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PTR-0212 - COMPLETAÇÃO

DE POÇOS 2024.1
MATERIAL DE REFERÊNCIA DA 1ª UNIDADE

Instrutor
 Flávio Medeiros Jr

 Formação
 Educação básica – Jardim do Seridó, RN
 Escola Técnica Federal do RN, 1981
 Eletrotécnica
 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1986
 Eng. Elétrica
 PETROBRAS/CENNOR, Salvador, BA, 1988
 Especialização em Eng. de Produção de Petróleo
 UNICAMP, Campinas, SP, 1996
 Mestrado em Eng. de Petróleo
 Colorado School of Mines, CO, EUA, 2007.
 Doutorado em Eng. de Petróleo
 Experiência profissional
 PETROBRAS/UN-RNCE, 1987 – 2011
 Atividades relacionadas à Engenharia de Poços
 PETROBRAS/CPT – 2012 -2021
 Atividades relacionadas à Engenharia de Poços
 3R PETROLEUM– 2022 -
 Atividades relacionadas à Engenharia de Poços

1
Objetivos
COMPLETAÇÃO DE POÇOS
• Identificar e compreender
• Conceitos básicos
• Etapas
• Atividades e processos fundamentais
• Identificar, analisar e dimensionar
• Equipamentos
• Operações
ESTIMULAR AS SEGUINTES HABILIDADES:
• Consultar, ler e interpretar artigos técnicos de completação
de poços em língua portuguesa e inglesa
• Desenvolver a capacidade analítica
• Trabalho em equipe

1ª unidade
• Introdução à completação de poços
• Conceitos Fundamentais na completação
• Fluido de completação

2ª unidade
• Dimensionamento de tubulações na
PLANO DE completação

CURSO • Equipamentos de completação


• Medidas de profundidade em poços
• Unidades de Intervenção em poços
• Operações durante a completação

3ªunidade
• Operações durante a completação
• Introdução à segurança e integridade de poço

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Plano de Curso
• Conteúdo Programático – 1ª UNIDADE
• Introdução à completação de poços
• A completação de poços no contexto da Engenharia de
Petróleo;
• Nomenclatura e Tipos de completação de poços;
• Conceitos físicos fundamentais à completação de poços;
• Etapas típicas de uma completação

Plano de Curso
• Conteúdo Programático – 1ª UNIDADE
• Fluidos de completação
• Funções, tipos e características do fluido de
completação;
• Cálculo do volume e da massa específica do fluido
de amortecimento (completação e workover)
• Hidráulica do fluido de completação
• Limpeza do poço por circulação

• Medidas de profundidade em poços


• Desenho do esquema mecânico

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Plano de Curso
• Conteúdo Programático – 2ª UNIDADE
• Dimensionamento de tubulações e
componentes não metálicos na completação
de poços
• Dimensionamento mecânico
• Principais esforços mecânicos (tração, pressão
interna, colapso, torque);
• Dimensionamento da Coluna de trabalho e
coluna de produção;
• Conexões das tubulações ;
• Seleção da metalurgia das tubulações
• Componentes não metálicos

Plano de Curso
• Conteúdo Programático – 2ª UNIDADE
• Principais tipos de equipamentos para
completação de poços
• Equipamentos de superfície ;
• Equipamentos de subsuperfície;
• Equipamentos para completação molhada (sub-
sea);

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Plano de Curso
• Conteúdo Programático – 2ª UNIDADE
• Unidades de intervenção
• Marítimas
• Terrestres
• Operações durante a completação
• Movimentação da unidade de intervenção
• Instalação e teste de ESCP
• Condicionamento do poço
• Perfilagem de avaliação da cimentação

Plano de Curso
• Conteúdo Programático – 3ª UNIDADE
• Operações durante a completação
• Operações com cimento na completação;
• Canhoneio;
• Indução de surgencia;
• Estimulação
• Acidificação
• Fraturamento
• Gravel Packing

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5
Plano de Curso
• Conteúdo Programático – 3ª UNIDADE

• Introdução à segurança e Integridade de poço


• Ciclo de vida do poço
• Etapa de projeto;
• Etapa de construção;
• Etapa de intervenção;
• Etapa de produção;
• Etapa de abandono;

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Plano de Curso
• Metodologia
• Aulas expositivas
• Apresentação de vídeos
• Palestras de especialistas ou profissionais do
mercado
• Leitura, interpretação e apresentação de
resumo de artigos e normas técnicas
• Aulas inversas

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6
Plano de Curso
• Data das Avaliações – SIGAA
• Composição das avaliações
• 60-70% Prova escrita individual
• 40-30% Trabalhos, listas , quizz, questionários
no SIGAA

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Plano de Curso
• Referências
• Production Operations. Thomas O. Allen and A. P. Roberts. OGCI and
PetroSkills Publications, Tulsa, Oklahoma (2012)

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7
Plano de Curso
• Referências
• Petroleum Engineering Handbook. VOL.1 , VOL. 4 , Society of
Petroleum Engineering – SPE (www.spe.org)
• www.petrowiki.org (ARTIGO COM O RODAPÉ PEH)

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Plano de Curso
• Referências
• Well Completion Design.
Jonathan Bellarby. Elsevier –
Development in Petroleum
Science

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8
Plano de Curso
• Referências
• Petroleum Production Systems. Michael J.
Economides, A. Daniel HILL, Christine Ehlig-
Economides, Prentice Hall Petroleum

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Plano de Curso
• Referências
• Journal SPE - Drilling and Completion

• Journal SPE – Production Operations

• Journal SPE – JPT


www.spe.org

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9
Perfuração
x
Completação
Poço perfurado
e revestido

Poço Completado

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Equipamentos & Operações para


Maximizar a Produção do Poço
Esquema Mecânico
do Poço Completado

Well Sketch
Well diagram
Well skematics

20

10
Segurança e integridade de poço nas
Operações de completação e workover

21

Cuidado com o meio ambiente

22

11
• Estado da arte da completação

Completação Inteligente
Poços horizontais multifraturados
Poços multilaterais
Completação em água profunda

23

Completação em reservatório
convencional x não convenciona

24

12
Completação em poço
multilateral multifraturado

25

A Completação de Poços no
contexto da Engenharia de
Petróleo

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13
A indústria do Petróleo x Eng. de Petróleo

Oportunidade
geológica
Exploração e Produção (E&P)
Descoberta (Upstream)

Produção econômica

Transporte

Refino
Downstream
Distribuição

Mercado
consumidor

0 t

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Empresas do segmento upstream (E&P)


• Operadoras
• Petrobras, Shell, Exxon, Queiroz Galvão, Repsol, Petrogal,
Statoil, Saudi Aramco, Petronas...
• Companhias de serviço
• Halliburton, Weatherford, Schlumberger, BJ Services,
Expro, Sotep....

u Companhias integradas
F Upstream
F Downstream
Atuam em vários segmentos
F Serviços

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14
Etapas da • Exploração
• Descoberta
prospecç • Delimitação da jazida
• Desenvolvimento (Produção,
ão de Explotação)
uma • Investimentos – incremento da
produção
jazida de • Custeio – manutenção da
produção
Petróleo • Abandono

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Etapas da prospecção de uma jazida de Petróleo

• Exploração
• Geologia e Geofísica
• Métodos Indiretos - Sísmica
• Engenharia de poço
• Poço estratigráfico
• Poço exploratório Poço com óleo
• Pioneiro Poço seco
• Extensão
E

E E
E

30

15
Etapas da • Desenvolvimento
prospecção • Geologia e Geofísica
de uma • Engenharia de reservatórios
• Engenharia de produção
jazida de • Engenharia de poço
Petróleo • Poços produtores
• Poços injetores
• Engenharia de instalações

31

• Abandono
Etapas do • Geologia e Geofísica
desenvolvimento • Engenharia de reservatórios
de uma jazida de • Engenharia de poço
Petróleo • Operações de abandono
• Engenharia de instalações

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16
Sistema Simplificado de Produção de Petróleo

Cabeça de P, T, Amostras
poço Separador
Linha de
Gás
surgencia
Vazões
Amostras
Óleo

Poço Água

Gás
Reservatório
P, T Óleo
Amostras Água

28/02/2024 33

33

ENGENHARIA
DE POÇO

34

17
ENGENHARIA
DE POÇO

35

• Conjunto de técnicas, operações


e equipamentos que transforma
um poço perfurado em meio
seguro e eficiente para
O QUE É A produção ou injeção de fluidos
COMPLETAÇÃO • Utiliza conhecimentos de
DE POÇOS ? física, química, matemática,
engenharia, geologia,
metalurgia e experiência de
campo

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18
Nomenclatura e Tipos
de Completação de
Poços

37

Nomenclatura Básica
Equipamento de segurança e
controle de poço

Upper Completion

Equipamentos de subsuperfície

Interface poço-formação Reservoir Completion

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19
Tipos de completação
• Caracterização pelo tipo de interface poço-reservatório (reservoir
completion)
Liner Poço Controle de Controle de
Poço aberto Rasgado Revestido Areia (OH) Areia (CH)

Fonte: Well Completion Design

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Tipos de
completação
• Poço aberto
• Menor custo
• Não possibilita
isolamento dos
fluidos
• Formações
consolidadas
• Melhor contato
formação-poço

Fundo do poço @ 4750 m

40

20
Tipos de
completação
• Liner rasgado (Slotted liner)
• Formações
consolidadas ou não
consolidadas
• Não possibilita
isolamento
• Baixo custo
• Poços horizontais

41

Tipos de
completação
• Open hole gravel-packing
• Formações não
consolidadas
• Não possibilita
isolamento
• Custo elevado
• Poços horizontais

42

21
Tipos de
completação
• Poço revestido e cimentado
• Revestimento ou
Liner de produção
cimentado
• Possibilita isolamento
• Médio custo
• Canhoneio do
revestimento
• Atenção na interface
poço-formação

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Tipos de completação
Caracterização pelo número de colunas de produção e zonas
produtoras
• Completação Simples
• 1 Zona produtora/injetora x 1 Coluna de produção/injeção
• Completação Conjunta (commingled)
• 2 ou mais zonas produtoras/injetoras x 1 Coluna de produção/injeção
• Produção conjunta de todas as zonas
• Completação Seletiva
• 2 ou mais zonas produtoras/injetoras x 1 Coluna de produção/injeção
• Produção/injeção conjunta de todas as zonas com possibilidade de isolamento
• Completação Dupla
• 2 zonas produtoras/injetoras x 2 Colunas de produção/injeção
• Produção/injeção individualizada de cada zona – com controle na superfície
• (*)Completação Inteligente
• Completação Seletiva com possibilidade de medição e controle da produção/injeção
de cada intervalo produtor a partir da superfície.

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22
Tipos de completação

Completação Completação Completação


Simples Seletiva Dupla

45

Tipos de completação
Completação Conjunta Completação Inteligente

46

23
• Caracterização pelo localização do ESCP
(Equipamento de segurança de cabeça de poço)
• Completação Seca
• ESCP em terra (onshore) acima do nível
da água
Tipos de • ESCP no mar (offshore) acima do nível
completação do mar
• Completação Molhada (subsea)
• ESCP abaixo do nível da água

47

Tipos de completação
Completação Seca
Terra (Onshore) Mar (Offshore)

48

24
Tipos de completação
Completação Molhada (Subsea)

Fonte: www.rigzone.com
Fonte: www.tnpetroleo.com.br

49

• Caracterização pela fonte de energia para


movimentação dos fluidos no poço
• Completação para produção por
surgencia (elevação natural)
• O sistema poço reservatório tem
energia suficiente para
movimentar os fluidos até a
Tipos de superfície
• Completação para produção por
completação elevação artificial (poços não
surgentes)
• O sistema poço reservatório não
tem energia suficiente para
movimentar os fluidos até a
superfície
• Completação para injeção de fluidos

50

25
Tipos de completação
Esquemas de Completação – Poço Tipo

Poço Surgente - Terra Poço Bombeado (BCS) - Terra

SURGENTE TERRA BCS

51

CICLO DE VIDA DO POÇO

PERFURAÇÃO COMPLETAÇÃO PRODUÇÃO ABANDONO


WORKOVERS PERMANENTE

52

26
Completação

• Para Avaliação
Nomenclatura • Para Produção
dos trabalhos
em Poços Intervenções (Workovers)
(dentro da
atividade de • Indução de surgencia
Completação) • Limpeza
• Restauração
• Recompletação
• Mudança de Método de Elevação
• Avaliação Explotatória
• Abandono definitivo
(arrasamento)

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Completação

• Trabalho realizado para iniciar a produção do


poço, normalmente logo após a perfuração
Nomenclatura • Para Avaliação
dos trabalhos • Para Produção

em Poços Intervenções (Workovers)


(dentro da • Realizadas durante a vida ativa do poço
atividade de objetivando a manutenção, incremento ou
restabelecimento da condição de produção ou
Completação) injeção
• Indução de surgência, Limpeza, Restauração,
Recompletação, Mudança de Método de
Elevação,Avaliação

• Realizada apos a vida ativa do poço, objetivando


restaurar as condições originais do meio
ambiente na superfície e garantir o isolamento
dos fluido na subsuperfície.
• Abandono definitivo (arrasamento)

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27
Nomenclatura • Abandono
dos trabalhos • Temporário
em Poços • Realizado após a avaliação do poço,
objetivando manter o poço em
(dentro da condição segura com isolamento
dos intervalos portadores de fluido
atividade de e possibilitando o retorno ao poço.
Completação) • Definitivo (arrasamento)
• Realizada apos a vida ativa do poço,
objetivando restaurar as condições
originais do meio ambiente na
superfície e garantir o isolamento
dos fluido na subsuperfície.

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Nomenclatura dos trabalhos em Poços


(dentro da atividade de Completação)
• Tipos de Intervenções (workovers)
• Indução de surgencia
• Objetiva estabelecer a produção quando o poço perde a
condição de surgencia
• Limpeza
• Substituição de equipamentos ou limpeza de detritos no
revestimento de produção. Não modifica a situação da
interface poço-formação
• Restauração
• Alteração da interface poço-formação objetivando
restaurar a condição de produção/injeção do poço; na
restauração não existe modificação da formação em
produção/injeção
• Recompletação
• Alteração da interface poço-formação objetivando
restaurar a condição de produção/injeção do poço; na
recompletação existe modificação da formação em
produção/injeção.
• Mudança de poço injetor para produtor e vice-versa
• Mudança do tipo de completação simples para duplo e
vice-versa

56

28
Nomenclatura dos trabalhos em Poços
(dentro da atividade de Completação)
• Tipos de Intervenções (workover)
• Mudança de Método de Elevação
• Modificação no método de elevação artificial do
poço
• Avaliação (testes)
• Intervenção para obtenção de dados do sistema
poço-reservatório, objetivando otimizar a produção
e a drenagem da zona produtora

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Perfuração

•Acompanhamento do poço
•Análise de equipamentos, materiais e equipe operacional

Geologia, Geofísica, Petrofísica e Engenharia de Reservatório

•Análise dos objetivos da completação ou intervenção


•Análise das características de rocha e fluido

Interfaces da
•Análise da expectativa de produção ou injeção

Engenharia de Instalações e Produção

Atividade de •Análise da capacidade produtiva das instalações x produção do poço


•Análise de parâmetros operacionais e de segurança

completação Gerenciamento de projetos

•Análise econômica

Compras e Serviços (materiais, equipamentos, operações)

Consultoria Especializada

Órgãos ambientais (IDEMA, IBAMA)

58

29
Fontes de dados da Atividade de completação

Parâmetros de produção
Condições ambientais

Parâmetros Características do
de projeto Completação poço perfurado

Parâmetros de reservatório
Características das Rochas
Características dos Fluidos
Poços de Correlação

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Conceitos Físicos e
Definições para
Completação de Poços

60

30
• Sistema Internacional (SI)
• Unidades Petrobras
• Unidades do American Petroleum Institute
Sistema de (API)

Unidades • Unidades da Society of Petroleum Engineer


(SPE)
• Unidades de campo (Field Units)

61

Sistemas de Unidades
Sistemas Absolutos ou Sistema Híbridos ou de Campo
Consistentes
Grandeza Dimensão CGS SI PETROBRAS AMERICANO ou
Oil Field
Comprimento L cm m m ft
Massa M gm kg kg lbm
Tempo T s s h h
Velocidade L/T cm/s m/s ft/s
Vazão L3/T cc/s m3/s m3/d STB/d (óleo)
MSCF/d(gás)
Pressão (ML/T2)/L2 dyna/cm2 N/m2(pascal) kgf/cm2 psi
Massa Específica M/L3 gm/cc kg/m3 lb/gal ou lb/cf lb/cf
Viscosidade M/LT gm/cm.s kg/m.s cp cp
(poise)
Permeabilidade L2 cm2 m2 mD mD
Volume L3 cm3 m3 m3 STB (óleo)
MSCF(gás)

62

31
Pressão hidrostática
• Fluido pouco compressível (líquidos)

ph ( psi )  0,1706   (lb / gal )  PV ( m)


Ph = pressão hidrostática à profundidade
vertical PV
 = peso do fluido

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Pressão hidrostática
 Fluido compressível (gás)

 M h 
pb g  pt g exp 
 472  Z  (T  460) 

pbg = pressão na base da coluna de gás(psia)


ptg = pressão no topo da coluna de gás(psia)
h = altura da coluna de gás(m)
T= Temperatura média da coluna de gás(°F)
Z= Fator de compressibilidade do gás real
M= Massa molecular do gás (Mol)

64

32
O conceito de peso equivalente à pressão
• O peso equivalente representa o peso de um
fluido (líquido) fictício cuja pressão hidrostática é
igual a pressão existente em uma profundidade
específica.

p( psi )
 eq (lb / gal ) 
0,1706  PV ( m)

p = pressão existente à profundidade vertical PV


eq = peso equivalente à pressão p

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Peso flutuado
 Peso da tubulação quando submetida ao efeito do empuxo do fluido
dentro do poço
T1 T2 • Equilíbrio de forças
• T1 = War ; T2 = W
• Empuxo
• T2 < T1 => W < War

  fluido 
War   1  
W   aço 

W    War

Relação válida quando existe


equilíbrio de forças entre o interior e o
exterior da tubulação no fundo do poço

 fluido  aço

66

33
Volume em tubulações
• Capacidade (bbl/m)
• Tabelas
• Fórmulas
• Capacidade interna
 
ODint
Ci  3,19  10 3  ID 2 ´bbl
m
ODext

• Capacidade do anular
IDext C a  3,19  10 3  ( IDext
2 2
 ODint 
) ´bbl
m

IDint

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Deslocamento em tubulações
• Fluido deslocado (bbl/m)
• Volume de aço do elemento
tubular
• Tabela
ID OD
• Fórmula

D  3,19  103  (OD 2  ID 2 ) ´bbl  m


68

34
• Torque e Drag – atrito entre superfícies sólidas no
poço

Força de atrito para


N girar a coluna
ff
“TORQUE”

Casing
Força de atrito
Drill String

na direção axial
DRAG
N ff

Centralização perfeita
Não tem torque e drag
Coluna não centralizada

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Perfilagem
Descida de ferramenta no poço para obtenção de um
registro de propriedades do sistema poço-reservatório
função da profundidade – (Perfil)

Perfilagem a poço aberto


Durante a perfuração (LWD)
A cabo após a perfuração

Perfilagem a poço revestido (cabo elétrico)


Avaliação de cimentação
Corrosão do revestimento
Perfilagem de produção

70

35
Cap 2 - Perfilagem/ Exemplos de perfis a
poço aberto

Tipo de Perfil Parâmetros Interpretados


Potencial Salinidade da água de formação, litologia,
espontâneo argilosidade
Resistividade Tipo de fluido saturando a formação
Raios gama Litologia, argilosidade
Sônico Porosidade, velocidade de propagação acústica na
rocha
Densidade Porosidade, densidade da rocha
Neutrônico Porosidade, quantidade de H+ das rochas

71

Perfilagem/ Exemplo de perfil a poço


aberto

200 300 400

Folhelho Arenito Arenito

72

36
• Gradientes
• Pressão e Temperatura
• A definição para o termo gradiente na completação de poços
significa a variação unidimensional de uma grandeza.
df ( x)
grad 
• dx
• Na prática os gradientes representam a variação linear de uma
grandeza com a profundidade.
• Unidades: psi/m, psi/pé, °F/m, °F/ft
• Faixa de variação
• Pressão: 0,35 a 1,1 psi/pé
• Temperatura(gradiente geotérmico): 1 a 2 F/100 pés

73

Cálculo do Gradiente de Pressão e Temperatura

• Variação linear de p ou T com a profundidade vertical


• Cálculo rápido de p e T em subsuperfície

p
gradp  p = Pressão

z T = Temperatura

z = Profundidade Vertical
T
gradT 
z

74

37
Gradientes

Aplicação do conceito de gradiente de


pressão

Fonte: Schlumberger

75

Exemplo 01
Calcular o gradiente de pressão e temperatura de um reservatório de gás
a uma profundidade de 3800 metros, cujos valores de pressão e
temperatura estática são respectivamente 4800 psi e 310 grau Farenheit.
Considerar a temperatura ambiente igual a 86 Farenheit.

• Solução
• Gradiente de pressão
• gradp = (4800-0)/3800 = 1,26 psi/m

• Gradiente de temperatura
• gradT = (310 - 86)/3800 = 0,059 F/m

76

38
Nomenclatura dos principais gradientes
• Gradiente geotérmico
• Temperatura da terra em subsuperfície
• Gradiente de pressão de poros (pressão estática,
pressão do reservatório)
• Pressão do(s) fluido(s) na rocha
• Gradiente de sobrecarga (overburden)
• Pressão equivalente ao peso das rochas
• Gradiente de fratura
• Pressão de fratura das formações

77

Exemplos de curvas de gradientes

78

39
Principais Esforços Uniaxiais em Tubulações

PRESSÃO PRESSÃO
TRAÇÃO INTERNA EXTERNA

TORÇÃO FLEXÃO COMPRESSÃO

79

POROSIDADE
Medida da capacidade de armazenamento de fluidos,
sendo definida pela relação entre o volume dos
espaços vazios(ou preenchidos com fluidos) da rocha e
o seu volume total.
Espaço entre os grãos da rocha
• Vazios ou preenchidos com fluido
• Interconectados ou não
• Absoluta
• Efetiva

80

40
Propriedades das rochas e fluidos
POROSIDADE
Fatores que afetam a porosidade
• Tamanho/seleção/arranjo dos grão
• Esfericidade
• Cimentação da rocha
Obtenção da porosidade
• Campo: perfis, testes de formação
• Laboratório: técnicas com testemunho

81

Propriedades das rochas e fluidos


Porosidade
Porosidade Absoluta

Vv Vs
 ou   1
Vt Vt
Porosidade Efetiva

Vv conectados
efetiva 
Vt
Para efeitos práticos considera-se apenas a porosidade efetiva

82

41
Propriedades das rochas e fluidos
Porosidade

Reservatório convencional
Porosidade de média a alta

Reservatório tight
Baixa permeabilidade

83

Saturação

Volume de um fluido ocupando o espaço poroso

Vfluido
S fluido  S w  S g  So  1
Vporoso
 Água conata ou intersticial
 Saturação residual (fluido imóvel)

Conhecendo-se a porosidade e as saturações pode-se estimar o


volume de óleo in place

84

42
Exemplo :
Volume de óleo in place (medido em condições de reservatório) para
um reservatório cilíndrico

Volume Poroso Vp = Ah A

Volume “in place” V = AhSf


h
Volume “móvel” Vm= AhSf - Sfr)

85

Experimento de Darcy

Lei de Darcy

Entrada
Água
A  h
qágua
L Filtro h
L de
Areia
A  h
qágua C
L Saída
Água

Característica do meio (permeabilidade)


k
C Mobilidade (fluid mobility)

Característica do fluido (viscosidade)

86

43
Permeabilidade (k),[md,D,m2]
Medida da capacidade de escoamento de fluidos no
meio poroso
Aplicabilidade do conceito de permeabilidade definido por
Darcy – permeabilidade absoluta
Permeabilidade Efetiva (kefetiva)
• Redução na permeabilidade devido ao fluxo multifásico no meio
poroso
• óleo + gás, óleo + água, gás + água
• óleo + gás + água
Permeabilidade Relativa
k efetiva
kr 
k

Os valores de permeabilidade obtidos nos teste em poços refletem a


permeabilidade efetiva

87

• Curvas de Permeabilidade Relativa

Fonte: Schlumberger

88

44
Viscosidade,(m),cp,Pa.s

Resistência ao fluxo dos fluidos


• Característica do fluido
Cálculo das perdas de cargas
• Meio poroso
• Tubulações
Obtenção
• Procedimentos experimentais em laboratório
• Correlações

Durante a fase inicial (exploratória) de um jazida de hidrocarbonetos são


coletadas amostras dos fluido para determinação da viscosidade em
laboratório

89

Comportamento de Fases
• Variações de estado em função da pressão e
temperatura (substancia pura).

Ponto Crítico
Líquido

Gás

Substância pura

90

45
Comportamento de Fases – Mistura de HC

Pc2
Liquido

Pc1

Gás

Mistura

91

FMJ1

Coeficiente de compressibilidade isotérmica


1 V
c V  cVp
V p T cte

Medida da capacidade de expansão ou


contração do volume de uma substância ou
mistura com variações de pressão @
T=constante

No caso do meio poroso a compressibilidade total é dada pela combinação


das compressibilidades dos fluidos e da rocha

ct  cr  c f

92

46
Slide 92

FMJ1 Slide inicial da aula de 17/03/2010 até o final da apresentação


+Exercícios
+Aplicação da 1a lista para avaliação (2 problemas)
Flavio Medeiros; 20/06/2010
Propriedades das rochas e fluidos
Fator Volume de Formação(B)
Relação entre os volumes no reservatório e os volumes
medidos na superfície
• Volume no reservatório @ p e T
• Volume na superfície @ SC
• Standard Condition(SC) = 14,7 psia e 60 ºF

Vg ( res )
FVF para Gás Bg 
Vg ( SC )

Vo ( res )
FVF para Óleo Bo 
Vo ( SC )

93

Razão de solubilidade
• Razão de solubilidade - Rs : volume de gás
dissolvido no óleo nas condições de p e T
do reservatório

Reservatório Condição padrão na


@peT superfície (SC)
14,7 psia e 60 F

Vgás(scf)
Vliq
Vóleo(stb)

Vgas ( scf )
Rs  ( ) @peT
Vóleo ( stb )

94

47
Variáveis de produção

Vazão de Gás - qgas

S q gás
E RGO  ( )
qóleo
P
A
Vazão
R
de Óleo- qóleo
A
Ç q gás
Produção
Total
à RGL  ( )
O qóleo  qágua
(O+G+A+S)
Vazão de Água
e Sedimentos

Grau API do óleo 141,5


API   131,5
SPGR
SPGR – Specific gravity (densidade relativa do óleo)

95

Variáveis de produção
BSW : teor de água+sólidos em relação
ao volume total de líquido+sólidos

Vágua  Vsólidos
óleo BSW  ( )
Vágua  Vsólidos  Vóleo
água
sólidos
Vágua  Vsólidos
BSW  ( )
Vtotal
O volume de sólidos normalmente é desprezível , exceto onde
existe produção de areia

96

48
Lei de Darcy
Estabelece um relação direta (empírica) entre a
velocidade aparente do fluido e a força motriz do
movimento.

Forma Generalizada
Velocidade
u  q
   aparente A
u   K̂ .
 p
dp

Potencial   g( z  z ref )
Hidráulico
p ref

 Aplicação da forma generalizada
 Meio poroso não homogêneo
 Fluxo compressível
 Fluxo inclinado

97

Lei de Darcy
• Premissas rotineiras (práticas) para aplicação da Lei
de Darcy em na completação de poços

• Fluxo Horizontal
• Elimina a componente gravitacional no fluxo (substitui o potencial
hidráulico pela pressão)
• Reservatório Homogêneo e isotrópico
• A permeabilidade é a mesma em todas as direções e pode ser
tratada como uma grandeza escalar
• Fluido incompressível
• O peso específico independe da pressão
• Fluxo Monofásico
• Elimina o uso das curvas de permeabilidade relativa
• Fluxo laminar
• Elimina os efeitos da turbulência, não contemplados na equação de
Darcy

98

49
CONC.FUNDAMENTAIS

Lei de Darcy
Lei de Darcy / Formas Simplificadas para regime
permanente
Fluxo Linear
p1 q A p2
kA ( p2  p1 )
q
 L L

Fluxo Radial q pe

kh ( pe  pw )
q
 ln( re ) pw
h

rw rw r
re

99

Etapas e Operações
durante a
Completação

100

50
Etapas da Completação

• Movimentação da unidade de intervenção (sonda de produção)


• Instalação do ESCP
• Condicionamento do poço
• Avaliação da Cimentação
• Correção da cimentação
• Canhoneio da zona produtora
• Avaliação a poço revestido
• Estimulação
• Isolamento de zonas
• Equipar o poço
• Indução de surgencia
• Abandono

101

2 – Fluidos de completação
Funções do fluido de completação;
Requisitos básicos do fluido de completação;
Tipos e características dos fluidos usados na completação;
Prevenção do dano à formação

102

51
Fluido de completação ou workover

• Fluido utilizado para viabilizar as operações durante


as intervenções no poço (completação ou workover)
• Principais funções
• Evitar o influxo dos fluidos da formação para o poço
durante as operações
• Promover ou auxiliar a remoção de sólidos do interior
do poço
• Promover o posicionamento dos fluidos em operações
com cimento ou tratamento químico
• Meio físico para transmissão de pressão entre o fundo
do poço e a superfície

103

Requisitos ideais do fluido de completação


• Densidade adequada para manter o poço sob controle em
condições de sub-superfície
• Estabilidade térmica
• Compatibilidade com os minerais e fluidos existentes na rocha-
reservatório
• Compatibilidade com os aditivos a serem adicionados ao fluido
• Compatibilidade com outros fluidos existentes no poço (fluido
hidráulico, fluido de perfuração)
• Compatível com os requisitos de segurança , saúde e meio-
ambiente
• Compatível com elastômeros, revestimentos plástico e
metalurgia dos equipamentos do poço
• Deve ser mantido limpo, isento de sólidos e não contaminado
por outros tipos de fluido
• Volumetria adequada

104

52
Requisitos do fluido de completação
• Volume
• Especificado de forma a se manter a continuidade
operaçional.
• Garantir o poço cheio com fluido de densidade adequada
• Atender possíveis variações na pressão no poço
• Operações de contingência

Volume teórico

Vtotal  V poço  Vsurperficie  Vcontingencia


Volume mínimo recomendado
1 x Vpoço no poço
Vtotal  2  V poço 0,5 x Vpoço superfície
0,5 x Vpoço para fabricar

105

0,5 x Vpoço

Vpoço

0,5 x Vpoço

106

53
Requisitos do fluido de completação

• Densidade (na completação referido


como peso específico)
• Especificada de forma a se manter o poço
sob controle durante as operações.

107

Requisitos do fluido de completação

• Overbalance
• Diferença de pressão positiva entre a pressão
hidrostática do fluido de completaçao e a
pressão da formação.
• Pressão no poço > Pressão da formação=>
CONDIÇÃO OVERBALANCE
• Poço de óleo
• 100 psi < Ppoço-Pformação < 200 psi
• Poço de gás
• 150 psi < Ppoço-Pformação < 300 psi

108

54
Requisitos do fluido de completação
• Não originar ou minimizar o dano à
formação
• O dano à formação é causado pelo
contato e invasão do fluido de
completação e seus componentes para
dentro da formação
• Condição overbalance: PH > Pp  Invasão

ALTERAÇÃO DA
INVASÃO DE FORMAÇÃO NO DANO À
FLUIDO ENTORNO DO FORMAÇÃO
Pp PH Pp POÇO

PERDA DE PRODUTIVIDADE DO POÇO

109

O QUE É O DANO À FORMAÇÃO ?


• Alteração na condição original da rocha reservatório nas
proximidades do poço causando redução na capacidade de
produção do sistema poço-reservatório

Representação Esquemática do Dano à Formação


Poço
Região danificada

Região não danificada

pe
pwf(ideal)
pskin
pwf(real)
kd k

rw

rd

re

110

55
O fator de película (s,skin factor)

◦ Variável adimensional utilizada para quantificar a queda de


pressão (skin effect) devido ao dano à formação –
fisicamente representa a queda de pressão adimensional
na área danificada

2kh  k  r
s pskin ou s    1 ln( d )
qsf   kd  rw
kh
s pskin Unidades Oilfield
141,2qB
28/02/2024 UFRN 2009 111

111

O conceito de raio efetivo (rweff)


◦ Representa o raio de um poço fictício em um reservatório
não danificado onde se obtém a mesma queda de pressão
do poço real com dano à formação

p r  p r
w  skin weff

rweff  rwe  s

28/02/2024 UFRN 2009 112

112

56
Requisitos do fluido de completação
• Teor de sólido
• <25 ppm
• Tamanho das partículas
• Filtração absoluta com filtros de 2
m
• Filtrado
• Aditivado para evitar inchamento
ou dispersão de argilas
• Uso de eletrólitos – sais (Cloreto
de Potássio)
• Aditivado para evitar mudança de
molhabilidade da rocha, formação
e ou estabilização de emulsões
• Uso de surfactantes – testes em
laboratório

113

Tipos de filtros
• Filtros prensa
• Filtros de cartucho

114

57
Tipos de Filtro
Filtro
Prensa

Filtro
de

Cartuc
ho

115

Requisitos do fluido de completação


• Viscosidade
• Necessária para limpeza do poço (remoção de sólidos do
poço)
• Agentes viscosificantes normalmente causam dano à
formação.
• É necessário testes de laboratório para se avaliar o potencial
dano causado por agentes viscosificantes
• Lei de Stockes – velocidade terminal
gd p2 (  p   f )
Vt 
18
Vt – velocidade terminal (velocidade de queda da partícula no fluido) [m/s]
g - aceleração da gravidade [m/s2]
dp - diâmetro médio da partícula sólida [m]
p - massa específica da partícula sólida [kg/m3]
f - massa específica do fluido de completação [kg/m3]

116

58
Requisitos do fluido de completação
• Controle da corrosão
• Inibidores de corrosão por oxigênio (sequestradores)
• Inibidores de corrosão por ácido sulfidríco
• Inibidores de corrosão por gás carbônico
• Inibidores de corrosão para cloretos
• Inibidores de hidratos
• Bactericidas

117

Requisitos do fluido de completação


• Possibilidade de uso de agentes de combate a perda de
fluido para formação
• Uso de partículas sólidas ou resinas para obstruir a interface
poço x rocha-permeável
• Geometria das partículas dimensionada para combater a perda
sem invasão das gargantas dos poros da rocha
• Agentes de combate a perda devem ser facilmente dissolvidos
por água, ácido ou óleo
• Identificar e avaliar a efetividade do método a ser utilizado para
remoção do agente de combate a perda
• Principais agentes de combate a perda
• Calcita micronizada (carbonato de cálcio)
• Sal micronizado (cloreto de sódio)
• Resina solúvel em óleo

118

59
Nomenclatura dos fluidos usado na completação
• Fluido de amortecimento
• Fluido capaz de manter um overbalance adequado
(segurança) às operações no poço
• Packer fluid
• Fluido mantido no anular do poço (acima do obturador
–packer) durante a vida produtiva do poço
• Fluido de estimulação
• Fluido utilizado nas operações de estimulação
• Ácido
• Fluido de fraturamento
• Ligações cruzadas -Cross-linked
• Viscosificados
• Slick-water

119

Nomenclatura dos fluidos usados na completação


• Tampões (colchões) viscosos
• Volume especificado de fluido com alta viscosidade para auxílio
na remoção de sólidos do poço
• Tampões de combate a perda
• Volume especificado de fluido com alta viscosidade contendo
sólidos ou resinas para reduzir ou eliminar a perda de fluido para
formação
• Tampões (colchões) espaçadores
• Volume especificado de fluido com o objetivo de evitar a
contaminação de um tipo de fluido por outro
• Tampões (colchões) lavadores
• Volume especificado de fluido com o objetivo de remover
resíduos solúveis no colchão lavador de forma a evitar a
contaminação de fluidos limpos a serem bombeados para o poço

120

60
Principais tipos de Fluido de completação

• Óleo morto (crude oil)


• Aplicado em formações depletadas (formação com peso equivalente <
8.3ppg)
• Deve-se utilizar o óleo produzido da própria zona produtora
• Baixo custo para operação
• Deve-se analisar a possibilidade de formação de parafinas, asfaltenos
e emulsão com a água da formação
• Maior impacto em caso de vazamentos (proibido o uso em alguns
países)
• Requer dimensionamento adequado dos componentes elastoméricos
dos equipamentos de manuseio do fluido (bombas, tanques, linhas e
válvulas)

121

Principais tipos de Fluido de completação

• Óleo Diesel
• Aplicado em formações depletadas (formação com peso equivalente <
8.3ppg)
• Menor quantidade de contaminantes em relação ao óleo morto
• Deve-se analisar a possibilidade de emulsão com a água da formação
• Maior impacto em caso de vazamentos (proibido o uso em alguns
países)
• Requer dimensionamento adequado dos componentes elastoméricos
dos equipamentos de manuseio do fluido (bombas, tanques, linhas e
válvulas)
• Maior custo em relação ao óleo morto

122

61
Principais tipos de Fluido de completação

• Água da formação (produzida)


• Aplicado em formações com peso equivalente ao da água
ou um pouco abaixo
• Menor quantidade de contaminantes em relação ao óleo
morto
• Compatível com os argilo-minerais existentes na formação
• Baixo custo
• Precisa estar limpa e isenta de contaminantes

123

Principais tipos de Fluido de completação

• Água do mar
• Aplicado em formações com peso equivalente ao da água
ou um pouco abaixo
• Baixo custo e grande disponibilidade (offshore)
• Contém partículas sólidas finas e compostos químicos que
podem causar dano à formação
• Necessita ser inibida para evitar inchamento e dispersão
de argilo-minerais
• Necessita verificação da compatibilidade com a água da
formação para evitar formação de incrustação

124

62
Principais tipos de Fluido de completação

• Fluido de perfuração
• Utilizado na indisponibilidade ou custo extremamente
elevado da solução salina adequada
• Base água (WBM)
• Altamente danificante (sólidos e filtrado)
• Base óleo (OBM) ou Base fluído sintético (SBM)
• Potencialmente danificante
• Grande potencial para entupimento de ferramentas de avaliação
• Dificuldade para acionamento de ferramentas operadas por
pressão na superfície

125

Principais tipos de Fluido de completação

Solução salina (salmoura)


• Água doce (industrial) aditivada
• Melhor relação custo benefício
• Aditivos
• Sais para obtenção da densidade adequada
• Sais para inibição de inchamento e dispersão de argilo-minerais
• 2 % KCl
• Preventores de emulsão (surfactantes)
• Prevenir inversão de molhabilidade da rocha (surfarctantes)
• (idealmente os surfactantes devem ser testados em laboratório,
para definição do tipo e concentração)

126

63
Adensantes do fluido de completação
• Sais

Fonte: Belarby - 2009

A densidade máxima depende da temperatura do fluido

127

Adensamento do fluido de completação


• Solução de NaCl

 Massa de NaCl @ 99% (lb/bbl)


Densidade
inicial Incremento desejado (lb/gal)

128

64
Efeito da temperatura e pressão na densidade do
fluido de completação
  1 
𝑚 Temperatura T  T0  2   
𝜌=
𝑉

  1  T 
 T0  
 
  1 
Pressão  p   p0  2    

  1  p 

Fonte: Belarby - 2009

129

Efeito da temperatura e pressão na densidade do


fluido de completação

  1 
∆𝜌 = 𝜌 − 𝜌 Temperatura T  T0  2   

  

 1  T  T0   
∆𝜌 = 𝜌 − 𝜌   1 
Pressão  p   p0  2    

∆𝜌 ç = ∆𝜌 + ∆𝜌   1  p 

𝜌 ç = 𝜌 + ∆𝜌 ç
To, po
𝑇𝑜 + 𝑇𝑓
𝑇=
2

𝜌 ç
𝑝𝑓
𝑝̅ =
𝜌𝑜 2

Superfície, To, po Tf, pf


Fonte: Belarby - 2009

130

65
1
∆𝜌 = 𝜌 2− −1
1− 𝑇−𝑇 𝛼

1
∆𝜌 = 𝜌 1−
1
2−
1− 𝑇−𝑇 𝛼

1
∆𝜌 = 𝜌 2− −1
1 + 𝑝̄ 𝛽

1
∆𝜌 = 𝜌 1−
1
2−
1 + 𝑝̄ 𝛽

131

Temperatura de cristalização
•A cristalização (precipitação) do sal reduz a densidade
do fluido e pode provocar entupimento nas linhas e equipamentos
Consideração importante para baixas temperaturas

Temperatura de cristalização para solução de Cloreto de Cálcio

Fonte: Belarby - 2009

132

66
Agentes viscosificantes
• Polímeros (Naturais ou Processados industrialmente)
• Naturais
• Goma Guar (Guar gum)
• Extremamente danificante para formação;
• Forma precipitado insolúvel em contato com álcool isopropílico;
• Não é recomendado para uso na completação ou workover
• AmidoBaixo custo;
• Capacidade de carreamento inferior à Goma-guar
• Necessita de altas concentrações
• Causa dano à formação

• Goma Xantanae térmica em altas temperaturas


• Dificuldade para remoção
• Causa dano à formação

133

Agentes viscosificantes
• Polímeros (Naturais ou Processados industrialmente)
• Industrializados
• Hidroxi-etil-celulose (HEC)
• Boa viscosidade e capacidade de carreamento de sólidos;
• Completamente dissolvido por ácido clorídrico;
• HEC não quebrado causa dano á formação
• Carboxi-metil-celulose (CMC)
• Boa viscosidade e capacidade de carreamento de sólidos;
• Forma precipitados insolúveis com íons trivalentes;
• Dano irreparável à zona produtora

Fluidos viscosificados devem ser usados para combate a perda somente em


conjunto com partículas sólidas adequadamente dimensionadas objetivando
minimizar o dano à formação

134

67
Redução de Permeabilidade por Goma Guar x HEC

135

Introdução à
hidráulica do fluido de
completação

Flavio Medeiros Jr
PTR-0212 Completação de Poços – Setembro-2022

136

68
Movimentação do fluido de
completação no poço
Descrição
Movimentação do fluido no poço através do bombeio de
fluido a partir da superfície
Objetivos
Substituição do fluido no poço
Amortecimento do poço
Limpeza de detritos no poço
Deslocamento e posicionamento de tampões
Injeção de fluidos na formação

137

Movimentação do fluido de
completação no poço
Principais tipos
Injeção
Deslocamento
Circulação

138

69
Movimentação do fluido de
completação no poço
Injeção
O fluido é bombeado na
superfície e injetado nos
furos abertos no
revestimento
(canhoneados)
 Pela coluna
 Pelo anular

139

Movimentação do fluido de
completação no poço
Circulação direta
O fluido é bombeado pelo Coluna
interior da coluna e retorna
pelo anular coluna x Revestimento
revestimento

140

70
Movimentação do fluido de
completação no poço
Circulação reversa
O fluido é bombeado pelo Coluna
interior do anular coluna x
revestimento e retorna pelo Revestimento
interior da coluna

141

Sistema de circulação

Equipamento
de superfície

Bomba

Coluna

Anular

BHA – Bottom
Tanques Hole Assembly

142

71
Hidráulica do Fluido de Completação
 Teoria e cálculo das pressões e vazões para
movimentação do fluido de completação no poço
 Modelo reológico
 Definido pela relação entre a tensão de cisalhamento e a taxa de
cisalhamento de um determinado fluido
Tensão de Cisalhamento (t)

Fluido de Bingham (plástico)


Fluido dilatante
Fluido de Herschel and Bulkley

Fluido de Potência (pseudo-plástico)

Fluido Newtoniano
.
Taxa de Cisalhamento ( )

143

Hidráulica do Fluido de Completação

Teoria e cálculo das pressões e vazões para


movimentação do fluido de completação no poço
Regime de Fluxo
 Função do perfil de velocidade do fluido
 Caracterizado pelo número de Reynolds
 Principais regimes de fluxo em poços
 Pistão
 Laminar
 Transicional
 Turbulento

144

72
Hidráulica do Fluido de Completação
 Sequência para o cálculo das perdas por fricção nas
tubulações em poços

Modelo Reológico

Perdas por
Regime de Fluxo Pressões
fricção

Vazão do fluido

145

Hidráulica do Fluido de Completação


Modelo reológico – Fluido Newtoniano
.
t  tensão de cisalhamento (lb / 1000 pe 2 )
t      vis cos idade (cp)
.
  taxa de cisalhamento (1 / s )
Tensão de cisalhamento

Fluido Newtoniano

Taxa de cisalhamento

146

73
Hidráulica do Fluido de Completação
Fluido Newtoniano – Medida da viscosidade
Viscosímetro FANN 35

  vis cos idade (cp)


300  N  leitura no FANN 35
  N
N N  rotação (rpm)

147

Hidráulica do Fluido de Completação


Determinação do regime de fluxo
Número de Reynolds – NRe
vt ( ID)
N Re  928
Interior da tubulação 
q
vt 
2.448( ID) 2

va ( IDo  ODi )


N Re  757
Espaço Anular 
q
va 
2.448( IDo2  ODi2 )

148

74
Hidráulica do Fluido de Completação
 Unidades das variáveis utilizadas nas equações para cálculo do Número de
Reynolds e perdas por fricção

N Re  a dim ensional
v  velocidade média( pé / s )
q  vazão( gpm  gal / min)
  massa específica(lb / gal )
ID  diâmetro int erno( polegadas)
IDo  diâmetro int erno da tubulação externa( polegadas)
ODi  diâmetro externo da tubulação int erna( polegadas)
  vis cos idade(cp)
  rugosidade absoluta( pol )
f  fator de fricção de Fanning (a dim ensional )

149

Hidráulica do Fluido de Completação


Determinação do regime de fluxo
Número de Reynolds – NRe

Fluxo Laminar N Re  2100

Fluxo Turbulento N Re  4000

Fluxo de Transição 2100  N Re  4000

150

75
Hidráulica do Fluido de Completação
 Perdas por fricção (atrito) – perdas de carga na
tubulação
 Energia necessária para movimentar o fluido
 Calculada com o gradiente de fricção
dp f v 2
Equação de Fanning  f
dL 25,8( ID)
f= fator de fricção de Fanning (adimensional)
Função do Numero de Reynolds (regime de fluxo)
Função da Rugosidade relativa

Rugosidade relativa    /(ID)

As tubulações usadas em poços são consideradas tubulações de


baixa rugosidade (smooth pipe) =>   1 10 4

151

Hidráulica do Fluido de Completação


Fator de fricção de Fanning
Fluxo Laminar f  16 / N Re

Fluxo Turbulento
Eq. Colebrook (1938)
1
f
 
  4 log 0 , 2696     1 , 255 / N Re f 
Eq. Chen (1979)
2
    1 ,1098  7 ,149 
0 , 8961
  
  5 , 0452
f    4 log   log     
 3 , 7065 N  2 , 8257  N Re  
  Re
   
Equação de Blasius (aproximação para baixa rugosidade)
f  0,0791 / N Re
0, 25

152

76
Hidráulica do Fluido de Completação
 Gradiente de perdas por fricção – c/ aproximação de
Blasius e para fluido Newtoniano (psi/pé)
Fluxo laminar
p f vt
Interior da tubulação 
L 1500( ID) 2
p f va
Espaço Anular 
L 1000( IDo  ODi ) 2

Fluxo turbulento
p f  0, 75vt1, 75  0, 25
Interior da tubulação 
L 1800( ID)1, 25
p f  0, 75va1, 75  0, 25
Espaço Anular 
L 1396( IDo  ODi )1, 25

153

Circuito Hidráulico – Potência na bomba

∆𝑝bomba
Tanques Bomba Lsup
Tanques
∆𝑝𝑓𝑠𝑢𝑝

Equipamento Lcol
∆𝑝𝑓 = 𝑔𝑟𝑎𝑑𝑓 ×𝐿 Lan
de superfície ∆𝑝𝑓col ∆𝑝an
Coluna ∆𝑝𝑓 = 𝑔𝑟𝑎𝑑𝑓 ×𝐿
Anular ∆𝑝𝑓 = 𝑔𝑟𝑎𝑑𝑓 ×𝐿

Bomba ∆𝑝 = ∆𝑝𝑓 + ∆𝑝𝑓 + ∆𝑝𝑓


Potência 𝑃𝑜𝑡 (𝐻𝐻𝑃) = 𝑞 𝑏𝑝𝑚 × ∆𝑝 (𝑝𝑠𝑖)/40,81
na bomba

154

77
Circuito Hidráulico – Cálculo de pressões

Perdas por fricção 𝑝up 𝑝down


q
∆𝑝𝑓 = 𝑝 −𝑝

Pressão hidrostática

0
-
+

155

Circuito Hidráulico – Pressão na cabeça do poço

𝑝
Tanques Bomba Lsup
𝑝 ç
∆𝑝𝑓𝑠𝑢𝑝
Cabeça do
q poço

𝑝 ç =𝑝 − ∆𝑝𝑓

156

78
Circuito Hidráulico – Pressão na cabeça do poço circulação
direta

𝑝
Tanques Bomba Lsup
𝑝 ç
∆𝑝𝑓𝑠𝑢𝑝
Cabeça do
q poço

𝑝 =𝑝 ç − ∆𝑝𝑓 +𝑝
q ∆𝑝𝑓𝑐𝑜𝑙

157

Circuito Hidráulico – Pressão no fundo do poço circulação


direta

∆𝑝bomba
Tanques Bomba Lsup
Tanques
∆𝑝𝑓𝑠𝑢𝑝 𝑝 ç

0 q
𝑝 =𝑝 − ∆𝑝𝑓 -𝑝

𝑝 = ∆𝑝𝑓 +𝑝 𝑝

158

79
Aplicação – Limpeza de fundo de poço

Determinar a vazão, a pressão na cabeça e a potência hidráulica necessária para remover a


areia do poço. Considere um fator de segurança de 1,2 para velocidade mínima de arraste
da areia em relação ao valor calculado pela Lei de Stokes.

𝑝 ç

Revestimento 9 5/8”-47 lb/pe Fluido base água, peso 10 ppg


viscosidade 1,05 cp

Coluna 3 ½”-9,3 lb/pé

Topo da areia=2750 m (PM) 50 metros de areia


Base da areia=2800 m (PM) SPGR=2,66
Dmed=1,2 mm

159

Aplicação – Limpeza de fundo de poço

𝑝 ç 𝑝 ç
Reversa Direta

Vcoluna Vanular

160

80

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