Você está na página 1de 34

DIRETORIA DE PROJETOS

MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE


ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA

Volume IV
Estudos Geológicos e Geotécnicos
3ªEdição

Belo Horizonte, Outubro, 2022

1
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos

DIRETORIA DE PROJETOS – DP

DIRETOR GERAL: Eng. Rodrigo Rodrigues Tavares

VICE - DIRETOR GERAL: Eng. Matheus Guimarães Novais

DIRETOR DE PROJETOS: Eng. Luís Guilherme Ferreira Chaves Campos

Responsável pela Elaboração:

Engº José Flávio Nascimento – Gerência de Estudos e Materiais

Responsáveis pela Revisão:

Eng.º José Flávio Nascimento

Geólogo Dionísio Tadeu de Azevedo

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG – 2022
2
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos

Apresentação

Este Manual visa à uniformização dos procedimentos na execução de estudos e projetos


de engenharia rodoviária.

Configura-se como importante ferramenta de trabalho para acompanhamento dos serviços


contratados ou elaborados pelo próprio DER/MG.

Este Manual abrange todos os procedimentos a serem observados em cada fase do estudo
ou projeto e é composto pelos seguintes volumes:

Volume I Estudos de Tráfego, Capacidade e Níveis de


Serviço

Volume II Estudos de Segurança de Trânsito

Volume III Estudos e Levantamentos Topográficos

Volume IV Estudos Geológicos e Geotécnicos

Volume V Estudos e Projeto de Meio-Ambiente

Volume VI Projeto Geométrico e de Terraplenagem

Volume VII Projeto de Drenagem

Volume VIII Projeto de Pavimentação

Volume IX Projeto de Sinalização e Segurança Viária

Volume X Projeto de Desapropriação

Volume XI Projeto de Obras de Arte Especiais

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG – 2022
3
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos

INDICE

I. ORIGEM.............................................................................................................................. 5

II. OBJETIVO ......................................................................................................................... 5

III. CONDIÇÕES GERAIS ...................................................................................................... 5

3.1. Procedimento ............................................................................................................. 6


3.1.1. Fase 1 .................................................................................................................... 6
3.1.2. Fase 2 .................................................................................................................... 7
3.1.3. Fase 3 .................................................................................................................... 8
3.1.4. Fase 4 .................................................................................................................. 11
IV. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS........................................................................................11
4.1. Estudos Geológicos - Geotécnicos................................................................................... 11
4.1.2. Elaboração de Plano de Sondagens ou Investigações ......................................... 13
4.1.3. Investigações Geotécnicas de Campo e Realização de Ensaios em Laboratório . 13
4.1.4. Estudos Especiais e Recomendações ................................................................. 24
4.1.5. Apresentação ....................................................................................................... 25
ANEXO A................................................................................................................................26

ANEXO B................................................................................................................................31

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 4 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos

I. ORIGEM
Este manual foi baseado em estudos e observações desenvolvidas por especialistas
na área e no seguinte documento:
•Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários (Escopos
Básicos/Instruções de Serviço) – Publicação IPR 727 – 2006.
II. OBJETIVO
Este manual tem por finalidade organizar e sistematizar os critérios fundamentais
para a realização dos Estudos Geológicos e Geotécnicos necessários à
elaboração dos projetos de engenharia rodoviária.

III. CONDIÇÕES GERAIS


Os órgãos rodoviários contratam, para execução de seus projetos, o serviço de
empresas particulares, as Consultorias, que os fiscalizam segundo as
especificações, normas técnicas, administrativas e cláusulas contratuais vigentes.
Não obstante a diversidade das funções, a do Consultor e a do Fiscal, estas não
devem ser antagônicas. Pelo contrário, devem ser exercidas em perfeita sinergia,
focando o mesmo objetivo, que deve ser a constante busca das melhores soluções
técnicas e econômicas, visando a adequada execução dos serviços, atentando para
as especificações e cronograma existentes.
A fiscalização não deve ser um obstáculo, mas um facilitador do processo. O Fiscal
deve observar, analisar, sugerir e exigir.
O bom entendimento Fiscal-Consultor facilita um melhor andamento dos projetos,
dentro dos padrões técnicos especificados, que é o objetivo maior do Contrato.
Preliminarmente, é importante que Consultor e Fiscal tenham estudado em todos os
seus pormenores, as normas técnicas vigentes, Edital e as cláusulas contratuais,
permitindo, assim, uma criteriosa e segura execução do serviço.

Uma boa equipe de fiscalização é aquela que consegue um serviço de boa


qualidade sem prejuízo da produção, colaborando, sem ser transigente.
Em suma, deve ter em foco as características apresentadas no quadro a seguir.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 5 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
QUADRO I
FASE DO TRABALHO DEVERES DA FISCALIZAÇÃO
Ser claro. Ser objetivo. Conhecer bem as especificações, normas,
PLANEJAMENTO
instruções e Contrato. Antecipar os problemas que possam surgir.
Ser claro, preciso e conciso. Emitir as ordens por escrito. Respeitar a
INSTRUÇÕES
hierarquia da Consultora. Evitar atrasos.
Cumprir com os prazos de analises acordados, para não prejudicar a
produção da Consultora. Manter Controle de Qualidade. Manter-se
EXECUÇÃO
entrosado com a Consultora. Atuar com segurança e autoridade,
sem ser autoritário. Ser ético.
Manter equipe de pessoal capaz e em quantidade necessária e
suficiente. Ter cortesia e desenvoltura. Manter registros. Controlar
FISCALIZAÇÃO
periodicamente os serviços executados, de forma a ser possível
cumprir os prazos determinados.
MEDIÇÃO Medir com precisão. Exigir o acompanhamento da Consultora.

3.1. Procedimento
O projeto deve ser desenvolvido de forma transparente e tecnicamente justificado,
com todos os detalhamentos necessários, para a execução da obra.
Ao final de cada evento descrito a seguir, deve ser elaborada Ata de Reunião,
relatando os assuntos abordados e as respectivas decisões tomadas, devidamente
ratificadas pelos presentes, sob responsabilidade dos Coordenadores de Projeto,
por parte da Contratada e da Contratante.
3.1.1. Fase 1
Após a ordem de início do serviço, o Coordenador do Projeto deve convocar a
Consultora e disponibilizar os dados existentes para o trecho em estudo, informando
o que se espera no desenvolvimento do objeto contratual.
De posse da documentação necessária, os Coordenadores do Projeto pela
Contratante e Contratada, devem realizar VISITA TÉCNICA INICIAL ao local do
empreendimento, para avaliar e discutir “in loco”: os aspectos técnicos e a
concepção do traçado, as eventuais correções, os pontos obrigatórios de passagem,
as possíveis alterações de traçado ou outras soluções técnicas, tendo como
referência a proposta da Contratada.
Conforme dito anteriormente, ao final da visita, deve ser elaborada a Ata da
Reunião, onde conste o escopo do projeto e a concepção geral do traçado da
rodovia, a ser detalhada na elaboração do diagnóstico.
A Contratada, de posse da Ata de Reunião referente à visita inicial, deve voltar ao
trecho para coleta de outras informações necessárias, visando complementar os
estudos preliminares, destinadas à elaboração do Diagnóstico e da Concepção do
Projeto.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 6 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
Esse diagnóstico deve se basear principalmente em: dados de tráfego, investigação
ambiental preliminar, avaliação das condicionantes da geometria da via,
desapropriação, segurança viária, terraplenagem, drenagem e pavimentação.
O Diagnóstico deve ser encaminhado ao Coordenador do Projeto para análise
prévia, acompanhado da concepção da obra a ser projetada, indicando as
alternativas propostas.
Após a análise, o Coordenador do Projeto deve convocar uma reunião com a equipe
da Consultora para discutir as propostas e conceder a Aprovação Preliminar,
visando à continuidade do projeto.
3.1.2. Fase 2
A Minuta do Projeto deve ser desenvolvida sobre as soluções escolhidas e
aprovadas na fase de Diagnóstico e Concepção do Projeto, de acordo com os
Termos de Referência do Edital e das instruções da Contratante.
Quando definida em Edital, deve ser utilizada a metodologia “Análise de Engenharia
de Valor”, para avaliação das soluções propostas. Nesta análise devem ser levados
em consideração, os principais itens dos serviços que interferem no valor global do
empreendimento, incluindo custo inicial, sua manutenção e operação, durante a vida
útil do patrimônio público construído.
Para aprovação da Minuta do Projeto, Contratada e Contratante devem realizar
VISITA TÉCNICA (de “Portaria”) conjunta de avaliação ao trecho, em cumprimento
ao disposto na Portaria DER/MG nº 2145/06.
A visita deve ser realizada de posse da Minuta do Projeto analisada e, após a
locação do eixo e marcação dos “offsets” em campo, otimizada através de um
“check – list”, gerando um Relatório de Visita Técnica.
A minuta deve ser entregue no prazo mínimo de 10 (dez) dias úteis antes da Visita
de Portaria.
Desta visita deve participar uma equipe multidisciplinar constituída por
representantes da Diretoria de Projetos, Diretoria de Infra Estrutura e Diretoria de
Operações/CRG do DER/MG, além dos Coordenadores Geral/Setoriais da
Consultora.
A autorização para prosseguimento dos serviços deve ser precedida de reunião com
os Coordenadores do Projeto da Contratada e Contratante, envolvendo toda a
equipe gerencial responsável, de ambas as partes, para análise conjunta da Minuta
do Projeto corrigida, devendo este evento durar o tempo necessário para se esgotar
o assunto.
Depois de atendidas as correções por parte da Contratada, dá-se por encerrada a
fase de da elaboração da Minuta do Projeto.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 7 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
A apresentação na fase da Minuta do Projeto constará de:
• Volume 1 – Relatório do Projeto e Documentos para Concorrência contendo
textos descritivos e justificativos do projeto elaborado, de forma sucinta (3 vias);
• Volume 2 – Projeto de Execução (3 vias);
• Volume Anexo 3 B – Estudos Geotécnicos (2 vias);
• Volume Anexo 3 D – Notas de Serviço e Cálculo de Volume (1 via);
• Volume Anexo 3 E – Seções Transversais Gabaritadas, na escala 1:200 (1 via);
Todos os volumes devem ser apresentados também em meio digital, em arquivos:
“.doc” ou “.docx”; “.dso” e/ou “.dwg”.
3.1.3. Fase 3
A Contratada deve apresentar o Projeto de Execução, desenvolvido com base nas
soluções aprovadas na Minuta do Projeto, para análise do Contratante, indicando as
soluções propostas, a memória de cálculo, o quadro de quantidades e o orçamento
final.
O Coordenador do Projeto deve avaliar se há concordância entre a Minuta do
Projeto e o Projeto de Execução, verificar se os quantitativos e o orçamento final
estão justificados e detalhados na memória de cálculo, visando evitar supressão de
itens na Planilha.
No caso de serem introduzidas alterações na Minuta do Projeto por recomendação
do Coordenador do Projeto (Contratante), devem ser feitas as correções no prazo
estipulado e deve ser reapresentada a Minuta corrigida, para aprovação. A
aprovação da nova Minuta de Projeto pelo Coordenador do Projeto deve ser
formalmente comunicada à Contratada.
Em reunião específica entre os Coordenadores do Projeto da Contratada e
Contratante, envolvendo toda a equipe gerencial responsável, deve ser feita análise
conjunta do Projeto de Execução apresentado, devendo este evento durar o tempo
necessário para se esgotar o assunto.
O Projeto de Execução deve conter o conjunto de elementos necessários e
suficientes à execução completa da obra, possibilitando a contratação por preço
global, contendo: o relatório de projeto, as especificações técnicas, os desenhos, as
notas de serviço, as memórias de cálculo, os resultados dos estudos e o orçamento
detalhado do custo global do empreendimento.
A variação máxima admitida para os quantitativos é de no máximo 10 % (em valor
contratual), para sua execução.
A impressão definitiva do Projeto de Execução deve ser encaminhada ao
Coordenador do Projeto (Contratante) para aprovação final e a aceitação deve ser
oficialmente comunicada à Contratada.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 8 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
A apresentação na fase de Projeto de Execução (impressão final) constará de:
• Volume 1 – Relatório do Projeto e Documentos para Concorrência contendo
resumo do projeto elaborado (6 vias);
• Volume 2 – Projeto de Execução (6 vias);
• Volume Anexo 3 B – Estudos Geotécnicos (6 vias);
• Volume Anexo 3 D – Notas de Serviço e Cálculo de Volume (6 vias);
• Volume Anexo 3 E – Seções Transversais Gabaritadas, na escala 1:200 (2 vias);
Todos os volumes devem ser apresentados também em meio digital, em arquivos:
“.doc” ou “.docx”; “.dso” e/ou “.dwg”.
As cópias dos projetos em meio digital devem contemplar as diversas etapas do
projeto, incluindo todos os arquivos gerados no software “TopoGraph” ou similar,
relativos à poligonais, irradiação, planialtimetria, estaqueamento, greide, desenhos
dos projetos e seções transversais gabaritadas e arquivos relativos a todos os
serviços constantes do projeto.
O Projeto Planialtimétrico deve ser apresentado nas seguintes escalas:

Situação Referencial Escala


Planta Horizontal 1 : 2.000
Horizontal 1 : 2.000
Perfil
Vertical 1 : 200

As interseções devem ser apresentadas em planta na escala 1:500 (H) e em perfil


1:1.000 (H) / 1: 100 (V).
Os projetos devem ser encadernados de acordo com os seguintes critérios:
Formato Papel Fonte
A3 Capa Papel couchê 180 g/m2, plastificado frente Arial tamanho 18 a 26
A3 Miolo Papel 75 g/m2, branco, impressão 1/0 Arial tamanho >= 8
A4 Capa Papel couchê 180 g/m2, plastificado frente Arial tamanho 14 a 22
A4 Miolo Papel 75 g/m2, branco, impressão 1/0 Arial tamanho 12

As encadernações da Minuta de Projeto terão capa na cor branca. As


encadernações do Projeto de Execução terão capa na cor verde claro (“verde
tahiti”).

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 9 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos

O modelo para capa de caderno em formato A - 3 é o seguinte:


Fonte Estilo Tamanho
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Arial Negrito 24
SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS Arial Negrito 22
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM
Arial Negrito 20
DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROJETO DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA DE


Arial Negrito 22
MELHORAMENTOS E PAVIMENTAÇÃO

RODOVIA :
TRECHO : Arial Negrito 16
SUBTRECHO: (quando for o caso)

Volume 2: PROJETO DE EXECUÇÃO Arial Negrito 18

MÊS/ANO Arial Normal 14

O modelo para capa de caderno em formato A - 4 é o seguinte:


Fonte Estilo Tamanho
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Arial Negrito 18
SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS Arial Negrito 14
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM Arial Negrito 14
DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROJETO DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA DE


MELHORAMENTOS E PAVIMENTAÇÃO Arial Negrito 14

RODOVIA :
SUBTRECHO: (quando for o caso) Arial Negrito 12

Anexo 3A – PROJETO DE DESAPROPRIAÇÃO Arial Negrito 14

MÊS/ANO Arial Normal 11

Na apresentação do Projeto de Execução, a Contratada Deve apresentar


documento, assinado pelo Representante Legal e Responsável Técnico, declarando,
sob pena de lei: que o projeto de engenharia e os quantitativos apresentados
obedecem rigorosamente aos termos do Edital de Licitação, as especificações
contidas em seus anexos, as normas técnicas vigentes e, que todos os elementos

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 10 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
disponíveis para a elaboração do projeto foram baseados em dados reais, coletados
em visitas “in-loco”.
3.1.4. Fase 4
Deve ser realizada uma exposição do projeto para as empresas interessadas em
realizar a obra, com a participação dos Coordenadores de Projeto da Contratada e
do Contratante, e do Representante da Diretoria responsável pela contratação da
obra.
A Contratada deve apresentar a concepção e os detalhes do Projeto de Execução,
bem como as soluções definidas, os quantitativos previstos e as providências a
serem tomadas durante a execução das obras, principalmente em relação ao meio
ambiente e áreas a serem desapropriadas.
IV. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
4.1. Estudos Geológicos - Geotécnicos
Os Estudos Geológicos - Geotécnicos devem ser desenvolvidos, visando o
conhecimento dos materiais a serem trabalhados durante a execução da obra ou
aqueles que venham a sofrer algum impacto com relação ao seu estado natural.
As investigações geológico-geotécnicas de campo e os ensaios de laboratório
devem ser desenvolvidos, a partir de uma linha programática prática e objetiva, que
resulte em elementos suficientes, para subsidiar os Estudos Ambientais e as demais
atividades do projeto.
Tais estudos devem consistir basicamente de:
a. Reconhecimento geológico-geotécnico da área ou faixa de projeto, com fins de
identificação e delimitação por segmento e com grau de precisão compatível, dos
locais geologicamente críticos em termos de sensibilidade de maciços em geral;
b. Elaboração de plano de sondagem ou investigação e listagem de providências a
serem tomadas no campo, segmento a segmento, para identificar, confirmar e
melhor delimitar os locais geologicamente críticos, a partir da avaliação e histórico
de acidentes geotécnicos anteriores;
c. Investigações geotécnicas de campo (sondagens e ensaios "in-situ") e realização
de ensaios em laboratório em:
• Cortes e subleito;
• Fundações dos aterros e obras de arte correntes (OAC) – bueiros tubulares;
• Fundações de obras de arte correntes (OAC) – bueiros celulares e obras de
contenção;
• Fundações das obras de arte especiais (OAE);
• Taludes de corte e aterro;

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 11 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos

• Ocorrências de materiais (jazidas de solos ou materiais granulares, incluindo


depósitos de resíduos minerais ou industriais; pedreiras; areais e áreas de
empréstimo de materiais para terraplenagem);
• Estudos de misturas;
d. Estudos e recomendações para:
• Estabilidade dos taludes (cortes e aterros);
• Fundações dos aterros e obras de arte correntes (OAC).
e. A apresentação dos Estudos Geológico-Geotécnicos deve ser composta, além
dos aspectos acima, dos seguintes:
• Situação geográfica do trecho;
• Aspectos do clima e da hidrologia da região e do local da obra;
• Aspectos da vegetação da região e local;
• Aspectos geomorfológicos;
• Aspectos estratigráficos.
Devem ser fornecidos à Fiscalização do DER/MG, com a devida antecedência, o
cronograma dos serviços de campo, de laboratório e o endereço do laboratório onde
devem ser realizados os ensaios.
As sobras das amostras devem ser estocadas durante o período de elaboração do
projeto, possibilitando assim, estudos complementares, caso necessário.
Para atender o projeto de fundações de obras de arte correntes ou especiais, bem
como, o estudo de fundação dos aterros, a Contratada deve apresentar o Plano de
Sondagem (à percussão, rotativa, mista, penetrômetro dinâmico leve) à Fiscalização,
para a aprovação e autorização.
Sintetiza-se a seguir o escopo básico das atividades previstas:
4.1.1. Reconhecimento Geológico-Geotécnico da Área ou Faixa de Projeto
Pesquisa, coleta e exame de dados e informações existentes relativos à geologia,
aos solos e materiais para construção, relevo, clima, hidrografia e vegetação da
região, incluindo publicações atualizadas, cartas e mapas, imagens de satélite e
fotografias aéreas, registros e estudos de cascalheiras, pedreiras e areais
explorados comercialmente;
Análise interpretativa de imagens de satélite e fotografias aéreas da região,
buscando-se separar as unidades de interesse geotécnico e feições geológicas
(áreas de provável ocorrência de materiais para construção, afloramentos rochosos,
áreas problemáticas e outras);
Reconhecimento geológico-geotécnico, propriamente dito, da área ou faixa de

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 12 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
projeto, executado por profissional legalmente habilitado visando o mapeamento
geológico.
Ao final deste documento estão incluídas as especificações detalhadas para
elaboração do Estudo Geológico para implantação e/ou melhoramento de trechos
rodoviários (Anexo A) e do Estudo Geológico para implantação e/ou melhoramento
de Obras de Arte Especiais (Anexo B).
4.1.2. Elaboração de Plano de Sondagens ou Investigações
Com base no reconhecimento geológico-geotécnico da área ou faixa de projeto e
nas informações do projeto geométrico (plantas, perfil e seções transversais) deve
ser elaborado o “Plano de Sondagens ou Investigações”, a ser discutido e
previamente aprovado pela Fiscalização do DER/MG.
A distribuição, espaçamento e número das sondagens ou ensaios “in-situ” devem ser
orientadas em função das características específicas de cada unidade geológico-
geotécnica e critérios estabelecidos a seguir.
4.1.3. Investigações Geotécnicas de Campo e Realização de Ensaios em
Laboratório
4.1.3.1. Cortes e Subleito
Os materiais a serem movimentados na terraplenagem; bem como, os materiais
constituintes do subleito devem ser caracterizados geotecnicamente, através da
realização de auscultações, de tipos e quantidades suficientes, a serem definidas no
“Plano de Sondagens ou Investigações”, aprovado pela Fiscalização.
Especial atenção deve ser dada, nas investigações, à previsão da escavabilidade
dos materiais encontrados ao longo do eixo do projeto (solo, rocha alterada, rocha
sã, materiais saturados, aluviões e outros).
a. Sondagens e Coleta de Amostras
A realização de sondagens ao longo dos segmentos de corte, incluindo horizontes
subjacentes ao greide de terraplenagem previsto, para fins de orientação na
elaboração dos projetos de pavimentação, terraplenagem ou geotécnico e drenagem
profunda deve ser executada de acordo com as orientações a seguir.
Os furos de sondagem devem ser executados com espaçamentos variáveis em
segmentos de corte, máximo de 80 (oitenta) metros, respeitando-se o número
mínimo de furos de sondagens, a saber:

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 13 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos

Tabela 1
Extensão do Corte Número Mínimo de Furos de Sondagens
até 100 m 1 furo
101 a 160 m 2 furos
161 a 240 m 3 furos
241 a 320 m 4 furos
Superior a 320 m 5 furos

Nos cortes deve ser retirada a umidade natural da última profundidade de cada furo
sondado.
O espaçamento dos furos de sondagem deve ser de 160 (cento e sessenta) metros,
em trechos cujos perfis longitudinais acompanham o terreno natural ou o greide de
vias rurais implantadas e, ainda, em aterros com altura inferior a 1 (um) metro.
A profundidade a ser sondada, para fins de coleta de amostras, deve atingir 1,0 (um)
metro abaixo do greide do projeto geométrico (pavimento acabado) e nunca deve
ser inferior a uma profundidade de 1,0 (um) m abaixo do terreno natural.
Deve ser coletada uma amostra representativa para cada horizonte de material, em
todo furo de sondagem.
Caso não ocorra variação deve ser coletada uma amostra a cada 3 (três) metros
sondados.
Nos vales cujo aterro for superior ou igual a 5 (cinco) metros, deve ser feito 1 (um)
furo de PDL e um furo à trado (na parte mais profunda do vale) com profundidade
mínima de 2,0 (dois) metros. Neste furo deve ser feita apenas a classificação
expedita (sem coleta) dos horizontes atravessados.
Sobre todas as amostras coletadas devem ser executados os ensaios completos
(Granulometria, Limites de “Atterberg”, Compactação “CBR” e Expansão).
a.1. Procedimento para Delineamento da Superfície Rochosa ao Nível do
Subleito:
• Situação 1:
Se a superfície rochosa for detectada por inspeção visual ou sondagem a
profundidade menor do que 1,5 metros:
•Devem ser realizados 3 (três) furos de sondagem por seção (boca de lobo, trado,
alavanca e fincão) para identificação da posição do “impenetrável a trado”.
•Estes furos de sondagem devem ser posicionados nos bordos (bordo direito e
bordo esquerdo) e no eixo.
•As seções terão espaçamento máximo de 20 metros (preferencialmente estaca
inteira).

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 14 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos

•O objetivo deve ser definir a superfície de rocha que deve ser cortada para
implantação da rodovia.
•Furos de sondagem com espaçamento menor que 20 metros, devem ser
necessários para detectar os limites de escavação destes materiais.
• Situação 2:
Se a superfície rochosa for detectada a profundidade maior do que 1,5 metros:
•Deve ser realizado 1 (um) furo de sondagem por seção (boca de lobo, trado,
alavanca e fincão), para identificação da posição do “impenetrável a trado”.
•Estes furos de sondagem devem ser posicionados seqüencialmente no bordo
direito, eixo e bordo esquerdo.
•As seções devem ter espaçamento máximo de 20 metros (preferencialmente
estaca inteira).
•O objetivo deve ser definir a superfície de rocha que deve ser cortada para
implantação da rodovia.
•Furos de sondagem com espaçamento menor que 20 metros devem ser
necessários para detectar os limites de escavação destes materiais.
Para subsidiar o Projeto de Terraplenagem, o “Plano de Sondagem” deve
contemplar a determinação de valores dos pesos específicos aparentes secos do
terreno natural, em número e localização suficientes para a caracterização dos
materiais dos cortes, nos diferentes segmentos geológico-geotécnicos homogêneos.
È recomendada a realização de 3 (três) ensaios por segmento homogêneo.
b. Ensaios Rotineiros de Laboratório
A realização de ensaios rotineiros em laboratório, visando a caracterização física e
mecânica deve constar de:
b.1. Caracterização Física
Análise granulométrica por peneiramento, análise granulométrica por sedimentação
(10 % das amostras de cada unidade geológico-geotécnica homogênea), limite de
liquidez e limite de plasticidade.
b.2. Caracterização Mecânica
Para cada unidade geológico-geotécnica devem ser previamente realizados ensaios
de compactação, no mínimo, em 5 (cinco) pontos, com 3 (três) energias diferentes
tipo Proctor Normal, 1,5 vezes a energia do Proctor Normal e Proctor Intermediário,
além de ensaios para a determinação do ISC e expansão, em 3 (três) pontos, no
mínimo.
Exige-se a quantidade mínima de 3 (três) amostras, para cada unidade geológico-
geotécnica homogênea, totalizando 9 (nove) ensaios.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 15 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
Com as demais amostras de cada unidade geológico-geotécnica homogênea devem
ser realizados ensaios de compactação, em 5 (cinco) pontos no mínimo, com a
energia que melhor se adéqüe ao material e ensaios, para a determinação do ISC e
expansão, em 3 (três) pontos no mínimo.
Deve ser moldado mais um corpo de prova, com cada uma das outras duas energias
de compactação. Sugere-se, que a diferença entre as umidades ótimas obtidas nos
ensaios previamente realizados com as 3 (três) energias, sejam utilizadas para
definir a umidade de compactação, na região da umidade ótima destes corpos de
prova. Com tais corpos de prova devem ser realizados ensaios, para a determinação
do ISC e expansão.
Na elaboração do Boletim de Sondagem deve constar a estaca, posição do furo, as
profundidades de início e fim do horizonte coletado e a classificação expedita do
material.
A investigação do N.A (nível d’água) deve ser feita através da observação e
anotação no boletim de sondagem da presença do nível d’água (N.A) ou umidade
excessiva, até a profundidade de 3 (três) metros abaixo do greide do projeto
geométrico (pavimento acabado). Nos locais onde for constatada a presença de NA,
deve ser feita a leitura da altura do lençol freático de 24 e 48 horas após a abertura
do furo.
Em caso de umidade excessiva deve ser determinado o teor de umidade natural e
coletada amostra para a realização, em laboratório, de ensaio de granulometria por
sedimentação.
Os locais onde os furos de sondagem devem ser realizados devem constar do Plano
de Sondagem, a ser previamente aprovado pela fiscalização do DER/MG.
Devem constar de quadros resumo, além dos resultados dos ensaios, os índices de
grupo e a classificação dos solos, segundo o TRB.
Devem ser apresentados à Fiscalização do DER/MG, as fichas de ensaios de
laboratório e os quadros resumo de ensaios.
4.1.3.2. Fundações
a. Fundações dos Aterros e Obras de Arte Correntes (OAC) – Bueiros
Tubulares
Nos locais de fundações de aterros e OAC (bueiros tubulares) podem ser
necessárias, a critério da Fiscalização do DER/MG, investigações de campo, de tipo
e número suficientes (Sondagens à Trado e Sondagens com PDL – Sondagem com
Penetômetro Dinâmico Leve) e, eventualmente, Sondagens de reconhecimento SPT
(Standard Penetration Test), Ensaios “in-situ” (por exemplo, “Vane Shear Test”) e
Ensaios de laboratório, com vistas à caracterização e determinação da espessura
das camadas de solos saturados e/ou compressíveis, nível d’água, estimativa das
taxas de trabalho e outros.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 16 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
As investigações em locais de ocorrência de solos saturados e/ou compressíveis
devem contemplar, no mínimo:
• A realização de sondagens com PDL: no mínimo 2 (duas) seções transversais,
com 3 (três) furos em cada seção transversal, em fundação de aterro;
• A realização de sondagens com PDL: 2 (dois) furos, à montante e à jusante
implantação de OAC.
b. Fundações das Obras de Arte Correntes (OAC) – Bueiros Celulares e Obras
de Contenção
Devem ser efetuados estudos nos locais das fundações das OAC (bueiros celulares)
e obras de contenção, mediante a realização de sondagens, a fim de se definir o tipo
de fundação a ser adotada.
Devem ser executadas sondagens de reconhecimento SPT Ø 2 ½", em número e
profundidade suficientes, conforme indicações do Plano de Sondagens e
Investigações, a ser discutido e previamente aprovado pela Fiscalização do
DER/MG. Admite-se no mínimo, 2 (dois) furos, um à montante e outro à jusante, nos
locais de OAC.
Em casos especiais, a critério da Fiscalização do DER/MG, admite-se o estudo dos
locais das fundações das OAC (bueiros celulares), através da associação de
sondagens de reconhecimento SPT e sondagens com PDL, como por exemplo: 1
(uma) sondagem central SPT e 2 (duas) sondagens a PDL, uma à montante e outra
à jusante.
c. Fundações das Obras de Arte Especiais (OAE)
Deve ser observado o disposto nos itens denominados, “Elementos Geológicos e
Geotécnicos” e “Elaboração de Projeto de OAEs”, na Fase Preliminar.
4.1.3.3. Taludes de Corte e Aterro
Com base no reconhecimento geológico-geotécnico da área ou faixa de projeto e na
observação visual do comportamento dos taludes de corte e aterro existentes ao
longo do trecho, decidir-se-á sobre a necessidade da realização de estudos
complementares.
Em segmentos ou locais considerados críticos, sob o ponto de vista da estabilidade
de taludes, podem ser necessárias, a critério da Fiscalização do DER/MG,
investigações geotécnicas de campo (sondagens à trado, sondagens à PDL,
sondagens SPT e, eventualmente, ensaios "in-situ", como por exemplo, o "Vane
Shear Test") e de laboratório.
Devem incluir a caracterização física e mecânica e, eventualmente, ensaios
especiais com blocos de amostras indeformadas − cisalhamento direto e/ou
compressão triaxial, objetivando inferir e avaliar os parâmetros de resistência
mecânica e de cisalhamento dos materiais.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 17 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
4.1.3.4. Ocorrências de Materiais
a. Jazidas de Solos/Materiais Granulares/Resíduos Minerais/Industriais,
Pedreiras e Areais
Os estudos de ocorrências de materiais para pavimentação (jazidas de solos /
materiais granulares / resíduos minerais / industriais, pedreiras e areais) devem
compreender a identificação, localização e a realização de sondagens/coleta de
amostras e a realização de ensaios em laboratório, das ocorrências técnicas e
economicamente viáveis, para emprego nas camadas do pavimento.
As ocorrências devem ter seus volumes estimados, suficientes para o emprego
indicado em projeto e, as características dos materiais devem ser avaliadas através
da realização de sondagens e ensaios rotineiros, admitindo-se inclusive o
aproveitamento de estudos já existentes e representativos dos materiais
constituintes das ocorrências.
Desta forma, não se propõe a fixação rígida de números para a largura da malha dos
furos de sondagem da área, quantidade mínima de furos ou ensaios.
Os estudos realizados devem ser suficientes, para uma avaliação segura do volume
utilizável e definição das características dos materiais.
b. Jazidas de Solos/Materiais Granulares e Resíduos Minerais/Industriais
Como orientação geral, recomenda-se:
A locação dos furos de sondagem deve constituir uma rede de malha
geometricamente definida, de preferência retangular ou quadrada, em largura
máxima de 30 (trinta) metros, que abranja toda a área da jazida e elaboração de
boletins de sondagem descritivos e detalhados.
Deve haver a fixação do “piquete testemunho” de localização, em cada furo de
sondagem.
A coleta de amostras de cada horizonte de solo encontrado deve ser distribuída de
forma a representar toda a área da jazida, conforme orientações da tabela a seguir:
Tabela 2
Área da Ocorrência Número Mínimo de Amostras
Até 10.800 m2 10
10.800 m2 a 20.000 m2 15
20.000 m2 a 30.000 m2 18
Superior a 30.000 m2 21

Em depósitos de resíduos devem ser coletadas no mínimo, 9 (nove) amostras de


cada material considerado homogêneo.
A realização de ensaios rotineiros de caracterização física, quais sejam, análise
granulométrica por peneiramento, limite de liquidez e limite de plasticidade e,

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 18 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
mecânica, tais como, compactação em 5 (cinco) pontos, expansão em 3 (três)
pontos e ISC devem ser realizadas, conforme orientações a seguir:
• Para cada horizonte de solo ou tipo de material devem ser previamente realizados
ensaios de compactação, em 5 (cinco) pontos, no mínimo, com duas energias
diferentes.
Sugere-se escolher duas das seguintes energias: Proctor Intermediário, 1,5 (uma e
meia) vez a energia do Proctor Intermediário e Proctor Modificado. Os ensaios para
a determinação do ISC e expansão devem ser executados em 3 (três) pontos, no
mínimo. Os ensaios devem ser realizados com 1/3 (um terço) das amostras, para
cada uma das duas energias de compactação;
Com as demais amostras (outro terço restante) devem ser realizados ensaios de
compactação, com 5 (cinco) pontos, no mínimo, com a energia que melhor se
adequar ao material e ensaios para a determinação do ISC e expansão, com 3 (três)
pontos, no mínimo;
A realização de ensaios complementares de caracterização (granulometria após
compactação) com amostras compactadas, independentemente da energia, para
verificação de degradações dos materiais trabalhados, particularmente para
materiais de camada de base. Devem ser realizados ainda ensaios de equivalente
de areia, (quando LL > 25% e IP > 6%, em amostras não trabalhadas) no mínimo
em 9 (nove) amostras de jazidas, caso o material seja utilizado como camada de
base.
Para cada ocorrência, deve ser fornecido o Boletim de Sondagem, no qual deve
constar o número da jazida, número do furo, profundidade da camada, espessura da
capa de matéria orgânica e a classificação expedita dos materiais.
O volume da jazida deve ser calculado considerando-se a área interna da malha
assinalada. Deve ser previsto o volume de limpeza, prováveis ocorrências de
matacões e perda de material na exploração da jazida.
Devem ser fornecidos o nome e endereço do proprietário da jazida, distância ao eixo
da rodovia, condições de acesso e exploração, vegetação existente, evidências de
interferências ou impactos ambientais e outras informações elucidativas ao projeto.
Caso os materiais apresentem características de solos lateríticos, devem ser
executados em, no mínimo, 3 (três) amostras, ensaios para a determinação da
relação sílica/sesquióxidos. O estudo de escórias deve incluir o ensaio de
expansibilidade acelerada, além de ensaios de rotina. Devem ser apresentados à
Fiscalização do DER/MG, os certificados, emitidos pelo laboratório credenciado.
No estudo de materiais tais como, brita graduada, “BGTC” (brita graduada tratada
com cimento), escória, solo-brita, cascalho arenoso, materiais reciclados com a
base, deve ser executado, no mínimo, 1 (um) ensaio de permeabilidade, para cada
tipo de material.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 19 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
Devem ser apresentados à Fiscalização do DER/MG, na fase de Estudos, as fichas
de ensaios de laboratório, os quadros resumo dos ensaios, malhas e croquis de
localização das jazidas.
Todas as ocorrências localizadas e não estudadas ou não utilizadas no projeto, por
quaisquer motivos, devem constar dos relatórios do projeto e serem posicionadas no
croqui geral das jazidas. Tal orientação tem por finalidade informar a Fiscalização da
Obra, sobre outros materiais estudados nas imediações do trecho.
c. Pedreiras
Os materiais pétreos para emprego em camadas de revestimento betuminoso do
pavimento devem ser exaustivamente pesquisados na região de projeto.
Para as ocorrências localizadas devem ser informados: denominação, nome e
endereço do proprietário, localização (município, acesso, estaca ou km, distância ao
eixo), volume disponível, tipo de material, condições estruturais (juntas, fraturas,
diaclases e outros), condições de exploração (energia elétrica, praça, acesso e
outros), documentário fotográfico (pedreira, acesso, energia elétrica, furos e outros).
Como orientação geral recomenda-se:
• A identificação dos locais de ocorrência, incluindo pedreiras comerciais. Não
devem ser indicadas pedreiras que, durante sua exploração, venham a causar
danos ao meio ambiente, incluindo fauna ou flora, grutas ou nascentes d’água.
• A realização de "entrevista" com o proprietário da área, para se avaliar a
possibilidade da exploração futura. Se possível, deve-se obter do proprietário sua
assinatura em uma "carta de intenção" para exploração na época da obra;
• A coleta de 2 (duas) amostras representativas por pedreira deve ser executada,
conforme orientações a seguir:
c.1. Pedreira Não Explorada
Como orientação geral recomenda-se:
• Deve ser estudada pelo menos 1(uma) ocorrência;
• Estudar mínimo de 2 (duas) amostras;
• Havendo variação litológica da rocha devem ser retiradas tantas amostras
quantas forem necessárias à caracterização da pedreira;
• Deve ser indicada a espessura da capa a ser removida;
• Sobre a rocha sã devem ser executados furos, com o auxílio de martelete, e
retiradas amostras com uso de explosivo;
• Se a pedreira encontrar-se não aflorada, pode ser necessária a utilização de
sísmica, para determinação do volume.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 20 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
c.2. Pedreira Comercial
Como orientação geral recomenda-se:
Deve ser indicada a capacidade de produção do britador e de cada material
produzido;
Deve ser indicada a disponibilidade de atendimento/fornecimento de material para a
obra;
Devem ser realizados os ensaios de granulometria por peneiramento (pedreira
comercial), índice de forma (DNER/DNIT), abrasão "Los Angeles", adesividade com
“CAP” e emulsão asfáltica, durabilidade (basaltos e materiais porosos);
Estudar mínimo de 2 (duas) amostras;
Devem ser apresentados croquis de localização de cada pedreira, com todos os
elementos necessários ao seu entendimento, inclusive a área da pedreira e a
localização dos furos;
Devem ser apresentados à fiscalização, os certificados dos ensaios, emitidos pelo
laboratório responsável pelos estudos;
Deve ser providenciado, junto ao responsável pela pedreira um documento de
“intenção de fornecimento de material britado, constando o volume de material a ser
fornecido diariamente para a obra, o preço atual, a disponibilidade para substituir o
sistema de peneiramento, se necessário, e a condição de carregamento do
material”.
d. Areais
Como orientação geral recomenda-se:
A coleta de 3 (três) amostras representativas por areal;
A realização de ensaios de granulometria por peneiramento, equivalente de areia,
teor de matéria orgânica;
Deve ser fornecido o Boletim de Sondagem, bem como o volume, a localização da
ocorrência, nome e endereço do proprietário;
Produção diária de areal comercial (dragagem);
Disponibilidade de atendimento/fornecimento de material para a obra;
Devem ser apresentados à fiscalização, os certificados dos ensaios, emitidos pelo
laboratório responsável pelos estudos;
Deve ser providenciado junto ao responsável pelo areal um documento de Intenção
de Fornecimento de Areia, constando o volume de material a ser fornecido
diariamente para a obra, o preço atual e a condição de carregamento do material.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 21 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
e. Áreas de Empréstimo de Materiais para Terraplenagem
Os estudos de áreas de empréstimo de materiais para terraplenagem devem ser
feitos com base nas indicações e /ou necessidades do projeto de terraplenagem,
objetivando:
• Suprimento de eventual déficit de materiais para composição dos aterros (corpo
de aterro e/ou acabamento da terraplenagem);
• Eventual utilização como material de substituição nos segmentos em corte, nos
segmentos nos quais os materiais, ao nível do greide de terraplenagem, que não
ostentem características geotécnicas satisfatórias.
Da mesma forma, os estudos realizados (sondagens e ensaios) devem ser
suficientes para uma avaliação segura do volume utilizável e definição das
características dos materiais, recomendando-se, no mínimo:
• A realização de furos de sondagem com espaçamento máximo de 60 (sessenta)
metros e, no mínimo, 5 (cinco) furos de sondagem/coleta de amostras, em cada área
de empréstimo concentrado, distribuídos em toda a área;
• A realização de ensaios rotineiros em laboratório (caracterização física e
mecânica), conforme descrito a seguir.
•Caracterização Física
Análise granulométrica por peneiramento, análise granulométrica por sedimentação
(10 % das amostras), limite de liquidez e limite de plasticidade.
•Caracterização Mecânica
Devem ser previamente realizados ensaios de compactação em no mínimo, 5 (cinco)
pontos, com 3 (três) energias diferentes; sugere-se Proctor Normal, 1,5 vezes a
energia do Proctor Normal e Proctor Intermediário e, ensaios para a determinação
do ISC e expansão, em no mínimo, 3 (três) pontos;
Deve - se preparar pelo menos 3 (três) amostras para cada área de empréstimo de
material, totalizando 9 (nove) ensaios;
Com as demais amostras devem ser realizados ensaios de compactação, em no
mínimo 5 (cinco) pontos, com a energia que melhor se adéqüe ao material e ensaios
para a determinação do ISC e expansão, em no mínimo 3 (três) pontos;
Deve ser moldado mais um corpo de prova com cada uma das outras duas energias
de compactação.
Sugere-se que, a diferença entre as umidades ótimas, obtidas nos ensaios
previamente realizados com as 3 (três) energias, seja utilizada para definir a
umidade de compactação, na região da umidade ótima, destes corpos de prova.
Com tais corpos de prova devem ser realizados ensaios para a determinação do ISC
e expansão.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 22 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
f. Serviços necessários à Exploração e Transporte de Materiais
A Consultora deve indicar os serviços necessários à exploração e transporte dos
materiais, abordando no mínimo os seguintes aspectos:
•Condições de acesso às ocorrências:
• Geometria e terraplenagem (diretriz em planta, largura, volumes de corte e
aterro estimados);
• Drenagem (indicação dos dispositivos e quantitativos estimados);
• Regularização do subleito e encascalhamento (estimativa de quantidades
e indicação do material de encascalhamento).
•Instalação da britagem e praças para exploração de materiais:
• Indicação do local (croquis e coordenadas);
• Limpeza (desmatamento, destocamento e limpeza) da área (estimativa da
área);
• Corte de árvores com ø > 30 cm;
• Decapeamento da pedreira (definir área explorável e estimar volume);
• Acessos internos (idem projeto de acesso);
• Terraplenagem para área das instalações (estimativa de cortes e aterros);
• Estimativa da área necessária para as construções das estruturas de
apoio;
• Estimativa da regularização do subleito;
• Estimativa de revestimento primário (com transporte);
• Definição do tipo de energia (rede local ou conjunto de geradores). Se
rede local, indicar os serviços necessários;
• Indicação do equipamento mínimo adequado à obra (número e tipo de
britadores, sistema de peneiramento, layout industrial, sistema de correias,
obrigatoriedade de pilha pulmão, outros);
•Incluir no Projeto de Meio Ambiente a recuperação ambiental da área da
pedreira:
• Necessidade de demolições (estimativa e destino do material demolido);
• Conformação do terreno;
• Drenagem (indicar e estimar quantidades);
• Plantio de espécies (indicar espécies e estimar quantidade);

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 23 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos

• Outros.
• Documentos e informações para fins de composição do custo de
exploração da pedreira:
• Verificar a existência de direito minerário e valor estimado da negociação;
• Verificar se a propriedade possui reserva legal averbada em cartório, caso
negativo, estimar o valor necessário para tal averbação.
• Estimar os serviços necessários para adução de água:
• Escavação mecânica de valas 1ª categoria;
• Reaterro e compactação.
g. Estudos de Misturas
Os estudos de misturas devem contemplar, no mínimo:
A realização de no mínimo, 6 (seis) ensaios completos, com cada traço de mistura
de materiais (solo-cal, solo melhorado com cimento, solo-cimento, solo-brita, solo-
betume);
A realização de ensaios com materiais estabilizados por adição de aglutinantes, 3
(três) ensaios por teor de aglutinante, inclusive ensaios de resistência à compressão
simples e tração por compressão diametral.
4.1.4. Estudos Especiais e Recomendações
a. Estabilidade dos Taludes (Cortes e Aterros)
Os modelos geotécnicos para as análises de estabilidade dos taludes de corte e
aterro, em segmentos problemáticos do ponto de vista geológico-geotécnico devem
ser formulados com base nas alturas dos taludes e situações locais investigadas ou
observadas (como por exemplo: presença de lençol freático e ocorrência de rocha)
e, parâmetros de resistência mecânica ou de cisalhamento dos materiais
constituintes dos taludes.
A partir de tais estudos devem ser indicadas as soluções para a estabilização dos
taludes, que constarão, de modo geral, da configuração geométrica satisfatória
(inclinação).
Em casos especiais, onde tal inclinação não atender ao critério de estabilidade,
podem ser indicadas soluções de suavização dos taludes, onde possível, e/ou
reforço estrutural dos taludes de aterro com a inclusão de mantas geotêxteis de
resistência à tração, compatível com a solicitação, dentre outras.
b. Fundações dos Aterros e Obras de Arte Correntes (OAC)
b.1. Fundações dos Aterros
Com base nos resultados das investigações geotécnicas e dos ensaios, devem ser

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 24 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
desenvolvidos estudos com vistas à estabilização dos maciços sobre solos
compressíveis. Devem ser formuladas alternativas de soluções para os problemas
relativos não só à baixa capacidade de carga do solo de fundação para suportar a
obra, mas também à compatibilidade de elevados recalques superficiais.
As soluções alternativas devem ter seus custos de implantação estimados, podendo
contemplar uma ou mais das seguintes intervenções:
• Remoção da camada de solo saturado ou compressível da fundação, no caso de
depósitos pouco extensos e espessuras inferiores a 3 (três) metros;
• Melhoria das características do solo de fundação, através de sistema de
drenagem com colchão drenante e/ou drenos verticais, visando à aceleração dos
recalques por adensamento e conseqüente ganho de resistência;
• Bermas de equilíbrio;
• Reforço do sistema aterro/fundação, através da inclusão de elementos tensores
flexíveis, do tipo geotêxtil, geogrelha ou fita de aço, dentre outros.
b.2. Obras de Arte Correntes (OAC)
Com base nos resultados das investigações geotécnicas e ensaios, os estudos a
serem realizados devem compreender basicamente, a avaliação e verificação da
resposta dos solos de fundação às solicitações das obras e, a estimativa de
recalques em camadas de solos da fundação. As soluções alternativas devem ter os
seus custos de implantação estimados, podendo contemplar uma ou mais das
seguintes intervenções:
• Remoção da camada de solo saturado ou compressível das fundações, no caso
de espessuras inferiores a 3 (três) m, com empedramento de pedras de mão com
diâmetro maior ou igual a 0,50 m;
• Estacas trilho;
• Estacas de madeira;
• Estiva de madeira (bueiros metálicos);
Os serviços indicados devem ser quantificados e listados nas notas de serviço de
drenagem.
4.1.5. Apresentação
Os Estudos Geotécnicos devem ser apresentados de forma sucinta, em relatório de
textos, no Volume 1 – Relatório de Projeto e Documentos para Concorrência, de
forma detalhada e, de forma completa, no Volume 3 – Memória Justificativa. Os
Boletins de Sondagens e Resultados de Ensaios devem ser apresentados no Anexo
3B – Estudos Geotécnicos. No Volume 2 - Projeto de Execução deve constar o
posicionamento dos furos de sondagens; bem como, os valores de CBR e expansão,
relativos ao subleito.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 25 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos

ANEXO A

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 26 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos

ESTUDO GEOLÓGICO PARA IMPLANTAÇÃO E/OU MELHORAMENTO DE


TRECHOS RODOVIÁRIOS

O estudo geológico é um documento, elaborado a partir do trabalho de mapeamento


geológico no local, onde deve ocorrer a intervenção, seja para implantação ou para
melhoramento do percurso rodoviário existente.
Neste estudo devem ser reconhecidos: os tipos de rocha e solo presentes no local e
a condição estrutural dos mesmos; ocorrência de material de baixa consistência ao
longo do percurso; existência de relevo cárstico; e identificação de taludes de corte e
aterro e encostas geotecnicamente instáveis.
O estudo geotécnico deve servir como material de apoio para a tomada de decisões
em relação à definição do traçado rodoviário e dos aspectos geométricos
relacionados com a construção de taludes de cortes e aterros, de maneira a evitar
problemas geotécnicos durante e após a conclusão das obras.
Seguem os itens que devem constar no Estudo Geológico:
1. Aspectos Fisiográficos
•Características do clima;
•Características da vegetação;
•Características do solo.
Descrever a área alvo sob os aspectos de clima, vegetação e solo, utilizando
referências bibliográficas atuais.
2. Geologia Regional
• Elaborar texto sobre o contexto geológico da região;
• Apresentar mapa regional atualizado, com o percurso rodoviário assinalado.
Descrever o contexto geológico regional, no qual o empreendimento está inserido. É
solicitada a utilização de referências bibliográficas atualizadas, uma vez que o
conhecimento geológico é dinâmico e vai se atualizando, à medida que as
Universidades e o Serviço Geológico Brasileiro publicam os resultados de trabalhos
de mapeamento mais recentes.
3. Geologia Local
Deve ser realizado o caminhamento ao longo do percurso rodoviário e adjacências,
com o objetivo de caracterizar os aspectos geológicos-geotécnicos locais.
Deve ser realizado o registro fotográfico de todos os elementos identificados e
mapeados durante a etapa de campo.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 27 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
3.1. Geologia e Estratigrafia Local
As informações obtidas no mapeamento geológico local e registadas na Caderneta
de Campo devem ser sistematizadas no texto da Geologia e Estratigrafia Local,
juntamente com a documentação fotográfica.
Este texto deve conter na sua parte introdutória a identificação dos tipos rochosos e
coberturas quaternárias encontradas no caminhamento, correlacionados com as
formações, grupos e unidades geológicas, descritas na geologia regional.
A seguir deve ser apresentada a descrição dos pontos de observação visitados
durante o trabalho de mapeamento de detalhe, na ordem crescente do
estaqueamento.
Devem ser identificados os seguintes elementos:
•Litotipos rochosos presentes, com determinação do grau de alteração dos
materiais;
•Direções de acamamento, planos de foliação e descontinuidades dos afloramentos
identificados ao longo do caminhamento;
3.2. Caraterísticas Geológicas-Geotécnicas do Traçado
Uma vez identificados os elementos especificados a seguir, deve-se realizar a
descrição dos mesmos, conforme orientação que se segue.
3.2.1. Ocorrência de Material de Segunda e Terceira Categoria ao Longo do
Traçado
Relatar a presença de solo de resistência ao desmonte mecânico, que exija
presença de equipamento de escarificação (2⁰ categoria) e matérias com resistência
ao desmonte mecânico, equivalente à rocha não alterada (3⁰ categoria).
3.2.2. Erodibilidade dos Solos
Relatar a atuação de processos erosivos na região de entorno da via, tais como,
presença de ravinas, voçorocas, ação erosiva da força da água nas margens dos
cursos d’água e outros.
3.2.3. Taludes de Corte e Aterro Rodoviário
Identificar taludes de corte e aterro rodoviário, constituídos de materiais de baixa
resistência mecânica, que apresentam escoamento superficial de água e/ou com
sinais de processos erosivos. Assinalar risco de instabilidade geotécnica aparente.
3.2.4. Taludes de Corte e Encostas Rochosas
Realizar avaliação geomecânica de cortes rochosos. Deve ser realizado o
mapeamento estrutural, para determinação dos principais planos de
descontinuidades e interferência destes com a face dos taludes. Assinalar risco de
instabilidade geotécnica aparente.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 28 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
3.2.5. Características Geomecânicas de Lajes Rochosas
Identificar maciços rochosos onde deve ocorrer escavação para posicionamento ou
reposicionamento do greide rodoviário. Deve ser realizado mapeamento
geomecânico dos afloramentos rochosos presentes no local, com o objetivo de
identificar potenciais riscos geotécnicos da execução do corte na rocha.
3.2.6. Transposição de Vales e Baixadas Aluvionares
Identificar materiais de baixa resistência mecânica ao longo do percurso rodoviário,
tais como: solo mole, principalmente em baixadas e em transposição de cursos
d’água.
3.2.7. Feições de Relevo Cárstico
Identificar feições cársticas, tais como, processos de dolinamento e presença de
cavidades ao longo do estaqueamento e entorno.
3.3. Mapa Geológico Local
Deve ser apresentado mapa geológico de detalhe, na escala 1:2.000, obtido a partir
dos levantamentos de campo.
As informações obtidas nos levantamentos de campo, que devem constar no mapa
são:
•Contatos geológicos;
•Medidas de acamamento e foliação das rochas;
•Medidas de planos de descontinuidades diversos (falhas e fraturas);
•Zonas de cisalhamento;
•Identificação e delimitação dos afloramentos rochosos presentes;
•Identificação e delimitação de taludes de corte em rocha;
•Identificação e delimitação de taludes de corte e aterros, suspeitos de instabilidade
geotécnica, com medidas de foliação do material;
•Identificação e delimitação das áreas com processos de erosão superficial;
•Identificação de áreas com presença de solo mole;
•Identificação e delimitação de estruturas cársticas, tais como dolinas e cavidades.
Este mapa deve ser apresentado em arquivo digital no formato pdf. As informações
obtidas nos levantamentos de campo devem ser exibidas sobrepostas ao perfil
rodoviário longitudinal, tendo como pano de fundo, imagens de satélite de alta
resolução, como as imagens do “Google Earth”.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 29 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
4. Identificação de Áreas para Fornecimento de Materiais Terrígenos e
Granulares para a Obra.
•Áreas de empréstimos concentrados de argila para construção de aterros;
•Areais;
•Cascalheiras;
•Pedreiras, para fornecimento de materiais graúdos para a obra;
Todas as áreas devem ter seu perímetro determinado, por pelo menos 4 (quatro)
pontos de GPS de navegação.
No caso de áreas comerciais deve ser pesquisada a situação da regularização
mineral, junto a Agência Nacional de Mineração – ANM.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 30 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos

ANEXO B

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 31 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos

ESTUDO GEOLÓGICO PARA IMPLANTAÇÃO E/OU MELHORAMENTO DE


OBRAS DE ARTE ESPECIAIS
O estudo geológico é um documento elaborado a partir do trabalho de mapeamento
geológico no local onde deve ocorrer a implantação da Obra de Arte Especial.
Neste estudo devem ser reconhecidos em ambas as margens do rio e adjacências:
os tipos de rocha e solo e a condição estrutural dos mesmos; a ocorrência de
material de baixa consistência; a existência de relevo cárstico; e as instabilidades
geotécnicas aparentes.
Este documento deve servir como material de apoio para a tomada de decisão em
relação a definições sobre a fundação do encabeçamento e da obra de arte
especial. Seguem abaixo os itens que devem constar no Estudo Geológico:
1. Aspectos Fisiográficos
•Características do clima;
•Características da vegetação;
•Características do solo.
Descrever a área alvo sob os aspectos de clima, vegetação e solo, utilizando
referências bibliográficas atuais.
2. Geologia Regional
•Elaborar de texto sobre o contexto geológico da região;
•Apresentar de mapa regional atualizado, com o percurso rodoviário assinalado.
Descrever o contexto geológico regional, no qual o empreendimento está inserido. É
solicitada a utilização de referências bibliográficas atualizadas, uma vez que o
conhecimento geológico é dinâmico e vai se atualizando, à medida que as
Universidades e o Serviço Geológico Brasileiro publicam os resultados de trabalhos
de mapeamento mais recentes.
3. Geologia e Estratigrafia Local
Deve ser realizado caminhamento ao longo das margens e adjacência, com o
objetivo de caracterizar os aspectos geológicos-geotécnicos locais.
Deve ser realizado registro fotográfico de todos os elementos identificados e
mapeados durante a etapa de campo.
3.1. Caminhamento Geológico
As informações obtidas no mapeamento geológico local e registadas na Caderneta
de Campo devem ser sistematizadas no texto do Geologia e Estratigrafia Local,
juntamente com a documentação fotográfica.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 32 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
Este texto deve conter na sua parte introdutória, a identificação dos tipos rochosos e
coberturas quaternárias encontradas no caminhamento, correlacionados com as
formações, grupos e unidades geológicas, descritas na geologia regional.
A seguir, deve ser apresentada a descrição dos pontos de observação visitados
durante o trabalho de mapeamento de detalhe, na ordem crescente do
estaqueamento. Devem ser identificado os seguintes elementos:
•Litotipos rochosos presentes, com determinação do grau de alteração dos
materiais;
•Direções de acamamento, planos de foliação e descontinuidades dos afloramentos
Identificados.
3.2. Caraterísticas Geológicas-Geotécnicas das Margens
Uma vez identificados os elementos especificados abaixo, deve-se realizar a
descrição dos mesmos, conforme orientação a seguir:
3.2.1. Erodibilidade dos Solos
Relatar a atuação de processos erosivos, na região de entorno, tais como, presença
de ravinas, voçorocas, ação erosiva da força das águas nas margens dos cursos
d’água e outros.
3.2.2. Taludes de Corte e Aterro Rodoviário
Identificar taludes de corte e aterro rodoviário constituídos de materiais de baixa
resistência mecânica, escoamento superficial de água e/ou com sinais de processos
erosivos. Assinalar risco de instabilidade geotécnica aparente.
3.2.3. Taludes de Corte e Encostas Rochosas
Realizar avaliação geomecânica de cortes rochosos. Deve ser realizado o
mapeamento estrutural, para determinação dos principais planos de
descontinuidades e interferência destes, com a face dos taludes. Assinalar risco de
instabilidade geotécnica aparente.
3.2.4. Feições de Relevo Cárstico
Identificar feições cársticas como processos de dolinamento e presença de
cavidades nas adjacências das margens.
3.2.5. Análise dos Trabalhos de Sondagem
Deve ser realizada a análise dos furos de sondagem SPT e Mista, executados pela
empresa projetista, com o objetivo de auxiliar os projetos de fundação dos
encabeçamentos e da obra de arte especial.
3.3. Mapa Geológico Local
Deve ser apresentado mapa geológico de detalhe, escala 1:2.000, obtido a partir dos
levantamentos de campo.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 33 25/10/2022
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
Informações obtidas nos levantamentos de campo que devem constar no mapa são:
•Contatos geológicos;
•Medidas de acamamento e foliação das rochas;
•Medidas de planos de descontinuidades diversos (falhas e fraturas);
•Zonas de cisalhamento;
•Identificação e delimitação dos afloramentos rochosos presentes;
•Identificação e delimitação de estruturas cársticas, tais como dolinas e cavidades.
Este mapa deve ser apresentado em arquivo digital no formato “pdf”. As informações
obtidas nos levantamentos de campo devem ser exibidas sobrepostas ao perfil
rodoviário longitudinal, tendo como pano de fundo, imagens de satélite de alta
resolução, como as imagens do “Google Earth”.
4. Identificação de Áreas para Fornecimento de Materiais Terrígenos e
Granulares para a Obra.
•Áreas de empréstimos concentrados de argila para construção de aterros;
•Areais;
•Cascalheiras;
•Pedreiras para fornecimento de materiais graúdos para a obra;
Todas as áreas devem ter seu perímetro determinado por pelo menos 4 (quatro)
pontos de GPS de navegação.
No caso de áreas comerciais deve ser pesquisada a situação da regularização
mineral, junto a Agência Nacional de Mineração – ANM.

Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais


Diretoria de Projetos – DER/MG - 2022
IV/ 34 25/10/2022

Você também pode gostar