Você está na página 1de 11

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA


INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE DIREITO

CRISTHYAN SALES DA SILVA

PANDEMIA DO COVID-19: IMPACTOS NO ACESSO À JUSTIÇA POR PESSOAS


HIPOSSUFICIENTES NA REGIÃO DO VALE DO ARAGUAIA

BARRA DO GARÇAS– MT
Julho/ 2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE DIREITO

CRISTHYAN SALES DA SILVA

Projeto de monografia apresentado ao Curso


de Direito, do Instituto de Ciências Humanas e
Sociais, do Campus Universitário do Araguaia,
da Universidade Federal do Mato Grosso, como
requisito parcial para aprovação na disciplina
de Monografia I, sob orientação do(a) Prof. (a)
Esp. Wanderson Moura de Castro Freitas.

BARRA DO GARÇAS– MT
Julho/2022
SUMÁRIO PROVISÓRIO DO PROJETO

1. TEMA
2. JUSTIFICATIVA
3. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
3.1 QUESTÃO DE PESQUISA
4. OBJETIVO
4.1 OBJETIVO GERAL
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
5. REVISÃO DE LITERATURA
6. METODOLOGIA
7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
8. DISTRIBUIÇÃO PROVISÓRIA DO TEMA NA MONOGRAFIA
9. REFERÊNCIAS PRELIMINARES
1. TEMA

Trata-se de uma pesquisa sobre o impacto e as consequências da pandemia


do Covid-19 no acesso à justiça para pessoas hipossuficientes na região do Vale do
Araguaia, mais precisamente no âmbito da justiça estadual e também no
atendimento da Defensoria Pública Estadual da região, que faz o atendimento
dessas pessoas.
É importante destacar que todas as pessoas têm o direito ao acesso à justiça
independente de sua raça, cor, classe social, crença e religião, conforme inciso
XXXV do Artigo 5 da Constituição Federal de 1988.
O revelado pré-projeto de pesquisa vai se limitar a analisar quali-
quantitativamente dados das pessoas atendidas durante o período pandêmico da
Covid-19 e seus obstáculos, em comparação ao período pré-pandêmico.
Para esse propósito será analisado o período do ápice da pandemia que foi
durante os anos de 2020 e 2021 e comparar com o ano anterior a pandemia o ano
de 2019.

2. JUSTIFICATIVA

O acesso à justiça é um direito fundamental para todos e gratuito garantido


pela Constituição Federal, independente da condição financeira, status social,
posição social, cor, raça, crença e religião.
Deve-se ressaltar que o número de pessoas que não procuraram a justiça
durante esse período da pandemia do Covid-19 decaiu muito em comparação ao
período pré-pândemico, principalmente as pessoas carentes financeiramente.
Isso se deve ao fato de todos os atendimentos terem sido mudados da forma
presencial para a forma remota, mais precisamente via internet por aplicativos de
ligação de áudio e vídeo simultâneos.
Por esse motivo diminuísse muito a procura da justiça, pois como o problema
da pandemia agravou muito toda a economia do país as pessoas que já tinham esse
problema ao acesso a uma internet de qualidade, se agravou mais devido à alta dos
preços dos serviços de internet.
Cabe-se reforçar que essas pessoas nesse estado de carência financeira,
tem prioridades mais importantes direcionadas para seu dinheiro, do que um serviço
de internet, como comida, água, roupas, remédios, despesas da casa,
principalmente no período de pandemia que boa parte das pessoas perderam seus
empregos.
Diante de tudo isso surgiram muitos problemas com essa perca de empregos
de várias pessoas, junto com a quarentena com o intuito de as pessoas ficarem em
casa para frear a propagação do Covid-19. O grande problema é que muitas
pessoas não tinham a opção de trabalhar de casa, o que tornou mais grave a
situação financeira dessas pessoas carentes.
Visto tudo isso se deu uma grande queda nos números das pessoas carentes
financeiramente que procuravam o atendimento para o acesso à justiça, já que
existiam outras prioridades durante esse período do ápice da pandemia do Covid-19.
Com a base de dados trazida nos relatórios justiça do CNJ (Conselho
Nacional de Justiça) em números dos últimos 3 anos, o número de casos no estado
de Mato Grosso na justiça estadual sofreu uma grande oscilação nos números.

3. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Destaca-se que as normas se adaptam a sociedade de acordo com suas


necessidades de fato e de direito, estando sempre em constante mudança e
adaptação.
Diante disso, realça-se a grande mudança no período pandêmico em que
todos os atendimentos passaram a ser de forma remota, devido ao distanciamento
social a fim de frear as taxas de contagio do Covid-19.
No entanto, com isso se viu uma grande diferença nos números de
atendimentos, mais especificamente na procura das pessoas em requerer o auxílio e
assistência da justiça.
Nos casos das pessoas hipossuficientes esse problema é ainda mais
acentuado, pois presencialmente já era difícil, remotamente é muito mais
problemático, conforme nos é apresentado na obra de Acesso à Justiça de Mauro
Cappelletti.
Sendo assim, o presente pré-projeto busca investigar e comparar dados dos
anos de 2019 em relação aos anos de 2020 e 2021 acerca do numerário de pessoas
atendidas pela Defensoria Pública do Estado, localizado no município de Barra do
Garças e também das ações da competência da justiça estadual a partir do seguinte
questionamento: Como a pandemia do Covid-19 impactou o acesso à justiça para as
pessoas hipossuficientes na região do Vale do Araguaia?

3.1 Questão de Pesquisa

- O acesso remoto desestimula as pessoas a procurar o auxílio da justiça na


resolução de problemas ou danos sofridos.
- Os valores monetários dos custos e burocráticos de uma ação afastam as
pessoas hipossuficientes de procurar auxílio do sistema jurídico na resolução.
- O longo período de duração de uma ação judicial afasta as pessoas de
procurar o sistema jurídico para resolução de problemas.

4. OBJETIVO

4.1. OBJETIVO GERAL

O presente projeto de pesquisa tem como objetivo estudar as alterações e


as dificuldades que a pandemia do Covid-19 trouxera para as pessoas
hipossuficientes, na região do Vale do Araguaia, no âmbito da justiça estadual e da
Defensoria Pública de modo a evidenciar como isso impactou nas vidas destas
pessoas.
4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

1- Analisar a diferença nos números de pessoas hipossuficientes que


procuraram o acesso à justiça gratuita no período pré-pandêmico no ano de 2019 e
durante a pandemia do Covid-19 durante os anos de 2020 e 2021;
2- Identificar os principais obstáculos que impedem essas pessoas
hipossuficiente de recorrer ao sistema judiciário brasileiro e assistência judiciária da
Defensoria Pública na resolução de seus litígios;
3- Propor alternativas para a melhoria do acesso à justiça pelas pessoas
hipossuficientes considerando as realidades impostas pela pandemia da Covid-19.

5. REVISÃO DE LITERATURA

Por se tratar de um assunto muito recente ainda não existem obras literárias
específicas voltadas ao assunto para que se possa recorrer como suporte para
ajudar diante desta pesquisa.
Porém, existem vários outros meios de literatura que vão ajudar como
suporte, que neste caso são os artigos escritos acerca do tema nos últimos três
anos e outras pesquisas feitas por outros pesquisadores relacionadas ao tema deste
presente trabalho e suas referências usadas para fazerem suas pesquisas.
Obras literárias relacionadas como o próprio Acesso à Justiça de Mauro
Cappelletti, o princípio constitucional do acesso à justiça que é um direito
fundamental previsto no inciso XXXV do Artigo 5º da Constituição Federal de 1988,
os relatórios da Justiça em números do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Além claro dos dados que vão ser coletados para análise dos números de
pessoas atendidas neste período da pandemia do Covid-19 e anterior a deste
período da pandemia, da Defensoria Pública de Barra do Garças e da Justiça
Estadual, que abrange toda a região do Vale do Araguaia.

6. METODOLOGIA
Observando-se que o assunto é muito recente, principalmente em se tratando
na região do Araguaia, na qual esta mesma região será o alvo da pesquisa,
concentrando no objetivo de alcançar a resposta do questionamento apresentado.
Posto isso foi decidido o modelo de pesquisa quali-quantitativo monográfica
para que seja feita a análise de dados e depois ponderar todos os aspectos
apontados anteriormente na presente pesquisa. Segundo Gil (2002, p. 41): “este tipo
de pesquisa objetiva proporcionar maior familiaridade com o problema, com o
objetivo de torná-lo mais explícito.”
Além claro dos outros métodos de bibliografia e documental, através de:
artigos, documentos, índice, relatório, sentença, decisões, atos administrativos, entre
outros.
Mediante o material encontrando e analisado preliminarmente sobre o tema, o
Método de Abordagem selecionado com a finalidade de alcançar o objetivo da
pesquisa será o Método Dedutivo.
Quanto ao Método Procedimental, o modelo pretendido é de análise de
conteúdo, através do estudo dos dados que serão recolhidos sobre acesso à justiça
no período da pandemia do Covid-19 das pessoas hipossuficientes seja pelo
atendimento pela Defensoria Pública seja pela Justiça Estadual da região do Vale do
Araguaia.

7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADE EM 2022 Abr Mai Jun Jul Ago Ago Set


Elaboração do projeto de
X
monografia
Entrega do projeto de monografia
X
Revisão de literatura
X
Elaboração do 1º capítulo
X
Entrevistas
X X
Elaboração do 2º capítulo
X
Pesquisa de campo
X X
Elaboração do 3º capítulo
X X
Ajustes finais
X X
Defesa da monografia
X

8. DISTRIBUIÇÃO PROVISÓRIA DO TEMA NA MONOGRAFIA

1. Conceito e origem da Justiça no Brasil


1.1. Origem da Justiça..........................................................................................
1.2. Surgimento histórico......................................................................................
1.3. Conceito.........................................................................................................
2. Acesso à Justiça no Brasil
2.1. A transição da era antiga para a era moderna do acesso à justiça no
Brasil...
2.2. Como surgiu o direito fundamental do acesso à Justiça gratuita no Brasil....
3. Análise dos dados da pesquisa
3.1. Aspectos metodológicos.............................................................................
3.2. Análise gráfica dos dados............................................…
3.3. Reflexões acerca do acesso à justiça pelos hipossuficientes na região do
Vale do Araguaia
4. Conclusão
5. Referencias
9. REFERÊNCIAS PRELIMINARES

BRASIL. Constituição, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil de


1988.
Brasília, DF: Presidência da República, 2022. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 20 de
abril de 2022.

Conselho Nacional de Justiça. Justiça em Números 2019: ano-base 2018. Brasília:


CNJ, 2019. Disponível em:
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/conteudo/arquivo/2019/08/
justica_em_numeros20190919.pdf. Acesso em: 2 de julho de 2022.

Conselho Nacional de Justiça. Justiça em Números 2020: ano-base 2019. Brasília:


CNJ, 2020. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-
V3-Justiça-em-Números-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf. Acesso em: 2 de julho
de 2022.

Conselho Nacional de Justiça. Justiça em Números 2021: ano-base 2020. Brasília:


CNJ, 2021. Disponível em:
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2021/09/relatorio-justica-em-
numeros2021-12.pdf. Acesso em: 2 de julho de 2022

CAPPELLETTI, Mauro. Acesso à justiça. Tradução de Ellen Gracie Northfleet.


Porto Alegre: Fabris, 1988.

MOITA, E. L. F.; GURGEL, J. P. P. M..; RODRIGUES, R. D. N.; SOUZA, R. R. de. O


acesso à justiça por pessoas economicamente vulneráveis em tempos de pandemia.
Ensino em Perspectivas, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 1–16, 2022. Disponível em:
https://revistas.uece.br/index.php/ensinoemperspectivas/article/view/7423. Acesso
em: 2 de julho de 2022.

ESTEVES, D.; ALVES, C. F.; SILVA, F. R. A.; AZEVEDO, J. C. ACESSO À JUSTIÇA


EM TEMPOS DE PANDEMIA. Confluências | Revista Interdisciplinar de
Sociologia e Direito, v. 22, n. 2, p. 148-171, 1 ago. 2020. Acesso em: 2 de julho de
2022.

Você também pode gostar