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Volume IV
Estudos Geológicos e Geotécnicos
3ªEdição
1
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IV – Estudos Geológicos e Geotécnicos
DIRETORIA DE PROJETOS – DP
Apresentação
Este Manual abrange todos os procedimentos a serem observados em cada fase do estudo
ou projeto e é composto pelos seguintes volumes:
INDICE
I. ORIGEM.............................................................................................................................. 5
ANEXO B................................................................................................................................31
I. ORIGEM
Este manual foi baseado em estudos e observações desenvolvidas por especialistas
na área e no seguinte documento:
•Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários (Escopos
Básicos/Instruções de Serviço) – Publicação IPR 727 – 2006.
II. OBJETIVO
Este manual tem por finalidade organizar e sistematizar os critérios fundamentais
para a realização dos Estudos Geológicos e Geotécnicos necessários à
elaboração dos projetos de engenharia rodoviária.
3.1. Procedimento
O projeto deve ser desenvolvido de forma transparente e tecnicamente justificado,
com todos os detalhamentos necessários, para a execução da obra.
Ao final de cada evento descrito a seguir, deve ser elaborada Ata de Reunião,
relatando os assuntos abordados e as respectivas decisões tomadas, devidamente
ratificadas pelos presentes, sob responsabilidade dos Coordenadores de Projeto,
por parte da Contratada e da Contratante.
3.1.1. Fase 1
Após a ordem de início do serviço, o Coordenador do Projeto deve convocar a
Consultora e disponibilizar os dados existentes para o trecho em estudo, informando
o que se espera no desenvolvimento do objeto contratual.
De posse da documentação necessária, os Coordenadores do Projeto pela
Contratante e Contratada, devem realizar VISITA TÉCNICA INICIAL ao local do
empreendimento, para avaliar e discutir “in loco”: os aspectos técnicos e a
concepção do traçado, as eventuais correções, os pontos obrigatórios de passagem,
as possíveis alterações de traçado ou outras soluções técnicas, tendo como
referência a proposta da Contratada.
Conforme dito anteriormente, ao final da visita, deve ser elaborada a Ata da
Reunião, onde conste o escopo do projeto e a concepção geral do traçado da
rodovia, a ser detalhada na elaboração do diagnóstico.
A Contratada, de posse da Ata de Reunião referente à visita inicial, deve voltar ao
trecho para coleta de outras informações necessárias, visando complementar os
estudos preliminares, destinadas à elaboração do Diagnóstico e da Concepção do
Projeto.
RODOVIA :
TRECHO : Arial Negrito 16
SUBTRECHO: (quando for o caso)
RODOVIA :
SUBTRECHO: (quando for o caso) Arial Negrito 12
Tabela 1
Extensão do Corte Número Mínimo de Furos de Sondagens
até 100 m 1 furo
101 a 160 m 2 furos
161 a 240 m 3 furos
241 a 320 m 4 furos
Superior a 320 m 5 furos
Nos cortes deve ser retirada a umidade natural da última profundidade de cada furo
sondado.
O espaçamento dos furos de sondagem deve ser de 160 (cento e sessenta) metros,
em trechos cujos perfis longitudinais acompanham o terreno natural ou o greide de
vias rurais implantadas e, ainda, em aterros com altura inferior a 1 (um) metro.
A profundidade a ser sondada, para fins de coleta de amostras, deve atingir 1,0 (um)
metro abaixo do greide do projeto geométrico (pavimento acabado) e nunca deve
ser inferior a uma profundidade de 1,0 (um) m abaixo do terreno natural.
Deve ser coletada uma amostra representativa para cada horizonte de material, em
todo furo de sondagem.
Caso não ocorra variação deve ser coletada uma amostra a cada 3 (três) metros
sondados.
Nos vales cujo aterro for superior ou igual a 5 (cinco) metros, deve ser feito 1 (um)
furo de PDL e um furo à trado (na parte mais profunda do vale) com profundidade
mínima de 2,0 (dois) metros. Neste furo deve ser feita apenas a classificação
expedita (sem coleta) dos horizontes atravessados.
Sobre todas as amostras coletadas devem ser executados os ensaios completos
(Granulometria, Limites de “Atterberg”, Compactação “CBR” e Expansão).
a.1. Procedimento para Delineamento da Superfície Rochosa ao Nível do
Subleito:
• Situação 1:
Se a superfície rochosa for detectada por inspeção visual ou sondagem a
profundidade menor do que 1,5 metros:
•Devem ser realizados 3 (três) furos de sondagem por seção (boca de lobo, trado,
alavanca e fincão) para identificação da posição do “impenetrável a trado”.
•Estes furos de sondagem devem ser posicionados nos bordos (bordo direito e
bordo esquerdo) e no eixo.
•As seções terão espaçamento máximo de 20 metros (preferencialmente estaca
inteira).
•O objetivo deve ser definir a superfície de rocha que deve ser cortada para
implantação da rodovia.
•Furos de sondagem com espaçamento menor que 20 metros, devem ser
necessários para detectar os limites de escavação destes materiais.
• Situação 2:
Se a superfície rochosa for detectada a profundidade maior do que 1,5 metros:
•Deve ser realizado 1 (um) furo de sondagem por seção (boca de lobo, trado,
alavanca e fincão), para identificação da posição do “impenetrável a trado”.
•Estes furos de sondagem devem ser posicionados seqüencialmente no bordo
direito, eixo e bordo esquerdo.
•As seções devem ter espaçamento máximo de 20 metros (preferencialmente
estaca inteira).
•O objetivo deve ser definir a superfície de rocha que deve ser cortada para
implantação da rodovia.
•Furos de sondagem com espaçamento menor que 20 metros devem ser
necessários para detectar os limites de escavação destes materiais.
Para subsidiar o Projeto de Terraplenagem, o “Plano de Sondagem” deve
contemplar a determinação de valores dos pesos específicos aparentes secos do
terreno natural, em número e localização suficientes para a caracterização dos
materiais dos cortes, nos diferentes segmentos geológico-geotécnicos homogêneos.
È recomendada a realização de 3 (três) ensaios por segmento homogêneo.
b. Ensaios Rotineiros de Laboratório
A realização de ensaios rotineiros em laboratório, visando a caracterização física e
mecânica deve constar de:
b.1. Caracterização Física
Análise granulométrica por peneiramento, análise granulométrica por sedimentação
(10 % das amostras de cada unidade geológico-geotécnica homogênea), limite de
liquidez e limite de plasticidade.
b.2. Caracterização Mecânica
Para cada unidade geológico-geotécnica devem ser previamente realizados ensaios
de compactação, no mínimo, em 5 (cinco) pontos, com 3 (três) energias diferentes
tipo Proctor Normal, 1,5 vezes a energia do Proctor Normal e Proctor Intermediário,
além de ensaios para a determinação do ISC e expansão, em 3 (três) pontos, no
mínimo.
Exige-se a quantidade mínima de 3 (três) amostras, para cada unidade geológico-
geotécnica homogênea, totalizando 9 (nove) ensaios.
• Outros.
• Documentos e informações para fins de composição do custo de
exploração da pedreira:
• Verificar a existência de direito minerário e valor estimado da negociação;
• Verificar se a propriedade possui reserva legal averbada em cartório, caso
negativo, estimar o valor necessário para tal averbação.
• Estimar os serviços necessários para adução de água:
• Escavação mecânica de valas 1ª categoria;
• Reaterro e compactação.
g. Estudos de Misturas
Os estudos de misturas devem contemplar, no mínimo:
A realização de no mínimo, 6 (seis) ensaios completos, com cada traço de mistura
de materiais (solo-cal, solo melhorado com cimento, solo-cimento, solo-brita, solo-
betume);
A realização de ensaios com materiais estabilizados por adição de aglutinantes, 3
(três) ensaios por teor de aglutinante, inclusive ensaios de resistência à compressão
simples e tração por compressão diametral.
4.1.4. Estudos Especiais e Recomendações
a. Estabilidade dos Taludes (Cortes e Aterros)
Os modelos geotécnicos para as análises de estabilidade dos taludes de corte e
aterro, em segmentos problemáticos do ponto de vista geológico-geotécnico devem
ser formulados com base nas alturas dos taludes e situações locais investigadas ou
observadas (como por exemplo: presença de lençol freático e ocorrência de rocha)
e, parâmetros de resistência mecânica ou de cisalhamento dos materiais
constituintes dos taludes.
A partir de tais estudos devem ser indicadas as soluções para a estabilização dos
taludes, que constarão, de modo geral, da configuração geométrica satisfatória
(inclinação).
Em casos especiais, onde tal inclinação não atender ao critério de estabilidade,
podem ser indicadas soluções de suavização dos taludes, onde possível, e/ou
reforço estrutural dos taludes de aterro com a inclusão de mantas geotêxteis de
resistência à tração, compatível com a solicitação, dentre outras.
b. Fundações dos Aterros e Obras de Arte Correntes (OAC)
b.1. Fundações dos Aterros
Com base nos resultados das investigações geotécnicas e dos ensaios, devem ser
ANEXO A
ANEXO B