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CURITIBA
2023
ALANA FIGUEIREDO PONTES
CURITIBA
2023
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu
trabalho para fins não comerciais, desde que atribuam a você o devido
crédito e que licenciem as novas criações sob termos idênticos.
International 4.0
Dedico este trabalho às vítimas da COVID-19, em
especial à minha avó Nereide, à minha tia Margarida
e ao querido Edinardo, que tiveram suas partidas
antecipadas, deixando saudades.
AGRADECIMENTOS
The world currently lives a scenario of uncertainty facing the consequences of the
emergence of the new Coronavirus (Sars-Cov-2), which, spreading throughout the
world, caused, in 2020, the beginning of the pandemic of COVID-19. As Brazil is a
country known for its strong socio-spatial inequalities and its urban construction
resulting in an excluding space, it is observed that the pandemic has the potential to
impact differently on its various territories, thus resulting in the possibility of a greater
exposure of a certain portion of the population to greater risks and contingencies.
Taking as a case study the city of Curitiba, this research seeks to analyze whether the
COVID-19 affects disproportionately territories marked by precariousness, especially
in aspects of income, housing and access to public services. From the spatialization
of data from the Municipal Health Secretariat for the cases of contamination and death
confirmed by COVID-19, from the analysis of socioeconomic data and from the
territorialization of precarious settlements and housing developments in the city, it
appears that, in comparison with other capitals with higher rates of social inequality
and greater precariousness, Curitiba, by presenting better indicators of public health,
sanitation and quality of homes, does not present in a discrepant way the worsening
of the pandemic in precarious territories, despite the concentration of cases in
peripheral neighborhoods. In this sense, along with the risk factors related to housing,
the factors related to health, such as age, are more linked to the concentration of
deaths and the lethality rate of the disease itself, since there is a certain decrease in
the contingent of elderly people in peripheral areas. The research also highlights the
importance of the quality of spatial information of the data collected, especially by
public health agencies to enable the monitoring and public action in the most
precarious areas of the city to face the pandemic, precisely because of its ability to
catalyze the transmission of the disease.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1 Problema ........................................................................................................ 16
1.2 Objetivos ........................................................................................................ 19
1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 19
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 19
1.3 Justificativa .................................................................................................... 19
1.4 Classificação e procedimentos metodológicos .......................................... 21
1.5 Estrutura da dissertação ............................................................................... 24
2 A PRODUÇÃO DESIGUAL DO URBANO E DA MORADIA ................................. 27
2.1 A produção espacial de Curitiba e a produção e reprodução de
desigualdades sociais e territoriais ................................................................... 33
3 AS DOENÇAS, AS CIDADES E AS MORADIAS .................................................. 42
3.1 A COVID-19..................................................................................................... 46
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 50
4.1 Geoprocessamento e análise espacial na Saúde ....................................... 52
4.2 Etapas de trabalho ......................................................................................... 59
5 A COVID-19 E OS ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS: O CASO DE CURITIBA .. 64
5.1 A COVID-19 e sua disseminação: dados gerais .......................................... 64
5.2 Os assentamentos precários e suas desigualdades territoriais: dados
socioeconômicos ................................................................................................ 70
5.2.1 A Rede Municipal de Saúde de Curitiba e o Índice de Vulnerabilidade das
Áreas de Abrangência das Unidades Básicas de Saúde (IVAB) ........................ 96
5.3 A COVID-19 e sua espacialização: o agravamento da pandemia ............ 100
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 120
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 124
12
1 INTRODUÇÃO
1 A Organização Pan-Americana de Saúde (OPA) apresenta em notícia, no mesmo dia, que o diretor-
geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, faz esse o anúncio
em Genebra, na Suíça. Porém, esclarece que, em 30 de janeiro de 2019, a OMS já havia declarado
que o surto do novo coronavírus constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância
Internacional (ESPII) – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento
Sanitário Internacional. Fonte: https://www.paho.org/pt/news/11-3-2020-who-characterizes-covid-19-
pandemic. Última visualização em 14 de novembro de 2021.
2 É possível consultar os dados do Ministério da Saúde para a COVID-19 em:
https://covid.saude.gov.br/. Última visualização em 12 de fevereiro de 2022.
3 De acordo com o IBGE, a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)
2015, 84,72% da população brasileira vive em áreas urbanas e, consequentemente, 15,28% vivem em
áreas rurais.
14
habitacionais que geram uma baixa qualidade de vida para sua população e uma
maior exposição a riscos diversos (e.g. desemprego, violência, desastres ambientais,
doenças) em um contexto de difícil mobilidade social, baixas seguranças jurídicas e
cerceamento de direitos básicos. Demonstra-se, com isso, a relação que se construiu
e se constrói constantemente entre território e desigualdade.
Essa é uma reflexão que se fundamenta a partir do conceito de efeito-
território, que busca apreender os benefícios e prejuízos que incidem em pessoas ou
grupos sociais em função da sua localização num território. Efeito este que pode ser
positivo ou negativo, configurar ativos ou passivos para o desenvolvimento social,
econômico, cultural de um indivíduo ou de um grupo (ANDRADE; SILVEIRA, 2013).
Ou seja, as desigualdades, em suas diferentes formas, se associam ao
território que expressa e (re)produz vulnerabilidades, que também se reflete num
processo de exclusão urbanística e social da população.
Abordagem essa reforçada por Lima (2016, p. 23) quando diz que
5 O princípio da equidade está presente tanto na base do Sistema Único de Saúde (SUS), como, no
Brasil, também deve nortear as políticas públicas de saúde. Relacionando-se com os conceitos de
igualdade e de justiça, sua utilização visa reduzir o impacto das diversidades e desigualdades sociais
na saúde, reconhecendo as diferentes necessidades de cada pessoa a partir das suas condições de
vida.
6 Definições e estudos sobre os determinantes sociais de saúde (DSS) são realizadas tanto pela
Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde como pela Comissão Global sobre
Determinantes Sociais da Saúde para a formulação de políticas e estratégias em favor do tema, mas
ambas entendem que as condições econômicas e sociais influenciam decisivamente as condições de
saúde de pessoas e populações.
16
1.1 Problema
7 Como exemplo disso, destaca-se que, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento (SNIS), em 2018, 35 milhões de brasileiros vivem sem acesso à água tratada e 100
milhões não possuem rede esgoto.
8 Somente em 2019 é decidido pela Justiça a inclusão de moradores em situação de rua no Censo.
Pela primeira vez, então, deverá ser realizada uma contabilização efetiva deste contingente
populacional. Ou seja, o Censo de 2020 – adiado devido à pandemia da COVID-19 –, pesquisa
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para medir a densidade populacional
e o perfil da população brasileira, incluirá moradores em situação de rua.
18
lugares?
1.2 Objetivos
Para que o objetivo geral seja atingido, são propostos os seguintes objetivos
específicos:
a) Compreender, historicamente, como se dá o processo de (re)produção
de desigualdades sociais e espaciais, com foco na produção do espaço urbano em
Curitiba;
b) Compreender o impacto das doenças e epidemias nas cidades, com
foco nos modelos de urbanização para o enfrentamento destas e os fatores físicos e
sociais da habitação que contribuem para a sua disseminação e o seu agravamento;
c) Relacionar e mapear os casos de contaminação e óbito nos
assentamentos precários de Curitiba, reconhecidos pelas autoridades públicas,
buscando relações entre esses territórios e o agravamento da COVID-19;
d) Analisar os aspectos socioeconômicos dos moradores dos
assentamentos precários de Curitiba, de forma a relacioná-los com a espacialização
dos casos e mortes pela COVID-19, através de uma análise temporal e espacial da
evolução e da distribuição dos casos de contaminação e óbito nesses assentamentos
em relação ao restante do Município.
1.3 Justificativa
9Não se pretende fazer uma explicação dualista da cidade que divide entre porções infraestruturadas
e precárias, mas, essa imagem colabora na explicação das desigualdades intraurbanas na cidade,
estruturalmente construídas ao longo do tempo.
28
qualidade de vida.
Reflexo disso é que, a partir de 1950, pela primeira vez, contabiliza-se no
Censo Demográfico as favelas nas cidades brasileiras, reconhecendo-se a sua
existência, caracterizando-a pela precariedade da habitação e da infraestrutura local
(SILVA, 2012).
Não só pela falta de estruturação urbana, mas também por meio de
legislações urbanísticas influenciadas por um mercado voltado para classes de maior
renda, observa-se como o poder público contribuiu e, por vezes, induziu a ação
irregular tanto do mercado imobiliário informal como dos processos de ocupação
popular de terras urbanas em áreas marginais (ROLNIK, 2000).
Nesse sentido, no processo de exclusão socioespacial, somando-se à
dificuldade do acesso formal à terra, tem-se a valorização fundiária e imobiliária ligada
ao seu entorno urbano, que se interliga a uma produção dos espaços urbanos tanto
pela iniciativa privada, através, principalmente, do mercado imobiliário (formal e
informal), como do poder público, por meio das intervenções urbanas para melhorias
de infraestruturas e de serviços e das normas de uso e ocupação do solo.
Carvalho e Sugai (2014, p. 320) reforçam que
Neste sentido, uma análise crítica dos dados em questão alerta para que,
mesmo cidades onde apresenta-se – aparentemente – uma melhor classificação a
nível nacional em relação a questão habitacional, esta situação está longe de estar
resolvida tanto num cenário nacional de uma forma geral, como nos melhores cenários
entre as grandes cidades e metrópoles brasileiras.
O processo de urbanização de Curitiba, a “cidade-modelo” exemplo de
planejamento urbano para o contexto de uma metrópole num país em
desenvolvimento como o Brasil, também apresenta uma faceta – quase sempre
invisibilizada pelo city marketing e pela construção do ideário de cidade-modelo,
conforme trabalhado por Sánchez (1993) – onde observa-se um crescimento
populacional que é acompanhado por uma grande produção habitacional informal,
precária e marginal, principalmente na sua região metropolitana, como destaca
Sánchez e Moura (1999, p. 110),
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados do Censo 2010 (IBGE,2010).
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados de Ocupações Irregulares (PEHIS, 2019) – e
Aglomerados Subnormais (IBGE, 2019).
Fonte: COHAB/IPPUC.
Por fim, a Figura 3 apresenta a produção habitacional feita pelo Poder Público,
onde, além de se caracterizar espacialmente pela concentração dessa produção de
interesse social em uma mesma área, de forma similar às Figuras 1 e 2, essa se
localiza em áreas periféricas e, em sua maioria, na porção sul, fortalecendo a
produção de uma cidade segregada.
38
Ação essa não só fomentada pela legislação urbanística em vigor, mas como
pela ação concreta do poder público, por meio de investimentos em habitação popular
localizados em áreas periféricas e com infraestrutura precária. A exemplo disto tem-
se a criação da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), em 1973.
Então temos, na cidade de Curitiba, um processo que segue de forma comum
ao que ocorria nos demais centros urbanos brasileiros: o crescimento dos
assentamentos informais periféricos como a solução habitacional encontrada para
remediar a dificuldade de acesso à moradia no Brasil que se urbanizava. Movimento
que começa a ser monitorado pelo poder público municipal a partir dos anos 1970 e
que se intensifica na década de 1980, acompanhando o forte processo de urbanização
e crescimento populacional que ocorria na capital e na sua região metropolitana
(Tabela 3).
De forma ilustrativa, na tabela abaixo, percebemos esse processo: o grande
crescimento populacional nas décadas de 1970 e 1980 e o início do monitoramento
das ocupações irregulares, que apresenta um considerável aumento populacional e
de áreas entre o levantamento de 1982 e 1992.
Fonte: elaborado pela autora partir dos dados do IBGE - Censos Demográficos de 1970 a 2010,
Contagem Populacional de 1996 e estimativas populacionais de 2015 e 2019; ocupações
irregulares (IPPUC) e Pesquisa das Necessidades Habitacionais do Paraná.
pelo mercado imobiliário em conjunto com o poder público, não permitiu e ainda não
permite que esse direito seja usufruído por um contingente populacional que se
encontra excluídos do processo de urbanização e valorização imobiliária.
Os assentamentos precários se caracterizam por famílias que, cerceadas do
direito à cidade e à moradia, vão construindo seus domicílios num processo de
autoconstrução, de acordo com o seu fluxo de recursos, e frequentemente residindo
em casas pouco saudáveis. Excluídas do mercado formal de moradias e desassistidas
pela maioria das políticas públicas, a forma como muitas ocupações espontâneas vão
se apropriando dos espaços, com frequência, resultam em riscos à saúde e à vida dos
moradores. (PASTERNAK, 1983).
Nesse sentido, observa-se que esse padrão de ocupação acompanha um
padrão de mortalidade, onde percebe-se um aumento da proporção de óbitos por
doenças infecciosas e parasitárias, assim como de óbitos por causas externas -
homicídios, suicídios, acidentes (PASTERNAK, 2016).
Essa análise busca, portanto, demonstrar a correlação entre o
agravamento de doenças e a qualidade do espaço urbano tanto numa escala macro,
tratando de questões como disponibilidade de infraestrutura e saneamento, acesso à
serviços de saúde, condições de emprego e renda e de isolamento social, como numa
escala micro, onde é abordado questões como qualidade e salubridade da moradia,
coabitação e condições de isolamento domiciliar.
Destacamos, ainda, a importância para este trabalho do conceito da área de
saúde pública, que reconhece essa correlação. São os Determinantes Sociais da
Saúde (DSS). Segundo a OMS (2011):
sistematização das causas que levam determinados grupos a serem mais vulneráveis
à Pandemia. No Brasil, essa vulnerabilidade de alguns grupos sociais à COVID-19
vem sendo explorado diretamente ou indiretamente em vários trabalhos. Alguns
exemplos destes irão ser aprofundados a seguir.
3.1 A COVID-19
Tendo sido introduzido a relação entre cidade, moradia e saúde, esta seção
procura se aproximar do estado da arte da relação entre o território, as
vulnerabilidades sociais e a nova problemática de saúde enfrentada com o advento
de uma nova doença, a COVID-19.
Viu-se até agora que a dificuldade do acesso à terra urbanizada e à moradia
conformam em grande medida a produção e reprodução desigual do território
brasileiro e repercute diretamente no enfrentamento de doenças pela população que,
na busca por seus direitos, assentam-se em territórios precários.
Novos males de saúde sempre surgirão. Eles são representados nesse
estudo pela COVID-19 e é necessário entender como essa nova doença infecciosa
afeta o território urbano, em especial os assentamentos precários.
Como já visto anteriormente, a baixa qualidade das moradias e a não
existência ou baixa qualidade da rede de água e esgoto, aspectos relevantes para a
identificação de assentamentos precários, impactam nas condições de saúde dos
indivíduos.
Em se tratando da COVID-19, devido ao baixo acesso à água tratada,
saneamento e renda que permita adotar as medidas de prevenção preconizadas pela
OMS, baseadas no isolamento e em medidas sanitárias de higiene pessoal e uso de
máscaras de proteção facial, o simples ato de lavar as mãos, por exemplo, fica
impossibilitado em muitos lugares. Com isso, retomando o conceito anterior dos DSS,
as condições sociais da população ajudam a determinar as taxas de transmissão e de
infecção da Doença.
Poucos meses após do início da disseminação de casos no Brasil, começam
a surgir bibliografias que se detém na relação entre território, aspectos
socioeconômicos e a COVID-19. Figueiredo et al. (2020) indicam em seu artigo a
influência e o impacto que os fatores socioeconômicos, como adensamento domiciliar,
renda domiciliar, idade, comorbidades, rede de saúde e acesso a rede de água e
47
esgoto, tiveram sobre a COVID-19 nos diferentes estados brasileiros, estimando que
tuberculose.
O estudo parte do pressuposto de que os fatores territoriais e
socioeconômicos apontam para o risco diferenciado de ocorrência da COVID-19 e
destacam a importância da distribuição espacial de aspectos relacionados à pandemia
para o desenvolvimento de estratégias de assistência e vigilância. Este trabalho em
específico já traz aspectos relacionados à moradia, por considerar a densidade
intradomiciliar média.
Bógus et al. (2020), analisando o padrão de disseminação da COVID-19 em
São Paulo, busca evidenciar o efeito das desigualdades socioespaciais na letalidade
da doença. Ao afirmar que “reveladora de nossas desigualdades, a Covid-19
evidencia, com isso, a centralidade do tema da moradia e das condições da habitação
na capacidade de resistir à doença” (Ibid., p. 7), os autores ainda procuram trazer a
vulnerabilidade como um dos pontos para o agravamento da pandemia, onde essa
superposição de carências pode tornar as condições sociais e econômicas mais
determinantes que o padrão etário da população, sendo este último um dos principais
fatores de risco reconhecidos para a COVID-19. Nesse sentido, os autores trazem que
4 METODOLOGIA
10Segundo os dados abertos da Prefeitura Municipal de Curitiba, o primeiro caso confirmado de COVID-
19 na Cidade tem sua data de inclusão no dia 11 de março de 2020. Disponível em:
https://www.curitiba.pr.gov.br/dadosabertos/busca/?grupo=16.
51
11Os principais dados utilizados pelos autores foram os casos confirmados de COVID-19 no período
de 5 de fevereiro a 29 de maio de 2020.
52
13 Assim como feito pela Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, para fins de análise dos dados,
será utilizada a estimativa populacional do IPPUC para 2020, visto ser a estimativa que possui a
informação da população por bairros mais atual. Nela apresenta-se o contingente populacional de
1.948.626 habitantes.
65
dos casos totais e 31,27% dos óbitos, enquanto, em 2021, somou-se 63,85% dos
casos e 68,73% dos óbitos. Isso demonstra o agravamento da pandemia que houve
durante o ano de 2021, que somente apresentará melhoras significativas, em relação
às internações e aos óbitos, após a vacinação em massa da população.
Figura 6 - Casos confirmados em Curitiba por data de divulgação e média móvel de 7 dias para
os anos de 2020 e 2021
2500
2000
1500
1000
500
0
11/03/2020
11/11/2020
11/05/2021
11/04/2020
11/05/2020
11/06/2020
11/07/2020
11/08/2020
11/09/2020
11/10/2020
11/12/2020
11/01/2021
11/02/2021
11/03/2021
11/04/2021
11/06/2021
11/07/2021
11/08/2021
11/09/2021
11/10/2021
11/11/2021
11/12/2021
Casos novos Média móvel (7 dias)
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.
Figura 7 - Óbitos confirmados em Curitiba por data de divulgação e média móvel de 7 dias
para os anos de 2020 e 2021.
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.
66
Março/2020 150 4
Abril/2020 500 29
Maio/2020 635 41
Outubro/2021 4128 80
Novembro/2021 1503 24
Dezembro/2021 1632 9
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.
Nesse mesmo mês, pela primeira vez, obteve-se o patamar de 100 novos casos
confirmados por dia.
Também nesse momento, se denunciou entre estudiosos e em diversos meios
de comunicação o início e os riscos de um grande espalhamento territorial da
pandemia, em especial para as periferias (destacando-se os distritos sanitários de
Tatuquara e Bairro Novo), análise essa que será mais aprofundada adiante.
Diante da disparada de casos, reiniciou-se um período de isolamento social
mais rigoroso em julho. Nesse sentido, percebe-se que as medidas de flexibilização
da pandemia com vistas à dinamização da economia conduziram de uma situação
epidemiológica controlada, obtida por um rígido isolamento social inicial, a um grande
incremento diário de infecções e óbitos a partir do fim de maio, que chegou ao seu
pico em julho, onde retoma-se as medidas mais restritivas.
Em agosto, setembro e outubro percebeu-se uma diminuição no número de
casos e mortes, que é seguido por um aumento relevante de casos em novembro.
Passou-se de 8.760 novos casos em outubro para 25.571 nesse mês e, em dezembro,
novamente obteve-se outro pico, com o total de 30.282 novos casos (quase o dobro
do 1º pico relatado).
Para os óbitos, no entanto, é relevante observar que os registros não chegam
ao mesmo patamar inicial de 537 óbitos de junho deste ano. Em outubro, registraram-
se 172 óbitos, tendo uma grande elevação em novembro, com 438, aumentando
levemente em dezembro, quando obteve-se 479.
Esse número apresenta ainda algumas reduções - tanto de casos como de
óbitos - nos meses de janeiro e fevereiro de 2021. No entanto, em março, ocorre o 3º
e maior pico: apresentou-se um crescimento significativo para 1.334 novos óbitos e
um total de 32.120 casos, similar ao relatado no 2º pico da doença.
O mês de março de 2021, seguido de abril, maio e junho é o período mais
crítico da pandemia em Curitiba, onde são observados os maiores números de
registros de óbitos por mês, sendo o único momento em que se acumula mais de 1000
mortes mensal. Também nesse mesmo momento, chegamos ao colapso do sistema
público de saúde de Curitiba, onde a Prefeitura anuncia a ocupação de 101% dos
leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para COVID-19.
Após a retomada das medidas sanitárias mais restritivas durante o primeiro
pico da pandemia (em julho de 2020), percebe-se que, com a desaceleração da
COVID-19 observada em outubro de 2020, é novamente conduzida a frouxidão das
69
seguintes e que não alcançou novamente esses valores durante o ano de 2022),
demonstrando assim a eficácia da vacinação em massa.
Tendo sido exposto de uma forma mais ampla como a COVID-19 se
apresentou no Município pelo período em questão, nos próximos capítulos, busca-se
apresentar, primeiramente, os aspectos socioeconômicos que relacionam a
habitação, as vulnerabilidades sociais e a COVID-19 e, posteriormente, a análise
territorial da pandemia, a partir da correlação desses aspectos com a espacialização
dos casos e óbitos confirmados da Doença.
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-
PR, em 2019.
72
14 Informação contida no formulário preenchido pelo Município para a pesquisa de 2019, apresentado
no Sistema de Informações sobre Necessidades Habitacionais do Paraná (SISPEHIS), disponível em:
https://www.sistemas.cohapar.pr.gov.br/PEHISPUBLICO/formPrincipal.php?idFormPrincipal=wdD0t04
=7pTTnALWN7w9JtEZLQT66wECHtT72em
15 Ibid.
16 Ibid.
73
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-
PR, em 2019 e da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019.
74
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-
PR, em 2019, da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019 e de Albuquerque (2007).
76
Fonte: elaborado pela autora a partir da estimativa populacional do IPPUC para 2020.
Fonte: elaborado pela autora a partir da estimativa populacional do IPPUC para 2020.
circulação.
Ao analisar-se o adensamento domiciliar (Figura 13), a expectativa seria
trabalhar o entendimento amplamente utilizado por órgãos como IBGE e o Ministério
das Cidades para déficits habitacionais a partir da coabitação, quando há duas ou
mais famílias morando no mesmo domicílio, e adensamento excessivo no domicílio,
considerado quando há mais de 3 moradores por dormitório. Entende-se que esses
dados são de suma relevância para a COVID-19, visto que a incapacidade de
isolamento dos demais moradores da residência possibilita a maior probabilidade de
contágio entre eles.
No entanto, devido a impossibilidade de obtenção destes dados na Prefeitura
Municipal de Curitiba e a ausência desta informação no Censo de 2010 17, optou-se
por adotar a informação de domicílios com mais de 5 moradores como uma forma de
aproximação dos dados intentados.
17Não foram informados nos dados do Censo de 2010 a quantidade de dormitórios por domicílio ou a
quantidade de famílias por domicílio, impossibilitando a geração das informações de coabitação e
adensamento domiciliar excessivo.
80
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados dos setores censitários do Censo 2010 (IBGE),
da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR, em 2019, da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de
outubro de 2019 e de Albuquerque (2007).
81
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados dos setores censitários do Censo 2010 (IBGE),
da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR, em 2019, da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de
outubro de 2019 e de Albuquerque (2007).
83
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados dos setores censitários do Censo 2010 (IBGE),
da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR, em 2019, da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de
outubro de 2019 e de Albuquerque (2007).
84
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados dos setores censitários do Censo 2010 (IBGE),
da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR, em 2019, da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de
outubro de 2019 e de Albuquerque (2007).
85
Figura 17- Domicílios com presença de esgoto a céu aberto em seu entorno
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados dos setores censitários do Censo 2010 (IBGE),
da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR, em 2019, da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de
outubro de 2019 e de Albuquerque (2007).
86
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados dos setores censitários do Censo 2010 (IBGE),
da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR, em 2019, da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de
outubro de 2019 e de Albuquerque (2007).
87
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados dos setores censitários do Censo 2010 (IBGE),
da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR, em 2019, da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de
outubro de 2019 e de Albuquerque (2007).
Bigorrilho, Alto da Glória, Juvevê, entre outros, que se irradia em menor concentração,
predominantemente para a área norte da cidade.
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados dos setores censitários do Censo 2010 (IBGE),
da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR, em 2019, da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de
outubro de 2019 e de Albuquerque (2007).
90
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados dos setores censitários do Censo 2010 (IBGE),
da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR, em 2019, da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de
outubro de 2019 e de Albuquerque (2007).
92
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados dos setores censitários do Censo 2010 (IBGE),
da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR, em 2019, da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de
outubro de 2019 e de Albuquerque (2007).
94
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados do IPPUC, da COHAB-CT para a atualização do
PEHIS-PR, em 2019, da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019 e de Albuquerque
(2007).
96
Fonte: produzido pela autora com base nos dados geográficos do IPPUC.
18O princípio da equidade está presente tanto na base do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como
também deve nortear as políticas públicas de saúde. Relacionando-se com os conceitos de igualdade
98
e de justiça, sua utilização visa reduzir o impacto das diversidades e desigualdades sociais na saúde,
reconhecendo as diferentes necessidades de cada pessoa a partir das suas condições de vida.
19 Destacando-se as US Campina do Siqueira, Bacacheri, Medianeira, Ouvidor Pardinho, Santa Quitéria
II e Mãe Curitibana, todos com IVAB abaixo de 0,01. As três últimas com o menor índice de 0,006.
20 Destacando-se as US Caximba, Pantanal, Monteiro Lobato, Capanema, Sambaqui, Pompéia,
Alvorada e Sabará, todos com IVAB acima de 0,2. A US Caximba apresenta o maior índice (0,778),
apresentando uma notável discrepância do segundo maior da US Pantanal (0,265).
99
brasileira está livre desta realidade. É isto que se busca comprovar com esse estudo.
Antes de se aprofundar sobre a espacialização da doença e sua disseminação
e agravamento, de forma a entender o resultado da pandemia no período abordado,
primeiramente, é importante destacar como encontra-se a Cidade ao final do período
trabalhado quanto às taxas de incidência (Figura 26), de mortalidade (Figura 27) e de
letalidade (Figura 28) por bairro.
Esses são conceitos amplamente utilizados na Epidemiologia para o
monitoramento das doenças. A incidência se refere a medida da ocorrência de novos
casos durante um período especificado em uma população em risco de ter a doença;
a mortalidade é obtida pela relação entre o número de mortos de uma população e
um determinado espaço de tempo; e a letalidade considera a relação entre o total de
óbitos pelo total de casos confirmados de uma doença, demonstrando a gravidade da
doença.
Recorda-se, ainda, que do total de casos (300.324), 7.060 (2,35% do total)
não apresentavam o preenchimento do campo “bairro” e, portanto, não estão dentro
dessas e das outras espacializações que tratarem dos casos confirmados por COVID-
19. Quanto aos óbitos, é necessário também ressaltar a diferença encontrada entre a
planilha completa (8.027 óbitos) e planilha especializada (7.817 óbitos) fornecidos
pela Secretaria Municipal da Saúde. Essas divergências alteram, por exemplo, a real
taxa de incidência, mortalidade e letalidade da Doença.
102
Fonte: produzido pela autora a partir da estimativa populacional do IPPUC para 2020, dos
dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR (2019), da Lei Municipal nº 15.511, de 10
de outubro de 2019, de Albuquerque (2007) e da COVID-19 da Secretaria Municipal de Saúde.
103
Fonte: produzido pela autora a partir da estimativa populacional do IPPUC para 2020, dos
dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR (2019), da Lei Municipal nº 15.511, de 10
de outubro de 2019, de Albuquerque (2007) e dos dados da COVID-19 da Secretaria Municipal
de Saúde.
105
Figura 28- Taxa de letalidade por 100 casos confirmados - COVID-19 (2020-2021)
Fonte: produzido pela autora a partir dos dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR
(2019), da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019, de Albuquerque (2007) e dos
dados da COVID-19 da Secretaria Municipal de Saúde.
107
Para a letalidade, quando comparado à da Cidade (2,93 óbitos por 100 casos
confirmados da doença ou 2,93%), novamente os bairros ao Sul não apresentam
destaque. Entre os cinco bairros como maior letalidade estão Jardim Botânico
(4,70%), Hugo Lange (4,18%), Centro Cívico (3,94%), Batel (3,92%) e Juvevê
(3,91%), sendo todos esses bairros limítrofes ao Centro. Apresenta-se também um
agravamento mais a leste da cidade, que não se destacava nos dois mapas anteriores.
Apresenta-se, ainda, na Tabela abaixo, os valores específicos de população,
número total de casos e óbitos e as taxas de incidência, mortalidade e letalidade por
bairro.
REGIONAL MATRIZ
AHÚ 11934 1352 36 1133 30 2,66%
ALTO DA
5500 998 32 1815 58 3,21%
GLÓRIA
ALTO DA RUA
8349 1932 36 2314 43 1,86%
XV
BATEL 9802 2092 82 2134 84 3,92%
BIGORRILHO 29781 4249 106 1427 36 2,49%
BOM RETIRO 4586 739 17 1611 37 2,30%
CABRAL 14662 1547 43 1055 29 2,78%
CENTRO 42853 5685 203 1327 47 3,57%
CENTRO
4802 686 27 1429 56 3,94%
CÍVICO
CRISTO REI 14357 1862 51 1297 36 2,74%
HUGO LANGE 3661 478 20 1306 55 4,18%
JARDIM
6195 829 39 1338 63 4,70%
BOTÂNICO
JARDIM
5235 705 17 1347 32 2,41%
SOCIAL
JUVEVÊ 11942 1408 55 1179 46 3,91%
MERCÊS 11494 1758 39 1529 34 2,22%
PRADO VELHO 4873 851 16 1746 33 1,88%
REBOUÇAS 14016 2564 76 1829 54 2,96%
SÃO
5765 997 36 1729 62 3,61%
FRANCISCO
REGIONAL PORTÃO
ÁGUA VERDE 53288 5457 182 1024 34 3,34%
CAMPO
37395 4958 105 1326 28 2,12%
COMPRIDO
FAZENDINHA 30407 4367 119 1436 39 2,72%
GUAÍRA 15664 2538 63 1620 40 2,48%
PAROLIN 11042 1466 43 1328 39 2,93%
PORTÃO 44965 6035 149 1342 33 2,47%
SANTA
12499 2159 49 1727 39 2,27%
QUITÉRIA
SEMINÁRIO 6201 838 30 1351 48 3,58%
108
REGIONAL BOQUEIRÃO
ALTO
56678 8563 226 1511 40 2,64%
BOQUEIRÃO
BOQUEIRÃO 78775 11477 368 1457 47 3,21%
HAUER 12674 2686 80 2119 63 2,98%
XAXIM 60159 9713 259 1615 43 2,67%
REGIONAL CAJURU
CAJURU 103868 15320 501 1475 48 3,27%
CAPÃO DA
19872 2774 88 1396 44 3,17%
IMBUIA
GUABIROTUBA 12397 1413 50 1140 40 3,54%
JARDIM DAS
16923 1664 63 983 37 3,79%
AMÉRICAS
TARUMÃ 9299 741 23 797 25 3,10%
UBERABA 86061 11614 307 1350 36 2,64%
(VAZIO) - 7060 0 - - -
TOTAL
1948626 300324 8027 1613 51 3,14%
(CURITIBA)
Fonte: produzido pela autora a partir da estimativa populacional do IPPUC para 2020 e dos
dados da COVID-19 da Secretaria Municipal de Saúde.
Fonte: produzido pela autora a partir dos dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR
(2019), da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019, de Albuquerque (2007) e dos
dados da COVID-19 da Secretaria Municipal de Saúde.
Fonte: produzido pela autora a partir dos dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR
(2019), da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019, de Albuquerque (2007) e dos
dados da COVID-19 da Secretaria Municipal de Saúde.
Fonte: produzido pela autora a partir dos dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR
(2019), da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019, de Albuquerque (2007) e dos
dados da COVID-19 da Secretaria Municipal de Saúde.
Fonte: produzido pela autora a partir dos dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR
(2019), da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019, de Albuquerque (2007) e dos
dados da COVID-19 da Secretaria Municipal de Saúde.
114
Como os bairros referidos (dentre eles: CIC, Sítio Cercado, Cajuru, Uberaba,
Boqueirão, Tatuquara, Xaxim) são também os bairros os maiores contingente
populacional influenciados por sua grande área territorial, isso induz ao fato de que
eles também apresentariam os maiores números de casos de forma absoluta. Refere-
se isso para relatar-se a importância de se trabalhar com os dados relativos,
apresentados anteriormente pela taxa de incidência e mortalidade.
Quantos aos óbitos, é interessante observar que a análise por endereços em
manchas de calor possibilita o entendimento da concentração dentro das áreas
territoriais dos bairros, conforme apresentados a seguir.
Fonte: produzido pela autora a partir dos dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-
PR (2019), da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019, de Albuquerque (2007) e dos
dados da COVID-19 da Secretaria Municipal de Saúde.
21 Ressalta-se que, para esse mês, a quantidade de óbitos apresentada diverge entre as planilhas
fornecidas pela Secretaria Municipal de Saúde. No texto é explanado sobre a planilha completa que
contém os casos e óbitos. A planilha espacializada auxiliou na confecção dos mapas e localização do
endereço.
115
Fonte: produzido pela autora a partir dos dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR
(2019), da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019, de Albuquerque (2007) e dos
dados da COVID-19 da Secretaria Municipal de Saúde.
Fonte: produzido pela autora a partir dos dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR
(2019), da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019, de Albuquerque (2007) e dos
dados da COVID-19 da Secretaria Municipal de Saúde.
Fonte: produzido pela autora a partir dos dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR
(2019), da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019, de Albuquerque (2007) e dos
dados da COVID-19 da Secretaria Municipal de Saúde.
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Fonte: produzido pela autora a partir dos dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR
(2019), da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019, de Albuquerque (2007) e dos
dados da COVID-19 da Secretaria Municipal de Saúde.
119
22Os nomes indicados provêm da base de dados da COHAB-CT para a atualização do PEHIS-PR
(2019), da Lei Municipal nº 15.511, de 10 de outubro de 2019 e de Albuquerque (2007).
120
CONSIDERAÇÕES FINAIS
23Conclusão que corrobora com o apresentado pelo Relatório de Pesquisa “Políticas públicas de
combate à pandemia do Coronavírus na Região Metropolitana de Curitiba” elaborado pelo Grupo de
Pesquisa e Extensão em Políticas Sociais e Desenvolvimento Urbano da Universidade Federal do
Paraná (PDUR/UFPR), já citado anteriormente.
122
REFERÊNCIAS
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127