetTimeInacc
LocTimeInacc
transparentClockPortDS ieeeC37238TCPortDS
8.3.3.2.1 .portIdentity.clockIdentity PortNumber
8.3.3.3.1 .logMinPdelayReqInterval LMinPdlyRInt
8.3.3.3.2 .faulty Faulty
8.3.3.3.3 .peerMeanPathDelay MeanPDly
DlyAsymm
ieeeC37238Events
ChangeOfMaster

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 217


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela 73 (conclusão)
Seção da
Nome na Nome na
IEC 61588 Nome na IEC 61588
IEC 61850 IEEE C 37.238 MIB
ou C37.238
MasterStepChange
FaultyState
PortStateChange
OfstExceedsLimit
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

OtherProfileDetect
LeapSecAnnounced
PTPServiceStarted
PTPServiceStopped

19.7 Descrição de leitura por máquina dos objetos switch

19.7.1 Método e exemplos

O modelo UML (Unified Modelling Language) e a definição do Logical Node correspondente são
convertidos para a forma a ser lida por máquina, de acordo com a IEC 61850-6.

A seguir três exemplos de arquivos do tipo ICD:

● definição de um switch com quatro portas;

● definição de um nó com suporte a PTP;

● Definição de uma RedBox com HSR.

19.7.2 Switch de quatro portas

O código a seguir descreve o arquivo ICD para um switch contendo quatro portas de comunicação,
como mostrado na Figura 88.

218 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 88 – Switch de quatro portas

O arquivo ICD especifica um template para os nós do switch de quatro portas, consistindo de:

● template do Logical Device com as quatro portas;

● templates para os tipos de Logical Nodes (por exemplo, “Switch_LBRI”);

● templates para os tipos de Data Objects (por exemplo, “Switch_Health_E”);

● template para os tipos de enumeração (por exemplo, ChannelRedundancyKind).

<?xml version=“1.0” encoding=“UTF-8”?>


<SCL xmlns=http://www.iec.ch/61850/2003/SCL
xmlns:xsi=“http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance” version=“2007” revision=“B”
xsi:schemaLocation=“http://www.iec.ch/61850/2003/SCL SCL.xsd”>
<Header id=“ICD of a bridge with four ports and no PTP support”>
<History>
<?xml version=“1.0” encoding=“UTF-8”?>

<SCL xmlns=“http://www.iec.ch/61850/2003/SCL” xmlns:xsi=“http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance”


version=“2007” revision=“B” xsi:schemaLocation=“http://www.iec.ch/61850/2003/SCL SCL.xsd”>
<Header id=“ICD of a bridge with four ports and no PTP support”>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 219


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<History>
<Hitem version=“1” revision=“A” when=“2013.03.20” what=“Initial version” who=“HK”/>
</History>
</Header>
<IED name=“TEMPLATE”>
<Services nameLength=“64”>
<DynAssociation/>
</Services>
<AccessPoint name=“S1”>
<Server>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<Authentication/>
<LDevice inst=“LD0”>
<LN0 lnClass=“LLN0” inst=““ lnType=“Switch_LLN0”/>
<LN lnClass=“LPHD” inst=“1” lnType=“Switch_LPHD”/>
<LN lnClass=“LBRI” inst=“1” lnType=“Switch_LBRI”>
<DOI name=“PortRef1”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LBSP1</Val>
</DAI>
</DOI>
<DOI name=“PortRef2”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LBSP2</Val>
</DAI>
</DOI>
<DOI name=“PortRef3”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LBSP3</Val>
</DAI>
</DOI>
<DOI name=“PortRef4”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LBSP4</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LCCH” inst=“1” lnType=“Switch_NoRedChannel_LCCH”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP1</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LCCH” inst=“2” lnType=“Switch_NoRedChannel_LCCH”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP2</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LCCH” inst=“3” lnType=“Switch_NoRedChannel_LCCH”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP3</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>

220 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<LN lnClass=“LCCH” inst=“4” lnType=“Switch_NoRedChannel_LCCH”>


<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP4</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LCCF” inst=“1” lnType=“Switch_LCCF”>
<DOI name=“ChRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LCCH1</Val>
</DAI>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LCCF” inst=“2” lnType=“Switch_LCCF”>
<DOI name=“ChRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LCCH2</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LCCF” inst=“3” lnType=“Switch_LCCF”>
<DOI name=“ChRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LCCH3</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LCCF” inst=“4” lnType=“Switch_LCCF”>
<DOI name=“ChRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LCCH4</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LBSP” inst=“1” lnType=“Switch_LBSP”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP1</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LBSP” inst=“2” lnType=“Switch_LBSP”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP2</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LBSP” inst=“3” lnType=“Switch_LBSP”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP3</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LBSP” inst=“4” lnType=“Switch_LBSP”>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 221


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP4</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPLD” inst=“1” lnType=“Switch_LPLD”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP1</Val>
</DAI>
</DOI>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

</LN>
<LN lnClass=“LPLD” inst=“2” lnType=“Switch_LPLD”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP2</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPLD” inst=“3” lnType=“Switch_LPLD”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP3</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPLD” inst=“4” lnType=“Switch_LPLD”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP4</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPCP” inst=“1” lnType=“Switch_LPCP”>
<DOI name=“PortNum”>
<DAI name=“setVal”>
<Val>1</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPCP” inst=“2” lnType=“Switch_LPCP”>
<DOI name=“PortNum”>
<DAI name=“setVal”>
<Val>2</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPCP” inst=“3” lnType=“Switch_LPCP”>
<DOI name=“PortNum”>
<DAI name=“setVal”>
<Val>3</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPCP” inst=“4” lnType=“Switch_LPCP”>
<DOI name=“PortNum”>

222 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<DAI name=“setVal”>
<Val>4</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
</LDevice>
</Server>
</AccessPoint>
</IED>
<DataTypeTemplates>
<LNodeType id=“Switch_LLN0” lnClass=“LLN0”>
<DO name=“NamPlt” type=“Switch_LPL_LLN0”/>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<DO name=“Beh” type=“Switch_Beh_ENS”/>


<DO name=“Health” type=“Switch_Health_ENS”/>
<DO name=“Mod” type=“Switch_Mod_ENC”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“Switch_LPHD” lnClass=“LPHD”>
<DO name=“PhyNam” type=“Switch_DPL”/>
<DO name=“PhyHealth” type=“Switch_Health_ENS”/>
<DO name=“Proxy” type=“Switch_SPS”/>
<DO name=“LocChsIdTyp” type=“Switch_INS_90-4_DS”/>
<DO name=“LocChsId” type=“Switch_VSS_90-4_DS”/>
<DO name=“LocAddrTyp” type=“Switch_INS_90-4_DS”/>
<DO name=“LocAddr” type=“Switch_VSS_90-4_DS”/>
<DO name=“LdpEna” type=“Switch_SPG_90-4_DS”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“Switch_LBRI” lnClass=“LBRI”>
<DO name=“NamPlt” type=“Switch_LPL_90-4”/>
<DO name=“RstpRoot” type=“Switch_SPS_90-4”/>
<DO name=“Beh” type=“Switch_Beh_ENS_90-4”/>
<DO name=“PortRef1” type=“Switch_ORG_90-4”/>
<DO name=“PortRef2” type=“Switch_ORG_90-4”/>
<DO name=“PortRef3” type=“Switch_ORG_90-4”/>
<DO name=“PortRef4” type=“Switch_ORG_90-4”/>
<DO name=“RstpPrio” type=“Switch_LBRI_Default_ING_90-4”/>
<DO name=“RstpEna” type=“Switch_LBRI_Default_SPG_90-4”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“Switch_NoRedChannel_LCCH” lnClass=“LCCH”>
<DO name=“ChLiv” type=“Switch_SPS”/>
<DO name=“Beh” type=“Switch_Beh_ENS”/>
<DO name=“PortRef” type=“Switch_ORG_90-4_DS”/>
<DO name=“RedCfg” type=“Switch_RedCfg_None_ENG_90-4_DS”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“Switch_LCCF” lnClass=“LCCF”>
<DO name=“NamPlt” type=“Switch_LPL_90-4”/>
<DO name=“Beh” type=“Switch_Beh_ENS_90-4”/>
<DO name=“ChRef” type=“Switch_ORG_90-4”/>
<DO name=“DftPortVid” type=“Switch_LCCF_DefaultVid_ING_90-4”/>
<DO name=“DftPortPrio” type=“Switch_LCCF_DefaultPrio_ING_90-4”/>
<DO name=“VlanFil1” type=“Switch_VLN”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“Switch_LBSP” lnClass=“LBSP”>
<DO name=“NamPlt” type=“Switch_LPL_90-4”/>
<DO name=“Beh” type=“Switch_Beh_ENS_90-4”/>
<DO name=“RstpTrunk” type=“Switch_SPG_90-4”/>
<DO name=“PortRef” type=“Switch_ORG_90-4”/>
</LNodeType>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 223


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<LNodeType id=“Switch_LPLD” lnClass=“LPLD”>


<DO name=“NamPlt” type=“Switch_LPL_90-4”/>
<DO name=“RemPortDesc” type=“Switch_VSS_90-4”/>
<DO name=“LocPortDesc” type=“Switch_VSS_90-4”/>
<DO name=“RemPortIdTyp” type=“Switch_INS_90-4”/>
<DO name=“LocPortIdTyp” type=“Switch_INS_90-4”/>
<DO name=“RemPortId” type=“Switch_VSS_90-4”/>
<DO name=“LocPortId” type=“Switch_VSS_90-4”/>
<DO name=“RemChsIdTyp” type=“Switch_INS_90-4”/>
<DO name=“RemChsId” type=“Switch_VSS_90-4”/>
<DO name=“RemSysDesc” type=“Switch_VSS_90-4”/>
<DO name=“RemAddrTyp” type=“Switch_INS_90-4”/>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<DO name=“RemAddr” type=“Switch_VSS_90-4”/>


<DO name=“Beh” type=“Switch_Beh_ENS_90-4”/>
<DO name=“PortRef” type=“Switch_ORG_90-4”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“Switch_LPCP” lnClass=“LPCP”>
<DO name=“NamPlt” type=“Switch_LPL_90-4”/>
<DO name=“PhyNam” type=“Switch_DPL_90-4”/>
<DO name=“PhyHealth” type=“Switch_Health_ENS_90-4”/>
<DO name=“AutoNgt” type=“Switch_SPS_90-4”/>
<DO name=“Mau” type=“Switch_INS_90-4”/>
<DO name=“PortNum” type=“Switch_ING_90-4”/>
<DO name=“AutoNgtCfg” type=“Switch_SPG_90-4”/>
<DO name=“MauCfg” type=“Switch_MauCfg_ING_100MFD_90-4”/>
<DO name=“MauCfgCap1” type=“Switch_MauCfg_ING_100MHD_90-4”/>
<DO name=“MauCfgCap2” type=“Switch_MauCfg_ING_100MFD_90-4”/>
<DO name=“AdminCfg” type=“Switch_LPCP_AdminCfg_SPG_90-4”/>
</LNodeType>
<DOType id=“Switch_LPL_LLN0” cdc=“LPL”>
<DA name=“vendor” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“swRev” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“configRev” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“ldNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_LPL_90-4” cdc=“LPL”>
<DA name=“vendor” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“swRev” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“configRev” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“lnNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>LPL</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_Beh_ENS” cdc=“ENS”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“BehaviourModeKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
</DOType>
<DOType id=“Switch_Beh_ENS_90-4” cdc=“ENS”>

224 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“BehaviourModeKind” fc=“ST” dchg=“true”/>


<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ENS</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_Health_ENS” cdc=“ENS”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“HealthKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>


<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
</DOType>
<DOType id=“Switch_Health_ENS_90-4” cdc=“ENS”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“HealthKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ENS</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_Mod_ENC” cdc=“ENC”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“BehaviourModeKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“ctlModel” bType=“Enum” type=“CtlModelKind” fc=“CF” dchg=“true”/>
</DOType>
<DOType id=“Switch_DPL” cdc=“DPL”>
<DA name=“vendor” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
</DOType>
<DOType id=“Switch_DPL_90-4” cdc=“DPL”>
<DA name=“vendor” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>DPL</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_SPS” cdc=“SPS”>
<DA name=“stVal” bType=“BOOLEAN” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
</DOType>
<DOType id=“Switch_SPS_90-4” cdc=“SPS”>
<DA name=“stVal” bType=“BOOLEAN” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 225


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<Val>SPS</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_ORG_90-4_DS” cdc=“ORG”>
<DA name=“setSrcRef” bType=“ObjRef” fc=“EX”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ORG</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_ORG_90-4” cdc=“ORG”>
<DA name=“setSrcRef” bType=“ObjRef” fc=“EX”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ORG</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_RedCfg_None_ENG_90-4_DS” cdc=“ENG”>
<DA name=“setVal” bType=“Enum” type=“ChannelRedundancyKind” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>1</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ENS</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_INS_90-4” cdc=“INS”>
<DA name=“stVal” bType=“INT32” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>INS</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_INS_90-4_DS” cdc=“INS”>
<DA name=“stVal” bType=“INT32” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>

226 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<Val>INS</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_VSS_90-4” cdc=“VSS”>
<DA name=“stVal” bType=“VisString255” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>VSS</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_VSS_90-4_DS” cdc=“VSS”>
<DA name=“stVal” bType=“VisString255” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>VSS</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_SPG_90-4” cdc=“SPG”>
<DA name=“setVal” bType=“BOOLEAN” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>SPG</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_SPG_90-4_DS” cdc=“SPG”>
<DA name=“setVal” bType=“BOOLEAN” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>SPG</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_LBRI_Default_SPG_90-4” cdc=“SPG”>
<DA name=“setVal” bType=“BOOLEAN” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>true</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 227


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>SPG</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_LPCP_AdminCfg_SPG_90-4” cdc=“SPG”>
<DA name=“setVal” bType=“BOOLEAN” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>true</Val>
</DA>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>


<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>SPG</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_LBRI_Default_ING_90-4” cdc=“ING”>
<DA name=“setVal” bType=“INT32” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>0</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ING</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_ING_90-4” cdc=“ING”>
<DA name=“setVal” bType=“INT32” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ING</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_MauCfg_ING_100MHD_90-4” cdc=“ING”>
<DA name=“setVal” bType=“INT32” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>10</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ING</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_MauCfg_ING_100MFD_90-4” cdc=“ING”>
<DA name=“setVal” bType=“INT32” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>11</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ING</Val>

228 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_LCCF_DefaultVid_ING_90-4” cdc=“ING”>
<DA name=“setVal” bType=“INT32” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>1</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ING</Val>
</DA>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

</DOType>
<DOType id=“Switch_LCCF_DefaultPrio_ING_90-4” cdc=“ING”>
<DA name=“setVal” bType=“INT32” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>0</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ING</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Switch_VLN” cdc=“VLN”>
<DA name=“vid” bType=“INT16U” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>1</Val>
</DA>
<DA name=“tagFil” bType=“Enum” type=“VlanTagKind” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>1</Val>
</DA>
<DA name=“numMcAddr” bType=“INT16U” fc=“CF” dchg=“true”>
<Val>0</Val>
</DA>
<DA name=“maxMcAddr” bType=“INT16U” fc=“CF” dchg=“true”>
<Val>255</Val>
</DA>
</DOType>
<EnumType id=“BehaviourModeKind”>
<EnumVal ord=“1”>on</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>blocked</EnumVal>
<EnumVal ord=“3”>test</EnumVal>
<EnumVal ord=“4”>test/blocked</EnumVal>
<EnumVal ord=“5”>off</EnumVal>
</EnumType>
<EnumType id=“HealthKind”>
<EnumVal ord=“1”>Ok</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>Warning</EnumVal>
<EnumVal ord=“3”>Alarm</EnumVal>
</EnumType>
<EnumType id=“CtlModelKind”>
<EnumVal ord=“0”>status-only</EnumVal>
</EnumType>
<EnumType id=“ChannelRedundancyKind”>
<EnumVal ord=“1”>none</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>prp</EnumVal>
<EnumVal ord=“3”>hsr</EnumVal>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 229


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

</EnumType>
<EnumType id=“VlanTagKind”>
<EnumVal ord=“0”>tagged</EnumVal>
<EnumVal ord=“1”>untagged</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>forbidden</EnumVal>
</EnumType>
</DataTypeTemplates>
</SCL>

19.7.3 IED simples com PTP


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

O código seguinte descreve o arquivo ICD para um IED simples, com PTP, mas sem suporte a LLDP,
como mostrado na Figura 89.

Figura 89 – IED simples com PTP, mas sem suporte a LLDP

<?xml version=“1.0” encoding=“UTF-8”?>


<SCL xmlns=“http://www.iec.ch/61850/2003/SCL”
xmlns:xsi=“http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance” version=“2007” revision=“B”
xsi:schemaLocation=“http://www.iec.ch/61850/2003/SCL SCL.xsd”>
<Header id=“ICD of an IED with PTP but no LLDP support”>
<History>
<Hitem version=“1” revision=“A” when=“2013.03.20” what=“Initial version”
who=“HK”/>
</History>
</Header>
<IED name=“TEMPLATE”>
<Services nameLength=“64”>

230 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<DynAssociation/>
</Services>
<AccessPoint name=“S1”>
<Server>
<Authentication/>
<LDevice inst=“LD0”>
<LN0 lnClass=“LLN0” inst=““ lnType=“Node_with_PTP_LLN0”/>
<LN lnClass=“LPHD” inst=“1” lnType=“Node_with_PTP_LPHD”/>
<LN lnClass=“LTIM” inst=“1” lnType=“Node_with_PTP_LTIM”/>
<LN lnClass=“LTMS” inst=“1” lnType=“Node_with_PTP_LTMS”>
<DOI name=“ClkRef1”>
<DAI name =“setSrcRef”>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<Val>@LD0/LTPC1</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LTPC” inst=“1” lnType=“Node_with_PTP_LTPC”>
<DOI name=“ClkPortRef1”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LTPP1</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LCCH” inst=“1”
lnType=“Node_with_PTP_NoRedChannel_LCCH”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP1</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LTPP” inst=“1” lnType=“Node_with_PTP_LTPP”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP1</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPCP” inst=“1” lnType=“Node_with_PTP_LPCP”>
<DOI name=“PortNum”>
<DAI name=“setVal”>
<Val>1</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
</LDevice>
</Server>
</AccessPoint>
</IED>
<DataTypeTemplates>
<LNodeType id=“Node_with_PTP_LLN0” lnClass=“LLN0”>
<DO name=“NamPlt” type=“Node_with_PTP_LPL_LLN0”/>
<DO name=“Beh” type=“Node_with_PTP_Beh_ENS”/>
<DO name=“Health” type=“Node_with_PTP_Health_ENS”/>
<DO name=“Mod” type=“Node_with_PTP_Mod_ENC”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“Node_with_PTP_LPHD” lnClass=“LPHD”>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 231


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<DO name=“PhyNam” type=“Node_with_PTP_DPL”/>


<DO name=“PhyHealth” type=“Node_with_PTP_Health_ENS”/>
<DO name=“Proxy” type=“Node_with_PTP_SPS”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“Node_with_PTP_NoRedChannel_LCCH” lnClass=“LCCH”>
<DO name=“ChLiv” type=“Node_with_PTP_SPS”/>
<DO name=“Beh” type=“Node_with_PTP_Beh_ENS”/>
<DO name=“PortRef” type=“Node_with_PTP_ORG_90-4_DS”/>
<DO name=“RedCfg” type=“Node_with_PTP_RedCfg_None_ENG_90-4_DS”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“Node_with_PTP_LTIM” lnClass=“LTIM”>
<DO name=“CurUtcOfsTms” type=“Node_with_PTP_INS_90-4_DS”/>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<DO name=“CurUtcOfsVld” type=“Node_with_PTP_SPS_90-4_DS”/>


<DO name=“RefTmTrk” type=“Node_with_PTP_SPS_90-4_DS”/>
<DO name=“RefFqTrk” type=“Node_with_PTP_SPS_90-4_DS”/>
<DO name=“Leap” type=“Node_with_PTP_LeapSecond_ENS_90-4_DS”/>
<DO name=“AltnOfsTms” type=“Node_with_PTP_INS_90-4_DS”/>
<DO name=“AltnTmNam” type=“Node_with_PTP_VSS_90-4_DS”/>
<DO name=“JmpTms” type=“Node_with_PTP_INS_90-4_DS”/>
<DO name=“NxtJmpTms” type=“Node_with_PTP_INS_90-4_DS”/>
<DO name=“TmDT” type=“Node_with_PTP_SPS”/>
<DO name=“Beh” type=“Node_with_PTP_Beh_ENS”/>
<DO name=“TmOfsTmm” type=“Node_with_PTP_ING”/>
<DO name=“TmUseDT” type=“Node_with_PTP_SPG”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“Node_with_PTP_LTMS” lnClass=“LTMS”>
<DO name=“TmSrcId” type=“Node_with_PTP_INS_90-4_DS”/>
<DO name=“TmSrc” type=“Node_with_PTP_VSS”/>
<DO name=“Beh” type=“Node_with_PTP_Beh_ENS”/>
<DO name=“ClkRef1” type=“Node_with_PTP_ORG_90-4_DS”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“Node_with_PTP_LTPC” lnClass=“LTPC”>
<DO name=“NamPlt” type=“Node_with_PTP_LPL_90-4”/>
<DO name=“GmClkSt” type=“Node_with_PTP_CGS”/>
<DO name=“Beh” type=“Node_with_PTP_Beh_ENS_90-4”/>
<DO name=“OrdClkCfg” type=“Node_with_PTP_COG”/>
<DO name=“ClkPortRef1” type=“Node_with_PTP_ORG_90-4”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“Node_with_PTP_LTPP” lnClass=“LTPP”>
<DO name=“NamPlt” type=“Node_with_PTP_LPL_90-4”/>
<DO name=“ClkPort” type=“Node_with_PTP_CPS”/>
<DO name=“Beh” type=“Node_with_PTP_Beh_ENS_90-4”/>
<DO name=“PortRef” type=“Node_with_PTP_ORG_90-4”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“Node_with_PTP_LPCP” lnClass=“LPCP”>
<DO name=“NamPlt” type=“Node_with_PTP_LPL_90-4”/>
<DO name=“PhyNam” type=“Node_with_PTP_DPL_90-4”/>
<DO name=“PhyHealth” type=“Node_with_PTP_Health_ENS_90-4”/>
<DO name=“AutoNgt” type=“Node_with_PTP_SPS_90-4”/>
<DO name=“Mau” type=“Node_with_PTP_INS_90-4”/>
<DO name=“PortNum” type=“Node_with_PTP_ING_90-4”/>
<DO name=“AutoNgtCfg” type=“Node_with_PTP_SPG_90-4”/>
<DO name=“MauCfg” type=“Node_with_PTP_MauCfg_ING_100MFD_90-4”/>
<DO name=“MauCfgCap1” type=“Node_with_PTP_MauCfg_ING_100MFD_90-4”/>
<DO name=“AdminCfg” type=“Node_with_PTP_AdminCfg_SPG_90-4”/>
</LNodeType>
<DOType id=“Node_with_PTP_LPL_LLN0” cdc=“LPL”>

232 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<DA name=“vendor” bType=“VisString255” fc=“DC”/>


<DA name=“swRev” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“configRev” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“ldNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_LPL_90-4” cdc=“LPL”>
<DA name=“vendor” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“swRev” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“configRev” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“lnNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>LPL</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_Beh_ENS” cdc=“ENS”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“BehaviourModeKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_Beh_ENS_90-4” cdc=“ENS”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“BehaviourModeKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ENS</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_Health_ENS” cdc=“ENS”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“HealthKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_Health_ENS_90-4” cdc=“ENS”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“HealthKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ENS</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_Mod_ENC” cdc=“ENC”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“BehaviourModeKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 233


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<DA name=“ctlModel” bType=“Enum” type=“CtlModelKind” fc=“CF” dchg=“true”/>


</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_DPL” cdc=“DPL”>
<DA name=“vendor” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_DPL_90-4” cdc=“DPL”>
<DA name=“vendor” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>DPL</Val>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_SPS” cdc=“SPS”>
<DA name=“stVal” bType=“BOOLEAN” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_SPS_90-4” cdc=“SPS”>
<DA name=“stVal” bType=“BOOLEAN” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>SPS</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_SPS_90-4_DS” cdc=“SPS”>
<DA name=“stVal” bType=“BOOLEAN” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>SPS</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_ORG_90-4_DS” cdc=“ORG”>
<DA name=“setSrcRef” bType=“ObjRef” fc=“EX”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ORG</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_ORG_90-4” cdc=“ORG”>

234 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<DA name=“setSrcRef” bType=“ObjRef” fc=“EX”/>


<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ORG</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_RedCfg_None_ENG_90-4_DS” cdc=“ENG”>
<DA name=“setVal” bType=“Enum” type=“ChannelRedundancyKind” fc=“SP” dchg=“
<Val>1</Val>
</DA>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>


<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ENG</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_LeapSecond_ENS_90-4_DS” cdc=“ENS”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“LeapSecondKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ENS</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_ING” cdc=“ING”>
<DA name=“setVal” bType=“INT32” fc=“SP” dchg=“true”/>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_ING_90-4” cdc=“ING”>
<DA name=“setVal” bType=“INT32” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ING</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_MauCfg_ING_100MFD_90-4” cdc=“ING”>
<DA name=“setVal” bType=“INT32” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>11</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ING</Val>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 235


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_INS_90-4” cdc=“INS”>
<DA name=“stVal” bType=“INT32” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>INS</Val>
</DA>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_INS_90-4_DS” cdc=“INS”>
<DA name=“stVal” bType=“INT32” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>INS</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_VSS” cdc=“VSS”>
<DA name=“stVal” bType=“VisString255” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_VSS_90-4_DS” cdc=“VSS”>
<DA name=“stVal” bType=“VisString255” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>VSS</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_SPG” cdc=“SPG”>
<DA name=“setVal” bType=“BOOLEAN” fc=“SP” dchg=“true”/>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_SPG_90-4” cdc=“SPG”>
<DA name=“setVal” bType=“BOOLEAN” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>SPG</Val>
</DA>

236 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_CGS” cdc=“CGS”>
<DA name=“parentClkId” bType=“Octet64” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“gmClkId” bType=“Octet64” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“gmClkPrio1” bType=“INT8U” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“gmClkPrio2” bType=“INT8U” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“gmClkClass” bType=“INT8U” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“gmClkAcc” bType=“INT8U” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“gmShortId” bType=“INT16U” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“gmInacc” bType=“INT32U” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“netInacc” bType=“INT32U” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“utcOffset” bType=“INT32” fc=“ST” dchg=“true”/>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<DA name=“utcOffsetVld” bType=“BOOLEAN” fc=“ST” dchg=“true”/>


<DA name=“numPath” bType=“INT8U” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“mstOffset” bType=“INT64” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“meanPathDl” bType=“INT64” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“tmSrc” bType=“INT8U” fc=“ST” dchg=“true”/>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_COG” cdc=“COG”>
<DA name=“twoStep” bType=“BOOLEAN” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“numPorts” bType=“INT8U” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“clkPrio1” bType=“INT8U” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“clkPrio2” bType=“INT8U” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“clkClass” bType=“INT8U” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“clkAcc” bType=“INT8U” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“domainNum” bType=“INT8U” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“slaveOnly” bType=“BOOLEAN” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“gmShortId” bType=“INT16U” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“netInacc” bType=“INT32U” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“engInacc” bType=“INT32U” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“locInacc” bType=“INT32U” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“offsetMstLim” bType=“INT32U” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“clkId” bType=“Octet64” fc=“CF” dchg=“true”/>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_CPS” cdc=“CPS”>
<DA name=“stVal” bType=“INT8U” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“peerMpd” bType=“INT64” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“id” bType=“Octet64” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“num” bType=“INT16U” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“revNum” bType=“INT8U” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“logAnnIntvl” bType=“INT8” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“annRcvTimeout” bType=“INT8U” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“logSynchIntvl” bType=“INT8” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“dlMechanism” bType=“INT8” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“logMpdReqIntvl” bType=“INT8” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“ena” bType=“BOOLEAN” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“dlAsym” bType=“INT64” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“profileId” bType=“INT8U” fc=“SP” dchg=“true”/>
</DOType>
<DOType id=“Node_with_PTP_AdminCfg_SPG_90-4” cdc=“SPG”>
<DA name=“setVal” bType=“BOOLEAN” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>true</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 237


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<Val>SPG</Val>
</DA>
</DOType>
<EnumType id=“BehaviourModeKind”>
<EnumVal ord=“1”>on</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>blocked</EnumVal>
<EnumVal ord=“3”>test</EnumVal>
<EnumVal ord=“4”>test/blocked</EnumVal>
<EnumVal ord=“5”>off</EnumVal>
</EnumType>
<EnumType id=“HealthKind”>
<EnumVal ord=“1”>Ok</EnumVal>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<EnumVal ord=“2”>Warning</EnumVal>
<EnumVal ord=“3”>Alarm</EnumVal>
</EnumType>
<EnumType id=“CtlModelKind”>
<EnumVal ord=“0”>status-only</EnumVal>
</EnumType>
<EnumType id=“ChannelRedundancyKind”>
<EnumVal ord=“1”>none</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>prp</EnumVal>
<EnumVal ord=“3”>hsr</EnumVal>
</EnumType>
<EnumType id=“LeapSecondKind”>
<EnumVal ord=“1”>none</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>removeLeapSecond</EnumVal>
<EnumVal ord=“3”>addLeapSecond</EnumVal>
</EnumType>
</DataTypeTemplates>
</SCL>

19.7.4 RedBox com HSR

O código seguinte descreve o arquivo ICD para um RedBox sem função de reconfiguração RSTP,
como mostrado na Figura 90.

238 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura 90 – RedBox com LLDP, mas sem PTP

<?xml version=“1.0” encoding=“UTF-8”?>


<SCL xmlns=“http://www.iec.ch/61850/2003/SCL” xmlns:xsi=“http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance”
version=“2007” revision=“B” xsi:schemaLocation=“http://www.iec.ch/61850/2003/SCL SCL.xsd”>
<Header id=“ICD of a HSR RedBox with LLDP but no PTP support”>
<History>
<Hitem version=“1” revision=“A” when=“2013.03.20” what=“Initial version” who=“HK”/>
</History>
</Header>
<IED name=“TEMPLATE”>
<Services nameLength=“64”>
<DynAssociation/>
</Services>
<AccessPoint name=“S1”>
<Server>
<Authentication/>
<LDevice inst=“LD0”>
<LN0 lnClass=“LLN0” inst=““ lnType=“RedBox_LLN0”/>
<LN lnClass=“LPHD” inst=“1” lnType=“RedBox_LPHD”/>
<LN lnClass=“LCCH” inst=“1” lnType=“RedBox_RedChannel_LCCH”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP1</Val>
</DAI>
</DOI>
<DOI name=“RedPortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP2</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 239


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<LN lnClass=“LCCH” inst=“2” lnType=“RedBox_NoRedChannel_LCCH”>


<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP3</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPLD” inst=“1” lnType=“RedBox_LPLD”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP1</Val>
</DAI>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPLD” inst=“2” lnType=“RedBox_LPLD”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP2</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPLD” inst=“3” lnType=“RedBox_LPLD”>
<DOI name=“PortRef”>
<DAI name =“setSrcRef”>
<Val>@LD0/LPCP3</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPCP” inst=“1” lnType=“RedBox_LPCP”>
<DOI name=“PortNum”>
<DAI name=“setVal”>
<Val>1</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPCP” inst=“2” lnType=“RedBox_LPCP”>
<DOI name=“PortNum”>
<DAI name=“setVal”>
<Val>2</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
<LN lnClass=“LPCP” inst=“3” lnType=“RedBox_LPCP”>
<DOI name=“PortNum”>
<DAI name=“setVal”>
<Val>3</Val>
</DAI>
</DOI>
</LN>
</LDevice>
</Server>
</AccessPoint>
</IED>
<DataTypeTemplates>
<LNodeType id=“RedBox_LLN0” lnClass=“LLN0”>
<DO name=“NamPlt” type=“RedBox_LPL_LLN0”/>
<DO name=“Beh” type=“RedBox_Beh_ENS”/>

240 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<DO name=“Health” type=“RedBox_Health_ENS”/>


<DO name=“Mod” type=“RedBox_Mod_ENC”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“RedBox_LPHD” lnClass=“LPHD”>
<DO name=“PhyNam” type=“RedBox_DPL”/>
<DO name=“PhyHealth” type=“RedBox_Health_ENS”/>
<DO name=“Proxy” type=“RedBox_SPS”/>
<DO name=“LocChsIdTyp” type=“RedBox_INS_90-4_DS”/>
<DO name=“LocChsId” type=“RedBox_VSS_90-4_DS”/>
<DO name=“LocAddrTyp” type=“RedBox_INS_90-4_DS”/>
<DO name=“LocAddr” type=“RedBox_VSS_90-4_DS”/>
<DO name=“LdpEna” type=“RedBox_SPG_90-4_DS”/>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

</LNodeType>
<LNodeType id=“RedBox_RedChannel_LCCH” lnClass=“LCCH”>
<DO name=“ChLiv” type=“RedBox_SPS”/>
<DO name=“RedChLiv” type=“RedBox_SPS”/>
<DO name=“Beh” type=“RedBox_Beh_ENS”/>
<DO name=“PortRef” type=“RedBox_ORG_90-4_DS”/>
<DO name=“RedPortRef” type=“RedBox_ORG_90-4_DS”/>
<DO name=“RedCfg” type=“RedBox_RedCfg_HSR_ENG_90-4_DS”/>
<DO name=“RedPathId” type=“RedBox_ING_90-4_DS”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“RedBox_NoRedChannel_LCCH” lnClass=“LCCH”>
<DO name=“ChLiv” type=“RedBox_SPS”/>
<DO name=“Beh” type=“RedBox_Beh_ENS”/>
<DO name=“PortRef” type=“RedBox_ORG_90-4_DS”/>
<DO name=“RedCfg” type=“RedBox_RedCfg_None_ENG_90-4_DS”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“RedBox_LPLD” lnClass=“LPLD”>
<DO name=“NamPlt” type=“RedBox_LPL_90-4”/>
<DO name=“RemPortDesc” type=“RedBox_VSS_90-4”/>
<DO name=“LocPortDesc” type=“RedBox_VSS_90-4”/>
<DO name=“RemPortIdTyp” type=“RedBox_INS_90-4”/>
<DO name=“LocPortIdTyp” type=“RedBox_INS_90-4”/>
<DO name=“RemPortId” type=“RedBox_VSS_90-4”/>
<DO name=“LocPortId” type=“RedBox_VSS_90-4”/>
<DO name=“RemChsIdTyp” type=“RedBox_INS_90-4”/>
<DO name=“RemChsId” type=“RedBox_VSS_90-4”/>
<DO name=“RemSysDesc” type=“RedBox_VSS_90-4”/>
<DO name=“RemAddrTyp” type=“RedBox_INS_90-4”/>
<DO name=“RemAddr” type=“RedBox_VSS_90-4”/>
<DO name=“Beh” type=“RedBox_Beh_ENS_90-4”/>
<DO name=“PortRef” type=“RedBox_ORG_90-4”/>
</LNodeType>
<LNodeType id=“RedBox_LPCP” lnClass=“LPCP”>
<DO name=“NamPlt” type=“RedBox_LPL_90-4”/>
<DO name=“PhyNam” type=“RedBox_DPL_90-4”/>
<DO name=“PhyHealth” type=“RedBox_Health_ENS_90-4”/>
<DO name=“AutoNgt” type=“RedBox_SPS_90-4”/>
<DO name=“Mau” type=“RedBox_INS_90-4”/>
<DO name=“PortNum” type=“RedBox_ING_90-4”/>
<DO name=“AutoNgtCfg” type=“RedBox_SPG_90-4”/>
<DO name=“MauCfg” type=“RedBox_MauCfg_ING_100MFD_90-4”/>
<DO name=“MauCfgCap1” type=“RedBox_MauCfg_ING_100MFD_90-4”/>
<DO name=“AdminCfg” type=“RedBox_AdminCfg_SPG_90-4”/>
</LNodeType>
<DOType id=“RedBox_LPL_LLN0” cdc=“LPL”>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 241


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<DA name=“vendor” bType=“VisString255” fc=“DC”/>


<DA name=“swRev” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“configRev” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“ldNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_LPL_90-4” cdc=“LPL”>
<DA name=“vendor” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“swRev” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“configRev” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“lnNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>LPL</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_Beh_ENS” cdc=“ENS”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“BehaviourModeKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_Beh_ENS_90-4” cdc=“ENS”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“BehaviourModeKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ENS</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_Health_ENS” cdc=“ENS”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“HealthKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_Health_ENS_90-4” cdc=“ENS”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“HealthKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ENS</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_Mod_ENC” cdc=“ENC”>
<DA name=“stVal” bType=“Enum” type=“BehaviourModeKind” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>

242 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<DA name=“ctlModel” bType=“Enum” type=“CtlModelKind” fc=“CF” dchg=“true”/>


</DOType>
<DOType id=“RedBox_DPL” cdc=“DPL”>
<DA name=“vendor” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_DPL_90-4” cdc=“DPL”>
<DA name=“vendor” bType=“VisString255” fc=“DC”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>DPL</Val>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_SPS” cdc=“SPS”>
<DA name=“stVal” bType=“BOOLEAN” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_SPS_90-4” cdc=“SPS”>
<DA name=“stVal” bType=“BOOLEAN” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>SPS</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_ORG_90-4_DS” cdc=“ORG”>
<DA name=“setSrcRef” bType=“ObjRef” fc=“EX”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ORG</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_ORG_90-4” cdc=“ORG”>
<DA name=“setSrcRef” bType=“ObjRef” fc=“EX”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ORG</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_RedCfg_None_ENG_90-4_DS” cdc=“ENG”>
<DA name=“setVal” bType=“Enum” type=“ChannelRedundancyKind” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>1</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 243


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ENS</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_RedCfg_HSR_ENG_90-4_DS” cdc=“ENG”>
<DA name=“setVal” bType=“Enum” type=“ChannelRedundancyKind” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>3</Val>
</DA>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>


<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ENS</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_ING_90-4_DS” cdc=“ING”>
<DA name=“setVal” bType=“INT32” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ING</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_ING_90-4” cdc=“ING”>
<DA name=“setVal” bType=“INT32” fc=“SP” dchg=“true”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>ING</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_INS_90-4” cdc=“INS”>
<DA name=“stVal” bType=“INT32” fc=“ST” dchg=“true”/>
<DA name=“q” bType=“Quality” fc=“ST” qchg=“true”/>
<DA name=“t” bType=“Timestamp” fc=“ST”/>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>INS</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_MauCfg_ING_100MFD_90-4” cdc=“ING”>
<DA name=“setVal” bType=“INT32” fc=“SP” dchg=“true”>
<Val>11</Val>

244 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

<DA name=“setVal” bType=“BOOLEAN” fc=“SP” dchg=“true”/>


<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>SPG</Val>
</DA>
<DA name=“dataNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>(Tr)IEC 61850-90-4:2012</Val>
</DA>
</DOType>
<DOType id=“RedBox_AdminCfg_SPG_90-4” cdc=“SPG”>
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

<DA name=“setVal” bType=“BOOLEAN” fc=“SP” dchg=“true”>


<Val>true</Val>
</DA>
<DA name=“cdcNs” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>IEC 61850-7-4:2007</Val>
</DA>
<DA name=“cdcName” bType=“VisString255” fc=“EX”>
<Val>SPG</Val>
</DA>
</DOType>
<EnumType id=“BehaviourModeKind”>
<EnumVal ord=“1”>on</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>blocked</EnumVal>
<EnumVal ord=“3”>test</EnumVal>
<EnumVal ord=“4”>test/blocked</EnumVal>
<EnumVal ord=“5”>off</EnumVal>
</EnumType>
<EnumType id=“HealthKind”>
<EnumVal ord=“1”>Ok</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>Warning</EnumVal>
<EnumVal ord=“3”>Alarm</EnumVal>
</EnumType>
<EnumType id=“CtlModelKind”>
<EnumVal ord=“0”>status-only</EnumVal>
</EnumType>
<EnumType id=“ChannelRedundancyKind”>
<EnumVal ord=“1”>none</EnumVal>
<EnumVal ord=“2”>prp</EnumVal>
<EnumVal ord=“3”>hsr</EnumVal>
</EnumType>
</DataTypeTemplates>
</SCL>

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 245


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Anexo A
(informativo)

Estudo de caso – Configuração de barramento de processo


para sistema de proteção de barramento

A.1 Generalidades
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

A.1.1 Barramento de processo para proteção de barramento de força

O barramento de processo para um sistema de proteção de barra é projetado de acordo com o tráfego
de dados. Os parâmetros-chave são a largura de banda de dados requerida e o tempo de atraso
da transmissão de dados dentro do barramento de processo que são calculados para um arranjo
particular de subestação.

Esse é um caso especial de grandes subestações, porque as merging units individuais que atendem
a cada um dos bays da subestação enviam os valores medidos sobre o barramento de processo para
o sistema de proteção de barra. Portanto, existem vários nós gerando tráfego intenso no barramento.

Os seguintes estudos de caso consideram o tráfego de dados e o tempo de atraso de transmissão, os


quais afetam a configuração do barramento de processo e o desempenho do sistema de proteção de
barra. Soluções potenciais para a configuração do barramento de processo são apresentadas como
resultado destes estudos de caso.

A.1.2 Precondições para os estudos de caso

As precondições para os estudos de caso consideram os parâmetros:

● Quando há aplicação de HSR, multicast e IEC 61850-9-2 LE.

● Taxa de amostragem: 80 amostras por ciclo.

● Um barramento de processo em anel é implantado para cada zona de proteção, especialmente:

— um anel para cada bay de linha para a proteção de linha;

— um anel para cada transformador para proteção do transformador;

— um anel de estação abrangente para a proteção de barra.

● Dois QuadBoxes (QB) são aplicados para fazer a ponte entre dois anéis HSR para melhorar
a redundância, conforme recomendado na IEC 62439-3.

● Cada merging unit (MU) transmite um frame de dados amostrados de 180 octetos (Ix4, Vx4) de
dados para uma proteção de barra.

● Tráfego de dados para um frame de dados: 7 Mbit/s (180 octetos, 80 amostras por período,
60 Hz).

246 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● Tempo de atraso: um salto.

● 100 Mbit/s, store-and-forward, dados de 180 octetos: 30 μs.

● 1 Gbit/s, store-and-forward, dados de 180 octetos: 3 μs.

● Dados de 100 Mbit/s, cut-through, 180 octetos: 20 μs.

● Dados de 1 Gbit/s, cut-through, 180 octetos: 2 μs.

Os dados dentro do anel que não são utilizados pela proteção de barra não são considerados.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

O exemplo da configuração do barramento de processo é baseado nas precondições apresentadas


na Figura A.1.

Figura A.1 – Precondições para o barramento de processo do exemplo de configuração

A.1.3 Estudos de caso

Os estudos de caso consideram o modelo de duas subestações de grande porte:

● Caso 1: 56 bays (46 alimentadores, 4 transformadores, 2 disjuntores de transferência e 4 seções


de barra)

● Caso 2: 100 bays (92 alimentadores, 4 transformadores, 2 disjuntores de transferência e 2 seções


de barra)

Os parâmetros para o Caso 1 e Caso 2 são:

● Velocidade de transmissão: {100 Mbit/s, 1 Gbit/s}

● Método de encaminhamento de dados no IED: {store-and-forward, cut-through}

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 247


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Para estes oito estudos de casos, a Tabela A.1 apresenta o tráfego de dados e o atraso esperado de
transmissão de dados para o barramento de processo que atende ao sistema de proteção de barra
para cada caso.

Tabela A.1 – Resumo dos tempos de atraso esperados


Velocidade de Método de Tráfego Atraso de Atraso de
Número
Caso transmissão encaminhamento de dados transmissão transmissão
de bays
Mbit/s de dados Mbit/s (média, ms) (max, ms)
1.a 56 100 Store-and-forward 784 1,6 3,2
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

1.b 56 1 000 Store-and-forward 784 0,2 0,3


1.c 56 100 Cut-through 784 1,1 2,1
1.d 56 1 000 Cut-through 784 0,1 0,2
2.a 100 100 Store-and-forward 1 400 3,0 5,9
2.b 100 1 000 Store-and-forward 1 400 0,3 0,6
2.c 100 100 Cut-through 1 400 2,0 3,9
2.d 100 1 000 Cut-through 1 400 0,2 0,4

O tráfego de dados dos dados amostrados para o sistema de proteção de barra é de 784 Mbit/s
e 1 400 Mbit/s para as subestações com 56 bays e 100 bays, respectivamente. Este tráfego de dados
é intenso e afeta a carga do processamento e da comunicação da LAN para todos os IED.

O tempo de atraso da transmissão de dados também é relativamente elevado e não é desprezível


do ponto de vista do desempenho da proteção. Consequentemente, isto afeta o desempenho da
proteção de barra.

De acordo com os resultados dos estudos de caso, uma configuração de barramento de processo
para um sistema de proteção de barra baseado em condições prévias pode não ser realizada para
uma subestação de grande porte a partir da perspectiva de desempenho e, portanto, é necessário
considerar soluções alternativas para configuração e desempenho do barramento de processo.

A.1.4 Cálculos para o esquema do estudo de caso 1-a

Os cálculos para o Caso 1-a são dados como um exemplo para todos os outros na Tabela A.1.

Número de nós no anel = (Número de QB) + (Número de MU) + (Número de relés de barra)

= (46 Alimentadores × 2 + 4 Transformadores × 2) + (2 disjuntores de transferência + 4 seções


de barra) + (1 relé de barra)

= 107

Tráfego de dados = (Número de bays) × (Tráfego de dados por bay) × 2 (ver Nota)

= 56 bays × 7 Mbit/s × 2

= 784 Mbit/s

NOTA O tráfego geral de dados é duplicado porque cada frame de dados é enviado em ambas as direções
no anel HSR.

248 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tempo médio de atraso na transmissão de dados

= (Tempo de atraso de um salto) × (número de nós no anel) / 2

= 30 μs × 107 / 2 = 1,6 ms

Tempo máximo de atraso da transmissão de dados no caso de falha de um dos caminhos de


comunicação:

= (Tempo de atraso de um salto) × (Número de nós no anel)


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

= 30 μs × 107

= 3,2 ms

A.1.5 Soluções potenciais

As soluções potenciais são:

● quantidade de dados reduzida;

● aumentar a velocidade de transmissão;

● controle de tráfego;

● repartição da rede.

A.2 Reduzindo a quantidade de dados

A.2.1 Redução da taxa de amostragem

Reduzir a quantidade de dados diminuindo a taxa de amostragem é uma solução muito eficaz. No
momento, 80 amostras por ciclo é a taxa de amostragem padrão para funções de proteção, no entanto,
taxas de amostragem mais baixas são possíveis quando isso não afetar o desempenho da proteção.
Também é possível empacotar mais de um ASDU em um frame SV, reduzindo a sobrecarga da rede.
Além disso, os quadros podem ser encurtados reduzindo o tamanho dos elementos, especialmente
no cabeçalho. Os PI que medem somente uma fase causam uma sobrecarga maior da rede, pois
transmitem um valor medido por frame em vez de três ou sete valores medidos.

A.2.2 Velocidade de transmissão mais elevada

Pelo menos 1 Gbit/s de velocidade de transmissão é requerido de acordo com os resultados dos
estudos de caso. No futuro, são esperados 10 Gbit/s ou velocidades de transmissão mais elevadas,
o que possibilita futuras melhorias no desempenho.

A.2.3 Controle de tráfego

Existem algumas técnicas de controle de tráfego disponíveis no momento, como a filtragem por VLAN.
Estas técnicas também são consideradas como uma das soluções potenciais.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 249


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

A.2.4 Dividindo a rede

A divisão física da rede do barramento de processo do sistema de proteção de barra é uma das
soluções que podem ser utilizadas para reduzir o tráfego de dados. No entanto, convém que a filosofia
de divisão seja baseada em zonas de proteção, desempenho e confiabilidade.

A.2.5 Conclusões

Os estudos de caso são apresentados de acordo com o tráfego de dados e o tempo de atraso de
transmissão de dados, que afetam a configuração do barramento de processo, baseado em HSR,
relacionado a um sistema de proteção de barra para uma subestação de grande porte. Além disso,
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

soluções potenciais são propostas para reduzir o tráfego de dados e melhorar o desempenho, como
reduzir a quantidade de dados, aumentar a velocidade de transmissão, controlar o tráfego e particionar
a rede. É recomendado que o projeto da configuração do barramento de processo para um sistema de
proteção de barra seja realizado considerando os resultados obtidos com estes estudos de caso e as
soluções potenciais apresentadas, especialmente para subestações de grande porte.

250 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Anexo B
(informativo)

Estudo de caso – Topologias simples


(Transener/Transba, Argentina)

B.1 Arquitetura e topologia para Transba – Subestações de 132 kV


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Transba opera o sistema de 132 kV da Província de Buenos Aires. A maioria de suas subestações são
de 132/33/13,2 kV. No nível de tensão de 132 kV, a proteção das linhas de transmissão é implementada
por meio de funções de “proteção de distância” como principal e “proteção de sobrecorrente” como
retaguarda, ou “proteção diferencial” como principal e “proteção de distância” como retaguarda,
dependendo do tipo da linha a ser protegida.

A Figura B.1 mostra o primeiro desenvolvimento de uma arquitetura de SAS (Sistema de Automação
de Subestações), no qual Transba ainda usava UTR (Unidades Terminais Remotas) como unidade de
estação e IED separados para funções de proteção e controle. Nesta primeira implementação, dois
sistemas de automação foram usados em paralelo, nomeados como “legado” UTR utilizando DNP 3.0
e o novo SAS compatível com IEC 61850 que adquire a informação de controle.

A topologia é baseada em um único anel óptico de fibra que conecta todas switches gerenciáveis no
nível de estação e de bay. No nível de bay, existem dois switches conectados com os IED de proteção
em uma topologia em estrela por meio de cabos de cobre.

No nível de estação, há somente um switch “principal”, na qual o gateway e o console de operação


local da subestação são conectados. O gateway é denominado “Unidade de Estação” (UE).

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 251


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura B.1 – Primeira rede de automação de subestação Transba com base em Ethernet
As novas implementações de SAS são totalmente compatíveis com a IEC 61850, portanto todas
as comunicações na LAN são feitas por meio da IEC 61850. A UTR foi substituída pela Unidade de
Estação com funções de gateway para estar apta a comunicar com o centro de controle utilizando
protocolo DNP 3.0.

A topologia adotada para o SAS, conforme ilustrado na Figura B.2, é baseada em vários anéis
correspondendo a diferentes níveis de tensão. Cada anel possui seus próprios switches, unidades
de bay e IED de forma a permitir que funções de proteção e controle sejam fisicamente separadas
em diferentes dispositivos. Em um futuro próximo, o objetivo é de se utilizar apenas IED com funções
de controle e proteção em um único dispositivo. As medições são realizadas por meio de medidores
conectadas à LAN.

252 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura B.2 – Arquitetura SAS Transba

B.2 Arquitetura e topologia Transener – Subestações de 500 kV


Transener (Companhia de Transporte de Energia Elétrica em Alta-Tensão – Transener SA) opera
o sistema de 500 kV da Argentina. A arquitetura e a topologia mostradas na Figura B.3 foram
o primeiro desenvolvimento de uma arquitetura LAN Ethernet em uma subestação de 500 kV, mesmo
não tendo sido totalmente compatível com a IEC 61850. Este é um exemplo de diferentes tecnologias
combinadas.

A arquitetura foi ainda baseada em UTR. O protocolo utilizado foi DNP3.0 sobre TCP/IP. A rede conecta
IED, servidores SCADA, e servidores seriais (RS 485/Ethernet) com o Gateway. A rede também
fornece comunicação ponto a ponto entre os IED do quiosque.

Todos os switches instalados em diferentes quiosques são conectados em uma topologia em anel de
1 Gbit/s, fibras ópticas multimodo 50/125 por razões de largura de banda e de atenuações.

Em cada quiosque, dois switches modulares gerenciáveis são implantados, cada um com uma porta
Ethernet para cada IED (relé digital) pertencendo ao sistema de proteção primário e secundário
(retaguarda). Desta forma, no quiosque, a topologia é dupla estrela.

Várias VLANS são implantadas. Uma VLAN é exclusivamente para IED de proteção e a de controle
é conectada em outra VLAN.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 253


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Os IED (rele digital de proteção) possuem portas fisicamente redundantes, com funcionalidade “hot-
stand-by”, isto é, eles possuem um único endereço IP e as portas operam uma por vez, como porta
“primária” e como porta “secundária”.

A rede pode suportar a falha de qualquer componente, em particular um switch, uma porta de IED
(relé digital), ou a conexão entre IED e switch, sem perda de funcionalidade. É atingida redundância
de grau 1.

A sincronização de tempo é feita por meio de dois GPS via SNTP.


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura B.3 – Rede Transener para automação de subestações

B.3 Arquitetura SAS Transener – Esperanza


A Figura B. 4 mostra a primeira arquitetura SAS implantada no nível de 500 kV em uma subestação
de 500/220/132 kV. Os critérios arquitetônicos também foram alterados em 500 kV, adotando uma
arquitetura completa IEC 61850 no SAS.

A topologia adotada é também baseada em múltiplos anéis como pode ser verificado na Figura B.3.
Dependendo das funcionalidades das portas dos IED, os anéis são compostos por um ou mais IED.
Na topologia da Figura B.4, os anéis consistem de vários IED, cada um atuando como um switch entre
suas portas.

254 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Diferentes IED são utilizados para as funções de proteção e de controle.

As medições são adquiridas com medidores de classe 0,2 devido a requisitos do Operador Nacional
do Sistema para o Centro de Controle Nacional da Argentina (COC – CAMESA), que consideram
a classe dos medidores instalados.

B.4 Arquitetura SAS Transener – El Morejón


A Figura B.5 apresenta um tipo diferente de arquitetura de subestação de 500/220/33KV baseada em
uma topologia na qual múltiplos anéis suportam apenas um único IED. Os anéis são implantados por
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

meio de dois diferentes switches conforme a topologia mostrada na Figura 81.

A Figura B.6 apresenta em detalhes a topologia de um quiosque de 500 kV e a Figura B.7 de um


quiosque de 33 kV. O quiosque de 220 kV é similar ao quiosque de 500 kV.

A nova arquitetura a ser adotada para subestações de 500 kV terá topologia similar, mas os IED
combinam funções de proteção e controle, em vez de ter IED separados para funções de proteção
e controle. Entretanto, os IED são duplicados para se obter uma maior disponibilidade.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 255


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura B.4 – Arquitetura SAS Transener – ET Esperanza

256 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura B.5 – Arquitetura Transener 500 kV – El Morejón

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 257


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura B.6 – Topologia de um quiosque de 500 kV

258 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura B.7 – Topologia de um quiosque de 33 kV

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 259


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Anexo C
(informativo)

Estudo de caso – Barramento de processo IEC 61850


(Powerlink, Austrália)

C.1 Aspectos normativos


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Este exemplo de engenharia de uma rede de dados para aplicação em subestação IEC 61850 típica
destaca requisitos característicos e explica as decisões de implementação, que em alguns casos se
desviam destas diretrizes de engenharia.

O tempo verbal no presente é utilizado também para expressar um requisito de projeto, de forma a
diferenciar este requisito de projeto de um requisito normativo (“deve”), ou de uma recomendação
normativa (“convém que”).

C.2 Arranjo e topologias da subestação

C.2.1 Subestação de referência: 275 kV/132 kV (alta-tensão/média tensão)

A subestação de referência consiste de uma parte de alta-tensão (275 kV) em configuração de 1 ½


disjuntor e uma parte de média tensão (132 kV) com uma topologia de barramento dobrado (ver a
Figura C.1).

Os dispositivos de controle e proteção são conectados a cada disjuntor. Para proteger esses
equipamentos, as funções de controle e proteção são executadas por dois IED redundantes, X
(Principal 1) e Y (Principal 2). É fundamental que as proteções redundantes não estejam inoperantes
ao mesmo tempo. Isto deve ser assegurado por um projeto sem ponto único de falha e um curto tempo
de reparo suportado por supervisão extensiva.

A comunicação permite a troca de sinais entre os diferentes níveis de tensão na proteção do barramento
e do transformador. Uma solução anterior utilizou para esses sinais uma fiação física (hardwired).
Uma solução baseada nos protocolos da série IEC 61850 irá substituir esta fiação física, com a opção
de utilizar protocolos de comunicação proprietários em casos justificados.

260 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura C.1 – Exemplo de diagrama unifilar e IED – 275 kV/132 kV

C.2.2 Tamanhos das subestações

As seguintes categorias de instalação foram identificadas para este projeto de engenharia, de acordo
com o mostrado nas Tabelas C.1 e C.2.

Tabela C.1 – Categorias das instalações de alta-tensão


Tamanho da
subestação de Diâmetro IED por Bay IED comuns Total de IED
alta-tensão (275 kV)
Pequena 5 15 5 20
Média 10 30 5 35
Grande 15 45 5 50

Tabela C.2 – Categorias das instalações de média tensão


Tamanho da
subestação
IED por bay IED comuns Total de IED
de média tensão
(132 kV)
Pequena 5 5 10
Média 15 5 20
Grande 30 5 35

C.2.3 Considerações sobre o arranjo físico da instalação

Diferentes topologias de instalações físicas, de locais de campo não habitados a locais de campo
contaminados e locais com um edifício ou vários edifícios, são consideradas.

A topologia da rede é limitada pelo arranjo físico das instalações locais e pelo arranjo dos equipamen-
tos condutores.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 261


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

O número de conexões entre edifícios é mantido a um mínimo e conexões dos sistemas dentro de um
edifício são permanentes.

C.2.4 Arranjo do painel para um bay

Uma abordagem modular é utilizada para o arranjo do painel dentro dos edifícios da subestação (ver
Figura C.2).

O edifício típico tem vários painéis dispostos de acordo com o arranjo dos equipamentos elétricos,
isto é, três painéis adjacentes para cada diâmetro de alta-tensão e um painel por disjuntor para o de
média tensão.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

O arranjo dos equipamentos de rede e seu o local de instalação consideram o arranjo físico do edifício.
Os equipamentos são instalados de modo a minimizar o cabeamento, simplificar a manutenção
e aumentar a modularidade.

Figura C.2 – Bay de alta-tensão e módulos dos painéis

C.2.5 Módulos de edifícios de alta-tensão

Em um módulo de construção de alta-tensão, os bridges de rede estão localizados no painel acoplador


e todos os IED neste diâmetro estão conectados a esses switches de rede. Para os IED comuns,
é proposta a conexão destes de volta ao switch da estação de distribuição para o nível de tensão. Estes
switches da estação de distribuição estão localizados no painel do edifício principal (não mostrado).

Os módulos dos edifícios são classificados na Tabela C.3.

262 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela C.3 – Módulos das edificações


Painéis
IED por
Classe Edifícios por Módulos
painel
edifício
1 de alta-tensão ou média tensão no edifício
A 1 30 1X e 1Y
principal
1 de alta-tensão e média tensão no edifício
B 2 30 1X e 1Y
principal
1 de alta-tensão e 1 de média tensão no edifício
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

C 4 30 1X e 1Y principal. Além de 1 de alta tensão e de média


tensão no edifício satélite

Os principais parâmetros de projeto são:

● Até quatro edifícios por local de instalação;

● 24 painéis por edifício – 2Y e 1X por painel;

● Coincidir o arranjo de rede com o diâmetro para rede não redundante;

● Cerca de 8 diâmetros por edifício;

● Por diâmetro, cerca de 4 conexões de LAN para a proteção X;

● Por diâmetro, cerca de 3 conexões de LAN para a proteção Y;

● Por diâmetro, cerca de 3 conexões de LAN para o controle do Bay Y;

● Isolar as LAN do sistema de alta-tensão da LAN do sistema de média tensão (L2 ou L3).

C.3 Requisitos para a rede de comunicação

C.3.1 Classes de requisitos

Os requisitos da rede são referentes a:

● conectividade;

● redundância;

● desempenho.

C.3.2 Requisitos de conectividade

C.3.2.1 Funcionalidade de suporte ao barramento de estação

A rede suporta o barramento da estação da IEC 61850 sobre a Ethernet (GOOSE, MMS). Os requisi-
tos detalhados são referenciados da IEC 61850-5 e de IEC 61850-8-1.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 263


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

C.3.2.2 Funcionalidade de suporte à proteção

O barramento da estação transporta mensagens GOOSE com sinais do tipo “Fast Trip” para proteção.
Uma falha do barramento da estação não pode impedir a proteção de operar.

C.3.2.3 Funcionalidade de suporte ao controle e monitoração dos sistemas de potência

O barramento da estação transporta mensagens GOOSE para controle e monitoramento. A perda


do barramento da estação impede a transmissão de sinais de intertravamento, o que afeta a
disponibilidade, mas não a segurança. A redundância é adicionada, se necessário, para permitir que
a disponibilidade atinja o valor contratual especificado.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

C.3.2.4 Funcionalidade de suporte para o SCADA, gateway e IHM

O barramento da estação transporta mensagens MMS para permitir que o gateway SCADA/IHM
acesse os IED. A perda desta função é um problema relacionado à disponibilidade.

C.3.2.5 Funcionalidades de acesso de suporte a engenharia

O acesso de engenharia é fornecido via gateway SCADA/IHM ou via conexão WAN de operações
existente.

O acesso de engenharia é requerido para:

● acessar os IED utilizando ferramentas-padrão (ou ferramentas abertas no futuro);

● acessar os IED utilizando ferramentas proprietárias;

● capturar o tráfego de rede no barramento da estação tanto quanto possível em uma Ethernet com
switches.

C.3.3 Requisitos de redundância

C.3.3.1 Requisitos básicos

A perda de um único componente da rede (link, switch) pode não resultar na perda de controle ou
visibilidade de mais de um item da planta.

A falha de um switch afeta não mais do que uma bay.

NOTA Estes requisitos implicam em uma rede redundante para funções de controle e de monitoramento.
Neste caso, duas LAN A e B em paralelo podem ser utilizadas (solução PRP) ou os IED podem ser instalados
em um anel bidirecional utilizado o protocolo HSR.

C.3.3.2 Requisitos de independência de proteção X e Y

A independência de falha das proteções X e Y é assegurada conectando estas proteções a diferentes


switches conectados independentemente ao SCADA/HMI.

O barramento da estação é dividido em diversas redes separadas na camada 2. As proteções X e


Y são transportadas por redes de barramento de estações separadas, de forma que uma falha ou o
tempo de recuperação de uma dessas redes não afeta as funções de proteção.

NOTA Uma separação na camada 2 e não em camada 3 assegura que as mensagens GOOSE possam
ser trocadas entre X e Y.

264 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

C.3.4 Requisitos de qualidade de serviços

C.3.4.1 Qualidade do serviço para mensagens prioritárias de trip (GOOSE Tipo 1A)

Mensagens rápidas de trip (GOOSE Tipo 1A) apresentam uma latência de menos de 0,6 ms, medida
da interface de rede para a interface de rede.

NOTA A IEC 61850-5 especifica um atraso de aplicação para aplicação de 3 ms, incluindo o processamento
da aplicação.

C.3.4.2 Qualidade do serviço para MMS


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Ao transportar informações de comando, um atraso de cerca de 100 ms é tolerado.

C.3.4.3 QoS e jitter

O QoS é utilizado para minimizar o jitter no tráfego de maior prioridade. Isto é conseguido pelo tráfego
de prioridade mais alta, sendo colocado na fila de alta prioridade, minimizando, assim, seus tempos
de espera ao transitar na rede.

C.3.5 Componentes (hardware e software)

O projeto da rede de comunicação considera os seguintes componentes:

● IED;

● switch;

● roteadores;

● firewalls;

● EMS - Energy Management System (IHM local);

● EMS - Energy Management System (Centro de controle).

C.4 Seleção de equipamentos

C.4.1 Critérios

C.4.1.1 Fornecedor único versus multifornecedores

Um único fornecedor é preferido para o módulo de funções do bay de barramento da estação. Caso
contrário, é permitido misturar produtos de diferentes fornecedores.

C.4.1.2 Utilização de características de fornecedores específicos

São considerados os recursos específicos do fornecedor que apresentem vantagens em áreas de


redes de comunicação relacionadas ao tempo de recuperação de rede, segurança, operação e
manutenção.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 265


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

C.4.2 Links físicos

A conexão física entre os IED e os switches é de 100 Mbit/s full duplex.

A conexão física entre os switches pode ser de 100 Mbit/s ou 1 Gbit/s, dependendo do modelo do
switch e das interfaces disponíveis. Existe pouca necessidade de 1 Gbit/s, mas onde não houver
desvantagem financeira, a conexão é preferencialmente a 1 Gbit/s.

As conexões entre os switches são preferencialmente em fibra, devido aos requisitos de isolamento
elétrico.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

O meio físico dentro dos edifícios é adequado para o isolamento elétrico. Para isolamento abaixo
de 1 kV, os links de cobre (100Tx) são adequados, de acordo com a ABNT NBR IEC 61000-4-5,
para surtos de tensão (4 kV) e para transientes rápidos de acordo com a ABNT NBR IEC 61000-4-4
(impulso). Para isolamento em níveis mais altos de tensão, são utilizadas fibras ópticas.

A fiação física entre os edifícios é a fibra óptica multimodo OM3 (50 microns).

O tipo de conector óptico no equipamento de rede é preferencialmente do tipo LC.

NOTA 1 O tipo de conector não é crítico, pois os cabos de conexão são utilizados entre o equipamento e o
painel de conexão de fibra óptica (patch panel); estes cabos podem ter qualquer conector necessário.

Conversores de mídia física são evitados.

NOTA 2 A maioria dos fabricantes de IED fornece principalmente conexões de fibra óptica, portanto
restringindo a utilização de cabeamento de cobre devido à necessidade de utilização adicional dos conversores
de mídia física, que introduzem pontos de falha e requerem manutenção.

C.4.3 Conexão dos nós

Nós finais podem se conectar de várias maneiras. Os métodos apresentados aqui são:

● nós de extremidade conectados individualmente;

● nós finais conectados duplamente.

Os nós são conectados duplamente em redes redundantes e conectados individualmente nas redes
não redundantes. Onde um nó está disponível apenas com uma única porta Ethernet e necessita estar
conectado a uma rede redundante, uma RedBox é utilizada para conectar duplamente o dispositivo.

C.4.4 Firewall do roteador central

Este dispositivo fornece funções de roteamento e funções de firewall para o SAS. As funções do IDS
também podem ser ativadas neste dispositivo. Todo o acesso entre as VLAN é feito por meio deste
dispositivo e somente o tráfego conhecido e aprovado é permitido.

C.4.5 Switches do núcleo

Esta é uma extensão do roteador central, que fornece a quantidade de interfaces requeridas para
interagir internamente e externamente com o SAS. Ao mesmo tempo, pode executar uma função de
switch.

266 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

C.5 Topologias da rede de dados

C.5.1 Rede de dados separada e comum

A rede de dados para automação de subestações pode ser implantada de forma:

● separada, como uma rede independente, separada da WAN Operacional;

● comum ou incorporada à WAN operacional, utilizando núcleo e segurança comum tanto para as
redes de automação de sistemas de subestações como para as redes operacionais.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Um exemplo para essas duas topologias é mostrado na Figura C.3.

Figura C.3 – Áreas de dados da rede


Enquanto a primeira opção utiliza um único núcleo de subestação para todas as funções na subestação,
a segunda mantém o sistema de automação da subestação separado da rede operacional na
subestação.

O modelo comum requer pessoal qualificado, virtualização de rede, boas práticas operacionais e
controle de mudanças. Quando isso não for fornecido, é recomendável manter a rede de automação
de subestações e a Rede Operacional fisicamente separadas.

Em qualquer uma destas opções, existem quatro áreas distintas da rede de comunicação de dados:

● barramento de estação (funções de bays);

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 267


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● barramento de estação (funções SCADA gateway/IHM para todas as funções da estação);

● núcleo;

● conexões externas.

Estas áreas são apresentadas em detalhes na Figura C.4, mostrando toda a arquitetura da subestação
com Rede Operacional separada da Rede de Automação de Subestações. Os fluxos de tráfego estão
representados na Figura C.5 e detalhados na Figura C.6.

Esta abordagem modular permite que cada área seja projetada individualmente, considerando os
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

requisitos para a conexão dos módulos.

Por meio da análise das estruturas das subestações, o projeto da rede é dividido nos módulos mos-
trados na Tabela C.4.

Tabela C.4 – Módulos da rede


Módulo da rede Finalidade e função
Fornecer conectividade de camada 2 entre IED de bay ou de
para o envio de mensagens GOOSE. Fornecer conectividade
Barramento da estação
entre IED de bay via mensagens MMS e outros protocolos
(funções de bays)
auxiliares para o acesso operacional e de engenharia do
SCADA.
Barramento da estação
(funções da estação) ou
plataforma do nível da Fornecer conectividade para as funções da estação.
subestação (Gateway
SCADA/IHM)
Fornecer roteamento entre outros módulos.
Núcleo
Fornecer segurança básica entre os módulos.
Fornecer interconexões seguras entre as outras redes, como
Conexões externas a WAN de Operações para engenharia/acesso operacional e o
EMS (Energy Management System) para o SCADA.

As subseções C.5.2 a C.5.11 detalham cada um destes módulos.

268 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura C.4 – Topologia da LAN da subestação

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 269


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura C.5 – SAS Gen1 – Fluxo de tráfego de alto nível

C.5.2 Barramento de estação (funções de estação) ou gateway SCADA/IHM

Este módulo de rede fornece meios para conectar o gateway SCADA, HMI e, opcionalmente, a estação
de engenharia. A conexão do gateway SCADA e a IHM é direta. Estes são fornecidos por meio de uma
VLAN com protocolos de gateway redundantes utilizados para redundância de gateway. A escolha
mais comum para isso é o protocolo VRRP (Virtual Router Redundancy Protocol). Os “hosts” físicos
são conectados duplamente a switches redundantes.

As conexões físicas para o gateway SCADA/HMI são fornecidas por meio de switches dedicados se a
contagem de portas for grande ou provavelmente por meio dos switches de rede núcleo.

270 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura C.6 – Conexão SCADA & gateway

C.5.3 Núcleo da estação

O núcleo da estação (ver Figura C.7) fornece uma função de roteamento e firewall para a imposição
de políticas ou critérios de segurança de rede. Nenhum tráfego desconhecido é permitido passar por
este módulo. É esperado que este módulo consista de roteadores redundantes que fornecem funções
de firewall com estado. A detecção de intrusões é uma das vantagens neste módulo, mas é improvável
que qualquer bloqueio fora do tráfego permitido pelo firewall seja requerido.

O núcleo da estação também fornece conectividade entre todos os módulos no SAS; portanto,
requer portas de rede suficientes para conectar esses outros módulos. É recomendado fazer este
módulo com um par redundante de roteadores/firewalls e switches de rede no caso da existência de
grande quantidade de portas para conexão com os outros módulos. Isso é comumente chamado de
configuração de “router on a stick” (“roteador em tronco”).

Figura C.7 – Núcleo da subestação


Convém que um protocolo de roteamento seja utilizado dentro do módulo do núcleo para manter as
contiguidades (adjacências) entre os roteadores principais.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 271


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

C.5.4 Proteção do transformador por meio da rede

Existem duas opções para fornecer proteção ao transformador:

● conexões físicas entre os IED em questão, utilizando entradas e saídas físicas existentes;

● um link de dados sobre a rede de dados entre as IED em questão.

Para fornecer proteção ao transformador pela rede, seria requerido que um domínio fosse estendido
entre os níveis de tensão nos barramentos das estações X e Y, esse domínio não se estenderia entre
X e Y. Esse domínio poderia ser conectado de forma lógica por meio do módulo do núcleo ou por
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

cabos Ethernet entre os switches associados ao transformador que estiver sendo protegido. A opção
mais comum são as conexões diretas entre os switches associados.

C.5.5 Reguladores automáticos de tensão (AVR)

O Gateway SCADA que controla os AVR (Automated Voltage Regulation) dos geradores elétricos
envia mensagens GOOSE diretamente para os IED que executam as funções de subestação no
bay ou de cubículo no módulo. Isto pode ser conseguido por meio da criação de um domínio que se
estende desde o módulo de função do barramento de estação até o módulo de funções de bays do
barramento de estação. Isso permite que o Gateway SCADA se comunique por meio de mensagens
MMS com os IED por meio do roteador/firewall central com a imposição de políticas apropriadas de
segurança em um domínio e também se comunique por meio de mensagens GOOSE diretamente
com os IED associados aos AVR.

C.5.6 Conexões externas

As conexões externas são conexões seguras para sistemas fora do (SAS). Os sistemas considerados
neste estudo de caso de projeto são as funções operacionais da subestação ou conexões SCADA
sobre IP. Estes sistemas externos são considerados não confiáveis do ponto de vista da segurança,
sendo implantados controles de segurança apropriados nesses sistemas externos. Essas conexões
estão fora do módulo-núcleo, utilizando rigorosas técnicas de segurança de rede.

Convém que um protocolo de roteamento seja utilizado entre o (SAS) e as áreas fora do SAS, como
Operações e SCADA sobre IP. Por falta de uma melhor alternativa, o VRRP e as rotas estáticas
proporcionam redundâncias.

C.5.7 Requisitos de segmentação

A rede proposta foi dividida em várias “áreas” denominadas “módulos”. Cada um desses módulos é
uma rede de LAN ou VLAN. O roteamento e o firewall separam cada um destes módulos.

A Figura C.8 apresenta os domínios da subestação, sem implicar um arranjo físico particular ou um
esquema de redundância.

272 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura C.8 – Aplicações gerais de VLAN

C.5.8 Barramento de estação e domínios de bay

O número de domínios varia com base no método de definir sua utilização. Tradicionalmente, a fina-
lidade das VLAN é separar o tráfego e reduzir os domínios de broadcast. As abordagens que podem
ser utilizadas para este fim são:

● um domínio para todo o tráfego sem congestionamento de tráfego; ou

● um domínio para cada nível de tensão e um domínio cruzado para a proteção do transformador,
como mostrado na Figura C.9;

● um domínio por diâmetro, como mostrado na Figura C.10.

Figura C.9 – Três domínios


Uma atribuição dos domínios de acordo com a Figura C.9 é mostrada na Tabela C.5.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 273


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela C.5 – Designação de domínio para três domínios


Nome da Nome do Endereço
Descrição Prioridade
área domínio multicast
HV HVS Abrangência da estação HV 01-0C-CD-01-00-00
Proteção do transformador 1
TP TP1_GOOSE 01-0C-CD-01-00-01
(opcional)
LV LVS Abrangência da estação LV 01-0C-CD-01-00-02
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Quando o tráfego aumenta mais, é vantajoso atribuir um domínio por diâmetro, como mostra a
Figura C.10.

Figura C.10 – Um domínio por área, zona de barramento de força e de proteção


de transformador
Uma decomposição dos domínios de acordo com a Figura C.10 é mostrada na Tabela C.6.

Tabela C.6 – Designação de domínio para um domínio por área (continua)


Nome da Endereço
Nome do domínio Descrição Prioridade
área multicast
HV Subestação
HV HVS_GOOSE 01-0C-CD-01-00-00
GOOSE
HV Diâmetro 1
D HVD1_GOOSE 01-0C-CD-01-00-01
GOOSE
HV Diâmetro 2
D HVD2_GOOSE 01-0C-CD-01-00-02
GOOSE
HV Diâmetro 3
D HVD3_GOOSE 01-0C-CD-01-00-03
GOOSE
HV Zona de
BZ HVBZ1_GOOSE Barramento 1 01-0C-CD-01-00-04
GOOSE

274 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela C.6 (conclusão)


Nome da Endereço
Nome do domínio Descrição Prioridade
área multicast
HV Zona de
BZ HVBZ2_GOOSE Barramento 2 01-0C-CD-01-00-05
GOOSE
Proteção do
TP TP1_GOOSE transformador 1 01-0C-CD-01-00-06
(opcional)
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Abrangência da
LV LVS_GOOSE 01-0C-CD-01-00-07
estação LV GOOSE
LV Zona de
BZ LVBZ1_GOOSE Barramento 1 01-0C-CD-01-00-08
GOOSE
LV Zona de
BZ LVBZ2_GOOSE Barramento 2 01-0C-CD-01-00-08
GOOSE

C.5.9 Filtragem multicast

A filtragem multicast requer um conjunto de listas de acesso em backplanes de switch e/ou de interfaces
para permitir apenas determinados frames multicast.

C.5.10 Utilização de VLAN

Convém que o tráfego “não padrão IEC 61850” que não seja destinado a todos os IED seja colocado
em VLAN diferentes. Convém que a WAN operacional também tenha uma própria VLAN.

C.5.11 Endereçamento de IP

Ver 8.1.

C.6 Estimativa do fluxo de tráfego

C.6.1 Tipos de tráfego

Os três principais fluxos de tráfego são:

● Alta-tensão – Intradiâmetro;

● Todo o nível de tensão;

● Nível de tensão intermediária.

A subseção 11.2 da IEC 61850-5:2013 define os tipos de mensagens e os critérios de desempenho, um


resumo dos quais é apresentado na Tabela 37 com um mapeamento para as interfaces relacionadas,
os requisitos aproximados de largura de banda e a prioridade:

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 275


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

C.6.2 GOOSE

Para a alta-tensão, o tráfego de rede na rede X ou Y é aproximadamente o seguinte:

● 15 diâmetros é o pior caso (a subestação mais complexa tem 11 diâmetros);

● Cada diâmetro é composto por 3 IED de bay para cada lado X e Y;

● Cada lado X e Y possui dois IED de barramento de estação e alguns outros, com um máximo de
cinco por lado;
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● Portanto, o pior caso é de 50 IED por lado;

● Um IED em estado estacionário envia aproximadamente 300 octetos a cada 500 ms.

● 50 IED em estado estacionário tem uma carga básica de rede de comunicação de 234 kbit/s.

● Durante a ocorrência de um grande evento na subestação principal, todos os IED transmitem


5 × 300 octetos adicionais dentro de 1 s. Isso carrega a rede com 50 IED transmitindo
1 500 octetos durante 1 s; 50 × 1 500 = 75 000 octetos durante 1 s, que é 586 kbit/s.

● Assim, a carga de pico para o barramento de estação de alta-tensão é de aproximadamente


234 kbit/s {carregamento base} + 586 kbit/s {carregamento de evento} = 820 kbit/s.

C.6.3 Estimativa do tráfego MMS

Para alta-tensão, o tráfego de rede nas redes X ou Y é estimado da seguinte forma:

● A maior subestação conhecida tem 11 diâmetros, portanto, 15 diâmetros é o pior caso;

● Cada diâmetro é composto de 3 IED de bay por cada lado X e Y;

● Cada lado X e Y tem 2 x IED de barramento de estação e alguns outros, desta forma assumidos
como cinco.

● O pior caso é, portanto, 50 IED por lado;

● Um IED em estado normal envia aproximadamente 300 octetos a cada 500 ms.

C.6.4 Outros serviços

ICMP – 5 pings/s para todos os IED. 5 × 64 octetos/s × (50 {IED} + 52 {switches}) = 255 kbit/s.

SNTP – considerando 100 octetos por minuto para todos os IEDs e switches = 1,33 kbit/s.

SNMP – considerando 3 000 octetos a cada 30 s para 52 switches = 41 kbit/s.

Serviços de FTP - transferência de arquivos: serviço de baixa prioridade em segundo plano na fila de
baixa prioridade que pode atingir a largura de banda total, mas o tráfego é interrompido se algum outro
serviço prioritário necessitar da banda.

276 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

C.7 Tempos de resposta (latências)


A Tabela C.7 é um resumo dos tempos de resposta (latências) esperados, não incluindo o tempo de
resposta de enfileiramento para cada solução com todas as redes em um estado sem falha:

Tabela C.7 – Resumo dos tempos de resposta esperados


Saltos de switch Original Solução 1 Solução 2
Tempo de Tempo de Tempo de
Saltos Saltos Saltos
resposta resposta resposta
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Diâmetro de alta-tensão 1 32 μs 1 32 μs 3 96 μs
Barramento de alta-tensão 2 64 μs 3 96 μs 3 96 μs
Barramento de média 32 μs a
1 32 μs 1a3 3 96 μs
tensão 96 μs

C.8 Conclusão
A Tabela C.8 mostra o tráfego esperado na rede de comunicação de dados, que é pequeno o suficiente
para que, de fato, nenhuma filtragem multicast seja necessária, em uma rede de 100 Mbit/s.

Tabela C.8 – Tipos de tráfego e carga esperada na rede


Largura de banda requerida
Tráfego
(kbit/s)
GOOSE – Base 234
GOOSE – Pico 586
MMS – Base 500
MMS – Pico 1 500
Outro – ICMP 255
Outro – SNTP 1,33
Outro – SNMP 41
Outro – ASCI NA
Total 3 117

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 277


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Anexo D
(informativo)

Estudo de caso – Barramento de estação com VLAN


(Trans-Africa, África do Sul)

D.1 Generalidades
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

D.1.1 Aspectos normativos

Esta engenharia de rede de dados IEC 61850 nesta Subestação apresenta requisitos particulares
e como o tráfego não IEC 61850 é considerado com a utilização de VLAN. As decisões de projeto
apresentadas neste Anexo D podem ser diferentes, em alguns casos, das diretrizes de engenharia.

O tempo verbal no presente é utilizado também para expressar um requisito de projeto, de forma a
diferenciar este requisito de projeto de um requisito normativo (“deve”, “pode”) ou de uma recomenda-
ção normativa (“convém”).

D.1.2 Contexto

O estudo de caso considera quatro novas subestações localizadas na parte sul do continente
Africano. As subestações fornecem energia elétrica para as novas minas subterrâneas que estão
sendo construídas nestas áreas. As subestações são denominadas Subestação A, Subestação B,
Subestação C e Subestação D.

D.1.3 Visão geral da rede elétrica

As subestações são dispostas linearmente com a alimentação principal de extra-alta-tensão (EHV) na


Subestação A.

A subestação A é uma subestação de 220/132/33 kV com os seguintes requisitos de equipamento:

● Esquema de zona de barramento com 18 bays em 220 kV;

● Esquema de zona de barramento com 18 bays em 132 kV;

● 1 circuito alimentador em 132 kV (4 terminais na Subestação A, Subestação C, Subestação B e


Subestação D);

● 2 transformadores 220/132 kV, 120 MVA;

● 2 transformadores 132/33 kV, 60 MVA

● 1 circuito alimentador em 220 kV;

● 1 acoplador de barramento em 220 kV;

● 1 acoplador de barramento em 132 kV;

278 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● 2 circuitos alimentadores em 33 kV;

A Subestação C é uma subestação de 132 kV/11 kV com os seguintes equipamentos:

● 1 circuito alimentador em 132 kV (4 terminais na Subestação A, Subestação C, Subestação B e


Subestação D);

● 1 transformador 132/11 kV, 10 MVA;

A Subestação B é uma subestação de 132 kV/11 kV com os seguintes equipamentos:


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● 1 circuito alimentador em 132 kV (4 terminais na Subestação A, Subestação C, Subestação B e


Subestação D);

● 1 transformador 132/11 kV, 10 MVA;

A Subestação D é uma subestação de 132 kV/11 kV cerca de 55 km distante da Subestação A, com


os seguintes equipamentos:

● Zona de barramento com 6 bays em 132 kV;

● 1 circuito alimentador em 132 kV (4 terminais na Subestação A, Subestação C, Subestação B e


Subestação D);

● 2 transformadores 132/11 kV, 40 MVA;

● 2 alimentadores em 11 kV;

● 1 acoplador de barramento em 11 kV.

D.1.4 Visão geral das subestações de comunicação

As comunicações da Subestação A para a Subestação C, Subestação B e Subestação D são


executadas por meio de um cabo de fibra óptica monomodo OPGW (Optical Ground Wire). O cabo
de 24 fibras possui núcleos de fibra suficientes para teleproteção e outras comunicações entre as
subestações. Das fibras remanescentes, a rede de automação de subestações utiliza quatro fibras
em cada subestação.

D.1.5 Projeto e objetivos do projeto

Este projeto visa a instalação de uma rede de automação de subestações econômica e confiável
usando a tecnologia atual e em linha com as melhores práticas da indústria.

Os objetivos deste projeto são os seguintes.

● Descrever o projeto detalhado da rede com desenhos técnicos apropriados de arranjos dos painéis
e a topologia de rede de todos os equipamentos e sistemas propostos este escopo de trabalho.

● Descrever a configuração do equipamento de rede que fornece a infraestrutura de comunicações


para a rede de automação da subestação, conforme o descrito no projeto detalhado para
assegurar o melhor desempenho possível e a maior resiliência possível aos componentes ou
falhas do sistema.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 279


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● Fornecer informações de rede em tempo real para os operadores e engenheiros de automação


que podem ser integrados nos sistemas HMI.

● Fornecer um sistema de gerenciamento de rede (NMS - Network Management System) centralizado


para a gestão da rede de automação. O sistema de gerenciamento de rede é requerido também
para fornecer gerenciamento de configuração para as configurações do dispositivo de rede e o
firmware para cada dispositivo de rede.

● Fornecer acesso remoto e corporativo seguro à rede de automação da subestação para


engenheiros de sistemas e especialistas.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

D.2 Projeto conceitual

D.2.1 Redes de automação nas subestações

Os critérios fundamentais de projeto para a implantação das redes de automação de subestações são
alta disponibilidade, alta confiabilidade e facilidade de manutenção.

Alta disponibilidade é alcançada por meio de um dispositivo redundante e projeto de cabeamento


onde isto é praticamente alcançável.

A alta confiabilidade é alcançada pela seleção de produtos com base em princípios e diretrizes de
redes industriais. Convém que a seleção de produtos atenda a certos critérios mínimos de qualidade
de construção e qualidade de projeto.

A capacidade de manutenção é alcançada por meio de um monitoramento de rede e gerenciamento


de configuração adequados.

D.2.2 Parâmetros de projeto

A rede é construída com tecnologia industrial robusta Ethernet compatível com todos ou com a maioria
dos seguintes requisitos típicos:

Classificado para operação confiável em ambientes elétricos adversos:

● IEC 61850-3 e IEEE 1613 (Automação para subestações elétricas);

● IEC 61000-6-2 e IEC 61800-3 (Ambientes industriais);

● NEMA TS 2 (controle de tráfego em equipamentos).

Classificado para operação livre de erros em ambientes de alta EMI:

● Desempenho isento de erros de acordo com a IEEE 1613 - Classe 2 sob influência de EMI para
dispositivos de rede baseados em fibra óptica.

● Convém que as portas de fibra ótica suportem fibras ópticas de comprimentos curtos e longos.

Classificada para operação em uma ampla faixa de temperatura:

● –40 °C até 85 °C (+185 °F).

280 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● Resfriamento passivo – sem ventoinhas.

● Segurança aprovada IEC 60950 para + 85 °C (+185 °F).

● Classificada para alta disponibilidade:

● Fontes de alimentação integradas simples ou duplas redundantes.

● Ampla faixa de entrada: 24 V =, 48 V =, (88 V = até 300 V = ou 85 V ~ até 264 V ~).

● Convém que as fontes de alimentação redundantes sejam alimentadas de forma independente,


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

a partir de diferentes fontes de entrada.

Classificada para instalações industriais:

● Painéis com invólucros em aço galvanizado para maior durabilidade e proteção contra impactos;

● Montagem em trilho DIN em aço para serviços pesados ou montagem em rack de 19”;

● Blocos terminais industriais para conexões de força e de I/O.

D.2.3 Topologia e redundância da rede

A topologia de projeto da atualização da rede de automação é baseada em um padrão Ethernet com


switches utilizando uma abordagem hierárquica. A topologia é baseada em um tronco redundante com
encaminhamento de cabeamento redundante entre os switches de tronco e os switches de nível de
bay ou de borda (“edge”) (ver Figura D.1). Essa topologia de duas estrelas fornece um caminho de
ampliação flexível e simplicidade de instalação.

O projeto de tronco duplo oferece elevada resiliência e baixo tempo de retorno à operação após uma
falha (“failover”). O protocolo RSTP padrão é usado para gerenciamento de redundância.

Os switches de nível de bay não são redundantes, pois isso não proporcionariam nenhum benefício
adicional, considerando que muitos dos IED não apresentam conexões redundantes de rede.
A Figura D.2 apresenta mais detalhes.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 281


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura D.1 – Topologia conceitual da rede local da subestação com redundância

Figura D.2 – Detalhamento da topologia da rede local da subestação com redundância

282 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

D.2.4 Padrões de interfaces

D.2.4.1 Cabeamento por fibra

O cabeamento de rede utiliza cabo de fibra óptica multimodo de 12 fibras 50/125 μm (100BASE-FX)
para conexões a dispositivos de borda e conectores do tipo LC no lado do switch e conector do tipo
apropriado no lado do dispositivo de borda (geralmente conector do tipo ST). As conexões de cabo de
fibra entre os switches utilizam um cabo de fibra ótica multimodo de 50/125 μm (1000BASE-SX) com
conectores do tipo LC.

Onde as conexões são feitas para cabos de fibra entre painéis, um cabo de conexão com um conector
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

LC em ambas as extremidades conecta a porta do switch a um acoplador intermediário em um painel


de conexão de fibra. O cabo de fibra multimodo entre os painéis utiliza conectores LC em ambas as
extremidades e termina em acopladores intermediários em painéis de conexão.

Todo o cabeamento é identificado de acordo com o padrão de tagueamento apropriado.

D.2.4.2 Conexões da rede

Os switches de nível inferior e os IED são conectados por cabos de fibra óptica multimodo utilizando
conectores do tipo LC na extremidade do switch. Como a maioria dos IED utiliza conectores ST,
o cabo de conexão LC-ST é utilizado se o conector apropriado (LC) não estiver disponível no IED.

A utilização de cabo de cobre para conexões Ethernet não é recomendada, sendo restrito a interligações
entre switches e dispositivos contidos no interior do painel de gateway e, nestes casos restritos, é
utilizado cabos de par trançado blindado categoria 6 (Cat6). Outros cabos de cobre são utilizados
somente para acesso temporário pela engenharia. Os terminais de conexão de cobre são terminados
de acordo com o padrão TIA/EIA 568A.

D.2.4.3 Instalação dos painéis de terminações ópticas

Para a terminação de cabos de fibra óptica entre painéis, um patch panel intermediário é utilizado em
ambas as extremidades. Os cabos são terminados com conectores LC e o “patch panel” / acoplador
médio são do tipo LC/LC. Os cabos de conexão em fibra óptica possuem conectores do tipo LC em
ambas as extremidades.

Cabos de conexão de fibra óptica ou patch leads não são utilizados entre painéis ou conjuntos de
painéis, mesmo se eles estiverem localizados no mesmo edifício. A única exceção é quando o cabo de
conexão for utilizado para conectar equipamentos localizados em painéis diferentes dentro do mesmo
conjunto de painéis e desde que o cabo de conexão seja adequadamente “robusto” e instalado no
interior de eletrodutos para a fiação da rede de comunicação.

As emendas dos cabos de fibra óptica são executadas por pessoal qualificado e um registro de todas
as emendas é mantido na documentação do usuário.

D.2.4.4 Velocidade dos switches na LAN e configuração duplex

Para minimizar potenciais problemas com a conectividade dos dispositivos, as configurações de


velocidade e de transmissão duplex apresentadas a seguir são recomendadas.

D.2.4.5 Numeração das VLAN

Esta rede é configurada com nove VLAN baseadas em porta (e possivelmente mais), como resumidos
na Tabela D.1.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 283


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela D.1 – Numeração e alocação das VLAN


VLAN ID Utilização
Gerenciamento dedicado - reservado para a interface de gerenciamento dos
100
switches de rede e roteadores de subestação
Automação da subestação - os dispositivos incluídos nesta faixa são IED de
proteção, gateway de dados de subestação, UTR de estação, receptores GPS com
101
servidores NTP embutidos, dispositivos de teleproteção, Interfaces Homem Máquina
(IHM), controladores de nível de bay e Servidores de terminal.
102 Telefonia IP - Telefones IP e gateways VoIP.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

103 Câmeras IP - Câmeras IP e gravadores digitais de vídeo.


104 Sistemas de segurança e controle de acesso.
SCADA - Esta VLAN é utilizada para comunicações em tempo real baseadas em IP
105
para os centros de controle.
Futuras comunicações de barramento de processo IEC 61850 - Os dispositivos nesta
106
faixa incluem painéis com dispositivos digitais inteligentes e merging units.
200..205 Uma ou mais VLAN para links WAN.
Engenharia que inclui dispositivos como gravadores de perturbação, estações de
trabalho de engenharia, laptops de engenharia, conjuntos de ensaio, sistemas
110
de monitoramento com base em condições, servidores de terminal, servidores de
autenticação e localizadores de falhas por onda viajante.

D.2.4.6 Alocação dos endereços MAC

Os frames tagueados contendo VLAN ID como os utilizados por mensagens GOOSE utilizam VID = 2
a 50 com VID = 3 sendo utilizado para mensagens GOOSE dentro dos bays.

Endereços GOOSE multicast MAC é da forma 01-0C-CD-01-ab-cd,

onde a faixa para “ab” é de 00 até 01 e “cd” é de 00 até FF.

“ab” é o número do alimentador, “c” é o número do IED e “d” é o número do GOOSE.

D.2.5 Roteamento de inter-VLAN

Em uma rede projetada com VLAN, diferentes sub-redes IP necessitam ser alocadas a cada VLAN.
O roteamento entre VLAN somente é possível quando um roteador com reconhecimento de VLAN
estiver instalado no ambiente de rede.

A configuração das interfaces virtuais do roteador associa um endereço IP a uma interface de LAN
virtual identificada por seu VID. Uma vez definidas todas essas interfaces virtuais, o roteamento se
torna possível à medida que o roteador é “conectado” a todas as LAN virtuais aplicáveis. O padrão de
segurança de rede de automação de subestação recomenda usar listas de controle de acesso (ACL)
entre interfaces.

284 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

D.2.6 Políticas de qualidade de serviço da rede

A Qualidade de Serviço (QoS) é requerida para assegurar a marcação e o tratamento adequados


do tráfego da automação da subestação e dos dados de tráfego normais em toda a rede. O QoS
é implantado em frames Ethernet marcados para apresentar uma priorização de tráfego em uma rede
Ethernet com switches, definido na IEEE 802.1Q. O QoS também é implantado no cabeçalho IP (ver
D.2.9), que é projetado para fornecer priorização de ponta a ponta do tráfego que viaja por meio de
vários links de LAN e de WAN.

A rede foi projetada para fornecer uma taxa de transferência de 1 000 Mbit/s entre os troncos ou
núcleos (backbones) e os switches do bay, embora uma taxa de transferência efetiva de 100 Mbit/s
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

seja atingível de ponta a ponta da rede. O QoS evita a substituição excessiva de links de retorno
e prioriza o tráfego em tempo real. Isso é obtido por meio da priorização de Ethernet, de acordo com
a IEEE 802.1Q.

O mapeamento de prioridade para a CoS (Class of Service) é o mecanismo pelo qual os três bits
prioritários no frame Ethernet, de acordo com a IEEE 802.1Q, são mapeados para as categorias mais
amplas como Crítico, Alto, Médio e Normal. Uma filosofia de enfileiramento ponderada de maneira
mais adequada permite que os frames de menor prioridade sejam transmitidos em uma proporção de
8:4:2:1, permitindo acesso adequado a todas as prioridades de tráfego sem afetar negativamente os
frames de prioridade mais alta. A Tabela D.2 mostra um exemplo de priorização.

Tabela D.2 – Priorização da seleção para várias aplicações

Prioridade QoS Aplicação típica


7* Crítico Gerenciamento de rede (aplicado ao gerenciamento de VLAN).
6 Alto Mensagens GOOSE utilizadas para trip e intertravamentos.
5 Médio Mensagens GOOSE utilizadas para interligar merging units.
Mensagens GOOSE utilizadas para outros fins que não trip e
4 Médio
intertravamento.
Automação de subestação (aplicada à VLAN de Automação de
3 Médio
subestação).
2 Normal Engenharia (aplicada à engenharia de VLAN).
1 Normal Medição da Qualidade de Fornecimento.
0 Normal Sistemas de segurança, medidores, câmeras IP.
* 7 é a prioridade mais alta, 0 é a prioridade mais baixa.

NOTA Embora 8 prioridades sejam utilizadas, apenas três categorias de diferentes prioridades são
efetivamente necessárias.

D.2.7 Priorização de tráfego IP e serviços diferenciados (DiffServ)

Esta solução aproveita a nova definição IETF do octeto de tipo de serviço (ToS) IPv4 no cabeçalho
IP, utilizando o campo DSCP para classificar pacotes em qualquer uma das 64 classes possíveis.
A classificação de pacotes determina o tratamento do pacote pelo roteador de acordo com os
Comportamentos por Pulo (PHB) definidos pelo IETF, incluindo o encaminhamento assegurado (AF)

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 285


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

e o encaminhamento acelerado (EF). O tráfego caracterizado como EF recebe os serviços de menor


latência, jitter e largura de banda assegurada, adequados para aplicativos como Voz sobre IP (VoIP).
O AF permite dividir a largura de banda entre várias classes em uma rede, de acordo com as políticas
desejadas.

As políticas de QoS permitem que aplicativos críticos recebam a parte adequada dos recursos,
assegurando que outros aplicativos não sejam negligenciados. Ao classificar o tráfego do aplicativo
em classes premium, ouro, prata e outras, uma metodologia de linha de base é definida para fornecer
o QoS de ponta a ponta. O DiffServ habilita essa classificação utilizando o campo DSCP. Utilizando
os serviços diferenciados (DiffServ), uma rede adequadamente projetada pode fornecer largura de
banda assegurada, baixa latência, baixo jitter e baixa perda de pacotes para voz, ao mesmo tempo
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

assegurando fatias de largura de banda disponível para outras classes.

A Tabela D.3 mostra um exemplo de um mapeamento de aplicações para níveis de serviço.

Tabela D.3 – Mapeamento de aplicações para níveis de serviço


Aplicação Serviço
SCADA/Automação Ouro
Gerenciamento Prata
Não definido Bronze
Dados Melhor esforço

D.2.8 Classificação dos pacotes

Os pacotes que entram em um domínio ou em uma região do DiffServ (coleção de roteadores DiffServ)
podem ser classificados de várias maneiras – incluindo protocolo de camada 4 e números de porta,
precedência de IP e informações de camada 2 (como Ethernet 802.1 Q bits). Uma vez que estes
pacotes, podem ser processados, condicionados e marcados.

D.2.9 Marcação dos pacotes

O octeto do Tipo de serviço (ToS) IPv4 foi redefinido a partir da precedência IP de 3 bits (ver Figura
D.3) para um campo DSCP de 6 bits (ver Figura D.4). Os pacotes podem ser marcados com um valor
DSCP arbitrário ou valores-padrão predefinidos, correspondendo ao AF apropriado, ao EF ou a classe
definida pelo usuário (ver Tabela D.4). Por exemplo, EF é designado pelo código de ponto “101110”.
O código de ponto para tráfego de melhor esforço é definido como “000000”.

NOTA Mais informações sobre definições sobre DSCP (Differentiated Services Code Point) em cabeçalhos
IPv4 e IPv6 podem ser encontradas no documento RFC 2474 – Definition of the Differentiated Services Field
(DS Field) in the IPv4 and IPv6 Headers, publicado pelo Network Working Group – Request for Comments.
https://tools.ietf.org/html/rfc2474

286 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura D.3 – Octeto original do tipo de serviço (ToS) IPv4

Figura D.4 – Campo de código de ponto de serviços diferenciados (DiffServ)

Tabela D.4 – Lista de valores de campo de código de ponto (DiffServ) (continua)


Nome Dec TOS (Tipo de serviço) Binário
AF11 10 40 001010
AF12 12 48 001100
AF13 14 56 001110
AF21 18 72 010010
AF22 20 80 010100

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 287


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela D.4 (conclusão)


Nome Dec TOS (Tipo de serviço) Binário
AF23 22 88 010110
AF31 26 104 011010
AF32 28 112 011100
AF33 30 120 011110
AF41 34 136 100010
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

AF42 36 144 100100


AF43 38 152 100110
CS1 8 32 001000
CS2 16 64 010000
CS3 24 96 011000
CS4 32 128 100000
CS5 40 160 101000
CS6 48 192 110000
CS7 56 224 111000
EF 46 184 101110
Padrão 0 0 000000
AF = Assured forwarding (Encaminhamento assegurado)
EF = Expedited Forwarding (Encaminhamento acelerado)
CS = Class Selector (Seletor de classe)

Os mapeamentos DSCP mostrados na Tabela D.5 são típicos de sistemas de telefonia de Voz sobre
IP (VoIP). Mapeamentos adicionais precisariam ser definidos à medida que as aplicações fossem
implantadas.

Tabela D.5 – Exemplo de DSCP de acordo com o mapeamento de classe de serviço


DSCP CoS
40 6
46 6

D.2.10 Endereçamento de IP da rede e alocação de dispositivos

A alocação de endereçamento IP para as redes de automação de subestação é baseada no documento


de plano de endereço IP da Concessionária, aplicado a subestações, com base nas alocações de
VLAN anteriores efetuadas.

288 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

O endereçamento IP para dispositivos de automação de subestação utiliza o intervalo de endereços


IP privados 10.0.0.0/8 (máscara de rede de 8 bits).

Uma subestação seria alocada em uma sub-rede/21 do intervalo IP 10.0.0.0/8. A Tabela D.6 mostra
um exemplo da alocação de intervalos de endereços IP para uma Subestação A com um intervalo de
10.0.16.0/21.

Tabela D.6 – Exemplo de mapeamento DSCP


Endereço IP/Faixa IP Utilização
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

10.0.16.0/25 Gerenciamento de VLAN para endereçamento de dispositivos de rede.


10.0.16.128/25 Serviços de engenharia.
10.0.17.0/27 (Futuro) Dispositivos SCADA com base em IP
10.0.17.32/27 Controle de acesso e sistemas de segurança.
10.0.17.64/26 Não alocado.
10.0.17.128/25 Não alocado.
10.0.18.0/23 Dispositivos de Automação de Subestações.
10.0.20.0/25 Telefonia IP.
10.0.20.128/25 Câmeras IP.
10.0.21.0/24 Não alocado.
10.0.22.0/23 (Futuro) Dispositivos de barramento de processo.

Graficamente, este mapa de endereços IP é apresentado na Tabela D.7.

Tabela D.7 – Mapeamento típico de endereços IP na subestação (Faixa de IP: 10.0.16.0/21)


10.0.16.0/25 – Dispositivos da rede -
10.0.16.128/25 – Engenharia
Gerenciamento
(VLAN 1003)
(VLAN 1016)
10.0.17.0/27 10.0.17.32/27
10.0.17.64/26 10.0.17.128/25
SCADA Segurança
Não alocado Não alocado
(VLAN 104) (VLAN 2004)
10.0.18.0/23
Dispositivos de automação da subestação
(VLAN 1018)
10.0.20.0/25 – Telefonia IP (VLAN 1001) 10.0.20.128/25 – IP câmeras (VLAN 1002)
10.0.18.0/24 – Não alocado
10.0.22.0/23
Dispositivos de barramento de processo
(VLAN 1022)

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 289


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

D.2.11 Gerenciamento de endereços IP

O gerenciamento de endereços IP é manipulado pela seção de controle de aplicações.

D.2.12 Acoplamento de rede

A rede de automação nunca é diretamente acoplada às redes corporativas ou de negócios.

Um roteador dedicado com capacidade de firewall conecta a rede de automação da subestação com
a rede corporativa. Isto permite o acesso remoto a partir da rede corporativa do utilitário ou via conexão
VPN para o pessoal devidamente autorizado. O firewall mantém uma lista de controle de acesso que
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

gerencia o fluxo do tráfego de um modo seguro.

D.2.13 Requisitos de roteamento e interfaceamento com a WAN

O padrão de roteamento para a Wide Area Network é o OSPF (Open Shortest Path First) Versão 2,
como descrito no RFC 2328. O roteamento dinâmico é considerado essencial para o gerenciamento
de um ambiente de roteamento de grande porte, na medida em que minimiza a carga administrativa
de gerenciamento das tabelas de roteamento, bem como proporciona para o caminho dinâmico uma
superação de falhas nos casos de perda de link ou outros requisitos de roteamento, de acordo com o
configurado.

D.2.14 Sincronismo de tempo na rede

As subestações estão no fuso horário com um desvio de + 1 h em relação ao GMT/UTC.

D.2.15 Protocolo de tempo de rede (NTP)

O protocolo de tempo de rede é utilizado para sincronismo de tempo dos dispositivos que operam com
este protocolo. Os dispositivos que não operam este protocolo NTP utilizam sincronismo de tempo
direto por meio de sinal IRIG a partir do receptor de GPS.

O servidor primário de NTP é o receptor de GPS, uma vez que este possui um servidor de NTP
embutido. O dispositivo Estrato 0 (receptor de GPS) sincroniza o roteador, o qual, por sua vez, se
torna uma fonte alternativa de tempo NTP para o sincronismo dos dispositivos dentro de cada VLAN.

Nos casos onde o receptor de GPS não opera com o protocolo NTP, o GPS sincroniza por meio de
sinal IRIG-B o gateway, o qual se torna uma fonte de tempo NTP. Os dispositivos nesta rede são
configurados para receber o sincronismo NTP a partir do gateway.

D.2.16 Filosofia de gerenciamento de dispositivos

D.2.16.1 Gerenciamento

O SNMP recolhe informações e alarmes relacionados ao ambiente, à segurança e ao desempenho.

Os switches gerenciáveis operam com o protocolo de gerenciamento de rede simples (SNMP)


versão 2c como um mínimo. Armadilhas SNMP são enviadas para o gateway da subestação para
processamento e retransmissão para os centros de controle.

Todos os switches são configurados para detectar uma falha de um único canal em um circuito
de comunicações que conectam a outros switches ou a um dispositivo terminal. Cabos de pares

290 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

trançados e cabos de fibras ópticas são tipicamente utilizados para a transmissão e o recebimento das
comunicações dos canais. Os switches podem detectar uma desconexão completa de um dispositivo,
bem como a falha de um único canal.

D.2.16.2 Sistema de gerenciamento das redes

O gerenciamento das redes de automação de subestações a partir de um ponto centralizado é consi-


derado essencial. Uma plataforma de sistema de gerenciamento de rede (NMS) de nível corporativo
monitora, configura e mantém a rede. O NMS executa um serviço de monitoração centralizado SNMP
que possa monitorar serviços sobre os servidores e em outros dispositivos com um agente SNMP.
O NMS pode enviar e-mail ou notificações SMS.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

O sistema de gerenciamento da rede proporciona:

● um mecanismo para gerenciar as configurações de todos os switches e imagens de firmware;

● gerenciamento centralizado e monitoramento da rede e dos dispositivos conectados à rede, de


forma a atingir o nível mais elevado desejado de disponibilidade e de desempenho da rede;

● um sistema com arquitetura capaz de ser ampliado;

● alarmes e notificações de eventos – apresenta detalhes da visibilidade da rede de forma a tornar


proativa as ações corretivas e melhorar a capacidade de utilização;

● relatórios pré-configurados sobre as medições de disponibilidade e de desempenho, bem como


proporciona ferramentas para criar relatórios definidos pelos usuários;

● descobrimento automático na rede;

● suporte para o SNMP Versão 2c, como mínimo.

D.2.16.3 Gerenciamento e monitoramento SNMP

A integração de eventos, alarmes e dados de monitoramento dos dispositivos que são componentes
ou relacionados ao sistema de automação (isto é, IED etc.) no sistema de monitoramento SCADA
é importante para a equipe de operação. Os dispositivos que proporcionam uma infraestrutura de rede,
infraestrutura de energia etc., que podem enviar dados via SNMP são visíveis nas telas pertinentes,
alarmes e listas de eventos no sistema SCADA a partir dos seguintes dispositivos:

● Equipamentos de monitoração de ambiente;

● Switches industriais gerenciáveis Ethernet;

● Roteadores;

● Fontes de alimentação ininterrupta (UPS);

● Computadores e servidores com sistemas operacionais Linux e Windows;

● Disponibilidade de dispositivos não gerenciáveis (confirmada por meio de dispositivos de “pings”).

O SNMP é também utilizado como um sistema central de situação das medições. As informações
a serem extraídas são as seguintes:

● Taxa de transferência de dados reais de cada um dos troncos de retorno de dados (backhaul);

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 291


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● Transferência de dados reais de cada um dos troncos de retorno de dados (backhaul);

● Situação do tempo de atividade de todo o hardware de switch terminal ou de borda;

● Estatística dos pacotes para cada porta de switch;

● Perda de pacotes para cada porta de switch.

A Tabela D. 8 – Lista os MIB SNMP empregados ao se comunicar com um dispositivo.

Tabela D.8 – SNMP MIB aplicáveis aos dispositivos da subestação


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Função na rede Dispositivo SNMP


Cliente Gateway MIB Linux e WinXP
Servidor Servidor de engenharia MIB Linux e WinXP
Cliente IHM MIB Linux e WinXP
Roteador Roteador do tipo 1 MIB específica do fornecedor
Switch Switches do tronco MIB específica do fornecedor
Switch Switches de camadas baixas MIB específica do fornecedor

O servidor SNMP suporta no mínimo SNMP Versão 2c. Outras características importantes incluem:

● Autodescobrimento de dispositivos (incluindo dispositivos gerenciáveis e não gerenciáveis);

● Importação da base de informação da gerência (MIB) – Proporciona a facilidade de importação


de arquivos MIB de dispositivos específicos, de forma a permitir um mapeamento conveniente,
a partir de endereços (tag) MIB, para os tags de nomes do OPC. As MIB tipicamente requerem
acessar dados específicos de um dispositivo, por exemplo, o estado de uma fonte de alimentação
redundante.

● Calcular parâmetros, como estatísticas de utilização da largura de banda e da taxa de erros da


rede a partir de dados SNMP.

● Capacidade de armadilhas SNMP – muitos dispositivos gerenciáveis por SNMP podem ser confi-
gurados para enviar dados não solicitados para sistemas de software de gerenciamento de rede,
como servidores SNMP. Isso reduz a necessidade de os sistemas de gerenciamento pesquisa-
rem continuamente os dispositivos.

D.3 Projeto detalhado: solução de especificação para a subestação A

D.3.1 Generalidades

As especificações apresentadas a seguir proporcionam os detalhes específicos desta solução de


forma a permitir que os equipamentos sejam configurados, instalados e comissionados em linha como
os padrões, diretrizes e modelos de projeto dos usuários e Trans-Africa.

292 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

D.3.2 Ambiente físico

D.3.2.1 Alimentação

Todos os IED e equipamentos de rede na subestação A são fornecidos por duas fontes 110 V c.c.

Os sistemas Principal 1 e Principal 2 em 110 V c.c. proporcionam aproximadamente 8 h de alimentação


alternativa por bateria, em caso de falha de alimentação c.a.

D.3.2.2 Invólucro dos equipamentos


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Todos os equipamentos de infraestrutura do tronco da rede e respectivos cabos são montados em


rack no painel do gateway.

O painel é do tipo autoportante, com pés de estabilização e não são apoiados em rodízios.

O encaminhamento dos cabos dentro do painel é proporcionado por bandejas horizontais e verticais.
Para ajudar a fixar os cabos verticais no rack, fitas do tipo laços de velcro são instaladas (por meio de
presilhas com porcas e parafusos) em intervalos regulares na parte da frente do “espaço para cabos”,
em ambos os lados do rack.

Pontos de conexão ao sistema de terra são proporcionados para o painel e os equipamentos internos
ao painel, por meio de uma barra de terra instalado na parte traseira do rack.

O arranjo de equipamentos, cabeamento e gerenciamento de cabos no painel para cada área está em
conformidade com os desenhos fornecidos.

D.3.2.3 Refrigeração

Todos os equipamentos ativos são refrigerados por meio de unidades de ar-condicionado no edifício
da subestação.

Os equipamentos ativos instalados nos painéis de comunicação dissipam aproximadamente 1 400 W


de calor.

D.3.2.4 Monitoramento do ambiente

A temperatura e a umidade do ar são monitoradas via sensores.

D.3.2.5 Cabeamento

Os cabeamentos estruturados, em toda a rede dentro de salas de controle e subestações, utilizam


Cat6 blindado com condutores sólidos. Os trechos de cabos terminais aparentes usam condutores
encordoados.

As cores dos condutores dos cabos estão de acordo com o TIA/EIA 568A.

O cabeamento de fibra óptica na subestação é de cabo multimodo. As conexões entre os switches


utilizam conectores do tipo LC e as conexões a dispositivos terminais utilizam conectores do tipo
ST ou LC.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 293


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Todos os cabos são identificados de acordo com o seguinte padrão de tagueamento:

[Subestação] – [Edificação] – [Rack] – [Patch panel] – [Porta #]

Subestação: Subestação A

Edifício ID: Sala de controle

Rack ID: <GW, S01, S02, 5A>

Patch Panel: <A, B, C etc. de cima para baixo no rack>


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Porta #: <identificada na sequência 1,2,3,4 etc.>

EXEMPLO

Sub-A-CR-2A-B-21 ◊ Sala de controle – Rack 2A – Patch Panel B – Porta 21

D.3.2.6 Nomeação dos dispositivos

A Tabela D.9 apresenta um exemplo dos nomes dos equipamentos e de gerenciamento de endereços
IP. Os nomes dos dispositivos estão de acordo com os padrões aplicáveis.

Tabela D.9 – Exemplos de nomeação de dispositivos


Tipo de dispositivo Hostname Localização
Por exemplo, Sala de controle
UPS – SUA3000XLI Por exemplo, aa-bb-ups01
“Carbono”
Por exemplo, Sala de controle
PDU – AP7952 Por exemplo, aa-bb-pdu01
“Carbono”

D.3.2.7 Endereçamento e alocação das interfaces

A Tabela D.10 apresenta um exemplo de campos para registro dos endereços das interfaces.

Tabela D.10 – Exemplos de endereçamento e alocação das interfaces


Hostname Interface Endereço IP Máscara Gateway
aa-bb-ups01 E0 10.81.150.254 255.255.255.0 10.250.1.1
aa-bb-pdu01 E0 10.81.150.253 255.255.255.0 10.250.1.1

D.3.2.8 NTP

As subestações estão no fuso horário com um desvio de + 1 h em relação ao GMT/UTC.

O horário de verão é observado no país a partir do primeiro domingo de setembro e terminando


o primeiro domingo de abril. Horário de Verão (DST - Daylight Saving Time) adiciona + 1 h para o
tempo de referência.

Os dispositivos da rede de automação da Subestação A são configurados para apontar para


{sub-a-sas-ts01} [10.81.1.1] para o NTP.

294 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

D.3.2.9 Alocação SNMP

O SNMP é utilizado como um sistema central de situação das medições.

Os dados requeridos a serem extraídos são os seguintes:

● Dados reais de taxa de transferência de download de cada tronco de retorno de dados (backhaul);

● Dados reais de taxa de transferência de upload de cada tronco de retorno de dados (backhaul);

● Situação do tempo de atividade de todo o hardware de switch terminal ou de borda (edge switch);
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● Estatística dos pacotes para cada porta de switch;

● Perda de pacotes para cada porta de switch.

● etc.

A Tabela D.11 apresenta os métodos de acesso dos dispositivos.

Tabela D.11 – Exemplos de acesso aos dispositivos e alocação SNMP


Função na rede Dispositivo PING HTTP SNMP
Cliente Gateway 1 y - MIB WinXP
Cliente Gateway 2 y - MIB WinXP
Cliente IHM 1 y - MIB WinXP
Cliente IHM 2 y - MIB WinXP
Roteador Roteador 1 y y MIB do fornecedor
Switch Switches tronco y y MIB do fornecedor
Switch Switches de campo y y MIB do fornecedor

D.3.3 Local Area Network (LAN)

D.3.3.1 Visão geral

A conectividade núcleo da LAN para a rede de automação da subestação é proporcionada por quatro
switches de tronco, localizados no painel do gateway, no centro da sala de controle.

Switches redundantes e links Ethernet são fatores de projeto principal da rede.

Os switches de nível ou borda do bay incluem o seguinte:

● 2 x portas UTP para acesso da engenharia;

● 2 x portas de fibra óptica multimodo com conectores do tipo LC para conexões para uplink para
os switches de tronco;

● portas de fibra multimodo suficientes com ST ou conectores LC para conectividade IED;

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 295


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● mais 25 % de capacidade porta sobressalente.

● Os switches de campo fornecem a conectividade de rede de 100 Mbit/s de volta ao núcleo.

A LSN é configurada com VLAN para separar e identificar os diferentes tipos de tráfego e dispositivos.
O (QoS) é utilizado para taguear o tráfego de automação prioritário (por exemplo, as mensagens
GOOSE), em relação do tráfego normal de dados.

Outros requisitos técnicos dos switches incluem:

● Switches tronco, duplicados para redundância;


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● Switches terminais ou de borda e switches de campo, não duplicados para redundância de rede,
embora sejam redundantes as conexões de fibra óptica com os switches tronco;

● Switches terminais/campo, não duplicados para a redundância embora sejam redundantes as


conexões de fibra com os switches tronco;

● Monitoramento IGPM (Versão 2, como um mínimo);

● Rapid Spanning Tree, exceto para as portas dos usuários;

● Proteção por monitoramento DHCP;

● Proteção contra avalanche de MAC (2 endereços MAC por porta utilizada);

● Controle de avalanche (básico).

D.3.3.2 Tabela de hardware

Todos os equipamentos utilizados na rede de automação da subestação são relacionados na tabela


de hardware. A Tabela D.12 é um modelo que registra o número da parte e o código de ordem do equi-
pamento (se diferente do número da parte), a descrição do equipamento, a quantidade e a localização
do equipamento.

Tabela D.12 – Exemplo de identificação de hardware


Detalhe do
Número da parte (“Part-number”) Descrição Qtde.
equipamento
RSG2200-R-RM-HIP-HIP-FG01-FG01-FG01-FG01-1CG01 Backbone Switch 1 1 Gateway

D.3.3.3 Fontes de alimentação

Cada switch é alimentado por fontes de alimentação redundantes em 110 V c.c. Cada switch possui
um minidisjuntor com capacidade adequada, com tensão nominal de 300 V c.c. para a alimentação
principal M1 e um minidisjuntor em separado para a alimentação principal M2.

D.3.3.4 Nomeação de dispositivo

Uma tabela contendo o nome dos dispositivos assegura que todos os dispositivos estejam alocados
com um único nome de dispositivo. Estes nomes são os mesmos de acordo com a documentação de
projeto, com uma identificação inequívoca. A Tabela D.13 apresenta um exemplo de uma tabela de
nome de dispositivos.

296 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela D.13 – Exemplo de tabela de nome de dispositivos


Tipo de dispositivo Hostname Localização
Switch Ethernet Tipo 1 sub-a-sas-bsw01 SAS Subestação A Switch 1 do Backbone
Switch Ethernet Tipo 1 sub-a -sas-s01-sw01 SAS Subestação A Esquema 1 Bay Switch 1
SAS Subestação A Unidade Remota I/O para
Switch Ethernet Tipo 2 sub-a-sas-rio1-sw01
Switch 1
HMI Tipo 1 sub-a-sas-hmi01 SAS Subestação A IHM 1
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Gateway Tipo 1 sub-a -sas-gw01 SAS Subestação A Gateway 1


Servidor de tempo 1 sub-a-sas-ts01 SAS Subestação A Servidor de Tempo 1
Estação de trabalho SAS Subestação A Estação de trabalho
sub-a-sas-ews01
de engenharia Engenharia 1
Roteador Tipo 1 sub-a-sas-rx01 SAS Subestação A Roteador 1
IED Tipo 1 sub-a-sas-s01-ied1 Subestação A SAS Esquema 1 IED 1
Unidade de I/O Tipo 1 sub-a-sas-s03-io1 SAS Subestação A Esquema 3 Unidade I/O 1
BCU Tipo 1 sub-a-sas-s04-bcu1 SAS Subestação A Esquema 4 BCU 1
…….. …….. ……..

D.3.3.5 Versões de firmware e de software

Todos os números das versões de firmware e de software são registrados por tipo de equipamento
e número de versão. A Tabela D.14 apresenta um exemplo.

Tabela D.14 – Exemplo de tabela de firmware e de hardware


Função do dispositivo Tipo do dispositivo Versão
Switches de tronco RSG2200 v3.7.1
Switches no nível do bay RSG2100 v3.7.1
Roteador RX1100:- ROX v1.14.1

D.3.3.6 Endereçamento e alocação das interfaces

Os detalhes de configuração dos equipamentos da rede são registrados em uma tabela, na qual
cada dispositivo é identificado por seu “hostname” e pelas informações relacionados com o endereço
IP, máscara de sub-rede e VLAN ID associado à VLAN para a qual o equipamento é conectado.
A Tabela D.15 apresenta um exemplo para o switch “sub-a-sas-bsw01”.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 297


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela D.15 – Exemplo do endereçamento e alocação da interface


Hostname Interface Endereço IP Máscara
VLAN 10 (Interface de
sub-a-sas-bsw01 10.81.150.1 255.255.255.0
gerenciamento)
VLAN 10 (Interface de
sub-a-sas-bsw02 10.81.150.100 255.255.255.0
gerenciamento)
VLAN 10 (Interface de
sub-a-sas-s01-sw01 10.81.150.101 255.255.255.0
gerenciamento)
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

VLAN 10 (Interface de
sub-a-sas-s02-sw01 10.81.150.102 255.255.255.0
gerenciamento)
VLAN 10 (Interface de
sub-a-sas-s03-sw01 10.81.150.103 255.255.255.0
gerenciamento)
VLAN 10 (Interface de
... 10.81.150.104 255.255.255.0
gerenciamento)
VLAN 10 (Interface de
sub-a-sas-s(m)-sw(n) 10.81.150.105 255.255.255.0
gerenciamento)

sub-a-sas-s01-io1 VLAN 1722 (Interface SAS) 172.17.2.2 255.255.255.0


sub-a-sas-s01-io2 VLAN 1722 (Interface SAS) 172.17.2.3 255.255.255.0
sub-a-sas-ts01 VLAN 1722 (Interface SAS) 172.17.2.4 255.255.255.0
sub-a-sas-s01-ied01 VLAN 1722 (Interface SAS) 172.17.2.10 255.255.255.0
… … … …

Os detalhes do switch da rede são apresentados em uma tabela em separado, para cada switch. Esta
tabela apresenta o tipo de módulo de interface, o número do “slot” ocupado pelo módulo de interface,
o dispositivo conectado à porta, o nome da interface do dispositivo conectado, bem como a descrição
da porta que é configurada na configuração da porta do switch. A Tabela D.16 apresenta um exemplo
de alocação de interface para o switch Ethernet “sub-a-sas-bsw01”.

Tabela D.16 – Exemplo de detalhes de switch de rede


Módulo Slot Porta Dispositivo Interface do Descrição da porta
dispositivo
FX07 1 1 sub-b-sas-s01-sw01 Porta 2 Link-to-sub-b-sas-s01-sw01
FX07 1 3 sub-a-sas-rio1-sw02 Porta 9 Link-to- sub-a-sas-rio1-sw02
FX02 2 2 sub-a-sas-s01-sw01 Porta 1 Link-to- sub-a-sas-s01-sw01
………. … ………. ………. ………. ……….
D.3.3.7 Definições de VLAN e de endereçamento de IP

O mapa de endereçamento IP da subestação é documentado e apresentado nos diagramas gerais da


rede de comunicação. São documentados a VLAN ID, o nome da VLAN, de acordo como configurado
nos switches, a descrição da VLAN e a faixa de endereço IP correspondente à VLAN ID, como
mostrado na Tabela D.17.

298 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela D.17 – Exemplos de definições de VLAN


VLAN Nome da
Descrição IP da rede Gateway
ID VLAN
Shutdown Shutdown
1 Default Shutdown (Desligamento)
(Desligamento) (Desligamento)
Subestação A – Sistema de automação da
10 Man_Vlan subestação (SAS) – Gerenciamento VLAN no 10.81.150.0 / 24 10.81.150.1
Switch
Automação da subestação - VLAN na
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

1722 sub-a_Vlan 172.17.2.0 / 24 172.17.2.1


Subestação A

D.3.3.8 Roteamento de IP

A informação relacionada com o roteamento inter-VLAN e o roteamento WAN é especificado em uma


Tabela, como mostrado na Tabela D.18. Esta configuração é aplicável ao roteador da subestação
e os detalhes do hostname do roteador, o protocolo de roteamento em utilização para a porção da
tabela de roteamento descrita e as entradas de roteamento associadas com a porção da tabela de
roteamento descrita.

Tabela D.18 – Exemplos de roteamento de IP


Protocolos de
Dispositivo Entradas de roteamento
roteamento
aa-bb-bsw01 OSPF
aa-bb-bsw01 Conectado VLAN 10, 1722

O roteamento dinâmico OSFPv2 é utilizado no roteador.

D.3.3.9 QoS

Habilitar o QoS de forma a assegurar uma marcação e tratamento apropriado do tráfego do sistema
de automação da subestação e o tráfego de dados normais por meio da rede.

A rede foi projetada para apresentar uma largura de rede mínima de 100 Mbit/s entre o núcleo e um
dispositivo de borda. O QoS evita uma sobrecarga de escrita de links de retorno e prioriza o tráfego de
dados em tempo real. A Tabela D.19 apresenta um exemplo de mapeamento de QoS.

Tabela D.19 – Exemplo de mapeamento de QoS

Dispositivo/Porta Serviço QoS


Automação Ouro 8
N/A Prata 7
Gerenciamento Bronze 6
Dados Melhor esforço 1
* 8 é a prioridade mais alta, 1 é a prioridade mais baixa.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 299


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

D.3.3.10 DHCP

O protocolo DHCP é utilizado para a alocação dos endereços IP para clientes VPN e para acesso da
rede de engenharia. O servidor DHCP é o roteador. Todos os dispositivos são alocados com endereços
IP estáticos.

D.3.3.11 Agregação de tronco e de link

Os pacotes de agregação de link (blundle) de acordo com a IEEE 802.3 são configurados em múltiplas
portas de switch que possuam uma configuração idêntica (por exemplo, as mesmas informações de
VLAN e as mesmas informações de tronco).
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Cada blundle é configurado como “desejável” em uma extremidade e como “automático” na outra.
A extremidade mais próxima do núcleo é configurada como “desejável”. Se o link for horizontal (por
exemplo, o link entre dois switches de núcleo de área), convém que o lado “a” do switch seja definido
como “desejável”.

O número do grupo é um número exclusivo no switch. Para um link ponto a ponto com uma única
VLAN, o número do grupo é configurado para ser o mesmo da VLAN do link. Se o link for um tronco, o
ID de VLAN da VLAN nativa é utilizado. Onde o mesmo conjunto de VLAN no tronco é configurado em
vários blundles no mesmo switch, então depois que a VLAN nativa tiver sido utilizada, todas as outras
VLAN serão utilizadas em ordem.

O protocolo de controle de agregação de link (LACP) Normatiza a direção da negociação de LACP, de


modo que os blundles sejam configurados consistentemente em cada switch. Quando o problema de
disparo, qualquer anomalia é mais fácil de detectar e corrigir sem a necessidade de fazer logon em
ambas as extremidades de cada link.

Cuidado deve ser tomado para que, se o número do grupo já existir no switch, as portas originais e as
novas portas não terminem no mesmo grupo. A Tabela D.20 apresenta como esta tabela é estruturada.

Tabela D.20 – Exemplo de tabela de agregação de tronco e de link (vazio)


Número do Número do
Dispositivo Interfaces Dispositivo Interfaces
canal canal
Não requerido para
esta aplicação, nesta
etapa

D.3.3.12 Velocidade de portas de switch na LAN e configuração duplex

A velocidade e a configuração da porta são registradas de acordo com o mostrado na Tabela D.21.

Tabela D.21 – Velocidade de portas de switch na LAN e configuração duplex (continua)


IHM, Gateway, Servidores de sincronismo de tempo e
estações de trabalho de engenharia

Conexão Velocidade [Mbit/s]/Duplex

Todos os dispositivos ajustados 100/Completo

300 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela D.21 (conclusão)


IHM, Gateway, Servidores de sincronismo de tempo e
estações de trabalho de engenharia
Troncos
Conexão Velocidade/Duplex
Conexões de tronco 100/Completo
IED, BCU, Dispositivos de I/O
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Conexão Velocidade/Duplex
Todos os dispositivos ajustados 100/Completo
Interlinks no tronco (Backbone)
Conexão Velocidade/Duplex
Todos os dispositivos ajustados 100/Half Duplex
Estações de engenharia
Conexão Velocidade/Duplex
Todos os dispositivos
Automático/Automático
autonegociados

D.3.3.13 Ajustes de segurança de porta de switch na LAN

A implementação de várias camadas de segurança é considerada uma boa prática ao implementar


redes de automação de subestações. São recomendadas as configurações da Tabela D.22.

Tabela D.22 – Ajustes de segurança de porta de switch na LAN (continua)

IHM, Gateway, Servidores de sincronismo de tempo e Estações de trabalho de engenharia


Ajuste de segurança Opção
Nenhum ajuste de segurança configurado em todas as
portas do switch conectado a IHM, Gateways, Servidores de Filtragem de endereço MAC
sincronismo de tempo e Estações de trabalho de engenharia
Troncos
Ajuste de segurança Opção
Nenhum ajuste de segurança configurado nas portas do
Nenhum
tronco.
IED, BCU, Dispositivos de I/O
Conexão Opção
Nenhum ajuste de segurança configurado em todas as portas
Filtragem de endereço MAC
do switch conectadas a IED, BCU e dispositivos de I/O

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 301


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela D.22 (conclusão)


IHM, Gateway, Servidores de sincronismo de tempo e Estações de trabalho de engenharia
Interlinks no tronco
Conexão Opção
Nenhum ajuste de segurança configurado em todas as portas
Nenhum
dos switches dos interlinks do tronco
Estações de engenharia
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Conexão Opção
Autenticação executada por
Segurança de acordo com a 802.1x configurados em todas as meio do servidor RADIUS com
portas de conexão das estações de engenharia Diretório Ativo Corporativo como
retaguarda

D.3.3.14 Rapid Spanning Tree Protocol (RSTP)

A topologia da rede de automação da Subestação A foi projetada de forma que todos os switches no
nível dos bay tenham um loop físico para dois switches do tronco. A rede é projetada de forma a ter
como base uma topologia adequada com o protocolo de árvore de abrangência (RSTP), de forma
a assegurar uma resiliência (recuperação em caso de falha) em casos de falha de portas, cabos
ou de switches. O protocolo de árvore de abrangência (spanning tree) é também requerido como
uma precaução contra um encaminhamento incorreto e contra futuras alterações, sendo conveniente
configurá-lo da seguinte forma:

Para links ponto a ponto, o switch do tronco é o switch-raiz.

Todos os switches-raiz possuem sua prioridade ajustada para 8192 e os switches-raiz secundários
são ajustados para 16384, por meio da utilização do parâmetro de configuração apropriado.

De forma a reduzir atrasos nas estações de trabalho, IED e no gateway, a porta é configurada como
uma porta de borda em todas as portas dos switches do nó de extremidade. Todas as outras portas
do switch, incluindo aquelas que ainda não estiverem sendo utilizadas, não estão configuradas como
portas de borda.

Quando uma porta de switch está ativada, ela passa pelo processo normal de árvore de abrangência
de escuta/aprendizado/encaminhamento. Para portas de switch que estejam conectadas a estações
finais conhecidas, esse processo é desnecessário, somente atrasando o encaminhamento de pacotes
para e da estação final.

Ajustar uma porta como uma porta de borda permite que uma porta evite o processo de escuta e
aprendizado, de forma que esta porta mova diretamente para o estado de encaminhamento. Ao utilizar
essa configuração em um link entre switches, cuidado deve ser tomado para evitar a criação de loops
de árvore de abrangência.

D.3.3.15 Melhorias na segurança da rede

D.3.3.15.1 Monitoramento DHCP

O monitoramento DHCP impede que um servidor DHCP invasor emita endereços IP para clientes.
Interfaces específicas são configuradas para permitir servidores DHCP. Todas as outras interfaces

302 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

são configuradas para negar todas as mensagens DHCP enviadas. A Tabela D.23 mostra a tabela
correspondente.

Tabela D.23 – Exemplo de monitoramento DHCP


Dispositivo Portas Servidor DHCP
sub-a-sas-bsw01 7 Roteador 1
sub-a-sas-bsw04 7 Roteador 1
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

D.3.3.15.2 Controle de avalanche

O controle de avalanche restringe o número de pacotes de broadcast ou multicast que podem inundar
uma rede e degradar seu desempenho geral. A Tabela D.24 mostra um exemplo de configurações em
um switch.

Tabela D.24 – Exemplo de tabela de controle de avalanche

Nível de avalanche Nível de avalanche


Dispositivo Portas
multicast broadcast
sub-a-sas-bsw01 1 – 19 8 000 2 000
sub-a-sas-bsw02 1 – 19 8 000 2 000
sub-a-sas-bsw03 1 – 19 8 000 2 000
sub-a-sas-bsw04 1 – 19 8 000 2 000

O controle de avalanche está ativado em todos os switches compatíveis, de acordo com os requisitos
do provedor.

D.3.3.16 Link Layer Discovery Protocol (LLDP)

O protocolo LLDP é um protocolo livre de rede de nível 2 que permite que o equipamento conectado
compartilhe informações sobre outros equipamentos conectados diretamente, como a versão do
sistema operacional e o endereço IP.

O LLDP é configurado em todos os links entre equipamentos de rede e desativado em todas as


conexões com IED, IHM, servidores de tempo, BCU e portas de engenharia.

D.3.3.17 Autenticação

Autenticação via ssh CLI e interfaces https são configuradas por switch com os dados pré-definidos
de usuário e senha.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 303


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Anexo E
(informativo)

Logical Nodes típicos para as funções de proteção, medição,


intertravamento, supervisão ou controle

E.1 Este Anexo tem por objetivo servir de fonte de consulta para os profissionais envolvidos com as
atividades de projeto de engenharia ou testes de redes de comunicação para automação de sistemas
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

elétricos de potência, apresentando os Logical Nodes mais comumente utilizados para as funções de
proteção, medição, intertravamento, supervisão ou controle, indicados nas IEC 61850-5 e IEC 61850-7-4.

E.2 São relacionadas neste Anexo os Logical Nodes mais frequentemente utilizadas em automação
de sistemas elétricos para as funções de proteção, medição, intertravamento, supervisão ou controle,
acordo com as IEC 61850-5 e IEC 61850-7-4. Nos casos aplicáveis é indicada também a numeração
da respectiva função de proteção ou do dispositivo, de acordo com a ANSI/IEEE C37.2

E.3 De acordo com a IEC 61850-7-4, os Logical Nodes são alocados em vinte e seis grupos
lógicos, indicados na Tabela E.1.

Tabela E.1 – Grupos de Logical Nodes, de acordo com a IEC 61850-7-4 (continua)

Grupo Grupos de Logical Nodes indicados na IEC 61850-7-5


A Controle automático/Automatic control
B Reservado para uso futuro (Baterias)
C Supervisão de controle/Supervisory control
D Recursos de energia Distribuída/Distributed energy resources
E Reservado para utilização futura
F Blocos funcionais/Functional blocks
G Funções genéricas/Generic function references
H Energia hidráulica/Hydro power
I Interfaceamento e arquivamento/Interfacing and archiving
J Reservado para utilização futura
Equipamentos primários mecânicos e não mecânicos/Mechanical and non-electrical
K
primary equipment
Sistema de Logical Nodes/System Logical Nodes - LLNO (Comum), LPHD (Physical
L
Device)
M Medição/Metering and measurement
N Reservado para utilização futura (Power plant)
O Reservado para utilização futura (Energia solar)

304 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela E.1 (conclusão)


Grupo Grupos de Logical Nodes indicados na IEC 61850-7-5
P Funções de Proteção/Protection functions
Eventos relacionados com a detecção de Qualidade de Energia/Power quality events
Q
detection related
R Funções relacionadas com proteção/Protection related functions
S Supervisão e monitoração/Supervision and monitoring
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Transformadores de instrumentos (TC e TP) e sensores/Instrument transformer and


T
sensors
U Reservado para utilização futura
V Reservado para utilização futura
W Energia eólica/Wind power
X Dispositivos de manobra/Switchgear
Transformadores de potência e funções relacionadas/Power transformer and related
Y
functions
Outros equipamentos do sistema elétrico de potência/Further (power system)
Z
equipment

E.4 Os Logical Nodes para as funções de proteção, medição, intertravamento, supervisão ou


controle mais utilizadas na automação de sistemas elétricos de acordo com as definições indicadas na
IEC 61850-5 e com os modelamentos indicados na IEC 61850-7-4 são apresentados na Tabela E.2.

Tabela E.2 – Logical Nodes para funções de proteção, medição, intertravamento, supervisão
ou controle mais utilizadas na automação de sistemas elétricos de acordo
com as IEC 61850-5 e IEC 61850-7-4 (continua)
Logical Número do
Logical Node
Node dispositivo Descrição da função de proteção, medição,
modelado na
definido na (ANSI / IEEE intertravamento, supervisão ou controle
IEC 61850-7-4
IEC 61850-5 C37.2)
Controle automático de tensão por comutador de Tap
ATCC ATCC ---
Automatic voltage control for tap changer
Logical Node para intertravamento (bloqueio, por
CILO CILO 3 exemplo)
Logical Node for Interlocking
Bloqueio, intertravamento de controle
CILO CILO 86, 3
Control Interlocking
Controle de chave ou de disposto de manobra
CSWI CSWI ---
Switch Controller, switchgear Control
Função de Comunicação Genérica de I/O da IEC 61850
GGIO GGIO ---
IEC 61850 Generic Communication I/O functions

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 305


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela E.2 (continuação)


Logical Número do
Logical Node
Node dispositivo Descrição da função de proteção, medição,
modelado na
definido na (ANSI / IEEE intertravamento, supervisão ou controle
IEC 61850-7-4
IEC 61850-5 C37.2)
Interface Humano-Máquina
IHMI IHMI ---
Human-Machine Interface
Distorção total de corrente
IMHAI IMHAI PQM3I
Current total demand distortion
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Dados de configuração de Dispositivos Lógicos/Logical


LLN0 LLN0 Node 0
Logical Device Data/Logical Node 0
Dados de configuração de Dispositivos Físico
LPHD LPHD ---
Phisical Device Data

MMXU / Monitoração/Medições
MMXU / MMXN ---
MMXN Measurements

PBDF / PDIR / Proteção diferencial de barra


PBDF 87 B
PHAR Busbar Differential Protection
Proteção temporizada de sobrecorrente c.c.
PDCO PDCO / PTOC 76
DC Time Overcurrent Protection
Proteção direcional/Proteção direcional de falta à terra
PDEF PDEF / PTOC 67 N
Direction Protection/Directional earth-fault Protection

PDIF / Proteção diferencial


PDIF / RMXU 87
RMXU Differential Protection
Proteção direcional
PDIR PDIR 67, 87 B
Direction protection/Directional earth-fault Protection
Proteção de Distância
PDIS PDIS / PSCH 21
Distance Protection
Proteção de perda de excitação
PDIS PDIS 40
Loss of excitation Protection
PDOC /
PDOC / RDIR / Proteção direcional de sobrecorrente alternada
RDIR / 67, 87 B
PTOC AC Directional Overcurrent Protection
PTOC
PDPR /
RDIR / PDPR / RDIR / Proteção Direcional de sobre potência
32
PDOP / PDOP / PDUP Directional Overpower Protection
PDUP

306 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela E.2 (continuação)


Logical Número do
Logical Node
Node dispositivo Descrição da função de proteção, medição,
modelado na
definido na (ANSI / IEEE intertravamento, supervisão ou controle
IEC 61850-7-4
IEC 61850-5 C37.2)
Proteção Direcional de subpotência, Perda de Campo
PDUP / ou Subexcitação
PDUP / PDIS 32, 37, 40
PDIS Directional Under Power Protection, Loss of Field or
Under Excitation Protection
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

PFRQ / PTOF / Descarte seletivo de cargas


PFRQ 81 LSH
PTUF / PFRC Load shedding and restoration
Proteção de subfrequência/Proteção de
PFRQ /
sobrefrequência / Proteção de taxa de alteração da
PTUF / PFRQ / PTOF /
81 frequência
PTOF / PTUF / PFRC
Underfrequency Protection/ verfrequency Protection/
PFRC
Rate of change of frequency Protection
PGDF /
PGDF / RMXU / Proteção Diferencial de Gerador
RMXU / 87 G
PDIF Generator Differential Protection
PDIF
Proteção por detecção de aterramento, proteção contra
PHIZ /
PHIZ / PTOC 64, 51N falta a terra
PTOC
Ground detector, Earth fault Protection
Proteção de sobrecorrente instantânea
PIOC PIOC 50
Protection Instantaneous Over Current
Proteção de Sobrecorrente de terra (Ground sensor)
PIOC PIOC 50 GS
Protection Time Over Current
Proteção de falha entre espiras, Proteção de
PITF PTIF / PTOC 64 W sobrecorrente de tempo inverso
Interturn Fault Protection, Time Over Current Protection
Proteção diferencial de linha
PLDF PLDL / PDIF 87 L
Restricted earth fault line Protection

PMDF / Proteção Diferencial de fluxo auto balanceado de Motor


PMDF / PDIF 87 M
PDIF Motor Differential Protection
Monitoração de tempo de partida, proteção de
PMSU / partida de motor Inibição de repartida ou de partidas
PMSU / PMRI /
PMRI / 48, 51 LR, 66 sucessivas, Load Jam
PMSS
PMSS Motor Start-Up Protection, Motor Restart Inhibition
Protection, Motor Successive Startup Protection
Proteção de falta à terra com restrição
PNDF PNDF / PDIF 87 N
Restricted earth fault Protection
Proteção de Fator de potência
POPF POPF 55
Over Power Factor Protection

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 307


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela E.2 (continuação)


Logical Número do
Logical Node
Node dispositivo Descrição da função de proteção, medição,
modelado na
definido na (ANSI / IEEE intertravamento, supervisão ou controle
IEC 61850-7-4
IEC 61850-5 C37.2)
Proteção contra sequência incompleta
PPAM PPAM 13
Out-of-step Protection
Desbalanço de corrente ou corrente de sequência
negativa para motores ou proteção de sequência de
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

PPBR /
PPBR / PTOC 46 fase reversa
PTOC
Time Over Current Protection / Negative-sequence
overcurrent protection for motors
Proteção contra perda de sequência de fase,
desbalanço de tensão, sobretensão, sequência de fase
PPBV / 47, 59,
PPBV / PTOV incorreta, reversão de fase
PTOV 59 DC, 60
Phase Sequence or Balance Voltage Protection, Time
Over Voltage Protection
Proteção de comparação de fase
PPDF PPDF / PDIF 87 P
Phase comparison Protection
Proteção de rotor a terra, Proteção de falha entre
PREF / PTIF PREF / PTIF / 46, 51, 60, 64 espiras, Proteção de sobrecorrente de tempo inverso
/ PTOC PTOC / PHIZ R, 64 W, 76 Rotor Earth Fault Protection, Interturn Fault Protection,
Time Over Current Protection

PROL / Proteção térmica de sobrecarga do rotor


PROL / PTTR 49 R
PTTR Rotor Thermal Overload Protection
PROT /
Proteção de rotor incluída em sistemas de excitação
PRTR /
PROT / PRTR / de máquinas síncronas / Proteção de curto-circuito de
PTOC / 40, 49 R,
PTOC / PHIZ / campo
PHIZ / 64 R, 51
PDUP / PDIS Synchronous Machines Rotor Protection/Field short-
PDUP /
circuit protection
PDIS
Proteção por fio-piloto ou por onda portadora (carrier)
PSCH PSCH / RCPW 85
Carrier or Pilot Wire Protection
Proteção Direcional sensitiva de falha a terra em
PSDE /
PSDE / RDIR / sistemas isolados, Elemento Direcional
RDIR / (37), (67 N)
TCTR Sensitive Directional Earthfault Protection, Directional
TCTR
Element
Proteção de estator a terra, Proteção de falha entre
PREF / PTIF / 46, 51, 60, 64 espiras, Proteção de sobrecorrente de tempo inverso
PSEF
PTOC / PHIZ S, 64 W, 76 Stator Earth Fault Protection, Interturn Fault Protection,
Time Over Current Protection
Proteção térmica de sobrecarga do estator
PSOL PSOL / PTTR 49 S
Stator Thermal Overload Protection

308 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela E.2 (continuação)


Logical Número do
Logical Node
Node dispositivo Descrição da função de proteção, medição,
modelado na
definido na (ANSI / IEEE intertravamento, supervisão ou controle
IEC 61850-7-4
IEC 61850-5 C37.2)
PTDF /
RMXU PTDF / RMXU / Proteção Diferencial de Transformador
87 T
/ PDIF / PDIF / PHAR Transformer Differential Protection
PHAR
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Proteção de tensão diferencial de bateria de capacitor


PTDV PTDV 87 V
Capacitor Voltage Differential Protection
Proteção contra falha a terra transiente ou intermitente
PTEF PTEF 67 NIEF
Transient or Intermittent Earth-Fault Protection
Proteção de Sobrecorrente de tempo inverso
PTOC PTOC 51
Time Over Current Protection
Proteção contra sobretensão temporizada
PTOV PTOV 59
Time Over Voltage Protection
Trip lógico / Transferência de trip
PTRC PTRC 94
Tripping logic
Proteção por sobretemperatura (por exemplo, de
PTTR PTTR 26 mancal por RTD)
Motor Thermal Overload Protection
Proteção térmica de sobrecarga (via medição de
PTTR PTTR 49 corrente)
Protection Motor Thermal Overload
Proteção térmica (medição de temperatura do estator
PTTR PTTR 49 T por RTD)
Motor Thermal Overload Protection
Proteção de Subcorrente
PTUC PTUC 37
Time Under Current Protection
Proteção de Subtensão
PTUV PTUV 27
Protection Time Under Voltage
PUCP /
PUCP / PTUC / Proteção de Subcorrente ou de subpotência
PTUC / 37
PDUP / RDIR Undercurrent or Underpower Protection
PDUP /RDIR
Proteção contra perda de campo ou contra perda de
PUEX / PUEX / PDUP /
40 excitação
PDUP, PDIS PDIS
Loss of Field or Under excitation Protection
Proteção de desbalanço de tensão ou corrente
PVCB PTOV / PTOC 60
Voltage or current balance protection

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 309


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela E.2 (continuação)


Logical Número do
Logical Node
Node dispositivo Descrição da função de proteção, medição,
modelado na
definido na (ANSI / IEEE intertravamento, supervisão ou controle
IEC 61850-7-4
IEC 61850-5 C37.2)
Proteção temporizada de sobrecorrente com restrição
PVOC PVOC 51 V de tensão
Voltage-restrained time Overcurrent Protection
Proteção Volt por Hertz
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

PVPH PVPH 24
Volt per Hertz Protection
Proteção de Subvelocidade ou Subrotação
PZSU PZSU 14
Zero speed or underspeed Protection
Proteção de retaguarda contra falha de disjuntor
RBRF RBRF 50 BF
Breaker Failure Backup Protection
Detecção de oscilação de potência
RPSB RPSB 68
Power swing detection
Autoreligador
RREC RREC 79
Autorecloser
Verificação de sincronismo, verificação de sincronismo
RSYN / e energização, controle de sincronismo
RSYN / CSYN 25
CSYN Synchrocheck, energizing check and synchronizing,
Synchroniser Control
Supervisão de Arco
SARC SARC ---
Arc Supervision
Supervisão de Disjuntor
SCBR SCBR ---
Circuit Breaker Supervision
Monitoração de condição de disjuntor
SCBR SCBR ---
Circuit breaker condition monitoring
Supervisão de Isolamento, Função de monitoração de
SIMS / gás de isolação
SIMS / SIMG 63
SIMG Insulation Supervision, Insulation Gas Monitoring
Supervision
Função de monitoração de líquido de isolação
SIMS / SIML SIMS / SIML 63
Insulation Liquid Monitoring Supervision
Supervisão de posição de comutador de Tap
SLTC SLTC 84 M Tap Changer Supervision, Tap Changer position
indication
Controle de comutador de Tap com regulador de tensão
SLTC SLTC 90 V Tap Changer Supervision, Tap Changer control with
voltage regulator

310 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela E.2 (continuação)


Logical Número do
Logical Node
Node dispositivo Descrição da função de proteção, medição,
modelado na
definido na (ANSI / IEEE intertravamento, supervisão ou controle
IEC 61850-7-4
IEC 61850-5 C37.2)
Supervisão de Descarga Parcial
SPDC SPDC ---
Partial Discharge Supervision
Supervisão de Transformador de Potência
SPTR SPTR ---
Power Transformer Supervision
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Supervisão de Chave ou Dispositivo de Manobra


SSWI SSWI ---
Switch Supervision
Supervisão de temperatura (por exemplo, de mancal
STMP STMP 38 por RTD)
Temperature Supervision
Supervisão de Vibração
SVBR SVBR ---
Vibration Supervision
Transformador de Corrente (visto pelo sistema de
automação)
TCTR TCTR ---
Current Transformer (as seen by the automation
system)
Transmissor de rotação
TRTN TRTN ---
Rotation Transmitter
Sensor de Temperatura
TTMP TTMP ---
Temperature Sensor
Sensor de Vibração
TVBR TVBR ---
Vibration Sensor
Transformador de Tensão (visto pelo sistema de
automação)
TVTR TVTR ---
Voltage Transformer (as seen by the automation
system)
Distorção total de tensão
VMHAI VMHAI PQM3V
Voltage total demand distortion
Controle de disjuntor
XCBR XCBR 52
Circuit Breaker Control
Transformador de Potência (visto pelo sistema de
YPTR YPTR --- automação)
Power Transformer (as seen by the automation system)
Bateria de acumuladores (visto pelo sistema de
ZBAT ZBAT --- automação)
Battery (as seen by the automation system)

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 311


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela E.2 (conclusão)


Logical Número do
Logical Node
Node dispositivo Descrição da função de proteção, medição,
modelado na
definido na (ANSI / IEEE intertravamento, supervisão ou controle
IEC 61850-7-4
IEC 61850-5 C37.2)
Gerador (visto pelo sistema de automação)
ZGEN ZGEN ---
Generator (as seen by the automation system)
Motor (visto pelo sistema de automação)
ZMOT ZMOT ---
Motor (as seen by the automation system)
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Resistor (visto pelo sistema de automação)


ZRES ZRES ---
Resistor (as seen by the automation system)
Retificador Controlado a Semicondutor (visto pelo
sistema de automação)
ZSCR ZSCR ---
Semiconductor Controlled Rectifier (as seen by the
automation system)
Máquina síncrona (visto pelo sistema de automação)
ZSMC ZSMC --- Synchronous Machine (as seen by the automation
system)
Conversor de Frequência Controlado a Tiristor (visto
pelo sistema de automação)
ZTCF ZTCF ---
(Thyristor Controlled Frequency Converter (as seen by
the automation system)

312 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Anexo F
(informativo)

Barramento de estação em sistemas industriais com VLAN


e teste de interoperabilidade

Este Anexo tem por objetivo apresentar informações sobre a aplicação, no Brasil, dos requisitos da
Série IEC 61850 em sistemas industriais de grande porte, aplicáveis a refinarias de petróleo e polos
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

petroquímicos.

F.1 Generalidades

F.1.1 Aspectos normativos


Este estudo de caso de engenharia de rede de comunicação de dados IEC 61850 em sistemas elétricos
industriais apresenta alguns requisitos particulares e específicos das aplicações, incluindo tráfego
em protocolo “não IEC 61850” para interface com o sistema de supervisão e controle de processo.
Alguns critérios de projeto apresentados neste Anexo podem ser diferentes, em alguns casos, das
recomendações gerais de engenharia de rede apresentadas neste Relatório Técnico, servindo, no
entanto, como exemplos de sistemas de automação em rede Ethernet e com protocolos com base na
Série IEC 61850.

F.1.2 Contexto e panorama geral


Este estudo de caso considera o projeto de automação dos sistemas elétricos industriais de grande
porte de uma refinaria de petróleo e de um polo petroquímico que foram detalhados para serem
instalados no Brasil.

Em ambos os empreendimentos a automação do sistema elétrico foi concebida, desde a época do


projeto básico, com base na utilização dos padrões de comunicação da Série IEC 61850, de forma a se
obter os benefícios de utilização de padrões abertos, interoperabilidade, menor custo de investimento
(projeto, montagem e comissionamento), maior confiabilidade e maior disponibilidade das funções de
medição, monitoração, controle e proteção desempenhadas pelos Sistemas de Supervisão e Controle
(SSC) dos respectivos sistemas elétricos industriais.

F.1.3 Descrição geral do sistema elétrico industrial da Refinaria de Petróleo


O sistema elétrico da Refinaria de Petróleo é composto basicamente por 36 subestações que incluem
cerca de 42 transformadores de força de 13,8/4,16 kV e 150 transformadores de força de 13,8/0,48 kV.
As cargas elétricas principais são representadas por motores dos tipos de indução ou síncrono, com
partida direta na rede ou por meio de conversores de frequência.

As principais subestações que compõe sistema elétrico desta refinaria são as seguintes.

F.1.3.1 Subestação principal de entrada em 230 kV

Composta basicamente de barramento principal e transferência em 230 kV e de dois transformadores


de força de 75/100 MVA de 230/69 kV. Esta subestação é conectada ao SIN (Sistema Interligado
Nacional) por meio de dois circuitos independentes.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 313


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

F.1.3.2 Subestação da “Central de Utilidades” em 13.8 kV e 69 kV

Composta basicamente de quatro transformadores de força de três enrolamentos de 70/70/35 MVA


com relação de tensão de 13,2/69 /13,8 kV. Os enrolamentos primários destes transformadores de
força (13.2 kV) são conectados a três conjuntos turbogeradores (com previsão de um quarto gerador,
no futuro) acionados a vapor com potência nominal de 50 MW cada um e tensão nominal de 13,2 kV.
Os enrolamentos secundários desses transformadores de força (69 kV) são conectados à uma subes-
tação do tipo GIS (“Gas Insulated Switchgear”). Os enrolamentos terciários desses transformadores
de força são conectados a dois painéis elétricos de 13,8 kV que alimentam as cargas elétricas da
própria Central de Utilidades.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

F.1.3.3 Subestação GIS em 69 kV

Composta de 15 bays contendo disjuntores, chaves secionadoras, chaves de aterramento, TP e TC,


isolados com gás SF6, na configuração de barra dupla a três chaves. Esta subestação atua como
barra de sincronismo entre as fontes de alimentação do sistema elétrico da Refinaria, incluindo os
circuitos de entrada da concessionária de energia e os turbogeradores próprios.

F.1.3.4 Subestações de distribuição em 69 kV

Compostas por subestações que recebem energia elétrica da subestação GIS em 69 kV e executam
uma distribuição de circuitos de força em 13,8 kV para as subestações de área. Cada uma destas
subestações é composta basicamente de dois transformadores de força de 45/60 MVA com relação de
tensão de 69/13,8 kV e painéis elétricos do tipo CDC com tensão nominal de 13,8 kV.

F.1.3.5 Subestações de área em 13.8 kV, 4.16 kV e 0.48 kV

Compostas por vinte e cinco subestações unitárias, englobam as subestações da Refinaria que
alimentam as cargas elétricas de unidades de processo, utilidades, áreas administrativas, Centro
Integrado de Controle (CIC), laboratório e prédio do setor de Tecnologia da Informação (TI). Estas
subestações de área são compostas basicamente de seções de 13,8 kV, 4,16 kV e de 0,48 kV com
seus respectivos equipamentos de força e automação.

O diagrama unifilar geral simplificado da refinaria de petróleo é apresentado na Figura F.1.

314 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Subestação LT 230 kV LT 230 kV


de Entrada
230 kV

Central de utilidades Futuro

13,2 kV / 13,2 kV /
G 50 MW
G G G
50 MW

75/100 MVA 75/100 MVA


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

230 - 69 kV 230 - 69 kV
70 / 35 70 / 35
MVA MVA

Subestação
GIS (SF6)
69 kV

45 / 60 MVA 45 / 60 MVA
45 / 60 MVA 45 / 60 MVA
69 – 13,8 kV 69 – 13,8 kV
69 – 13 ,8 kV 69 – 13 ,8 kV

13,8 kV 13,8 kV 13,8 kV 13,8 kV

Subestação Subestação Subestação Subestação


unitária para unitária para unitária para unitária para
Unidade de 13,8 kV Unidade de Unidade de Unidade de
processo (típico) processo (típico) processo (típico) processo (típico)

Carga Carga
elétrica de 5,0 MVA elétrica de
processo processo

4,16 kV

Carga Carga
elétrica de elétrica de
processo processo

Subestação
unitária para
2,0 MVA Unidade de
processo
0,48 kV (típico)

Carga Carga
elétrica de elétrica de
processo processo

Figura F.1 – Diagrama unifilar geral simplificado da refinaria de petróleo

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 315


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

F.1.4 Descrição geral do sistema elétrico industrial do polo petroquímico

A energia elétrica necessária ao funcionamento das instalações industriais do polo petroquímico foi
projetada para ser fornecida por meio de sistema de cogeração com um total de três turbogeradores
acionados à vapor, com potência nominal de 140 MW e tensão nominal de 25 kV, adequados para
a geração elétrica em regime contínuo; localizados na central de utilidades.

Os três turbogeradores foram projetados para serem interligados ao sistema de distribuição elétrico
industrial por meio de três transformadores de força de elevação, com tensão nominal de 25/138 kV,
com potência nominal de 175 MVA cada transformador.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

O suprimento de energia elétrica, a partir do sistema de transmissão da empresa concessionária foi


projetado para ser constituído por uma subestação de entrada com um switchgear de 345 kV isolada
a ar (AIS - Air Insulated Switchgear), recebendo alimentação de dois circuitos de linhas de transmissão
em 345 kV; que opera com a finalidade de ser utilizada como “back-up” de energia e complementação
de demanda a partir da Central de utilidades (geração própria).

Os dois alimentadores de entrada de energia da Concessionária foram projetados para serem


interligados a uma rede de distribuição interna ao polo petroquímico, em 138 kV por meio de dois
transformadores de força, 345/138 kV, com potência nominal de 500 MVA cada.

O sistema elétrico da planta de cogeração foi projetado para operar em paralelo com a rede da con-
cessionária, a qual em cada de uma parada dos equipamentos de geração para manutenção, foi pro-
jetada para assumir imediatamente, sem interrupção, as cargas elétricas das instalações industriais
do polo petroquímico.

A distribuição de energia elétrica para o polo petroquímico foi projetada para ser feita por meio de
um Switchgear 138 kV isolado em SF6 (GIS – Gas Insulated Subestation), localizado na subestação
principal (345/138 kV); por meio de cabos aéreos instalados em leitos para cabos (cables racks)
para as subestações de distribuição, localizadas nos centros de consumo, as quais foram projetadas
para receber os dois circuitos de cabos alimentadores provenientes dos dois transformadores de
distribuição.

As subestações de distribuição foram projetadas para alimentar as subestações unitárias, que por sua
vez alimentam os sistemas elétricos de distribuição e as cargas elétricas (basicamente transformadores
e motores de indução e síncronos) das unidades de processo, as áreas de utilidades e as áreas
administrativas.

As subestações unitárias foram projetadas para receber dois alimentadores em 34.5 kV ou 13.8 kV
em seu painel principal de entrada, o qual foi projetado para alimentar as seções de 13,8 kV, 4,16 kV
e 480 V em topologia tipo secundário seletivo.

No projeto do sistema elétrico industrial do polo petroquímico é considerado um total de cerca de


57 subestações, com a instalação de cerca de 2 850 IED operando em barramento de estação de
acordo com a Série IEC 61850.

O diagrama unifilar geral simplificado do polo petroquímico é apresentado na Figura F.2.

316 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

LT 345 kV

Subestação de
Entrada - 345 kV (AIS)
Barra A

Barra B
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

500 MVA 500 MVA

Subestação Principal
345 / 138 kV (GIS / SF 6)

138 kV

Subestação de
60
175 175 175 distribuição MVA
MVA
MVA MVA (Típico em
13.8 kV) 13,8 kV
25 kV / 25 kV / 25 kV /
G 140 MW G G 140 MW
140 MW

Central de utilidades

Subestação
unitária para
13,8 kV Unidade de
processo (t ípico)

Carga Carga
elétrica de elétrica de
processo
5, 0 MVA
processo
Subestação de
25 a 80 transformação
MVA
4, 16 kV (Típico em
34,5 kV)
34.5 kV

Carga Carga
elétrica de elétrica de
processo processo

Subestação
unitária para
2, 0 MVA
Unidade de Seção de Seção de Seção de Seção de
transformação transformação transformação transformação
processo 34,5 / 13,8 kV 34,5 / 13,8 kV 34,5 / 13,8 kV 34,5 / 13,8 kV
0, 48 kV (típico) (típico) (típico) (típico) (típico)

Carga Carga
elétrica de elétrica de
processo processo

Figura F.2 – Diagrama unifilar geral simplificado do polo petroquímico

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 317


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

F.2 Topologia e redundância da rede do sistema de automação elétrico


industrial
A topologia de projeto da rede de automação destes sistemas elétricos industriais é concebida com
base em padrão Ethernet, com switches ópticos utilizando uma abordagem hierárquica. A topologia
é baseada em um tronco (“backbone”) redundante com encaminhamento de cabeamento redundante
entre os switches de tronco (“backbone”) e os switches de nível de bay ou de borda (“edge”) (ver
Figura F.1). Essa topologia de duas estrelas proporciona os benefícios de um caminho de ampliação
flexível e de simplicidade de instalação.

O projeto de tronco (“backbone”) duplo oferece elevada resiliência e baixo tempo de retorno a operação
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

após uma falha (“failover”). O protocolo RSTP (Rapid Spanning Tree Protocol) foi utilizado para
o gerenciamento de redundância de caminhos de comunicação na rede.

A Figura F.3 apresenta de forma simplificada a topologia da automação dos sistemas elétricos
industriais da refinaria de petróleo e do polo petroquímico, bem como interfaces entre o sistema de
supervisão e controle (SSC) de elétrica com o SSC de processo.

Figura F.3 – Topologia simplificada do sistema de supervisão e controle para a automação


dos sistemas elétricos industriais da refinaria de petróleo e do polo petroquímico

F.3 Descrição geral da automação do sistema elétrico industrial da refinaria


de petróleo
O sistema digital de automação da refinaria de petróleo foi projetado com base na utilização de IED
(Intelligent Electronic Devices), utilizando os protocolos de comunicação especificadas na Série
IEC 61850, interligados por meio de switches ópticos industriais, formando um barramento de estação.

A automação do sistema elétrico da refinaria de petróleo abrange todas as 36 subestações que


compõem o sistema elétrico de potência industrial, estando essas geograficamente distribuídas numa
área de mais de seis milhões de m2.

318 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Foi adotado como premissa do projeto de automação daquela refinaria de petróleo que tanto o sistema
de automação elétrico quanto o sistema de automação de processo são operados por meio da mesma
plataforma de controle, a saber, o SDCD (sistema digital de controle distribuído) da planta.

Os IED dos CCM de baixa tensão são integrados diretamente ao SSC de processo (SDCD) e não
fazem parte das redes IEC 61850 da automação de sistema elétrico desta refinaria.

A existência de um sistema de geração própria de energia elétrica por meio de geradores acionados
por turbinas à vapor e de limitações do contrato de consumo de energia elétrica pela Concessionaria
levaram à necessidade da automação do sistema elétrico da Refinaria possuir um sistema de descarte
seletivo de cargas. Este sistema, levou em consideração as possibilidades tecnológicas obtidas pela
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

utilização de mensagens prioritárias previstas na IEC 61850 (GOOSE), estando diretamente integrado
à rede de automação do sistema elétrico, ficando fisicamente centralizado na casa de força da refinaria.
O mesmo princípio de automação elétrico se aplica ao sistema de reaceleração de motores.

Foi utilizado um sistema unificado de armazenamento de dados e supervisão, atendendo aos requisitos
de tempo definidos no projeto básico. Complementam ainda as necessidades da automação do
sistema elétrico os enlaces de comunicação de dados: de engenharia e de manutenção; sistema de
descarte seletivo de cargas e a interligação entre diferentes subestações denominadas “a montante”
e “a jusante”.

O projeto de automação considerou a existência de enlaces de comunicação de dados baseados nos


protocolos da Série IEC 61850 integrados por meio de servidores OPC com o sistema de supervisão
e controle (SSC) de processo (como o SDCD) para controle de processo da refinaria de petróleo.
A integração entre a automação do sistema elétrico com a automação do sistema de processo foi feita
com base em dispositivos que se comunicam por protocolo de comunicação serial determinístico “não
IEC 61850”.

Fazem parte da automação do sistema elétrico cerca de 2 100 IED, que atendem aos protocolos de
comunicação da IEC 61850; e mais de 5 000 dispositivos de controle e proteção “inteligentes” com o
protocolo de comunicação “não IEC 61850”, instalados em CCM de baixa-tensão, que se comunicam
como o sistema de supervisão e controle (SSC) de processo.

F.4 Componentes gerais da automação do sistema elétrico industrial da


refinaria de petróleo
O sistema de supervisão e controle (SSC) para a automação do sistema elétrico industrial da refinaria
de petróleo é composto, no total, por cerca de:

● 2 100 IED formando um barramento de estação em cada uma das subestações unitárias, que se
comunicam nos protocolos MMS e GOOSE previstos na Série IEC 61850

● 320 switches industriais em rede Ethernet, compondo o barramento de estação em cada


subestação unitária;

● 37 conjuntos de equipamentos de GPS para sincronismo temporal dos dispositivos seguindo o


protocolo de sincronismo IRIG-B para os IED, com rede hardwired;

● 60 servidores escravos de descarte seletivo de cargas com comunicação no protocolo GOOSE;

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 319


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● 70 servidores OPC que executam também as funções de servidores de base de dados do sistema
de supervisão e controle (SSC) de processo, incluindo arquivos de oscilografia que disponibilizam
arquivos em formato COMTRADE.

● Além destes equipamentos de automação elétrico existem também mais de 5 000 dispositivos
digitais de controle e proteção instalados para as cargas elétricas, motóricas ou não motóricas,
alimentadas por painéis do tipo CCM “inteligentes” de baixa tensão (0,48 kV), que são instalados
em cada uma das subestações unitárias, interligados em protocolo “não IEC 61850” ao sistema
de supervisão e controle (SSC) de processo (SDCD).
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

F.5 Enlace de comunicação de dados com base na IEC 61850


A parte do sistema de supervisão e controle (SSC) para a automação do sistema elétrico industrial
com base na Série IEC 61850 é composta de IED conectados diretamente a um conjunto de “switches”
industriais gerenciáveis com requisitos indicados na IEC 61850-3.

Esta ligação é realizada em topologia estrela por meio de cabo de fibra ótica multimodo e largura
de banda de 100 Mb/s. Neste enlace de comunicação trafegam dados em formato GOOSE, MMS e
arquivos em formato COMTRADE. Os IED são instalados dentro dos próprios painéis elétricos e os
switches no interior de “racks” locados na casa de controle local de cada subestação.

Os IED possuem sincronismo de tempo por meio de um sistema de posicionamento global (GPS)
instalado no interior de “racks” locados na casa de controle local de cada uma das subestações. Tal
enlace utiliza o protocolo de comunicação IRIG-B e, como meio físico, cabo coaxial do tipo RG 58.

Os switches são conectados internamente em cada subestação em topologia anel por meio de cabo
de fibra óptica multimodo e largura de banda de 1 Gb/s. A limitação de quantidade de switches em
cada anel teve como parâmetro limite o tempo máximo de reconfiguração do mesmo, registrado na
especificação técnica do projeto básico com valor de 50 ms.

Além da conexão com os IED os switches permitem interface redundante com outros dispositivos
do Sistema de Supervisão e Controle (SSC) para a automação do sistema elétrico industrial por
meio de dois deles. As interfaces são realizadas de acordo com a especificação indicada a seguir,
proporcionando funcionalidades adicionais e requeridas ao sistema de automação elétrica como uma
solução que engloba todo o sistema elétrico:

a) Servidores de descarte seletivo de cargas “escravo”: São dispositivos redundantes e que se


conectam em topologia estrela redundante por meio de cabo de fibra óptica multimodo e largura
de banda de 100 Mb/s. Neste enlace de comunicação trafegam dados em formato GOOSE.
Os servidores estão instalados no interior de “racks” locados na casa de controle local de cada
subestação;

b) Enlace de comunicação de dados de sincronismo de tempo utilizando o protocolo SNTP para os


servidores OPC e de oscilografia;

c) Porta de conexão local de “hardware” para acesso direto aos dispositivos do enlace de comunicação
de dados;

d) Servidores OPC e de oscilografia. São dispositivos redundantes e que se conectam em estrela


redundante por meio de cabo metálico UTP e largura de banda de 1 Gb/s. Neste enlace de
comunicação trafegam dados em formato MMS e arquivos em formato COMTRADE. Os servidores
estão instalados no interior de “racks” locados na casa de controle local de cada subestação;

e) Switches dedicados ao enlace de comunicação de dados do sistema de manutenção e engenharia.

320 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Os switches também permitem interface direta entre os anéis das diferentes subestações, tendo
esses sido batizados como enlace de comunicação de dados “a montante” e “a jusante”. Tal ligação
é realizada em topologia estrela por meio de cabo de fibra óptica monomodo e largura de banda de
100 Mb/s.

A finalidade principal de tais enlaces é permitir que as funções de intertravamento, controle e proteção
permeiem entre os IED de diferentes subestações, com requisitos de comunicação horizontal e troca
de mensagens GOOSE.

As mensagens da Sistema de Supervisão e Controle (SSC) para a automação do sistema elétrico


industrial são segregadas por segmentos de enlace de comunicação de dados Ethernet, possibilitado
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

pela configuração de VLAN, denominadas, para esta aplicação, de “VLAN de transferência”.

Para facilitar os trabalhos de montagem e integração das diferentes unidades e subestações, toda
a infraestrutura de interligação da automação do sistema elétrico foi concebida em topologia estrela
redundante com caminhos físicos distintos, sendo o “centro” da estrela definido fisicamente como o
centro integrado de controle (CIC) da refinaria de petróleo. Esta definição foi adotada mesmo para os
enlaces de comunicação de dados implantados em topologia em anel, como é o caso do enlace de
comunicação de dados de engenharia e de manutenção.

Um exemplo de mapa de comunicação de IED com mensagens GOOSE e MMS na Série IEC 61850
utilizado na automação do sistema elétrico industrial é apresentado na Tabela F.1.

Tabela F.1 – Exemplo de mapa de comunicação de IED com mensagens GOOSE


e MMS na Série IEC 61850 (continua)
Virtual Tipo de
Descrição da mensagem de controle, proteção ou monitoração Condição
Output Mensagem
VI.01 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Comando abrir disjuntor 1 = abrir
VI.02 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Comando fechar disjuntor 1 = fechar
<Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Descarte seletivo de cargas –
VI.03 GOOSE 1 = atuado
transmissão trip
VO.01 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - IED em operação 1 = atuado
VO.02 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - IED pronto para operar 1 = atuado
VO.03 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Falha paralelismo 1 = atuado
VO.04 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Posição 1 = aberto

1=
VO.05 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Posição
fechado
VO.06 MMS <Nº da SE> - Função Autodiagnose <TAG do IED Adjacente> 1 = atuado
VO.07 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Disjuntor Extraído / Teste 1 = atuado
VO.08 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Disjuntor Inserido 1 = atuado
VO.09 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Disjuntor erro de posição 1 = atuado
VO.10 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Disjuntor status indefinido 1 = atuado
VO.11 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Botão de emergência 1 = atuado

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 321


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Tabela F.1 (conclusão)


Virtual Tipo de
Descrição da mensagem de controle, proteção ou monitoração Condição
Output Mensagem
VO.12 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - IED em “LOCAL” 1 = atuado

1=
VO.13 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Mola carregada atuado/
0 = normal
VO.14 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Falha bobina de abertura 0 = atuado
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

VO.15 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Falta 125 Vcc <Tipo de falta> 1 = atuado
VO.16 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Função de bloqueio (CILO/F.86) 1 = atuado
<Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Função de bloqueio por
VO.17 GOOSE 1 = atuado
oscilação de potência (68/RPSB)
<Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Sobrecorrente instantânea fase
VO.18 MMS 1 = atuada
(PIOC/F.50)
<Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Sobrecorrente temporizada de
VO.19 MMS 1 = atuada
fase (PTOC/F.51)
<Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Sobrecorrente instantânea de
VO.20 MMS 1 = atuada
terra (PIOC/F.50N)
<Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Sobrecorrente temporizada de
VO.21 MMS 1 = atuada
terra (PTOC/F.51N)
VO.22 GOOSE <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Falha disjuntor (PIOC/F.50BF) 1 = atuado
VO.23 MMS <Nº da SE> - <TAG do Disjuntor> - Subtensão fase (PTUV/F.27) 1 = atuado

F.6 Limitação de quantidade de conexões entre IED


Durante a época do projeto da automação do sistema elétrico foi verificada uma determinada limitação
na quantidade de endereços de dispositivos que pode ser configurado em cada IED, de modo a
realizar a comunicação “horizontal” por meio de mensagens GOOSE. Foi verificado que cada IED
pode se comunicar com até 16 outros IED. Esta limitação tornou-se um problema para os casos dos
IED destinados à proteção e ao controle dos disjuntores de interligação de barras (“TIE”) dos painéis
tipo CDC, o qual necessita se comunicar com os IED das entradas e de todas as cargas de ambas
as barras.

Com base em resultados de testes realizados durante a fase de comprovação de interoperabilidade,


executados de acordo com o teste “ping-pong”, especificado na ABNT NBR IEC 61850-10 (Ensaios
de conformidade), foi adotada a utilização de IEDs denominados como “concentradores” de GOOSE.
Estes IED têm o objetivo de receber as mensagens GOOSE de outros IED e retransmitir uma mensagem
GOOSE para o dispositivo associado ao “TIE”, respeitando-se a quantidade máxima de 16 IED.

Para proporcionar a confiabilidade e continuidade operacional requerida do sistema elétrico em cada


uma das duas semibarras dos painéis de força (Barras das Entradas A e B) são utilizados dois IED
concentradores de GOOSE. Nos Testes de Aceitação em Fábrica (TAF), foi verificado que o incremento
de tempo decorrente da retransmissão das mensagens GOOSE é baixo, não comprometendo
o desempenho das funcionalidades de proteção e intertravamentos.

322 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

F.7 Utilização de VLAN na rede de comunicação da automação elétrica


Foi considerado no projeto a utilização de VLAN, com o objetivo de segmentar de forma lógica o sistema
de supervisão e controle (SSC) para a automação do sistema elétrico industrial, reduzindo o tráfego
desnecessário entre IED e dispositivos de subestações não correlatas. O projeto de detalhamento
considerou que os IED são configurados nas diversas VLAN de modo a poderem receber mensagens
apenas dos IED pertinentes. Foi projetada uma VLAN para cada uma das subestações.

Um exemplo de tráfego de mensagens GOOSE da automação dos sistemas elétricos industriais da


refinaria de petróleo e do polo petroquímico, utilizando diferentes VLAN para diferentes subestações
é apresentado na Figura F.4.
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura F.4 – Exemplo de tráfego de mensagens GOOSE no sistema de automação do sistema


elétrico industrial, utilizando diferentes VLAN para diferentes subestações

F.8 Sincronismo de tempo entre os IED


Uma das premissas do projeto básico do sistema de supervisão e controle (SSC) para a automação
do sistema elétrico industrial é a resolução de 1 ms para registro dos eventos aquisitados pelos IED.
A forma de sincronização horária para os dispositivos que se comunicam de acordo com os protocolos
da Série IEC 61850 é o padrão SNTP.

De acordo com os resultados de testes realizados durante o detalhamento do projeto, foi verificado
que com a utilização do protocolo SNTP para sincronização horária dos IED, não havia a garantia de
resolução de 1 ms para a sequência dos eventos ocorridos nestes dispositivos.

Como havia sido previsto no projeto básico a utilização do protocolo SNTP ou do padrão IRIG-B para
o sincronismo de tempo entre IED, foi prevista a utilização de dispositivos GPS para o sincronismo
de tempo via uma rede física (hardwired) IRIG-B, uma vez que este protocolo é compatível com
a resolução de 1 ms especificado no projeto.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 323


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

F.9 Sistema de descarte seletivo de cargas


A principal função do sistema de descarte seletivo de cargas é compatibilizar a demanda à oferta de
energia elétrica disponível por meio do sistema de geração interna e da conexão com a rede básica,
de forma a assegurar a estabilidade do sistema elétrico em caso de falhas envolvendo a perda de uma
ou mais das fontes de alimentação existentes (transformadores ou geradores elétricos).

O sistema de descarte seletivo de cargas foi projetado de forma a assegurar um tempo máximo de
atuação de 250 ms entre a detecção do evento e a abertura efetiva dos disjuntores.

Foi concebido uma arquitetura do sistema de descarte seletivo de cargas redundante, composta por
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

servidores de descarte seletivo de cargas master, instalados no centro integrado de controle (CIC),
que realizam o processamento do balanço entre carga e fontes continuamente, e os servidores de
descarte seletivo de cargas “escravos”, instalados em cada uma das subestações unitárias, que fazem
o papel de “bridge” e agregadores de dados para o processamento realizado pelos servidores master.

O descarte seletivo de cargas efetivo é executado com o envio de mensagens GOOSE geradas no
servidor de descarte seletivo de cargas master para os servidores de descarte seletivo de cargas
“escravos” e destes para os IED aplicáveis. O nível de atuação do sistema de descarte seletivo de
cargas é aplicado até as cargas conectadas aos painéis elétricos tipo centro de distribuição de carga
(CDC) de baixa tensão (0,48 kV), sendo os painéis elétricos tipo CCM de baixa tensão descartados
integralmente.

Em função da especificação dos equipamentos que foram instalados houve a necessidade de se


prever dois switches industriais gerenciáveis, devido à limitação de conexão máxima de 64 IED para
cada servidor redundante.

A conexão dos servidores de descarte seletivo de cargas tipo “escravos” de cada uma das subestações
aos servidores de descarte seletivo de cargas master é realizada em topologia estrela por meio de
cabo de fibra óptica monomodo e largura de banda de 100 Mb/s.

Outra funcionalidade relevante do sistema de descarte seletivo de cargas é a implementação dos


requisitos do ERAC (Esquema Regional de Alívio de Carga). Como o sistema de alimentação de
entrada a Refinaria está conectado à rede básica em 230 kV, o operador nacional do sistema (ONS)
requer que esse sistema fosse implementado atendendo aos requisitos dos “procedimentos de rede”.

A solução técnica negociada com o próprio ONS permitiu que havendo evento inicializador do ERAC,
que se caracteriza por atuação das funções de proteção que monitoram o valor absoluto ou a taxa de
variação de frequência do sistema elétrico, mensagens do tipo GOOSE fossem enviadas dos IED que
medem a frequência do sistema elétrico de potência para o sistema de descarte seletivo de cargas,
evitando a necessidade da “tradicional” utilização de conexão “hardwired” entre estes dispositivos.

F.10 Sistema de engenharia e de manutenção do sistema de supervisão e


controle (SSC) para a automação do sistema elétrico industrial
A principal função do sistema de engenharia e manutenção é permitir a configuração, parametrização
e diagnóstico, utilizando ferramentas de engenharia, dos dispositivos conectados aos enlaces de
dados a partir das estações instaladas no prédio da manutenção industrial.

Para esse enlace, do tipo não crítico à operação do sistema, foi especificada uma largura de banda
disponível nos equipamentos ofertados, de 100 Mb/s, com a utilização de cabos de fibra óptica
monomodo externamente (interligações) e cabo de fibra óptica multimodo internamente às subestações.
Outro aspecto relevante é que este enlace de comunicação foi concebido com uma topologia em anel.

324 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Os principais serviços e funcionalidades que compõe o sistema de engenharia e de manutenção são:


configuração, parametrização e diagnósticos remoto dos IED, dos dispositivos digitais de controle e
proteção dos CCM “inteligentes”, dos switches ópticos, dos sistemas de monitoração de descargas
parciais de motores com tensão nominal acima de 4,0 kV e dos turbogeradores, dos sistemas
de assinatura elétrica de motores com tensão nominal de 13,2 kV, dos sistemas de monitoração
e controle de transformadores de força isolados à óleo vegetal (230/69 kV, 13,2/69/13,8 kV e
69/13,8 kV), do sistema de medição de faturamento, do sistema de medição de energia elétrica e do
sistema automático de coleta e armazenamento de arquivos de oscilografia.

F.11 Integração do sistema de automação elétrica com o SSC de processo e os


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

sistemas de supervisão das plantas

F.11.1 Generalidades

O desdobramento da filosofia de sistema de armazenamento de dados e supervisão unificado teve


como consequência estações de operação conectadas a um mesmo enlace de comunicação de
dados, mas com acesso segregado da seguinte forma: estações de operação – ilha de utilidades
(incluindo o monitoramento do sistema elétrico) e as estações de operação – ilha de processo para as
unidades industriais.

Para que a filosofia fosse implementada, o requisito principal a ser atendido era sobre os tempos
de resposta via “gateway” OPC (servidor e cliente): 2 s para efetivação do comando via supervisão
remota e 4 s para atualização do “status” dos dispositivos na tela de supervisão.

O limite de escopo do sistema de supervisão e controle (SSC) para a automação do sistema elétrico
industrial onde foi adotado o enlace de comunicação de dados com base na Série IEC 61850 foi
definido como sendo os servidores OPC. Esses dispositivos são redundantes e se conectam em
topologia estrela redundante por meio de cabo metálico UTP e largura de banda de 100 Mb/s.

Na extremidade desse enlace de comunicação de dados foi necessária a instalação de “switches”.


Esses ativos têm a finalidade de segregar a rede de supervisão elétrica em duas redes distintas, a
saber: a primeira, denominada “alarmes e eventos”. Nessa rede trafega dados do sistema elétrico com
a estampa de tempo (“time stamp”) com resolução em milissegundos gerados nos IED; a segunda,
por trafega dados do sistema elétrico que não necessitam de “time stamp” associado ao dispositivo
gerador, podendo este ser “carimbado” pelo cliente OPC, como por exemplo, variáveis analógicas do
sistema elétrico.

Uma linha de limite de escopo entre o sistema de supervisão e controle do sistema elétrico (SSC
SE) e o sistema de supervisão e controle de processo (SSC de Processo) é representada pelos
dispositivos “escravos” do sistema elétrico que se comunicam em protocolo “não IEC 61850”. Estes
dispositivos “escravos” pertencentes ao sistema elétrico deste enlace de interface entre a automação
elétrica e a automação de processo, são os dispositivos digitais de controle e proteção de CCM
“inteligentes”, instalados no interior dos painéis elétricos tipo CCM de baixa tensão (0,48 kV), remotas
dos carregadores de baterias e os conversores de frequência para controle de rotação de motores
elétricos.

Em relação à instalação física, tanto os clientes OPC quanto os master deste protocolo “não IEC 61850”
estão localizados no interior dos “racks” dos armários do SSC de Processo (painéis do SDCD e do
PLC) de cada uma das casas de controle locais da Refinaria.

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 325


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

F.11.2 Descrição das lógicas de proteção e controle utilizadas em sistemas elétricos


industriais implantadas nos IED de acordo a Série IEC 61850

São descritas a seguir as lógicas de supervisão, proteção e de controle implantadas nos IED que
foram utilizadas na automação dos sistemas elétricos industriais da refinaria de petróleo e do polo
petroquímico, incorporando os Logical Nodes e mensagens GOOSE e MMS de acordo a Série IEC
61850.

Com a utilização dos recursos de medição, controle e proteção executados por meio de redes de
comunicação Ethernet, de acordo com a Série IEC 61850, estas funções de proteção e controle
deixaram de ser implantadas por meio de fiação física (hardwired) e contatos físicos, passando a ser
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

implantada por meio de lógicas de programação.

F.11.3 Transferência automática de alimentadores por subtensão (PTUV/F. 27)

O sistema elétrico da subestação opera normalmente com os centros de cargas em 13.8 kV, 4.16 kV
e 0.48 kV com dois dos três disjuntores principais (Entrada A, Entrada B e Disjuntor C de interligação
de Barras/“TIE”) em estado fechado e um destes três disjuntores em estado aberto. A transferência
automática consiste em fechar automaticamente este disjuntor, quando houver falta de tensão de um
dos alimentadores, restabelecendo a tensão no lado da barra em falta, depois de decorrido o tempo
necessário para o decaimento da tensão remanescente.

Na Figura F.5 é apresentada a configuração típica dos disjuntores de Entrada A, Entrada B e Interligação
de barras (Disjuntor C) de painéis do tipo centro de distribuição de cargas (CDC) do tipo secundário
seletivo, nos níveis de tensão de 13,8 kV, 4,16 kV ou 0,48 kV.

Entrada A Entrada B

IED A IED B

Disjuntor A Disjuntor B

Disjuntor C
IED C

Disjuntor de Disjuntor de Disjuntor de Disjuntor de


alimentador alimentador alimentador alimentador
de saída de saída de saída de saída

Figura F.5 – Configuração típica de disjuntores de entrada e de interligação de barras


em painéis do tipo centro de distribuição de cargas (CDC)
Havendo queda de tensão no nível de 80 % durante 2 s, o IED do lado do alimentador com subtensão
envia um sinal de abertura para o respectivo disjuntor e envia uma mensagem do tipo GOOSE para
o IED do disjuntor C de interligação. Esse IED verifica qual disjuntor deve ser fechado, enviando
assim comando se o disjuntor cujo IED atuou por subtensão realmente abriu, se o terceiro disjuntor

326 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

está fechado, se a chave virtual 43CS, configurada na tela da IHM (Chave de seleção do modo de
operação Local/Remoto), está em “Remoto” e se não houver sinal do sistema supervisório ou de
atuação de função de proteção bloqueando a transferência. O retorno do sistema na condição de
operação normal é feito manualmente, de forma local ou remota.

Na Figura F.6 é apresentada a lógica básica da função de transferência automática de alimentadores


por subtensão, cujos sinais de intertravamento entre IED são implantados por meio de configuração
de mensagens prioritárias do tipo GOOSE, em barramento de estação, por meio de rede Ethernet,
de acordo com os requisitos da Série IEC 61850.

Função 27 (PUTV)
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

IED ent rada A opera


5s IED A: Abrir
(80 % U N / 1 ms)
Disju ntor A

Função 27 (PUTV)
IED ent rada B opera IED B: Abrir
(80 % U N / 1 ms) 5s
Disju ntor B

Disju ntor B
aberto

2s Sinal para fechar


Disju ntor A
Chave F. 43 (Local /
Remot o) em Remoto

Disju ntor C
fechado
Bloqueio remoto
de liga local

Disju ntor A
aberto

2s Sinal para fechar


Disju ntor B

Disju ntor Entrada A


aberto

Disju ntor Entrada B


fechado

2s Sinal para fechar


Disju ntor C

Disju ntor Entrada A


fechado

Disju ntor Entrada B


aberto

Figura F.6 – Lógica da função de transferência automática de alimentadores por subtensão,


implantada por mensagens prioritárias do tipo GOOSE (IEC 61850)
Para simular a função de transferência automática de alimentadores devido a uma subtensão em
uma das barras, será utilizada a função de subtensão do IED da entrada. Essa função inclui uma
parametrização de mínima tensão considerada. Neste caso, a função deve estar parametrizada para

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 327


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

0,1 PU. Durante o teste, a parametrização de mínima tensão é passada para zero e dessa forma
a função deve atuar, transferindo a alimentação da barra onde foi acusada a subtensão (Abrindo
o disjuntor de entrada da barra A e fechando o disjuntor C).

a) Condição Inicial (antes da ocorrência da subtensão): Operação com as duas entradas energizadas
(disjuntores das entradas A e B fechados) e com o disjuntor de interligação (Disjuntor C) aberto.

b) Condição Final (após a ocorrência da subtensão e da transferência automática): Disjuntor da


Entrada A aberto (em função de subtensão na barra A) e disjuntor de interligação fechado (devido
à lógica de transferência automática de alimentadores por subtensão).
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Essa lógica é implementada utilizando-se o elemento de subtensão no circuito da entrada A dos painéis
de 13.8 kV, 4.16 kV e 0.48 kV. Caso ocorra essa subtensão, o IED envia um comando de abertura para
o Disjuntor A, verifica se o disjuntor da entrada B está fechado e se a subtensão não está associada a
nenhum elemento de sobrecorrente (caso típico de curto-circuito).

Atendidas estas condições, o IED envia por meio da rede ethernet, por meio de uma mensagem
GOOSE, um sinal de fechamento para o disjuntor da interligação (Disjuntor C) entre as barras A e B.
A mesma lógica é implantada na Entrada B, caso a subtensão ocorra na Barra B.

Atuação da função lógica por mensagem GOOSE nos testes de interoperabilidade: O elemento de
subtensão do IED apresenta um ajuste de tensão mínima de atuação, ou seja, caso a tensão esteja
abaixo de um valor ajustado, a função é inibida (caso típico de manutenção do painel). Dessa forma
esse ajuste é programado para 0,1 PU.

Durante os testes, o IED normalmente não está sendo alimentado com tensão e durante estas
atividades de testes de fábrica, o ajuste de tensão mínima é alterado para 0,0 PU. Assim que esse
ajuste for enviado para o IED, este deve detectar uma condição de subtensão e iniciar a lógica de
transferência automática de alimentador.

F.11.4 Seletividade lógica (PIOC/F. 68)

A função de seletividade lógica é uma função de automação aplicada entre IED que possuam a função
de sobrecorrente que estão ligados em cascata em diversos pontos de um mesmo circuito, ou seja, na
ocorrência de correntes de curto-circuito que podem circular de forma comuns a todos eles. Por meio
da seletividade lógica é pretendido que todos os IED possam utilizar as suas unidades instantâneas
de proteção de curto-circuito sem perda da seletividade de atuação, reduzindo assim o tempo de
coordenação entre os IED e reduzindo o tempo de eliminação de faltas.

A seletividade lógica é aplicada entre os IED dos disjuntores de interligação com os disjuntores de
entrada dos centros de carga e, entre estes com os disjuntores dos circuitos de saída dos painéis. A
seletividade lógica é considerada nas funções de sobrecorrente instantânea tanto para curto-circuito
entre fases quanto para fase-terra, com o tempo de seletividade adequado para o processamento
das informações dos IED envolvidos; enquanto que as funções temporizadas dos IED continuam a
operar como retaguarda (“backup”) da proteção do IED a jusante. Os sinais de seletividade lógica são
enviados por meio da rede de comunicação de IED, via mensagens do tipo GOOSE.

Essa lógica é implementada nos IED por meio de dois elementos de sobrecorrente em cada IED.
Um dos elementos de sobrecorrente do IED é ajustado sem atraso intencional e é utilizado para a
função de bloqueio, ou seja, assim que o elemento for sensibilizado o IED envia um sinal bloqueando
a atuação do IED a “montante”, quer esteja instalado fisicamente na mesma subestação ou em outra
subestação.

328 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

O segundo elemento é ajustado com uma temporização intencional de 50 ms. Esse elemento
efetivamente atua como uma função de sobrecorrente. Caso o elemento 2 seja sensibilizado e o IED
não tenha detectado o recebimento de um sinal de bloqueio, ele efetivamente envia um sinal para
abertura do disjuntor correspondente.

Atuação da função lógica por mensagem GOOSE nos testes de interoperabilidade: Durante os testes
os IED são ligados em série com a caixa de teste; dessa maneira, a mesma corrente passa por todos
os IED. Tanto o elemento 1 quanto o 2 são parametrizados com valor de “pick-up” de 4 A. No início do
ensaio a caixa é programada para injetar nos IED uma corrente de 1 A.

Após um tempo, esse valor é aumentado para 12 A (3 vezes o valor de “pick-up”, simulando a ocorrência
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

de uma corrente de curto circuito). Nesta situação todos os IED têm os dois elementos sensibilizados;
porém apenas o IED mais a “jusante” atua, uma vez que os demais recebem, por meio da rede
Ethernet, por meio de mensagem GOOSE, um sinal de bloqueio e não enviam sinal de desligamento
efetivo para o disjuntor. Durante a execução dos ensaios, a atuação do IED envia um sinal para parar
a injeção de corrente pela caixa de testes de IED.

F.11.5 Função de monitoração de falha de disjuntor – Breaker failure (PIOC/F. 50BF)

A função de falha de disjuntor faz com que o IED envie uma mensagem ao IED a montante, por meio
da função GOOSE, quando o IED comanda o trip do respectivo disjuntor e este não abre, devido a
uma falha eletromecânica. Esta função faz com que o IED continue a supervisionar a corrente que
circula no circuito após comando de trip de sobrecorrente.

Se a corrente continuar acima de um determinado valor ajustável decorrido um determinado tempo


ajustável após o trip, o IED envia uma mensagem do tipo GOOSE, que comanda a abertura de um
disjuntor à montante. A função de seletividade lógica é configurada para um tempo de retardo 50 ms
e a função de falha de disjuntor 50 BF (Breaker Failure) é configurada com um tempo de retardo de
100 ms. A simulação consiste na aplicação de corrente de cerca de 0.25 pu, por meio de caixa de
teste de IED, seguida da injeção de corrente simulando a ocorrência de um curto circuito, com valor
de cerca de 3 pu.

Essa lógica, implantada nos IED, monitora a circulação de corrente pelo circuito correspondente, após
a atuação da função de sobrecorrente instantânea (PIOC). Um sinal de bloqueio é parametrizado para
durar 100 ms. Após esse tempo, se a função de sobrecorrente ainda estiver atuada, o IED envia, por
meio da rede Ethernet, por meio de uma mensagem GOOSE, um sinal de abertura para o IED do
disjuntor correspondente a montante.

Atuação da função lógica por mensagem GOOSE nos ensaios de interoperabilidade: Os IED utilizados
para esse ensaio são ligados em série com a caixa de ensaios. Cada IED tem uma saída enviando um
sinal de parada para uma entrada independente da caixa de testes.

O ensaio é feito retirando o sinal do IED mais a jusante. Dessa maneira o IED atua; porém como
ele não envia o sinal de parada para a caixa de ensaios, a mesma continua injetando corrente nos
IED, simulando uma falha na abertura do disjuntor mais a jusante com consequente atuação do IED
a montante.

Esse ensaio é realizado com falha de até 3 IED, simulando uma contingência tripla (falha de 3 disjuntores).

F.11.6 Paralelismo momentâneo de alimentadores (Função 43)

O paralelismo momentâneo de alimentadores consiste em fazer manobras nos alimentadores dos


painéis do tipo centros de distribuição de carga (CDC), por meio de comandos remotos do sistema

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 329


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

de supervisão, sem interrupção de alimentação às respectivas cargas elétricas. Esta operação é


necessária sempre que se quiser operar o CDC em “L”, para possibilitar a liberação um alimentador
para manutenção ou durante a abertura do disjuntor de interligação, a fim de se retornar com o sistema
às condições de operação normal.

O paralelismo momentâneo de alimentadores e feito utilizando os IED de entrada e interligação do


CDC, com liberação pelo sinal de sincronismo de fontes proveniente do sistema supervisório. Exemplo
de situação de abertura ou fechamento dos disjuntores de entrada:

● Condição inicial (Disjuntor A: fechado e disjuntor B: aberto);


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

● Comando selecionado: Fechamento do disjuntor B e abertura do disjuntor A.

● Condição final (disjuntor A aberto e disjuntor B fechado).

No cálculo de tempo de envio de sinal por meio de mensagem GOOSE já estão descontados os 100
ms de temporização implantada na lógica do paralelismo momentâneo de alimentadores.

A lógica de automatismo e intertravamento para o paralelismo momentâneo de alimentadores efetua


a seleção do disjuntor a ser fechado e o comando automático do disjuntor a ser aberto, após o
fechamento do terceiro disjuntor.

Esta lógica é implementada no IED da interligação de barras (TIE) dos painéis do tipo secundário
seletivo, com dois alimentadores. A lógica implantada inclui a seleção do sistema em modo de
operação LOCAL (operação manual, no local de instalação do IED, efetuada pelo operador localizado
no campo) ou REMOTO (efetuada pela IHM do sistema de supervisão, pelo operador localizado no
Centro de Operações).

Caso o sistema de operação esteja ajustado para o modo remoto, o comando é efetuado apenas por
meio do software de monitoramento e controle. Caso esteja em local, o comando é efetuado apenas
por meio dos botões parametrizados do painel frontal do IED.

A lógica implementada para esta função de automatismo monitora ainda, o estado dos disjuntores
das entradas das Barras A e B e do disjuntor de TIE. Somente é possível executar o comando se dois
disjuntores estiverem fechados e um disjuntor aberto.

O operador pode selecionar 1 dentre 6 opções possíveis pré-ajustadas (Abertura do Disjuntor A e


Fechamento do Disjuntor B ou Disjuntor C; Abertura do Disjuntor B e Fechamento do Disjuntor A ou
Disjuntor C; Abertura do Disjuntor C e Fechamento do Disjuntor A ou Disjuntor B).

A lógica define se a opção selecionada é válida de acordo com o estado dos disjuntores. Caso a opção
selecionada seja válida, o botão de confirmação do comando muda de estado (mostrando permissão
para a execução da operação de paralelismo momentâneo) e então este deve ser selecionado para
que o comando de fechamento e posterior abertura dos disjuntores selecionados seja efetivamente
enviado, por meio da rede Ethernet, por meio de mensagens GOOSE, para os IED correspondentes.

F.11.7 Transferência de Trip (Função 94)

Essa lógica é normalmente implantada em sistemas elétricos de plantas industriais de refinarias de


petróleo e instalações petroquímicas, fazendo com que, em um circuito dedicado radial, quando da
ocorrência do trip de um disjuntor, o respectivo disjuntor a “jusante”, seja também automaticamente
aberto.

330 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Para as finalidades dos ensaios de interoperabilidade, de forma a tornar mais visível o funcionamento da
função implantada; bem como visualizar e diferenciar mais facilmente a ocorrência de trip por atuação
de uma função de proteção (e respectiva operação da função de bloqueio) esta lógica é implementada
no sentido contrário, ou seja, quando um IED enviar um comando de abertura do disjuntor devido
à atuação de uma função de proteção, ele envia também um sinal de abertura (transferência de trip)
para o respectivo IED associado ao disjuntor a montante.

F.12 Ensaios de interoperabilidade entre diferentes fabricantes de IED


De forma a embasar a tomada de decisão de implantação de sistemas de automação elétrico com
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

base nos requisitos e protocolos da Série IEC 61850, com foco em padrões abertos e internacionais,
desempenho, confiabilidade e disponibilidade, foram realizados antes do projeto básico, ensaios de
interoperabilidade entre cinco diferentes fabricantes de IED.

A execução destes ensaios de interoperabilidade teve como parte dos objetivos a investigação da
existência de eventuais problemas de comunicação e operação entre IED de diferentes fabricantes,
verificando diversos critérios de enquadramento dentro dos requisitos da Série IEC 61850, refletidos
nos parâmetros registrados nos procedimentos de testes.

Estes ensaios foram realizados em laboratório de ensaio de automação de sistemas elétricos de


universidade pública, independente das empresas projetistas, integradoras e dos fornecedores ou
fabricantes de equipamentos do sistema de automação elétrico.

Os ensaios de interoperabilidade foram executados com base em que os IED envolvidos haviam
sido previamente avaliados com base nos requisitos da ABNT NBR IEC 61850-10 (Ensaios de
conformidade) e que não apresentavam não conformidades em relação à IEC 61850 - Partes 6, 7-1,
7-2, 7-3 e 8-1.

Os ensaios de interoperabilidade envolveram a elaboração e execução das lógicas de proteção e


controle acima descritas, as quais são aplicáveis a todas as subestações envolvidas neste tipo de
sistemas elétricos industriais, incluindo a subestação principal de entrada, a subestação de distribuição
e sincronismo (138 kV), as subestações dos centros de distribuição em 34.5 kV e em 13.8 kV e as
subestações unitárias (13.8 kV, 4.16 kV e 0.48 kV).

Os ensaios de interoperabilidade envolveram a verificação da adequada operação das lógicas utilizadas


em sistemas elétricos industriais; seletividade lógica, falha de disjuntor, função de bloqueio do IED
após operação de função de proteção, transferência de trip, transferência automática de alimentador
e paralelismo momentâneo de barramentos, em uma situação de avalanche, com tráfego de 100 % da
capacidade da rede, incluindo a troca de mensagens GOOSE entre os IED dos diferentes fabricantes,
os quais são partes integrantes de barramentos de estação.

Os principais aspectos observados e analisados durante estes ensaios de interoperabilidade foram:

● programação de lógicas de proteção e controle utilizando estados digitais de mensagens GOOSE;

● geração de mais de uma mensagem GOOSE por IED;

● endereçamento e priorização de cada mensagem GOOSE a diferentes VLAN;

● configuração das mensagens GOOSE com os “dataitens” e “datasets” requeridos para as


aplicações envolvendo intertravamentos e proteção por meio de rede de comunicação Ethernet;

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 331


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

● verificação de desempenho do IED de diferentes fabricantes sob diferentes condições de


carregamento do enlace de comunicação de dados, inclusive “avalanche”: detecção de um evento
e envio de um estado por meio de mensagem GOOSE; lógicas típicas de proteção utilizando
mensagens GOOSE; execução de lógicas típicas utilizadas na automação e controle em sistemas
industriais utilizando mensagens GOOSE e MMS; verificação da geração e recebimento de
mensagens GOOSE e MMS; sincronismo de tempo dos IED por meio de rede Ethernet.

A realização, o aprendizado e os resultados destes ensaios de interoperabilidade serviu como subsídio


de informações e dados para uma adequada especificação dos sistemas digitais de supervisão,
controle, proteção e automação de sistemas elétricos de potência industriais, com base em IED
interligados em redes Ethernet, com arquitetura baseada em switches ópticos, e com comunicação
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

de dados com base nos requisitos da IEC 61850. A realização de ensaios de interoperabilidade
desta natureza requer a disponibilização de uma infraestrutura de recursos humanos e de materiais,
componentes e equipamentos com elevada complexidade, os quais nem sempre são facilmente
acessíveis ou disponíveis aos usuários.

Como resultados dos ensaios de interoperabilidade realizados são também verificados os benefícios
existentes entre o desempenho e facilidades de configuração de um sistema de supervisão, controle,
proteção e automação baseado em lógicas distribuídas em IED, com protocolos de comunicação
abertos, com base na IEC 61850, comparativamente com um sistema de automação baseado em
UTR, com protocolo de comunicação fechado, proprietário do fabricante do sistema.

Dentre a conclusões obtidas dos ensaios de interoperabilidade, pode ser ressaltada a importância, em
qualquer rede com padrão IEC 61850, que as mensagens GOOSE sejam configuradas com endereços
MAC Virtuais unívocos e que sejam detalhados por todos os fabricantes os métodos utilizados pelos
IED para interpretação desses endereços.

Como resultado dos ensaios, foi verificada também a necessidade da existência de um procedimento
automático de importação e exportação de arquivos ICD, SCD e CID, de forma a possibilitar uma
rápida e adequada configuração das mensagens GOOSE entre os IED, evitando erros e conflitos a
respeitos de endereços, datasets, dataitens, GooseID, Application ID, endereços MAC Virtuais etc.
Este processo automático de configuração se mostrou mais simples e imune a problemas relacionados
com configurações manuais, resultando em atividades de Testes de Aceitação em Fábrica (TAF) e de
comissionamento mais rápidos e eficientes.

Os resultados favoráveis dos ensaios de interoperabilidade entre os cinco fabricantes de IED


envolvidos, com eventuais ajustes e atualizações de firmware, serviram de base para a definição
de projeto de utilização de diferentes fabricantes de IED nos diferentes níveis de tensão de 13.8 kV,
4.16 kV e 0.48 kV existentes nas subestações unitárias.

Vistas parciais dos IED de diferentes fabricantes instalados em barramento de estação, utilizados
nos ensaios de interoperabilidade para a automação dos sistemas elétricos industriais da refinaria de
petróleo e do polo petroquímico são apresentadas nas Figuras F.7 e F.8.

332 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Figura F.7 – Vista parcial dos IED de diferentes fabricantes instalados em barramento
de estação, utilizados nos ensaios de interoperabilidade

Figura F.8 – Vista parcial dos IED de diferentes fabricantes instalados em barramento
de estação, utilizados nos ensaios de interoperabilidade

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 333


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

Bibliografia

[1]  IEC 60044-8:2002, Instrument transformers – Part 8: Electronic current transformers

[2]  IEC 61508-1, Functional safety of electrical/electronic/programmable electronic safety-related


systems – Part 1: General requirements

[3]  ABNT NBR IEC 61850-10, Redes e sistemas de comunicação para automação de sistemas de
potência – Parte 10: Ensaios de conformidade
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

[4]  IEC 61850-90-2, Communication Networks and Systems in Substations – Part 90-2: Using
IEC 61850 for the communication between substations and control centers

[5]  IEC 61850-90-12, Communication Networks and Systems in Substations – Part 90-12: Wire Area
Network engineering guidelines

[6]  IEC 61869-9, Instrument Transformer – Part 9: Digital interface for instrument transformers

[7]  IEC 61918:2010, Industrial communication networks – Installation of communication networks in


industrial premises

[8]  ISO/IEC 7498-1:1994, Information technology – Open Systems Interconnection – Basic Reference
Model: The Basic Model

[9]  IEEE 610.7-1995 – IEEE Standard Glossary of Computer Networking Terminology

[10]  IEEE PSRC H12 Report R10, Report on Configuration of Ethernet Networking Devices Used for
P&Cl in Electrical Substations, 2001 December 11

[11]  EPRI, System & Network Management, (J. Hughes, Kay Clinard, Christoph Brunner, Marco
Janssen, John T. (Jack) Robinson)

[12]  EPRI Report, “System and Network Management of Utility Automation Systems,” Joseph Hughes

[13]  Australian Transmission Utilities, SAS – Architecture Review and Recommendation

[14]  Powerlink, IEC 61850 – SAS Gen1 Station Bus Network Topology Design Review and
Recommendations, Scott Williamson, 2010 May 14

[15]  UCA 61850-9-2, Implementation Guideline for Digital Interface to Instrument Transformers Using
IEC 61850-9-2, UCA International Users Group, Raleigh, NC, USA

[16]  CIGRE Technical Brochure D2.23, The use of Ethernet Technology in the Power Utility Environment,
Paris, 2011

[17]  CISCO-Rockwell, Ethernet-to-the-Factory 1.2 Design and Implementation Guide

[18]  RFC 959 IETF, File Transfer Protocol

334 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

[19]  RFC 1034 / RFC 1035, IETF, Domain Name Server

[20]  RFC 1918 IETF, Address Allocation for Private Internet, 1996

[21]  RFC 2131, IETF, Dynamic Host Configuration Protocol

[22]  RuggedCom, Fibre-optical guideline

[23]  IRIG Standard 200-04 – IRIG Serial Time Code Formats – September 2004, Timing Committee,
Telecommunications and Timing Group, Range Commanders Council, US Army White Sands
Missile Range, NM
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

NOTA O Relatório Técnico IEC TR 61850-90-4 Ed. 1.0 foi publicado em 2013. A partir daquela data foram
publicadas outras partes da Série IEC 61850 e outras Normas internacionais da IEC, relacionadas com
automação de sistemas elétricos, listadas a seguir:
IEC TS 61850-7-7, Communication networks and systems for power utility automation - Part 7-7: Machine-
processable format of IEC 61850-related data models for tools
IEC TR 61850-7-500, Communication networks and systems for power utility automation - Part 7-500: Basic
information and communication structure - Use of Logical Nodes for modeling application functions and related
concepts and guidelines for substations
IEC 61850-8-2, Communication networks and systems for power utility automation - Part 8-2: Specific
communication service mapping (SCSM) - Mapping to Extensible Messaging Presence Protocol (XMPP)
IEC/IEEE 61850-9-3, Communication networks and systems for power utility automation - Part 9-3: Precision
time protocol profile for power utility automation
IEC TS 61850-80-1, Communication networks and systems for power utility automation - Part 80-1: Guideline to
exchanging information from a CDC-based data model using IEC 60870-5-101 or IEC 60870-5-104
IEC TR 61850-80-3, Communication networks and systems for power utility automation - Part 80-3: Mapping to
web protocols - Requirements and technical choices
IEC TS 61850-80-4, Communication networks and systems for power utility automation - Part 80-4: Translation
from the COSEM object model (IEC 62056) to the IEC 61850 data model
IEC TR 61850-90-2, Communication networks and systems for power utility automation - Part 90-2: Using IEC
61850 for communication between substations and control centres
IEC TR 61850-90-3, Communication networks and systems for power utility automation - Part 90-3: Using IEC
61850 for condition monitoring diagnosis and analysis
IEC TR 61850-90-7, Communication networks and systems for power utility automation - Part 90-7: Object
models for power converters in distributed energy resources (DER) systems
IEC TR 61850–90–8, Communication networks and systems for power utility automation – Part 90–8: Object
model for E–mobility
IEC TR 61850–90–10, Communication networks and systems for power utility automation – Part 90–10: Models
for scheduling
IEC TR 61850–90–12, Communication networks and systems for power utility automation – Part 90–12: Wide
area network engineering guidelines
IEC TR 61850–90–17, Communication networks and systems for power utility automation – Part 90–17: Using
IEC 61850 to transmit power quality data
IEC 61400–25–2, Wind turbines – Part 25–2: Communications for monitoring and control of wind power plants –
Information models
IEC 61400–25–3, Wind turbines – Part 25–3: Communications for monitoring and control of wind power plants –
Information exchange models
IEC 61400–25–4, Wind energy generation systems – Part 25–4: Communications for monitoring and control of
wind power plants – Mapping to communication profile

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 335


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020

IEC 61400–25–5, Wind energy generation systems – Part 25–5: Communications for monitoring and control of
wind power plants – Compliance testing
IEC 61869–6, Instrument transformers – Part 6: Additional general requirements for low–power instrument
transformers
IEC 61869–9, Instrument transformers – Part 9: Digital interface for instrument transformers
IEC 62271–3, High–voltage switchgear and controlgear – Part 3: Digital interfaces based on IEC 61850
IEC TR 62357–1, Power systems management and associated information exchange – Part 1: Reference
architecture
IEC TR 62357–200, Power systems management and associated information exchange – Part 200: Guidelines
for migration from Internet Protocol version 4 (IPv4) to Internet Protocol version 6 (IPv6)
Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

IEC 62361–2, Power systems management and associated information exchange – Interoperability in the long
term – Part 2: End to end quality codes for supervisory control and data acquisition (SCADA)
IEC TS 62361–102, Power systems management and associated information exchange – Interoperability in the
long term – Part 102: CIM – IEC 61850 harmonization
IEC TR 62361–103, Power systems management and associated information exchange – Interoperability in the
long term – Part 103: Standard profiling
IEC TR 62689–100, Current and voltage sensors or detectors, to be used for fault passage indication purposes –
Part 100: Requirements and proposals for the IEC 61850 series data model extensions to support fault passage
indicators applications
ISO/IEC/IEEE 8802–3, Information technology – Telecommunications and information exchange between
systems – Local and metropolitan area networks – Specific requirements – Part 3: Standard for Ethernet
ISO/IEC/IEEE 8802–3–1, Standard for Management Information Base (MIB) – Definitions for Ethernet

336 © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

ABNT NBR 16932:2020


Documento impresso em 14/03/2023 10:17:22, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 337

Você também pode gostar